SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 49
Baixar para ler offline
1
CÉLULAS E MÓDULOS FOTOVOLTAICOS
PROF. PHD. CLODOMIRO UNSIHUAY
AGENDA
1. Princípios de Funcionamentos
2. Revisão dos Parâmetros Elétricos
3. Resistência Série e Paralelo
4. Associação de Células e Módulos Fotovoltaicos
5. Parâmetros Externos que Afetam as Características Elétricas
6. Células e Módulos de Silício Cristalino
7. Células e Módulos de Filmes Finos
8. Normas Para Módulos Fotovoltaicos
PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO
 Permite a conversão de energia luminosa para energia
elétrica
 Semelhante ao funcionamento de um diodo fotossensível
 Uso do silício dopado com fosforo (tipo N) e boro (tipo
P)
O EFEITO FOTOVOLTAICO
 O efeito fotovoltaico ocorre quando a luz incide em um material semicondutor
específico, como a célula fotovoltaica.
 Nela, o material semicondutor é composto por silício e recebe propriedades
dopantes que o dividem eu duas camadas: de material N e de material P.
 O material N possui um excedente de elétrons e o material P apresenta falta de
elétrons.
 Devido à diferença de concentração de elétrons nas duas camadas de materiais,
os elétrons da camada N fluem para a camada P e criam um campo
elétrico dentro de uma zona de depleção, também chamada de barreira de
potencial, no interior da estrutura da célula.
O EFEITO FOTOVOLTAICO
 A camada superior de material N de uma célula fotovoltaica é tão fina que a luz
pode penetrar nesse material e descarregar sua energia sobre os elétrons,
fazendo com que eles tenham energia suficiente para vencer a barreira de
potencial e movimentar-se da camada P para a camada N.
 Os elétrons em movimento são coletados pelos eletrodos metálicos da célula
fotovoltaica.
 Se houver um circuito fechado, os elétrons vão circular em direção aos
eletrodos da camada P, formando assim uma corrente elétrica.
https://www.youtube.com/watch?v=ncC-qGsWvAY
https://www.youtube.com/watch?v=Z5C99L0CR1E
REVISÃO PARÂMETROS ELÉTRICOS
1. Tensão de Circuito Aberto (Voc):Tensão nos
terminais da célula quando não há corrente elétrica
circulando. É a tensão máxima que se pode obter.
2. Corrente de Curto Circuito (Isc): Máxima corrente
que se pode obter e é medida curto-circuitando os
terminais da célula
3. Fator de Forma (FF): Razão da máxima potência da
célula com e o produto da corrente de curto circuito e a
tensão de circuito aberto.
REVISÃO PARÂMETROS ELÉTRICOS
Eficiência (η): é o parâmetro que define quão efetivo é o processo de conversão
de energia solar em energia elétrica. Representa a relação entre a potência elétrica
produzida pela célula fotovoltaica e a potência da energia solar incidente e pode ser
definida como segue:
onde A (m2) é a área da célula e G (W/m2) é a irradiância solar incidente.A unidade
da potência da célula e do módulo fotovoltaico é o Wp (watt-pico), que é associada
às condições-padrão de ensaio (STC)
EXEMPLO:
Dados: 72 Celulas se Silicio em Série.Area de cada Celula Quadrada de lado 12,5
cm. Densidade de Corrente me cada célula 32 mA/cm2 tensão de cada célula 0,46V
a 0, 48V.
Encontre: IMP, VMP, e PMP
Solução:
Area_Celula=156 cm2
IMP=32mA/cm2 * 156 cm2=4,9992=5
VMP=72(0,46 0,48]=[33,12 34,56]V
PMP=VMPxIMP=[5 *33,12 5*34,56]=[165,6 172,8] Wp
RESISTÊNCIA SÉRIE E PARALELO
 Resistência Série
(Rs): Se origina no
próprio material
semicondutor, nos
contatos metálicos
e na junção metal-
semicondutor.
 Resistência
Paralela (Rp): Se
origina do contato
metálico frontal e
região p e o
contato metálico
frontal e traseiro.
CIRCUITO EQUIVALENTE DA CÉLULAVOLTAICA
EFEITOS DA RESISTÊNCIA SÉRIE
 Reduz a corrente de curto circuito (Isc) e o
fator de forma (FF), mas não afeta tensão de
circuito aberto (Voc);
 Com o aumento da Rs, a curva I-V perde
característica e se reduz a uma reta cuja
inclinação é 1/Rs.
EFEITOS DA RESISTÊNCIA PARALELO
