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Ciência para meninos em poemas pequeninos


     Sugestões de actividades que podem acompanhar a exploração dos poemas.
   Trata-se de actividades extremamente simples que, por utilizarem materiais ao
alcance de qualquer um, podem ser facilmente realizadas não só por professores mas
          por pais e pelas próprias crianças, devidamente supervisionadas.

 Também as explicações que acompanham algumas actividades, são explicações muito elementares dado
                               que se destinam a crianças pequenas.
     Agradece-se ao Mestre Adriano Sampaio e Sousa a revisão das actividades aqui propostas


                                    Poemas:
                           Sol de Inverno. Despertar
Conhecimento que pode ser explorado:
Corpos luminosos e iluminados (transparentes e opacos).
Rotação e translação da Terra.

Material
Lanterna, corpos transparentes e opacos, folha de papel branco, bola de ping -pong, globo
terrestre com o eixo de rotação inclinado em relação à vertical.

Actividade 1
Simular com a lanterna o Sol (corpo luminoso) e fazer a luz da mesma incidir sobre corpos
(transparentes e opacos) colocados acima de uma folha de papel branco
Aproveitar para mostrar a formação de sombra, quando da utilização de corpos opacos e
para explorar a transparência do ar.




Actividade 2
Simular com a lanterna o Sol e com uma bola de ping-pong a Terra. Com um marcador fazer
um sinal na Terra. Fazer rodar a “Terra” em torno do seu eixo mantendo a posição do Sol
para explicar a sucessão dos dias e das noites




Actividade 3
Para fazer uma primeira abordagem às estações do ano, simulando com a lanterna o Sol e
com uma bola de ping-pong a Terra, far-se-á girar a “Terra” em torno do Sol ilustrando o
movimento de translação (ver figura).




Sabendo que ao verão no hemisfério norte, corresponde o Inverno no hemisfério sul (e
vice-versa) terá então que se usar um globo terrestre com eixo inclinado e, fazendo
incidir a luz da lanterna, mostrar que a uma forte incidência da “luz solar” no hemisfério
norte, corresponde uma fraca incidência no hemisfério sul.
Dependendo da idade, poder-se-ão informar já as crianças de que a translação se faz
segundo uma trajectória elíptica em que o Sol ocupa um dos focos pelo que a distância da
Terra ao Sol varia, embora muito pouco, durante a translação. Curiosamente, no
hemisfério norte o verão ocorre quando a Terra está mais afastada do Sol.


                                 Poemas:
                       Chuva. Neve. Gotinha de água
Conhecimento que pode ser explorado:
Evaporação, condensação, fusão, solidificação, ciclo da água.

Material
Copo transparente, película aderente, lupa, cuvete para gelo.

Actividade 1
Aquecer água e deitá-la num copo (aproximadamente até meio). Tapar a boca do copo com
película aderente bem esticada. Observar a formação de gotículas de água na película e
nas paredes (pode usar-se a lupa para observar melhor as gotículas).

Actividade 2
Colocar água numa cuvete de modo a que a mesma fique rasa de água. Cuidadosamente
colocar no congelador e observar depois de algumas horas. Aproveitar para mostrar o
aumento de volume da água durante a solidificação. Observar também o que acontece
posteriormente quando o gelo funde. Com crianças mais crescidas poderá explorar-se por
que razão uma pedra de gelo flutua na água, usando o conceito de densidade (o gelo é
menos denso que a água já que ocupa maior volume para uma mesma massa).
Poemas:
                                     Trovoada
Conhecimento que pode ser explorado:
Electrização por fricção.

Material
Duas esferográficas iguais ou duas tiras rectangulares iguais de papel acetato ou de
plástico rígido, tampa de desodorizante (ou outra) de base não plana de modo a poder
girar facilmente, um pedaço de tecido (se possível lã). Para a experiência resultar, o
ambiente terá que estar muito seco.
Actividade
Esfregar simultaneamente as duas esferográficas (ou tiras rectangulares de acetato ou
plástico) com o tecido (pode ser a manga de uma camisola). Colocar uma delas sobre o
suporte (tampa assente na mesa) e aproximar a outra. A tampa rodará porque as duas
esferográficas se repelem tendendo a afastar-se.
Se agora se aproximar o tecido com que se esfregaram as esferográficas, da
esferográfica sobre o suporte, este rodará no sentido da aproximação dos dois corpos.




Esta actividade evidencia um fenómeno eléctrico . Sabemos que existem dois tipos de
cargas eléctricas: positivas e negativas. Cargas eléctricas do mesmo sinal repelem-se e
de sinais contrários atraem-se. Ao friccionar as canetas com o tecido, as canetas ficaram
igualmente electrizadas mas tecido e canetas ficaram electrizadas com cargas de sinal
contrário
As gotas de água que constituem as nuvens podem electrizar-se por fricção devido a
vários factores nomeadamente os ventos. As nuvens ficam electrizadas e quando
acumulam muitas cargas dão-se descargas eléctricas acompanhadas da emissão de luz
(relâmpagos) e som (trovões)


                                   Poemas:
                            Espelho. Caleidoscópio.
Conhecimento que pode ser explorado:
Reflexão da luz. Espelhos. Diferença entre sombras e imagens.

Material
Três caixas de CD em que uma das faces é preta e a outra é transparente, folhas de papel
branco, pequenas pecinhas coloridas (papelinhos, contas, vidrinhos), bostik ou fita cola.

