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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES
Karine Lopes da Silva
A arquitetura Política dentro da Cidade Constitucional
Relatório referente à disciplina A
cidade constitucional: Capital da
República IX ministrada pelo Prof° Dr.
Marcelo Nerling e pelo Prof° Dr. Douglas
Andrade.
São Paulo
2015
Introdução
A disciplina “A cidade constitucional” é um projeto que ultrapassa os muros da
universidade e convida os estudantes a vivenciar a teoria na prática, em um
encontro interdisciplinar com alunos de diversos cursos da EACH - USP (Escola de
artes, ciências e humanidades) sendo estes obstetrícia, gerontologia, gestão de
políticas públicas, têxtil e moda, gestão ambiental, ciências da natureza, educação
física e saúde e encontros com outras universidades, a UDESC (Universidade do
Estado de Santa Catarina) e a UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro).
A disciplina aconteceu durante a semana da pátria, entre os dias 5 à 12 de
outubro de 2015, o presente relatório mostra o vivenciamento desta experiência a
partir da chegada e saída da Cidade constitucional, neste caso entre os dias 6 à 11
de outubro. Apresentando as impressões, informações e assimilações de acordo
com o tema e de certo modo seguindo o cronograma de atividades.
Relatório
As atividades se iniciaram com a chegada à Cidade Constitucional,
desembarcamos do ônibus e embarcamos na história. Ainda do ônibus por entre
janelas já era possível observar a arquitetura deslumbrante da cidade, mas a
impressão concreta ocorreu de fato ao descer e ter noção de sua grandiosidade.
A primeira atividade foi a visita guiada no Palácio do Planalto (figura 1),
projetado por Oscar Niemeyer, sede do Poder executivo, o palácio foi inaugurado
junto com a cidade de Brasília, no dia 21 de abril de 1960, pelo então Presidente
Juscelino Kubitschek.
As fachadas longitudinais do palácio são guardadas por uma sequência de
colunas cujo desenho é uma variação das colunas do Palácio da Alvorada, porém
dispostas transversalmente ao corpo do edifício, que inicialmente me confundiam
para a distinção dos prédios. A fachada do palácio é composta pela rampa que dá
acesso ao salão nobre - inspirada por Niemeyer na escadaria do Palácio do Catete e
nos castelos medievais - e o parlatório, espaço idealizado para que os chefes de
Estado, autoridades ou celebridades convidados pela Presidenta se dirijam ao
público da Praça dos três poderes. Em volta do Palácio há o espelho d’água com o
objetivo de oferecer maior segurança e equilibrar a umidade do ar na época de seca
em Brasília, que é prolongada.
Logo na entrada há o Salão Térreo que
é a recepção do edifício onde funciona o
controle de entrada e a segurança. O salão é
amplo utilizado com frequência para
exposições temporárias de temas
relacionadas às ações do Governo Federal,
no dia havia algumas obras acredito que fixas
dispostas no salão. No piso superior fica o
salão nobre ou salão dos espelhos, que é o
maior salão do Palácio, onde se realizam as
cerimônias de grande porte. (figura 2)
O grupo também conheceu a Sala de
reunião Suprema, normalmente é utilizada
para reuniões ministeriais, governamentais e
presidenciais.
No terceiro andar do palácio, o
mezanino é espaço amplo composto por
salas de espera e circulação entre o salão
nobre, o gabinete presidencial e as salas da assessoria, com mobiliários
Figura 1: O Palácio do Planalto
desenhados por Sérgio Rodrigues, e conjunto de poltronas de autoria de Oscar
Nyemyer.
Sala de reunião é o ambiente preparado para reuniões com menor quantidade
de participantes. Normalmente é utilizada para encontros da Chefe de governo com
assessores e ministros da casa, além de representantes da sociedade civil
organizada. Por último conhecemos o gabinete presidencial, é a sala de trabalho da
Presidenta da República, é decorado com mescla de móveis da década de 1940 e
peças de mobiliário de autoria de Sérgio Rodrigues, dos anos 1960, além de possuir
algumas obras.
A quantidade de obras dentro do palácio me chamou atenção, atrevo-me a
dizer que lembrara um museu, com esculturas, quadros, tapetes e móveis tanto
modernos quanto antigos com uma variedade de artistas.
Após a visita no Palácio do Planalto sucedeu a visita ao Palácio do Itamaraty,
apesar do cansaço a visita foi extremamente gratificante o local possui uma
arquitetura deslumbrante como não poderia ser diferente estando em Brasília. No
térreo, possui bancos em meia lua e há entre eles uma escultura que pode ser
moldada pelos visitantes, além disso, tem um jardim somente com plantas típicas
brasileiras. Outro lugar recheado de artes e com aparência de museu, nos andares
superiores havia tapetes, lustre, quadros, esculturas e móveis, por exemplo, no
ultimo andar em que possuía diversas esculturas de mulheres de autoria de diversos
artistas, o motivo da escolha é devido a Oscar Niemeyer ter se inspirado nas curvas
das mulheres brasileiras para a concepção do projeto arquitetônico da cidade.
A última atividade do dia foi a palestra segundo o cronograma “A Unidade na
ação, padronização, convenção e método: Pátria educadora, educação fiscal e
sustentabilidade na cidade constitucional” com a palestrante Fabiana Feijó, gerente
do Programa Nacional de Educação Fiscal - Escola de Administração Fazendária,
nos apresentou o PNEF (programa Nacional de Educação Fiscal), segundo ela a
educação fiscal é conhecer o sistema tributário. O (PNEF) visa estimular a
construção de uma consciência voltada à cidadania, com o objetivo de promover e
institucionalizar a Educação Fiscal para o efetivo exercício da cidadania. A educação
fiscal é a sensibilização do cidadão quanto a função socioeconômica dos tributos e a
sua responsabilidade na sociedade. O programa destaca a importância do tributo na
atividade financeira do Estado para a manutenção das políticas públicas e melhoria
das condições de vida do cidadão e evidencia temas relativos ao orçamento, ao
compromisso social e fiscal do gestor público e ao exercício do controle social.
Em uma palestra de certo modo dinâmica com apresentação de vídeos como
a música “Chega” do Gabriel Pensador, foram levantados diversos questionamentos
como, Porque existe tributo?, Sistema Tributário Nacional é injusto? Qual é a
importância?