 Reduz tensão de circuito aberto (Voc) e fator de forma
(FF), sem influir na corrente de curto circuito (Isc);
 Causada por impurezas e defeitos na estrutura,
principalmente próximos a borda
 Produz corrente de fuga e reduzindo a corrente efetiva
do circuito.
 Para baixos valores de Rp, perde-se a característica da
curva I-V, se reduzindo a uma reta de inclinação 1/Rp.
EFEITOS RS E RP RESPECTIVAMENTE
EXEMPLO:
 Dados: Uma célula fotovoltaica. IMP= 28,57 mAVMP=0,53V, Isc=36mA
 VOC=0,614V ;A=1cm2. Em STC= Pincidente é 100 mW/cm2
 Calcule: FF, eficiência da célula na STC.
 Solução:
 FF=28,57mAx0,53W/(36mAx0,614V)= 0,685
 n=Pgerada/Pincidente= 0,685x0,614*36mA/(100mW/cm2*1cm2)=0,1514
 n=15,141%
0,1514124
ASSOCIAÇÃO DE CÉLULAS E MÓDULOS
FOTOVOLTAICOS
 Associação Série: É ligado o
terminal positivo de uma célula ao
terminal negativo da outra célula. Se
as células possuem corrente de
curto circuito diferentes, prevalece a
célula com a menor corrente de
curto circuito (está pratica não é
recomendada, pois pode causar
superaquecimento).
ASSOCIAÇÃO DE CÉLULAS E MÓDULOS
FOTOVOLTAICOS
 Associação Paralela: São
interligados os terminais positivos
das células, assim como os
negativos.
PARÂMETROS EXTERNOS QUE AFETAM AS
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
 Irradiância incidente e sua distribuição espectral;
 Temperatura de operação da célula;
 Concentrações de radiação solar (lentes ou
espelhos);
Fatores de Qualidade: custo, durabilidade, reputação do
fabricante, etc.
A eficiência não deve nortear a escolha do módulo a
não ser que a área disponível seja um fator de
restrição.
INFLUÊNCIA DA IRRADIÂNCIA SOLAR
 A Isc de uma célula (ou de um módulo) pode ser relacionada à irradiância
incidente pela equação:
 Isc (A) = Corrente de curto circuito do
módulo, para a irradiância G e temp. de 25°C
 Isc stc (A) = Corrente de curto circuito do
módulo nas STC (Standard Test Conditions)
 G(W/m²) = Irradiância incidente sobre o
módulo
 1000 (W/m²) = Irradiância nas STC
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA
 Tensão da célula
diminui
significativamente
com aumento da
temperatura,
enquanto que a
corrente gerada
sofre uma elevação
muito pequena,
quase desprezível.
CÉLULAS E MÓDULOS DE SILÍCIO CRISTALINO
 As células de c-Si corresponderam a 87,9% do mercado mundial;
 Si-gE (grau eletrônico) denominada 9N com pureza de
99,9999999%. É obtido do Si-gM po um processo chamado
Siemens
 Si-g (grau solar) denominado 6M com pureza de 99,9999%. É
obtido do Si-gM po um processo chamado Siemens com rotas
alternativas.
 Si-gM (grau metalúrgico) com pureza de ~99%. É obtido a partir da
sílica (SiO2) em fornos a arco elétrico numa temperatura que
pode atingir 1780°C, utilizando como matéria prima quartzo ou
areia e o carvão.
ESTRUTURA DE UMA CÉLULA FOTOVOLTAICA
DE SILÍCIO CRISTALINO
CÉLULAS E MÓDULOS DE SILÍCIO CRISTALINO
 As principais células podem ser
dividias em 2 tipos:
1. Silício monocristalino: As células são
obtidas por corte das barras em forma
de pastilhas finas (0,2 – 0,5 mm² de
espessura). Ef = 24,2%
2. Silício policristalino: São produzidas a
partir de blocos de silício obtidos por
fusão de silício puro em moldes
especiais. Uma vez nos moldes, o silício
esfria lentamente e solidifica-se. Neste
processo, os átomos não se organizam
num único cristal. Ef = 19%
CÉLULAS E MÓDULOS DE SILÍCIO CRISTALINO
 Alguns fabricantes disponibilizam células
coloridas destinado à integração arquitetônica;
 As cores são obtidas por diferente composições
e espessuras na camada antirreflexiva (AR).
 A substância usada na camada AR convencional é
o SnO2, que é transparente, a cor visualizada é
resultado de m fenômeno de interferência optica
causada pela espessura e índice de refração.
ENCAPSULAMENTO DAS CÉLULAS
 Após soldagem, as células são
encapsuladas;
 Afim de dar proporcionar
resistência mecânica ao módulo;