Actividade 1
Cortar um quadrado de papel branco com o tamanho da face preta da caixa de CD.
Assentar sobre a mesa a face preta da caixa, colocar por cima o papel branco e
seguidamente a tampa transparente.
Um pouco mais acima, não encostado, segurar um objecto opaco preferencialmente
colorido. Ver-se-á a sua sombra, escura, projectada na caixa.
Repetir a experiência retirando apenas a folha de papel branco que está dentro da caixa.
Agora, ao colocar o objecto colorido um pouco acima, deverá ver-se a sua imagem colorida,
reflectida na caixa.




Actividade 2
Colocar sobre uma folha de papel branco, três caixas de CD (conforme indica a figura),
com a face transparente para dentro e a face negra para fora. Para ajudar a manter as
caixas unidas, usar Bostik ou fita cola




Colocar pequenos objectos coloridos (papelinhos, contas, vidrinhos) sobre a folha de
papel branco no interior do espaço definido pelas caixas. Observar, olhando por cima, as
imagens reflectidas nas três caixas de CD.
Mudar a posição dos objectos e observar de novo.


                                   Poemas:
                               Arco-íris. Poesia.
Conhecimento que pode ser explorado:
Decomposição da luz. Arco-íris. Recomposição da luz.

Material
Um corpo transparente (por exemplo, caixa transparente de cassete áudio, régua
transparente, face transparente de uma caixa de CD, pedaço de CD a que se retirou o
revestimento e ficou transparente frasco transparente de secção quadrada ou
rectangular cheio de água, lanterna, cartão, disco de Newton (ver actividade 2, abaixo),
fio de lã (cerca de 50 cm).

Actividade 1
Olhar para o Sol (não directamente, pois é perigoso) ou para uma fonte de luz branca
(lanterna, lâmpada) através de um dos objectos transparentes referidos, incluindo o
frasco com água. Orientar o objecto até conseguir ver as cores do arco-íris.
Orientando os referidos corpos para a fonte de luz, também se pode tentar obter as
referidas cores projectadas (por exemplo numa parede).

Actividade 2
Cortar um disco com secções de cores primárias (disco de Newton) e colá-lo sobre um
pedaço de cartão fino previamente cortado com a mesma forma e dimensão. Fazer no
centro do conjunto um pequeno orifício por onde possa passar o fio de lã.
Dobrar o fio ao meio e inseri-lo no orifício . Segurando as pontas do fio faz-se girar o
disco. O fio, ao destorcer faz girar o disco e deixam de se distinguir as cores.




A luz solar que viaja a uma velocidade muito grande (300.000 km/s no ar) é composta por
várias “cores”. No ar, todas elas se deslocam com igual velocidade mas ao atravessarem
outros meios transparentes a velocidade das diferentes componentes é diferente e, por
isso, conseguimos ver as cores separadas.
O disco de Newton mostra como, num objecto com diferentes cores, não conseguimos
distinguir as mesmas se o objecto se mover rapidamente.


                                     Poemas:
                                   Fases da Lua
Conhecimento que pode ser explorado:
Lua como corpo iluminado que reenvia luz que recebe do Sol. Rotação e translação da Lua.
Fases da Lua.

Material
Lanterna, esfera de preferência opaca.

Actividade 1
Esta actividade ajudará a entender facilmente as fases de Lua cheia e de Lua nova:
Crianças mais crescidas poderão ainda compreender as outras fases.
Segurar uma lanterna simulando o Sol e ilumina a esfera que simula a Lua. Entre o Sol e a
Lua coloca um objecto que simule uma “fatia” da Terra.
Na posição ilustrada, se a lanterna estiver acesa, o observador colocado na zona escura
da Terra (noite) vê a face iluminada da Lua (Lua cheia) pois essa face fica virada para o
observador.
(Isto pode ser feito com as próprias crianças a moverem-se, simulando os astros)




Se a Lua rodar à volta da Terra, mantendo as posições da Terra e do Sol, quando estiver
do lado oposto ao anterior a sua face iluminada não estará voltada para a Terra (Lua nova)
Com crianças mais crescidas poderão explorar-se as situações de quarto crescente e
quarto minguante




Nesta posição da Terra alguém na Terra a olhar para a Lua verá iluminada apenas “meia
face” da Lua e com a forma de um C- trata-se do quarto minguante; se a Lua estivesse na
posição diametralmente oposta ver-se-ia a Lua com a forma de um D- trata-se do quarto
crescente. Por isso se diz que a Lua é mentirosa. Mas no hemisfério sul já não mente…




                                     Poemas:
                                   Astronautas.
Conhecimento que pode ser explorado:
A Terra exerce uma força sobre os corpos que os faz cair ou que os mantém a gravitar à
sua volta como acontece com a Lua e com os satélites artificiais. Lançamento de um
foguetão
Material
Copo de iogurte, tesoura, cerca de 40 cm de fio (por exemplo de lã), seringa de injecções
sem agulha, pastilha efervescente (por exemplo vitamina C).