Segundo Fabiana Educação fiscal faz com que a pessoas se posicione,
apresentou a lei recente que mostra quanto a gente paga de imposto. O PNEF é a
participação do cidadão, exercício da cidadania, instrumentos de controles social e
fiscal do Estado que é diferente de educação financeira (gerenciamento de seu
dinheiro). Educação Fiscal quer que você se aproprie: Nós somos donos! Com a
seguinte missão: Compartilhar conhecimentos e interagir com a sociedade sobre a
origem, aplicação e controle dos recursos públicos, favorecendo a participação
social.
A resposta de o porque existe tributos foi respondida com, garantir recursos
necessários ao estado para realização de seus fins, apesar de ter sido apresentado
que o que financia o governo não são nossos impostos. Ser instrumento de
distribuição de venda e indutor do desenvolvimento social do País. Contribuir para
minimizar as diferenças regionais.
A cidadania é participar da vida e do governo de seu povo; a democracia
Participativa é um regime onde se pretende que existam efetivos mecanismos de
controle da sociedade civil sob a administração pública, não se reduzindo o papel
democrático apenas ao voto, mas também estendendo a democracia para a esfera
nacional.
No outro dia deu-se continuidade a palestra com Fabiana Feijó sobre O
programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF. Após a complementação da
apresentação do PNEF iniciou-se uma dinâmica em grupo, cada grupo recebeu uma
pergunta acompanhada de algumas informações para se discutir e propor a resposta
ao final.
A pergunta recebida pelo grupo que participei era: “Como vocês poderiam
exercer a participação e Controle Social no seu ambiente estudantil/ sociedade? “ O
grupo (figura 3) era formado por três alunos da UDESC, três alunos de GPP, uma
aluna de obstetrícia, dois alunos de educação física e saúde e eu de têxtil e moda,
ambos da EACH (Escola de Artes, ciências e humanidades), a interdisciplinaridade
se fez presente e durante as discussões podemos trocar informações sobre o
funcionamento da nossa universidade, deste modo, conhecendo um pouco do
sistema da UDESC, além de ter visões diferentes, principalmente por as áreas
serem diferentes. De modo geral a discussão resumiu-se em uma síntese,
concluímos que primeiramente é necessário o conhecimento do funcionamento do
sistema do ambiente estudantil/sociedade e disseminar o conhecimento,
principalmente o recebido em cidade constitucional, pois concordamos que a base é
o conhecimento, depois a disseminação deste e por último, mas não menos
importante ter atitude.
Figura 3
Com o eixo sustentabilidade, pátria educadora e educação fiscal, na cidade
constitucional as atividades se iniciaram cedo para ver o nascer do Sol no Palácio
da Alvorada, a espera do nascer do Sol passaram por nós soldados (figura 5), não
sei se a preparo do desfile cívico militar.
Após a contemplação do nascer do Sol caminhamos em direção das
arquibancadas para assistir e prestigiar o desfile cívico Militar que iniciara com a
chegada da Presidenta da república à tribuna presidencial, primeiramente aconteceu
o desfile cívico escolar, com bandas musicais compostas por estudantes de escolas
públicas com músicas regionais do Norte e Nordeste, com apresentação de danças
tradicionais como frevo e o ritmo carimbo.
Posteriormente aconteceu o desfile militar, com as forças armadas brasileiras,
nas categorias de marinha do brasil, exército brasileiro, força aérea brasileira, policia
militar do distrito federal, corpo de bombeiros militar do distrito federal, força nacional
de segurança pública, granadeiros do batalhão de polícia do exercito de Brasília em
tropas a pé, motorizadas, mecanizadas ou blindados. A diversidade das fardas
revelava a complexidade de divisão desses grupos, de fato nunca tinha vista tantas
variações de militares nem ao menos imaginado.
O eixo de terça feira era Educação
Fiscal e Coesão social com a primeira
atividade na própria ESAF com o V Seminário
USP-ESAF – A educação fiscal e a
sustentabilidade no gasto público, fortalecem
a coesão social na cidade constitucional
Primeiramente assistimos a um vídeo
institucional da escola de administração
fazendária, novamente com Fabiana Feijó
apresentando o início do programa (PNEF)
que começou na receita federal, e dialoga
sobre a importância social. Nasceu de um
grupo de estudo para falar sobre as questões
tributarias, somente em 2002 foi instituído
oficialmente.
Posteriormente passou-se a palavra ao
diretor geral da ESAF – Alexandre Rui de
Souza – apresentando a ESAF (Escola Nacional de administração Fazendária) que
possui 488 mil m² capacidade de alunos 1750, escola na qual nos recepcionou e na
qual ficamos hospedados.
A segunda atividade do dia aconteceu na UNB (Universidade de Brasília,
especificamente na Faculdade de Educação Física) com o IX Seminário USP- MS –
O Ministério da Saúde. Iniciou-se a palestra com o plano Político Nacional de
Promoção da Saúde - Avanços com Roberta Amorim, analista técnica de políticas
sociais. Designando promoção de Saúde como conjunto de estratégias para atuar
sobre os determinantes da saúde e reduzir vulnerabilidade. Apresentando os
fundamentos para a prática da promoção da saúde: Equidade, Autonomia,
empoderamento, integralidade, território, participação social sustentabilidade, redes
sociais, intersetorialidade, governança. E apresentou os motivos para revisão do
PNPS, este apresenta temas transversais, e tem projetos como saúde na escola e
academia de saúde.
O segundo palestrante foi o Ângelo D’ Agostinho Junior, diretor do degerts
(Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde) apresentando
que saúde vai muito além de doença, apresentando projetos como o cartão SUS on
line. Micheline Luz, coordenação Geral de alimentação e nutrição, em especial o
programa Saúde na Escola, apresentou a campanha de promoção a saúde, com
enfoque claro na alimentação e nutrição na escola.
Roberta Amorim palestrou novamente apresentando o Programa Academia
da Saúde, uma estratégia de promoção da saúde e do cuidado, além da alimentação
e da academia, com o planejamento de polos que são espaços públicos constituídos
para o desenvolvimento das ações do programa. Atividades com profissionais, sala
de vivência, novo equipamento na rede de atenção, dificuldade de agravos e
doenças não transmissíveis e promoção da saúde – Secretaria da Vigilância e saúde
Katia Godoy secretária de atenção à saúde, com o projeto de evitar o
consumo de produto altamente processados e por último Mariana Freitas com o
projeto de conhecer e compreender a magnitude de violência, seguindo a definição
de violência pela organização Mundial de Saúde, através dos seguintes programas
Viva cinan = comunicações e Viva inquérito – procuram os SUS.