 Sanduíche de vidro temperado de
alta transparência;
 EVA (acetato de etil vinila
estabilizado para radiação UV);
 Após este processo, a célula é
emoldurada.
CÉLULAS E MÓDULOS DE FILMES FINOS
 ~12% da produção mundial
 Células bem finas de poucos micrometros
 Menor custo de fabricação (usa menos material)
 Maior custo de instalação (cabos, esturas de fixação)
 Rígidas ou flexíveis;
 Apliações em celulares, calculadoras, relógios e etc
 Principal material utilizado é o Silicio Amorfo Hidrogenado
 Efmédia = 10%
CÉLULAS E MÓDULOS DE FILMES FINOS
 Celula inferior absorve a luz de cor
vermelha
 Célula intermediária absorve a luz de
cor verde
 Célula superior absorve a luz de cor
azul
 Aumentando o aproveitamento do
espectro solar
CÉLULAS DE FILMES FINOS COM CÁDMIO
CdTe
 Respondem por 5,5% do mercado
mundial
 Garantia de 80% da potência inicial
em 25 anos
 Ef = 14,4%
CIGS
 Células de heterojunção
 Bastante fina com camadas de cerca de 50 nm e 2000 nm
 Garantia de 80% da potência inicial em 25 anos
 Ef = 15,7%
PROBLEMAS:
 Uso do cádmio é toxico e tem restrições ambientais;
 Fontes insuficientes de telúrio para CdTe;
 Estudos tentam substituir o camada que usa cádmio
CÉLULAS ORGÂNICAS E DE CORANTES
 Consideradas Fotoeletroquimicas pela absorção de luz num corante;
 Baixo custo de fabricação da célula;
 Espessura 1000 vezes menor que a de silício;
 Menor preocupação quanto a inclinação do módulo devido a sua capacidade de
absorção da radiação difusa;
 Corantes orgânicos de uva, berinjela, e amora sendo estudados;
 Ef = 10%
CÉLULAS MULTIJUÇÃO
 Cada célula fotovoltaica tem a capacidade de absorver a luz mais eficientemente
numa determinada faixa de comprimento de onda.
 Logo, uma célula com uma única junção não é capaz de absorver a energia solar em
todo o seu espectro.
 As células multijunção, por sua vez, ao utilizar o empilhamento de duas ou mais
células fotovoltaicas, conseguem cobrir uma maior faixa do espectro de radiação
solar, aumentando a absorção de energia.
 Dessa forma, as células multijunção atingem as mais elevadas eficiências (38,8%, em
laboratório, sem concentração (NREL, 2015))
NREL. Best Research-Cell Efficiencies. Disponível em:
http://www.nrel.gov/ncpv/images/efficiency_chart.jpg
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=celula-solar-
multijuncao-bate-recorde-eficiencia&id=010115160524#.V1SMQfkrLIV
CONCENTRAÇÃO FOTOVOLTAICA (CPV)
 A tecnologia conhecida como Concentrated Photovoltaics (CPV) consiste em
utilizar espelhos ou lentes para concentrar os raios solares sobre células
fotovoltaicas,
aumentando a eficiência da absorção da irradiação, e exigindo assim menor área de
células para produzir a mesma quantidade de energia.
 Por esse motivo, é comum utilizar células mais caras e de elevada eficiência em
conjunto com o sistema concentrador.
 Dessa forma, já foi possível atingir 46% de eficiência com uma célula multijunção em
laboratório, e módulos com mais de 36% de eficiência (FRAUNHOFER ISE, 2015b).
FRAUNHOFER ISE. Photovoltaics Report, 26 ago. 2015b.
https://en.wikipedia.org/wiki/Concentrator_photovoltaics
NORMAS PARA MÓDULOS FOTOVOLTAICOS
http://deltavolt.pe/pv-systems/paneles-solares-oferta
http://www.panelsolarperu.com/productos/5-panel-solar-solar-land-200w-policristalino.html
http://www.mpptsolar.com/pt/melhores-marcas-de-paineis-solares.html
https://www.neosolar.com.br/loja/painel-solar-fotovoltaico-265wp-canadian-csi-cs6p-265p.html
EXEMPLO
 Temos 40 módulos:
 PMP=80WP
 IMP=4,73 A
 VMP=16,9V
 Isc=4,97A
 Voc=21,5
 Largura= 0,6 m
 Comprimento= 1 m
 Sabendo a tensão do Sistema 340V I máxima = 10A e Área do um lado do telhado 6,5mx 4,5m
 Solução: Ns=340/16,9= 20 módulos em série.
 Np=10/4,73=2 fileiras em serie conectados em paralelo.
 Área ocupada de um lado do telhado= 0,6*40= 24m2< 29,m2( 6,5x4,5)
 PMP=16,9*20*4,73*2=32000Wp= 3,2 kWp