Actividade 1
Num copo plástico de iogurte fazer dois orifícios diametralmente opostos junto da boca
do frasco. Fazer uma asa com o fio. Colocar dentro do copo feijões secos (ou algo
equivalente)




Se virarmos o copo, os feijões caem mas se, segurando pelo fio, pusermos o copo a girar
acima da nossa cabeça, os feijões não caem.
A experiência pode ser feita com água e é ainda mais interessante.
Tal como o copo com os feijões, a Lua não está parada, move-se à volta da Terra
demorando cerca de um mês (um pouco mais que 27 dias) a dar uma volta completa, e
deslocando-se à velocidade de 4000 km/h




Para qualquer corpo descrever uma trajectória curvilínea, nomeadamente circular, terá
que sobre ele actuar uma força dirigida para o interior da curva. Quando fazemos girar o
copo, o fio exerce sobre ele uma força dirigida para o interior da curva.
A força que permite à Lua descrever uma trajectória curvilínea (aproximadamente
circular) em torno da Terra é a força gravítica que a Terra exerce sobre a Lua

Actividade 2

Retirar o êmbolo da seringa e colocar na mesma um pedacinho de pastilha efervescente.
Colocar o êmbolo, empurrá-lo quase até ao fim e aspirar um pouco de água. Colocar a
seringa na vertical, com a extremidade para baixo e, segurando a seringa (e não o êmbolo),
tapar a extremidade com um dedo
A libertação de gases na reacção da pastilha com a água simula a libertação de gases nas
reacções de lançamento das naves. Na experiência verifica-se a subida do êmbolo na
seringa.




                               Poemas:
                Bom dia. Rolinha. Pintainho. Avestruz.
Conhecimento que pode ser explorado:
Características das aves. Influência do tipo de asas e do peso, na forma como se
deslocam.
Propagação do som (poema “Bom dia”)

Material
Frasco de vidro com boca larga, sem tampa, elástico, saco plástico (quanto mais fino,
melhor), açúcar, colher, recipiente metálico
Actividade 1
Sugere-se que se explorem com as crianças questões como: O que têm em comum e de
diferente as aves referidas nestes poemas? O que caracteriza as aves? Porque não voa a
avestruz?

Actividade 2
Tapar o frasco com um pedaço de plástico prendendo-o firmemente com o elástico, de
forma a ficar bem esticado Com uma colher, espalhar um pouco de açúcar em cima do
plástico. Segurar na mão, perto do frasco, o recipiente metálico e dar-lhe uma pancada
com a colher. O açúcar irá mover-se.
O som resulta de vibrações. Ao bater no recipiente metálico este começou a vibrar. As
vibrações propagaram-se no ar (que vibrou também) e chegaram ao plástico que começou
a vibrar. Consequentemente os grãos de açúcar vibraram também.



                             Poemas:
           Primavera. Flor. Natureza. Joaninha voa,voa.
Conhecimento que pode ser explorado:
Estações do ano, importância da água para a vida, fecundação, dispersão de sementes,
néctar, pólen, cor das plantas.
Material
Copo de vidro ou frasco sem tampa, álcool, papel cromatográfico (ou qualquer papel
absorvente, por exemplo papel para aguarela), areia, almofariz, folhas e sementes de
plantas, dois copos de iogurte vazios, colher pequena.

Actividade 1
Ver Actividade 3 (Sol de Inverno. Despertar)

Actividade 2
Explorar com as crianças as relações de mutualismo entre insectos e plantas e entre aves
e plantas (contribuindo para a diminuição de pragas, dispersão de sementes, polinização,
fornecimento de néctar). Por exemplo, as joaninhas que são excelentes predadores
(alimentam-se de ovos e larvas de outros insectos) são usadas como alternativa aos
poluentes insecticidas.

Actividade 3
Embrulhar em algodão uma semente (por exemplo feijão, semente de agrião, etc) e
colocá-la num copo de iogurte vazio.
Proceder do mesmo modo com outra semente igual mas, neste caso, o algodão terá que
estar sempre humedecido.
Aguardar alguns dias e comparar o que se passou nos dois copos

Actividade 4
Num almofariz misturar areia e folhas de uma planta (por exemplo relva, folhas de
árvores) e esmagar. Adicionar uma pequena quantidade de álcool, mexer e filtrar. Deitar
o filtrado num copo até cerca de 1 cm de altura. Cortar uma ou duas tiras de papel com
altura superior à do copo e com largura de cerca de 1 cm.
Ao fim de algum tempo ver-se-á ao longo de cada tira de papel uma distribuição de cores
/tons (cromatograma) correspondentes aos corantes naturais da planta, que vão ficando
depositados no papel à medida que o álcool, que vai subindo por capilaridade, se vai
evaporando.




È interessante comparar cromatogramas preparados usando diferentes folhas e também
folhas de uma mesma planta, verdes e já amarelecidas no Outono.



                                  Poemas:
                           O barquinho. Mar. Rio.
Conhecimento que pode ser explorado:
Dissolução, evaporação, cristalização, impulsão, poluição.

Material
Copos de iogurte vazios, colher, sal, areia, azeite, plasticina, marcador, lupa, dois pires,
“Bostik”, tina transparente, tampa de frasco de compota e copo transparente de boca
ligeiramente maior que a referida tampa.

Actividade 1
Deitar água do rio (ou da torneira) num pires e num outro deitar água do mar (ou água
salgada). Expor ao ar e deixar evaporar a água lentamente. Com a lupa observar os cristais
de sal formados no pires que continha água do mar.

Actividade 2
Em dois copos de iogurte deitar água. A um adicionar sal e a outro areia. Mexer e
observar.
Poderá ainda explorar-se a solubilidade (não solubilidade) de outros materiais (açúcar,
pimenta, etc)

Actividade 3
Para explorar um dos problemas decorrentes dos derrames dos petroleiros, deitar água e
azeite num copo de iogurte e verificar que o azeite sobrenada a água.
O mesmo acontece com o petróleo que assim dificulta a dissolução do ar atmosférico e a
consequente oxigenação do mar.

