SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 178
Baixar para ler offline
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 1



A P O S T I L A D E
TEORIA MUSICAL
P A R A M Ú S I C O S E S P I R I T U A I S
A música na Bíblia e o papel do músico ao ministrar louvores à Deus
Introdução ao Ritmo, Percepção rítmica com solfejo de Pozzoli • Solfejo melódico de Bona
Conceitos pedagógicos com apoio bíblico para a formação de Músicos Espirituais
Estudos avançados para análise em grupo: Regência, Musicalização e Orquestração
Apresentação dos instrumentos musicais e Bibliografia
DISTRIBUIÇÃO LIVRE
Página 2
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Registro de Direito autoral de 15/04/2014
Livro Pedagógico: APOSTILA DE TEORIA MUSICAL PARA MÚSICOS ESPIRITUAIS
178 páginas; Formato de impressão A4; Obra não publicada
Obra registrada no Escritório de Direitos Autorais, certidão de
Registro ou Averbação sob os dados:
N. Registro: 640.612
Livro: 1.231
Folha: 342
1ª edição – São Paulo, SP – 2009-2014 – Registrada em 15/04/2014
Todos os direitos s reservados.
Consulta no Acervo do Escritório de Direitos Autorais (EDA)
http://www.bn.br/portal/index.jsp?nu_pagina=75
Envie comentários e sugestões por e-mail:
faleconosco@escolinhamusical.com.br
Nome:
Comum Congregação:
Telefone:
A VENDA OU COMERCIALIZAÇÃO É EXPRESSAMENTE PROIBIDA
Fica totalmente livre a realização de cópias totais ou parciais, reprodução de qualquer modo, fotocópias & xerox,
distribuição na internet & meios eletrônicos, compartilhamento em redes sociais, gravação ou outros meios.
Faça o download de versões atualizadas a cada Semestre no seguinte endereço web:
http://www.escolinhamusical.com.br
(Contém os arquivos PDF da apostila, provas de avaliação, grupos/fichas/calendários). Tamanho estimado: 25 MBytes
http://www.escolinhamusical.com.br/download/apostila-de-teoria-suporte-multimidia.zip
(Contém plano de organização de grupos, fichas, guias auditivos, vídeos e utilidades). Tamanho estimado: 700 MBytes
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 3
Apresentação
O conceito pedagógico desta apostila livre tem o objetivo de formar músicos eruditos com atenção ao
caráter cristão, para isto, o conteúdo é totalmente intuitivo e o cunho didático inspirador, usando
definições teóricas para orientar, instruir e enfatizar ao candidato todas as atividades comuns que fazem
parte do dia-a-dia de um músico espiritual na Congregação Cristã.
Especialmente no prefácio (página 8 à 11), o apoio bíblico está presente para orientá-lo sobre o papel do
músico na Igreja, que escolhe dedicar-se neste ministério para fazer Louvor com amor e dar respostas fiéis
à grandeza de DEUS. Este curso tem noções elementares para a formação de músicos não profissionais.
Papel do músico na Congregação Cristã
O Louvor deve ter como alvo principal a Glória de DEUS, para alcançarmos isto, a espiritualidade do músico
é fundamental para fazer esta música. Por isto, na Congregação Cristã, cabe aos músicos repetir as notas
musicais como se os instrumentos musicais estivessem cantando a parte coral, isto é, a melodia; mas com
menor intensidade de som em relação às vozes de canto da irmandade.
Esta nova proposta de curso de música desperta a importância da consciência de como devemos usar a
arte musical para manifestar bons sentimentos em santificação e Louvor a DEUS. Para isto, no fim de cada
módulo está proposto um capítulo chamado ‘Estudo’ para leitura e análise em grupo (professor e alunos).
Aprender a música merece tempo disponível, dedicação, concentração, muito estudo e trabalho para
adquirir conhecimentos sólidos de teoria musical, pulsação rítmica, expressão musical e divisão de tempos
para aplicar tudo isto nas lições dos métodos de seu instrumento musical e, principalmente, no hinário.
Leia antes de começar
Antes de começar a usá-lo, faça a leitura completa deste livro, isto vai te trazer alguns aprendizados e
determinar desde já o seu perfil musical por toda a sua vida. Estão propostas leituras bíblicas e dicas de
comportamento para sabermos estar diante de DEUS e como ofertar à ELE um Louvor sincero e puro.
Sr(a). Professor(a)
Para ter sucesso, oriente os alunos com total respeito, igualdade e carinho. Proponha este formato ao
grupo de instrutores & professores para ter produtividade e organizar o curso na formação de músicos
espirituais. O aluno que se dedica vai seguir o seu exemplo e vai aprender com as suas reações verbais e
atitudes dentro e fora do convívio com a orquestra; esteja sempre com a mais alta comunhão com DEUS
para orientar todos que precisarem de um apoio ou correção. O aluno que você ensina hoje vai usar um
instrumento musical para louvar a DEUS do seu lado na orquestra da Congregação Cristã.
Sorria sempre e bom trabalho!
Página 4
Sumário
Pesquise facilmente usando o índice.
PREFÁCIO..................................................................................................................................................................... 8
ESTUDO: DEDIQUE-SE COM ZÊLO............................................................................................................................................................................. 11
A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA .................................................................................................................................... 13
O MINISTÉRIO DA MÚSICA NA BÍBLIA ...................................................................................................................................................................... 13
SALMOS, HINOS E CÂNTICOS ESPIRITUAIS................................................................................................................................................................ 17
MÚSICA ...................................................................................................................................................................... 20
ESTUDO: O PAPEL DO MÚSICO NAS IGREJAS............................................................................................................................................................ 22
O QUÊ É TEORIA MUSICAL?....................................................................................................................................................................................... 24
PROPRIEDADES DO RITMO........................................................................................................................................................................................ 26
Pulso ........................................................................................................................................................................................................26
Acento métrico......................................................................................................................................................................................26
Desenho rítmico....................................................................................................................................................................................26
Andamento............................................................................................................................................................................................26
SOLFEJO..................................................................................................................................................................................................................... 27
FIGURAS DE VALOR.................................................................................................................................................................................................... 29
Outro exemplo da hierarquia de valores proporcionais:..............................................................................................................29
Regras de grafia ....................................................................................................................................................................................33
Percepção rítmica.................................................................................................................................................................................34
Solfejar figuras musicais......................................................................................................................................................................35
ESTUDO: HISTÓRIA DA MÚSICA & ORQUESTRA ....................................................................................................................................................... 36
PERCEPÇÃO RÍTMICA: POZZOLI................................................................................................................................ 46
MÓDULO 1 ................................................................................................................................................................. 63
A MÚSICA E OS SEUS ELEMENTOS............................................................................................................................................................................. 63
Melodia...................................................................................................................................................................................................63
Harmonia ...............................................................................................................................................................................................63
Ritmo.......................................................................................................................................................................................................63
SOM............................................................................................................................................................................................................................ 64
CARACTERÍSTICAS DO SOM.................................................................................................................................................................................... 65
Altura.......................................................................................................................................................................................................65
Duração..................................................................................................................................................................................................65
Intensidade ............................................................................................................................................................................................65
Timbre .....................................................................................................................................................................................................66
NOTAS MUSICAIS....................................................................................................................................................................................................... 66
LINHAS SUPLEMENTARES.......................................................................................................................................................................................... 67
CLAVES....................................................................................................................................................................................................................... 68
Clave de Sol............................................................................................................................................................................................68
Clave de Fá.............................................................................................................................................................................................69
Clave de Dó ............................................................................................................................................................................................70
Clave dos instrumentos musicais ......................................................................................................................................................71
COMPASSO................................................................................................................................................................................................................ 71
Barra de compasso...............................................................................................................................................................................71
Barra dupla ............................................................................................................................................................................................71
Barra final...............................................................................................................................................................................................72
TEMPOS DO COMPASSO......................................................................................................................................................................................... 72
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 5
UNIDADES DE TEMPO E COMPASSO ..................................................................................................................................................................... 72
COMPASSO SIMPLES............................................................................................................................................................................................... 73
COMPASSO COMPOSTO.......................................................................................................................................................................................... 77
Compassos correspondentes .............................................................................................................................................................80
FÓRMULA DE COMPASSO ......................................................................................................................................................................................... 82
FERMATA.................................................................................................................................................................................................................... 82
LIGADURA.................................................................................................................................................................................................................. 82
Ligadura de valor ou prolongamento..............................................................................................................................................83
Ligadura de expressão ou portamento............................................................................................................................................83
Ligadura de frase ..................................................................................................................................................................................83
Interpretação.........................................................................................................................................................................................83
MARCAÇÃO DE COMPASSO (SOLFEJO)................................................................................................................................................................ 84
INTRODUÇÃO AO MÉTODO “BONA” ........................................................................................................................................................................ 84
ESTUDO: AS VOZES.................................................................................................................................................................................................... 88
MÓDULO 2 ................................................................................................................................................................. 92
TOM E SEMITOM ........................................................................................................................................................................................................ 92
Tipos de semitom..................................................................................................................................................................................92
SINAIS DE ALTERAÇÃO: ACIDENTES.......................................................................................................................................................................... 93
Acidentes fixos.......................................................................................................................................................................................94
Acidentes ocorrentes............................................................................................................................................................................94
Acidentes de precaução ......................................................................................................................................................................95
PONTO DE AUMENTO................................................................................................................................................................................................ 95
Ponto simples ........................................................................................................................................................................................95
Ponto duplo ...........................................................................................................................................................................................95
Ponto triplo ............................................................................................................................................................................................95
PONTO DE DIMINUIÇÃO: STACCATO ........................................................................................................................................................................ 96
Staccato simples ...................................................................................................................................................................................96
Recomendado para aplicar com pouca frequência nos ensaios musicais na CCB.................................................................96
Staccato ligado ou portato.................................................................................................................................................................96
Não recomendado para aplicar nos ensaios musicais na CCB...................................................................................................96
Staccato seco ou martelato................................................................................................................................................................96
Não recomendado para aplicar nos ensaios musicais na CCB...................................................................................................96
LEGATO...................................................................................................................................................................................................................... 97
INTERVALOS............................................................................................................................................................................................................... 97
ESTUDO: NOÇÕES DE REGÊNCIA............................................................................................................................................................................... 99
MÓDULO 3 ............................................................................................................................................................... 106
COMPASSOS MISTOS...............................................................................................................................................................................................106
CONTRATEMPOS......................................................................................................................................................................................................106
SÍNCOPA ..................................................................................................................................................................................................................107
QUIÁLTERAS ............................................................................................................................................................................................................107
TERMINAÇÕES .........................................................................................................................................................................................................108
Terminação masculina......................................................................................................................................................................108
Terminação feminina ........................................................................................................................................................................108
ESTUDO: ETIQUETA DO MÚSICO.............................................................................................................................................................................109
MÓDULO 4 ............................................................................................................................................................... 113
DESENHOS RÍTMICOS ..............................................................................................................................................................................................113
Ritmo: tético.........................................................................................................................................................................................113
Ritmo: anacruse ..................................................................................................................................................................................113
Ritmo: Acéfalo .....................................................................................................................................................................................113
ESCALA.....................................................................................................................................................................................................................114
GRAUS......................................................................................................................................................................................................................114
ESCALA DIATÔNICA.................................................................................................................................................................................................115
Página 6
ESCALA CROMÁTICA................................................................................................................................................................................................115
TONALIDADE ...........................................................................................................................................................................................................116
ESTUDO: EXPRESSÃO MUSICAL...............................................................................................................................................................................117
MÓDULO 5 ............................................................................................................................................................... 123
MODULAÇÃO ..........................................................................................................................................................................................................123
ESCALAS MAIORES E MENORES...............................................................................................................................................................................123
Escala maior ........................................................................................................................................................................................123
Escala menor harmônica..................................................................................................................................................................126
Escala menor melódica .....................................................................................................................................................................127
MODOS....................................................................................................................................................................................................................128
Modo maior .........................................................................................................................................................................................128
Modo menor ........................................................................................................................................................................................128
SINAIS DE NAVEGAÇÃO...........................................................................................................................................................................................129
RITORNELLOS...........................................................................................................................................................................................................129
TRECHOS..................................................................................................................................................................................................................130
SINAL DE SALTO......................................................................................................................................................................................................130
ESTUDO: FÉ & COMUNICAÇÃO CRISTÃ...................................................................................................................................................................131
MÓDULO 6 ............................................................................................................................................................... 135
TEMPO......................................................................................................................................................................................................................135
Andamento..........................................................................................................................................................................................135
Caráter expressivo ..............................................................................................................................................................................136
Alterações de andamento.................................................................................................................................................................136
SINAIS DE DINÂMICA...............................................................................................................................................................................................137
ACENTOS..................................................................................................................................................................................................................138
TESSITURA................................................................................................................................................................................................................138
ESTUDO: INSTRUMENTOS MUSICAIS.......................................................................................................................................................................140
Cordas...................................................................................................................................................................................................140
Percussão..............................................................................................................................................................................................162
MÓDULO 7 ............................................................................................................................................................... 164
REGISTROS ...............................................................................................................................................................................................................164
SINAIS DE REPETIÇÃO..............................................................................................................................................................................................165
TRANSPOSIÇÃO .......................................................................................................................................................................................................167
Tipos de tonalidade............................................................................................................................................................................167
Tonalidades de Instrumentos...........................................................................................................................................................167
Situações nos instrumentos musicais.............................................................................................................................................168
PRÁTICA MUSICAL E DE ORQUESTRA......................................................................................................................................................................169
ORNAMENTOS.........................................................................................................................................................................................................170
ESTUDO: EQUALIZAÇÃO ESPIRITUAL......................................................................................................................................................................173
HINÁRIO 5 ................................................................................................................................................................ 175
ORIENTAÇÃO PARA ESTUDOS.................................................................................................................................................................................175
ESTUDO: MÚSICA NA VIDA DOS CRISTÃOS.............................................................................................................................................................176
