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Capítulo dois<br />Luar Vermelho <br />Quando acordei o sol já estava se pondo. Nuvens negras e pesadas sobrevoavam a cidade.<br />-Que tempo bom! –Ouvi alguém dizer. Em pé bem a minha frente estava Emile observando as nuvens.<br />-Parece que vai chover, é melhor irmos embora. –Falei. A chuva acabou nos pegando no meio do percurso. –Péssima hora para morar em um bairro afastado. –Pensei.<br />-Minha casa é logo ali, você pode ficar por lá até a chuva passar. –Disse Emile apontando para um morro onde uma enorme mansão se encontrava bem em seu centro.<br />-Obrigada! –Respondi aliviada.<br />Chegamos à enorme mansão, completamente ensopados por causa da chuva.<br />-Espere aqui, vou pegar uma toalha para você se secar. <br />-Certo. –Disse enquanto meus olhos rodeavam o aposento.<br />Enquanto nos secávamos na sala de estar, Emile percebeu que eu não estava me sentido muito à-vontade.<br />-Está tudo bem Lilian?<br />-É que... Eu queria saber se você mora sozinho nessa mansão? –Perguntei constrangida. Enquanto me remexia na cadeira.<br />-Sim, minha mãe morreu há alguns anos. Meu pai... Pode se dizer que, de certa forma, ele está preso. –Seu sorriso desapareceu e em seu lugar um rosto de tristeza e saudade se mostrou. Isso fez meu coração doer. <br />Passamos um bom tempo em silencio absoluto, apenas com o barulho das gotas da chuva caindo no jardim. <br />-Já que você está aqui, vamos jogar um jogo? –Disse Emile já se levantando para pegar um jogo que estava em baixo da mesa.<br />-Jogar um jogo? Agora? –Perguntei meio surpresa.<br />-É não recebo muitas visitas aqui em casa então achei que seria uma ótima oportunidade. –Emile jogou os dados, andou as casas e pegou uma carta no tabuleiro.<br />-“Peça a outra pessoa para jogar com você.” - Leu Emile na carta. Nossa esse jogo é bem especifico, pensei.<br />-Vamos Lilian! Podemos nos conhecer melhor durante o jogo. –Disse Emile sorrindo para mim. <br />-Está certo. –Joguei os dados. –“O jogador terá que aceitar a realidade do que está para acontecer.” – Que tipo de jogo é esse? Pensei.<br />-Agora é a minha vez. –Emile jogou os dados que caíram somando oito. –Nossa, parece que serei punido. “O jogador deve enfiar uma lâmina de verdade em sua própria mão.”<br />-“Em sua própria mão?” Isso só pode ser brincadeira.<br />-Infelizmente não posso quebrar as regras do jogo. –Emile se levantou e pegou uma faca que se encontrava ao seu lado. Pôs sua mão sobre a mesa e com a faca a perfurou.<br />-Acho que cumpri isso. –Disse Sem mostrar qualquer sinal de dor.<br />-O que pensa que está fazendo?! –Gritei praticamente pulando enquanto me levantava da cadeira. <br />-Não te disse que não podia quebrar as regras do jogo? –Emile se aproximou de mim e me mostrou sua mão. A lâmina a atravessou completamente. –Além disso, não é um grande problema. –Ele simplesmente puxou a lâmina de sua mão que, bem diante dos meus olhos, seu ferimento começou a se fechar até se curar por completo. –Sou este tipo de criatura.<br />-O que está dizendo? –Ele chegava cada vez mais perto de mim. Chegou a um ponto que podia até morder meu pescoço.<br />-Lilian, seu pescoço parece tão bom. –Eu não podia acreditar no que estava escutando. Derrepente as lembranças da noite passada voltaram a minha mente. A enfermeira, a aura negra e sombria, o garoto que me salvará. Tudo voltou como um choque que atingiu meu cérebro. Tudo começou a escurecer olhos vermelhos cor de sangue me olhavam fixamente enquanto eu perdia a consciência. Essa foi ultima coisa que me lembrei da noite passada.<br />-Lilian. Lilian! - voltei à realidade quando ouvi Emile me chamando.<br />-Ahm?!<br />-Me desculpe. A brincadeira de agora pouco não foi muito boa.<br />-Brincadeira? –Claro! Uma brincadeira.<br />-Você não precisa se preocupar, não pretendo me alimentar do seu sangue Lilian. Mas é bem verdade que somos o que as pessoas chamam de vampiros.<br />-Espere ai. Você disse “nós”?<br />-Isso mesmo. Assim como eu, você também é uma vampira Lilian.<br />-O quê?! –Foi uma baita de uma noticia, não estava conseguindo encaixar os pontos, como isso seria possível.<br />-Só quero que você aceite a realidade Lilian.