Del 16 al 19 de marzo de 2011, se adelantó en Brasil el Encuentro Nacional de Animadores de las Escuelas de Perdón y Reconciliación. Andrea Arruda del Centro de Derechos Humanos y Educación Popular comparte sus reflexiones sobre las herramientas de las ESPERE en el trabajo con jóvenes en problema con la ley.
Construamos a paz fazendo o melhor por nós e ao proximo
Encuentro Nacional de Animadores ESPERE, Brasil, marzo de 2011.
1. Perdão e Reconciliação:
Ferramentas para as medidas sócio-
educativas.
Trabalho com Jovens em conflito c/ a Lei
Centro dos Direitos Humanos e Educação Popular
São Paulo
março 2011
2. CENTRO DE DIREITOS HUMANOS E
EDUCAÇÃO POPULAR
30 anos...
Defendendo direitos humanos.
Atuando pela superação da violência.
Formando cidadãos participativos e
atuantes.
Promovendo acesso à justiça.
3. ESPERE e Práticas Restaurativas com
adolescentes em conflito com a lei
Entre 2007 e 2010, o CDHEP formou 52
educadores dos Núcleos de Proteção Especial
(NPPE) que acompanham jovens entre 12 – 21 anos
em conflito com a lei e profissionais da área de
assistência social das sub-prefeituras.
4. ESPERE e Práticas Restaurativas com
adolescentes em conflito com a lei
A formação esta baseada na ESPERE e na JR
Nova possibilidade de acolher o conflito e atuar
para transformar situações
5. ESPERE e Práticas Restaurativas com
adolescentes em conflito com a lei
Importância de pensar uma formação para atuar
em situações de conflitos, que tem como foco:
*Comunicação assertiva
*Ferramentas da alfabetização emocional (“eu-
mensagens”, escuta ativa, perguntas abertas)
*Abordagens restaurativos para ajudar na
transformação de conflitos: curva de conflito e
círculos restaurativos.
6. Percebe-se que os educadores(as) têm um desejo
grande de melhorar seu desempenho.
Várias reflexões com eles incluem assuntos como:
Qual é nosso papel como educador no NPPE?
Quem é o adolescente ou jovem com quem nós
trabalhamos?
O que significa justiça e perdão em nosso contexto?
6
7. ESPERE e Práticas Restaurativas com
adolescentes em conflito com a lei
•Como reduzir a criminalidade e reincidencia
juvenil e a violencia?
Como trabalhar a MSE como possibilidade de
responsabilizaçao, desenvolvimento da empatia da
restauraçao e de acionamento do SGD? E não
como uma forma retributiva de responder a um
ato?
Como trabalhar a afirmaçao social de que o
delinquente deve ser punido para que a vitima 7
encontre a paz?
8. ESPERE e Práticas Restaurativas com
adolescentes em conflito com a lei
Como pensar em diminuicao da violencia numa
sociedade desigual e preconceituosa?
Em resposta as questoes levantadas podemos
pensar:
Impossivel pensar segurança social sem
articulaçao e participacao de diversos segmentos
publicos e sociais, ja que seguranca publica é
“problema” de todos
9. ESPERE e Práticas Restaurativas com
adolescentes em conflito com a lei
Isso nos leva a pensar ao novo
paradigma da Segurança Publica: focado
no cidadão, promotores de direitos
humanos, participação social valorizada.
Penas e medidas alternativas como
menor reincidência, ação conjunta,
cultura de paz
10. Para entender o conflito ou o crime, é muito
importante que saibamos os fatos, entendamos as
causas e compreendamos os sentidos que estão
em sua raiz.
Talvez assim nossa intervenção possa ser mais
acertada.
Propomos duas ferramentas para essa analise: a
curva do conflito e ciclo da violência de Olga
Botcharova
11. Estudo de caso – curva do conflito
Assalto a
mão
armada
Intensividade
Moradia
com a avó
enferma Curva de conflito do
Morte da Caso João
Não mãe
reconhecimento
pelo Pai
Nascimento Curva de conflito
ideal
17 anos
Temp
o
12. A curva do conflito pode ajudar a mapear a situação de
vulnerabilidade social dentro de seu processo histórico,
convidando para a reflexão sobre o ato do crime: será que ele
é um ato desconectado de outros atos que o procederam?