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................................................... 177
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................................................... 178
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 7
Prefácio ao estudante
Como deve ser a música de DEUS?
Quais são os objetivos da música de DEUS?
Músico deve ser uma pessoa espiritual
É preciso que haja amor e dedicação aos estudos
A adoração: a música é um Dom de Deus
Deus seja louvado
Página 8
Prefácio
Como deve ser a música de DEUS?
A música de DEUS deve ter como alvo principal a Glória de DEUS. E o seu desejo de estudar a teoria musical para se
tornar um músico ou organista, já consta como um Louvor ao DEUS Todo Poderoso.
Deve expressar o Louvor ao Senhor: é muito importante que você goste de música e seja voluntário aos estudos de
teoria musical para Louvar a DEUS com um cântico novo, bendizer o Seu nome, proclamar a Sua salvação, anunciar a
Sua glória e os Seus feitos maravilhosos (Salmos 66).
Louvor é a resposta à grandeza de DEUS. O louvor reconhece os atributos de DEUS. O louvor louva a DEUS por aquilo
que Ele é. A verdadeira música de louvor fala das grandezas de DEUS, de seus atributos, de sua santidade, de sua
justiça, de seu poder, de sua misericórdia, de seu amor e de sua Graça!
Deve expressar ação de Graças ao Senhor: ação de graças é a resposta à bondade de DEUS. A ação de graças
reconhece os feitos de DEUS. A ação de graças engrandece a DEUS por aquilo que Ele faz (Apocalipse 5:9,10).
A música foi instituída por DEUS, no Céu, a fim de ser executada pelos seres celestiais criados como um ato de
adoração ao Criador. Adorar é a expressão de amor e gratidão por quem DEUS é e pelo que fez e faz por nós. Quando
adoramos a DEUS, estamos oferecendo todo o nosso ser a Ele. Assim, adorar é agradar a DEUS e é ação contínua entre
os seres celestiais no céu. A música está centralizada unicamente em DEUS e não no gosto do adorador – do músico.
Deve expressar o Louvor com um coração feliz: o coração do músico de DEUS precisa ter prazer com a música
espiritual. A Bíblia não diz que a música deve ser entoada para trazer alegria. A alegria é um pré-requisito para
cantarmos.
Não cantamos para ficar alegres, mas cantamos para a
glória de DEUS, e a glória de DEUS nos traz alegria no
espírito! Cantar com muito louvor quando estamos tristes é
uma hipocrisia: “O que canta canções para o coração aflito é
como aquele que despe a roupa num dia de frio, ou como o
vinagre sobre salitre.” (Provérbios 25:20). É verdade que
devemos dar graças a DEUS por tudo que nos acontece,
inclusive pelas coisas ruins (I Tessalonicenses 5:18), mas não diz o texto que devemos cantar por elas. Isto seria errado.
O que o texto ensina é que devemos entender que todas as coisas, inclusive as ruins, concorrem para o nosso bem
(Romanos 8:28), e por isso devemos dar graças a DEUS por elas.
Deve Expressar o Louvor Dirigido ao Senhor: estes tópicos estão aqui para despertar a importância da consciência de
como devemos usar a arte musical para manifestar bons sentimentos ao aplicar os sentidos cristãos em santificação e
Louvor a DEUS. Ser músico para tocar na igreja não é ter um lugar de destaque ou fazer o que é melhor para si próprio
ou qualquer coisa que se intitule música (ministério), mas sim amar esta arte e entendê-la com o compromisso de
praticá-la da melhor maneira possível ao Louvor a DEUS. Leia: Salmos 9
“Está alguém contente? Cante
louvores.” (Tiago 5:13).
Quando alguém está triste, não deve
cantar, mas orar: “Está alguém
entre vós aflito? Ore.” (Tiago 5:13)
e ainda diz “com toda [muita]
oração” (Efésios 6:18).
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 9
Há muitos significados são atribuídos ao verbo "louvar" na Bíblia, incluindo dar graças, atribuir glória e honra, exaltar,
celebrar, recomendar e regozijar. Louvar está intimamente aliado ao culto e na adoração à DEUS. Leia 2 Samuel 6:5
O louvor é uma oferta dirigida à DEUS: “Apresentai-vos diante dele com cântico…” (Salmos 100:2). “Apresentemo-nos
ante a sua face com louvores, e celebremo-lo com salmos.” (Salmos 95:2). Não cantamos para o auditório, mas para o
Senhor; a música não deve agradar ao auditório, mas ao Senhor: “Tributai ao SENHOR a glória de seu nome; trazei
presentes, e vinde perante Ele…” (I Crônicas 16:29). A música não deve ser usada para nos fazer sentir melhor. Ela não
deve ter este propósito. Saul buscava alívio na música de Davi (I Samuel 16:23), mas ele deveria buscar
arrependimento na Palavra de DEUS. A música tem o objetivo de convidar a presença de DEUS entre nós, pois DEUS
habita no meio dos louvores (Salmos 22:3).
Deve exaltar a Glória do Cordeiro: a glória de DEUS é manifesta mediante adoração ao Cordeiro de DEUS. O Pai deseja
que o Filho seja adorado (Hebreus 1:5-6). O Espírito Santo deseja glorificar o Filho (João 16:13-15). Os anjos adoram ao
Cordeiro de DEUS (Apocalipse 5:8-14). Toda música e prática instrumental de auto-promoção devem ser erradicadas,
porque todo louvor deve ser dirigido para DEUS, somente Ele é digno de todo louvor, honra e Glória.
Deve exaltar a Glória de DEUS por suas Obras: a Bíblia está repleta de convites para que louvemos o Senhor por Suas
obras (Salmos 150:2; 106:2; 145:4). O cântico de Débora é um exemplo: “…falai das justiças do Senhor, das justiças que
fez às suas aldeias em Israel…” (Juízes 5:11).
Como é a música de DEUS?
Doutrinária: aprendemos mais sobre a doutrina cristã nas músicas do que nas pregações. Por isso a música deve ser
didática, para ensinar a doutrina. A música deve ser instrutiva.
Através dela devemos aprender doutrina: “…ensinando-vos e
admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos
espirituais, cantando ao Senhor…” (Colossenses 3:16).
Compreensível: nossas emoções, quando envolvidas na adoração
a DEUS, devem ser guiadas pelo elemento racional (Romanos
12:1-2). A letra deve ser inteligível: “…cantarei com o espírito,
mas também cantarei com o entendimento.”
Leia em I Coríntios 14:15. Aqui entra o segundo requisito da adoração, mencionado em João 4:24. O primeiro é “em
espírito”, o segundo é “em verdade”.
Possui entendimento espiritual: as músicas que dão ênfase ao “sentir” e não ao “pensar”, que enfatizam mais o “som”,
a “melodia” e não a “mensagem” não são de boa qualidade. Qualquer música que enfatiza mais a “adoração” no corpo
(levantar instrumento ao alto, bater palmas, levantar as mãos, acelerar andamento do hino, ritmos exagerados, etc) do
que no “espírito” não serve para a verdadeira adoração “em espírito”. Andamos por fé e não por vista (II Coríntios 5:7).
Possui uma melodia harmoniosa - que música devemos cantar? A música da moda no mundo? A música brasileira?
Devemos cantar a música de DEUS (I Crônicas 16:42). Portanto, o estilo musical deve ser santo e reverente, desde que
possua harmonia e inteligência musical: “Pois DEUS é o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligência
[harmonia].” (Salmos 47:7).
A adoração “em espírito e em verdade”
(João 4:23-24), é aquela que é espiritual
(em espírito) e doutrinária (em verdade).
Em “espírito” fala da conduta do
adorador, enquanto em “verdade” fala
da forma como devemos adorar. Paulo
nos exorta a sermos fervorosos no
espírito (Romanos 12:11).
Página 10
Quais são os objetivos da música de DEUS?
Produzir crescimento espiritual: o apóstolo Paulo diz que a música cantada dentro da Igreja deve ser usada para
edificação do corpo de Cristo. Músicas que não edificam, mesmo que sejam agradáveis, devem ser evitadas: “Que
fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina… Faça-se tudo para edificação.”
(I Coríntios 14:26).
Ser espiritual: para produzir crescimento e edificação da igreja
(do povo de DEUS), a música deve ser espiritual, isto é, deve
enfatizar um tema espiritual. Não basta relatar a experiência de
alguém, é preciso que ela esteja baseada num tema espiritual
bíblico, isto é, baseada na palavra de DEUS: “E Davi… separou
para o ministério os filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum,
para profetizarem [a palavra de DEUS] com harpas, com
címbalos, e com saltérios…para exaltar o seu poder…”
(I Crônicas 25:1,5).
O Músico deve ser uma pessoa espiritual, controlado pelo Espírito para apresentar a DEUS “cânticos espirituais”:
“Louvar-te-ei com retidão de coração quando tiver aprendido os teus justos juízos.” (Salmos 119:7).
É preciso que haja amor e dedicação aos estudos.
Muitas pessoas se queixam sobre ter que separar algum tempo para entender como funcionam as coisas dentro da
teoria musical, mas este é único caminho para nos tornarmos bons músicos e desenvolvermos de fato todo o
potencial. Leia Salmos 150
Cada um em seu ritmo - devemos sim nos dedicar, ter alegria e buscar toda a luz de DEUS para entender as
metodologias de ensino e buscar se aperfeiçoar cada vez mais, afinal, a emoção que sentimos quando interpretamos
uma obra musical (um hino, por exemplo) vale por todo esforço, a música é a mais elevada forma de expressão do ser
humano, através dela conseguimos transmitir todo o sentimento que desejamos de forma que todas as pessoas
sintam isto e com certeza vale a pena todo o esforço para o fazermos bem. Leia: Salmos 33:3
Diferentemente dos pássaros, grilos e outras animais a quem deu a capacidade de emitir sons, DEUS, em amor, deu
aos homens o poder de escolha e a capacidade de criar sons de louvor e ações de graça à Ele por sua misericórdia,
bondade, justiça, fidelidade e amor. Leia: 1 Pedro 2-9
A adoração: a música é um Dom de DEUS
O objetivo principal do músico da adoração é render honra e tributo ao Criador, sentindo Sua presença e conectando-
se à fonte da Vida.
É necessário que essa adoração e culto sejam oferecidos a DEUS e sejam aceitos por Ele assim como a oferta de Abel.
Quando adoramos a DEUS em espírito (emoções/coração) e em verdade (mente/concentração), entramos numa
conexão tal com Ele (a comunhão) que experimentamos imediata transformação pessoal pelas operações da
presença do Espírito Santo. Portanto, a adoração (na música) não é algo concentrado em nós, mas em DEUS.
A música de Deus deve ser entoada
com voz de triunfo (Salmos 47:1)
com voz de melodia (Isaías 51:3),
como um sacrifício de júbilo (Salmos
27:6) como um sacrifício de louvor,
isto é, o fruto dos nossos lábios
(Hebreus 13:15).
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 11
Estudo: dedique-se com zêlo
Orientações diversas
Tudo começa aqui para quem decide estudar música para louvar a DEUS
Esta apostila de teoria musical é totalmente gratuita e possui os assuntos necessários para que você tenha um bom
conhecimento sobre os elementos da música. Tente entendê-la por completo, siga as orientações do professor,
sempre tire suas dúvidas e desenvolva-se com entusiasmo, atenção e zêlo. Deve ficar claro que este é um processo
onde o sucesso depende do esforço individual e que prepara músicos para louvarem a DEUS na Congregação Cristã.
Tudo começa agora, siga sempre em frente com entusiasmo. Apesar de parecer longo para alguns, o estudo da
música com certeza vale a pena, pois quando você consegue certo domínio tudo é estimulante e nos traz alegria.
Lembre-se que um bom músico é aquele que se dedica e que sempre está se aperfeiçoando.
Portanto procure estar atento/a aos novos aprendizados, novas técnicas, novos estilos, tenha uma visão ampla sobre
a música (assuntos técnicos, teóricos e práticos no instrumento musical), conheça de fato o que você está fazendo!
Pesquise outros livros de teorias e apostilas de música, ouça CDs, assista DVDs e concertos musicais. Dedique-se!
O poder da música é o de transformar simples vibrações em sentimentos. Leia: Salmos 96
Ao ouvirmos uma música, queremos fazer parte daquela obra, foi isto que inspirou 99% de nós a ser músicos para
louvar a DEUS com cânticos espirituais. E a melhor maneira de fazer parte desta música é entendendo sua linguagem.
Quando você ingressar na orquestra e ser parte integrante desta obra e das melodias de hinos de louvores e cânticos
espirituais, realmente "cante" em seu íntimo durante os momentos que antecedem a entrada da 1ª. nota, acompanhe
o seu "toque" com o seu "canto interno" novamente e sempre, e então, com toda a nossa comunhão e alegria de
espírito entoaremos todo nosso Louvor à DEUS os hinos e os nossos sentimentos se elevarão para que a melodia se
transforme em algo espiritual, ou seja, um canal de comunicação direta com DEUS, o Louvor.
O que vai favorecer para que tudo isto dê certo é o treino, a leitura, a repetição, a prática e toda a oração à DEUS para
que o seu esforço de fazer música com um instrumento musical, seja algo natural (fácil), leve e agradável (suave); e
que aos ouvidos de DEUS seja todo o seu Louvor como uma chuva temperada, harmoniosa, perene e serôdia.
Sejamos como artistas: que se realizam plenamente emitindo melodias de nossos próprios dedos ou sopro.
Mas principalmente, sejamos dedicados músicos espirituais: como os que verdadeiramente amam a música de
todo o coração e se expressam através da alma levando a mais alta comunhão do espírito, no qual se encerra todos os
sentimentos humanos, traduzindo com toda fidelidade os sentimentos sublimes, puros e sinceros, que tanto nos
aproximam de DEUS.
Página 12
A importância da música
A arte mais antiga
Resumo histórico do ministério da Música na Bíblia
Salmos, hinos e cânticos espirituais
Deus seja louvado
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 13
A importância da música
A música é nossa mais antiga forma de expressão, mais antiga que a linguagem falada.
O ser humano possui em sua vida sete "dimensões": física, espiritual, intelectual, social, profissional, afetiva e familiar.
De todas as realizações do Homem, a arte é a que possui mais influência em todas essas dimensões da existência
humana. E de todas as artes presentes em nossas vidas, a mais antiga é a Música.
De fato, a música é o Homem, muito mais que as palavras, pois estas são símbolos abstratos. A música toca nossos
sentimentos profundamente, mais fácil que a maioria das palavras e nos faz responder com todo nosso ser (mesmo
quando não percebemos).
Muito antes do ser humano aprender a pintar, esculpir, escrever ou projetar algo, já sabia produzir e apreciar o som.
Obviamente esses sons seriam hoje considerados apenas ruídos, mas considerando que "música é a arte de manipular
os sons", o que aquele Homem primitivo produzia era como um "embrião" musical.
O ministério da Música na Bíblia
A Música foi criada Dor DEUS antes da criação deste mundo
“Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?.. quando juntas cantavam as estrelas da manhã, e
todos os filhos de DEUS bradavam de júbilo?”. Leia Jó 38: 4-7.
Não há nenhuma referência Bíblica quanto ao uso do canto por Adão e Eva, mas, se os filhos de DEUS anteriormente
criados e os anjos, cantavam, certamente DEUS partilhara com eles o dom da música. O uso que dela fizeram os anjos
e os filhos de DEUS foi para expressar alegria pela criação desta terra. Usaram-na para louvar a DEUS pelo Seu
processo criativo. Sem dúvida Adão e Eva cantavam no Éden, da bondade, da misericórdia e do amor de DEUS por
eles. Entoavam cânticos sobre toda sua experiência pessoal com o Criador.
Os instrumentos musicais na Bíblia
Instrumentos musicais foram criados por Dor um descendente de Caim. A primeira referência que a Bíblia faz a música
está em Gên. 4:21 “O nome de seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta.”
Falando de sua miséria, Jó declara: “Pelo que se tornou em pranto a minha harpa, e a minha flauta em voz dos que
choram.” Jó 30:31. Este texto indica que na casa de Jó, tais instrumentos eram usados para diversão e alegria.
“Por que fugiste ocultamente, e me iludiste e não mo fizeste saber, para que eu te enviasse com alegria e com
cânticos, ao som de tambores e de harpas”. Gên. 31 :27
“E sucedia que, quando o espírito mau da parte de DEUS vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua
mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele. “I Sam. 16: 17, 18 e 23. Davi aliviava
o temperamento violento de Saul através dos suaves sons de sua harpa.
Página 14
A Música do Templo
Davi decidiu construir uma casa para DEUS. Segundo seus planos, deveria ser: “Magnífica em excelência, para nome e
glória em todas as terras.” (I Crôn. 22:1-5). Por causa do seu envolvimento em guerras, DEUS lhe nega o privilégio de
construir o templo mas, permite a Davi fazer os preparativos para que o seu filho, Salomão, executasse a obra.
Esta preparação foi completa e perfeita em todos os detalhes, inclusive os planos para música…Nunca antes visto até
esse tempo, a música havia tido mais do que uma pequena parte no serviço religioso de DEUS.” (I Crôn. 25:1).
Asafe seria o músico-chefe acompanhado por Jedutum e Hemã. Seriam ao todo 288 músicos profissionais (Mestres).
Todos treinados para o exercício do ministério musical. (I Crôn. 25:7)
I Crôn. 25 do verso 9 ao 31, relata que Davi dividiu estes músicos em 24 grupos de 12 onde cada grupo estaria a
serviço do templo durante uma semana de cada vez, desde a sexta-feira à noite até depois do serviço religioso do
sábado da semana seguinte, perfazendo 8 dias, e no sábado os dois grupos estariam juntos (durante a semana 12
músicos e no Sábado eram 24 músicos). Isto daria 2 participações por ano para cada grupo de músicos.
A Música usada na dedicação do Templo
Davi morreu sabendo que tudo para o novo templo, incluindo a sua inspiradora música, estava planejado e
preparado.
Davi falou de uma orquestra com 4 mil músicos louvarem ao Senhor com os instrumentos. (I Crôn. 23:5). Embora Davi
tenha completado todos os planos, incluindo seu serviço musical antes de morrer, passaram-se onze anos antes que o
edifício estivesse terminado. Salomão levou sete anos para erguê-lo no Monte Moriá.
O Salmo 136 constituiu-se parte do programa musical do dia. “Era dever dos trombeteiros e cantores fazerem-se ouvir
em uníssono em louvor ao Senhor. “ II Crôn. 5: 13.
O livro de Salmos (salmos significa: louvores)
O Hinário do Segundo Templo: o serviço do segundo templo foi modelado de acordo com o do primeiro. Neemias
refere-se à restauração do culto musical “conforme ao mandado de Davi.” (Nee. 12:45) “Porque já nos dias de Davi e
Asafe, desde a antigüidade, havia chefes dos cantores, e cânticos de louvores e ação de graças a DEUS.” (Nee 12:46)
O livro de Salmos foi chamado de “louvores”: (isto é: Salmos), porque foi o hinário dos serviços de cânticos do
segundo templo, no qual o louvor era a parte mais importante. Por centenas de anos, os músicos do templo usaram
determinados salmos, para cada dia do ciclo semanal e regular de cultos. Usavam também alguns outros, para os
serviços das festas anuais. Os hinos restantes eram cantados em muitos outros serviços regulares do templo.
Provavelmente, o sagrado livro de hinos era familiar ao povo em geral, pois, quando os músicos voltavam para suas
casas depois de sua semana de serviço no templo, certamente ensinavam os salmos a seus familiares e vizinhos.
Divisão dos Salmos - os 150 salmos estão divididos em cinco livros. O motivo desta forma de divisão é desconhecida
pois a ordem não é cronológica nem tão pouco segue a data de sua composição. Por exemplo, o Salmos 142 é
considerado tendo sido escrito por Davi quando estava na caverna e o Sal. 1, é considerado como tendo sido o último
dos salmos a ser escrito. Ele é um prelúdio para todo o hinário.
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 15
Os 5 livros são: 1) Salmos 1-41; 2) Salmos 42-72; 3) Salmos 73-89; 4) Salmos 90-106 e 5) Salmos 107-150.
Os livros dos grupos 1,2 e 3 terminam com a expressão: “Amém, e Amém.”
Os livros dos grupos 4 e 5 com a expressão: “Louvai ao Senhor.”
Autores dos Salmos: os títulos dos vários salmos nos revelam que: 73 deles foram escritos por Davi; 2 por Salomão; 12
pelos filhos de Coré; 12 por Asafe; 1 por Hemã; 1 por Etã e 1 por Moisés.A maioria deles foi escrito no tempo de Davi e
Salomão (100 Século A.C.). Na Bíblia Sagrada, o conteúdo dos Salmos são orações, louvores, aleluias e cânticos de
degraus que eram hinos cantados pelos peregrinos devotos em seu caminho para Jerusalém para as festas anuais.
Todas as emoções da alma humana são abordadas na coleção completa dos Salmos. Estas incluem triunfo e
desespero, confiança e incertezas, orações e louvores. Recomenda-se a leitura do Livro completo dos Salmos.
O uso musical dos Salmos: títulos e instruções aos músicos mostram que os salmos eram cantados durante os serviços
religiosos do templo. A música instrumental era usada na época do segundo templo, como um acompanhamento
para as vozes, embora houvesse interlúdios instrumentais considerados como sendo ilustrativos do texto do Salmo.
O Cântico de Zacarias
80 dias após o nascimento de João Batista, Zacarias seu pai, que havia ficado mudo por não crer no anjo (Luc. 1 :20),
volta a falar depois de confirmar que o nome do menino seria realmente João, apesar de não haver precedentes
familiares, e, cheio do Espírito Santo, canta um cântico de louvor a DEUS que aparece em Luc. 1:67-79. (Bendito:
porque esta é a primeira palavra que aparece no cântico da tradução latina)
O Cântico dos Anjos
Na noite em que Jesus nasceu um anjo foi enviado por DEUS para dar a notícia a um grupo de pastores que
guardavam seus rebanhos. Depois da Boa Nova proclamada, a Bíblia declara que “subitamente apareceu com o anjo
uma multidão do exército celeste louvando a DEUS dizendo: Glória a DEUS nas maiores alturas, e paz na terra entre os
homens, a quem Ele quer bem.” (Luc. 2: 8-14).
O que a bíblia nos ensina
Como lemos anteriormente, a Sagrada Escritura nos ensina que o ministério de música é algo antigo e que foi
instituído na casa de DEUS através do Rei Davi. Ela nos mostra também como o ministério da música deve ser
organizado e conduzido de forma servir de apoio indispensável aos demais serviços ministeriais como o batismo, a
pregação, e a evangelização.
A Música na Vida de Jesus
Durante sua infância, Jesus conheceu a música como qualquer menino de sua época. Podemos imaginar que ele
exprimia frequentemente o contentamento que sentia no Seu coração, cantando salmos e hinos celestiais, e que
certamente, muitas vezes os moradores de Nazaré ouviam a Sua voz erguer-se em louvor e ações de graças a DEUS.
Em Israel, a introdução de Jesus na música se deu aos 12 anos, quando Seus pais O levaram ao templo de Jerusalém.
Era primavera, a mais bela estação, com flores brotando e passarinhos cantando. Na viagem feita a pé até Jerusalém,
cantavam-se os Salmos designados como “Cânticos dos Peregrinos” ou “Cânticos dos Degraus.” (Sal. 120-134).
Imagine como deve ter sido para o menino Jesus participar destes cânticos na viagem até a Cidade de Davi!
Página 16
A Música da Igreja Cristã Primitiva
“E era perto da meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a DEUS; e os outros presos escutavam.” Atos 16:25.
A admoestação de Paulo às igrejas cristãs primitivas foi: “Enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos e hinos e
cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração. ” (Efésios 5: 18-19)
“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando- vos e admoestando-vos uns
aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” (Colo 3:16)
Cânticos espirituais
Além dos salmos e dos hinos, Paulo menciona os cânticos espirituais como parte do repertório musical cristão. O
cântico espiritual é aquele que expressa a relação do indivíduo com DEUS e enfatiza sua própria experiência da alma.
Embora os salmos fossem cantados ou entoados antifônicamente, e os hinos fossem cantados pelo corpo da
congregação em uníssono, o cântico espiritual teria sido um solo vocal expressando a elevação da alma do indivíduo
a DEUS, uma experiência do seu próprio coração e a resposta do amor de DEUS o Pai, o sacrifício de Cristo, ou a
súplica do Espírito Santo.
O princípio básico do apóstolo Paulo para a música cristã, “Salmos, hinos e cânticos espirituais” ainda é o ideal da
igreja cristã depois de todos estes séculos. O Cântico de tais melodias tem inspirado milhões de cristãos e muitos
ouvintes através dos séculos, assim como o fez quando Paulo e Silas cantaram na cela de Filipos.
A Música no livro de Apocalipse
João descreve que no Céu existem os quatro “seres viventes” de seis asas, que estão ao redor do trono de DEUS
cantando sem cessar. Esta é uma adoração perpétua de quarteto e coral. “De dia e de noite, nunca cessam de cantar.”
(Apoc. 4: 8-11).
Percebe-se que o céu é um lugar de adoração musical onde seres santos louvam a DEUS continuamente. Que escalas
eles usam, ou qual a maneira de composição que seguem, não sabemos, podemos apenas deduzir que nosso falho
sistema musical produz música muito inferior à deles.
Exemplos que encontramos na bíblia
Há muitos exemplos, sugestão de leitura nos livros: I Sam 16,23 - Rs 3,1 4-18 - I Cor 15,16-22. Na verdade, tudo isto é
de fundamental importância, pois nos ensina que o ministério de música era, para os levitas (os músicos) e para Davi,
algo organizado e definido. Também fica explícito de que não era algo improvisado, formado apenas na hora da
necessidade. O ministério de música deve ser planejado, estruturado e orado.
Se naquela época já era assim, quão maior são as nossas responsabilidades atualmente e o dever pela dedicação. E se
os instrumentistas do mundo se esmeram horas a fio para aprimorar suas técnicas em favor apenas de si mesmos
(objetivos pessoais ou profissionais), quanto mais nós os ministros de música na igreja também devemos ser bem
instruídos para louvar o nosso DEUS e senhor! Leia os livros: I Cor 14,15 - Ef 5, 18-21 - Apoc 14,1-5
O Ministério da Música é um dos mais tentados pelo adversário de nossas almas, em contrapartida também é um dos
mais abençoados pelo nosso DEUS que ama a música profundamente. Saiba de algo fascinante: a música também é a
linguagem que DEUS escolhe para usar em Seu regozijo a nosso respeito. Leia: Sofonias 3:17
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 17
Salmos, hinos e cânticos espirituais
Salmos: eram os mesmos contidos no Antigo Testamento, transformados em hinos de adoração.
Hinos: eram as composições de louvor a DEUS e ao Senhor Jesus Cristo cujas letras não tinham sido extraídas do livro
de Salmos.
Cânticos espirituais: englobavam uma gama maior de composições líricas, inclusive os outros dois tipos
mencionados.
Para termos a certeza de que o Senhor se agrada de um cântico (voz, música e letra), devemos submetê-lo ao crivo de
Filipenses 4:8. É verdadeiro? É honesto? É justo? É puro? É amável? É de boa fama? Há nele alguma virtude e algum
louvor? Tudo o que fazemos deve ser para a glória de DEUS (I Coríntios
10:31).
É de boa a fama o rock ou o samba? Desde a sua origem, estes estilos
estão relacionados com imoralidade, perversão moral ou social,
violência e etc; entre outros ritmos que carregam nosso corpo
impurezas e corrompem nossos pensamentos. E o que dizer de estilos
como funk, reggae, axé, hip-hop e forró? Não precisamos detalhar mais.
Podemos louvar a DEUS porque Ele é poderoso. A Bíblia diz em Salmos 21:13 “Exalta-te, Senhor, na tua força; então
cantaremos e louvaremos o teu poder.”
Existem três maneiras de se ouvir música:
Com o corpo: quem ouve com o corpo se deixa dominar pelo “embalo” da música (andamentos e ritmos
exagerados, efeitos desnecessários).
Com a emoção: quem ouve emotivamente permite que a música comande os seus sentimentos e emoções.
Com o intelecto: essa é a forma correta de se ouvir & sentir, sabendo discernir a música. E isso só é possível
quando não se prioriza o ritmo. O culto a DEUS deve ser espiritual (tratar da alma) e, ao mesmo tempo,
racional (ao respeito dos padrões e ordem). Leia em João 4:24; Romanos 12:1; I Coríntios 14:15.
Não devemos cantar e tocar sem louvar ao Senhor, como acontecia nos dias do profeta Isaías (29:13). As palavras de
louvor devem nascer em um coração preparado (Salmos 57:7), mas somente as letras cristãs ou bíblicas não são
suficientes para tornar um cântico apropriado para o louvor.
Lembre-se: o cântico só é espiritual quando todos os seus elementos (voz, letra e música) também são espirituais.
Em Colossenses 3:16, está escrito: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em
toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e
cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração”.
Considerando que cântico é o
encontro entre a voz (homem), a
música (melodia) e a letra
(palavras do canto), quando
esses três elementos são
consagrados a Deus e aceitos por
Ele, temos um cântico espiritual.
Página 18
A música é formada por três principais elementos:
Melodia: sucessão ascendente e descendente de sons a intervalos e alturas variáveis, formando frases; é
adornada pela harmonia e acentuada pelo ritmo, embora possa ser compreendida isoladamente.
Harmonia: combinação de sons simultâneos, emitidos no mesmo tempo, onde sua base é a tonalidade; e
como princípio organizador a estrutura do acorde.
Ritmo: sucessão regular de tempos fortes e fracos cuja função é estruturar uma obra musical.
Como a música se relaciona com o nosso espírito e nos une a DEUS:
Esses três elementos musicais (melodia, harmonia e o ritmo) se relacionam com o homem dividindo-se em nós pelo:
espírito, alma e corpo. Nesse caso, o elemento mais importante da música, a melodia, relaciona-se com a parte mais
profunda do ser humano, o seu espírito. Fazendo a música espiritual que agrada a DEUS enquanto nos colocamos em
comunhão com nosso Pai Celestial, isto faz o elo com o Céu e por momentos ou instantes estaremos totalmente
desligados dos sentidos terrenos e estaremos sentindo e vivendo uma experiência com DEUS. Etc.
Assim, o estilo musical apropriado para o cântico de adoração é o que tem como essência a melodia, pois é ela que se
relaciona com o espírito (João 4:23-24). Há estilos carregados de agressividade e barulho, que apenas balançam o
corpo, e não o coração, porque são rítmicos ao extremo; isto é, priorizam o ritmo, e não a melodia.
Melodia: relaciona-se com o espírito;
Harmonia: relaciona-se com a alma;
Ritmo: relaciona-se com o corpo.
De acordo com I Tessalonicenses 5:23, DEUS nos santifica a partir do espírito (melodia). Mas muitos ignoram isso e,
como se o versículo dissesse: “corpo, alma e espírito”, priorizem o corpo. Meditemos no que Paulo, inspirado pelo
Espírito, disse aos gálatas: “Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?”
(Gálatas 3:3).
Sempre devemos louvar a DEUS
Louvemos a DEUS diariamente. A Bíblia diz em Salmos 61:8 “Assim cantarei louvores ao teu nome perpetuamente,
para pagar os meus votos de dia em dia.”
Louvemos a DEUS por transformar o desgosto em felicidade. A Bíblia diz em Salmos 30:11-12 “Tornaste o meu pranto
em regozijo, tiraste o meu cilício, e me cingiste de alegria; para que a minha alma te cante louvores, e não se cale.
Senhor, DEUS meu, eu te louvarei para sempre.”
Louvemos a DEUS pela Sua bondade. A Bíblia diz em Salmos 107:8-9 “Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e
pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! Pois ele satisfaz a alma sedenta, e enche de bens a alma
faminta.”
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 19
Música
O único ministério no Reino dos Céus
Sua origem desde Adão
Contribuição de muitos povos
Estudo avançado: o papel do músico na igreja
Deus seja louvado
Página 20
Música
O único ministério no Reino dos Céus
“Música é a arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma, mediante o som.” Podemos extrair desta definição
que a música é uma arte, que lida com os sentidos da alma e, para externá-los, tem como matéria-prima: o som.
De acordo com a Bíblia a música como profissão é herança da descendência de Caim: Henoc, Irad, Maviael, Matusael
e Lamec, pai de Jubal, na prática o primeiro músico: “(...) ele foi o pai de todos os que tocam lira e charamela”(Gn 4,21).
O termo “música” vem do adjetivo “músico” ou musical, relativo às personalidades gregas relacionadas com as artes.
Os gregos e os egípcios – Entre os gregos atribui-se a invenção da música a Apolo, a Cadmo, a Orfeu e a Anfião. Entre
os egípcios, a Tot ou a Osíris, entre os judeus, a Jubal. A tradição cristã reteve grande parte do simbolismo de
