No dia 27 de Janeiro comemorou-se o dia do nascimento deste exímio músico e partilhámos com a comunidade escolar , parte da sua biografia, retirada da Wikipédia.Na nossa biblioteca foi projectado o filme "Amadeus" e música do autor fez parte da nossa animação mensal, no âmbito do mês da Música, conforme o nosso plano de actividades.
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
Biografia de Amadeus Wolfgang Mozart
1. Biografia<br />Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)Nosso Wolfgang Amadeus Mozart nasceu Johannes Chrysostomus Wolfgang Gottlieb Mozart, no dia 27 de janeiro de 1756, em Salzburgo, Áustria. Seu pai, Leopold Mozart, era um músico de talento e excelente professor de violino. Ele trabalhava como segundo mestre de capela da corte do arcebispado (Salzburgo era um Estado papal), servindo diretamente ao Príncipe-Arcebispo Siegmund von Schrattenbach, um homem culto e sensível às artes.A infância de Wolfgang foi encantadora. Desde muito cedo mostrou extraordinária vocação musical. Com quatro anos começou a ter aulas de música com o pai, e rapidamente aprendeu cravo e violino. Não tardou a compor pequenas peças, deslumbrando o pai e os amigos da família Mozart.Mas o que chamava realmente a atenção de todos era a perícia do menino ao teclado, e a carreira de virtuose que o pequeno Wolfgang poderia ter fez Leopold brilhar os olhos. Era uma oportunidade imperdível, tanto para mostrar os seus dons como educador como para mostrar a glória que era seu filho. E, com seis aninhos, o prodígio fez sua primeira turnê pela Europa.Wolfgang fez estrondoso sucesso nas cortes. Maravilhou a todos, soberanos, príncipes, cortesãos, com suas peripécias (muitas vezes mais acrobático-circenses que musicais). O garoto era um verdadeiro milagre e passou vários anos entre viagens com o pai e a casa em Salzburgo. Mas encontrava tempo para suas primeiras composições mais sérias, como a primeira ópera, La finta semplice, escrita em 1768 (quando tinha doze anos!).Com treze anos, Wolfgang foi nomeado Konzertmeister da corte, o que equivaleria ao cargo de primeiro-violino. Passou algum tempo em Salzburgo e partiu para a Itália, onde recebeu algumas honrarias e conheceu a música e, principalmente, a ópera italianas. A grande ópera As Bodas de Fígaro, estreada em 1786, foi um fracasso financeiro, e as preocupações materiais começam a aparecer.Um refúgio temporário foi Praga. Lá a acolhida de As Bodas de Fígaro foi entusiástica, o que levou à encomenda de outra ópera: Don Giovanni. Foi um sucesso estrondoso entre os tchecos, mas a estréia em Viena resultou em fiasco igual ou maior ao da ópera anterior. A situação econômica de Mozart piora muito, o que pode-se notar pelo número de empréstimos e de dívidas. As encomendas rareavam, e a fama já não mais existia.As encomendas a Mozart, conseqüentemente, aumentaram de maneira substancial. Entre elas, um réquiem. Há muitas lendas em torno deste assunto. Fala-se de um quot;
homem misteriosoquot;
, que teria feito a encomenda, sem se identificar, e cuja presença aterrorizaria Mozart, já próximo de sua própria morte. O homem misterioso seria a Morte personificada?O filme Amadeus, de Milos Forman, mostra o compositor rival, Antonio Salieri, como o encomendante. De fato, por algum tempo acreditou-se que Mozart teria sido envenenado pelo invejoso e rancoroso Salieri. Atualmente, não há porque levar a sério essa hipótese, mas a vida de grandes artistas sempre suscitam grandes fantasias - como exemplo, as lendas em torno de Paganini.Na realidade, não há nenhum quot;
homem misteriosoquot;
. O Requiem fora encomendado por um nobre, o conde von Walsegg-Stuppach, que queria homenagear a memória da esposa e fazer-se passar como o compositor da música.ObraMozart, Haydn e Beethoven são os grandes pilares do Classicismo. Mas, enquanto Haydn, mais velho, pioneiro e iniciador, tinha um pé no Barroco, e Beethoven, mais novo, ampliador e revolucionário, tinha um pé no Romantismo, Mozart é o elemento central do período. Schumann costumava dizer que quot;
Mozart é a Grécia da músicaquot;
e a frase não poderia estar mais correta. Se Mozart não tivesse existido, a segunda metade do século XVIII poderia até ser considerada apenas uma fase de transição. A obra mozartiana representa, então, a maturidade do estilo clássico, e sua expressão mais pura e elevada.Entretanto, Mozart foi ainda além. Ele estava longe de ser uma personalidade frívola e despreocupada como uma criança, como acreditou-se até algum tempo. Mozart era uma pessoa extremamente angustiada e irriquieta em busca de seu quot;
euquot;
. quot;
Em Salzburgo, não sei quem sou, eu sou tudo e também muitas vezes nada. Eu não peço tanto, mas tão pouco assim também não: basta-me ser somente alguma coisa!quot;
, reclamou ao pai, quanto tinha dezessete anos. Mais velho, encontrou sua resposta na maçonaria, mas toda sua obra reflete essa busca interior. Como escreveram Jean e Brigitte Massin, quot;
é essa busca que faz de Mozart o primeiro dos gênios musicais de nossa modernidade mentalquot;
