Protesto de estudantes contra reforma do ensino médio em Campinas terminou com um guarda municipal ferido, viatura apedrejada e seis adolescentes presos. Ambulantes têm driblado a fiscalização e vendido produtos em ônibus municipais. A Fazenda Santa Elisa, que abriga centros de pesquisas agronômicas, receberá R$ 7,7 milhões para modernizar a infraestrutura e preparar a fazenda para aumentar a competitividade das pesquisas.
1. Um protesto de estudantes contra a
reforma do Ensino Médio realizado
ontem no Jd. Aeroporto, em Campi-
nas, terminou com um guarda muni-
cipal ferido, viatura apedrejada e seis
adolescentes presos. A Guarda usou
spray de pimenta, arma de choque e
até apontou arma para um aluno que
tinha sido rendido. Ao menos 300 alu-
nos participaram do ato. PÁGINA A9
Protesto contra a
reforma no ensino
acaba em tumulto
César Rodrigues/AAN
Ambulantes têm driblado a fiscaliza-
ção e vendido produtos dentro dos
ônibus municipais em Campinas. A
Emdec confirmou que a venda em
coletivos só pode ser feita com autori-
zação. Os informais criaram um gru-
po para reivindicar o direito de ven-
der as mercadorias legalmente, pois
têm os produtos apreendidos quan-
do flagrados por fiscais. PÁGINA A8
Ambulante dribla
fiscalização e vende
produtos em ônibus
Sindicatos com-
prometidos co-
laboram com o po-
der público e para o
equilíbrio dasocieda-
de como um todo.
Leitores
Primeiro Caderno 12 páginas
Economia 1 página
Brasil 2 páginas
Mundo 1 página
Esportes 3 páginas
Caderno C 5 páginas
O Zé me jogava
sua carteirinha
na Rua Antônio Lobo
para que eu entrasse
nas sociais, lotada de
bugrinos.
Frequentadores da Lagoa passeiam de pedalinho no último domingo, primeiro dia do Horário de Verão: Primavera quente
A Fazenda Santa Elisa, onde estão
instalados sete dos 12 centros de
pesquisas do Instituto Agronômico
de Campinas, vai receber R$ 7,7 mi-
lhões para modernizar a infraestru-
tura. O investimento visa preparar a
fazenda para o aumento da compe-
titividade das pesquisas e incentivar
a inovação tecnológica. As obras in-
cluem reformas de prédios, amplia-
ção de laboratórios e melhorias na
rede de energia e internet. PÁGINA A7
24
Após o anúncio da queda no preço pela Petrobras, o valor dos combustíveis subiu nas bombas
de Campinas; revendedores atribuem a situação ao reajuste do álcool nas usinas. PÁGINA A16
Xand e Solange, da Aviões
do Forró, depuseram na PF,
que aponta desvio de R$
500 milhões. PÁGINA A14
Elcio Alves/AAN
Lava Jato
denuncia
Hélio por
corrupção
Sol com aumento de nuvens e pancadas
localizadas de chuvas à tarde.
tempo
Os procuradores da Lava Jato apre-
sentaram ontem denúncia contra o
prefeito cassado de Campinas Hélio
de Oliveira Santos (PDT) e mais cin-
co pessoas sob acusação de lavagem
de dinheiro envolvendo R$ 4,2 mi-
lhões. O valor é parte de um emprés-
timo de R$ 12 milhões, considerado
fraudulento pelo MP, e que foi conce-
dido pelo Banco Schahin ao pecuaris-
ta José Carlos Bumlai. O dinheiro foi
desviado para o PT e ajudou a pagar
dívidas de campanha, entre elas, a
de Hélio, em Campinas. PÁGINA A13
Megaevento de inovação começa amanhã
Infraestruturade fazenda, queabriga centros de pesquisas, será modernizada
MÁXIMA
edição de hoje
Francisco de Souza,
presidente Sinpospetro
EncontroabertoaopúblicopromoveoportunidadedenegóciosparastartupsPÁGINA A4
Estado injeta R$ 7,7 mi na Santa Elisa
Camelô vende produtos dentro de coletivos das linhas municipais em Campinas
O diretor do departamento de Grãos e Fibras, da Fazenda Santa Elisa, Alisson Fernando Chiorato, mostra área de pesquisa em desenvolvimento: incentivo em boa hora
23˚
PÁGINAS
BANDAS DE FORRÓ
SÃO ACUSADAS DE
SONEGAÇÃO FISCAL
Carlos Sousa Ramos/AAN
34˚
Força-tarefavêfraudeemempréstimo
CAMPINAS, 40 GRAUS
Amaury Frattini,
professor
MÍNIMA
ALTA DO ETANOL E GASOLINA
SURPREENDE CONSUMIDORES
A sensação térmica em Campinas
chegou a 40ºC na tarde de ontem.
A previsão é que o dia seja ainda
mais quente hoje. Segundo o Cepa-
gri, as noites e madrugadas vão
continuar quentes, pelo menos até
amanhã, quando se espera a passa-
gem de uma frente fria vinda do
Sul, que deve aumentar a nebulosi-
dade e trazer possibilidade de pan-
cadas de chuva nos finais de tarde
por causa do forte calor. PÁGINA A10
QUARTA-FEIRA, 19 DE OUTUBRO DE 2016 / CAMPINAS / ANO 90 / Nº 28559 / R$ 3,50
www.correio.com.br
2. Unidade tem 55% da sua
área destinada a estudos
EstadomodernizaaFazendaSantaElisa
DESENVOLVIMENTO ||| INOVAÇÃO
Maria Teresa Costa
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
teresa@rac.com.br
A infraestrutura da Fazenda
Santa Elisa, onde estão insta-
lados sete dos 12 centros de
pesquisas do Instituto Agro-
nômico de Campinas (IAC),
está sendo modernizada e re-
ceberá, até 2017, investimen-
tos de R$ 7,7 milhões, dos
quais R$ 3,4 milhões estarão
aplicados ainda neste ano. Se-
gundo o diretor-geral do IAC,
Sérgio Carbonell, o investi-
mento visa preparar a fazen-
da para o aumento da compe-
titividade das pesquisas de-
senvolvidas pela instituição e
incentivar a inovação tecnoló-
gica. As obras incluem refor-
mas de prédios, ampliação
de laboratórios e melhorias
na rede de energia elétrica e
internet.
