Dois amigos caçadores ouvem barulhos estranhos na floresta e ficam assustados, mas tentam se encorajar mutuamente. De repente, surge um urso enorme na frente deles. Um amigo sobe rapidamente em uma árvore, enquanto o outro finge estar morto no chão para enganar o urso, que acaba indo embora sem machucá-lo.

1. Fichas complementares
Interpretação de texto
Os dois amigos e o urso
Era uma vez dois amigos que andavam a caçar numa floresta cheia
de animais perigosos. Mas eles eram valentes caçadores e, armados
como estavam, não tinham medo de nada.
Já se dispunham a regressar, pois o dia já ia longo e o passeio lhes
tinha aberto o apetite, quando de repente ouviram forte restolhada,
não muito longe do lugar onde se encontravam.
Ficaram um pouco amedrontados, pois a restolhada era mais forte
do que o normal, mas em breve continuaram caminho.
Disse um dos caçadores para o outro:
– Então que é isso, homem? Estás com medo?!
Respondeu-lhe o outro:
– Medo, eu?! Mas que ideia! Já entrei em tantas caçadas e medo foi
coisa que nunca tive.
De repente, nova restolhada, ainda mais forte, e mais próxima do lugar onde eles se
encontravam.
Preocupados, os dois homens encostaram-se um ao outro e ficaram ali à espreita do
perigo
que decerto iria surgir… Mas o perigo não surgiu e eles retomaram a conversa, mais aliviados.
Disse um deles:
– Coragem, homem! Se viesse por aí algum perigo, eu não te abandonava. Coragem!!!
Disse o outro:
– Nem eu, amigo! Os amigos são para as ocasiões!!!
Estavam eles a dizer estas frases quando de repente surgiu mesmo à sua frente um urso
descomunal! Cheio de medo, mas rápido como um veado, o mais magro deu um pulo enorme
e trepou rapidamente para uma árvore que ali estava! E de lá de cima ficou a ver o que
sucedia
cá em baixo! Sem tempo para imitar o companheiro, o outro caçador, mais pesado e mais
velho,
deixou-se cair no chão e fingiu-se de morto. Nem respirava! A fera começou a cheirá-lo, a
chei-rar-
lhe as orelhas, a testa, o nariz, e, vendo que ele não respirava e parecia mesmo morto, dali
se afastou sem lhe fazer mal nenhum, em seu passo pesadão e bamboleante.
Maria Alberta Menéres, Histórias de Todos os Tempos, Edições Asa
Situa a ação desta história no espaço.
Caracteriza as personagens.
Quando ouviram pela primeira vez a “restolhada”, o que sentiram os dois amigos?
Nas palavras que trocaram, os dois amigos falaram abertamente sobre o que sentiam? Jus-tifica
a tua resposta.
Ao sentirem “nova restolhada”, como reagiram eles?
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Ficha 4
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1.
2.
3.
4.
5.
6.
6.1.
6.2.
6.3.

2. Um dos amigos a dada altura diz: «Se viesse por aí algum perigo, eu não te abandonava.»
Foi realmente isso que aconteceu?
Relata, usando palavras tuas, o que realmente se passou de seguida.
Qual é a tua opinião sobre o desfecho da história?