SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
“MEMORIAL DO
CONVENTO”:
O POVO
CARATERIZAÇÃO:
- Pertence ao grupo do
contrapoder
- É apresentado tanto de
forma coletiva como de
forma específica
- Ignorante & Analfabeto
- Injustiçado
- Violento
- Miserável
- Ausência de sonhos
específicos
- Heróis verdadeiros no
“Memorial do Convento”
- Explorado pelo poder
- Comparação com a guerra
Tradições &
Críticas
Procissão da Quaresma
- Percorre nas ruas da
cidade
- Comportamentos
sadomasoquistas
- Prazer perante o
sofrimento
- Ao fim da Quaresma
o homem reassume a
sua autoridade
Autos de Fé
- “Dia de alegria geral”
- Euforia coletiva
- Povo dança diante da
fogueira com os
queimados vivos
- No final, a nobreza e o
clero celebram-nos com
um magnífico jantar na
Inquisição
A Tourada
- Decoração da praça
rica e muito enfeitada
- Os touros são
violentamente
torturados e mortos
- Ansidade perante a
morte e a tortura
- Mantas de fogo sobre
os touros
- Tortura dos coelhos e
das pombas
A Sagração da Basílica
- Ostentação do
rei
- Mobilização
massiva do povo
(70/80 mil
pessoas
presentes)
- 8 dias de festa
- Contraste social
muito grande
Procissão do Corpo de Deus
- 8 Junho 1719 - Preparativos
exagerados
- Vivência excessiva
O Batizado
- Enquanto a nobreza
festeja o nascimento e
o batizado da infanta
Maria Xavier (…)
Bárbara, o povo serve
no banquete (de 3
dias) sem receber algo
em troca pelo seu
serviço
A “epopeia da pedra”
Benedictione
- Epopeia - Poema que
tem por
assunto ações ou
acontecimentos
grandiosos.
- 600 homens
- 31 021 kg
- 8 dias até a Mafra
- Enumeração dos
nomes
p. 329-330
- Acidentes & mortes
 Cerca de 14km
MAFRA
PERO
PINHEIRO
Fatores socio-
económicos
Condições de vida &
construção
- Condições de higiene
muito más
- “Ilha da Madeira”
- Fome, frio e miséria
- Humilhação &
“escravatura”
- Analogia: Homem =
formiga
- Doenças
- Prostituição
- Abuso de poder
- Desrespeito pela
dignidade das mulheres
PORTANTO…
- Mafra é um espaço que representa a servidão desumana
que o D. João V originou para alimentar a sua vaidade
- O verdadeiro herói é o povo, porque ao longo da toda
narrativa constitui uma “massa coletiva e anónima” que de
facto constuíu o convento
- A crítia principal é à “escravidão”  para alimentar o
sonho dum rei megalómano

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Sociedade brasileira no final do século XIX
Sociedade brasileira no final do século XIXSociedade brasileira no final do século XIX
Sociedade brasileira no final do século XIXMarcia Oliveira
 
A vida quotidiana na cidade no século XIX
A vida quotidiana na cidade no século XIXA vida quotidiana na cidade no século XIX
A vida quotidiana na cidade no século XIXPaulo Saraiva
 
A Sociedade no Século XIX
A Sociedade no Século XIXA Sociedade no Século XIX
A Sociedade no Século XIXJosé Ferreira
 
A vida quotidiana no campo no século XIX
A vida quotidiana no campo no século XIXA vida quotidiana no campo no século XIX
A vida quotidiana no campo no século XIXAlexandre Martins
 
A vida quotidiana nas cidades francisca 6ºb
A vida quotidiana nas cidades francisca 6ºbA vida quotidiana nas cidades francisca 6ºb
A vida quotidiana nas cidades francisca 6ºbFernandoMarques
 
Vida quotidiana campo século xix
Vida quotidiana campo  século xixVida quotidiana campo  século xix
Vida quotidiana campo século xixcameloburro
 

Mais procurados (6)

Sociedade brasileira no final do século XIX
Sociedade brasileira no final do século XIXSociedade brasileira no final do século XIX
Sociedade brasileira no final do século XIX
 
A vida quotidiana na cidade no século XIX
A vida quotidiana na cidade no século XIXA vida quotidiana na cidade no século XIX
A vida quotidiana na cidade no século XIX
 
A Sociedade no Século XIX
A Sociedade no Século XIXA Sociedade no Século XIX
A Sociedade no Século XIX
 
A vida quotidiana no campo no século XIX
A vida quotidiana no campo no século XIXA vida quotidiana no campo no século XIX
A vida quotidiana no campo no século XIX
 
A vida quotidiana nas cidades francisca 6ºb
A vida quotidiana nas cidades francisca 6ºbA vida quotidiana nas cidades francisca 6ºb
A vida quotidiana nas cidades francisca 6ºb
 
Vida quotidiana campo século xix
Vida quotidiana campo  século xixVida quotidiana campo  século xix
Vida quotidiana campo século xix
 

Semelhante a Povo memorial de convento

Memorial do convento espaço social e a crítica
Memorial do convento   espaço social e a críticaMemorial do convento   espaço social e a crítica
Memorial do convento espaço social e a críticaAntónio Teixeira
 
Cultura na idade média
Cultura na idade médiaCultura na idade média
Cultura na idade médiaHCA_10I
 
Quilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidãoQuilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidãoSilvânio Barcelos
 
Quotidiano na idade média
Quotidiano na idade médiaQuotidiano na idade média
Quotidiano na idade médiaAnabela Sobral
 
Sinopse protegidos
Sinopse protegidosSinopse protegidos
Sinopse protegidosMari Barboza
 