Pitágoras, interpretado por Santo Agostinho e por Boelcius. Os historiadores louvam a Pitágoras que inventou um
monocórdio para determinar matematicamente as relações dos sons. Lassus, o mestre de Píndaro escreveu
teoricamente sobre música em 540 A.C.
Os chineses – Dois mil anos antes disso, os chineses já conheciam a música, com o estabelecimento da oitava com
doze semitons, no tempo do imperador Haung-Ti.
Os celtas – Em torno de 2.697 anos a C. entre os celtas a música tradicional se tocava na harpa, sendo os sopros
reservados para a diversão e a guerra. (...). Entre eles existiam três modos de música para harpa: o modo do sono, o
modo do sorriso e o modo da lamentação. Se a música é a ciência das medidas, da modulação, concebe-se que ela
comande a ordem do cosmo, a ordem humana e a ordem Instrumental. Ela será “a arte de atingir a perfeição” (Jean
Chevalier e Alain Gheerbrant, Dicionário de símbolos).
Muitas outras definições para música podem ser coletadas, entre as quais:
“Música é a arte dos sons, combinados de acordo com as variações da altura, proporcionados segundo sua duração e
ordenados sob as leis da estética” (Maria Luíza Priolli)
“A música é a arte de pensar com os sons, um pensamento sem conceitos” (Jules Combarieu)”
“Música é a sublime expressão do amor universal é o pressentimento de coisas celestiais” (Beethoven)
“Música é algo muito difícil de mostrar ao mundo o que sentimos em nós mesmos” (Tchaikovsky)
“Música uma coisa que se tem pra vida toda, mas não toda uma vida pra conhecê-la” (Rachmaninov)
“Música é a manifestação humana que organiza os sons e ruídos desintelectualizados no tempo” (Mário de Andrade)
“Arte e ciência de combinar os sons de modo agradável ao ouvido” (Aurélio, Novo Dicionário da Língua Portuguesa)
“Arte de coordenar fenômenos acústicos para produzir efeitos estéticos” (Enciclopédia Britânica – Barsa)
“Conjunto de símbolos musicais gráficos, que servem para transmitir ao executante a idéia do compositor” (EPB)
“Arte que utiliza os sons combinados entre si como linguagem e elemento de comunicação” (Enciclopédia Mirador)
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 21
“Música é a arte e ciência da combinação dos sons” (Francisco Fernandes, Dicionário Brasileiro Contemporâneo)
“Música é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo uma pré-
organização ao longo do tempo” (Wikipedia)
“Música é definida como o som em combinações puras, melódicas ou harmônicas produzido por voz ou instrumento”
“Música a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende” (Shakespeare)
Música cotidiana
A “música na história” trabalha com a ideia de que toda música é a expressão de um grupo humano, refletindo o
cotidiano, necessidades e caráter de um povo. Cada estilo, antes de uma sucessão de linguagens para os sons é acima
de tudo a representação artística de uma civilização ou comunidade, em um dado momento da sua história.
Entre os índios brasileiros, a música é altamente vinculada às ações do dia-a-dia: música de caça, música de oração, de
cozinhar, etc. Já na ‘vida moderna’ a música está presente em nossa vida civilizada tanto no vai-e-vem das modas
descartáveis quanto no que chamamos “ícones musicais”: músicas estabelecidas que celebram aniversário, oração,
casamento, funeral, carnaval, guerra, música de suspense, música para o circo, música para chorar... e, quando se une
à poesia, música romântica, música para comerciais, cinema entre outros tantos.
Referências diversas
A maior parte da música já produzida com letra em todos os tempos, celebra paixão, felicidade amorosa, abandono,
ciúme, desejo, saudade, ou seja, todas as situações possíveis e imagináveis. Atualmente existe uma associação
bastante forte de que uma música com tons menores e andamentos lentos vai refletir tristeza ou sentimentalismo e a
música com tons maiores e andamentos rápidos para alegria e energia.
As referências à música na Bíblia passam pelas suas três funções: música de cura, música de adoração e música de
festa. A relação dos sons musicais com a saúde humana é fato comprovado desde quando a mente perturbada de
Saul era curada pela música (1Sm 16,23). Hoje a musicoterapia é uma graduação universitária. Eliseu pagou um
músico para que o assistisse na busca de inspiração profética (2Rs 3,15).
A música está presente na totalidade dos cultos religiosos existentes, além de ser associada ao culto à pátria, culto à
natureza, entre outros tantos.
O primeiro músico virtuoso e compositor foi Davi: “A tradição de que Davi era um hábil músico aparece nas partes
mais antigas dos seus relatos. Ele próprio tocava harpa diante da Arca (2Sm 6). Assim, a tradição de que ele tenha sido
o principal artífice da organização primitiva da música se baseia em uma sólida memória na história”.
Página 22
Estudo: o papel do músico nas igrejas
Acompanhar o canto congregacional
Leia também sobre o novo hinário
O papel de cada músico integrante da orquestra nos templos da Congregação Cristã é o de tão
somente acompanhar o canto congregacional, isto é, o canto da irmandade.
Os hinos são pura música coral (dividida em 4 vozes: soprano, contra-alto, tenor e baixo) executada pela irmandade,
tem uma nota para cada sílaba de texto para facilitar o canto. Cabe aos músicos a responsabilidade de repetir essas
notas como se os instrumentos musicais estivessem cantando a parte coral, isto é, a melodia; mas com menor
intensidade de som (volume) em relação às vozes decanto da irmandade.
Não existe arranjo orquestral ou entradas para solistas, tudo é pensado e organizado de maneira muito simples, sem
preparo para sofisticação musical ou performática. Pratique todo o Louvor com sabedoria, diligência e respeito.
Sobre o hinário CCB
O hinário da Congregação Cristã no Brasil é intitulado de "Hinos de Louvores e Súplicas a DEUS" e encontra-se na sua
4ª edição, datada de 1965, quando foram adicionadas novas melodias e poesias. Muitas melodias são de autores norte
americanos e italianos, com algumas poesias traduzidas e semi-traduzidas do inglês e do italiano. São atualmente 450
hinos e entre eles há melodias especiais para batismos, santas ceias, funerais, 50 para as "Reuniões de Jovens e
Menores" e sete coros.
Atualmente está em desenvolvimento uma nova edição do hinário – 5ª edição – com previsão de 30 hinos adicionais
e correções nos demais hinos existentes da 4ª. edição. O livro original chamava-se “Inni e Salmi Spirituali”, publicado
em italiano no começo do século 20 pela “Assembléia Cristã Italiana de Chicago”, EUA. Os hinários com notação
musical seguem o modelo europeu, contendo as claves de Sol e de Fá, e estão escritos para instrumentos em Dó, Mi
bemol e Si bemol.
Discernimento do músico espiritual
Enquanto isto, a música executada para adoração a DEUS deve seguir princípios de sentido Sacro. Por outro lado,
devido às influências ‘mundanas’ e modismos no mundo da época presente, os professores de música e os estudantes
de música devem estar atentos para discernir os estilos e ritmos para não ser influenciado por modismos e formas de
tocar durante o seu aprendizado (estejamos conectados com a comunhão no Espírito Santo de DEUS).
Não devemos inovar com “ritmos da moda” nem ter simpatia por um estilo musical diferente dentro da igreja, os
quais, são não apropriados para a adoração à DEUS, pois não agrada a Ele, ou seja, é música profana. Diz-se profano o
que está em oposição ao sacro, aquilo que não é próprio para as funções do culto, e por isto não é próprio para
Louvar a DEUS. Por isto, o papel do músico espiritual é elevar um Louvor com suavidade para a aceitação de DEUS.
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 23
Ritmo: início do curso
Introdução ao ritmo
O quê é teoria musical?
Contagem de notas
Propriedades do ritmo
Solfejo de gráficos sonoros
Deus seja louvado
Página 24
Ritmo: início do curso
Agora você começa a descobrir a importância da teoria musical para ter domínio sobre a prática musical e saber como
ela pode nos ajudar, vamos descobrir passo-a-passo como fazer a contagem de notas – saber quais são e o que
significa notas e pausas, descobrir como contar a as pulsações de tempo, como ler unidades de tempo, e familiarizar-
se com ritmo e dinâmica.
Se você é novo na teoria da música, aqui é onde tudo começa: a pulsação do ritmo que trata o andamento da música,
neste momento falaremos do tamanho das medidas de tempo (e não do estilo de ritmos).
O quê é teoria musical?
O valor da teoria musical
Uma das coisas mais importantes para se lembrar sobre teoria musical é que a música veio
primeiro. A música existe há milhares de anos antes e a teoria veio para explicar o que as
pessoas estavam tentando realizar quando faziam sons nos tempos mais remotos mesmo
sem entender teoria musical. Os conceitos e regras da teoria da música são muito parecidos
com as regras da língua escrita, pois as regras gramaticais vieram muito depois desde que
as pessoas se comunicam em diversos idiomas em todo o mundo.
Aprender a ler música é exatamente como aprender uma nova língua, a ponto de uma pessoa ser fluente para “ouvir”
uma “conversa” musical quando ler um pedaço de partitura. Existem muitas pessoas no mundo que não sabem ler
nem escrever, mas conseguem se comunicar bem falando de seus pensamentos e sentimentos. Por isto, a teoria
musical é importante para ajudar-nos a ler e escrever musicalmente falando.
Como a teoria musical vai ajudar a minha música?
Se você não conhece teoria musical, talvez pode imaginar que a música é algo que pode começar com qualquer nota,
ir para onde quer, que o músico pode tocar com a intensidade ou força que preferir, e só parar quando sentir vontade
por conta própria; mas isto seria confuso, o resultado desastroso e o esforço do músico seria inútil.
Por isto, saber os principais símbolos e princípios da teoria musical nos ajuda a compreender como fazer uma música
organizada, criar uma forma de comunicação com seus ouvintes, definir alturas e timbres de bom gosto e
principalmente organizar corretamente as suas propriedades.
Aprender sobre teoria musical também é incrivelmente inspirador. Cada novo descobrimento é como uma lâmpada
se acendesse sobre a sua cabeça e deixasse um novo aprendizado para ser alicerce do próximo descobrimento, pois o
desejo de experimentar uma nova técnica musical nos dá confiança muita curiosidade para saber a próxima lição.
Os benefícios da teoria musical
A música é reconhecida por muitos pesquisadores como uma espécie de modalidade que desenvolve a mente
humana, promove o equilíbrio do corpo, alma e coração; proporcionando um estado agradável de bem-estar,
facilitando a concentração e o desenvolvimento do raciocínio. Platão dizia que “a música é um instrumento
educacional mais potente do que qualquer outro”.
Aprender a ler
música é como
aprender um
novo idioma,
uma nova língua.
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 25
Condições para aprender música
Boa memória, muito estudo e dedicação
Seguramente respondemos que para aprender música o candidato precisa ser muito interessado para adquirir através
de (muito) estudo e dedicação:
 a memória auditiva (lembrança de sons);
 a memória mecânica (técnica instrumental);
 a memória visual (reconhecimento das figuras e símbolos musicais).
Começaremos nosso estudo com a origem e reconhecimento da grafia do código musical onde a memória visual vai
atuar para conhecer o tamanho dos tempos musicais com o solfejo e pulsação. Observa-se muita dificuldade na
associação entre a música executada e sua grafia musical porque:
 a arte musical executada é acústica, aérea, invisível e condicionada ao tempo, e,
 a arte musical codificada é silenciosa, espacial com caracteres estáticos.
Descobriremos juntos que o aprendizado constante e o desenvolvimento em grupo, o músico aumenta em muito a
abrangência de sua atuação na arte musical, então vale a pena o esforço e dedicação. As propriedades são:
 memória visual (leitura da grafia / figuras), aliada à
 memória auditiva (a mais importante delas / o som), e à
 memória mecânica (técnica instrumental).
Contagem de notas
Entendendo o ritmo, pulsação, tempo e valores de notas
Todo mundo já ouviu música e em algum momento foi pedido para batermos as palmas de nossas mãos. Por isto,
contar uma pulsação é exatamente onde nós temos que começar com a música (a pulsação). Sem compreender o
ritmo, não existe ordem para fazer a música e nada acontece para as coisas entrarem no lugar na orquestra.
Apesar de todas as outras partes da música ser muito importantes (afinação, melodia, harmonia e assim por diante),
sem ritmo (pulsação constante de ordenada) nós não teremos uma música organizada.
Não se preocupe, pois você não tem que ser perfeito como um relógio de pulso ou um metrônomo para manter o
ritmo exatamente igual a próxima pulsação rítmica. Tudo ao nosso redor tem um ritmo (um tipo de pulsação); como
o motor de um carro, a respiração de bebês e o nosso próprio batimento cardíaco.
Pulso: um pulso ou uma pulsação é a parte unitária do tempo, um relógio é um bom exemplo. A cada minuto o
ponteiro de segundos se movimenta (pulsa) 60 vezes. Ou seja, sessenta batimentos regulares a cada minuto. Se você
acelerar ou desacelerar a mão para a próxima batida, então você está mudando o ritmo da batida, aí teremos uma
pulsação irregular e fora de ritmo.
Cada música nos diz como devemos tocar e qual vai ser a duração de cada pulsação e a velocidade do andamento.
Ritmo: é o padrão de pulsos regulares ou irregulares.
Pulsação: série de repetições, pulsações constantes que divide o tempo em tamanhos iguais. Cada pulsação
também é chamada de batidas, mas usaremos sempre o termo pulsação.
Tempo: é a taxa ou a velocidade da batida.
Quando você pensa em uma música, logo você pensa em um som.
Página 26
Propriedades do ritmo
A duração do som e do silêncio é representada por figuras que fornecem o tempo exato de duração. Nesse momento,
o som passa a ser organizado pelo ritmo. Agora usaremos as gráficos de barra para definir a explicação e alguns
exercícios visuais com a duração do tempo.
Pulso
É a regularidade do tempo. Cada pulso deve ser regular (ter partes iguais e andamento constante):
Acento métrico
É a acentuação periódica e regular dos pulsos:
Acentuações de 2 em 2 pulsos
Acentuações de 3 em 3 pulsos
Acentuações de 4 em 4 pulsos
Desenho rítmico
É a combinação de durações curtas e/ou longas que faz como o nome diz, o desenho rítmico da obra musical.
Andamento
É a velocidade de repetição da pulsação, podendo acelerar ou retardar o tempo entre um pulso e outro:
Pulsações mais lentas
Pulsações mais rápidas
O ritmo tem quatro propriedades: pulso, acento métrico, desenho rítmico e
andamento.
FORTE fraco FORTE fraco FORTE fraco
FORTE fraco fraco FORTE fraco fraco FORTE fraco fraco
FORTE fraco fraco fraco FORTE fraco fraco fraco
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 27
Solfejo
Solfejo é um exercício musical usado para aprender a ler ou entoar os nomes das notas de uma peça musical.
A pessoa que solfeja, chamamos de: Solfista.
O solfejo está dividido em 3 tipos:
a) Solfejo rítmico: estuda-se combinações das durações dos sons em seus grupos rítmicos.
b) Solfejo melódico: estuda-se a entonação das notas em suas devidas alturas.
c) Solfejo métrico: estudam-se as notas, respeitando a divisão rítmica, não obedecendo a altura das mesmas.
Gráficos sonoros
Solfejo rítmico
Pense em música como uma linguagem
Pense na música como as letras do alfabeto, isto é o básico para a construção de uma peça musical.
Agora vamos medir os valores com as barras e perceber como isto é importante na música, porque se você alterar os
valores em um determinado trecho musical, isto pode alterar totalmente a forma de tocar e a estrutura rítmica não
será obedecida.
Vamos usar as barras para praticar o solfejo rítmico e combinar: pulso (constante), acento métrico (periódico),
desenho rítmico (valores misturados) e o andamento (velocidade).
EU SOU UM CORDEIRINHO (ALEGRE)
Eu sou um Cordeirinho...
...Jesus é meu Pastor.
Sou um feliz menino...
...nos braços do Senhor.
Solfejar é ler os nomes das notas de uma peça musical.
,
,
Página 28
NÓS TE LOUVAMOS (LENTO)
Nós Te louvamos, por fé, sumo DEUS...
...e imploramos Teu grande favor.
FAZ-ME OUVIR TUA VOZ (MODERADO)
1) Faz-me ouvir tua voz gloriosa; // 2) Sou tua igreja, dileta esposa;
1) Ó caro Esposo e meu salvador // 2) Sinto por ti inefável amor.
OH! QUE AMOR CELESTE! (ANDANTE)
Bem perto está dos Seus fiéis....
... Jesus, o grande Mestre.
,
,
,
,
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 29
Figuras de valor
Nomes e figuras de valor positivo e negativo
Nome da figura musical Apelido
Som = Musical
Figura de valor positivo
Pausa = Silêncio
Figura de valor negativo
Semibreve
Unidade de valor
1
Mínima 2
Semínima 4
Colcheia 8
Semicolcheia 16
Fusa 32
Semifusa 64
Outro exemplo da hierarquia de valores proporcionais:
Existem 7 (sete) figuras de valor positivo (som) e sua figura de valor negativo (pausas) de igual duração entre si.
Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia Fusa Semifusa
É o sinal que indica a duração do som e do silêncio.
som
pausa
1 Semibreve 2 Mínimas 3 Semínimas 8 Colcheias
16 Semicolcheias
Página 30
Quadro comparativo de valores positivos
Cada nível desta árvore de figuras musicais de valor positivo (som) exibe a duração proporcional de valores. No topo
está a figura principal, abaixo a figura que vale metade, e assim sucessivamente.
Estas são as figuras de valor mais comuns – cada figura seguinte tem exatamente metade do valor da figura anterior.
Outra maneira de pensar no valor das figuras musicais é imaginar o todo como uma torta redonda. Para dividir em
quatro notas, corte-a em quartos. Corte a torta em oito pedaços e vai ter um oitavo de notas, e assim por diante.
Dependendo do tempo de assinatura da peça musical, o número de batidas por nota pode variar.
Correspondência de valores das figuras musicais:
Semibreve
2 4 8 16 32 64
Semínima
2 4 8 16 32
Mínima
2 4 8 16
Colcheia
2 4 8
Semicolcheia
2 4
Fusa
2
1
2
4
8
16
Semibreve
Unidade de valor
Mínima
Metade da semisbreve
Semínima
Quarta parte da semibreve
Colcheia
Quarta parte
da semibreve
Semicolcheia
Oitava parte
da semibreve
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 31
Representação gráfica da equivalência de valores entre as figuras musicais de valor:
1 SEMIBREVE = 2 MÍNIMAS = 4 SEMÍNIMAS
1 MÍNIMA = 2 SEMÍNIMAS = 4 COLCHEIAS
1 SEMÍNIMA = 2 COLCHEIAS = 4 SEMICOLCHEIAS
Página 32
Quadro comparativo de valores negativos
Cada nível desta árvore de figuras musicais de pausa (duração do silêncio) exibe a duração proporcional dos valores
negativos. No topo está a figura principal de pausa, abaixo a figura que vale metade, e assim sucessivamente.
Representação gráfica da equivalência de valores entre as figuras musicais de pausa:
1 SEMIBREVE = 2 MÍNIMAS = 4 SEMÍNIMAS
1 MÍNIMA = 2 SEMÍNIMAS = 4 COLCHEIAS
1 SEMÍNIMA = 2 COLCHEIAS = 4 SEMICOLCHEIAS
1
2
4
8
16
Nota cheia
Unidade de valor
Meia nota
Quarto de nota
Oitavo de nota
Dezesseis partes
da nota
Pausa da semibreve
Pausa da mínima
Pausa da semínima
Pausa da colcheia
Pausa da semicolcheia
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 33
Regras de grafia
Devemos seguir algumas regras de grafia na escrita musical. As figuras de notas podem ser compostas de três partes:
As figuras escritas abaixo da 3ª linha têm a haste voltada para cima e à direita da cabeça. As figuras escritas acima da
3ª linha têm a haste voltada para baixo e à esquerda da cabeça. As escritas na 3ª linha podem ter a haste para cima ou
para baixo. O tamanho da altura da haste deve corresponder a uma oitava:
Forma de escrita da colcheia:
O colchete é sempre voltado para a direita, com as hastes escritas conforme a regra anterior:
Exemplo dos colchetes ligados por uma linha:
Formas variadas de escrita da colcheia, semicolcheia e fusa:
Em um grupo de figuras, os colchetes também podem ser ligados por um ou mais traços, dependendo da figura:
Exemplo dos colchetes ligados por duas linhas:
Exemplo dos colchetes ligados por três linhas:
Haste
Cabeça
Colchete
Página 34
Percepção rítmica
Agora que já sabemos onde vamos usar a nossa música, que sua principal propriedade é o ritmo e que a música é
como aprender uma nova linguagem de comunicação, chegou a hora de descobrir como fazer a divisão de pulsos,
mantê-la no ritmo com tempos iguais tal como é o papel do músico com seu instrumento musical na orquestra.
A única maneira de aprendermos isto é praticando, praticando e praticando. Seguir a pulsação da música é algo que
você vai aprender para ter sucesso nos estudos musicais; vai precisar praticar sempre com muita dedicação.
Dica: uma maneira fácil de trabalhar com ritmo constante é usando o metrônomo; eles são muito baratos, você pode
configurar a velocidade do tempo e várias formas para que seu aprendizado esteja confortável.
Vamos descobrir como usar a palma da mão nas figuras de valor (som):
Nos primeiros exercícios de divisão rítmica, o Método Pozzoli apresentará compassos simples onde a unidade de
tempo é a figura de Semínima para a rápida compreensão dos estudantes na prática de solfejo.
Como fazer?
Pulsações
Quantidade
de batidas
Som = Musical
Figura de valor positivo
Correspondência
Comparação de valores
Quatro pulsações inteiras: bata a palma e
mantenha as mãos unidas até o fim da
contagem: “palma”, dois, três, quatro.
4 tempos
Tá
Duas pulsações inteiras: bata a palma e
mantenha as mãos unidas até o fim da
contagem: “palma”, dois.
2 tempos
Tá
Três pulsações inteiras: bata a palma e
mantenha as mãos unidas até o fim da
contagem: “palma”, dois, três.
3 tempos
Tá
A figura pontuada aumenta o valor na metade do tempo da figura.
Representa a nossa unidade de tempo da
batida de palma. Bata a palma uma vez.
1 tempo
Tá
Duas pulsações inteiras: bata a palma e
mantenha as mãos unidas até o fim da
contagem: “palma”, dois.
1 tempo
Tá
A figura conectada pela ligadura prolonga o valor de tempo das figuras ligadas.
Divida a unidade de tempo em duas
pulsações rápidas. Bata duas palmas no
tempo de uma figura de semínima.
1/2 tempo
Ta-ti
Divida a unidade de tempo em quatro
pulsações rápidas. Bata quatro palmas no
tempo de uma figura de colcheia.
1/4 tempo
Ta-ti-tu-ti
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 35
Solfejar figuras musicais
Solfejo métrico
A seguir vamos praticar alguns exercícios para você saber exatamente como vai fazer nas lições do Método Pozzoli.
Isto vai nos ajudar a registrar valores no cérebro e identificar o efeito das pulsações na palma da mão e na contagem
mental.
Na pronúncia vamos adotar a técnica Tá-ti & Tu-ti onde a palma vai marcar a pulsação do tempo (sinal “P”) enquanto
pronunciamos nossa contagem (conforme as dicas da tabela na página anterior). Os números determinam a
contagem mental do valor da figura (apenas na mente) sem bater a palma da mão novamente.
Legenda da palma e da pronúncia:
Palma/2/3/4 Palma/2/3/4 Palma Palma/2 Palma Palma/2 Palma/2 Palma/2/3/4
Tá Tá Tá Tá Tá Tá Tá Tá
P P+P P/ 2 P/2/3/4 P/2/3 P P+P P2/3 P/2 P/2
Tá Tá-Ti Tá Tá Tá Tá Tá-Ti Tá Tá Tá
Legenda da palma para praticarmos a pronúncia:
P 2 3 4 P/2/3 P P/2/3/4 P/2/3/4 P P P/2
P/2 P/2 P/2/3 P P/2/3/4/5 P/2/3 P/2 P/2
Página 36
Estudo: história da música & orquestra
Grandes períodos da música, formações e layouts
Da pré-história à música atual contemporânea
Pré-história (dos primórdios ao nascimento de Jesus Cristo)
A música nasceu com a natureza, ao considerarmos que seus elementos formais, som e ritmo, fazem parte do
universo e, particularmente da estrutura humana. O homem descobriu os sons que o cercavam no ambiente e
aprendeu a distinguir os timbres característicos da canção das ondas se quebrando na praia, da tempestade e das
vozes dos vários animais selvagens.
Música na antiguidade (do nascimento de Cristo até 400 D.C.)
O mistério continuou a envolver a música da antiguidade pela inexistência de uma notação musical clara. No entanto,
as antigas civilizações cultivavam a música como arte em si mesma, embora ligada à religião e à política. Nas grandes
civilizações antigas - Egito, Grécia, Roma - a música tinha um papel fundamental em todas as atividades do dia-a-dia.
Música medieval (400 - 1400)
O período é marcado pela música modal praticada nas “himnodias” e “salmodias”, no canto gregoriano, nos
“organuns polifônicos”, nas composições polifônicas e música dos trovadores e/ou troveiros.Principais compositores:
Hildegarda de Bingen, Leonin, Pérotin, Adam de la Halle, Philippe de VitryGuillaume de Machaut, John Dunstable,
Guilaume Dufay e Johannes Ockeghem.
Renascimento (1400 - 1600)
Nos séculos XV e XVI a música vocal polifônica passa a conviver com a música instrumental nascente. Destacam-se a
polifonia franco-flamenga (França e região de Flandres parte da Holanda e Bélgica atuais), a polifonia da escola
romana e a música dos madrigalistas italianos. Principais compositores: Alexnder Agricola, Josquim des Prez, Thomas
Tallis, Jacob Clemens non Papa, Giovanni Pieluigi da Palestrina, Orlando de Lasso, William Byrd, Carlos Gesualdo e
Claudio Monteverdi.
Barroco (1600 - 1730)
Neste período predomina uma música vocal instrumental voltada para o texto a ser cantado. É a época das primeiras
óperas, das grandes cantatas e oratórios e da fuga, definindo o início da música tonal. A polifonia, com as vozes
melódicas independentes do coro, cede lugar à homofonia. Principais compositores: Claudio Monteverdi, Jean-
Baptiste Lully, Johann Pachelbel, Arcangelo Corelli, Henry Purcell, Alessandro Scarlatti, François Couperin, Tomaso
Albinoni, Antonio Vivaldi, Georg Philipp Telemann, Jean Philippe Rameau, Johann Sebastian Bach, Domenico Scarlatti,
Georg Friedrich Handel, Giovanni Battista Sammartini, Giovanni Battista Pergolesi.
Pré-Classicismo
Desde o início a ópera é a música mais popular na Itália, fazendo a transição entre o barroco e o classicismo. O seu
principal compositor é Alessandro Scarlatti (1660-1725), pai de Domênico Scarlatti (1685-1757), e a cidade de Nápoles
foi o centro da atividade operística.
NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL
Página 37
Clássico ou Classicismo (1730 - 1810)
O passo definitivo para a música tonal é dado com a sonata clássica. Nela os momentos de tensão e relaxamento
tornam-se a base da construção formal de obras para instrumento solo e posteriormente para quartetos de cordas,
trios e sinfonias. Haydn e Mozart fazem da sonata a forma musical mais importante do final do século XVIII e início do
século XIX. Principais compositores: Giovanni Battista Sammartini, Carl Philipp Emanuel Bach, Johann Christian Bach,
Karl Ditters von Dittersdorf (1739 - 1799), Andrea Luchesi, Giovanni Paisiello, Christoph Willibald von Gluck, Franz
Joseph Haydn, Michael Haydn, Luigi Boccherini, Carl Stamitz, Wolfgang Amadeus Mozart, Domenico Cimarosa, José
Maurício Nunes Garcia (Brasil), Beethoven, Carl Maria von Weber, Franz Schubert, Antonio Salieri.
Pré-Romantismo (1790 - 1820)
Entre o fim do século XVIII e o começo do século XIX, o rígido formalismo clássico estava em declínio, sem que, no
entanto, nenhum outro estilo se pusesse à vista.
Romantismo (1810 - 1880)
Sobre bases tonais sólidas, o período romântico é o derradeiro momento da música tonal. As formas livres, lieds,
prelúdios, rapsódias, o sinfonismo, o virtuosismo instrumental e os movimentos nacionais incorporam elementos
alheios à tonalidade escrita do classicismo e esta lentamente se desfaz. Principais compositores: Beethoven, Franz
Schubert, Robert Schumann, Felix Mendelssohn, Niccolò Paganini, Edvard Hagerup Grieg, Fryderyk Franciszek Chopin,
Stanislaw Moniuszko, Carl Maria von Weber, Johannes Brahms, Hector Berlioz, Antonín Dvořák, Jan Sibelius, Bedřich
Smetana, Franz Liszt, Gustav Mahler, Anton Bruckner, Sergei Rachmaninoff, Richard Wagner, Giuseppe Verdi, Giacomo
Puccini, Gaetano Donizetti, Gabriel Fauré, Richard Strauss, Camille Saint-Saëns, Pyotr Ilyich Tchaikovsky, Modest
Mussorgsky, Pietro Mascagni, Gioacchino Rossini.
Impressionismo (1880 - 1920)
Esse movimento surge na França, em meados do século XIX, como um novo modo de percepção do mundo, que se
reflete principalmente na música e nas artes plásticas. A arte do extremo oriente de inspiração dos impressionistas se
revela na valorização da sonoridade dos instrumentos e dos jogos harmônicos.
Modernismo (1910 - 1940)
As catástrofes sociais que abalaram o mundo na primeira metade do século XX mostraram o quanto era falso
continuar fazendo música em termos de passado.
Música contemporânea
Decorre diretamente do serialismo de Webern, da música de Olivier Messiaen (1908-1992) e do italiano Luigi
Dallapicolla (1904-1975). Consiste em um sistema em que são acrescentadas à série de alturas uma série de durações,
uma série de intensidade e uma série de timbres.
Música erudita no Brasil
A mais remota referência à música no Brasil encontra-se na carta de Pero Vaz de Caminha, que relata ao rei de
Portugal a musicalidade dos nativos. Outras referências aparecem nas anotações do padre Manoel da Nóbrega que
chega ao Brasil com os primeiros jesuítas, a partir de 1549, mencionando também as melodias gregorianas.
Página 38
Definição de orquestra
Uma orquestra é um agrupamento instrumental utilizado, sobretudo para a execução de música erudita. A palavra
orkhéstra ou orkèstra vem, no entanto, da Grécia clássica e designava o espaço físico dos anfiteatros (os teatros ao
ar livre), no qual ficavam os cantores, os dançarinos e os músicos.
'Orkhéstra' provém do verbo 'orcheisthai', que significava 'dançar' ou 'eu danço'. O vocábulo grego passou ao latim
como 'orchestra' com o mesmo significado, como documentam os escritos de diversos poetas romanos. No século I,
Vitrúvio e Suetônio a utilizaram para designar o lugar destinado aos senadores no teatro romano ao ar livre.
Na Grécia, durante o século V a. C., os espectáculos eram apresentados em teatros ao ar livre, chamados anfiteatros.
Orquestra era o nome dado ao espaço que se situava em frente à área principal de representação e que se
destinava às evoluções do coro, que cantava e também dançava. Neste local ficavam também os instrumentistas
No início do século XVII começaram a ser apresentadas as primeiras óperas que tinham originalmente a intenção de
imitar os dramas gregos e, portanto, a mesma palavra, orquestra, foi usada para designar o espaço entre o palco e a
audiência ocupado pelos instrumentistas. Mais tarde, orquestra passou a designar o próprio grupo de músicos e o
conjunto de instrumentos que eles tocavam.
A concepção moderna de uma orquestra surgiu na Europa e é, na verdade, o ápice de quase cinco séculos de
evolução, com muitas mudanças e variadas dimensões. Seu objetivo é reunir homogeneamente, como numa fusão,
os elementos acústicos e os timbres de diferentes tipos de instrumentos, tornando-se um só grande instrumento.
Foi na Itália do começo do século 17, sob a influência da Renascença clássica, que o termo orquestra passou a ser
utilizado novamente, para designar o espaço físico onde ficavam os músicos, entre o palco e o público, nas
apresentações das primeiras óperas, réplicas dos antigos dramas gregos.
Dentro desse conceito. os primeiros grupos classificados como “orquestras” foram aqueles determinados pelo
veneziano Giovani Gabrielli (1557-1612) para o acompanhamento de suas ’’Sinfonias Sacras’’ compostas por volta
do ano de 1600.
Quase simultaneamente, em Florença, Cláudio Monteverdi (1567-1643) também definiu uma orquestra para o
acompanhamento de sua ópera “Orfeo”, composta em 1607.
Breve histórico da orquestração
O aumento nos naipes de sopro levou à necessidade de uma quantidade gigantesca de músicos para o naipe das
cordas, para que seu volume pudesse ser equilibrado aos demais naipes da orquestra, posto que cada instrumento
da família das cordas possui individualmente volume muito inferior aos instrumentos das madeiras e dos metais.
Esse aumento progressivo no tamanho da orquestra levou a duas direções do ponto de vista da técnica musical de
orquestração: (1) a orquestra tornou-se um grupo de muito maior potência sonora, acompanhando a tendência de
aumento do tamanho das salas de concerto e do público; (2) permitiu aos compositores uma gama maior de
combinações de timbres, o que numa comparação com as cores na pintura acabou recebendo a qualificação de
“palheta orquestral”.
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais
Apostila de teoria musical para músicos espirituais