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 2 Células de Módulos Fotovoltaicos (2h).unlocked.pdf

Curso energia-solar-fotovoltaica
Curso energia-solar-fotovoltaicaCurso energia-solar-fotovoltaica
Curso energia-solar-fotovoltaicam_a_c_a_p_a
 
3 energia solar fotovoltaica - módulos fotovoltaicos
3   energia solar fotovoltaica - módulos fotovoltaicos3   energia solar fotovoltaica - módulos fotovoltaicos
3 energia solar fotovoltaica - módulos fotovoltaicosNivânia Pink
 
Introdução a energia solar fotovoltaica
Introdução a energia solar fotovoltaicaIntrodução a energia solar fotovoltaica
Introdução a energia solar fotovoltaicaRobson Josué Molgaro
 
Resistores ldr ptc
Resistores ldr ptcResistores ldr ptc
Resistores ldr ptcdionisyo
 
Energia fotovoltaica
Energia fotovoltaicaEnergia fotovoltaica
Energia fotovoltaicaSérgio Rocha
 
Aula 25 ensaio por raios gama
Aula 25   ensaio por raios gamaAula 25   ensaio por raios gama
Aula 25 ensaio por raios gamaRenaldo Adriano
 
Física das Radiações 2a
Física das Radiações 2aFísica das Radiações 2a
Física das Radiações 2aRenata Cristina
 
1 diodos_transistores word
1  diodos_transistores word1  diodos_transistores word
1 diodos_transistores wordCarla Lee
 
Modelo fotovoltaico kyocera ks45 t
Modelo fotovoltaico kyocera ks45 tModelo fotovoltaico kyocera ks45 t
Modelo fotovoltaico kyocera ks45 tjunior Iacfdesign
 