Os sertões euclides_da_cunha
Os sertões euclides_da_cunhaOs sertões euclides_da_cunha
Os sertões euclides_da_cunhaLucio Braga
 
ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdf
ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdfESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdf
ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdfMarcosRamos392778
 
5 portugalnoséculo xiii
5 portugalnoséculo xiii5 portugalnoséculo xiii
5 portugalnoséculo xiiiR C
 
Portugal no século XIII
Portugal no século XIIIPortugal no século XIII
Portugal no século XIIIlourdesingles
 
Jb news informativo nr. 0069
Jb news   informativo nr. 0069Jb news   informativo nr. 0069
Jb news informativo nr. 0069JB News
 
Tópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do conventoTópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do conventoAna Isabel Falé
 

Semelhante a Povo memorial de convento (20)

Memorial do convento espaço social e a crítica
Memorial do convento   espaço social e a críticaMemorial do convento   espaço social e a crítica
Memorial do convento espaço social e a crítica
 
Cultura na idade média
Cultura na idade médiaCultura na idade média
Cultura na idade média
 
I D A D E M D I Aok
I D A D E M D I AokI D A D E M D I Aok
I D A D E M D I Aok
 
Quilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidãoQuilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidão
 
Antônio conselheiro
Antônio conselheiroAntônio conselheiro
Antônio conselheiro
 
Antônio conselheiro
Antônio conselheiroAntônio conselheiro
Antônio conselheiro
 
Boi bumba
Boi bumbaBoi bumba
Boi bumba
 
Quotidiano na idade média
Quotidiano na idade médiaQuotidiano na idade média
Quotidiano na idade média
 
Sinopse protegidos
Sinopse protegidosSinopse protegidos
Sinopse protegidos
 
Os sertões euclides_da_cunha
Os sertões euclides_da_cunhaOs sertões euclides_da_cunha
Os sertões euclides_da_cunha
 
escravidão brasil.pdf
escravidão brasil.pdfescravidão brasil.pdf
escravidão brasil.pdf
 
ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdf
ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdfESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdf
ESCRAVIDÃO NO BRASIL COLONIAL ( AULA DO 8ºANO IV BIM 2023.pdf
 
5 portugalnoséculo xiii
5 portugalnoséculo xiii5 portugalnoséculo xiii
5 portugalnoséculo xiii
 
Portugal no século XIII
Portugal no século XIIIPortugal no século XIII
Portugal no século XIII
 
Jb news informativo nr. 0069
Jb news   informativo nr. 0069Jb news   informativo nr. 0069
Jb news informativo nr. 0069
 
O impacto da conquista da américa
O impacto da conquista da américaO impacto da conquista da américa
O impacto da conquista da américa
 
Brasil 500 anos
Brasil 500 anosBrasil 500 anos
Brasil 500 anos
 
Idade Média
Idade Média Idade Média
Idade Média
 
8. mesopotâmia.17
8. mesopotâmia.178. mesopotâmia.17
8. mesopotâmia.17
 
Tópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do conventoTópicos de análise do espaço social em memorial do convento
Tópicos de análise do espaço social em memorial do convento
 

Povo memorial de convento

  • 2. CARATERIZAÇÃO: - Pertence ao grupo do contrapoder - É apresentado tanto de forma coletiva como de forma específica - Ignorante & Analfabeto - Injustiçado - Violento - Miserável - Ausência de sonhos específicos - Heróis verdadeiros no “Memorial do Convento” - Explorado pelo poder - Comparação com a guerra
  • 4. Procissão da Quaresma - Percorre nas ruas da cidade - Comportamentos sadomasoquistas - Prazer perante o sofrimento - Ao fim da Quaresma o homem reassume a sua autoridade
  • 5. Autos de Fé - “Dia de alegria geral” - Euforia coletiva - Povo dança diante da fogueira com os queimados vivos - No final, a nobreza e o clero celebram-nos com um magnífico jantar na Inquisição
  • 6. A Tourada - Decoração da praça rica e muito enfeitada - Os touros são violentamente torturados e mortos - Ansidade perante a morte e a tortura - Mantas de fogo sobre os touros - Tortura dos coelhos e das pombas
  • 7. A Sagração da Basílica - Ostentação do rei - Mobilização massiva do povo (70/80 mil pessoas presentes) - 8 dias de festa - Contraste social muito grande
  • 8. Procissão do Corpo de Deus - 8 Junho 1719 - Preparativos exagerados - Vivência excessiva
  • 9. O Batizado - Enquanto a nobreza festeja o nascimento e o batizado da infanta Maria Xavier (…) Bárbara, o povo serve no banquete (de 3 dias) sem receber algo em troca pelo seu serviço
  • 10. A “epopeia da pedra” Benedictione - Epopeia - Poema que tem por assunto ações ou acontecimentos grandiosos. - 600 homens - 31 021 kg - 8 dias até a Mafra - Enumeração dos nomes p. 329-330 - Acidentes & mortes
  • 11.  Cerca de 14km MAFRA PERO PINHEIRO
  • 13. Condições de vida & construção - Condições de higiene muito más - “Ilha da Madeira” - Fome, frio e miséria - Humilhação & “escravatura” - Analogia: Homem = formiga - Doenças - Prostituição - Abuso de poder - Desrespeito pela dignidade das mulheres
  • 15. - Mafra é um espaço que representa a servidão desumana que o D. João V originou para alimentar a sua vaidade - O verdadeiro herói é o povo, porque ao longo da toda narrativa constitui uma “massa coletiva e anónima” que de facto constuíu o convento - A crítia principal é à “escravidão”  para alimentar o sonho dum rei megalómano