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Algumas considerações sobre a articulação na flauta transversal
Algumas considerações sobre a articulação na flauta transversalAlgumas considerações sobre a articulação na flauta transversal
Algumas considerações sobre a articulação na flauta transversal
jairo oliveira
 
Slide Licao 7 - 2T - 2023 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
Slide Licao 7 - 2T - 2023 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptxSlide Licao 7 - 2T - 2023 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
Slide Licao 7 - 2T - 2023 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
Tiago Silva
 
Metodo de teoria musical elementar e solfejo e bona ccb
Metodo de teoria musical elementar e solfejo e bona ccbMetodo de teoria musical elementar e solfejo e bona ccb
Metodo de teoria musical elementar e solfejo e bona ccb
Pedro Piê
 
Clarinete partitura - solos clássicos para clarinete soprano sib
Clarinete   partitura - solos clássicos para clarinete soprano sibClarinete   partitura - solos clássicos para clarinete soprano sib
Clarinete partitura - solos clássicos para clarinete soprano sib
José Aparecido Sabaine
 

Mais procurados (20)

Album de partituras para flauta doce
Album de partituras para flauta doceAlbum de partituras para flauta doce
Album de partituras para flauta doce
 
Slides Lição 2, CPAD, A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado .pptx
Slides Lição 2, CPAD, A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado .pptxSlides Lição 2, CPAD, A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado .pptx
Slides Lição 2, CPAD, A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado .pptx
 
Método de estudo para flauta transversal
Método de estudo para flauta transversalMétodo de estudo para flauta transversal
Método de estudo para flauta transversal
 
Arban - Complete Method for Trombone & Euphonium
Arban - Complete Method for Trombone & EuphoniumArban - Complete Method for Trombone & Euphonium
Arban - Complete Method for Trombone & Euphonium
 
Algumas considerações sobre a articulação na flauta transversal
Algumas considerações sobre a articulação na flauta transversalAlgumas considerações sobre a articulação na flauta transversal
Algumas considerações sobre a articulação na flauta transversal
 
Slide Licao 7 - 2T - 2023 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
Slide Licao 7 - 2T - 2023 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptxSlide Licao 7 - 2T - 2023 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
Slide Licao 7 - 2T - 2023 - CPAD ADULTOS - Retangular.pptx
 
O dom profético
O dom proféticoO dom profético
O dom profético
 
Novo bona ccb
Novo bona ccbNovo bona ccb
Novo bona ccb
 
MTS RESPONDIDO CCB - MTS DO PROFESSOR
MTS RESPONDIDO CCB - MTS DO PROFESSORMTS RESPONDIDO CCB - MTS DO PROFESSOR
MTS RESPONDIDO CCB - MTS DO PROFESSOR
 
Slides Lição 12, CPAD, Criando Filhos Saudáveis, 2Tr23.pptx
Slides Lição 12, CPAD, Criando Filhos Saudáveis, 2Tr23.pptxSlides Lição 12, CPAD, Criando Filhos Saudáveis, 2Tr23.pptx
Slides Lição 12, CPAD, Criando Filhos Saudáveis, 2Tr23.pptx
 
Metodo de teoria musical elementar e solfejo e bona ccb
Metodo de teoria musical elementar e solfejo e bona ccbMetodo de teoria musical elementar e solfejo e bona ccb
Metodo de teoria musical elementar e solfejo e bona ccb
 
Clarinete partitura - solos clássicos para clarinete soprano sib
Clarinete   partitura - solos clássicos para clarinete soprano sibClarinete   partitura - solos clássicos para clarinete soprano sib
Clarinete partitura - solos clássicos para clarinete soprano sib
 
Um ratinho-ao-piano
Um ratinho-ao-pianoUm ratinho-ao-piano
Um ratinho-ao-piano
 
Hinário 3 ccb
Hinário 3 ccbHinário 3 ccb
Hinário 3 ccb
 
Clarinete método - da capo - joel barbosa
Clarinete   método - da capo - joel barbosaClarinete   método - da capo - joel barbosa
Clarinete método - da capo - joel barbosa
 
Slides Licao 12, Imersos No ESPIRITO Nos Ultimos Dias, 4Tr22, Pr Henrique, EB...
Slides Licao 12, Imersos No ESPIRITO Nos Ultimos Dias, 4Tr22, Pr Henrique, EB...Slides Licao 12, Imersos No ESPIRITO Nos Ultimos Dias, 4Tr22, Pr Henrique, EB...
Slides Licao 12, Imersos No ESPIRITO Nos Ultimos Dias, 4Tr22, Pr Henrique, EB...
 
Curso Básico de Violão Prático
Curso Básico de Violão PráticoCurso Básico de Violão Prático
Curso Básico de Violão Prático
 
Slides Licao 8, O Bom Pastor e os Pastores Infieis, 4Tr22, Pr Henrique, EBD N...
Slides Licao 8, O Bom Pastor e os Pastores Infieis, 4Tr22, Pr Henrique, EBD N...Slides Licao 8, O Bom Pastor e os Pastores Infieis, 4Tr22, Pr Henrique, EBD N...
Slides Licao 8, O Bom Pastor e os Pastores Infieis, 4Tr22, Pr Henrique, EBD N...
 