Actividade 4
Preparar dois pedaços de “Bostik”, iguais e com um deles moldar uma espécie de barquinho
ou caixinha. Numa tina transparente deitar água até meio. Colocar cuidadosamente na
água os dois pedaços de Bostik (moldado e não moldado). O moldado deverá flutuar

Actividade 5
Esta actividade permite explicar o observado na actividade anterior.
Deitar água no frasco, até cerca de três dedos da boca. Cuidadosamente colocar a tampa
a boiar na água. Com o marcador, assinalar no vidro o nível da água.
Empurrar a tampa de modo a mergulhar totalmente e cair no fundo.
Observar que o nível da água desceu.
Enquanto boiava a tampa deslocava um maior volume de água e por isso sofria maior
impulsão da água. Sendo maior a impulsão, conseguia equilibrar o peso da tampa que não
caía.
É importante relacionar esta actividade com a actividade proposta para o poema balão
Poemas:
                                         Balão
Conhecimento que pode ser explorado:
Impulsão no ar. Dilatação

Material
Garrafinha de vidro vazia (de sumol ou equivalente). Balão e elástico. Tina alta.

Actividade 1
Cortar um pedaço de balão e tapar com ele a boca da garrafinha apertando bem com um
elástico. Colocar água bem quente na tina alta até uma altura um pouco inferior à da
garrafinha. Colocar a garrafinha dentro da água quente. A película de balão encurva para
fora, empurrada pelo ar dentro da garrafinha, que aumentou de volume ao ser aquecido.
O ar dentro dum balão de S. João ao ser aquecido pela mecha a arder, aumenta de volume
e faz o balão “inchar”. Qualquer corpo no ar fica sujeito a uma impulsão, tal como na água,
só que muito menor.
Nas actividades 4 e 5 anteriores vimos que a impulsão que a água exerce nos corpos é
tanto maior quanto maior o volume de corpo mergulhado. No ar acontece o mesmo. Por
isso, quando o balão incha, o ar exerce sobre ele uma maior impulsão e o balão sobe.
Quando a mecha apaga , o ar no interior do balão arrefece, o volume do balão diminui, a
impulsão diminui também e o balão acaba por cair.



                                     Poemas:
                                 Inventor. Sereia.
Conhecimento que pode ser explorado:
Invenção científica e invenção como mito.

Actividade
Partindo, por exemplo, do sonho de voar, que os homens sempre acalentaram, explorar
com as crianças a diferença entre invenção - mito (fazer por exemplo referência à lenda
de Ícaro como exemplificação do mito) e invenção científica. O sonho de voar foi-se
tornando possível à medida que o conhecimento do homem (particularmente o científico)
foi aumentando (referência a balões, aviões, asas-delta, naves espaciais, etc)



                                        Poemas:
                                        Escola.
Conhecimento que pode ser explorado:
Dissolução e cristalização. Cor do mar e do céu ao poente.
Material
Copos de iogurte vazios, sal, areia, colher, lanterna, conta-gotas, leite, garrafinha (de
vidro) de sumo vazia, alvo branco (por exemplo embalagem de esferovite).

Actividade 1
Ver actividade 2 dos poemas O barquinho, Mar, Rio

Actividade 2
Na garrafinha de vidro deitar água até cerca de ¾ da sua altura
Sobre a mesa colocar, ao alto e apoiada para se manter em pé, a embalagem branca que vai
servir de alvo. Acender a lanterna e iluminar o frasco (ver figura).
Observar o alvo e também o aspecto da água no copo.




Com o conta gotas, ir deitando leite na água, gota a gota. Mexer e ir observando o alvo e o
aspecto da água vista lateralmente.

Quando a luz da lanterna incide na água, atravessa-a sem se decompor nas suas cores.
Quando deitamos leite na água a luz decompõe-se, “espalha-se”, nas partículas de leite. A
luz azulada “espalha-se”mais dando uma cor azulada à água; a luz de tons avermelhados
que se “espalhou” pouco, seguiu sem grande desvio e foi incidir no alvo.
Se o ar fosse completamente isento de poeiras e outras partículas, a luz atravessá-lo-ia
sem se decompor como aconteceu à luz que atravessou a água. Como não é, a luz azulada
espalha-se e é por isso que o céu é azul. A luz vermelha não tende a espalhar-se e por isso,
quando olhamos para o Sol poente (altura em que o Sol está mais longe e por isso a luz tem
que viajar muito mais) vemos os tons avermelhados


                                       Poemas:
                                       Bonecas.
Conhecimento que pode ser explorado:
Corpos rígidos e deformáveis (plasticina, elástico, esponja, etc). Deformação elástica e
plástica.

Actividade 1
Observar o diferente comportamento dos corpos seleccionados: não deformáveis,
deformáveis de forma permanente, deformáveis mas recuperando a forma logo que cessa
a causa da deformação. Mostrar como estes comportamentos podem ser relacionadas
Poemas:
                                      Pai Natal.
Conhecimento que pode ser explorado:
Peso, área, pressão, deformação, trenó, vegetação e clima

Material
Um paralelepípedo pesado (por exemplo tijolo de construção) um tabuleiro onde caiba à
vontade o paralelepípedo, areia

Actividade 1
Explorar com as crianças o que é a tundra e a sua relação com o clima

Actividade 2

Colocar o paralelepípedo sobre a areia fazendo-o assentar por cada uma das três faces
diferentes. Comparar a deformação produzida na areia.
Em cada uma das situações a força exercida sobre a areia é a mesma pois o peso do
tijolo é sempre o mesmo mas quando a área sobre a qual assenta é maior, a deformação
na areia é menos profunda e vice-versa. É por isso que trenós e esquis assentam na neve
através de uma superfície de área relativamente elevada.