Por último do terceiro dia na cidade constitucional tivemos o I Seminário USP-
RFB – A Rede de Educação Fiscal da Receita Federal na cidade constitucional com
Antônio Henrique Lindemberg Baltazar, coordenador de educação fiscal e memória
institucional coordenação-geral de atendimento e educação fiscal, apresentando
temas como tributação dentro de uma esfera republicana.
Apresentando conceitos como não ser tributado pelo medo, mas sim em ser
tributo com legitimidade e questionamentos como “Porque se tributa? Porque existe
tributação?” Segundo ele o estado tributa para que ele possa prestar serviços
públicos, os custos do direito são financiados. Discutimos também como a tributação
é vista pela sociedade, já com o levantamento das seguintes questões e respostas
com uma hipótese de que as pessoas veem a tributação de forma negativa: Porquê
a tributação é vista de forma negativa? Sendo as seguintes suposições de
respostas: porque não há retorno, porque os tributos são uniformes, tanto para ricos
e pobres e pela alta taxa, mas por fim ficou de refletirmos sobre a tributação e de
pensarmos de forma crítica e racional sobre o assunto.
No quarto dia e na quarta feira o eixo era Sustentabilidade e educação fiscal:
A Pátria Educadora na cidade constitucional com a primeira atividade sendo III
Seminário IPEA-USP-A gestão do conhecimento na cidade constitucional.
O primeiro palestrante foi o Paulo Mager, diretor de cooperação técnica, e nos
apresentou o projeto Alemanha – Brasil, projeto piloto para a Eficiência energética e
energias renováveis com enfoque na qualidade de vida, e usando os alemães como
referência que começaram a produzir energia de fonte renovável.
Posteriormente comentou sobre a estrutura da Esaf que surgiu em uma
cooperação com a Alemanha. Cooperação em que tenta se entender o modo de
funcionamento, e conceitos. Com o objetivo de ser um centro de referência em
energia solar em prédios públicos (a própria ESAF).
O segundo palestrante foi o André S. Zuvanov, apresentou o IPEA e sua
importância de produção, ferramentas de pesquisa e oportunidades e colaboração
A terceira palestrante Veruzka da Silva Costa , gerente de gestão do
conhecimento e inovação, apresentou as seguintes ferramentas: Observatório IPEA
de Gestão do conhecimento e inovação e o conceito de gestão do conhecimento: A
gc é um conjunto de técnicas e ferramentas para identificar e utilizar os ativos de
informação e de conhecimento. Trata-se de uma definição da empresa KPMG “ uma
abordagem sistemática e organizada para melhorar a capacidade da organização de
mobilizar conhecimento para aumentar o desempenho”
A gestão do conhecimento está ligada ao planejamento da organização. A
população recebe o retorno através da divulgação do conhecimento.
Por último o quarto palestrante: Almir de Oliveira Junior, diretor de estudos e
políticas de democracia - desenvolvimento institucional, apresentou desafios de
como interagir com o governo e gestão de políticas públicas, disse que o governo
federal não tem planejamento, tem planos, não há visão de longo prazo. EX.
Reincidência criminal.
Visitamos a Catedral de BSB, outra arquitetura deslumbrante, a arquitetura de
Brasília é tão exótica que por vezes parecia estar em uma maquete.
Posteriormente aconteceu o II Seminário USP-CAIXA – Programa Melhores
Práticas de Gestão Local
Palestra no banco central com Rafael Artur Figueiredo Galeazzi que nos
apresentou o programa de prêmio “Melhores práticas” da caixa.
A caixa, segundo o palestrante, é uma Instituição financeira e uma empresa
pública, vinculada ao ministério da fazenda, integra o sistema financeiro nacional e
tem a seguinte missão: Atuar na promoção e do desenvolvimento sustentável do
País, como Instituição Financeira, agente de políticas públicas e parceria estratégica
do Estado brasileiro.
O programa “melhores práticas” foi inspirado nas regras do Programa de
Melhores Práticas e Lideranças Locais do Habitat/ONU e visa reconhecer projetos
bem sucedidos – Melhores práticas – realizados com apoio financeiro e/ou técnico
da CAIXA e colaborem para a implementação da Agenda Habitat no Brasil
O que é uma melhor prática? São projetos que resultem em melhorias
concretas da qualidade de vida das pessoas e no desenvolvimento sustentável dos
assentamentos humanos, independente de localização regional, mas devem ser
vinculados à caixa. Os objetivos do programa são selecionar, avaliar, premiar,
reaplicar, divulgar e disseminar projetos, urbanos ou rurais, e experiências
sustentáveis voltadas para: Gestão municipal, Habitação, Inclusão social,
Saneamento entre outras. Realizado a cada 2 anos e para participar do programa, a
prática deve ser inscrita no prêmio caixa melhores práticas em:
www.caixa.gov.br/melhorespraticas
O III Seminário USP-Banco Central – A estratégia nacional de educação
financeira na cidade constitucional: Um museu de valores, foi a segunda palestra
sobre o ENEF com Moisés Coelho que apresentou incialmente o contexto
econômico que temos com os seguintes tópicos: Sistema financeiro complexo,
Crescente oferta de crédito, Memória inflacionária, Expectativa de vida ascendente,
estes tópicos caso não trabalhados poderá se ter uma população financeiramente
despreparada. O ENEF visa a Inclusão financeira, proteção do consumidor,
educação financeira, estabilidade econômica; para tais objetivos é necessária a
promoção da educação financeira que tem a finalidade de promover a educação
financeira e previdenciária, e contribuir para: tomada de decisões conscientes, o
programa segue as seguintes diretrizes: Gratuidade das ações de educação
financeira, atuação permanente e em âmbito nacional, atuação por meio de
informação, formação e orientação.
Uma das estratégias é voltada ao Ensino médio, por meio do fornecimento do
material didático aos professores para que eles repassem essas informações, no
entanto, a educação financeira na escola ainda não abrange o fundamental, projeto
ainda em desenvolvimento. Para adultos oferecem educação financeira para
mulheres do programa bolsa família e aposentados com renda até 2 salários
mínimos.
Há também a semana enef que objetiva provocar a discussão sobre
educação financeira. www.semanaenef.gov.br e educacaofinanceira@bcb.gov.br
O programa promove a educação financeira e o acesso à informação sobre o SFN.