Treinamento Elementar Para Musicos - Paul Hindemith
Treinamento Elementar Para Musicos - Paul HindemithTreinamento Elementar Para Musicos - Paul Hindemith
Treinamento Elementar Para Musicos - Paul Hindemith
 
Curso Básico de Violão para Iniciantes
Curso Básico de Violão para IniciantesCurso Básico de Violão para Iniciantes
Curso Básico de Violão para Iniciantes
 

Destaque

MTS Método CCB exercicios preenchidos, corrigido e revisado
MTS Método CCB exercicios preenchidos, corrigido e revisadoMTS Método CCB exercicios preenchidos, corrigido e revisado
MTS Método CCB exercicios preenchidos, corrigido e revisado
creito cezares
 
Apostila de teoria musical [2[1].0]
Apostila de teoria musical [2[1].0]Apostila de teoria musical [2[1].0]
Apostila de teoria musical [2[1].0]
Luis Silva
 
Clarinete artigo - história e dicas importantes - por eduardo weidner
Clarinete   artigo - história e dicas importantes - por eduardo weidnerClarinete   artigo - história e dicas importantes - por eduardo weidner
Clarinete artigo - história e dicas importantes - por eduardo weidner
José Aparecido Sabaine
 
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventista
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventistaO comportamento na casa de Deus: um contexto adventista
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventista
Lucas Samuel Rojo
 
Exercicios ritmicos e melodicos (1)
Exercicios ritmicos e melodicos (1)Exercicios ritmicos e melodicos (1)
Exercicios ritmicos e melodicos (1)
Wagner Recart
 
Formação de intercessão
Formação de intercessãoFormação de intercessão
Formação de intercessão
Cassio Felipe
 

Destaque (20)

MTS Método CCB exercicios preenchidos, corrigido e revisado
MTS Método CCB exercicios preenchidos, corrigido e revisadoMTS Método CCB exercicios preenchidos, corrigido e revisado
MTS Método CCB exercicios preenchidos, corrigido e revisado
 
Semibreve
SemibreveSemibreve
Semibreve
 
Pausa Semínima
Pausa SemínimaPausa Semínima
Pausa Semínima
 
Apostila de teoria musical [2[1].0]
Apostila de teoria musical [2[1].0]Apostila de teoria musical [2[1].0]
Apostila de teoria musical [2[1].0]
 
Salmos hinos e canticos
Salmos hinos e canticosSalmos hinos e canticos
Salmos hinos e canticos
 
Clarinete artigo - história e dicas importantes - por eduardo weidner
Clarinete   artigo - história e dicas importantes - por eduardo weidnerClarinete   artigo - história e dicas importantes - por eduardo weidner
Clarinete artigo - história e dicas importantes - por eduardo weidner
 
Aula de violão
Aula de violão Aula de violão
Aula de violão
 
Teoria das inteligências múlitplas
Teoria das inteligências múlitplasTeoria das inteligências múlitplas
Teoria das inteligências múlitplas
 
Teoria musical infantil
Teoria musical infantilTeoria musical infantil
Teoria musical infantil
 
Apostilha iniciciacao musical
Apostilha iniciciacao musicalApostilha iniciciacao musical
Apostilha iniciciacao musical
 
01 identidade-da-rcc
01 identidade-da-rcc01 identidade-da-rcc
01 identidade-da-rcc
 
Dono do meu coracao
Dono do meu coracaoDono do meu coracao
Dono do meu coracao
 
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventista
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventistaO comportamento na casa de Deus: um contexto adventista
O comportamento na casa de Deus: um contexto adventista
 
Rcc ministriodeformao-apostila-1-identidadedarenovaocarismticacatlica-1207271...
Rcc ministriodeformao-apostila-1-identidadedarenovaocarismticacatlica-1207271...Rcc ministriodeformao-apostila-1-identidadedarenovaocarismticacatlica-1207271...
Rcc ministriodeformao-apostila-1-identidadedarenovaocarismticacatlica-1207271...
 
harmonia-ian-guest-vol-1
 harmonia-ian-guest-vol-1 harmonia-ian-guest-vol-1
harmonia-ian-guest-vol-1
 
Exercicios ritmicos e melodicos (1)
Exercicios ritmicos e melodicos (1)Exercicios ritmicos e melodicos (1)
Exercicios ritmicos e melodicos (1)
 
Identidade da rcc_ ensino_5
Identidade  da rcc_ ensino_5Identidade  da rcc_ ensino_5
Identidade da rcc_ ensino_5
 
Formação de intercessão
Formação de intercessãoFormação de intercessão
Formação de intercessão
 
Teoria musical infantil solanomusic i
Teoria musical infantil solanomusic iTeoria musical infantil solanomusic i
Teoria musical infantil solanomusic i
 
O Louvor No Grupo De Oração
O Louvor No Grupo De OraçãoO Louvor No Grupo De Oração
O Louvor No Grupo De Oração
 

Semelhante a Apostila de teoria musical para músicos espirituais

Apostila de teoria musica para basicos
Apostila de teoria musica  para basicosApostila de teoria musica  para basicos
Apostila de teoria musica para basicos
Saulo Gomes
 
MúSica E EducaçãO
MúSica E EducaçãOMúSica E EducaçãO
MúSica E EducaçãO
HOME
 
Princípios de música cristã
Princípios de música cristãPrincípios de música cristã
Princípios de música cristã
Tocandoocéu Céu
 
Seminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
Seminário Saúde da Voz e Técnicas VocaisSeminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
Seminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
ivan1810
 
Seminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
Seminário Saúde da Voz e Técnicas VocaisSeminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
Seminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
ivan1810
 
Artigo a influencia da musica na vida dos cristaos
Artigo   a influencia da musica na vida dos cristaosArtigo   a influencia da musica na vida dos cristaos
Artigo a influencia da musica na vida dos cristaos
Tocandoocéu Céu
 
A natureza sacramental da música litúrgica
A natureza sacramental da música litúrgicaA natureza sacramental da música litúrgica
A natureza sacramental da música litúrgica
Núccia Ortega
 
Com corações, mentes e vozes mac arthur
Com corações, mentes e vozes  mac arthurCom corações, mentes e vozes  mac arthur
Com corações, mentes e vozes mac arthur
edsonjsmarques
 
Artigo - ASPECTOS DE RELIGIOSIDADE NA SAÚDE VOCAL
Artigo - ASPECTOS DE RELIGIOSIDADE NA SAÚDE VOCALArtigo - ASPECTOS DE RELIGIOSIDADE NA SAÚDE VOCAL
Artigo - ASPECTOS DE RELIGIOSIDADE NA SAÚDE VOCAL
saude2010
 

Semelhante a Apostila de teoria musical para músicos espirituais (20)

Apostila de teoria musica para basicos
Apostila de teoria musica  para basicosApostila de teoria musica  para basicos
Apostila de teoria musica para basicos
 
17 dicas para os músicos
17 dicas para os músicos17 dicas para os músicos
17 dicas para os músicos
 
Mus03
Mus03Mus03
Mus03
 
O Culto, a Música e o Ministério de Louvor na Igreja
O Culto, a Música e o Ministério de Louvor na IgrejaO Culto, a Música e o Ministério de Louvor na Igreja
O Culto, a Música e o Ministério de Louvor na Igreja
 
MúSica E EducaçãO
MúSica E EducaçãOMúSica E EducaçãO
MúSica E EducaçãO
 
arquivototal.pdf
arquivototal.pdfarquivototal.pdf
arquivototal.pdf
 
Entrevista raquel
Entrevista raquelEntrevista raquel
Entrevista raquel
 
Princípios de música cristã
Princípios de música cristãPrincípios de música cristã
Princípios de música cristã
 
Seminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
Seminário Saúde da Voz e Técnicas VocaisSeminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
Seminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
 
Seminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
Seminário Saúde da Voz e Técnicas VocaisSeminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
Seminário Saúde da Voz e Técnicas Vocais
 
Mus04
Mus04Mus04
Mus04
 
Artigo a influencia da musica na vida dos cristaos
Artigo   a influencia da musica na vida dos cristaosArtigo   a influencia da musica na vida dos cristaos
Artigo a influencia da musica na vida dos cristaos
 
Como organizar o ministério de música na igreja
Como organizar o ministério de música na igrejaComo organizar o ministério de música na igreja
Como organizar o ministério de música na igreja
 
AULA ESPECIAL - O USO DA BATERIA NO LOUVOR - bateria.pdf
AULA ESPECIAL - O USO DA BATERIA NO LOUVOR - bateria.pdfAULA ESPECIAL - O USO DA BATERIA NO LOUVOR - bateria.pdf
AULA ESPECIAL - O USO DA BATERIA NO LOUVOR - bateria.pdf
 
A natureza sacramental da música litúrgica
A natureza sacramental da música litúrgicaA natureza sacramental da música litúrgica
A natureza sacramental da música litúrgica
 
Dicas práticas para a condução do louvor congregacional eficaz. prrsoares
Dicas práticas para a condução do louvor congregacional eficaz. prrsoaresDicas práticas para a condução do louvor congregacional eficaz. prrsoares
Dicas práticas para a condução do louvor congregacional eficaz. prrsoares
 
Dançar ou não dançar
Dançar ou não dançarDançar ou não dançar
Dançar ou não dançar
 
Com corações, mentes e vozes mac arthur
Com corações, mentes e vozes  mac arthurCom corações, mentes e vozes  mac arthur
Com corações, mentes e vozes mac arthur
 
Artigo - ASPECTOS DE RELIGIOSIDADE NA SAÚDE VOCAL
Artigo - ASPECTOS DE RELIGIOSIDADE NA SAÚDE VOCALArtigo - ASPECTOS DE RELIGIOSIDADE NA SAÚDE VOCAL
Artigo - ASPECTOS DE RELIGIOSIDADE NA SAÚDE VOCAL
 
192695738 livro-de-canticos-kairos
192695738 livro-de-canticos-kairos192695738 livro-de-canticos-kairos
192695738 livro-de-canticos-kairos
 

Mais de Natalie Moreno

Mais de Natalie Moreno (20)

Metodo preparatorio para organistas - Ana Mary de Cervantes
Metodo preparatorio para organistas - Ana Mary de CervantesMetodo preparatorio para organistas - Ana Mary de Cervantes
Metodo preparatorio para organistas - Ana Mary de Cervantes
 
Acordes arpejos e Escalas Nelson Faria
Acordes arpejos e Escalas Nelson FariaAcordes arpejos e Escalas Nelson Faria
Acordes arpejos e Escalas Nelson Faria
 
Hanon - Exercícios para Piano e Teclado
Hanon - Exercícios para Piano e TecladoHanon - Exercícios para Piano e Teclado
Hanon - Exercícios para Piano e Teclado
 
Hanon Blues
Hanon BluesHanon Blues
Hanon Blues
 
Hanon jazz
Hanon jazzHanon jazz
Hanon jazz
 
Hanon O Virtuoso Pianista Part I
Hanon O Virtuoso Pianista Part IHanon O Virtuoso Pianista Part I
Hanon O Virtuoso Pianista Part I
 
Método de Teoria e Solfejo(Novo Bona)
Método de Teoria e Solfejo(Novo Bona)Método de Teoria e Solfejo(Novo Bona)
Método de Teoria e Solfejo(Novo Bona)
 
Método Infantil para Órgão Francisco Russo
Método Infantil para Órgão Francisco RussoMétodo Infantil para Órgão Francisco Russo
Método Infantil para Órgão Francisco Russo
 
Schumam pedaleira
Schumam pedaleiraSchumam pedaleira
Schumam pedaleira
 
Schumam
SchumamSchumam
Schumam
 
Pedaleira
PedaleiraPedaleira
Pedaleira
 
Pozzoli Ritmica
Pozzoli RitmicaPozzoli Ritmica
Pozzoli Ritmica
 
Pozzoli Primeira Parte
Pozzoli Primeira PartePozzoli Primeira Parte
Pozzoli Primeira Parte
 
Koler Op 157
Koler Op 157Koler Op 157
Koler Op 157
 
Escalas Maiores e Menores para duas mãos
Escalas Maiores e Menores para duas mãosEscalas Maiores e Menores para duas mãos
Escalas Maiores e Menores para duas mãos
 
Dificuldade dos Hinos CCB
Dificuldade dos Hinos CCBDificuldade dos Hinos CCB
Dificuldade dos Hinos CCB
 
Czerny Part I
Czerny Part ICzerny Part I
Czerny Part I
 
Burgmuller Adaptação para Órgão Eletrônico 20 Estudos
Burgmuller Adaptação para Órgão Eletrônico 20 EstudosBurgmuller Adaptação para Órgão Eletrônico 20 Estudos
Burgmuller Adaptação para Órgão Eletrônico 20 Estudos
 
J.S Bach 12 Peças Fáceis
J.S Bach 12 Peças FáceisJ.S Bach 12 Peças Fáceis
J.S Bach 12 Peças Fáceis
 
Teoria da música 4ª edição revista e ampliada Bohumil Med
Teoria da música 4ª edição revista e ampliada Bohumil MedTeoria da música 4ª edição revista e ampliada Bohumil Med
Teoria da música 4ª edição revista e ampliada Bohumil Med
 

Último

apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
rosenilrucks
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
Ana Lemos
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
LeloIurk1
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
LusGlissonGud
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
RavenaSales1
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 

Último (20)

Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 

Apostila de teoria musical para músicos espirituais

  • 1. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 1    A P O S T I L A D E TEORIA MUSICAL P A R A M Ú S I C O S E S P I R I T U A I S A música na Bíblia e o papel do músico ao ministrar louvores à Deus Introdução ao Ritmo, Percepção rítmica com solfejo de Pozzoli • Solfejo melódico de Bona Conceitos pedagógicos com apoio bíblico para a formação de Músicos Espirituais Estudos avançados para análise em grupo: Regência, Musicalização e Orquestração Apresentação dos instrumentos musicais e Bibliografia DISTRIBUIÇÃO LIVRE
  • 2. Página 2 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Registro de Direito autoral de 15/04/2014 Livro Pedagógico: APOSTILA DE TEORIA MUSICAL PARA MÚSICOS ESPIRITUAIS 178 páginas; Formato de impressão A4; Obra não publicada Obra registrada no Escritório de Direitos Autorais, certidão de Registro ou Averbação sob os dados: N. Registro: 640.612 Livro: 1.231 Folha: 342 1ª edição – São Paulo, SP – 2009-2014 – Registrada em 15/04/2014 Todos os direitos s reservados. Consulta no Acervo do Escritório de Direitos Autorais (EDA) http://www.bn.br/portal/index.jsp?nu_pagina=75 Envie comentários e sugestões por e-mail: faleconosco@escolinhamusical.com.br Nome: Comum Congregação: Telefone: A VENDA OU COMERCIALIZAÇÃO É EXPRESSAMENTE PROIBIDA Fica totalmente livre a realização de cópias totais ou parciais, reprodução de qualquer modo, fotocópias & xerox, distribuição na internet & meios eletrônicos, compartilhamento em redes sociais, gravação ou outros meios. Faça o download de versões atualizadas a cada Semestre no seguinte endereço web: http://www.escolinhamusical.com.br (Contém os arquivos PDF da apostila, provas de avaliação, grupos/fichas/calendários). Tamanho estimado: 25 MBytes http://www.escolinhamusical.com.br/download/apostila-de-teoria-suporte-multimidia.zip (Contém plano de organização de grupos, fichas, guias auditivos, vídeos e utilidades). Tamanho estimado: 700 MBytes
  • 3. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 3 Apresentação O conceito pedagógico desta apostila livre tem o objetivo de formar músicos eruditos com atenção ao caráter cristão, para isto, o conteúdo é totalmente intuitivo e o cunho didático inspirador, usando definições teóricas para orientar, instruir e enfatizar ao candidato todas as atividades comuns que fazem parte do dia-a-dia de um músico espiritual na Congregação Cristã. Especialmente no prefácio (página 8 à 11), o apoio bíblico está presente para orientá-lo sobre o papel do músico na Igreja, que escolhe dedicar-se neste ministério para fazer Louvor com amor e dar respostas fiéis à grandeza de DEUS. Este curso tem noções elementares para a formação de músicos não profissionais. Papel do músico na Congregação Cristã O Louvor deve ter como alvo principal a Glória de DEUS, para alcançarmos isto, a espiritualidade do músico é fundamental para fazer esta música. Por isto, na Congregação Cristã, cabe aos músicos repetir as notas musicais como se os instrumentos musicais estivessem cantando a parte coral, isto é, a melodia; mas com menor intensidade de som em relação às vozes de canto da irmandade. Esta nova proposta de curso de música desperta a importância da consciência de como devemos usar a arte musical para manifestar bons sentimentos em santificação e Louvor a DEUS. Para isto, no fim de cada módulo está proposto um capítulo chamado ‘Estudo’ para leitura e análise em grupo (professor e alunos). Aprender a música merece tempo disponível, dedicação, concentração, muito estudo e trabalho para adquirir conhecimentos sólidos de teoria musical, pulsação rítmica, expressão musical e divisão de tempos para aplicar tudo isto nas lições dos métodos de seu instrumento musical e, principalmente, no hinário. Leia antes de começar Antes de começar a usá-lo, faça a leitura completa deste livro, isto vai te trazer alguns aprendizados e determinar desde já o seu perfil musical por toda a sua vida. Estão propostas leituras bíblicas e dicas de comportamento para sabermos estar diante de DEUS e como ofertar à ELE um Louvor sincero e puro. Sr(a). Professor(a) Para ter sucesso, oriente os alunos com total respeito, igualdade e carinho. Proponha este formato ao grupo de instrutores & professores para ter produtividade e organizar o curso na formação de músicos espirituais. O aluno que se dedica vai seguir o seu exemplo e vai aprender com as suas reações verbais e atitudes dentro e fora do convívio com a orquestra; esteja sempre com a mais alta comunhão com DEUS para orientar todos que precisarem de um apoio ou correção. O aluno que você ensina hoje vai usar um instrumento musical para louvar a DEUS do seu lado na orquestra da Congregação Cristã. Sorria sempre e bom trabalho!
  • 4. Página 4 Sumário Pesquise facilmente usando o índice. PREFÁCIO..................................................................................................................................................................... 8 ESTUDO: DEDIQUE-SE COM ZÊLO............................................................................................................................................................................. 11 A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA .................................................................................................................................... 13 O MINISTÉRIO DA MÚSICA NA BÍBLIA ...................................................................................................................................................................... 13 SALMOS, HINOS E CÂNTICOS ESPIRITUAIS................................................................................................................................................................ 17 MÚSICA ...................................................................................................................................................................... 20 ESTUDO: O PAPEL DO MÚSICO NAS IGREJAS............................................................................................................................................................ 22 O QUÊ É TEORIA MUSICAL?....................................................................................................................................................................................... 24 PROPRIEDADES DO RITMO........................................................................................................................................................................................ 26 Pulso ........................................................................................................................................................................................................26 Acento métrico......................................................................................................................................................................................26 Desenho rítmico....................................................................................................................................................................................26 Andamento............................................................................................................................................................................................26 SOLFEJO..................................................................................................................................................................................................................... 27 FIGURAS DE VALOR.................................................................................................................................................................................................... 29 Outro exemplo da hierarquia de valores proporcionais:..............................................................................................................29 Regras de grafia ....................................................................................................................................................................................33 Percepção rítmica.................................................................................................................................................................................34 Solfejar figuras musicais......................................................................................................................................................................35 ESTUDO: HISTÓRIA DA MÚSICA & ORQUESTRA ....................................................................................................................................................... 36 PERCEPÇÃO RÍTMICA: POZZOLI................................................................................................................................ 46 MÓDULO 1 ................................................................................................................................................................. 63 A MÚSICA E OS SEUS ELEMENTOS............................................................................................................................................................................. 63 Melodia...................................................................................................................................................................................................63 Harmonia ...............................................................................................................................................................................................63 Ritmo.......................................................................................................................................................................................................63 SOM............................................................................................................................................................................................................................ 64 CARACTERÍSTICAS DO SOM.................................................................................................................................................................................... 65 Altura.......................................................................................................................................................................................................65 Duração..................................................................................................................................................................................................65 Intensidade ............................................................................................................................................................................................65 Timbre .....................................................................................................................................................................................................66 NOTAS MUSICAIS....................................................................................................................................................................................................... 66 LINHAS SUPLEMENTARES.......................................................................................................................................................................................... 67 CLAVES....................................................................................................................................................................................................................... 68 Clave de Sol............................................................................................................................................................................................68 Clave de Fá.............................................................................................................................................................................................69 Clave de Dó ............................................................................................................................................................................................70 Clave dos instrumentos musicais ......................................................................................................................................................71 COMPASSO................................................................................................................................................................................................................ 71 Barra de compasso...............................................................................................................................................................................71 Barra dupla ............................................................................................................................................................................................71 Barra final...............................................................................................................................................................................................72 TEMPOS DO COMPASSO......................................................................................................................................................................................... 72
  • 5. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 5 UNIDADES DE TEMPO E COMPASSO ..................................................................................................................................................................... 72 COMPASSO SIMPLES............................................................................................................................................................................................... 73 COMPASSO COMPOSTO.......................................................................................................................................................................................... 77 Compassos correspondentes .............................................................................................................................................................80 FÓRMULA DE COMPASSO ......................................................................................................................................................................................... 82 FERMATA.................................................................................................................................................................................................................... 82 LIGADURA.................................................................................................................................................................................................................. 82 Ligadura de valor ou prolongamento..............................................................................................................................................83 Ligadura de expressão ou portamento............................................................................................................................................83 Ligadura de frase ..................................................................................................................................................................................83 Interpretação.........................................................................................................................................................................................83 MARCAÇÃO DE COMPASSO (SOLFEJO)................................................................................................................................................................ 84 INTRODUÇÃO AO MÉTODO “BONA” ........................................................................................................................................................................ 84 ESTUDO: AS VOZES.................................................................................................................................................................................................... 88 MÓDULO 2 ................................................................................................................................................................. 92 TOM E SEMITOM ........................................................................................................................................................................................................ 92 Tipos de semitom..................................................................................................................................................................................92 SINAIS DE ALTERAÇÃO: ACIDENTES.......................................................................................................................................................................... 93 Acidentes fixos.......................................................................................................................................................................................94 Acidentes ocorrentes............................................................................................................................................................................94 Acidentes de precaução ......................................................................................................................................................................95 PONTO DE AUMENTO................................................................................................................................................................................................ 95 Ponto simples ........................................................................................................................................................................................95 Ponto duplo ...........................................................................................................................................................................................95 Ponto triplo ............................................................................................................................................................................................95 PONTO DE DIMINUIÇÃO: STACCATO ........................................................................................................................................................................ 96 Staccato simples ...................................................................................................................................................................................96 Recomendado para aplicar com pouca frequência nos ensaios musicais na CCB.................................................................96 Staccato ligado ou portato.................................................................................................................................................................96 Não recomendado para aplicar nos ensaios musicais na CCB...................................................................................................96 Staccato seco ou martelato................................................................................................................................................................96 Não recomendado para aplicar nos ensaios musicais na CCB...................................................................................................96 LEGATO...................................................................................................................................................................................................................... 97 INTERVALOS............................................................................................................................................................................................................... 97 ESTUDO: NOÇÕES DE REGÊNCIA............................................................................................................................................................................... 99 MÓDULO 3 ............................................................................................................................................................... 106 COMPASSOS MISTOS...............................................................................................................................................................................................106 CONTRATEMPOS......................................................................................................................................................................................................106 SÍNCOPA ..................................................................................................................................................................................................................107 QUIÁLTERAS ............................................................................................................................................................................................................107 TERMINAÇÕES .........................................................................................................................................................................................................108 Terminação masculina......................................................................................................................................................................108 Terminação feminina ........................................................................................................................................................................108 ESTUDO: ETIQUETA DO MÚSICO.............................................................................................................................................................................109 MÓDULO 4 ............................................................................................................................................................... 113 DESENHOS RÍTMICOS ..............................................................................................................................................................................................113 Ritmo: tético.........................................................................................................................................................................................113 Ritmo: anacruse ..................................................................................................................................................................................113 Ritmo: Acéfalo .....................................................................................................................................................................................113 ESCALA.....................................................................................................................................................................................................................114 GRAUS......................................................................................................................................................................................................................114 ESCALA DIATÔNICA.................................................................................................................................................................................................115
  • 6. Página 6 ESCALA CROMÁTICA................................................................................................................................................................................................115 TONALIDADE ...........................................................................................................................................................................................................116 ESTUDO: EXPRESSÃO MUSICAL...............................................................................................................................................................................117 MÓDULO 5 ............................................................................................................................................................... 123 MODULAÇÃO ..........................................................................................................................................................................................................123 ESCALAS MAIORES E MENORES...............................................................................................................................................................................123 Escala maior ........................................................................................................................................................................................123 Escala menor harmônica..................................................................................................................................................................126 Escala menor melódica .....................................................................................................................................................................127 MODOS....................................................................................................................................................................................................................128 Modo maior .........................................................................................................................................................................................128 Modo menor ........................................................................................................................................................................................128 SINAIS DE NAVEGAÇÃO...........................................................................................................................................................................................129 RITORNELLOS...........................................................................................................................................................................................................129 TRECHOS..................................................................................................................................................................................................................130 SINAL DE SALTO......................................................................................................................................................................................................130 ESTUDO: FÉ & COMUNICAÇÃO CRISTÃ...................................................................................................................................................................131 MÓDULO 6 ............................................................................................................................................................... 135 TEMPO......................................................................................................................................................................................................................135 Andamento..........................................................................................................................................................................................135 Caráter expressivo ..............................................................................................................................................................................136 Alterações de andamento.................................................................................................................................................................136 SINAIS DE DINÂMICA...............................................................................................................................................................................................137 ACENTOS..................................................................................................................................................................................................................138 TESSITURA................................................................................................................................................................................................................138 ESTUDO: INSTRUMENTOS MUSICAIS.......................................................................................................................................................................140 Cordas...................................................................................................................................................................................................140 Percussão..............................................................................................................................................................................................162 MÓDULO 7 ............................................................................................................................................................... 164 REGISTROS ...............................................................................................................................................................................................................164 SINAIS DE REPETIÇÃO..............................................................................................................................................................................................165 TRANSPOSIÇÃO .......................................................................................................................................................................................................167 Tipos de tonalidade............................................................................................................................................................................167 Tonalidades de Instrumentos...........................................................................................................................................................167 Situações nos instrumentos musicais.............................................................................................................................................168 PRÁTICA MUSICAL E DE ORQUESTRA......................................................................................................................................................................169 ORNAMENTOS.........................................................................................................................................................................................................170 ESTUDO: EQUALIZAÇÃO ESPIRITUAL......................................................................................................................................................................173 HINÁRIO 5 ................................................................................................................................................................ 175 ORIENTAÇÃO PARA ESTUDOS.................................................................................................................................................................................175 ESTUDO: MÚSICA NA VIDA DOS CRISTÃOS.............................................................................................................................................................176 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................................................... 177 BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................................................... 178