Olhando para o contexto, será justo individualizar a culpa em
cima do jovem que cometeu um crime e lhe infringir uma pena,
sem responsabilziar outros atores que contribuíram para este
contexto, seja por ação, seja por omissão?
E por fim, será possível que os educadores possam aproveitar-
se deste ato criminoso do jovem para restaurar a condição de
igualdade cidadã, capaz de construir, reivindicar ou reforçar “o
esquema de cooperação que é a sociedade”. (RICOEUR,
2008c, p.181)
13. Reconciliação Agressão
Ato de agressão
justificada
Dor
Estabelecer a Justiça:
Ofensa
Rever a história Criar a Choque
Negociar soluções história
“certa"
Desejo de Consciência
Estabelecer a
justiça / da perda /
Justiça:
vingança pânico
Admitir a culpa
Desculpas em
público Ira - Repressão
“Por que da dor /
Rendição, Escolher medos
eu?”
perdoar
Compromisso de
assumir riscos
Luto –
"Por que eles?"
expressão
Rehumanizar o
da dor
inimigo Aceitar a perda
Nomear / enfrentar os
medos
Figura: Seven Steps Toward Reconciliation.
Fonte: BOTCHAROVA, Olga. Implementation of Track Two Diplomacy Developing a Model of Forgiveness. In:
HELMICK, Raymond G. S.J., & PETERSON, Rodney. Forgiveness and Reconciliation. Religion, Public Policy
& Conflict Transformation. Philadelphia: The Templeton Foundation Press. 2001.
14. ESPERE e Práticas Restaurativas com
adolescentes em conflito com a lei
• Afirmação do conflito: Encarar, falar e refletir o,
respeito é o caminho para sua superação. Ao reprimir
a dor, a raiva e negar a perda estamos nos
“autorizando” a sermos violentos.
15. ESPERE e Práticas Restaurativas com
adolescentes em conflito com a lei
Da mesma maneira os jovens são convidados a
• elaborar a dor,
• se perdoarem e
• fazer alguma promessa para se obrigarem a manter
certos valores necessários para o convívio em nossa
sociedade.
16. O PROCESSO
1. Formação e capacitação dos educadores (as) na
metodologia da EsPeRe e Práticas Restaurativa.
2. Os educadores(as) aplicam o curso adolescentes e
jovens em conflito com a lei. São realizadas
supervisões mensais que permitem a troca de
experiências, o aprofundamento dos conceitos e o
planejamento.
3.Oficinas de sensibilização para o perdão e justiça
com as famílias.
4. Criação de 4 Núcleos de Práticas Restaurativas para
transformar os conflitos nas escolas e comunidades.
(2011-2012) 16
17.
18. ESPERE e Práticas Restaurativas com
adolescentes em conflito com a lei
Os jovens são convidados a
•elaborar a dor,
•se perdoarem e
•fazer alguma promessa para se obrigarem a
manter certos valores necessários para o convívio
em nossa sociedade.
18
20. Três valores Três ações
Respeito Acolher –
Reconhecimento
Responsabilidade Enfrentar –
Instauração do justo
Reintegração / Restaurar –
Restauração das relações Cidadania / democracia
www.cdhep.org.br
21. Quando são chamados a responsabilização, os
adolescentes e jovens podem confrontar-se
efetivamente com a situação e buscar alternativas de
solução que podem contemplar as necessidades de
todos os envolvidos.
Construir o justo é um processo dinâmico, perpétuo e
dialogal que causa tensões, mas que é a única forma
de os sujeitos se articularem ao redor de seus direitos
e suas necessidades.
21
22. É POSSIVEL SER DIFERENTE......
Aplicação da ESPERE com jovens em
situação de vulnerabilidade e que
cumprem medida socioeducativa de
Prestação de Serviço a comunidade.
23. É POSSIVEL SER DIFERENTE......
TEMAS:
Por uma Cultura de Paz, Perdão e Justiça
Raiva e Violência e sua expressão
Conseqüências da raiva em nossa vida
Perdão um caminho pra a transformação
Instrumentos necessários para enfrentar o
conflito
Justiça Restaurativa
Circulo de Paz
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24. “Foi mais importante quando pude falar
sobre meu problema”
Depoimento de um adolescente
“Aprender a expressar minha raiva e
me aliviar”
“Aprender a se colocar no papel do
outro”
“Aprender a perdoar meu pai”
Depoimentos de adolescentes