O site www.cidadaniafinanceira.bcb.gov.br é uma plataforma de acesso da
população, perfis dos usuários e curso gratuito de gestão de finanças pessoais. A
plataforma contém explicações didáticas sobre educação financeira.
O projeto também atua com palestras para o publico em geral e para
estudantes do ensino superior, esta é a forma de divulgação dos projetos, pois
quando perguntado a ele, o palestrante disse que a divulgação é um dos grandes
problemas. Outro projeto é a calculadora do cidadão, um aplicativo no celular.
Por último fizemos uma visita a mostra “A persistência da Memória” que
apresenta a trajetória das obras que compõe o acervo de arte do Museu de Valores
do Banco Central do Brasil, na mostra vimos um dos seis módulos curatoriais, sendo
este “Anos Rebeldes”, referente a década de 60 e 70 momento de intensa
transformação social e política no mundo ocidental, e óbvio no próprio Brasil.
Logo após visitamos o museu do banco central que me surpreendeu, não só
pela riqueza, literalmente, de histórias apresentando as moedas usadas em outros
países, não só por apresentar a história do “dinheiro” brasileiro, mas sim pelo caráter
didático que possui, pelas reflexões que gera aos visitantes, me questiono ao pensar
que esta “exposição de ideias” e didática poderia estar ao alcance de mais pessoas,
com exposição itinerante, ou algo do gênero. As frases escritas nas paredes como
“Você já parou para pensar?” e os exemplos do cotidiano como as promoções leve
dois e pague um, alcançam o público e contribui de forma leve e descontraída para a
educação financeira, a interação da exposição com o visitante também, ao propor
montar uma propaganda e poder observar quais estratégias são usadas, quais nos
chamam a atenção é um modo de nos conhecermos e conhecer o modo que
compramos com um olhar diferente. Na saída ainda mais informações, nos foi dado
um saco plástico com R$ 600 picotados em notas de R$ 20, maneira clara e objetiva
de apresentar os gastos gerados pelo mal cuidado com a cédula.
O eixo do penúltimo dia foi a Pátria educadora de direitos humanos e da
participação social na cidade constitucional com o VI Seminário USP- UnB – Tributo
a Darcy Ribeiro. O encontro de palestras aconteceu no Beijdromo – Memorial Darcy
Ribeiro com os seguintes temas abordados “Sobre o direito achado na rua e nas
instituições da cidade constitucional” e a “A ética e a reforma política na atual
conjuntura da cidade constitucional”, sendo o palestrante Doutor José Geraldo de
Souza Junior que nos apresentou a história da UNB e de Darcy Ribeiro, segundo ele
primeiro reitor e pensador da UNB, escritor, antropólogo, educador, político.
Complementando com a seguinte frase “Darcy Ribeiro é a tradução do espírito da
universidade”
Logo após a sua fala iniciou-se a fala da professora da federal de Goias –
Elka, que levantou alguns questionamentos como: O que é a rua? Com quem
caminhamos? Porque? Para que? Como? Onde queremos chegar? E nos
apresentou o site www.odireitoachadonarua.blogspot.com.br/p/publicações. html que
contém uma série de publicações disponíveis gratuitamente.
A última atividade do dia foi a visita guiada ao Congresso Nacional,
primeiramente com o Poder legislativo, onde tivemos a conversa com o Senador
Telmario Mota de Oliveira, do PDT de Roraima, o senador faz parte da comissão de
direitos Humanos e legislação participativa, uma de suas “lutas “ é pelo espaço
indígena, destacou também a importância dos funcionários, segundo ele “a política é
para servir e não para se servir”.
Posteriormente fizemos a visita à câmara dos deputados (figura x) e visita a
câmara do senado, este último com uma sessão em término, primeiramente fiquei
impressionada, pois não sabia que a arquitetura côncava e convexa fosse funcional
como o Jo... disse “Brasília é bela e funcional”, outro fato que me chamou a atenção
é ter a imagem de cristo crucificado no centro e uma Bíblia sobre a bancada, o guia
nos informou que antes de se iniciar a sessão dizem “em nome de Deus inicia-se a
sessão” achei curioso pelo fato do Brasil ser um país laico.
Último dia com o eixo Pátria educadora e sustentabilidade, o encontro do dia
foi com o poder Legislativo na Câmara dos deputados com a Comissão de
Legislação Participativa; o grupo foi bem recepcionado, assim que entramos
recebemos uma pasta, dentro desta havia uma cartilha de orientação para o
exercício do direito de participação junto ao poder legislativo, um livro sobre a
audiência pública para debater as propostas de alteração da legislação de recursos
hídricos sugeridas pela campanha da fraternidade de 2004 – CNBB, a constituição e
uma pauta de reunião ordinária a ser realizada acompanhadas de informações sobre
o tema a serem debatidos.
Aldo Matos Moreno, secretário executivo CLP foi quem nos recepcionou e
apresentou o funcionamento da CLP. Após a apresentação o grupo foi dividido em
dois grupos, no qual o segundo grupo foi encaminhado para outra sala, ainda assim
bem recepcionados, nos fora indicado a dinâmica, nós viveríamos um dia como
deputados, passando-se pelos próprios, primeiramente elegeu os presidentes, vice e
o terceiro vice também. Assim com a orientação dos servidores públicos seguiu-se a
pauta da reunião, após a definição dos relatores, os contras e os a favor da
sugestão baseando-se nos dados prévios fornecidos.
Conclusão
A disciplina foi vivida intensamente, por causa da quantidade das atividades,
da experiência concreta e física, da transformação da teoria em prática, e
principalmente pelo encontro da interdisciplinaridade, pois mesmo fora das
atividades programadas o conhecimento, discussões, aspirações se faziam
presente, nada se encerrava após a atividade, pois fomos instigados e permeados
de novas ideias, pensamentos e reflexões. Durante a disciplina muitas informações
foram coletadas, em certo momento estas flutuavam para que depois fossem
absorvidas aos poucos, acredito que mesmo após este relatório muitas informações
ainda não foram absorvidas totalmente e acredito que ao longo da experiência
cidadã estas serão entendidas de fato.
