O poema descreve uma caminhada pela praia em uma manhã de outono ventosa, onde a areia e o vento se confrontam. A pessoa sente-se só e isolada diante da beleza da natureza. Ao retornar pelo mesmo caminho, percebe que a caminhada não a levou a lugar algum e que se sente perdida em sua alma, habitada pela solidão, areia e vento.
1. A Areia e o Vento
Autora
Pequenina
Slides Laura
2013
2. Mar alto, ondas gigantes e exaltadas
O vento forte tornam-nas mais agitadas
Levantando a areia fina, que esvoaçando cai
Qual nuvens baixas, a rastejar se vai.
3. Abaixei-me e pus à cabeça sobre os joelhos...
Tentando em vão me proteger dos seus açoites
A areia e o vento confrontavam-se num duelo de titãs
Espetáculo da natureza em suas sombrias manhãs.
4. Frias como as manhãs dos Outonos o são
Eu avistava aquela beleza em amplidão
Senti-me só e isolada, como se fosse numa ilha
Olhos ardentes lacrimejavam em combustão.
5. Prossegui percorrendo a orla, fascinada
Já bem distante, avistei uma enseada
E as gaivotas a mergulharem destemidas
Seu ponto alto, o sustento pela vida.
6. Cansei-me e, resolvi dar meia-volta
Enfrentar mais uma vez a tempestade, em sua revolta
Regressei pelo caminho em que deixei as minhas pegadas
Nada perdi, nada encontrei, nada do nada.
7. E vi que esta caminhada inútil, não me levara a lugar nenhum
Eu estava só, perdida no deserto de minha alma peregrina
Onde a areia, o vento e a solidão...
Habitam este meu mundo, cruel e enganador.
8. A Areia e o Vento
Autora
Pequenina
Formatação:Laura Paola
lpaola@uol.com.br
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