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Pausa protocolada
1ª Parte
A moça ia no ônibus muito contente da vida,
mas, ao saltar, a contrariedade se anunciou:
- A sua passagem já está paga, disse o
motorista.
- Paga por quem?
- Esse cavalheiro aí.
2ª parte
E apontou um mulato bem vestido que acabara de
deixar o ônibus, e aguardava com um sorriso junto à
calçada.
- É algum engano, não conheço esse homem. Faça o
favor de receber.
- Mas já está paga...
- Faça o favor de receber! – insistiu ela, estendendo
o dinheiro e falando bem alto para que o homem
ouvisse:
- Já disse que não conheço! Sujeito atrevido, ainda
fica ali me esperando, o senhor não está vendo?
Vamos, faço questão que o senhor receba a minha
passagem. 3ª parte
O motorista ergueu os ombros e acabou recebendo:
melhor para ele, ganhava duas vezes.
A moça saltou do ônibus e passou fuzilando de
indignidade pelo homem.
Foi seguindo pela rua sem olhar para ele.
Se olhasse, veria que ele a seguia, meio ressabiado,
a alguns passos.
4ª parte
Somente quando dobrou à direita para
entrar no edifício onde morava, arriscou uma
espiada: lá vinha ele! Correu para o
apartamento , que era no térreo, pôs-se a bater,
aflita:
- Abre! Abre aí!
5ª parte
A empregada veio abrir e ela irrompeu pela sala,contando
aos pais atônitos, em termos confusos, a sua aventura.
- Descarado, como é que tem coragem? Me seguiu até aqui!
De súbito, ao voltar-se, viu pela porta aberta que o homem ainda
estava lá fora, no saguão. Protegida pela presença dos pais, ousou
enfrentá-lo:
- Olha ele ali! É ele, venham ver! Ainda está ali, o sem-
vergonha.
Mas que ousadia!
6ª parte
Todos se precipitaram para porta. A
empregada levou as mãos à cabeça:
- Mas senhora, como é que pode! É o Marcelo.
- Marcelo? Que Marcelo? – a moça se voltou
surpreendida.
7ª parte
- Marcelo, o meu noivo. A senhora conhece ele,
foi quem pintou o apartamento.
A moça só faltou morrer de vergonha:
- É mesmo, é o Marcelo! Como é que eu não
reconheci! Você me desculpe, Marcelo, por favor.
8ª parte
No saguão, Marcelo torcia as mãos,
encabulado:
- A senhora é que me desculpe , foi muita
ousadia...
9ª parte
Escola Municipal Goiás
Professora Rosana Sales
2013
Retirado do Blog:
http://professoressolidarios.blogspot.com.br/2009

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Ousadia pausa protocolada

  • 2. A moça ia no ônibus muito contente da vida, mas, ao saltar, a contrariedade se anunciou: - A sua passagem já está paga, disse o motorista. - Paga por quem? - Esse cavalheiro aí. 2ª parte
  • 3. E apontou um mulato bem vestido que acabara de deixar o ônibus, e aguardava com um sorriso junto à calçada. - É algum engano, não conheço esse homem. Faça o favor de receber. - Mas já está paga... - Faça o favor de receber! – insistiu ela, estendendo o dinheiro e falando bem alto para que o homem ouvisse: - Já disse que não conheço! Sujeito atrevido, ainda fica ali me esperando, o senhor não está vendo? Vamos, faço questão que o senhor receba a minha passagem. 3ª parte
  • 4. O motorista ergueu os ombros e acabou recebendo: melhor para ele, ganhava duas vezes. A moça saltou do ônibus e passou fuzilando de indignidade pelo homem. Foi seguindo pela rua sem olhar para ele. Se olhasse, veria que ele a seguia, meio ressabiado, a alguns passos. 4ª parte
  • 5. Somente quando dobrou à direita para entrar no edifício onde morava, arriscou uma espiada: lá vinha ele! Correu para o apartamento , que era no térreo, pôs-se a bater, aflita: - Abre! Abre aí! 5ª parte
  • 6. A empregada veio abrir e ela irrompeu pela sala,contando aos pais atônitos, em termos confusos, a sua aventura. - Descarado, como é que tem coragem? Me seguiu até aqui! De súbito, ao voltar-se, viu pela porta aberta que o homem ainda estava lá fora, no saguão. Protegida pela presença dos pais, ousou enfrentá-lo: - Olha ele ali! É ele, venham ver! Ainda está ali, o sem- vergonha. Mas que ousadia! 6ª parte
  • 7. Todos se precipitaram para porta. A empregada levou as mãos à cabeça: - Mas senhora, como é que pode! É o Marcelo. - Marcelo? Que Marcelo? – a moça se voltou surpreendida. 7ª parte
  • 8. - Marcelo, o meu noivo. A senhora conhece ele, foi quem pintou o apartamento. A moça só faltou morrer de vergonha: - É mesmo, é o Marcelo! Como é que eu não reconheci! Você me desculpe, Marcelo, por favor. 8ª parte
  • 9. No saguão, Marcelo torcia as mãos, encabulado: - A senhora é que me desculpe , foi muita ousadia... 9ª parte
  • 10. Escola Municipal Goiás Professora Rosana Sales 2013 Retirado do Blog: http://professoressolidarios.blogspot.com.br/2009