Vivenciar a cidade constitucional é um aprendizado de vida, que anseio desde
a descoberta da disciplina no primeiro ano da universidade, sendo este o meu
terceiro ano, projeto que me encantou ao proporcionar a extensão do aprendizado,
da consciência política, sempre acreditei que o conhecimento é o meio para a
mudança e desta forma o almejo para que de alguma forma possa ajudar a mudar o
ambiente que vivo. Por fim, agradeço a receptividade de todos os palestrantes e
instituições visitadas, assim como os funcionários envolvidos.

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Arquitetura política e cidadania na Cidade Constitucional

  • 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES Karine Lopes da Silva A arquitetura Política dentro da Cidade Constitucional Relatório referente à disciplina A cidade constitucional: Capital da República IX ministrada pelo Prof° Dr. Marcelo Nerling e pelo Prof° Dr. Douglas Andrade. São Paulo 2015
  • 2. Introdução A disciplina “A cidade constitucional” é um projeto que ultrapassa os muros da universidade e convida os estudantes a vivenciar a teoria na prática, em um encontro interdisciplinar com alunos de diversos cursos da EACH - USP (Escola de artes, ciências e humanidades) sendo estes obstetrícia, gerontologia, gestão de políticas públicas, têxtil e moda, gestão ambiental, ciências da natureza, educação física e saúde e encontros com outras universidades, a UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) e a UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). A disciplina aconteceu durante a semana da pátria, entre os dias 5 à 12 de outubro de 2015, o presente relatório mostra o vivenciamento desta experiência a partir da chegada e saída da Cidade constitucional, neste caso entre os dias 6 à 11 de outubro. Apresentando as impressões, informações e assimilações de acordo com o tema e de certo modo seguindo o cronograma de atividades. Relatório As atividades se iniciaram com a chegada à Cidade Constitucional, desembarcamos do ônibus e embarcamos na história. Ainda do ônibus por entre janelas já era possível observar a arquitetura deslumbrante da cidade, mas a impressão concreta ocorreu de fato ao descer e ter noção de sua grandiosidade. A primeira atividade foi a visita guiada no Palácio do Planalto (figura 1), projetado por Oscar Niemeyer, sede do Poder executivo, o palácio foi inaugurado junto com a cidade de Brasília, no dia 21 de abril de 1960, pelo então Presidente Juscelino Kubitschek. As fachadas longitudinais do palácio são guardadas por uma sequência de colunas cujo desenho é uma variação das colunas do Palácio da Alvorada, porém dispostas transversalmente ao corpo do edifício, que inicialmente me confundiam para a distinção dos prédios. A fachada do palácio é composta pela rampa que dá acesso ao salão nobre - inspirada por Niemeyer na escadaria do Palácio do Catete e nos castelos medievais - e o parlatório, espaço idealizado para que os chefes de Estado, autoridades ou celebridades convidados pela Presidenta se dirijam ao público da Praça dos três poderes. Em volta do Palácio há o espelho d’água com o
  • 3. objetivo de oferecer maior segurança e equilibrar a umidade do ar na época de seca em Brasília, que é prolongada. Logo na entrada há o Salão Térreo que é a recepção do edifício onde funciona o controle de entrada e a segurança. O salão é amplo utilizado com frequência para exposições temporárias de temas relacionadas às ações do Governo Federal, no dia havia algumas obras acredito que fixas dispostas no salão. No piso superior fica o salão nobre ou salão dos espelhos, que é o maior salão do Palácio, onde se realizam as cerimônias de grande porte. (figura 2) O grupo também conheceu a Sala de reunião Suprema, normalmente é utilizada para reuniões ministeriais, governamentais e presidenciais. No terceiro andar do palácio, o mezanino é espaço amplo composto por salas de espera e circulação entre o salão nobre, o gabinete presidencial e as salas da assessoria, com mobiliários Figura 1: O Palácio do Planalto
  • 4. desenhados por Sérgio Rodrigues, e conjunto de poltronas de autoria de Oscar Nyemyer. Sala de reunião é o ambiente preparado para reuniões com menor quantidade de participantes. Normalmente é utilizada para encontros da Chefe de governo com assessores e ministros da casa, além de representantes da sociedade civil organizada. Por último conhecemos o gabinete presidencial, é a sala de trabalho da Presidenta da República, é decorado com mescla de móveis da década de 1940 e peças de mobiliário de autoria de Sérgio Rodrigues, dos anos 1960, além de possuir algumas obras. A quantidade de obras dentro do palácio me chamou atenção, atrevo-me a dizer que lembrara um museu, com esculturas, quadros, tapetes e móveis tanto modernos quanto antigos com uma variedade de artistas. Após a visita no Palácio do Planalto sucedeu a visita ao Palácio do Itamaraty, apesar do cansaço a visita foi extremamente gratificante o local possui uma arquitetura deslumbrante como não poderia ser diferente estando em Brasília. No térreo, possui bancos em meia lua e há entre eles uma escultura que pode ser moldada pelos visitantes, além disso, tem um jardim somente com plantas típicas brasileiras. Outro lugar recheado de artes e com aparência de museu, nos andares superiores havia tapetes, lustre, quadros, esculturas e móveis, por exemplo, no ultimo andar em que possuía diversas esculturas de mulheres de autoria de diversos artistas, o motivo da escolha é devido a Oscar Niemeyer ter se inspirado nas curvas das mulheres brasileiras para a concepção do projeto arquitetônico da cidade. A última atividade do dia foi a palestra segundo o cronograma “A Unidade na ação, padronização, convenção e método: Pátria educadora, educação fiscal e sustentabilidade na cidade constitucional” com a palestrante Fabiana Feijó, gerente do Programa Nacional de Educação Fiscal - Escola de Administração Fazendária, nos apresentou o PNEF (programa Nacional de Educação Fiscal), segundo ela a educação fiscal é conhecer o sistema tributário. O (PNEF) visa estimular a construção de uma consciência voltada à cidadania, com o objetivo de promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o efetivo exercício da cidadania. A educação fiscal é a sensibilização do cidadão quanto a função socioeconômica dos tributos e a sua responsabilidade na sociedade. O programa destaca a importância do tributo na atividade financeira do Estado para a manutenção das políticas públicas e melhoria