               Sugere-se a leitura dos livros da colecção “Ciência a Brincar”,
                    edição Bizâncio e Sociedade Portuguesa de Física

                              e o site http://educa.fc.up.pt/

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  • 1. Ciência para meninos em poemas pequeninos Sugestões de actividades que podem acompanhar a exploração dos poemas. Trata-se de actividades extremamente simples que, por utilizarem materiais ao alcance de qualquer um, podem ser facilmente realizadas não só por professores mas por pais e pelas próprias crianças, devidamente supervisionadas. Também as explicações que acompanham algumas actividades, são explicações muito elementares dado que se destinam a crianças pequenas. Agradece-se ao Mestre Adriano Sampaio e Sousa a revisão das actividades aqui propostas Poemas: Sol de Inverno. Despertar Conhecimento que pode ser explorado: Corpos luminosos e iluminados (transparentes e opacos). Rotação e translação da Terra. Material Lanterna, corpos transparentes e opacos, folha de papel branco, bola de ping -pong, globo terrestre com o eixo de rotação inclinado em relação à vertical. Actividade 1 Simular com a lanterna o Sol (corpo luminoso) e fazer a luz da mesma incidir sobre corpos (transparentes e opacos) colocados acima de uma folha de papel branco Aproveitar para mostrar a formação de sombra, quando da utilização de corpos opacos e para explorar a transparência do ar. Actividade 2 Simular com a lanterna o Sol e com uma bola de ping-pong a Terra. Com um marcador fazer um sinal na Terra. Fazer rodar a “Terra” em torno do seu eixo mantendo a posição do Sol para explicar a sucessão dos dias e das noites Actividade 3 Para fazer uma primeira abordagem às estações do ano, simulando com a lanterna o Sol e com uma bola de ping-pong a Terra, far-se-á girar a “Terra” em torno do Sol ilustrando o
  • 2. movimento de translação (ver figura). Sabendo que ao verão no hemisfério norte, corresponde o Inverno no hemisfério sul (e vice-versa) terá então que se usar um globo terrestre com eixo inclinado e, fazendo incidir a luz da lanterna, mostrar que a uma forte incidência da “luz solar” no hemisfério norte, corresponde uma fraca incidência no hemisfério sul. Dependendo da idade, poder-se-ão informar já as crianças de que a translação se faz segundo uma trajectória elíptica em que o Sol ocupa um dos focos pelo que a distância da Terra ao Sol varia, embora muito pouco, durante a translação. Curiosamente, no hemisfério norte o verão ocorre quando a Terra está mais afastada do Sol. Poemas: Chuva. Neve. Gotinha de água Conhecimento que pode ser explorado: Evaporação, condensação, fusão, solidificação, ciclo da água. Material Copo transparente, película aderente, lupa, cuvete para gelo. Actividade 1 Aquecer água e deitá-la num copo (aproximadamente até meio). Tapar a boca do copo com película aderente bem esticada. Observar a formação de gotículas de água na película e nas paredes (pode usar-se a lupa para observar melhor as gotículas). Actividade 2 Colocar água numa cuvete de modo a que a mesma fique rasa de água. Cuidadosamente colocar no congelador e observar depois de algumas horas. Aproveitar para mostrar o aumento de volume da água durante a solidificação. Observar também o que acontece posteriormente quando o gelo funde. Com crianças mais crescidas poderá explorar-se por que razão uma pedra de gelo flutua na água, usando o conceito de densidade (o gelo é menos denso que a água já que ocupa maior volume para uma mesma massa).
  • 3. Poemas: Trovoada Conhecimento que pode ser explorado: Electrização por fricção. Material Duas esferográficas iguais ou duas tiras rectangulares iguais de papel acetato ou de plástico rígido, tampa de desodorizante (ou outra) de base não plana de modo a poder girar facilmente, um pedaço de tecido (se possível lã). Para a experiência resultar, o ambiente terá que estar muito seco. Actividade Esfregar simultaneamente as duas esferográficas (ou tiras rectangulares de acetato ou plástico) com o tecido (pode ser a manga de uma camisola). Colocar uma delas sobre o suporte (tampa assente na mesa) e aproximar a outra. A tampa rodará porque as duas esferográficas se repelem tendendo a afastar-se. Se agora se aproximar o tecido com que se esfregaram as esferográficas, da esferográfica sobre o suporte, este rodará no sentido da aproximação dos dois corpos. Esta actividade evidencia um fenómeno eléctrico . Sabemos que existem dois tipos de cargas eléctricas: positivas e negativas. Cargas eléctricas do mesmo sinal repelem-se e de sinais contrários atraem-se. Ao friccionar as canetas com o tecido, as canetas ficaram igualmente electrizadas mas tecido e canetas ficaram electrizadas com cargas de sinal contrário As gotas de água que constituem as nuvens podem electrizar-se por fricção devido a vários factores nomeadamente os ventos. As nuvens ficam electrizadas e quando acumulam muitas cargas dão-se descargas eléctricas acompanhadas da emissão de luz (relâmpagos) e som (trovões) Poemas: Espelho. Caleidoscópio. Conhecimento que pode ser explorado: Reflexão da luz. Espelhos. Diferença entre sombras e imagens. Material Três caixas de CD em que uma das faces é preta e a outra é transparente, folhas de papel branco, pequenas pecinhas coloridas (papelinhos, contas, vidrinhos), bostik ou fita cola. Actividade 1