Apostila de eletrotécnica II
Apostila de eletrotécnica IIApostila de eletrotécnica II
Apostila de eletrotécnica IIRicardo Akerman
 
Fonte simples 5,6 volts regulada com zener e transistor
Fonte simples 5,6 volts regulada com zener e transistorFonte simples 5,6 volts regulada com zener e transistor
Fonte simples 5,6 volts regulada com zener e transistorZeca Leite
 
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIA
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIAEQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIA
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIAWillian R. Bandeira
 
Apostila de-eletrônica-básica1
Apostila de-eletrônica-básica1Apostila de-eletrônica-básica1
Apostila de-eletrônica-básica1Leandro Henrique
 
Apostila de eletronica basica
Apostila de eletronica basicaApostila de eletronica basica
Apostila de eletronica basicaandydurdem
 

Semelhante a 2 Células de Módulos Fotovoltaicos (2h).unlocked.pdf (20)

Energia solar
Energia solarEnergia solar
Energia solar
 
Curso energia-solar-fotovoltaica
Curso energia-solar-fotovoltaicaCurso energia-solar-fotovoltaica
Curso energia-solar-fotovoltaica
 
3 energia solar fotovoltaica - módulos fotovoltaicos
3   energia solar fotovoltaica - módulos fotovoltaicos3   energia solar fotovoltaica - módulos fotovoltaicos
3 energia solar fotovoltaica - módulos fotovoltaicos
 
Introdução a energia solar fotovoltaica
Introdução a energia solar fotovoltaicaIntrodução a energia solar fotovoltaica
Introdução a energia solar fotovoltaica
 
Laser semicondutor (bruno)
Laser semicondutor (bruno)Laser semicondutor (bruno)
Laser semicondutor (bruno)
 
Resistores ldr ptc
Resistores ldr ptcResistores ldr ptc
Resistores ldr ptc
 
Construction of a High Power Electron Beam Device.
Construction of a High Power Electron Beam Device.Construction of a High Power Electron Beam Device.
Construction of a High Power Electron Beam Device.
 
Canhão de Elétrons para Purificação de metais
Canhão de Elétrons para Purificação de metaisCanhão de Elétrons para Purificação de metais
Canhão de Elétrons para Purificação de metais
 
Energia fotovoltaica
Energia fotovoltaicaEnergia fotovoltaica
Energia fotovoltaica
 
Aula 25 ensaio por raios gama
Aula 25   ensaio por raios gamaAula 25   ensaio por raios gama
Aula 25 ensaio por raios gama
 
Física das Radiações 2a
Física das Radiações 2aFísica das Radiações 2a
Física das Radiações 2a
 
Apostila end andreucci
Apostila end   andreucciApostila end   andreucci
Apostila end andreucci
 
1 diodos_transistores word
1  diodos_transistores word1  diodos_transistores word
1 diodos_transistores word
 
Modelo fotovoltaico kyocera ks45 t
Modelo fotovoltaico kyocera ks45 tModelo fotovoltaico kyocera ks45 t
Modelo fotovoltaico kyocera ks45 t
 
Curso acetilenica.pdf
Curso acetilenica.pdfCurso acetilenica.pdf
Curso acetilenica.pdf
 
Apostila de eletrotécnica II
Apostila de eletrotécnica IIApostila de eletrotécnica II
Apostila de eletrotécnica II
 
Fonte simples 5,6 volts regulada com zener e transistor
Fonte simples 5,6 volts regulada com zener e transistorFonte simples 5,6 volts regulada com zener e transistor
Fonte simples 5,6 volts regulada com zener e transistor
 
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIA
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIAEQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIA
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE RADIOLOGIA
 
Apostila de-eletrônica-básica1
Apostila de-eletrônica-básica1Apostila de-eletrônica-básica1
Apostila de-eletrônica-básica1
 
Apostila de eletronica basica
Apostila de eletronica basicaApostila de eletronica basica
Apostila de eletronica basica
 

Último

07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICAPabloVinicius40
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfdanielemarques481
 

