3. AGENDA
1. Princípios de Funcionamentos
2. Revisão dos Parâmetros Elétricos
3. Resistência Série e Paralelo
4. Associação de Células e Módulos Fotovoltaicos
5. Parâmetros Externos que Afetam as Características Elétricas
6. Células e Módulos de Silício Cristalino
7. Células e Módulos de Filmes Finos
8. Normas Para Módulos Fotovoltaicos
4. PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO
Permite a conversão de energia luminosa para energia
elétrica
Semelhante ao funcionamento de um diodo fotossensível
Uso do silício dopado com fosforo (tipo N) e boro (tipo
P)
5.
6. O EFEITO FOTOVOLTAICO
O efeito fotovoltaico ocorre quando a luz incide em um material semicondutor
específico, como a célula fotovoltaica.
Nela, o material semicondutor é composto por silício e recebe propriedades
dopantes que o dividem eu duas camadas: de material N e de material P.
O material N possui um excedente de elétrons e o material P apresenta falta de
elétrons.
Devido à diferença de concentração de elétrons nas duas camadas de materiais,
os elétrons da camada N fluem para a camada P e criam um campo
elétrico dentro de uma zona de depleção, também chamada de barreira de
potencial, no interior da estrutura da célula.
7. O EFEITO FOTOVOLTAICO
A camada superior de material N de uma célula fotovoltaica é tão fina que a luz
pode penetrar nesse material e descarregar sua energia sobre os elétrons,
fazendo com que eles tenham energia suficiente para vencer a barreira de
potencial e movimentar-se da camada P para a camada N.
Os elétrons em movimento são coletados pelos eletrodos metálicos da célula
fotovoltaica.
Se houver um circuito fechado, os elétrons vão circular em direção aos
eletrodos da camada P, formando assim uma corrente elétrica.
9. REVISÃO PARÂMETROS ELÉTRICOS
1. Tensão de Circuito Aberto (Voc):Tensão nos
terminais da célula quando não há corrente elétrica
circulando. É a tensão máxima que se pode obter.
2. Corrente de Curto Circuito (Isc): Máxima corrente
que se pode obter e é medida curto-circuitando os
terminais da célula
3. Fator de Forma (FF): Razão da máxima potência da
célula com e o produto da corrente de curto circuito e a
tensão de circuito aberto.
10. REVISÃO PARÂMETROS ELÉTRICOS
Eficiência (η): é o parâmetro que define quão efetivo é o processo de conversão
de energia solar em energia elétrica. Representa a relação entre a potência elétrica
produzida pela célula fotovoltaica e a potência da energia solar incidente e pode ser
definida como segue:
onde A (m2) é a área da célula e G (W/m2) é a irradiância solar incidente.A unidade
da potência da célula e do módulo fotovoltaico é o Wp (watt-pico), que é associada
às condições-padrão de ensaio (STC)
11.
12. EXEMPLO:
Dados: 72 Celulas se Silicio em Série.Area de cada Celula Quadrada de lado 12,5
cm. Densidade de Corrente me cada célula 32 mA/cm2 tensão de cada célula 0,46V
a 0, 48V.
Encontre: IMP, VMP, e PMP
Solução:
Area_Celula=156 cm2
IMP=32mA/cm2 * 156 cm2=4,9992=5
VMP=72(0,46 0,48]=[33,12 34,56]V
PMP=VMPxIMP=[5 *33,12 5*34,56]=[165,6 172,8] Wp
13. RESISTÊNCIA SÉRIE E PARALELO
Resistência Série
(Rs): Se origina no
próprio material
semicondutor, nos
contatos metálicos
e na junção metal-
semicondutor.
Resistência
Paralela (Rp): Se
origina do contato
metálico frontal e
região p e o
contato metálico
frontal e traseiro.
15. EFEITOS DA RESISTÊNCIA SÉRIE
Reduz a corrente de curto circuito (Isc) e o
fator de forma (FF), mas não afeta tensão de
circuito aberto (Voc);
Com o aumento da Rs, a curva I-V perde
característica e se reduz a uma reta cuja
inclinação é 1/Rs.
16.
17. EFEITOS DA RESISTÊNCIA PARALELO
Reduz tensão de circuito aberto (Voc) e fator de forma
(FF), sem influir na corrente de curto circuito (Isc);
Causada por impurezas e defeitos na estrutura,
principalmente próximos a borda
Produz corrente de fuga e reduzindo a corrente efetiva
do circuito.