  • 4. Cortar um quadrado de papel branco com o tamanho da face preta da caixa de CD. Assentar sobre a mesa a face preta da caixa, colocar por cima o papel branco e seguidamente a tampa transparente. Um pouco mais acima, não encostado, segurar um objecto opaco preferencialmente colorido. Ver-se-á a sua sombra, escura, projectada na caixa. Repetir a experiência retirando apenas a folha de papel branco que está dentro da caixa. Agora, ao colocar o objecto colorido um pouco acima, deverá ver-se a sua imagem colorida, reflectida na caixa. Actividade 2 Colocar sobre uma folha de papel branco, três caixas de CD (conforme indica a figura), com a face transparente para dentro e a face negra para fora. Para ajudar a manter as caixas unidas, usar Bostik ou fita cola Colocar pequenos objectos coloridos (papelinhos, contas, vidrinhos) sobre a folha de papel branco no interior do espaço definido pelas caixas. Observar, olhando por cima, as imagens reflectidas nas três caixas de CD. Mudar a posição dos objectos e observar de novo. Poemas: Arco-íris. Poesia. Conhecimento que pode ser explorado: Decomposição da luz. Arco-íris. Recomposição da luz. Material Um corpo transparente (por exemplo, caixa transparente de cassete áudio, régua transparente, face transparente de uma caixa de CD, pedaço de CD a que se retirou o revestimento e ficou transparente frasco transparente de secção quadrada ou rectangular cheio de água, lanterna, cartão, disco de Newton (ver actividade 2, abaixo), fio de lã (cerca de 50 cm). Actividade 1 Olhar para o Sol (não directamente, pois é perigoso) ou para uma fonte de luz branca (lanterna, lâmpada) através de um dos objectos transparentes referidos, incluindo o frasco com água. Orientar o objecto até conseguir ver as cores do arco-íris. Orientando os referidos corpos para a fonte de luz, também se pode tentar obter as
  • 5. referidas cores projectadas (por exemplo numa parede). Actividade 2 Cortar um disco com secções de cores primárias (disco de Newton) e colá-lo sobre um pedaço de cartão fino previamente cortado com a mesma forma e dimensão. Fazer no centro do conjunto um pequeno orifício por onde possa passar o fio de lã. Dobrar o fio ao meio e inseri-lo no orifício . Segurando as pontas do fio faz-se girar o disco. O fio, ao destorcer faz girar o disco e deixam de se distinguir as cores. A luz solar que viaja a uma velocidade muito grande (300.000 km/s no ar) é composta por várias “cores”. No ar, todas elas se deslocam com igual velocidade mas ao atravessarem outros meios transparentes a velocidade das diferentes componentes é diferente e, por isso, conseguimos ver as cores separadas. O disco de Newton mostra como, num objecto com diferentes cores, não conseguimos distinguir as mesmas se o objecto se mover rapidamente. Poemas: Fases da Lua Conhecimento que pode ser explorado: Lua como corpo iluminado que reenvia luz que recebe do Sol. Rotação e translação da Lua. Fases da Lua. Material Lanterna, esfera de preferência opaca. Actividade 1 Esta actividade ajudará a entender facilmente as fases de Lua cheia e de Lua nova: Crianças mais crescidas poderão ainda compreender as outras fases. Segurar uma lanterna simulando o Sol e ilumina a esfera que simula a Lua. Entre o Sol e a Lua coloca um objecto que simule uma “fatia” da Terra.
  • 6. Na posição ilustrada, se a lanterna estiver acesa, o observador colocado na zona escura da Terra (noite) vê a face iluminada da Lua (Lua cheia) pois essa face fica virada para o observador. (Isto pode ser feito com as próprias crianças a moverem-se, simulando os astros) Se a Lua rodar à volta da Terra, mantendo as posições da Terra e do Sol, quando estiver do lado oposto ao anterior a sua face iluminada não estará voltada para a Terra (Lua nova) Com crianças mais crescidas poderão explorar-se as situações de quarto crescente e quarto minguante Nesta posição da Terra alguém na Terra a olhar para a Lua verá iluminada apenas “meia face” da Lua e com a forma de um C- trata-se do quarto minguante; se a Lua estivesse na posição diametralmente oposta ver-se-ia a Lua com a forma de um D- trata-se do quarto crescente. Por isso se diz que a Lua é mentirosa. Mas no hemisfério sul já não mente… Poemas: Astronautas. Conhecimento que pode ser explorado: A Terra exerce uma força sobre os corpos que os faz cair ou que os mantém a gravitar à sua volta como acontece com a Lua e com os satélites artificiais. Lançamento de um foguetão
