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Problematizando a Pré-história
O prefixo Pré (antes de) subtende uma fase ocorrida antes da
História. Mas, ao contrário do significado da expressão que nomeia o
período inicial da história humana, a Pré-História não se trata de um
período anterior à História. Este termo foi cunhado por historiadores
do século XIX, que acreditavam ser impossível julgar o passado por
documentos que não fossem escritos.
Mas para o estudo da Pré-história, não há apenas as fontes
escritas. Este período conta com um riquíssimo aparato documental
que relata as descobertas e costumes do homem. Além disso, nos traz à
tona uma série de questões de interesse atual, como a que se refere à
relação do homem com a natureza. A Pré-história trata-se de um
período que vai da origem do homem até a invenção da escrita, por
volta de 4000 a.C. Nesse sentido, este período poderia ser chamado não
de pré-história, mas de pré-escrita, ou seja, trata-se da “história da
humanidade ocorrida antes da invenção da escrita”.
Os europeus, no século XIX, criaram as oposições
binárias como ágrafos X letrados; bárbaros X civilizados;
atrasados X desenvolvidos etc. Estes binários estiveram
ligadas à ideia simplista da Pré-história, as quais,
frequentemente, não consideraram, nem valorizaram, a
diversidade das expressões culturais. Por essa visão, os
europeus são considerados os “civilizados”, enquanto os
demais (o outro) são os bárbaros, não-letrados etc. Usando
estes conceitos, os europeus, no inicio do século vinte,
impuseram o chamado imperialismo, e dominaram outros
países dizendo que eram uma raça superior e que em
missão civilizatória, iriam levar aos atrasados sua cultura,
sua religião, sua cor, seu sistema econômico etc,
considerados superiores…
Costuma-se, também, relacionar a existência de
seres humanos junto com animais pré-históricos.
Isto de fato aconteceu? Na verdade, essa associação
que muitas vezes vemos em desenhos animados e
filmes, por exemplo, não apresenta nenhum respaldo
científico. Pessoas humanas, dinossauros e congêneres
não coabitaram simultaneamente os mesmos espaços,
existindo entre eles uma diferença de dezenas de
milhões de anos.
A origem da humanidade é objeto de estudos de
duas teorias principais: evolucionismo e criacionismo.
A teoria evolucionista – de Charles Darwin –
afirma que a Terra surgiu por volta de 4,5 bilhões de
anos atrás, como resultado de uma grande explosão
cósmica. E há 3,5 bilhões de anos desenvolveram-se em
nosso planeta, condições para o surgimento das
primeiras formas de vida.
Nossos primeiros ancestrais conhecidos surgiram
há 4,2 milhões de anos, como resultado de uma
evolução biológica de um tronco antigo de primatas:
 - Os Australopithecus (macaco do sul) – primata
encontrado em 1924, na África do Sul, tinham feições
diferentes de nós seres humanos modernos: eram
baixos, peludos e encurvados.
 - O Homo sapiens – também chamado “Cro-Magnon”
(encontrado em 1868, na França), espécie da qual
fazemos parte, surgiu por volta 100 mil anos atrás, e
com grande capacidade de adaptação ao meio
ambiente. Grupos do Homo sapiens moderno
ocuparam todos os continentes, chegando à América e
à Oceania.
A teoria criacionista é a
teoria que defende que o
Universo e o homem
foram criados por Deus,
como relata o Gênesis,
primeiro livro da Bíblia.
O homem já foi criado
“completo” dotado de
razão, como o é hoje,
sem passar pelo processo
evolutivo.
Os historiadores costumam dividir a Pré–história
em três grandes fases ou idades:
 Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada;
 Neolítico, ou Idade da Pedra Polida;
 Idade dos Metais ou Metalurgia;
– periodo que foi do surgimento da
humanidade até cerca de 18 mil anos
atrás;
– neste periodo, o homem vivia da caça,
pesca e coleta, ou seja, era um
extrativista e predador;
– viva em grupos e refugiavam-se em
cavernas;
– há domínio do fogo: este foi maior
avanço técnico deste período,
fundamental para a sobrevivência
humana;
– surgem as primeiras manifestações
artísticas: adornos para o corpo,
estatuetas femininas, pinturas de
animais nas paredes das cavernas
(pintura rupestre), apresentando cenas
de caça;
– o homem paleolítico crê na existência
da vida após a morte.
Pinturas rupestres, fonte de
informação sobre este
período.
