O documento descreve a música colonial brasileira produzida em Minas Gerais no século XVIII, incluindo obras de compositores como José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita. Muitas partituras foram preservadas pelo musicólogo Francisco Curt Lange e fazem parte hoje do acervo do Museu da Inconfidência. A chegada da corte portuguesa no Rio de Janeiro em 1808 levou a um maior desenvolvimento musical, com compositores como José Maurício Nunes Garcia.
2. A atual região de Ouro Preto em Minas Gerais no século XVIII chamada de Vila
Rica, recebeu uma enorme quantidade de imigrantes afim de explorar suas
riquezas. Com toda a produção de ouro gerada, acabou-se criando uma
sociedade refinada nessa região, fato assim que ajudou ao crescimento de
uma arte colonial. Artesãos como o escultor e arquiteto Antônio Francisco
Lisboa, conhecido como “O Aleijadinho”, e o pintor Manuel da Costa Ataíde
produziram obras imortais: igrejas cobertas de ouro, esculturas e pinturas no
estilo maneirista então predominante em Portugal, que ficou conhecido como
“barroco mineiro”.
4. Manuel da Costa Ataíde
Painel “A Última Ceia”. A única
obra de cavalete realizada pelo
Pintor
5. Vida cultural nas Minas Gerais
Assim como se produziu artes plásticas (escultura, pintura e arquitetura),
produziu-se muita música. A produção musical circulava somente em
manuscritos, porque o governo português proibia a impressão de toda e
qualquer obra no Brasil, fosse ela literária, didática ou artística. Essa censura
fez com que grande parte da produção musical colonial ficasse por muito
tempo perdida em antigos arquivos e baús das irmandades religiosas do
interior de Minas Gerais.
6. Resgatando a história da música
colonial
Chegando ao Brasil em 1944, o musicólogo alemão Francisco Curt Lange
(1903-1997), começou a pesquisar o interior de Minas Gerais à busca de
partituras existentes entre as famílias de músicos do passado. No final dos
anos 1950, ele já havia reunido milhares de partituras, cujo provável destino
seria a destruição. As partituras colecionadas por ele fazem parte hoje do
acervo do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, onde há obras dos
principais compositores mineiros do período colonial, entre eles José Joaquim
Emerico Lobo de Mesquita.
7. José Joaquim Emerico Lobo de
Mesquita (1746-1805) Museu da Inconfidência, em Ouro Preto
8. A chegada da corte em 1808
Com a vinda da corte portuguesa para o Brasil, o Rio de Janeiro passou a
monopolizar a produção artística em geral. A partir dessa época destacam-se
compositores como José Maurício Nunes Garcia e Marcos Portugal, ambos
contemporâneos e, segundo musicólogos, rivais.
10. Principal compositor do Brasil
Colonial
O padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)
viveu a transição entre o Brasil Colônia e o Brasil
Império e é considerado um dos maiores
compositores das Américas de seu tempo.
Trabalhou como “mestre de capela” de D. João,
que se encantou com seu talento quando chegou
ao Brasil. Em visita ao Brasil nesta época, o
compositor austríaco Sigismund Neukomm,
discípulo de Haydn, ficou impressionado com a
qualidade artística de José Mauricio escrevendo
um artigo publicado na Europa onde chamava a
atenção para o Mestre brasileiro.
11. Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música
Antiga
São oferecidos 36 cursos de instrumentos antigos e modernos e masterclass internacional de música
antiga/palestras, ministrados por professores de várias partes do país e do exterior. Na programação
cultural, estão mais de 30 concertos e apresentações de orquestras, grupos e músicos brasileiros e
estrangeiros, todos com entrada franca, em teatros e espaços públicos.
12. Referências bibliográficas
25º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga .
Disponível em: <http://www.promusica.org.br/index_festival2014.php>
Acesso em: 12 jul. 2014.
Música brasilis. Disponível em: <http://www.musicabrasilis.org.br/pt-
br/temas/musica-colonial-brasileira>. Acesso em: 12 jul. 2014.