  • 7. Material Copo de iogurte, tesoura, cerca de 40 cm de fio (por exemplo de lã), seringa de injecções sem agulha, pastilha efervescente (por exemplo vitamina C). Actividade 1 Num copo plástico de iogurte fazer dois orifícios diametralmente opostos junto da boca do frasco. Fazer uma asa com o fio. Colocar dentro do copo feijões secos (ou algo equivalente) Se virarmos o copo, os feijões caem mas se, segurando pelo fio, pusermos o copo a girar acima da nossa cabeça, os feijões não caem. A experiência pode ser feita com água e é ainda mais interessante. Tal como o copo com os feijões, a Lua não está parada, move-se à volta da Terra demorando cerca de um mês (um pouco mais que 27 dias) a dar uma volta completa, e deslocando-se à velocidade de 4000 km/h Para qualquer corpo descrever uma trajectória curvilínea, nomeadamente circular, terá que sobre ele actuar uma força dirigida para o interior da curva. Quando fazemos girar o copo, o fio exerce sobre ele uma força dirigida para o interior da curva. A força que permite à Lua descrever uma trajectória curvilínea (aproximadamente circular) em torno da Terra é a força gravítica que a Terra exerce sobre a Lua Actividade 2 Retirar o êmbolo da seringa e colocar na mesma um pedacinho de pastilha efervescente. Colocar o êmbolo, empurrá-lo quase até ao fim e aspirar um pouco de água. Colocar a seringa na vertical, com a extremidade para baixo e, segurando a seringa (e não o êmbolo), tapar a extremidade com um dedo A libertação de gases na reacção da pastilha com a água simula a libertação de gases nas
  • 8. reacções de lançamento das naves. Na experiência verifica-se a subida do êmbolo na seringa. Poemas: Bom dia. Rolinha. Pintainho. Avestruz. Conhecimento que pode ser explorado: Características das aves. Influência do tipo de asas e do peso, na forma como se deslocam. Propagação do som (poema “Bom dia”) Material Frasco de vidro com boca larga, sem tampa, elástico, saco plástico (quanto mais fino, melhor), açúcar, colher, recipiente metálico Actividade 1 Sugere-se que se explorem com as crianças questões como: O que têm em comum e de diferente as aves referidas nestes poemas? O que caracteriza as aves? Porque não voa a avestruz? Actividade 2 Tapar o frasco com um pedaço de plástico prendendo-o firmemente com o elástico, de forma a ficar bem esticado Com uma colher, espalhar um pouco de açúcar em cima do plástico. Segurar na mão, perto do frasco, o recipiente metálico e dar-lhe uma pancada com a colher. O açúcar irá mover-se. O som resulta de vibrações. Ao bater no recipiente metálico este começou a vibrar. As vibrações propagaram-se no ar (que vibrou também) e chegaram ao plástico que começou a vibrar. Consequentemente os grãos de açúcar vibraram também. Poemas: Primavera. Flor. Natureza. Joaninha voa,voa. Conhecimento que pode ser explorado: Estações do ano, importância da água para a vida, fecundação, dispersão de sementes, néctar, pólen, cor das plantas.
  • 9. Material Copo de vidro ou frasco sem tampa, álcool, papel cromatográfico (ou qualquer papel absorvente, por exemplo papel para aguarela), areia, almofariz, folhas e sementes de plantas, dois copos de iogurte vazios, colher pequena. Actividade 1 Ver Actividade 3 (Sol de Inverno. Despertar) Actividade 2 Explorar com as crianças as relações de mutualismo entre insectos e plantas e entre aves e plantas (contribuindo para a diminuição de pragas, dispersão de sementes, polinização, fornecimento de néctar). Por exemplo, as joaninhas que são excelentes predadores (alimentam-se de ovos e larvas de outros insectos) são usadas como alternativa aos poluentes insecticidas. Actividade 3 Embrulhar em algodão uma semente (por exemplo feijão, semente de agrião, etc) e colocá-la num copo de iogurte vazio. Proceder do mesmo modo com outra semente igual mas, neste caso, o algodão terá que estar sempre humedecido. Aguardar alguns dias e comparar o que se passou nos dois copos Actividade 4 Num almofariz misturar areia e folhas de uma planta (por exemplo relva, folhas de árvores) e esmagar. Adicionar uma pequena quantidade de álcool, mexer e filtrar. Deitar o filtrado num copo até cerca de 1 cm de altura. Cortar uma ou duas tiras de papel com altura superior à do copo e com largura de cerca de 1 cm. Ao fim de algum tempo ver-se-á ao longo de cada tira de papel uma distribuição de cores /tons (cromatograma) correspondentes aos corantes naturais da planta, que vão ficando depositados no papel à medida que o álcool, que vai subindo por capilaridade, se vai evaporando. È interessante comparar cromatogramas preparados usando diferentes folhas e também folhas de uma mesma planta, verdes e já amarelecidas no Outono. Poemas: O barquinho. Mar. Rio.
  • 10. Conhecimento que pode ser explorado: Dissolução, evaporação, cristalização, impulsão, poluição. Material Copos de iogurte vazios, colher, sal, areia, azeite, plasticina, marcador, lupa, dois pires, “Bostik”, tina transparente, tampa de frasco de compota e copo transparente de boca ligeiramente maior que a referida tampa. Actividade 1 Deitar água do rio (ou da torneira) num pires e num outro deitar água do mar (ou água salgada). Expor ao ar e deixar evaporar a água lentamente. Com a lupa observar os cristais de sal formados no pires que continha água do mar. Actividade 2 Em dois copos de iogurte deitar água. A um adicionar sal e a outro areia. Mexer e observar. Poderá ainda explorar-se a solubilidade (não solubilidade) de outros materiais (açúcar, pimenta, etc) Actividade 3 Para explorar um dos problemas decorrentes dos derrames dos petroleiros, deitar água e azeite num copo de iogurte e verificar que o azeite sobrenada a água. O mesmo acontece com o petróleo que assim dificulta a dissolução do ar atmosférico e a consequente oxigenação do mar. Actividade 4 Preparar dois pedaços de “Bostik”, iguais e com um deles moldar uma espécie de barquinho ou caixinha. Numa tina transparente deitar água até meio. Colocar cuidadosamente na água os dois pedaços de Bostik (moldado e não moldado). O moldado deverá flutuar Actividade 5 Esta actividade permite explicar o observado na actividade anterior. Deitar água no frasco, até cerca de três dedos da boca. Cuidadosamente colocar a tampa a boiar na água. Com o marcador, assinalar no vidro o nível da água. Empurrar a tampa de modo a mergulhar totalmente e cair no fundo. Observar que o nível da água desceu. Enquanto boiava a tampa deslocava um maior volume de água e por isso sofria maior impulsão da água. Sendo maior a impulsão, conseguia equilibrar o peso da tampa que não caía. É importante relacionar esta actividade com a actividade proposta para o poema balão
