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Tarefa 2, 2ª parte de Paulo Melo
       Comentário à parte 1 da colega Etelvina Lamas

        1. Da análise crítica do trabalho da colega sublinho como ponto mais positivo
a análise sucinta e exaustiva que faz do funcionamento da biblioteca que coordena.
Mostra o seu dinamismo através da descrição que faz das actividades que desenvolve
e da referência ao elevado número de alunos que a utilizam. Evidencia ainda o bom
ambiente da mesma e o envolvimento dos alunos na sua organização. È uma descri-
ção de quem vive apaixonadamente a sua profissão, sem deixar de detectar os pontos
fracos que carecem de intervenção e preconiza acções de mudança. Quanto aos pon-
tos fracos, destaco a insuficiente caracterização do agrupamento em que se integra e
a referência demasiado marginal e genérica ao MAABE.

       2. A referência inicial à prática da auto-avaliação, incentivada por uma dinâmi-
ca de inovação iniciada na década de 80, mostra que a aposta neste tipo de iniciativas
cooperativas deu frutos e que nem tudo tem de ser inventado, devendo-se partir da
experiência vivenciada. Acontece, com alguma frequência, perder-se a memória da
nossa história profissional, encarando-a como um somatório de episódios sucessivos,
em que o último é sempre o que vai inventar a pólvora e constituir a verdadeira res-
posta a todos os problemas. O reconhecimento da inovação potenciada por uma
dinâmica de há muitos anos revela o profissionalismo da colega e a atitude séria com
que participa nessas dinâmicas, com efectiva incidência na sua actividade profissional.

        3. Identifica bem um dos principais desafios que se colocam às bibliotecas
escolares no presente contexto de mudança: a necessidade de envolver a equipa nos
processos de avaliação/inovação e de com ela partilhar tarefas e competências. Pro-
mover uma atitude proactiva entre os elementos da equipa da biblioteca, definir fun-
ções de acordo com o perfil de cada um deles, sensibilizar para a necessidade de for-
mação e gerar dinâmicas internas de formação internas à equipa são desafios que
partilho. Persiste ainda uma concepção tradicional sobre o serviço a prestar na biblio-
teca: estar lá à espera que os alunos solicitem apoio.

        4. A utilização recorrente do verbo continuar no capítulo ATITUDE A
EMPREENDER demonstra que a biblioteca coordenada pela colega possui uma práti-
ca consolidada de intervenção em vários domínios contemplados no MAABE. É pena
que não explicite de forma mais desenvolvida porque poderia constituir um exemplo da
boas práticas a partilhar e difundir, especialmente neste momento de aplicação gene-
ralizada do MAABE.

        5. A colega revela, no trabalho que realizou, um gosto evidente pelo trabalho
que desenvolve há longos anos, uma disponibilidade para encarar os desafios pouco
frequente em profissionais com tão longa experiência de exercício do cargo e constitui
para aqueles que mais recentemente assumiram responsabilidades de coordenação
de bibliotecas escolares um exemplo e um incentivo.




                                                      Porto, 19 de Novembro de 2009


                                                               Paulo Melo

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  • 1. Tarefa 2, 2ª parte de Paulo Melo Comentário à parte 1 da colega Etelvina Lamas 1. Da análise crítica do trabalho da colega sublinho como ponto mais positivo a análise sucinta e exaustiva que faz do funcionamento da biblioteca que coordena. Mostra o seu dinamismo através da descrição que faz das actividades que desenvolve e da referência ao elevado número de alunos que a utilizam. Evidencia ainda o bom ambiente da mesma e o envolvimento dos alunos na sua organização. È uma descri- ção de quem vive apaixonadamente a sua profissão, sem deixar de detectar os pontos fracos que carecem de intervenção e preconiza acções de mudança. Quanto aos pon- tos fracos, destaco a insuficiente caracterização do agrupamento em que se integra e a referência demasiado marginal e genérica ao MAABE. 2. A referência inicial à prática da auto-avaliação, incentivada por uma dinâmi- ca de inovação iniciada na década de 80, mostra que a aposta neste tipo de iniciativas cooperativas deu frutos e que nem tudo tem de ser inventado, devendo-se partir da experiência vivenciada. Acontece, com alguma frequência, perder-se a memória da nossa história profissional, encarando-a como um somatório de episódios sucessivos, em que o último é sempre o que vai inventar a pólvora e constituir a verdadeira res- posta a todos os problemas. O reconhecimento da inovação potenciada por uma dinâmica de há muitos anos revela o profissionalismo da colega e a atitude séria com que participa nessas dinâmicas, com efectiva incidência na sua actividade profissional. 3. Identifica bem um dos principais desafios que se colocam às bibliotecas escolares no presente contexto de mudança: a necessidade de envolver a equipa nos processos de avaliação/inovação e de com ela partilhar tarefas e competências. Pro- mover uma atitude proactiva entre os elementos da equipa da biblioteca, definir fun- ções de acordo com o perfil de cada um deles, sensibilizar para a necessidade de for- mação e gerar dinâmicas internas de formação internas à equipa são desafios que partilho. Persiste ainda uma concepção tradicional sobre o serviço a prestar na biblio- teca: estar lá à espera que os alunos solicitem apoio. 4. A utilização recorrente do verbo continuar no capítulo ATITUDE A EMPREENDER demonstra que a biblioteca coordenada pela colega possui uma práti- ca consolidada de intervenção em vários domínios contemplados no MAABE. É pena que não explicite de forma mais desenvolvida porque poderia constituir um exemplo da boas práticas a partilhar e difundir, especialmente neste momento de aplicação gene- ralizada do MAABE. 5. A colega revela, no trabalho que realizou, um gosto evidente pelo trabalho que desenvolve há longos anos, uma disponibilidade para encarar os desafios pouco frequente em profissionais com tão longa experiência de exercício do cargo e constitui para aqueles que mais recentemente assumiram responsabilidades de coordenação de bibliotecas escolares um exemplo e um incentivo. Porto, 19 de Novembro de 2009 Paulo Melo