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ÁGUAÁGUA
Rolando,rolando serra abaixo,
Vem caindo em borbotões de prata
Qual luz do céu submergindo
No solo que a circunda e embeleza.
Continua seu rosário neste
mundo.
Cascatas por encostas verdejantes
Vêm saciar a sede dos que sofrem,
Vêm inundar de êxtase o amor em
chamas.
Serpenteia em ondas límpidas
seu canto
No lago azul que guarda bem
ao fundo
Segredos de amor, doce
amargura
Dos corações que sofrem em
desventura...
Agigantam-se os rios que a
carregam
Em seu bojo por prados
florescentes,
Aqui e ali aos borbotões formando
Mares e oceanos que este mundo
encantam.
Tristonha , quieta, a soluçar
baixinho,
Vem morrendo sozinha num
gemido
Para perder-se no horror estático
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Enfurecida esquece a doçura
que um dia
A fez tão soberana e bela.
Destrói pontes, casas e cidades.
Enche de dor o coração do
homem.
Corroem sua alma as
impurezas,
Morrem em seu leito de água
imunda
Os seres marinhos, no afã de
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E só encontram detritos a
infestar o rio.
bençoada pelos Céus que assiste
triste luta de manter-se pura
água que hoje é testemunha
o desamor que habita o mundo...
Grandiosos mananciais, mares e rios!
Quem a vós se referiu um dia:
“O mar secará em suas entranhas
E o sertão virará um oceano”.
Água sagrada que o mundo
desdenhou um dia!
Poemas de : Fausta Nogueira Pacheco
Apresentação:Valdirdemathe@ig.com.br
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água

  • 1. ÁGUAÁGUA Rolando,rolando serra abaixo, Vem caindo em borbotões de prata Qual luz do céu submergindo No solo que a circunda e embeleza.
  • 2. Continua seu rosário neste mundo. Cascatas por encostas verdejantes Vêm saciar a sede dos que sofrem, Vêm inundar de êxtase o amor em chamas.
  • 3. Serpenteia em ondas límpidas seu canto No lago azul que guarda bem ao fundo Segredos de amor, doce amargura Dos corações que sofrem em desventura...
  • 4. Agigantam-se os rios que a carregam Em seu bojo por prados florescentes, Aqui e ali aos borbotões formando Mares e oceanos que este mundo encantam.
  • 5. Tristonha , quieta, a soluçar baixinho, Vem morrendo sozinha num gemido Para perder-se no horror estático que guardam os pantanais em que agoniza...
  • 6. Enfurecida esquece a doçura que um dia A fez tão soberana e bela. Destrói pontes, casas e cidades. Enche de dor o coração do homem.
  • 7. Corroem sua alma as impurezas, Morrem em seu leito de água imunda Os seres marinhos, no afã de uma procura E só encontram detritos a infestar o rio.
  • 8. bençoada pelos Céus que assiste triste luta de manter-se pura água que hoje é testemunha o desamor que habita o mundo...
  • 9. Grandiosos mananciais, mares e rios! Quem a vós se referiu um dia: “O mar secará em suas entranhas E o sertão virará um oceano”.
  • 10. Água sagrada que o mundo desdenhou um dia! Poemas de : Fausta Nogueira Pacheco Apresentação:Valdirdemathe@ig.com.br
  • 11. Fim daapresentação parasair aperte“ESC” para continuar “ENTER”