  • 7. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 7 Prefácio ao estudante Como deve ser a música de DEUS? Quais são os objetivos da música de DEUS? Músico deve ser uma pessoa espiritual É preciso que haja amor e dedicação aos estudos A adoração: a música é um Dom de Deus Deus seja louvado
  • 8. Página 8 Prefácio Como deve ser a música de DEUS? A música de DEUS deve ter como alvo principal a Glória de DEUS. E o seu desejo de estudar a teoria musical para se tornar um músico ou organista, já consta como um Louvor ao DEUS Todo Poderoso. Deve expressar o Louvor ao Senhor: é muito importante que você goste de música e seja voluntário aos estudos de teoria musical para Louvar a DEUS com um cântico novo, bendizer o Seu nome, proclamar a Sua salvação, anunciar a Sua glória e os Seus feitos maravilhosos (Salmos 66). Louvor é a resposta à grandeza de DEUS. O louvor reconhece os atributos de DEUS. O louvor louva a DEUS por aquilo que Ele é. A verdadeira música de louvor fala das grandezas de DEUS, de seus atributos, de sua santidade, de sua justiça, de seu poder, de sua misericórdia, de seu amor e de sua Graça! Deve expressar ação de Graças ao Senhor: ação de graças é a resposta à bondade de DEUS. A ação de graças reconhece os feitos de DEUS. A ação de graças engrandece a DEUS por aquilo que Ele faz (Apocalipse 5:9,10). A música foi instituída por DEUS, no Céu, a fim de ser executada pelos seres celestiais criados como um ato de adoração ao Criador. Adorar é a expressão de amor e gratidão por quem DEUS é e pelo que fez e faz por nós. Quando adoramos a DEUS, estamos oferecendo todo o nosso ser a Ele. Assim, adorar é agradar a DEUS e é ação contínua entre os seres celestiais no céu. A música está centralizada unicamente em DEUS e não no gosto do adorador – do músico. Deve expressar o Louvor com um coração feliz: o coração do músico de DEUS precisa ter prazer com a música espiritual. A Bíblia não diz que a música deve ser entoada para trazer alegria. A alegria é um pré-requisito para cantarmos. Não cantamos para ficar alegres, mas cantamos para a glória de DEUS, e a glória de DEUS nos traz alegria no espírito! Cantar com muito louvor quando estamos tristes é uma hipocrisia: “O que canta canções para o coração aflito é como aquele que despe a roupa num dia de frio, ou como o vinagre sobre salitre.” (Provérbios 25:20). É verdade que devemos dar graças a DEUS por tudo que nos acontece, inclusive pelas coisas ruins (I Tessalonicenses 5:18), mas não diz o texto que devemos cantar por elas. Isto seria errado. O que o texto ensina é que devemos entender que todas as coisas, inclusive as ruins, concorrem para o nosso bem (Romanos 8:28), e por isso devemos dar graças a DEUS por elas. Deve Expressar o Louvor Dirigido ao Senhor: estes tópicos estão aqui para despertar a importância da consciência de como devemos usar a arte musical para manifestar bons sentimentos ao aplicar os sentidos cristãos em santificação e Louvor a DEUS. Ser músico para tocar na igreja não é ter um lugar de destaque ou fazer o que é melhor para si próprio ou qualquer coisa que se intitule música (ministério), mas sim amar esta arte e entendê-la com o compromisso de praticá-la da melhor maneira possível ao Louvor a DEUS. Leia: Salmos 9 “Está alguém contente? Cante louvores.” (Tiago 5:13). Quando alguém está triste, não deve cantar, mas orar: “Está alguém entre vós aflito? Ore.” (Tiago 5:13) e ainda diz “com toda [muita] oração” (Efésios 6:18).
  • 9. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 9 Há muitos significados são atribuídos ao verbo "louvar" na Bíblia, incluindo dar graças, atribuir glória e honra, exaltar, celebrar, recomendar e regozijar. Louvar está intimamente aliado ao culto e na adoração à DEUS. Leia 2 Samuel 6:5 O louvor é uma oferta dirigida à DEUS: “Apresentai-vos diante dele com cântico…” (Salmos 100:2). “Apresentemo-nos ante a sua face com louvores, e celebremo-lo com salmos.” (Salmos 95:2). Não cantamos para o auditório, mas para o Senhor; a música não deve agradar ao auditório, mas ao Senhor: “Tributai ao SENHOR a glória de seu nome; trazei presentes, e vinde perante Ele…” (I Crônicas 16:29). A música não deve ser usada para nos fazer sentir melhor. Ela não deve ter este propósito. Saul buscava alívio na música de Davi (I Samuel 16:23), mas ele deveria buscar arrependimento na Palavra de DEUS. A música tem o objetivo de convidar a presença de DEUS entre nós, pois DEUS habita no meio dos louvores (Salmos 22:3). Deve exaltar a Glória do Cordeiro: a glória de DEUS é manifesta mediante adoração ao Cordeiro de DEUS. O Pai deseja que o Filho seja adorado (Hebreus 1:5-6). O Espírito Santo deseja glorificar o Filho (João 16:13-15). Os anjos adoram ao Cordeiro de DEUS (Apocalipse 5:8-14). Toda música e prática instrumental de auto-promoção devem ser erradicadas, porque todo louvor deve ser dirigido para DEUS, somente Ele é digno de todo louvor, honra e Glória. Deve exaltar a Glória de DEUS por suas Obras: a Bíblia está repleta de convites para que louvemos o Senhor por Suas obras (Salmos 150:2; 106:2; 145:4). O cântico de Débora é um exemplo: “…falai das justiças do Senhor, das justiças que fez às suas aldeias em Israel…” (Juízes 5:11). Como é a música de DEUS? Doutrinária: aprendemos mais sobre a doutrina cristã nas músicas do que nas pregações. Por isso a música deve ser didática, para ensinar a doutrina. A música deve ser instrutiva. Através dela devemos aprender doutrina: “…ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor…” (Colossenses 3:16). Compreensível: nossas emoções, quando envolvidas na adoração a DEUS, devem ser guiadas pelo elemento racional (Romanos 12:1-2). A letra deve ser inteligível: “…cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.” Leia em I Coríntios 14:15. Aqui entra o segundo requisito da adoração, mencionado em João 4:24. O primeiro é “em espírito”, o segundo é “em verdade”. Possui entendimento espiritual: as músicas que dão ênfase ao “sentir” e não ao “pensar”, que enfatizam mais o “som”, a “melodia” e não a “mensagem” não são de boa qualidade. Qualquer música que enfatiza mais a “adoração” no corpo (levantar instrumento ao alto, bater palmas, levantar as mãos, acelerar andamento do hino, ritmos exagerados, etc) do que no “espírito” não serve para a verdadeira adoração “em espírito”. Andamos por fé e não por vista (II Coríntios 5:7). Possui uma melodia harmoniosa - que música devemos cantar? A música da moda no mundo? A música brasileira? Devemos cantar a música de DEUS (I Crônicas 16:42). Portanto, o estilo musical deve ser santo e reverente, desde que possua harmonia e inteligência musical: “Pois DEUS é o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligência [harmonia].” (Salmos 47:7). A adoração “em espírito e em verdade” (João 4:23-24), é aquela que é espiritual (em espírito) e doutrinária (em verdade). Em “espírito” fala da conduta do adorador, enquanto em “verdade” fala da forma como devemos adorar. Paulo nos exorta a sermos fervorosos no espírito (Romanos 12:11).
  • 10. Página 10 Quais são os objetivos da música de DEUS? Produzir crescimento espiritual: o apóstolo Paulo diz que a música cantada dentro da Igreja deve ser usada para edificação do corpo de Cristo. Músicas que não edificam, mesmo que sejam agradáveis, devem ser evitadas: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina… Faça-se tudo para edificação.” (I Coríntios 14:26). Ser espiritual: para produzir crescimento e edificação da igreja (do povo de DEUS), a música deve ser espiritual, isto é, deve enfatizar um tema espiritual. Não basta relatar a experiência de alguém, é preciso que ela esteja baseada num tema espiritual bíblico, isto é, baseada na palavra de DEUS: “E Davi… separou para o ministério os filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum, para profetizarem [a palavra de DEUS] com harpas, com címbalos, e com saltérios…para exaltar o seu poder…” (I Crônicas 25:1,5). O Músico deve ser uma pessoa espiritual, controlado pelo Espírito para apresentar a DEUS “cânticos espirituais”: “Louvar-te-ei com retidão de coração quando tiver aprendido os teus justos juízos.” (Salmos 119:7). É preciso que haja amor e dedicação aos estudos. Muitas pessoas se queixam sobre ter que separar algum tempo para entender como funcionam as coisas dentro da teoria musical, mas este é único caminho para nos tornarmos bons músicos e desenvolvermos de fato todo o potencial. Leia Salmos 150 Cada um em seu ritmo - devemos sim nos dedicar, ter alegria e buscar toda a luz de DEUS para entender as metodologias de ensino e buscar se aperfeiçoar cada vez mais, afinal, a emoção que sentimos quando interpretamos uma obra musical (um hino, por exemplo) vale por todo esforço, a música é a mais elevada forma de expressão do ser humano, através dela conseguimos transmitir todo o sentimento que desejamos de forma que todas as pessoas sintam isto e com certeza vale a pena todo o esforço para o fazermos bem. Leia: Salmos 33:3 Diferentemente dos pássaros, grilos e outras animais a quem deu a capacidade de emitir sons, DEUS, em amor, deu aos homens o poder de escolha e a capacidade de criar sons de louvor e ações de graça à Ele por sua misericórdia, bondade, justiça, fidelidade e amor. Leia: 1 Pedro 2-9 A adoração: a música é um Dom de DEUS O objetivo principal do músico da adoração é render honra e tributo ao Criador, sentindo Sua presença e conectando- se à fonte da Vida. É necessário que essa adoração e culto sejam oferecidos a DEUS e sejam aceitos por Ele assim como a oferta de Abel. Quando adoramos a DEUS em espírito (emoções/coração) e em verdade (mente/concentração), entramos numa conexão tal com Ele (a comunhão) que experimentamos imediata transformação pessoal pelas operações da presença do Espírito Santo. Portanto, a adoração (na música) não é algo concentrado em nós, mas em DEUS. A música de Deus deve ser entoada com voz de triunfo (Salmos 47:1) com voz de melodia (Isaías 51:3), como um sacrifício de júbilo (Salmos 27:6) como um sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos nossos lábios (Hebreus 13:15).
  • 11. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 11 Estudo: dedique-se com zêlo Orientações diversas Tudo começa aqui para quem decide estudar música para louvar a DEUS Esta apostila de teoria musical é totalmente gratuita e possui os assuntos necessários para que você tenha um bom conhecimento sobre os elementos da música. Tente entendê-la por completo, siga as orientações do professor, sempre tire suas dúvidas e desenvolva-se com entusiasmo, atenção e zêlo. Deve ficar claro que este é um processo onde o sucesso depende do esforço individual e que prepara músicos para louvarem a DEUS na Congregação Cristã. Tudo começa agora, siga sempre em frente com entusiasmo. Apesar de parecer longo para alguns, o estudo da música com certeza vale a pena, pois quando você consegue certo domínio tudo é estimulante e nos traz alegria. Lembre-se que um bom músico é aquele que se dedica e que sempre está se aperfeiçoando. Portanto procure estar atento/a aos novos aprendizados, novas técnicas, novos estilos, tenha uma visão ampla sobre a música (assuntos técnicos, teóricos e práticos no instrumento musical), conheça de fato o que você está fazendo! Pesquise outros livros de teorias e apostilas de música, ouça CDs, assista DVDs e concertos musicais. Dedique-se! O poder da música é o de transformar simples vibrações em sentimentos. Leia: Salmos 96 Ao ouvirmos uma música, queremos fazer parte daquela obra, foi isto que inspirou 99% de nós a ser músicos para louvar a DEUS com cânticos espirituais. E a melhor maneira de fazer parte desta música é entendendo sua linguagem. Quando você ingressar na orquestra e ser parte integrante desta obra e das melodias de hinos de louvores e cânticos espirituais, realmente "cante" em seu íntimo durante os momentos que antecedem a entrada da 1ª. nota, acompanhe o seu "toque" com o seu "canto interno" novamente e sempre, e então, com toda a nossa comunhão e alegria de espírito entoaremos todo nosso Louvor à DEUS os hinos e os nossos sentimentos se elevarão para que a melodia se transforme em algo espiritual, ou seja, um canal de comunicação direta com DEUS, o Louvor. O que vai favorecer para que tudo isto dê certo é o treino, a leitura, a repetição, a prática e toda a oração à DEUS para que o seu esforço de fazer música com um instrumento musical, seja algo natural (fácil), leve e agradável (suave); e que aos ouvidos de DEUS seja todo o seu Louvor como uma chuva temperada, harmoniosa, perene e serôdia. Sejamos como artistas: que se realizam plenamente emitindo melodias de nossos próprios dedos ou sopro. Mas principalmente, sejamos dedicados músicos espirituais: como os que verdadeiramente amam a música de todo o coração e se expressam através da alma levando a mais alta comunhão do espírito, no qual se encerra todos os sentimentos humanos, traduzindo com toda fidelidade os sentimentos sublimes, puros e sinceros, que tanto nos aproximam de DEUS.
  • 12. Página 12 A importância da música A arte mais antiga Resumo histórico do ministério da Música na Bíblia Salmos, hinos e cânticos espirituais Deus seja louvado
  • 13. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 13 A importância da música A música é nossa mais antiga forma de expressão, mais antiga que a linguagem falada. O ser humano possui em sua vida sete "dimensões": física, espiritual, intelectual, social, profissional, afetiva e familiar. De todas as realizações do Homem, a arte é a que possui mais influência em todas essas dimensões da existência humana. E de todas as artes presentes em nossas vidas, a mais antiga é a Música. De fato, a música é o Homem, muito mais que as palavras, pois estas são símbolos abstratos. A música toca nossos sentimentos profundamente, mais fácil que a maioria das palavras e nos faz responder com todo nosso ser (mesmo quando não percebemos). Muito antes do ser humano aprender a pintar, esculpir, escrever ou projetar algo, já sabia produzir e apreciar o som. Obviamente esses sons seriam hoje considerados apenas ruídos, mas considerando que "música é a arte de manipular os sons", o que aquele Homem primitivo produzia era como um "embrião" musical. O ministério da Música na Bíblia A Música foi criada Dor DEUS antes da criação deste mundo “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?.. quando juntas cantavam as estrelas da manhã, e todos os filhos de DEUS bradavam de júbilo?”. Leia Jó 38: 4-7. Não há nenhuma referência Bíblica quanto ao uso do canto por Adão e Eva, mas, se os filhos de DEUS anteriormente criados e os anjos, cantavam, certamente DEUS partilhara com eles o dom da música. O uso que dela fizeram os anjos e os filhos de DEUS foi para expressar alegria pela criação desta terra. Usaram-na para louvar a DEUS pelo Seu processo criativo. Sem dúvida Adão e Eva cantavam no Éden, da bondade, da misericórdia e do amor de DEUS por eles. Entoavam cânticos sobre toda sua experiência pessoal com o Criador. Os instrumentos musicais na Bíblia Instrumentos musicais foram criados por Dor um descendente de Caim. A primeira referência que a Bíblia faz a música está em Gên. 4:21 “O nome de seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta.” Falando de sua miséria, Jó declara: “Pelo que se tornou em pranto a minha harpa, e a minha flauta em voz dos que choram.” Jó 30:31. Este texto indica que na casa de Jó, tais instrumentos eram usados para diversão e alegria. “Por que fugiste ocultamente, e me iludiste e não mo fizeste saber, para que eu te enviasse com alegria e com cânticos, ao som de tambores e de harpas”. Gên. 31 :27 “E sucedia que, quando o espírito mau da parte de DEUS vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele. “I Sam. 16: 17, 18 e 23. Davi aliviava o temperamento violento de Saul através dos suaves sons de sua harpa.
  • 14. Página 14 A Música do Templo Davi decidiu construir uma casa para DEUS. Segundo seus planos, deveria ser: “Magnífica em excelência, para nome e glória em todas as terras.” (I Crôn. 22:1-5). Por causa do seu envolvimento em guerras, DEUS lhe nega o privilégio de construir o templo mas, permite a Davi fazer os preparativos para que o seu filho, Salomão, executasse a obra. Esta preparação foi completa e perfeita em todos os detalhes, inclusive os planos para música…Nunca antes visto até esse tempo, a música havia tido mais do que uma pequena parte no serviço religioso de DEUS.” (I Crôn. 25:1). Asafe seria o músico-chefe acompanhado por Jedutum e Hemã. Seriam ao todo 288 músicos profissionais (Mestres). Todos treinados para o exercício do ministério musical. (I Crôn. 25:7) I Crôn. 25 do verso 9 ao 31, relata que Davi dividiu estes músicos em 24 grupos de 12 onde cada grupo estaria a serviço do templo durante uma semana de cada vez, desde a sexta-feira à noite até depois do serviço religioso do sábado da semana seguinte, perfazendo 8 dias, e no sábado os dois grupos estariam juntos (durante a semana 12 músicos e no Sábado eram 24 músicos). Isto daria 2 participações por ano para cada grupo de músicos. A Música usada na dedicação do Templo Davi morreu sabendo que tudo para o novo templo, incluindo a sua inspiradora música, estava planejado e preparado. Davi falou de uma orquestra com 4 mil músicos louvarem ao Senhor com os instrumentos. (I Crôn. 23:5). Embora Davi tenha completado todos os planos, incluindo seu serviço musical antes de morrer, passaram-se onze anos antes que o edifício estivesse terminado. Salomão levou sete anos para erguê-lo no Monte Moriá. O Salmo 136 constituiu-se parte do programa musical do dia. “Era dever dos trombeteiros e cantores fazerem-se ouvir em uníssono em louvor ao Senhor. “ II Crôn. 5: 13. O livro de Salmos (salmos significa: louvores) O Hinário do Segundo Templo: o serviço do segundo templo foi modelado de acordo com o do primeiro. Neemias refere-se à restauração do culto musical “conforme ao mandado de Davi.” (Nee. 12:45) “Porque já nos dias de Davi e Asafe, desde a antigüidade, havia chefes dos cantores, e cânticos de louvores e ação de graças a DEUS.” (Nee 12:46) O livro de Salmos foi chamado de “louvores”: (isto é: Salmos), porque foi o hinário dos serviços de cânticos do segundo templo, no qual o louvor era a parte mais importante. Por centenas de anos, os músicos do templo usaram determinados salmos, para cada dia do ciclo semanal e regular de cultos. Usavam também alguns outros, para os serviços das festas anuais. Os hinos restantes eram cantados em muitos outros serviços regulares do templo. Provavelmente, o sagrado livro de hinos era familiar ao povo em geral, pois, quando os músicos voltavam para suas casas depois de sua semana de serviço no templo, certamente ensinavam os salmos a seus familiares e vizinhos. Divisão dos Salmos - os 150 salmos estão divididos em cinco livros. O motivo desta forma de divisão é desconhecida pois a ordem não é cronológica nem tão pouco segue a data de sua composição. Por exemplo, o Salmos 142 é considerado tendo sido escrito por Davi quando estava na caverna e o Sal. 1, é considerado como tendo sido o último dos salmos a ser escrito. Ele é um prelúdio para todo o hinário.
  • 15. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 15 Os 5 livros são: 1) Salmos 1-41; 2) Salmos 42-72; 3) Salmos 73-89; 4) Salmos 90-106 e 5) Salmos 107-150. Os livros dos grupos 1,2 e 3 terminam com a expressão: “Amém, e Amém.” Os livros dos grupos 4 e 5 com a expressão: “Louvai ao Senhor.” Autores dos Salmos: os títulos dos vários salmos nos revelam que: 73 deles foram escritos por Davi; 2 por Salomão; 12 pelos filhos de Coré; 12 por Asafe; 1 por Hemã; 1 por Etã e 1 por Moisés.A maioria deles foi escrito no tempo de Davi e Salomão (100 Século A.C.). Na Bíblia Sagrada, o conteúdo dos Salmos são orações, louvores, aleluias e cânticos de degraus que eram hinos cantados pelos peregrinos devotos em seu caminho para Jerusalém para as festas anuais. Todas as emoções da alma humana são abordadas na coleção completa dos Salmos. Estas incluem triunfo e desespero, confiança e incertezas, orações e louvores. Recomenda-se a leitura do Livro completo dos Salmos. O uso musical dos Salmos: títulos e instruções aos músicos mostram que os salmos eram cantados durante os serviços religiosos do templo. A música instrumental era usada na época do segundo templo, como um acompanhamento para as vozes, embora houvesse interlúdios instrumentais considerados como sendo ilustrativos do texto do Salmo. O Cântico de Zacarias 80 dias após o nascimento de João Batista, Zacarias seu pai, que havia ficado mudo por não crer no anjo (Luc. 1 :20), volta a falar depois de confirmar que o nome do menino seria realmente João, apesar de não haver precedentes familiares, e, cheio do Espírito Santo, canta um cântico de louvor a DEUS que aparece em Luc. 1:67-79. (Bendito: porque esta é a primeira palavra que aparece no cântico da tradução latina) O Cântico dos Anjos Na noite em que Jesus nasceu um anjo foi enviado por DEUS para dar a notícia a um grupo de pastores que guardavam seus rebanhos. Depois da Boa Nova proclamada, a Bíblia declara que “subitamente apareceu com o anjo uma multidão do exército celeste louvando a DEUS dizendo: Glória a DEUS nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem Ele quer bem.” (Luc. 2: 8-14). O que a bíblia nos ensina Como lemos anteriormente, a Sagrada Escritura nos ensina que o ministério de música é algo antigo e que foi instituído na casa de DEUS através do Rei Davi. Ela nos mostra também como o ministério da música deve ser organizado e conduzido de forma servir de apoio indispensável aos demais serviços ministeriais como o batismo, a pregação, e a evangelização. A Música na Vida de Jesus Durante sua infância, Jesus conheceu a música como qualquer menino de sua época. Podemos imaginar que ele exprimia frequentemente o contentamento que sentia no Seu coração, cantando salmos e hinos celestiais, e que certamente, muitas vezes os moradores de Nazaré ouviam a Sua voz erguer-se em louvor e ações de graças a DEUS. Em Israel, a introdução de Jesus na música se deu aos 12 anos, quando Seus pais O levaram ao templo de Jerusalém. Era primavera, a mais bela estação, com flores brotando e passarinhos cantando. Na viagem feita a pé até Jerusalém, cantavam-se os Salmos designados como “Cânticos dos Peregrinos” ou “Cânticos dos Degraus.” (Sal. 120-134). Imagine como deve ter sido para o menino Jesus participar destes cânticos na viagem até a Cidade de Davi!
  • 16. Página 16 A Música da Igreja Cristã Primitiva “E era perto da meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a DEUS; e os outros presos escutavam.” Atos 16:25. A admoestação de Paulo às igrejas cristãs primitivas foi: “Enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos e hinos e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração. ” (Efésios 5: 18-19) “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando- vos e admoestando-vos uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” (Colo 3:16) Cânticos espirituais Além dos salmos e dos hinos, Paulo menciona os cânticos espirituais como parte do repertório musical cristão. O cântico espiritual é aquele que expressa a relação do indivíduo com DEUS e enfatiza sua própria experiência da alma. Embora os salmos fossem cantados ou entoados antifônicamente, e os hinos fossem cantados pelo corpo da congregação em uníssono, o cântico espiritual teria sido um solo vocal expressando a elevação da alma do indivíduo a DEUS, uma experiência do seu próprio coração e a resposta do amor de DEUS o Pai, o sacrifício de Cristo, ou a súplica do Espírito Santo. O princípio básico do apóstolo Paulo para a música cristã, “Salmos, hinos e cânticos espirituais” ainda é o ideal da igreja cristã depois de todos estes séculos. O Cântico de tais melodias tem inspirado milhões de cristãos e muitos ouvintes através dos séculos, assim como o fez quando Paulo e Silas cantaram na cela de Filipos. A Música no livro de Apocalipse João descreve que no Céu existem os quatro “seres viventes” de seis asas, que estão ao redor do trono de DEUS cantando sem cessar. Esta é uma adoração perpétua de quarteto e coral. “De dia e de noite, nunca cessam de cantar.” (Apoc. 4: 8-11). Percebe-se que o céu é um lugar de adoração musical onde seres santos louvam a DEUS continuamente. Que escalas eles usam, ou qual a maneira de composição que seguem, não sabemos, podemos apenas deduzir que nosso falho sistema musical produz música muito inferior à deles. Exemplos que encontramos na bíblia Há muitos exemplos, sugestão de leitura nos livros: I Sam 16,23 - Rs 3,1 4-18 - I Cor 15,16-22. Na verdade, tudo isto é de fundamental importância, pois nos ensina que o ministério de música era, para os levitas (os músicos) e para Davi, algo organizado e definido. Também fica explícito de que não era algo improvisado, formado apenas na hora da necessidade. O ministério de música deve ser planejado, estruturado e orado. Se naquela época já era assim, quão maior são as nossas responsabilidades atualmente e o dever pela dedicação. E se os instrumentistas do mundo se esmeram horas a fio para aprimorar suas técnicas em favor apenas de si mesmos (objetivos pessoais ou profissionais), quanto mais nós os ministros de música na igreja também devemos ser bem instruídos para louvar o nosso DEUS e senhor! Leia os livros: I Cor 14,15 - Ef 5, 18-21 - Apoc 14,1-5 O Ministério da Música é um dos mais tentados pelo adversário de nossas almas, em contrapartida também é um dos mais abençoados pelo nosso DEUS que ama a música profundamente. Saiba de algo fascinante: a música também é a linguagem que DEUS escolhe para usar em Seu regozijo a nosso respeito. Leia: Sofonias 3:17
  • 17. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 17 Salmos, hinos e cânticos espirituais Salmos: eram os mesmos contidos no Antigo Testamento, transformados em hinos de adoração. Hinos: eram as composições de louvor a DEUS e ao Senhor Jesus Cristo cujas letras não tinham sido extraídas do livro de Salmos. Cânticos espirituais: englobavam uma gama maior de composições líricas, inclusive os outros dois tipos mencionados. Para termos a certeza de que o Senhor se agrada de um cântico (voz, música e letra), devemos submetê-lo ao crivo de Filipenses 4:8. É verdadeiro? É honesto? É justo? É puro? É amável? É de boa fama? Há nele alguma virtude e algum louvor? Tudo o que fazemos deve ser para a glória de DEUS (I Coríntios 10:31). É de boa a fama o rock ou o samba? Desde a sua origem, estes estilos estão relacionados com imoralidade, perversão moral ou social, violência e etc; entre outros ritmos que carregam nosso corpo impurezas e corrompem nossos pensamentos. E o que dizer de estilos como funk, reggae, axé, hip-hop e forró? Não precisamos detalhar mais. Podemos louvar a DEUS porque Ele é poderoso. A Bíblia diz em Salmos 21:13 “Exalta-te, Senhor, na tua força; então cantaremos e louvaremos o teu poder.” Existem três maneiras de se ouvir música: Com o corpo: quem ouve com o corpo se deixa dominar pelo “embalo” da música (andamentos e ritmos exagerados, efeitos desnecessários). Com a emoção: quem ouve emotivamente permite que a música comande os seus sentimentos e emoções. Com o intelecto: essa é a forma correta de se ouvir & sentir, sabendo discernir a música. E isso só é possível quando não se prioriza o ritmo. O culto a DEUS deve ser espiritual (tratar da alma) e, ao mesmo tempo, racional (ao respeito dos padrões e ordem). Leia em João 4:24; Romanos 12:1; I Coríntios 14:15. Não devemos cantar e tocar sem louvar ao Senhor, como acontecia nos dias do profeta Isaías (29:13). As palavras de louvor devem nascer em um coração preparado (Salmos 57:7), mas somente as letras cristãs ou bíblicas não são suficientes para tornar um cântico apropriado para o louvor. Lembre-se: o cântico só é espiritual quando todos os seus elementos (voz, letra e música) também são espirituais. Em Colossenses 3:16, está escrito: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração”. Considerando que cântico é o encontro entre a voz (homem), a música (melodia) e a letra (palavras do canto), quando esses três elementos são consagrados a Deus e aceitos por Ele, temos um cântico espiritual.
  • 18. Página 18 A música é formada por três principais elementos: Melodia: sucessão ascendente e descendente de sons a intervalos e alturas variáveis, formando frases; é adornada pela harmonia e acentuada pelo ritmo, embora possa ser compreendida isoladamente. Harmonia: combinação de sons simultâneos, emitidos no mesmo tempo, onde sua base é a tonalidade; e como princípio organizador a estrutura do acorde. Ritmo: sucessão regular de tempos fortes e fracos cuja função é estruturar uma obra musical. Como a música se relaciona com o nosso espírito e nos une a DEUS: Esses três elementos musicais (melodia, harmonia e o ritmo) se relacionam com o homem dividindo-se em nós pelo: espírito, alma e corpo. Nesse caso, o elemento mais importante da música, a melodia, relaciona-se com a parte mais profunda do ser humano, o seu espírito. Fazendo a música espiritual que agrada a DEUS enquanto nos colocamos em comunhão com nosso Pai Celestial, isto faz o elo com o Céu e por momentos ou instantes estaremos totalmente desligados dos sentidos terrenos e estaremos sentindo e vivendo uma experiência com DEUS. Etc. Assim, o estilo musical apropriado para o cântico de adoração é o que tem como essência a melodia, pois é ela que se relaciona com o espírito (João 4:23-24). Há estilos carregados de agressividade e barulho, que apenas balançam o corpo, e não o coração, porque são rítmicos ao extremo; isto é, priorizam o ritmo, e não a melodia. Melodia: relaciona-se com o espírito; Harmonia: relaciona-se com a alma; Ritmo: relaciona-se com o corpo. De acordo com I Tessalonicenses 5:23, DEUS nos santifica a partir do espírito (melodia). Mas muitos ignoram isso e, como se o versículo dissesse: “corpo, alma e espírito”, priorizem o corpo. Meditemos no que Paulo, inspirado pelo Espírito, disse aos gálatas: “Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” (Gálatas 3:3). Sempre devemos louvar a DEUS Louvemos a DEUS diariamente. A Bíblia diz em Salmos 61:8 “Assim cantarei louvores ao teu nome perpetuamente, para pagar os meus votos de dia em dia.” Louvemos a DEUS por transformar o desgosto em felicidade. A Bíblia diz em Salmos 30:11-12 “Tornaste o meu pranto em regozijo, tiraste o meu cilício, e me cingiste de alegria; para que a minha alma te cante louvores, e não se cale. Senhor, DEUS meu, eu te louvarei para sempre.” Louvemos a DEUS pela Sua bondade. A Bíblia diz em Salmos 107:8-9 “Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! Pois ele satisfaz a alma sedenta, e enche de bens a alma faminta.”
  • 19. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 19 Música O único ministério no Reino dos Céus Sua origem desde Adão Contribuição de muitos povos Estudo avançado: o papel do músico na igreja Deus seja louvado