Entre as obras estão repa-
ros no prédio da Ecofisiolo-
gia e Biofísica do IAC, barra-
cão de arquivos e garagem
que foram destelhados em ju-
nho, no temporal que atingiu
a cidade provocado por mi-
croexplosões, e que custarão
R$ 334 mil.
De acordo com Carbonell,
a ampliação e modernização
dos laboratórios serão impor-
tantes para as pesquisas na
área de pós-colheita, horticul-
tura, genética e pragas qua-
rentenárias. Ter infraestrutu-
ra adequada às necessidades
das pesquisas é essencial em
uma instituição que amplia
cada vez mais sua produção.
Conforme levantamento da
Agência Paulista de Tecnolo-
gia de Agronegócios (Apta),
entre 1986 e 1990, o IAC lan-
çou, em média, 13 cultivares
por ano, enquanto que, de
2011 a 2015, esse número foi
de 20 cultivares, em média,
por ano. A média anual de
realização de análises labora-
toriais também subiu de
13.466 para 14.289, mesmo
com a abertura de novos la-
boratórios pela iniciativa pri-
vada e universidades. A pro-
dução de sementes do IAC
também aumentou de
265.901 quilos, em média,
por ano, para 311.956 quilos
anuais, em média.
Estão passando por obras
de reforma e adequação o La-
boratório de Fisiologia Vege-
tal e Tecnologia de Pós-co-
lheita. O espaço abrigará no-
ve pesquisadores, que atual-
mente trabalham em prédios
distintos. Outro espaço é o do
Quarentenário, um dos dois
públicos existentes no Brasil
e o único a prestar serviço de
quarentena para a iniciativa
privada. Com a ampliação, in-
forma a instituição, será possí-
vel a realização das análises
laboratoriais no próprio qua-
rentenário, e não mais em ou-
tros laboratórios do IAC, redu-
zindo o risco de dissemina-
ção de patógenos.
Em 2016, o setor recebeu
200 materiais, de 15 espécies
de plantas, totalizando 35 mil
acessos. A unidade do IAC
tem a tarefa de analisar aspec-
tos fitossanitários de mate-
riais vegetais importados,
que podem ficar em quarente-
na em período que varia de
meses a anos, dependendo
da espécie vegetal e do país
de origem.
Também passam por
obras para ampliação do Pro-
grama Feijão do Instituto
Agronômico. A obra envolveu
a reforma de estrutura física
de um dos prédios da Fazen-
da Santa Elisa e da casa de ve-
getação para abrigar experi-
mentos.
No próximo ano, ocorrerá
a reforma do Laboratório de
Biotecnologia, do Laborató-
rio de Fitoquímica e de labo-
ratório do Centro de Café. O
investimento nas áreas, com
recurso Finep, será de R$ 1,6
milhão. O objetivo é o fortale-
cimento das atividades de
pesquisa nas áreas envolvi-
das com a qualidade do pro-
duto agrícola e qualidade quí-
mica do solo. Também está
prevista a reforma e adequa-
ção do prédio de sementes
do IAC e construção de gal-
pão para armazenamento.
Para 2017, também está
programada a reforma do sis-
tema de irrigação da Fazenda
Santa Elisa, a um custo de R$
100 mil, aproximadamente. O
novo sistema otimizará o uso
da água para a experimenta-
ção agrícola e demonstrações
das tecnologias do IAC em
dias de campo.
Trabalhador conserta telhado de prédio da Fazenda Santa Elisa danificado pela tempestade que atingiu Campinas em junho: modernização do centro de pesquisa será concluída em 2017
Centro de pesquisa receberá investimentos de R$ 7,7 milhões na infraestrutura até 2017
A
Fazenda Santa Elisa
tem 692 hectares e
14 quilômetros de
divisa. A maior parte da
área, 55%, é destinada à
pesquisa e produção de
sementes melhoradas, e
10% da fazenda são áreas
urbanizadas onde estão
os sete centros de
pesquisa. A fazenda tem
uma riqueza ambiental:
35% de sua área estão
ocupadas por matas
ciliares, cerrado, várzeas,
nascentes, córregos e
represa. É nessa área que
nascem as primeiras
águas do Ribeirão
Quilombo.
Também no local está a
mata da fazenda,
tombada como
patrimônio de Campinas,
em 1991, pelo Conselho
de Defesa do Patrimônio
Cultural de Campinas
(Condepacc). No seu
interior existe um nicho
de rara beleza, que
fornece informações
fundamentais para a
recuperação das áreas
devastadas pela
monocultura e outros
fatores destrutivos da
agricultura moderna.
A mata é composta por
aproximadamente uma
centena de espécies de
árvores, onde
destacam-se os jequitibás
branco e vermelho
(alguns com mais de 100
anos), as perobas, as
canelas, os guaritás, os
jacacatiás e as cássias,
entre outras. (MTC/AAN)
Carlos Sousa Ramos/AAN
Objetivo é preparar
local para o aumento
da competitividade
CORREIO POPULAR A7CIDADES
Campinas, quarta-feira, 19 de outubro de 2016
A7