  • 11. Poemas: Balão Conhecimento que pode ser explorado: Impulsão no ar. Dilatação Material Garrafinha de vidro vazia (de sumol ou equivalente). Balão e elástico. Tina alta. Actividade 1 Cortar um pedaço de balão e tapar com ele a boca da garrafinha apertando bem com um elástico. Colocar água bem quente na tina alta até uma altura um pouco inferior à da garrafinha. Colocar a garrafinha dentro da água quente. A película de balão encurva para fora, empurrada pelo ar dentro da garrafinha, que aumentou de volume ao ser aquecido. O ar dentro dum balão de S. João ao ser aquecido pela mecha a arder, aumenta de volume e faz o balão “inchar”. Qualquer corpo no ar fica sujeito a uma impulsão, tal como na água, só que muito menor. Nas actividades 4 e 5 anteriores vimos que a impulsão que a água exerce nos corpos é tanto maior quanto maior o volume de corpo mergulhado. No ar acontece o mesmo. Por isso, quando o balão incha, o ar exerce sobre ele uma maior impulsão e o balão sobe. Quando a mecha apaga , o ar no interior do balão arrefece, o volume do balão diminui, a impulsão diminui também e o balão acaba por cair. Poemas: Inventor. Sereia. Conhecimento que pode ser explorado: Invenção científica e invenção como mito. Actividade Partindo, por exemplo, do sonho de voar, que os homens sempre acalentaram, explorar com as crianças a diferença entre invenção - mito (fazer por exemplo referência à lenda de Ícaro como exemplificação do mito) e invenção científica. O sonho de voar foi-se tornando possível à medida que o conhecimento do homem (particularmente o científico) foi aumentando (referência a balões, aviões, asas-delta, naves espaciais, etc) Poemas: Escola. Conhecimento que pode ser explorado: Dissolução e cristalização. Cor do mar e do céu ao poente.
  • 12. Material Copos de iogurte vazios, sal, areia, colher, lanterna, conta-gotas, leite, garrafinha (de vidro) de sumo vazia, alvo branco (por exemplo embalagem de esferovite). Actividade 1 Ver actividade 2 dos poemas O barquinho, Mar, Rio Actividade 2 Na garrafinha de vidro deitar água até cerca de ¾ da sua altura Sobre a mesa colocar, ao alto e apoiada para se manter em pé, a embalagem branca que vai servir de alvo. Acender a lanterna e iluminar o frasco (ver figura). Observar o alvo e também o aspecto da água no copo. Com o conta gotas, ir deitando leite na água, gota a gota. Mexer e ir observando o alvo e o aspecto da água vista lateralmente. Quando a luz da lanterna incide na água, atravessa-a sem se decompor nas suas cores. Quando deitamos leite na água a luz decompõe-se, “espalha-se”, nas partículas de leite. A luz azulada “espalha-se”mais dando uma cor azulada à água; a luz de tons avermelhados que se “espalhou” pouco, seguiu sem grande desvio e foi incidir no alvo. Se o ar fosse completamente isento de poeiras e outras partículas, a luz atravessá-lo-ia sem se decompor como aconteceu à luz que atravessou a água. Como não é, a luz azulada espalha-se e é por isso que o céu é azul. A luz vermelha não tende a espalhar-se e por isso, quando olhamos para o Sol poente (altura em que o Sol está mais longe e por isso a luz tem que viajar muito mais) vemos os tons avermelhados Poemas: Bonecas. Conhecimento que pode ser explorado: Corpos rígidos e deformáveis (plasticina, elástico, esponja, etc). Deformação elástica e plástica. Actividade 1 Observar o diferente comportamento dos corpos seleccionados: não deformáveis, deformáveis de forma permanente, deformáveis mas recuperando a forma logo que cessa a causa da deformação. Mostrar como estes comportamentos podem ser relacionadas
  • 13. Poemas: Pai Natal. Conhecimento que pode ser explorado: Peso, área, pressão, deformação, trenó, vegetação e clima Material Um paralelepípedo pesado (por exemplo tijolo de construção) um tabuleiro onde caiba à vontade o paralelepípedo, areia Actividade 1 Explorar com as crianças o que é a tundra e a sua relação com o clima Actividade 2 Colocar o paralelepípedo sobre a areia fazendo-o assentar por cada uma das três faces diferentes. Comparar a deformação produzida na areia. Em cada uma das situações a força exercida sobre a areia é a mesma pois o peso do tijolo é sempre o mesmo mas quando a área sobre a qual assenta é maior, a deformação na areia é menos profunda e vice-versa. É por isso que trenós e esquis assentam na neve através de uma superfície de área relativamente elevada. Sugere-se a leitura dos livros da colecção “Ciência a Brincar”, edição Bizâncio e Sociedade Portuguesa de Física e o site http://educa.fc.up.pt/