Este documento descreve um projeto de pesquisa sobre o uso de TICs (tecnologias da informação e comunicação) no ensino de química. O projeto visa analisar laboratórios de informática em escolas, entrevistar professores sobre o uso de TICs e desenvolver um curso de extensão para professores sobre como integrar melhor as TICs nas aulas de química. Os resultados esperados são contribuir para o desenvolvimento de novas práticas pedagógicas com TICs e melhorar a aprendizagem dos alunos em conce
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
Universidade federal de alagoas
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CAMPUS de ARAPIRACA
LICENCIATURA EMQUÍMICA
CRISTÓVÃO FRANCISCO DOS SANTOS
TICs NO ENSINO DE QUÍMICA
Arapiraca – AL
2013
2. 1
CRISTÓVÃO FRANCISCO DOS SANTOS
TICs NO ENSINO DE QUÍMICA
Pré-Projeto do Trabalho de Conclusão de Curso
Apresentado pela Acadêmica do 7º Período do
Curso de Licenciatura em Química, ao Professor
Rafael Saraiva Nunes para Avaliação da Disciplina
de Projeto Integrador 6.
Arapiraca – AL
2013
4. 3
INTRODUÇÃO
Nossa sociedade passa por um intenso movimento, o qual nos
defrontamos com um revolucionário avanço das tecnologias da informação e
comunicação (TICs), que influencia fortemente em nosso modo de vida, estas
difundem-se em nossas relações e ações cotidianas, nos permitindo um novo modo
de pensar e refletir sobre o mundo e suas questões diversas. A grande variedade de
recursos tecnológicos que se destinam a esse fim, proporcionada pela ação da
globalização como computadores, celulares, criação das chamadas rede sociais,
facilita o rápido a acesso e difusão das informações.
Nessa era tecnologia em que estamos inseridos, dois fatores dispõem de
uma significativa importância, a primeira delas é o inegável deslumbramentos dos
jovens por estas novas tecnologias e o segundo fator vem da extrema necessidade
do domínio dessas tecnologias para a inserção e manutenção do mercado de
trabalho, diante disso, em meio aos vários setores de ação social humana, a
educação tem sido a área mais afetada por esta revolução tecnológica, visto que,
seu principal papel na sociedade é a preparação profissional e pessoal dos
indivíduos a que nesta tem acesso. Deste modo, é indispensável pensar em uma
revisão da educação escolar,
a escola deve aproveitar o momento de inovações tecnológicas
e modernizar suas práticas e propostas de ensino e
aprendizagem, tanto na forma quanto no conteúdo, atendendo
às novas necessidades impostas pelo mundo dinâmico e
globalizado (AMARAL; AMARAL, 2008 apud Mathias; Bispo;
Amaral 2009).
Estas mudanças devem viabilizar uma modificação no comportamento
dos docentes, a qual proporcione uma visão acerca das tecnologias diretamente ou
indiretamente educacionais, como um midiatizadora dos conhecimentos, o que exige
deste um papel de orientador e cooperador de seus alunos na produção do
conhecimento (Hack e Negri, 2010).
5. 4
Neste contexto, o professor precisa compreender as
modificações e se atualizar para exercer a função de mediador,
entre as tecnologias usadas no ensino e a aprendizagem dos
alunos, acreditando que as ferramentas tecnológicas não
substituirão o seu trabalho, pois é ele que irá planejar as aulas
e saber o melhor momento e qual o melhor recurso tecnológico
para complementar um determinado conteúdo” (Vieiraet al,
acesso em:2 de janeiro de 2014 ).
Esta ação docente requer do mesmo o entendimento que o processo de
ensino-aprendizado se constrói a partir do modo como são realizadas as interações
dentro da sala de aula, estas interações para serem bem construídas e favoráveis
ao aprendizado exigem do professor uma postura que valore a participação ativa,
critica e reflexiva dos alunos, atitude que compreende o conhecimento em uma
ordem que difere da tradicional onde o professor detém o máximo das falas em sala,
tornando-o uma consequência das articulações entre professor e aluno.
6. 5
JUSTIFICATIVA
A inclusão de uma nova metodologia educacional à partir da utilização
das novas e antigas tecnologias, é exposta na necessidade da escola em
desenvolver em seus alunos competências e habilidades que permitam a este o uso
de suas capacidades: crítica, reflexiva e criativa, intuito escolar visto na LBD 94/96
(Lei de Diretrizes e Base da Educação), onde deixa claro que uma das finalidades
do ensino médio é “a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada
disciplina”.