Para baixos valores de Rp, perde-se a característica da
curva I-V, se reduzindo a uma reta de inclinação 1/Rp.
20. EXEMPLO:
Dados: Uma célula fotovoltaica. IMP= 28,57 mAVMP=0,53V, Isc=36mA
VOC=0,614V ;A=1cm2. Em STC= Pincidente é 100 mW/cm2
Calcule: FF, eficiência da célula na STC.
Solução:
FF=28,57mAx0,53W/(36mAx0,614V)= 0,685
n=Pgerada/Pincidente= 0,685x0,614*36mA/(100mW/cm2*1cm2)=0,1514
n=15,141%
0,1514124
21. ASSOCIAÇÃO DE CÉLULAS E MÓDULOS
FOTOVOLTAICOS
Associação Série: É ligado o
terminal positivo de uma célula ao
terminal negativo da outra célula. Se
as células possuem corrente de
curto circuito diferentes, prevalece a
célula com a menor corrente de
curto circuito (está pratica não é
recomendada, pois pode causar
superaquecimento).
22. ASSOCIAÇÃO DE CÉLULAS E MÓDULOS
FOTOVOLTAICOS
Associação Paralela: São
interligados os terminais positivos
das células, assim como os
negativos.
23. PARÂMETROS EXTERNOS QUE AFETAM AS
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
Irradiância incidente e sua distribuição espectral;
Temperatura de operação da célula;
Concentrações de radiação solar (lentes ou
espelhos);
Fatores de Qualidade: custo, durabilidade, reputação do
fabricante, etc.
A eficiência não deve nortear a escolha do módulo a
não ser que a área disponível seja um fator de
restrição.
24. INFLUÊNCIA DA IRRADIÂNCIA SOLAR
A Isc de uma célula (ou de um módulo) pode ser relacionada à irradiância
incidente pela equação:
Isc (A) = Corrente de curto circuito do
módulo, para a irradiância G e temp. de 25°C
Isc stc (A) = Corrente de curto circuito do
módulo nas STC (Standard Test Conditions)
G(W/m²) = Irradiância incidente sobre o
módulo
1000 (W/m²) = Irradiância nas STC
25.
26. INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA
Tensão da célula
diminui
significativamente
com aumento da
temperatura,
enquanto que a
corrente gerada
sofre uma elevação
muito pequena,
quase desprezível.
27. CÉLULAS E MÓDULOS DE SILÍCIO CRISTALINO
As células de c-Si corresponderam a 87,9% do mercado mundial;
Si-gE (grau eletrônico) denominada 9N com pureza de
99,9999999%. É obtido do Si-gM po um processo chamado
Siemens
Si-g (grau solar) denominado 6M com pureza de 99,9999%. É
obtido do Si-gM po um processo chamado Siemens com rotas
alternativas.
Si-gM (grau metalúrgico) com pureza de ~99%. É obtido a partir da
sílica (SiO2) em fornos a arco elétrico numa temperatura que
pode atingir 1780°C, utilizando como matéria prima quartzo ou
areia e o carvão.
29. CÉLULAS E MÓDULOS DE SILÍCIO CRISTALINO
As principais células podem ser
dividias em 2 tipos:
1. Silício monocristalino: As células são
obtidas por corte das barras em forma
de pastilhas finas (0,2 – 0,5 mm² de
espessura). Ef = 24,2%
2. Silício policristalino: São produzidas a
partir de blocos de silício obtidos por
fusão de silício puro em moldes
especiais. Uma vez nos moldes, o silício
esfria lentamente e solidifica-se. Neste
processo, os átomos não se organizam
num único cristal. Ef = 19%
30.
31.
32. CÉLULAS E MÓDULOS DE SILÍCIO CRISTALINO
Alguns fabricantes disponibilizam células
coloridas destinado à integração arquitetônica;
As cores são obtidas por diferente composições
e espessuras na camada antirreflexiva (AR).
A substância usada na camada AR convencional é
o SnO2, que é transparente, a cor visualizada é
resultado de m fenômeno de interferência optica
causada pela espessura e índice de refração.
33.