  • 20. Página 20 Música O único ministério no Reino dos Céus “Música é a arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma, mediante o som.” Podemos extrair desta definição que a música é uma arte, que lida com os sentidos da alma e, para externá-los, tem como matéria-prima: o som. De acordo com a Bíblia a música como profissão é herança da descendência de Caim: Henoc, Irad, Maviael, Matusael e Lamec, pai de Jubal, na prática o primeiro músico: “(...) ele foi o pai de todos os que tocam lira e charamela”(Gn 4,21). O termo “música” vem do adjetivo “músico” ou musical, relativo às personalidades gregas relacionadas com as artes. Os gregos e os egípcios – Entre os gregos atribui-se a invenção da música a Apolo, a Cadmo, a Orfeu e a Anfião. Entre os egípcios, a Tot ou a Osíris, entre os judeus, a Jubal. A tradição cristã reteve grande parte do simbolismo de Pitágoras, interpretado por Santo Agostinho e por Boelcius. Os historiadores louvam a Pitágoras que inventou um monocórdio para determinar matematicamente as relações dos sons. Lassus, o mestre de Píndaro escreveu teoricamente sobre música em 540 A.C. Os chineses – Dois mil anos antes disso, os chineses já conheciam a música, com o estabelecimento da oitava com doze semitons, no tempo do imperador Haung-Ti. Os celtas – Em torno de 2.697 anos a C. entre os celtas a música tradicional se tocava na harpa, sendo os sopros reservados para a diversão e a guerra. (...). Entre eles existiam três modos de música para harpa: o modo do sono, o modo do sorriso e o modo da lamentação. Se a música é a ciência das medidas, da modulação, concebe-se que ela comande a ordem do cosmo, a ordem humana e a ordem Instrumental. Ela será “a arte de atingir a perfeição” (Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Dicionário de símbolos). Muitas outras definições para música podem ser coletadas, entre as quais: “Música é a arte dos sons, combinados de acordo com as variações da altura, proporcionados segundo sua duração e ordenados sob as leis da estética” (Maria Luíza Priolli) “A música é a arte de pensar com os sons, um pensamento sem conceitos” (Jules Combarieu)” “Música é a sublime expressão do amor universal é o pressentimento de coisas celestiais” (Beethoven) “Música é algo muito difícil de mostrar ao mundo o que sentimos em nós mesmos” (Tchaikovsky) “Música uma coisa que se tem pra vida toda, mas não toda uma vida pra conhecê-la” (Rachmaninov) “Música é a manifestação humana que organiza os sons e ruídos desintelectualizados no tempo” (Mário de Andrade) “Arte e ciência de combinar os sons de modo agradável ao ouvido” (Aurélio, Novo Dicionário da Língua Portuguesa) “Arte de coordenar fenômenos acústicos para produzir efeitos estéticos” (Enciclopédia Britânica – Barsa) “Conjunto de símbolos musicais gráficos, que servem para transmitir ao executante a idéia do compositor” (EPB) “Arte que utiliza os sons combinados entre si como linguagem e elemento de comunicação” (Enciclopédia Mirador)
  • 21. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 21 “Música é a arte e ciência da combinação dos sons” (Francisco Fernandes, Dicionário Brasileiro Contemporâneo) “Música é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo uma pré- organização ao longo do tempo” (Wikipedia) “Música é definida como o som em combinações puras, melódicas ou harmônicas produzido por voz ou instrumento” “Música a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende” (Shakespeare) Música cotidiana A “música na história” trabalha com a ideia de que toda música é a expressão de um grupo humano, refletindo o cotidiano, necessidades e caráter de um povo. Cada estilo, antes de uma sucessão de linguagens para os sons é acima de tudo a representação artística de uma civilização ou comunidade, em um dado momento da sua história. Entre os índios brasileiros, a música é altamente vinculada às ações do dia-a-dia: música de caça, música de oração, de cozinhar, etc. Já na ‘vida moderna’ a música está presente em nossa vida civilizada tanto no vai-e-vem das modas descartáveis quanto no que chamamos “ícones musicais”: músicas estabelecidas que celebram aniversário, oração, casamento, funeral, carnaval, guerra, música de suspense, música para o circo, música para chorar... e, quando se une à poesia, música romântica, música para comerciais, cinema entre outros tantos. Referências diversas A maior parte da música já produzida com letra em todos os tempos, celebra paixão, felicidade amorosa, abandono, ciúme, desejo, saudade, ou seja, todas as situações possíveis e imagináveis. Atualmente existe uma associação bastante forte de que uma música com tons menores e andamentos lentos vai refletir tristeza ou sentimentalismo e a música com tons maiores e andamentos rápidos para alegria e energia. As referências à música na Bíblia passam pelas suas três funções: música de cura, música de adoração e música de festa. A relação dos sons musicais com a saúde humana é fato comprovado desde quando a mente perturbada de Saul era curada pela música (1Sm 16,23). Hoje a musicoterapia é uma graduação universitária. Eliseu pagou um músico para que o assistisse na busca de inspiração profética (2Rs 3,15). A música está presente na totalidade dos cultos religiosos existentes, além de ser associada ao culto à pátria, culto à natureza, entre outros tantos. O primeiro músico virtuoso e compositor foi Davi: “A tradição de que Davi era um hábil músico aparece nas partes mais antigas dos seus relatos. Ele próprio tocava harpa diante da Arca (2Sm 6). Assim, a tradição de que ele tenha sido o principal artífice da organização primitiva da música se baseia em uma sólida memória na história”.
  • 22. Página 22 Estudo: o papel do músico nas igrejas Acompanhar o canto congregacional Leia também sobre o novo hinário O papel de cada músico integrante da orquestra nos templos da Congregação Cristã é o de tão somente acompanhar o canto congregacional, isto é, o canto da irmandade. Os hinos são pura música coral (dividida em 4 vozes: soprano, contra-alto, tenor e baixo) executada pela irmandade, tem uma nota para cada sílaba de texto para facilitar o canto. Cabe aos músicos a responsabilidade de repetir essas notas como se os instrumentos musicais estivessem cantando a parte coral, isto é, a melodia; mas com menor intensidade de som (volume) em relação às vozes decanto da irmandade. Não existe arranjo orquestral ou entradas para solistas, tudo é pensado e organizado de maneira muito simples, sem preparo para sofisticação musical ou performática. Pratique todo o Louvor com sabedoria, diligência e respeito. Sobre o hinário CCB O hinário da Congregação Cristã no Brasil é intitulado de "Hinos de Louvores e Súplicas a DEUS" e encontra-se na sua 4ª edição, datada de 1965, quando foram adicionadas novas melodias e poesias. Muitas melodias são de autores norte americanos e italianos, com algumas poesias traduzidas e semi-traduzidas do inglês e do italiano. São atualmente 450 hinos e entre eles há melodias especiais para batismos, santas ceias, funerais, 50 para as "Reuniões de Jovens e Menores" e sete coros. Atualmente está em desenvolvimento uma nova edição do hinário – 5ª edição – com previsão de 30 hinos adicionais e correções nos demais hinos existentes da 4ª. edição. O livro original chamava-se “Inni e Salmi Spirituali”, publicado em italiano no começo do século 20 pela “Assembléia Cristã Italiana de Chicago”, EUA. Os hinários com notação musical seguem o modelo europeu, contendo as claves de Sol e de Fá, e estão escritos para instrumentos em Dó, Mi bemol e Si bemol. Discernimento do músico espiritual Enquanto isto, a música executada para adoração a DEUS deve seguir princípios de sentido Sacro. Por outro lado, devido às influências ‘mundanas’ e modismos no mundo da época presente, os professores de música e os estudantes de música devem estar atentos para discernir os estilos e ritmos para não ser influenciado por modismos e formas de tocar durante o seu aprendizado (estejamos conectados com a comunhão no Espírito Santo de DEUS). Não devemos inovar com “ritmos da moda” nem ter simpatia por um estilo musical diferente dentro da igreja, os quais, são não apropriados para a adoração à DEUS, pois não agrada a Ele, ou seja, é música profana. Diz-se profano o que está em oposição ao sacro, aquilo que não é próprio para as funções do culto, e por isto não é próprio para Louvar a DEUS. Por isto, o papel do músico espiritual é elevar um Louvor com suavidade para a aceitação de DEUS.
  • 23. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 23 Ritmo: início do curso Introdução ao ritmo O quê é teoria musical? Contagem de notas Propriedades do ritmo Solfejo de gráficos sonoros Deus seja louvado
  • 24. Página 24 Ritmo: início do curso Agora você começa a descobrir a importância da teoria musical para ter domínio sobre a prática musical e saber como ela pode nos ajudar, vamos descobrir passo-a-passo como fazer a contagem de notas – saber quais são e o que significa notas e pausas, descobrir como contar a as pulsações de tempo, como ler unidades de tempo, e familiarizar- se com ritmo e dinâmica. Se você é novo na teoria da música, aqui é onde tudo começa: a pulsação do ritmo que trata o andamento da música, neste momento falaremos do tamanho das medidas de tempo (e não do estilo de ritmos). O quê é teoria musical? O valor da teoria musical Uma das coisas mais importantes para se lembrar sobre teoria musical é que a música veio primeiro. A música existe há milhares de anos antes e a teoria veio para explicar o que as pessoas estavam tentando realizar quando faziam sons nos tempos mais remotos mesmo sem entender teoria musical. Os conceitos e regras da teoria da música são muito parecidos com as regras da língua escrita, pois as regras gramaticais vieram muito depois desde que as pessoas se comunicam em diversos idiomas em todo o mundo. Aprender a ler música é exatamente como aprender uma nova língua, a ponto de uma pessoa ser fluente para “ouvir” uma “conversa” musical quando ler um pedaço de partitura. Existem muitas pessoas no mundo que não sabem ler nem escrever, mas conseguem se comunicar bem falando de seus pensamentos e sentimentos. Por isto, a teoria musical é importante para ajudar-nos a ler e escrever musicalmente falando. Como a teoria musical vai ajudar a minha música? Se você não conhece teoria musical, talvez pode imaginar que a música é algo que pode começar com qualquer nota, ir para onde quer, que o músico pode tocar com a intensidade ou força que preferir, e só parar quando sentir vontade por conta própria; mas isto seria confuso, o resultado desastroso e o esforço do músico seria inútil. Por isto, saber os principais símbolos e princípios da teoria musical nos ajuda a compreender como fazer uma música organizada, criar uma forma de comunicação com seus ouvintes, definir alturas e timbres de bom gosto e principalmente organizar corretamente as suas propriedades. Aprender sobre teoria musical também é incrivelmente inspirador. Cada novo descobrimento é como uma lâmpada se acendesse sobre a sua cabeça e deixasse um novo aprendizado para ser alicerce do próximo descobrimento, pois o desejo de experimentar uma nova técnica musical nos dá confiança muita curiosidade para saber a próxima lição. Os benefícios da teoria musical A música é reconhecida por muitos pesquisadores como uma espécie de modalidade que desenvolve a mente humana, promove o equilíbrio do corpo, alma e coração; proporcionando um estado agradável de bem-estar, facilitando a concentração e o desenvolvimento do raciocínio. Platão dizia que “a música é um instrumento educacional mais potente do que qualquer outro”. Aprender a ler música é como aprender um novo idioma, uma nova língua.
  • 25. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 25 Condições para aprender música Boa memória, muito estudo e dedicação Seguramente respondemos que para aprender música o candidato precisa ser muito interessado para adquirir através de (muito) estudo e dedicação:  a memória auditiva (lembrança de sons);  a memória mecânica (técnica instrumental);  a memória visual (reconhecimento das figuras e símbolos musicais). Começaremos nosso estudo com a origem e reconhecimento da grafia do código musical onde a memória visual vai atuar para conhecer o tamanho dos tempos musicais com o solfejo e pulsação. Observa-se muita dificuldade na associação entre a música executada e sua grafia musical porque:  a arte musical executada é acústica, aérea, invisível e condicionada ao tempo, e,  a arte musical codificada é silenciosa, espacial com caracteres estáticos. Descobriremos juntos que o aprendizado constante e o desenvolvimento em grupo, o músico aumenta em muito a abrangência de sua atuação na arte musical, então vale a pena o esforço e dedicação. As propriedades são:  memória visual (leitura da grafia / figuras), aliada à  memória auditiva (a mais importante delas / o som), e à  memória mecânica (técnica instrumental). Contagem de notas Entendendo o ritmo, pulsação, tempo e valores de notas Todo mundo já ouviu música e em algum momento foi pedido para batermos as palmas de nossas mãos. Por isto, contar uma pulsação é exatamente onde nós temos que começar com a música (a pulsação). Sem compreender o ritmo, não existe ordem para fazer a música e nada acontece para as coisas entrarem no lugar na orquestra. Apesar de todas as outras partes da música ser muito importantes (afinação, melodia, harmonia e assim por diante), sem ritmo (pulsação constante de ordenada) nós não teremos uma música organizada. Não se preocupe, pois você não tem que ser perfeito como um relógio de pulso ou um metrônomo para manter o ritmo exatamente igual a próxima pulsação rítmica. Tudo ao nosso redor tem um ritmo (um tipo de pulsação); como o motor de um carro, a respiração de bebês e o nosso próprio batimento cardíaco. Pulso: um pulso ou uma pulsação é a parte unitária do tempo, um relógio é um bom exemplo. A cada minuto o ponteiro de segundos se movimenta (pulsa) 60 vezes. Ou seja, sessenta batimentos regulares a cada minuto. Se você acelerar ou desacelerar a mão para a próxima batida, então você está mudando o ritmo da batida, aí teremos uma pulsação irregular e fora de ritmo. Cada música nos diz como devemos tocar e qual vai ser a duração de cada pulsação e a velocidade do andamento. Ritmo: é o padrão de pulsos regulares ou irregulares. Pulsação: série de repetições, pulsações constantes que divide o tempo em tamanhos iguais. Cada pulsação também é chamada de batidas, mas usaremos sempre o termo pulsação. Tempo: é a taxa ou a velocidade da batida. Quando você pensa em uma música, logo você pensa em um som.
  • 26. Página 26 Propriedades do ritmo A duração do som e do silêncio é representada por figuras que fornecem o tempo exato de duração. Nesse momento, o som passa a ser organizado pelo ritmo. Agora usaremos as gráficos de barra para definir a explicação e alguns exercícios visuais com a duração do tempo. Pulso É a regularidade do tempo. Cada pulso deve ser regular (ter partes iguais e andamento constante): Acento métrico É a acentuação periódica e regular dos pulsos: Acentuações de 2 em 2 pulsos Acentuações de 3 em 3 pulsos Acentuações de 4 em 4 pulsos Desenho rítmico É a combinação de durações curtas e/ou longas que faz como o nome diz, o desenho rítmico da obra musical. Andamento É a velocidade de repetição da pulsação, podendo acelerar ou retardar o tempo entre um pulso e outro: Pulsações mais lentas Pulsações mais rápidas O ritmo tem quatro propriedades: pulso, acento métrico, desenho rítmico e andamento. FORTE fraco FORTE fraco FORTE fraco FORTE fraco fraco FORTE fraco fraco FORTE fraco fraco FORTE fraco fraco fraco FORTE fraco fraco fraco
  • 27. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 27 Solfejo Solfejo é um exercício musical usado para aprender a ler ou entoar os nomes das notas de uma peça musical. A pessoa que solfeja, chamamos de: Solfista. O solfejo está dividido em 3 tipos: a) Solfejo rítmico: estuda-se combinações das durações dos sons em seus grupos rítmicos. b) Solfejo melódico: estuda-se a entonação das notas em suas devidas alturas. c) Solfejo métrico: estudam-se as notas, respeitando a divisão rítmica, não obedecendo a altura das mesmas. Gráficos sonoros Solfejo rítmico Pense em música como uma linguagem Pense na música como as letras do alfabeto, isto é o básico para a construção de uma peça musical. Agora vamos medir os valores com as barras e perceber como isto é importante na música, porque se você alterar os valores em um determinado trecho musical, isto pode alterar totalmente a forma de tocar e a estrutura rítmica não será obedecida. Vamos usar as barras para praticar o solfejo rítmico e combinar: pulso (constante), acento métrico (periódico), desenho rítmico (valores misturados) e o andamento (velocidade). EU SOU UM CORDEIRINHO (ALEGRE) Eu sou um Cordeirinho... ...Jesus é meu Pastor. Sou um feliz menino... ...nos braços do Senhor. Solfejar é ler os nomes das notas de uma peça musical. , ,
  • 28. Página 28 NÓS TE LOUVAMOS (LENTO) Nós Te louvamos, por fé, sumo DEUS... ...e imploramos Teu grande favor. FAZ-ME OUVIR TUA VOZ (MODERADO) 1) Faz-me ouvir tua voz gloriosa; // 2) Sou tua igreja, dileta esposa; 1) Ó caro Esposo e meu salvador // 2) Sinto por ti inefável amor. OH! QUE AMOR CELESTE! (ANDANTE) Bem perto está dos Seus fiéis.... ... Jesus, o grande Mestre. , , , ,
  • 29. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 29 Figuras de valor Nomes e figuras de valor positivo e negativo Nome da figura musical Apelido Som = Musical Figura de valor positivo Pausa = Silêncio Figura de valor negativo Semibreve Unidade de valor 1 Mínima 2 Semínima 4 Colcheia 8 Semicolcheia 16 Fusa 32 Semifusa 64 Outro exemplo da hierarquia de valores proporcionais: Existem 7 (sete) figuras de valor positivo (som) e sua figura de valor negativo (pausas) de igual duração entre si. Semibreve Mínima Semínima Colcheia Semicolcheia Fusa Semifusa É o sinal que indica a duração do som e do silêncio. som pausa 1 Semibreve 2 Mínimas 3 Semínimas 8 Colcheias 16 Semicolcheias
  • 30. Página 30 Quadro comparativo de valores positivos Cada nível desta árvore de figuras musicais de valor positivo (som) exibe a duração proporcional de valores. No topo está a figura principal, abaixo a figura que vale metade, e assim sucessivamente. Estas são as figuras de valor mais comuns – cada figura seguinte tem exatamente metade do valor da figura anterior. Outra maneira de pensar no valor das figuras musicais é imaginar o todo como uma torta redonda. Para dividir em quatro notas, corte-a em quartos. Corte a torta em oito pedaços e vai ter um oitavo de notas, e assim por diante. Dependendo do tempo de assinatura da peça musical, o número de batidas por nota pode variar. Correspondência de valores das figuras musicais: Semibreve 2 4 8 16 32 64 Semínima 2 4 8 16 32 Mínima 2 4 8 16 Colcheia 2 4 8 Semicolcheia 2 4 Fusa 2 1 2 4 8 16 Semibreve Unidade de valor Mínima Metade da semisbreve Semínima Quarta parte da semibreve Colcheia Quarta parte da semibreve Semicolcheia Oitava parte da semibreve
  • 31. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 31 Representação gráfica da equivalência de valores entre as figuras musicais de valor: 1 SEMIBREVE = 2 MÍNIMAS = 4 SEMÍNIMAS 1 MÍNIMA = 2 SEMÍNIMAS = 4 COLCHEIAS 1 SEMÍNIMA = 2 COLCHEIAS = 4 SEMICOLCHEIAS
  • 32. Página 32 Quadro comparativo de valores negativos Cada nível desta árvore de figuras musicais de pausa (duração do silêncio) exibe a duração proporcional dos valores negativos. No topo está a figura principal de pausa, abaixo a figura que vale metade, e assim sucessivamente. Representação gráfica da equivalência de valores entre as figuras musicais de pausa: 1 SEMIBREVE = 2 MÍNIMAS = 4 SEMÍNIMAS 1 MÍNIMA = 2 SEMÍNIMAS = 4 COLCHEIAS 1 SEMÍNIMA = 2 COLCHEIAS = 4 SEMICOLCHEIAS 1 2 4 8 16 Nota cheia Unidade de valor Meia nota Quarto de nota Oitavo de nota Dezesseis partes da nota Pausa da semibreve Pausa da mínima Pausa da semínima Pausa da colcheia Pausa da semicolcheia
  • 33. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 33 Regras de grafia Devemos seguir algumas regras de grafia na escrita musical. As figuras de notas podem ser compostas de três partes: As figuras escritas abaixo da 3ª linha têm a haste voltada para cima e à direita da cabeça. As figuras escritas acima da 3ª linha têm a haste voltada para baixo e à esquerda da cabeça. As escritas na 3ª linha podem ter a haste para cima ou para baixo. O tamanho da altura da haste deve corresponder a uma oitava: Forma de escrita da colcheia: O colchete é sempre voltado para a direita, com as hastes escritas conforme a regra anterior: Exemplo dos colchetes ligados por uma linha: Formas variadas de escrita da colcheia, semicolcheia e fusa: Em um grupo de figuras, os colchetes também podem ser ligados por um ou mais traços, dependendo da figura: Exemplo dos colchetes ligados por duas linhas: Exemplo dos colchetes ligados por três linhas: Haste Cabeça Colchete
  • 34. Página 34 Percepção rítmica Agora que já sabemos onde vamos usar a nossa música, que sua principal propriedade é o ritmo e que a música é como aprender uma nova linguagem de comunicação, chegou a hora de descobrir como fazer a divisão de pulsos, mantê-la no ritmo com tempos iguais tal como é o papel do músico com seu instrumento musical na orquestra. A única maneira de aprendermos isto é praticando, praticando e praticando. Seguir a pulsação da música é algo que você vai aprender para ter sucesso nos estudos musicais; vai precisar praticar sempre com muita dedicação. Dica: uma maneira fácil de trabalhar com ritmo constante é usando o metrônomo; eles são muito baratos, você pode configurar a velocidade do tempo e várias formas para que seu aprendizado esteja confortável. Vamos descobrir como usar a palma da mão nas figuras de valor (som): Nos primeiros exercícios de divisão rítmica, o Método Pozzoli apresentará compassos simples onde a unidade de tempo é a figura de Semínima para a rápida compreensão dos estudantes na prática de solfejo. Como fazer? Pulsações Quantidade de batidas Som = Musical Figura de valor positivo Correspondência Comparação de valores Quatro pulsações inteiras: bata a palma e mantenha as mãos unidas até o fim da contagem: “palma”, dois, três, quatro. 4 tempos Tá Duas pulsações inteiras: bata a palma e mantenha as mãos unidas até o fim da contagem: “palma”, dois. 2 tempos Tá Três pulsações inteiras: bata a palma e mantenha as mãos unidas até o fim da contagem: “palma”, dois, três. 3 tempos Tá A figura pontuada aumenta o valor na metade do tempo da figura. Representa a nossa unidade de tempo da batida de palma. Bata a palma uma vez. 1 tempo Tá Duas pulsações inteiras: bata a palma e mantenha as mãos unidas até o fim da contagem: “palma”, dois. 1 tempo Tá A figura conectada pela ligadura prolonga o valor de tempo das figuras ligadas. Divida a unidade de tempo em duas pulsações rápidas. Bata duas palmas no tempo de uma figura de semínima. 1/2 tempo Ta-ti Divida a unidade de tempo em quatro pulsações rápidas. Bata quatro palmas no tempo de uma figura de colcheia. 1/4 tempo Ta-ti-tu-ti
  • 35. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 35 Solfejar figuras musicais Solfejo métrico A seguir vamos praticar alguns exercícios para você saber exatamente como vai fazer nas lições do Método Pozzoli. Isto vai nos ajudar a registrar valores no cérebro e identificar o efeito das pulsações na palma da mão e na contagem mental. Na pronúncia vamos adotar a técnica Tá-ti & Tu-ti onde a palma vai marcar a pulsação do tempo (sinal “P”) enquanto pronunciamos nossa contagem (conforme as dicas da tabela na página anterior). Os números determinam a contagem mental do valor da figura (apenas na mente) sem bater a palma da mão novamente. Legenda da palma e da pronúncia: Palma/2/3/4 Palma/2/3/4 Palma Palma/2 Palma Palma/2 Palma/2 Palma/2/3/4 Tá Tá Tá Tá Tá Tá Tá Tá P P+P P/ 2 P/2/3/4 P/2/3 P P+P P2/3 P/2 P/2 Tá Tá-Ti Tá Tá Tá Tá Tá-Ti Tá Tá Tá Legenda da palma para praticarmos a pronúncia: P 2 3 4 P/2/3 P P/2/3/4 P/2/3/4 P P P/2 P/2 P/2 P/2/3 P P/2/3/4/5 P/2/3 P/2 P/2
  • 36. Página 36 Estudo: história da música & orquestra Grandes períodos da música, formações e layouts Da pré-história à música atual contemporânea Pré-história (dos primórdios ao nascimento de Jesus Cristo) A música nasceu com a natureza, ao considerarmos que seus elementos formais, som e ritmo, fazem parte do universo e, particularmente da estrutura humana. O homem descobriu os sons que o cercavam no ambiente e aprendeu a distinguir os timbres característicos da canção das ondas se quebrando na praia, da tempestade e das vozes dos vários animais selvagens. Música na antiguidade (do nascimento de Cristo até 400 D.C.) O mistério continuou a envolver a música da antiguidade pela inexistência de uma notação musical clara. No entanto, as antigas civilizações cultivavam a música como arte em si mesma, embora ligada à religião e à política. Nas grandes civilizações antigas - Egito, Grécia, Roma - a música tinha um papel fundamental em todas as atividades do dia-a-dia. Música medieval (400 - 1400) O período é marcado pela música modal praticada nas “himnodias” e “salmodias”, no canto gregoriano, nos “organuns polifônicos”, nas composições polifônicas e música dos trovadores e/ou troveiros.Principais compositores: Hildegarda de Bingen, Leonin, Pérotin, Adam de la Halle, Philippe de VitryGuillaume de Machaut, John Dunstable, Guilaume Dufay e Johannes Ockeghem. Renascimento (1400 - 1600) Nos séculos XV e XVI a música vocal polifônica passa a conviver com a música instrumental nascente. Destacam-se a polifonia franco-flamenga (França e região de Flandres parte da Holanda e Bélgica atuais), a polifonia da escola romana e a música dos madrigalistas italianos. Principais compositores: Alexnder Agricola, Josquim des Prez, Thomas Tallis, Jacob Clemens non Papa, Giovanni Pieluigi da Palestrina, Orlando de Lasso, William Byrd, Carlos Gesualdo e Claudio Monteverdi. Barroco (1600 - 1730) Neste período predomina uma música vocal instrumental voltada para o texto a ser cantado. É a época das primeiras óperas, das grandes cantatas e oratórios e da fuga, definindo o início da música tonal. A polifonia, com as vozes melódicas independentes do coro, cede lugar à homofonia. Principais compositores: Claudio Monteverdi, Jean- Baptiste Lully, Johann Pachelbel, Arcangelo Corelli, Henry Purcell, Alessandro Scarlatti, François Couperin, Tomaso Albinoni, Antonio Vivaldi, Georg Philipp Telemann, Jean Philippe Rameau, Johann Sebastian Bach, Domenico Scarlatti, Georg Friedrich Handel, Giovanni Battista Sammartini, Giovanni Battista Pergolesi. Pré-Classicismo Desde o início a ópera é a música mais popular na Itália, fazendo a transição entre o barroco e o classicismo. O seu principal compositor é Alessandro Scarlatti (1660-1725), pai de Domênico Scarlatti (1685-1757), e a cidade de Nápoles foi o centro da atividade operística.
  • 37. NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 37 Clássico ou Classicismo (1730 - 1810) O passo definitivo para a música tonal é dado com a sonata clássica. Nela os momentos de tensão e relaxamento tornam-se a base da construção formal de obras para instrumento solo e posteriormente para quartetos de cordas, trios e sinfonias. Haydn e Mozart fazem da sonata a forma musical mais importante do final do século XVIII e início do século XIX. Principais compositores: Giovanni Battista Sammartini, Carl Philipp Emanuel Bach, Johann Christian Bach, Karl Ditters von Dittersdorf (1739 - 1799), Andrea Luchesi, Giovanni Paisiello, Christoph Willibald von Gluck, Franz Joseph Haydn, Michael Haydn, Luigi Boccherini, Carl Stamitz, Wolfgang Amadeus Mozart, Domenico Cimarosa, José Maurício Nunes Garcia (Brasil), Beethoven, Carl Maria von Weber, Franz Schubert, Antonio Salieri. Pré-Romantismo (1790 - 1820) Entre o fim do século XVIII e o começo do século XIX, o rígido formalismo clássico estava em declínio, sem que, no entanto, nenhum outro estilo se pusesse à vista. Romantismo (1810 - 1880) Sobre bases tonais sólidas, o período romântico é o derradeiro momento da música tonal. As formas livres, lieds, prelúdios, rapsódias, o sinfonismo, o virtuosismo instrumental e os movimentos nacionais incorporam elementos alheios à tonalidade escrita do classicismo e esta lentamente se desfaz. Principais compositores: Beethoven, Franz Schubert, Robert Schumann, Felix Mendelssohn, Niccolò Paganini, Edvard Hagerup Grieg, Fryderyk Franciszek Chopin, Stanislaw Moniuszko, Carl Maria von Weber, Johannes Brahms, Hector Berlioz, Antonín Dvořák, Jan Sibelius, Bedřich Smetana, Franz Liszt, Gustav Mahler, Anton Bruckner, Sergei Rachmaninoff, Richard Wagner, Giuseppe Verdi, Giacomo Puccini, Gaetano Donizetti, Gabriel Fauré, Richard Strauss, Camille Saint-Saëns, Pyotr Ilyich Tchaikovsky, Modest Mussorgsky, Pietro Mascagni, Gioacchino Rossini. Impressionismo (1880 - 1920) Esse movimento surge na França, em meados do século XIX, como um novo modo de percepção do mundo, que se reflete principalmente na música e nas artes plásticas. A arte do extremo oriente de inspiração dos impressionistas se revela na valorização da sonoridade dos instrumentos e dos jogos harmônicos. Modernismo (1910 - 1940) As catástrofes sociais que abalaram o mundo na primeira metade do século XX mostraram o quanto era falso continuar fazendo música em termos de passado. Música contemporânea Decorre diretamente do serialismo de Webern, da música de Olivier Messiaen (1908-1992) e do italiano Luigi Dallapicolla (1904-1975). Consiste em um sistema em que são acrescentadas à série de alturas uma série de durações, uma série de intensidade e uma série de timbres. Música erudita no Brasil A mais remota referência à música no Brasil encontra-se na carta de Pero Vaz de Caminha, que relata ao rei de Portugal a musicalidade dos nativos. Outras referências aparecem nas anotações do padre Manoel da Nóbrega que chega ao Brasil com os primeiros jesuítas, a partir de 1549, mencionando também as melodias gregorianas.
  • 38. Página 38 Definição de orquestra Uma orquestra é um agrupamento instrumental utilizado, sobretudo para a execução de música erudita. A palavra orkhéstra ou orkèstra vem, no entanto, da Grécia clássica e designava o espaço físico dos anfiteatros (os teatros ao ar livre), no qual ficavam os cantores, os dançarinos e os músicos. 'Orkhéstra' provém do verbo 'orcheisthai', que significava 'dançar' ou 'eu danço'. O vocábulo grego passou ao latim como 'orchestra' com o mesmo significado, como documentam os escritos de diversos poetas romanos. No século I, Vitrúvio e Suetônio a utilizaram para designar o lugar destinado aos senadores no teatro romano ao ar livre. Na Grécia, durante o século V a. C., os espectáculos eram apresentados em teatros ao ar livre, chamados anfiteatros. Orquestra era o nome dado ao espaço que se situava em frente à área principal de representação e que se destinava às evoluções do coro, que cantava e também dançava. Neste local ficavam também os instrumentistas No início do século XVII começaram a ser apresentadas as primeiras óperas que tinham originalmente a intenção de imitar os dramas gregos e, portanto, a mesma palavra, orquestra, foi usada para designar o espaço entre o palco e a audiência ocupado pelos instrumentistas. Mais tarde, orquestra passou a designar o próprio grupo de músicos e o conjunto de instrumentos que eles tocavam. A concepção moderna de uma orquestra surgiu na Europa e é, na verdade, o ápice de quase cinco séculos de evolução, com muitas mudanças e variadas dimensões. Seu objetivo é reunir homogeneamente, como numa fusão, os elementos acústicos e os timbres de diferentes tipos de instrumentos, tornando-se um só grande instrumento. Foi na Itália do começo do século 17, sob a influência da Renascença clássica, que o termo orquestra passou a ser utilizado novamente, para designar o espaço físico onde ficavam os músicos, entre o palco e o público, nas apresentações das primeiras óperas, réplicas dos antigos dramas gregos. Dentro desse conceito. os primeiros grupos classificados como “orquestras” foram aqueles determinados pelo veneziano Giovani Gabrielli (1557-1612) para o acompanhamento de suas ’’Sinfonias Sacras’’ compostas por volta do ano de 1600. Quase simultaneamente, em Florença, Cláudio Monteverdi (1567-1643) também definiu uma orquestra para o acompanhamento de sua ópera “Orfeo”, composta em 1607. Breve histórico da orquestração O aumento nos naipes de sopro levou à necessidade de uma quantidade gigantesca de músicos para o naipe das cordas, para que seu volume pudesse ser equilibrado aos demais naipes da orquestra, posto que cada instrumento da família das cordas possui individualmente volume muito inferior aos instrumentos das madeiras e dos metais. Esse aumento progressivo no tamanho da orquestra levou a duas direções do ponto de vista da técnica musical de orquestração: (1) a orquestra tornou-se um grupo de muito maior potência sonora, acompanhando a tendência de aumento do tamanho das salas de concerto e do público; (2) permitiu aos compositores uma gama maior de combinações de timbres, o que numa comparação com as cores na pintura acabou recebendo a qualificação de “palheta orquestral”.