– periodo que foi de aproximadamente 18 mil anos atrás
até 5 mil antes de Cristo;
– há desenvolvimento de melhores técnicas (armas e
instrumentos) agrícolas (como o arado de tração
animal, por exemplo) e de caça, que possibilitam ao
homem deste período, maior domínio sobre a natureza;
– surgimento da agricultura, domesticação e criação de
animais;
A prática da caça e da coleta se tornaram opções
cada vez mais difíceis. A agricultura e o consequente
processo de sedentarização do homem se
estabeleceram gradualmente. Além disso, a
domesticação animal se tornou uma prática usual
entre os grupos humanos que se formavam nesse
período. A estabilidade obtida por essas novas técnicas
de domínio da natureza e dos animais também
possibilitou a formação de grandes aglomerados
populacionais.
O nomadismo consiste em uma prática onde um homem ou
grupos humanos vagueiam por diferentes territórios. Nesse processo de
locomoção pelo espaço, essas comunidades utilizam-se dos recursos
oferecidos pela natureza até esses se esgotarem. Com o fim desses
recursos, esses grupos se deslocam até encontrarem outra região que
ofereça as condições necessárias para a sobrevivência. Durante o
Paleolítico e parte do Neolítico, o nomadismo foi uma prática comum
entre os primeiros grupos humanos. Com as mudanças climáticas e o
desenvolvimento das primeiras técnicas agrícolas, o nomadismo cedeu
espaço para o aparecimento de comunidades sedentárias originárias
das primeiras civilizações da Antiguidade. Sedentarismo é um termo
aplicado à transição cultural da colonização nômade à permanente. Na
transição para o sedentarismo, as populações seminômades passaram a
desenvolver acampamentos fixos. Com isso, o sedentarismo se tornou
possível com novas técnicas agrícolas e pecuárias. O desenvolvimento
do sedentarismo aumentou a agregação populacional e levou à
formação de vilas, cidades e outras formas de comunidades, próprias já
da Idade dos Metais.
Réplica de habitações típicas do final do Neolítico.
Outros avanços do período Neolítico:
- arado de tração animal; divisão de tarefas, invenção da roda;
- formação de comunidades (clãs e tribos): construção de habitações è
de nômade a sedentário;
- surgem foices, lâminas cortantes, enxadas, machados e centenas de
utensílios agrícolas;
- uso do barro para fazer potes e jarros de cerâmica;
- fazem-se jangadas, canoas e barcos è começam a navegar
- melhoria dos trajes; roupas de fibras vegetais (linho e lã) è teares
manuais;
- religiosidade: os homens são politeístas, isto é, adoram vários deuses
como a natureza, o raio, o trovão, os astros etc;
- surgem os monumentos megalíticos (menires e dolmens), que eram
grandes pedras fincadas no chão sustentando outras pedras gigantescas
è início das gigantescas construções que vão surgir com as civilizações
seguintes.
- de aproximadamente 5.000 até 4.000 a.C.;
- descoberta do uso de minérios como cobre, bronze e ferro;
- surgem os primeiros centros urbanos com vários
melhoramentos, isto é, as primeiras cidades-estados;
- surgem pequenos reinos è com poder centralizado è
domínio de uns sobre os outros => guerras è primeiros
impérios e presença de escravos;
- as civilizações procuram desenvolver-se perto dos grandes
rios e vales;
- impulso na agricultura, no comércio, na navegação (barcos
a vela);
- surge a escrita (na Mesopotâmia e Egito, p.ex.) por volta de
4.000 a.C. => passagem da Pré-História para a História.
Fornalha Pré-Histórica encontrada no Parque Kruger, África.
“No século XIX, os estudiosos europeus acreditavam que a
humanidade evolui em estágios sucessórios, iguais e obrigatórios
a todas as sociedades, em seu caminho rumo à civilização. Essa
convicção levou a considerar o outro, sobretudo o não-europeu,
como bárbaro, atrasado, sem cultura e não-desenvolvido. Os
principais desdobramentos desse pensamento, ao longo do
século XIX, levaram à desconsideração e ao desrespeito de toda
cultura que não a européia, e deram margem para o
desenvolvimento das empresas colonizadoras, que procuravam
justificar seus objetivos, basicamente econômicos, afirmando
que suas ações “civilizaram” e levaram o progresso aos povos que
ainda se encontraram nos primórdios da evolução humana. A
escrita estabeleceria, tanto no século XIX como para muitos
ainda hoje, um domínio sem o qual não existiria cultura.”
- Apostila do Professor Alcides.
- Bassil Escola: http://www.brasilescola.com. Acesso
em29/01/2013
- Caderno do aluno e do professor. História, Ensino Médio – 1ª
série, Vol. 1. SEE-SP, 2009.