Último (6)

07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICADESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
DESTRAVANDO O NOVO EDITAL DA CAIXA ECONOMICA
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
 

2 Células de Módulos Fotovoltaicos (2h).unlocked.pdf

  • 1. 1
  • 2. CÉLULAS E MÓDULOS FOTOVOLTAICOS PROF. PHD. CLODOMIRO UNSIHUAY
  • 3. AGENDA 1. Princípios de Funcionamentos 2. Revisão dos Parâmetros Elétricos 3. Resistência Série e Paralelo 4. Associação de Células e Módulos Fotovoltaicos 5. Parâmetros Externos que Afetam as Características Elétricas 6. Células e Módulos de Silício Cristalino 7. Células e Módulos de Filmes Finos 8. Normas Para Módulos Fotovoltaicos
  • 4. PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO  Permite a conversão de energia luminosa para energia elétrica  Semelhante ao funcionamento de um diodo fotossensível  Uso do silício dopado com fosforo (tipo N) e boro (tipo P)
  • 5.
  • 6. O EFEITO FOTOVOLTAICO  O efeito fotovoltaico ocorre quando a luz incide em um material semicondutor específico, como a célula fotovoltaica.  Nela, o material semicondutor é composto por silício e recebe propriedades dopantes que o dividem eu duas camadas: de material N e de material P.  O material N possui um excedente de elétrons e o material P apresenta falta de elétrons.  Devido à diferença de concentração de elétrons nas duas camadas de materiais, os elétrons da camada N fluem para a camada P e criam um campo elétrico dentro de uma zona de depleção, também chamada de barreira de potencial, no interior da estrutura da célula.
  • 7. O EFEITO FOTOVOLTAICO  A camada superior de material N de uma célula fotovoltaica é tão fina que a luz pode penetrar nesse material e descarregar sua energia sobre os elétrons, fazendo com que eles tenham energia suficiente para vencer a barreira de potencial e movimentar-se da camada P para a camada N.  Os elétrons em movimento são coletados pelos eletrodos metálicos da célula fotovoltaica.  Se houver um circuito fechado, os elétrons vão circular em direção aos eletrodos da camada P, formando assim uma corrente elétrica.
  • 9. REVISÃO PARÂMETROS ELÉTRICOS 1. Tensão de Circuito Aberto (Voc):Tensão nos terminais da célula quando não há corrente elétrica circulando. É a tensão máxima que se pode obter. 2. Corrente de Curto Circuito (Isc): Máxima corrente que se pode obter e é medida curto-circuitando os terminais da célula 3. Fator de Forma (FF): Razão da máxima potência da célula com e o produto da corrente de curto circuito e a tensão de circuito aberto.
  • 10. REVISÃO PARÂMETROS ELÉTRICOS Eficiência (η): é o parâmetro que define quão efetivo é o processo de conversão de energia solar em energia elétrica. Representa a relação entre a potência elétrica produzida pela célula fotovoltaica e a potência da energia solar incidente e pode ser definida como segue: onde A (m2) é a área da célula e G (W/m2) é a irradiância solar incidente.A unidade da potência da célula e do módulo fotovoltaico é o Wp (watt-pico), que é associada às condições-padrão de ensaio (STC)
  • 11.
  • 12. EXEMPLO: Dados: 72 Celulas se Silicio em Série.Area de cada Celula Quadrada de lado 12,5 cm. Densidade de Corrente me cada célula 32 mA/cm2 tensão de cada célula 0,46V a 0, 48V. Encontre: IMP, VMP, e PMP Solução: Area_Celula=156 cm2 IMP=32mA/cm2 * 156 cm2=4,9992=5 VMP=72(0,46 0,48]=[33,12 34,56]V PMP=VMPxIMP=[5 *33,12 5*34,56]=[165,6 172,8] Wp