  • 5. das condições de vida do cidadão e evidencia temas relativos ao orçamento, ao compromisso social e fiscal do gestor público e ao exercício do controle social. Em uma palestra de certo modo dinâmica com apresentação de vídeos como a música “Chega” do Gabriel Pensador, foram levantados diversos questionamentos como, Porque existe tributo?, Sistema Tributário Nacional é injusto? Qual é a importância? Segundo Fabiana Educação fiscal faz com que a pessoas se posicione, apresentou a lei recente que mostra quanto a gente paga de imposto. O PNEF é a participação do cidadão, exercício da cidadania, instrumentos de controles social e fiscal do Estado que é diferente de educação financeira (gerenciamento de seu dinheiro). Educação Fiscal quer que você se aproprie: Nós somos donos! Com a seguinte missão: Compartilhar conhecimentos e interagir com a sociedade sobre a origem, aplicação e controle dos recursos públicos, favorecendo a participação social. A resposta de o porque existe tributos foi respondida com, garantir recursos necessários ao estado para realização de seus fins, apesar de ter sido apresentado que o que financia o governo não são nossos impostos. Ser instrumento de distribuição de venda e indutor do desenvolvimento social do País. Contribuir para minimizar as diferenças regionais. A cidadania é participar da vida e do governo de seu povo; a democracia Participativa é um regime onde se pretende que existam efetivos mecanismos de controle da sociedade civil sob a administração pública, não se reduzindo o papel democrático apenas ao voto, mas também estendendo a democracia para a esfera nacional. No outro dia deu-se continuidade a palestra com Fabiana Feijó sobre O programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF. Após a complementação da apresentação do PNEF iniciou-se uma dinâmica em grupo, cada grupo recebeu uma pergunta acompanhada de algumas informações para se discutir e propor a resposta ao final. A pergunta recebida pelo grupo que participei era: “Como vocês poderiam exercer a participação e Controle Social no seu ambiente estudantil/ sociedade? “ O grupo (figura 3) era formado por três alunos da UDESC, três alunos de GPP, uma aluna de obstetrícia, dois alunos de educação física e saúde e eu de têxtil e moda, ambos da EACH (Escola de Artes, ciências e humanidades), a interdisciplinaridade
  • 6. se fez presente e durante as discussões podemos trocar informações sobre o funcionamento da nossa universidade, deste modo, conhecendo um pouco do sistema da UDESC, além de ter visões diferentes, principalmente por as áreas serem diferentes. De modo geral a discussão resumiu-se em uma síntese, concluímos que primeiramente é necessário o conhecimento do funcionamento do sistema do ambiente estudantil/sociedade e disseminar o conhecimento, principalmente o recebido em cidade constitucional, pois concordamos que a base é o conhecimento, depois a disseminação deste e por último, mas não menos importante ter atitude. Figura 3
  • 7. Com o eixo sustentabilidade, pátria educadora e educação fiscal, na cidade constitucional as atividades se iniciaram cedo para ver o nascer do Sol no Palácio da Alvorada, a espera do nascer do Sol passaram por nós soldados (figura 5), não sei se a preparo do desfile cívico militar.
  • 8. Após a contemplação do nascer do Sol caminhamos em direção das arquibancadas para assistir e prestigiar o desfile cívico Militar que iniciara com a chegada da Presidenta da república à tribuna presidencial, primeiramente aconteceu o desfile cívico escolar, com bandas musicais compostas por estudantes de escolas públicas com músicas regionais do Norte e Nordeste, com apresentação de danças tradicionais como frevo e o ritmo carimbo. Posteriormente aconteceu o desfile militar, com as forças armadas brasileiras, nas categorias de marinha do brasil, exército brasileiro, força aérea brasileira, policia militar do distrito federal, corpo de bombeiros militar do distrito federal, força nacional de segurança pública, granadeiros do batalhão de polícia do exercito de Brasília em tropas a pé, motorizadas, mecanizadas ou blindados. A diversidade das fardas revelava a complexidade de divisão desses grupos, de fato nunca tinha vista tantas variações de militares nem ao menos imaginado.
  • 9. O eixo de terça feira era Educação Fiscal e Coesão social com a primeira atividade na própria ESAF com o V Seminário USP-ESAF – A educação fiscal e a sustentabilidade no gasto público, fortalecem a coesão social na cidade constitucional Primeiramente assistimos a um vídeo institucional da escola de administração fazendária, novamente com Fabiana Feijó apresentando o início do programa (PNEF) que começou na receita federal, e dialoga sobre a importância social. Nasceu de um grupo de estudo para falar sobre as questões tributarias, somente em 2002 foi instituído oficialmente. Posteriormente passou-se a palavra ao diretor geral da ESAF – Alexandre Rui de Souza – apresentando a ESAF (Escola Nacional de administração Fazendária) que possui 488 mil m² capacidade de alunos 1750, escola na qual nos recepcionou e na qual ficamos hospedados. A segunda atividade do dia aconteceu na UNB (Universidade de Brasília, especificamente na Faculdade de Educação Física) com o IX Seminário USP- MS – O Ministério da Saúde. Iniciou-se a palestra com o plano Político Nacional de
  • 10. Promoção da Saúde - Avanços com Roberta Amorim, analista técnica de políticas sociais. Designando promoção de Saúde como conjunto de estratégias para atuar sobre os determinantes da saúde e reduzir vulnerabilidade. Apresentando os fundamentos para a prática da promoção da saúde: Equidade, Autonomia, empoderamento, integralidade, território, participação social sustentabilidade, redes sociais, intersetorialidade, governança. E apresentou os motivos para revisão do PNPS, este apresenta temas transversais, e tem projetos como saúde na escola e academia de saúde. O segundo palestrante foi o Ângelo D’ Agostinho Junior, diretor do degerts (Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde) apresentando que saúde vai muito além de doença, apresentando projetos como o cartão SUS on line. Micheline Luz, coordenação Geral de alimentação e nutrição, em especial o programa Saúde na Escola, apresentou a campanha de promoção a saúde, com enfoque claro na alimentação e nutrição na escola. Roberta Amorim palestrou novamente apresentando o Programa Academia da Saúde, uma estratégia de promoção da saúde e do cuidado, além da alimentação e da academia, com o planejamento de polos que são espaços públicos constituídos para o desenvolvimento das ações do programa. Atividades com profissionais, sala de vivência, novo equipamento na rede de atenção, dificuldade de agravos e doenças não transmissíveis e promoção da saúde – Secretaria da Vigilância e saúde