- www.wikipedia.org. Acesso em 28/01/2013.
http://alcidesbarbosadeamorim.com.br/?p=573
PROF NEMEIS
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Sit 1 vol 1 problematizando a pré-história

  • 2.
  • 3. O prefixo Pré (antes de) subtende uma fase ocorrida antes da História. Mas, ao contrário do significado da expressão que nomeia o período inicial da história humana, a Pré-História não se trata de um período anterior à História. Este termo foi cunhado por historiadores do século XIX, que acreditavam ser impossível julgar o passado por documentos que não fossem escritos. Mas para o estudo da Pré-história, não há apenas as fontes escritas. Este período conta com um riquíssimo aparato documental que relata as descobertas e costumes do homem. Além disso, nos traz à tona uma série de questões de interesse atual, como a que se refere à relação do homem com a natureza. A Pré-história trata-se de um período que vai da origem do homem até a invenção da escrita, por volta de 4000 a.C. Nesse sentido, este período poderia ser chamado não de pré-história, mas de pré-escrita, ou seja, trata-se da “história da humanidade ocorrida antes da invenção da escrita”.
  • 4. Os europeus, no século XIX, criaram as oposições binárias como ágrafos X letrados; bárbaros X civilizados; atrasados X desenvolvidos etc. Estes binários estiveram ligadas à ideia simplista da Pré-história, as quais, frequentemente, não consideraram, nem valorizaram, a diversidade das expressões culturais. Por essa visão, os europeus são considerados os “civilizados”, enquanto os demais (o outro) são os bárbaros, não-letrados etc. Usando estes conceitos, os europeus, no inicio do século vinte, impuseram o chamado imperialismo, e dominaram outros países dizendo que eram uma raça superior e que em missão civilizatória, iriam levar aos atrasados sua cultura, sua religião, sua cor, seu sistema econômico etc, considerados superiores…
  • 5. Costuma-se, também, relacionar a existência de seres humanos junto com animais pré-históricos. Isto de fato aconteceu? Na verdade, essa associação que muitas vezes vemos em desenhos animados e filmes, por exemplo, não apresenta nenhum respaldo científico. Pessoas humanas, dinossauros e congêneres não coabitaram simultaneamente os mesmos espaços, existindo entre eles uma diferença de dezenas de milhões de anos.
  • 6.
  • 7. A origem da humanidade é objeto de estudos de duas teorias principais: evolucionismo e criacionismo. A teoria evolucionista – de Charles Darwin – afirma que a Terra surgiu por volta de 4,5 bilhões de anos atrás, como resultado de uma grande explosão cósmica. E há 3,5 bilhões de anos desenvolveram-se em nosso planeta, condições para o surgimento das primeiras formas de vida. Nossos primeiros ancestrais conhecidos surgiram há 4,2 milhões de anos, como resultado de uma evolução biológica de um tronco antigo de primatas:
  • 8.  - Os Australopithecus (macaco do sul) – primata encontrado em 1924, na África do Sul, tinham feições diferentes de nós seres humanos modernos: eram baixos, peludos e encurvados.  - O Homo sapiens – também chamado “Cro-Magnon” (encontrado em 1868, na França), espécie da qual fazemos parte, surgiu por volta 100 mil anos atrás, e com grande capacidade de adaptação ao meio ambiente. Grupos do Homo sapiens moderno ocuparam todos os continentes, chegando à América e à Oceania.
  • 9. A teoria criacionista é a teoria que defende que o Universo e o homem foram criados por Deus, como relata o Gênesis, primeiro livro da Bíblia. O homem já foi criado “completo” dotado de razão, como o é hoje, sem passar pelo processo evolutivo.
  • 10. Os historiadores costumam dividir a Pré–história em três grandes fases ou idades:  Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada;  Neolítico, ou Idade da Pedra Polida;  Idade dos Metais ou Metalurgia;
  • 11. – periodo que foi do surgimento da humanidade até cerca de 18 mil anos atrás; – neste periodo, o homem vivia da caça, pesca e coleta, ou seja, era um extrativista e predador; – viva em grupos e refugiavam-se em cavernas; – há domínio do fogo: este foi maior avanço técnico deste período, fundamental para a sobrevivência humana; – surgem as primeiras manifestações artísticas: adornos para o corpo, estatuetas femininas, pinturas de animais nas paredes das cavernas (pintura rupestre), apresentando cenas de caça; – o homem paleolítico crê na existência da vida após a morte. Pinturas rupestres, fonte de informação sobre este período.
  • 12.