De um modo especifico,na disciplina de química, é comum a falta de
atenção dada pelos alunos que reclamam da forma conteúdista com que a mesma é
ministrada, tendo como base uma aula que requer apenas respostas decorativas e
com poucas reflexões, além de haver uma pequena abertura a discussões com a
participação dos discentes, levando a uma desvalorização da mesma; juntando-se a
este fato temos um fato bastante imperativo no ensino desta disciplina, onde
a aprendizagem implica em, por um lado, compreender
as formas abstratas da Química, de natureza particulada
e não observável, e por outro lado impõe-se a
necessidade de rápida transferência destas
representações para outras formas e modelos. Em outras
palavras, a dificuldade se agiganta quando a Química é
abordada em nível microscópico e na sua representação
em nível simbólico, pois ambas estão fora do universo
conceitual do aluno (Pozo e Crespo 2009 apud Pauletti,
Catelli. p. 288, 2013)
Assim propõe-se uma nova “tática” pedagógica, que faz uso das TICs
(tecnologia das informação e comunicação), no processo de ensino-aprendizagem,
visto que,
as tecnologias põem à disposição do usuário amplo
conjunto de informações/ conhecimentos/linguagens em
7. 6
tempos velozes e com potencialidades incalculáveis,
disponibilizando, a cada um que com elas se relacione,
diferentes possibilidades e ritmos de ação (Porto, 2006,
pg.46),
aumentando a motivação de alunos e professores, além de mostrar-se uma
ferramenta capaz de promover a interdisciplinaridade (Castro et al, 2011). (Através
dos diversos recursos dispostos nestas ferramentas as tecnologias poderão
representar a química abstrata, sendo fundamentais os computadores, softwares
computacionais, vídeos e a internet.
8. 7
OBJETIVOS
Geral
Discutir o uso das TICs (tecnologia da informação e comunicação) na
educação como uma ferramenta importante na construção de conhecimentos,
na aprendizagem colaborativa e como meio de facilitador da apreensão do
nível microscópico e abstrato do mundo químico.
Específicos
Analise dos laboratórios de informáticos e das multimídias disponíveis nas
escolas.
Investigar a postura dos docentes frente ao uso das TICs.
Desenvolvimento de curso de extensão direcionado a melhor a utilização das
TICs.
9. 8
REFERENCIAL TEÓRICO
O avanço das tecnologias da informação e comunicação está presente
em todas as ações realizadas em nossa sociedade, sendo o seu domínio
imprescindível a cada individuo em seu desenvolvimento profissional e pessoal.
Fazendo uso de diferentes linguagens (imagens, sons e movimentos), as
mensagens divulgadas por estas tecnologias chegam ao seu público de forma
diversificada e atraente, “que, num processo educativo, pode servir como elemento
de aprendizagem, como espaço de socialização, gerando saberes e conhecimentos
científicos” (Porto, 2006, pg.45). Promovendo uma fascinação por quem as visualiza.
A escola diante disto, não pode ficar alheia, ela precisa se
adaptar e ensinar ao aluno como conviver com novas
tecnologias também dentro da escola, para que ele possa atuar
como cidadão participante dentro e fora do contexto
educacional (MELO, 2010 apud Castro et al, 2011).
Porém, para se estabelecer uma metodologia educacional eficiente, onde
utilizam-se as TICs no processo de produção do conhecimento, faz-se necessário
uma analise crítica das mesmas, é importante que estas estejam interligadas com o
conteúdo curricular e consequentemente com as atividades realizadas na sala de
aula e com as ações cotidiana dos estudantes. Ainda segundo Hack e Negri (2010),
sobre o processo de inserção tecnológica no ensino torna-se
indissociável a necessidade de capacitação dos docentes e
técnicos que irão atuar com os novos instrumentos. Em suma,
é preciso manter o senso crítico e a percepção criativa alerta
para poder compreender as mudanças no processo
comunicacional advindas com as TIC e buscar uma
implantação coerente da tecnologia como mediadora
multimidiática do conhecimento, da maneira mais adequada a
cada característica regional, de forma a impelir o usuário à
utilização crítica e criativa dos meios disponíveis.
10. 9
Para Valente e colaboradores (2001),
as novas características são as de uma escola aprendente,
mediadora da construção do conhecimento dos seus
beneficiários e orientadora do desenvolvimento cognitivo,
emocional, estruturadora do pensamento, das capacidades e
competências de aprender a aprender (pg. 59).
Esta nova metodologia de ensino proporcionar uma maior autonomia dos
alunos na aula e contribui para momento de aprendizagem prazerosa, rompendo
com o tradicionalismo das aulas, é válido lembrar também das barreiras de tempo e
espaços que estas novas tecnologias permitem transpor.
“Desta forma, com o devido suporte pedagógico e uma orientação
adequada aos docentes, a utilização das ferramentas computacionais ajudariam no
processo de ensino-aprendizagem” (Santos, Wartha e Filho, 2010)
Outro ponto que merece igual atenção ao ser utilizar as TICs em sala de
aula envolve um problema encontrado na maioria das escolas; a falta de um
laboratório de química, faz com que, quase que em sua totalidade, na aplicação da
disciplina, não exista atividades experimentais que permitam ao aluno o uso de suas
capacidades: crítica, reflexiva e criativa, não havendo relação entre teoria e pratica,
ocasionando um distanciamento dos modelos científicos e suas aplicações reais e
cotidianas. Para Souza et al, (2004), “a utilização de recursos computacionais nas
aulas de Química representa uma alternativa viável, pois pode contribuir no
processo educacional e na tentativa de contextualizar a teoria e prática no ensino
desta disciplina”, podendo atuar de forma a minimizar este problema.