  • 13. RESISTÊNCIA SÉRIE E PARALELO  Resistência Série (Rs): Se origina no próprio material semicondutor, nos contatos metálicos e na junção metal- semicondutor.  Resistência Paralela (Rp): Se origina do contato metálico frontal e região p e o contato metálico frontal e traseiro.
  • 14. CIRCUITO EQUIVALENTE DA CÉLULAVOLTAICA
  • 15. EFEITOS DA RESISTÊNCIA SÉRIE  Reduz a corrente de curto circuito (Isc) e o fator de forma (FF), mas não afeta tensão de circuito aberto (Voc);  Com o aumento da Rs, a curva I-V perde característica e se reduz a uma reta cuja inclinação é 1/Rs.
  • 16.
  • 17. EFEITOS DA RESISTÊNCIA PARALELO  Reduz tensão de circuito aberto (Voc) e fator de forma (FF), sem influir na corrente de curto circuito (Isc);  Causada por impurezas e defeitos na estrutura, principalmente próximos a borda  Produz corrente de fuga e reduzindo a corrente efetiva do circuito.  Para baixos valores de Rp, perde-se a característica da curva I-V, se reduzindo a uma reta de inclinação 1/Rp.
  • 18.
  • 19. EFEITOS RS E RP RESPECTIVAMENTE
  • 20. EXEMPLO:  Dados: Uma célula fotovoltaica. IMP= 28,57 mAVMP=0,53V, Isc=36mA  VOC=0,614V ;A=1cm2. Em STC= Pincidente é 100 mW/cm2  Calcule: FF, eficiência da célula na STC.  Solução:  FF=28,57mAx0,53W/(36mAx0,614V)= 0,685  n=Pgerada/Pincidente= 0,685x0,614*36mA/(100mW/cm2*1cm2)=0,1514  n=15,141% 0,1514124
  • 21. ASSOCIAÇÃO DE CÉLULAS E MÓDULOS FOTOVOLTAICOS  Associação Série: É ligado o terminal positivo de uma célula ao terminal negativo da outra célula. Se as células possuem corrente de curto circuito diferentes, prevalece a célula com a menor corrente de curto circuito (está pratica não é recomendada, pois pode causar superaquecimento).
  • 22. ASSOCIAÇÃO DE CÉLULAS E MÓDULOS FOTOVOLTAICOS  Associação Paralela: São interligados os terminais positivos das células, assim como os negativos.
  • 23. PARÂMETROS EXTERNOS QUE AFETAM AS CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS  Irradiância incidente e sua distribuição espectral;  Temperatura de operação da célula;  Concentrações de radiação solar (lentes ou espelhos); Fatores de Qualidade: custo, durabilidade, reputação do fabricante, etc. A eficiência não deve nortear a escolha do módulo a não ser que a área disponível seja um fator de restrição.
  • 24. INFLUÊNCIA DA IRRADIÂNCIA SOLAR  A Isc de uma célula (ou de um módulo) pode ser relacionada à irradiância incidente pela equação:  Isc (A) = Corrente de curto circuito do módulo, para a irradiância G e temp. de 25°C  Isc stc (A) = Corrente de curto circuito do módulo nas STC (Standard Test Conditions)  G(W/m²) = Irradiância incidente sobre o módulo  1000 (W/m²) = Irradiância nas STC
  • 25.
  • 26. INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA  Tensão da célula diminui significativamente com aumento da temperatura, enquanto que a corrente gerada sofre uma elevação muito pequena, quase desprezível.
  • 27. CÉLULAS E MÓDULOS DE SILÍCIO CRISTALINO  As células de c-Si corresponderam a 87,9% do mercado mundial;  Si-gE (grau eletrônico) denominada 9N com pureza de 99,9999999%. É obtido do Si-gM po um processo chamado Siemens  Si-g (grau solar) denominado 6M com pureza de 99,9999%. É obtido do Si-gM po um processo chamado Siemens com rotas alternativas.  Si-gM (grau metalúrgico) com pureza de ~99%. É obtido a partir da sílica (SiO2) em fornos a arco elétrico numa temperatura que pode atingir 1780°C, utilizando como matéria prima quartzo ou areia e o carvão.