  • 13. – periodo que foi de aproximadamente 18 mil anos atrás até 5 mil antes de Cristo; – há desenvolvimento de melhores técnicas (armas e instrumentos) agrícolas (como o arado de tração animal, por exemplo) e de caça, que possibilitam ao homem deste período, maior domínio sobre a natureza; – surgimento da agricultura, domesticação e criação de animais;
  • 14. A prática da caça e da coleta se tornaram opções cada vez mais difíceis. A agricultura e o consequente processo de sedentarização do homem se estabeleceram gradualmente. Além disso, a domesticação animal se tornou uma prática usual entre os grupos humanos que se formavam nesse período. A estabilidade obtida por essas novas técnicas de domínio da natureza e dos animais também possibilitou a formação de grandes aglomerados populacionais.
  • 15. O nomadismo consiste em uma prática onde um homem ou grupos humanos vagueiam por diferentes territórios. Nesse processo de locomoção pelo espaço, essas comunidades utilizam-se dos recursos oferecidos pela natureza até esses se esgotarem. Com o fim desses recursos, esses grupos se deslocam até encontrarem outra região que ofereça as condições necessárias para a sobrevivência. Durante o Paleolítico e parte do Neolítico, o nomadismo foi uma prática comum entre os primeiros grupos humanos. Com as mudanças climáticas e o desenvolvimento das primeiras técnicas agrícolas, o nomadismo cedeu espaço para o aparecimento de comunidades sedentárias originárias das primeiras civilizações da Antiguidade. Sedentarismo é um termo aplicado à transição cultural da colonização nômade à permanente. Na transição para o sedentarismo, as populações seminômades passaram a desenvolver acampamentos fixos. Com isso, o sedentarismo se tornou possível com novas técnicas agrícolas e pecuárias. O desenvolvimento do sedentarismo aumentou a agregação populacional e levou à formação de vilas, cidades e outras formas de comunidades, próprias já da Idade dos Metais.
  • 16. Réplica de habitações típicas do final do Neolítico.
  • 17. Outros avanços do período Neolítico: - arado de tração animal; divisão de tarefas, invenção da roda; - formação de comunidades (clãs e tribos): construção de habitações è de nômade a sedentário; - surgem foices, lâminas cortantes, enxadas, machados e centenas de utensílios agrícolas; - uso do barro para fazer potes e jarros de cerâmica; - fazem-se jangadas, canoas e barcos è começam a navegar - melhoria dos trajes; roupas de fibras vegetais (linho e lã) è teares manuais; - religiosidade: os homens são politeístas, isto é, adoram vários deuses como a natureza, o raio, o trovão, os astros etc; - surgem os monumentos megalíticos (menires e dolmens), que eram grandes pedras fincadas no chão sustentando outras pedras gigantescas è início das gigantescas construções que vão surgir com as civilizações seguintes.
  • 18. - de aproximadamente 5.000 até 4.000 a.C.; - descoberta do uso de minérios como cobre, bronze e ferro; - surgem os primeiros centros urbanos com vários melhoramentos, isto é, as primeiras cidades-estados; - surgem pequenos reinos è com poder centralizado è domínio de uns sobre os outros => guerras è primeiros impérios e presença de escravos; - as civilizações procuram desenvolver-se perto dos grandes rios e vales; - impulso na agricultura, no comércio, na navegação (barcos a vela); - surge a escrita (na Mesopotâmia e Egito, p.ex.) por volta de 4.000 a.C. => passagem da Pré-História para a História.
  • 19. Fornalha Pré-Histórica encontrada no Parque Kruger, África.
  • 20. “No século XIX, os estudiosos europeus acreditavam que a humanidade evolui em estágios sucessórios, iguais e obrigatórios a todas as sociedades, em seu caminho rumo à civilização. Essa convicção levou a considerar o outro, sobretudo o não-europeu, como bárbaro, atrasado, sem cultura e não-desenvolvido. Os principais desdobramentos desse pensamento, ao longo do século XIX, levaram à desconsideração e ao desrespeito de toda cultura que não a européia, e deram margem para o desenvolvimento das empresas colonizadoras, que procuravam justificar seus objetivos, basicamente econômicos, afirmando que suas ações “civilizaram” e levaram o progresso aos povos que ainda se encontraram nos primórdios da evolução humana. A escrita estabeleceria, tanto no século XIX como para muitos ainda hoje, um domínio sem o qual não existiria cultura.”
  • 21. - Apostila do Professor Alcides. - Bassil Escola: http://www.brasilescola.com. Acesso em29/01/2013 - Caderno do aluno e do professor. História, Ensino Médio – 1ª série, Vol. 1. SEE-SP, 2009. - www.wikipedia.org. Acesso em 28/01/2013. http://alcidesbarbosadeamorim.com.br/?p=573 PROF NEMEIS prof.nemeis@terra.com.br