Katia Godoy secretária de atenção à saúde, com o projeto de evitar o consumo de produto altamente processados e por último Mariana Freitas com o projeto de conhecer e compreender a magnitude de violência, seguindo a definição de violência pela organização Mundial de Saúde, através dos seguintes programas Viva cinan = comunicações e Viva inquérito – procuram os SUS. Por último do terceiro dia na cidade constitucional tivemos o I Seminário USP- RFB – A Rede de Educação Fiscal da Receita Federal na cidade constitucional com Antônio Henrique Lindemberg Baltazar, coordenador de educação fiscal e memória institucional coordenação-geral de atendimento e educação fiscal, apresentando temas como tributação dentro de uma esfera republicana. Apresentando conceitos como não ser tributado pelo medo, mas sim em ser tributo com legitimidade e questionamentos como “Porque se tributa? Porque existe tributação?” Segundo ele o estado tributa para que ele possa prestar serviços públicos, os custos do direito são financiados. Discutimos também como a tributação
  • 11. é vista pela sociedade, já com o levantamento das seguintes questões e respostas com uma hipótese de que as pessoas veem a tributação de forma negativa: Porquê a tributação é vista de forma negativa? Sendo as seguintes suposições de respostas: porque não há retorno, porque os tributos são uniformes, tanto para ricos e pobres e pela alta taxa, mas por fim ficou de refletirmos sobre a tributação e de pensarmos de forma crítica e racional sobre o assunto. No quarto dia e na quarta feira o eixo era Sustentabilidade e educação fiscal: A Pátria Educadora na cidade constitucional com a primeira atividade sendo III Seminário IPEA-USP-A gestão do conhecimento na cidade constitucional. O primeiro palestrante foi o Paulo Mager, diretor de cooperação técnica, e nos apresentou o projeto Alemanha – Brasil, projeto piloto para a Eficiência energética e energias renováveis com enfoque na qualidade de vida, e usando os alemães como referência que começaram a produzir energia de fonte renovável. Posteriormente comentou sobre a estrutura da Esaf que surgiu em uma cooperação com a Alemanha. Cooperação em que tenta se entender o modo de funcionamento, e conceitos. Com o objetivo de ser um centro de referência em energia solar em prédios públicos (a própria ESAF). O segundo palestrante foi o André S. Zuvanov, apresentou o IPEA e sua importância de produção, ferramentas de pesquisa e oportunidades e colaboração A terceira palestrante Veruzka da Silva Costa , gerente de gestão do conhecimento e inovação, apresentou as seguintes ferramentas: Observatório IPEA de Gestão do conhecimento e inovação e o conceito de gestão do conhecimento: A gc é um conjunto de técnicas e ferramentas para identificar e utilizar os ativos de informação e de conhecimento. Trata-se de uma definição da empresa KPMG “ uma abordagem sistemática e organizada para melhorar a capacidade da organização de mobilizar conhecimento para aumentar o desempenho” A gestão do conhecimento está ligada ao planejamento da organização. A população recebe o retorno através da divulgação do conhecimento. Por último o quarto palestrante: Almir de Oliveira Junior, diretor de estudos e políticas de democracia - desenvolvimento institucional, apresentou desafios de como interagir com o governo e gestão de políticas públicas, disse que o governo federal não tem planejamento, tem planos, não há visão de longo prazo. EX. Reincidência criminal.
  • 12. Visitamos a Catedral de BSB, outra arquitetura deslumbrante, a arquitetura de Brasília é tão exótica que por vezes parecia estar em uma maquete. Posteriormente aconteceu o II Seminário USP-CAIXA – Programa Melhores Práticas de Gestão Local Palestra no banco central com Rafael Artur Figueiredo Galeazzi que nos apresentou o programa de prêmio “Melhores práticas” da caixa. A caixa, segundo o palestrante, é uma Instituição financeira e uma empresa pública, vinculada ao ministério da fazenda, integra o sistema financeiro nacional e tem a seguinte missão: Atuar na promoção e do desenvolvimento sustentável do País, como Instituição Financeira, agente de políticas públicas e parceria estratégica do Estado brasileiro.
  • 13. O programa “melhores práticas” foi inspirado nas regras do Programa de Melhores Práticas e Lideranças Locais do Habitat/ONU e visa reconhecer projetos bem sucedidos – Melhores práticas – realizados com apoio financeiro e/ou técnico da CAIXA e colaborem para a implementação da Agenda Habitat no Brasil O que é uma melhor prática? São projetos que resultem em melhorias concretas da qualidade de vida das pessoas e no desenvolvimento sustentável dos assentamentos humanos, independente de localização regional, mas devem ser vinculados à caixa. Os objetivos do programa são selecionar, avaliar, premiar, reaplicar, divulgar e disseminar projetos, urbanos ou rurais, e experiências sustentáveis voltadas para: Gestão municipal, Habitação, Inclusão social, Saneamento entre outras. Realizado a cada 2 anos e para participar do programa, a prática deve ser inscrita no prêmio caixa melhores práticas em: www.caixa.gov.br/melhorespraticas O III Seminário USP-Banco Central – A estratégia nacional de educação financeira na cidade constitucional: Um museu de valores, foi a segunda palestra sobre o ENEF com Moisés Coelho que apresentou incialmente o contexto econômico que temos com os seguintes tópicos: Sistema financeiro complexo, Crescente oferta de crédito, Memória inflacionária, Expectativa de vida ascendente, estes tópicos caso não trabalhados poderá se ter uma população financeiramente despreparada. O ENEF visa a Inclusão financeira, proteção do consumidor, educação financeira, estabilidade econômica; para tais objetivos é necessária a promoção da educação financeira que tem a finalidade de promover a educação