34. ENCAPSULAMENTO DAS CÉLULAS
Após soldagem, as células são
encapsuladas;
Afim de dar proporcionar
resistência mecânica ao módulo;
Sanduíche de vidro temperado de
alta transparência;
EVA (acetato de etil vinila
estabilizado para radiação UV);
Após este processo, a célula é
emoldurada.
35.
36. CÉLULAS E MÓDULOS DE FILMES FINOS
~12% da produção mundial
Células bem finas de poucos micrometros
Menor custo de fabricação (usa menos material)
Maior custo de instalação (cabos, esturas de fixação)
Rígidas ou flexíveis;
Apliações em celulares, calculadoras, relógios e etc
Principal material utilizado é o Silicio Amorfo Hidrogenado
Efmédia = 10%
37. CÉLULAS E MÓDULOS DE FILMES FINOS
Celula inferior absorve a luz de cor
vermelha
Célula intermediária absorve a luz de
cor verde
Célula superior absorve a luz de cor
azul
Aumentando o aproveitamento do
espectro solar
38. CÉLULAS DE FILMES FINOS COM CÁDMIO
CdTe
Respondem por 5,5% do mercado
mundial
Garantia de 80% da potência inicial
em 25 anos
Ef = 14,4%
CIGS
Células de heterojunção
Bastante fina com camadas de cerca de 50 nm e 2000 nm
Garantia de 80% da potência inicial em 25 anos
Ef = 15,7%
PROBLEMAS:
Uso do cádmio é toxico e tem restrições ambientais;
Fontes insuficientes de telúrio para CdTe;
Estudos tentam substituir o camada que usa cádmio
39.
40. CÉLULAS ORGÂNICAS E DE CORANTES
Consideradas Fotoeletroquimicas pela absorção de luz num corante;
Baixo custo de fabricação da célula;
Espessura 1000 vezes menor que a de silício;
Menor preocupação quanto a inclinação do módulo devido a sua capacidade de
absorção da radiação difusa;
Corantes orgânicos de uva, berinjela, e amora sendo estudados;
Ef = 10%
41.
42. CÉLULAS MULTIJUÇÃO
Cada célula fotovoltaica tem a capacidade de absorver a luz mais eficientemente
numa determinada faixa de comprimento de onda.
Logo, uma célula com uma única junção não é capaz de absorver a energia solar em
todo o seu espectro.
As células multijunção, por sua vez, ao utilizar o empilhamento de duas ou mais
células fotovoltaicas, conseguem cobrir uma maior faixa do espectro de radiação
solar, aumentando a absorção de energia.
Dessa forma, as células multijunção atingem as mais elevadas eficiências (38,8%, em
laboratório, sem concentração (NREL, 2015))
NREL. Best Research-Cell Efficiencies. Disponível em:
http://www.nrel.gov/ncpv/images/efficiency_chart.jpg
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=celula-solar-
multijuncao-bate-recorde-eficiencia&id=010115160524#.V1SMQfkrLIV
43.
44. CONCENTRAÇÃO FOTOVOLTAICA (CPV)
A tecnologia conhecida como Concentrated Photovoltaics (CPV) consiste em
utilizar espelhos ou lentes para concentrar os raios solares sobre células
fotovoltaicas,
aumentando a eficiência da absorção da irradiação, e exigindo assim menor área de
células para produzir a mesma quantidade de energia.
Por esse motivo, é comum utilizar células mais caras e de elevada eficiência em
conjunto com o sistema concentrador.
Dessa forma, já foi possível atingir 46% de eficiência com uma célula multijunção em
laboratório, e módulos com mais de 36% de eficiência (FRAUNHOFER ISE, 2015b).
FRAUNHOFER ISE. Photovoltaics Report, 26 ago. 2015b.
49. EXEMPLO
Temos 40 módulos:
PMP=80WP
IMP=4,73 A
VMP=16,9V
Isc=4,97A
Voc=21,5
Largura= 0,6 m
Comprimento= 1 m
Sabendo a tensão do Sistema 340V I máxima = 10A e Área do um lado do telhado 6,5mx 4,5m
Solução: Ns=340/16,9= 20 módulos em série.
Np=10/4,73=2 fileiras em serie conectados em paralelo.
Área ocupada de um lado do telhado= 0,6*40= 24m2< 29,m2( 6,5x4,5)
PMP=16,9*20*4,73*2=32000Wp= 3,2 kWp