Deste modo, fica clara que o abertura de uma prática pedagógica que traz
TICs em seu desenvolvimento, pode proporcionar ao ensino da disciplina química
uma nova realidade da atual, a qual é vista pelos alunos como um
disciplinaconteudista e sem relação com seu cotidiano.
11. 10
METODOLOGIA
O primeiro passo para realizaçãodo desta atividade, consiste na busca de
trabalhos realizados acerca do emprego das TICs em relação ao ensino de química,
com intuito de verificar as principais variáveis que proporcionam ou desabilitam seu
uso.
Em seguida será feita uma analise dos laboratórios de informática e dos
materiais multimídias, nas escolas municipais e estaduais da rede pública de rede
ensino do município de Teotônio Vilela. Ao termino desta etapa os professores
responsáveis por ministrar a disciplina de química, serão convidados a participar de
uma entrevista, nesta buscasse inferir como os docentes concebem a utilização das
TICs em sala de aula, procurando analisar as condições estruturais das instituições
de ensino, a formação profissional dos mesmos e os incentivos que estes recebem
para investir neste tipo de metodologia de ensino.
Através dos resultados obtidos na análise das entrevistas dos docentes,
poderá ser implantado uma capacitação para osmesmos, objetivando proporcionar
aos professores um espaço que os faça desenvolver uma prática educacional
utilizando as TICs de forma criticar e reflexiva.
Em seguida serão discutidos e selecionados TICs voltados a conteúdos
ministrados em uma das séries do ensino fundamental, onde será construída uma
sequencia didática voltada para a utilização das TICs escolhidas.
12. 11
RESULTADOS ESPERADOS
As observações e análises que serão relatas neste trabalho anseia a
contribuição para a constituição de um novo perfil do professor, ajudo-o na
compreensão de como estes podem desenvolver práticas pedagógicas e projetos de
aprendizagem a partir da utilização das TICs, apontando sugestões de trabalhos,
afim de otimizar estas ferramentas no processo de aprendizagem. Proporcionando
aos alunos e professores uma nova relação na construção dos saber, através de
uma maior participação por ambas as partes.
Espera-se ainda que ao final das atividades um avanço na interação entre
o aluno e a química microscópica, assim como em seus conteúdos abstratos sejam
alcançados. Nesta atividade busca-se também suprir a deficiências de aulas
experimentais, na ausência de laboratórios de química, pro meio das TICs, assim
como na existência destes utiliza-las como auxiliadoras dos experimentos, na
construção e elaboração de estratégias e tabulação de dados.
13. 12
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Atividade Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Levantamento
X X X
bibliográfico
Analise dos
laboratórios
de informática
X X
Entrevistas
com os
professores
X X
Realização do
curso de
extensão
X X
Analise dos
dados
X
Redação do
trabalho
X X X
Apresentação
do trabalho
final
X
14. 13
REFERENCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB Lei nº 94/96.
Castro, Bruna Jamila de. Et al. As TIC e o lúdico no Ensino de Química:
potencialidades de um jogo educacional virtual. 3º Congresso Internacional de
educação. 2011.
HACK,Josias Ricardo; NEGRI, Fernanda. Escola e tecnologia: a capacitação
docente como referencial para a mudança. Ciências & Cognição 2010; Vol 15 (1):
089-099.
MATHIAS, Gisele Nanini ; BISPO; Márcia Léa Pagani; AMARAL, Carmem Lúcia
Costa. USO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO
ENSINO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO. VII Enpec – Encontro Nacional de
Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis, 2009.
PORTO, Tânia Maria Esperon. As tecnologias de comunicação e informação na
escola; relações possíveis- relações construídas. Revista Brasileira de Educação
v. 11 n. 31 jan./abr. 2006, pp. 43-57.
Versão online Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v11n31/a05v11n31.pdf.
SANTOS, Danilo Oliveira; WARTHA, Edson José; FILHO, Juvenal Carolino da Silva.
Softwares educativos livres para o Ensino de Química: Análise e
Categorização. Disponível em: http://www.xveneq2010.unb.br/resumos/R0981-
1.pdf. Acesso em: 29 de dezembro de 2013.
Souza, Marcelo P. de. Et al. Desenvolvimento e Aplicação de um Software como
Ferramenta Motivadora no Processo Ensino-Aprendizagem de Química.
Disponível em:
http://br-ie.org/pub/index.php/sbie/article/viewFile/350/336. Acesso: 29 de dezembro
de 2013.
VALENTE, José Armando. Formação de educadores para o uso da informática
na escola. Projeto Rede telemática para formação de educadores:Implantação da
Informática na Educação e de Mudanças nas Escolas de Países da América Latina.
2000 – 2001