.Mas ele cultivou também todos as formas de sua época, em uma produção vastíssima (cerca de seiscentos obras) para uma vida tão curta, de apenas 35 anos.SinfoniasMozart escreveu 41 sinfonias. As primeiras são, em geral, obras bastante curtas, em três movimentos. Dessa fase inicial, destaca-se a Sinfonia no. 25, justamente uma das pioneiras a incluir um minueto entre o movimento lento e o Finale. O início dessa sinfonia original é bastante vigoroso e tenso, e tornou-se famoso.Outra peça chave na produção sinfônica mozartiana é a Sinfonia no. 35, Haffner. Ela é a primeira sinfonia composta em Viena, e a partir desta, só aparecerão obras-primas: a Sinfonia no. 36, Linz, e as três últimas, a Sinfonia no. 39, K.543, a célebre e feérica Sinfonia no. 40, K.550 e a Sinfonia no. 41, Júpiter, considerada a maior de todas. Só pela última trilogia (que, aliás, foi composta para um concerto depois cancelado por falta de público), Mozart garantiria lugar como grande precursor de Beethoven.SerenatasMúsica de entrenimento é um gênero recorrente na obra mozartiana. Isso se deve, principalmente ao seu período na corte de Salzburgo, quando lhe era constantemente solicitada a composição de serenatas e divertimentos, música leve para animar festas, bailes e comemorações.A mais conhecida peça do gênero é a Serenata em Sol Maior, K. 525, mais conhecida como Eine Kleine Nachtmusik, cujas primeiras notas ficaram tão famosas que tornaram-se algo como a assinatura de Mozart para o ouvinte comum. Também são célebres a Serenata K. 239, Serenata Noturna, e a Serenata K. 250, Haffner. Entre os divertimentos, poderíamos destacar o K. 251, em Ré Maior.Música de CâmaraHaydn foi o grande criador e consolidor da música de câmara clássica - isto é, aquela que gira em torno do quarteto de cordas e da forma-sonata. Mozart levou isso adiante, e sentiu-se sempre devedor do mestre. Tanto que suas maiores obras-primas no gênero são dedicadas a ele: são seis quartetos, compostos em 1785. O último deles, K. 465, em Dó Maior, conhecido como o Quarteto Dissonante, é o mais célebre deles, tanto pela quot;
dissonânciaquot;
inicial como pelo sublime movimento lento.Mozart também tentou outras formações instrumentais e praticamente inventou uma: o quarteto com piano. Ele escreveu dois deles, e o primeiro, K. 478, é o mais importante. No campo dos quintetos, Mozart compôs dois exemplares famosos: o Quinteto de Cordas K. 515 e o Quinteto para Clarinete K. 581.Música InstrumentalMozart era um grande virtuose do piano, e não poderia esquecer seu instrumento predileto. Além da Sonata em Lá Menor, K. 331, a do famosíssimo Rondó alla Turca, destacam-se as sonatas K. 310 (também em Lá Menor) e K. 457, em Dó Menor. Para violino e piano, são importantes as sonatas K. 454 e 526.Fora do gênero sonata, Mozart escreveu uma obra belíssima e altamente pessoal, a Fantasia para Piano em Dó Menor, K. 396. Foi composta em 1784, época em que estava apaixonado por Theresa von Trattner; a peça é uma confissão de seus sentimentos. Em muitos aspectos, é quase um prenúncio do romantismo.Música SacraMozart, que trabalhou um período da vida em um Estado papal, Salzburgo, tendo como patrão um Príncipe-Arcebispo, escreveu um bom número de peças destinadas à liturgia católica.O Requiem, sua última obra, é a maior representante do gênero. Ele impressiona pela nobreza, pela beleza dos temas e pela densidade. É companheira digna da Paixão Segundo São Mateus, de Bach, e da Missa Solene, de Beethoven, pela grandiosidade e pelas profundas reflexões que provoca no ouvinte.Mozart escreveu também duas importantes missas: a Grande Missa em Dó Menor (que ficou inacabada) e a Missa da Coroação. Ave Verum, obra coral de pequena proporção, porém de grande beleza, também se destaca entre a produção sacra mozartiana.óperasMozart foi o maior operista de sua época e tinha grande senso dramático. As óperas mozartianas são divididas em dois grupos: as menores, geralmente as primeiras de sua carreira, e as grandes, as óperas imortais.Dentre as primeiras, além das compostas quando muito jovem, estão Mitridate, Lucio Silla, O Rei Pastor, Idomeneu e La Clemenza di Tito. São obras que não negam a genialidade de Mozart, mas não são um tanto tradicionais. Curiosamente, estas óperas foram a que receberam melhor acolhida do público em suas estréias.O grupo das óperas imortais é composto pelos tradicionalmente eleitos quot;
cinco pontos máximosquot;
da dramaturgia mozartiana. Em ordem cronológica: O Rapto do Serralho, As Bodas de Fígaro, Don Giovanni, Così fan Tutte e A Flauta Mágica. A última é considerada a maior delas, e uma das mais importantes óperas de todos os tempos. Ela, como O Rapto do Serralho, é um singspiel, gênero alemão que alterna música com diálogos falados.ConcertosO concerto, especialmente para piano, em Mozart, tem papel e importância semelhante ao da sinfonia, em Beethoven. Mozart compôs concertos para piano em toda sua vida (ao todo, são 27), e praticamente criou o gênero, definindo seus moldes para os compositores seguintes.Mozart também escreveu exemplares de um gênero herdeiro do concerto grosso barroco: a sinfonia concertante, que equivale ao concerto para mais de um solista. A mais conhecida é a Sinfonia Concertante para Violino e Viola, K. 364, uma obra belíssima, profundamente pessoal e emocionante. <br />