<br />Eu não queria admitir, mas, realmente, tudo fazia sentido. A enfermeira que me atacou a energia maligna que senti aquela noite era um Deja Vu. E principalmente, o garoto que me salvou. Era Emile. <br />-Caso não aceite, terei que apagar sua memória, assim como fiz naquela noite. -Emile parecia bem com tudo aquilo, como se já soubesse a resposta.<br />-Então foi você que fez isso comigo! Por quê? –Não consegui entender, eu iria descobrir mais cedo, mas tarde, por que ele não me falou tudo isso naquela noite?<br />-Não era a hora certa. Se te contasse enquanto estivesse dentro da Noite Da Bruxa, “ele” poderia despertar. –Os olhos dele pareciam vazios, como se dizer tudo aquilo fosse algo muito difícil ou que apenas a idéia de que isso esta acontecendo o atormenta-se. <br />–Noite Da Bruxa, é quando monstros com uma energia maligna semelhante se encontram, isso ocorre entre 12:00 e 03:oo horas da manhã quando a lua se torna vermelha.<br />-A lua não pode ficar vermelha, e mesmo se ficasse, eu perceberia.<br />-Humanos ou monstros a qual mantém seus poderes selados no podem ver este tipo de coisa. É assim que mantemos o equilíbrio entre o mundo dos monstros e o mundo humano.<br />-“Poderes selados”? O que quis dizer com isso Emile? <br />-Digamos que você adquiriu seus poderes por causa de seu passado. <br />...<br />
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  • 1. Capítulo dois<br />Luar Vermelho <br />Quando acordei o sol já estava se pondo. Nuvens negras e pesadas sobrevoavam a cidade.<br />-Que tempo bom! –Ouvi alguém dizer. Em pé bem a minha frente estava Emile observando as nuvens.<br />-Parece que vai chover, é melhor irmos embora. –Falei. A chuva acabou nos pegando no meio do percurso. –Péssima hora para morar em um bairro afastado. –Pensei.<br />-Minha casa é logo ali, você pode ficar por lá até a chuva passar. –Disse Emile apontando para um morro onde uma enorme mansão se encontrava bem em seu centro.<br />-Obrigada! –Respondi aliviada.<br />Chegamos à enorme mansão, completamente ensopados por causa da chuva.<br />-Espere aqui, vou pegar uma toalha para você se secar. <br />-Certo. –Disse enquanto meus olhos rodeavam o aposento.<br />Enquanto nos secávamos na sala de estar, Emile percebeu que eu não estava me sentido muito à-vontade.<br />-Está tudo bem Lilian?<br />-É que... Eu queria saber se você mora sozinho nessa mansão? –Perguntei constrangida. Enquanto me remexia na cadeira.<br />-Sim, minha mãe morreu há alguns anos. Meu pai... Pode se dizer que, de certa forma, ele está preso. –Seu sorriso desapareceu e em seu lugar um rosto de tristeza e saudade se mostrou. Isso fez meu coração doer. <br />Passamos um bom tempo em silencio absoluto, apenas com o barulho das gotas da chuva caindo no jardim. <br />-Já que você está aqui, vamos jogar um jogo? –Disse Emile já se levantando para pegar um jogo que estava em baixo da mesa.<br />-Jogar um jogo? Agora? –Perguntei meio surpresa.<br />-É não recebo muitas visitas aqui em casa então achei que seria uma ótima oportunidade. –Emile jogou os dados, andou as casas e pegou uma carta no tabuleiro.<br />-“Peça a outra pessoa para jogar com você.” - Leu Emile na carta. Nossa esse jogo é bem especifico, pensei.<br />-Vamos Lilian! 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A lâmina a atravessou completamente. –Além disso, não é um grande problema. –Ele simplesmente puxou a lâmina de sua mão que, bem diante dos meus olhos, seu ferimento começou a se fechar até se curar por completo. –Sou este tipo de criatura.<br />-O que está dizendo? –Ele chegava cada vez mais perto de mim. Chegou a um ponto que podia até morder meu pescoço.<br />-Lilian, seu pescoço parece tão bom. –Eu não podia acreditar no que estava escutando. Derrepente as lembranças da noite passada voltaram a minha mente. A enfermeira, a aura negra e sombria, o garoto que me salvará. Tudo voltou como um choque que atingiu meu cérebro. Tudo começou a escurecer olhos vermelhos cor de sangue me olhavam fixamente enquanto eu perdia a consciência. Essa foi ultima coisa que me lembrei da noite passada.<br />-Lilian. Lilian! - voltei à realidade quando ouvi Emile me chamando.<br />-Ahm?!<br />-Me desculpe. A brincadeira de agora pouco não foi muito boa.<br />-Brincadeira? –Claro! 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