  • 14. financeira e previdenciária, e contribuir para: tomada de decisões conscientes, o programa segue as seguintes diretrizes: Gratuidade das ações de educação financeira, atuação permanente e em âmbito nacional, atuação por meio de informação, formação e orientação. Uma das estratégias é voltada ao Ensino médio, por meio do fornecimento do material didático aos professores para que eles repassem essas informações, no entanto, a educação financeira na escola ainda não abrange o fundamental, projeto ainda em desenvolvimento. Para adultos oferecem educação financeira para mulheres do programa bolsa família e aposentados com renda até 2 salários mínimos. Há também a semana enef que objetiva provocar a discussão sobre educação financeira. www.semanaenef.gov.br e educacaofinanceira@bcb.gov.br O programa promove a educação financeira e o acesso à informação sobre o SFN. O site www.cidadaniafinanceira.bcb.gov.br é uma plataforma de acesso da população, perfis dos usuários e curso gratuito de gestão de finanças pessoais. A plataforma contém explicações didáticas sobre educação financeira. O projeto também atua com palestras para o publico em geral e para estudantes do ensino superior, esta é a forma de divulgação dos projetos, pois quando perguntado a ele, o palestrante disse que a divulgação é um dos grandes problemas. Outro projeto é a calculadora do cidadão, um aplicativo no celular. Por último fizemos uma visita a mostra “A persistência da Memória” que apresenta a trajetória das obras que compõe o acervo de arte do Museu de Valores do Banco Central do Brasil, na mostra vimos um dos seis módulos curatoriais, sendo este “Anos Rebeldes”, referente a década de 60 e 70 momento de intensa transformação social e política no mundo ocidental, e óbvio no próprio Brasil. Logo após visitamos o museu do banco central que me surpreendeu, não só pela riqueza, literalmente, de histórias apresentando as moedas usadas em outros países, não só por apresentar a história do “dinheiro” brasileiro, mas sim pelo caráter didático que possui, pelas reflexões que gera aos visitantes, me questiono ao pensar que esta “exposição de ideias” e didática poderia estar ao alcance de mais pessoas, com exposição itinerante, ou algo do gênero. As frases escritas nas paredes como “Você já parou para pensar?” e os exemplos do cotidiano como as promoções leve dois e pague um, alcançam o público e contribui de forma leve e descontraída para a educação financeira, a interação da exposição com o visitante também, ao propor
  • 15. montar uma propaganda e poder observar quais estratégias são usadas, quais nos chamam a atenção é um modo de nos conhecermos e conhecer o modo que compramos com um olhar diferente. Na saída ainda mais informações, nos foi dado um saco plástico com R$ 600 picotados em notas de R$ 20, maneira clara e objetiva de apresentar os gastos gerados pelo mal cuidado com a cédula. O eixo do penúltimo dia foi a Pátria educadora de direitos humanos e da participação social na cidade constitucional com o VI Seminário USP- UnB – Tributo a Darcy Ribeiro. O encontro de palestras aconteceu no Beijdromo – Memorial Darcy Ribeiro com os seguintes temas abordados “Sobre o direito achado na rua e nas instituições da cidade constitucional” e a “A ética e a reforma política na atual conjuntura da cidade constitucional”, sendo o palestrante Doutor José Geraldo de Souza Junior que nos apresentou a história da UNB e de Darcy Ribeiro, segundo ele primeiro reitor e pensador da UNB, escritor, antropólogo, educador, político. Complementando com a seguinte frase “Darcy Ribeiro é a tradução do espírito da universidade” Logo após a sua fala iniciou-se a fala da professora da federal de Goias – Elka, que levantou alguns questionamentos como: O que é a rua? Com quem caminhamos? Porque? Para que? Como? Onde queremos chegar? E nos apresentou o site www.odireitoachadonarua.blogspot.com.br/p/publicações. html que contém uma série de publicações disponíveis gratuitamente.
  • 16. A última atividade do dia foi a visita guiada ao Congresso Nacional, primeiramente com o Poder legislativo, onde tivemos a conversa com o Senador Telmario Mota de Oliveira, do PDT de Roraima, o senador faz parte da comissão de direitos Humanos e legislação participativa, uma de suas “lutas “ é pelo espaço indígena, destacou também a importância dos funcionários, segundo ele “a política é para servir e não para se servir”. Posteriormente fizemos a visita à câmara dos deputados (figura x) e visita a câmara do senado, este último com uma sessão em término, primeiramente fiquei impressionada, pois não sabia que a arquitetura côncava e convexa fosse funcional como o Jo... disse “Brasília é bela e funcional”, outro fato que me chamou a atenção é ter a imagem de cristo crucificado no centro e uma Bíblia sobre a bancada, o guia nos informou que antes de se iniciar a sessão dizem “em nome de Deus inicia-se a sessão” achei curioso pelo fato do Brasil ser um país laico. Último dia com o eixo Pátria educadora e sustentabilidade, o encontro do dia foi com o poder Legislativo na Câmara dos deputados com a Comissão de Legislação Participativa; o grupo foi bem recepcionado, assim que entramos recebemos uma pasta, dentro desta havia uma cartilha de orientação para o exercício do direito de participação junto ao poder legislativo, um livro sobre a audiência pública para debater as propostas de alteração da legislação de recursos
  • 17. hídricos sugeridas pela campanha da fraternidade de 2004 – CNBB, a constituição e uma pauta de reunião ordinária a ser realizada acompanhadas de informações sobre o tema a serem debatidos. Aldo Matos Moreno, secretário executivo CLP foi quem nos recepcionou e apresentou o funcionamento da CLP. Após a apresentação o grupo foi dividido em dois grupos, no qual o segundo grupo foi encaminhado para outra sala, ainda assim bem recepcionados, nos fora indicado a dinâmica, nós viveríamos um dia como deputados, passando-se pelos próprios, primeiramente elegeu os presidentes, vice e o terceiro vice também. Assim com a orientação dos servidores públicos seguiu-se a pauta da reunião, após a definição dos relatores, os contras e os a favor da sugestão baseando-se nos dados prévios fornecidos. Conclusão A disciplina foi vivida intensamente, por causa da quantidade das atividades, da experiência concreta e física, da transformação da teoria em prática, e principalmente pelo encontro da interdisciplinaridade, pois mesmo fora das atividades programadas o conhecimento, discussões, aspirações se faziam
  • 18. presente, nada se encerrava após a atividade, pois fomos instigados e permeados de novas ideias, pensamentos e reflexões. Durante a disciplina muitas informações foram coletadas, em certo momento estas flutuavam para que depois fossem absorvidas aos poucos, acredito que mesmo após este relatório muitas informações ainda não foram absorvidas totalmente e acredito que ao longo da experiência cidadã estas serão entendidas de fato. Vivenciar a cidade constitucional é um aprendizado de vida, que anseio desde a descoberta da disciplina no primeiro ano da universidade, sendo este o meu terceiro ano, projeto que me encantou ao proporcionar a extensão do aprendizado, da consciência política, sempre acreditei que o conhecimento é o meio para a mudança e desta forma o almejo para que de alguma forma possa ajudar a mudar o ambiente que vivo. Por fim, agradeço a receptividade de todos os palestrantes e instituições visitadas, assim como os funcionários envolvidos.