  • 28. ESTRUTURA DE UMA CÉLULA FOTOVOLTAICA DE SILÍCIO CRISTALINO
  • 29. CÉLULAS E MÓDULOS DE SILÍCIO CRISTALINO  As principais células podem ser dividias em 2 tipos: 1. Silício monocristalino: As células são obtidas por corte das barras em forma de pastilhas finas (0,2 – 0,5 mm² de espessura). Ef = 24,2% 2. Silício policristalino: São produzidas a partir de blocos de silício obtidos por fusão de silício puro em moldes especiais. Uma vez nos moldes, o silício esfria lentamente e solidifica-se. Neste processo, os átomos não se organizam num único cristal. Ef = 19%
  • 30.
  • 31.
  • 32. CÉLULAS E MÓDULOS DE SILÍCIO CRISTALINO  Alguns fabricantes disponibilizam células coloridas destinado à integração arquitetônica;  As cores são obtidas por diferente composições e espessuras na camada antirreflexiva (AR).  A substância usada na camada AR convencional é o SnO2, que é transparente, a cor visualizada é resultado de m fenômeno de interferência optica causada pela espessura e índice de refração.
  • 33.
  • 34. ENCAPSULAMENTO DAS CÉLULAS  Após soldagem, as células são encapsuladas;  Afim de dar proporcionar resistência mecânica ao módulo;  Sanduíche de vidro temperado de alta transparência;  EVA (acetato de etil vinila estabilizado para radiação UV);  Após este processo, a célula é emoldurada.
  • 35.
  • 36. CÉLULAS E MÓDULOS DE FILMES FINOS  ~12% da produção mundial  Células bem finas de poucos micrometros  Menor custo de fabricação (usa menos material)  Maior custo de instalação (cabos, esturas de fixação)  Rígidas ou flexíveis;  Apliações em celulares, calculadoras, relógios e etc  Principal material utilizado é o Silicio Amorfo Hidrogenado  Efmédia = 10%
  • 37. CÉLULAS E MÓDULOS DE FILMES FINOS  Celula inferior absorve a luz de cor vermelha  Célula intermediária absorve a luz de cor verde  Célula superior absorve a luz de cor azul  Aumentando o aproveitamento do espectro solar
  • 38. CÉLULAS DE FILMES FINOS COM CÁDMIO CdTe  Respondem por 5,5% do mercado mundial  Garantia de 80% da potência inicial em 25 anos  Ef = 14,4% CIGS  Células de heterojunção  Bastante fina com camadas de cerca de 50 nm e 2000 nm  Garantia de 80% da potência inicial em 25 anos  Ef = 15,7% PROBLEMAS:  Uso do cádmio é toxico e tem restrições ambientais;  Fontes insuficientes de telúrio para CdTe;  Estudos tentam substituir o camada que usa cádmio
  • 39.
  • 40. CÉLULAS ORGÂNICAS E DE CORANTES  Consideradas Fotoeletroquimicas pela absorção de luz num corante;  Baixo custo de fabricação da célula;  Espessura 1000 vezes menor que a de silício;  Menor preocupação quanto a inclinação do módulo devido a sua capacidade de absorção da radiação difusa;  Corantes orgânicos de uva, berinjela, e amora sendo estudados;  Ef = 10%
  • 41.
  • 42. CÉLULAS MULTIJUÇÃO  Cada célula fotovoltaica tem a capacidade de absorver a luz mais eficientemente numa determinada faixa de comprimento de onda.  Logo, uma célula com uma única junção não é capaz de absorver a energia solar em todo o seu espectro.  As células multijunção, por sua vez, ao utilizar o empilhamento de duas ou mais células fotovoltaicas, conseguem cobrir uma maior faixa do espectro de radiação solar, aumentando a absorção de energia.  Dessa forma, as células multijunção atingem as mais elevadas eficiências (38,8%, em laboratório, sem concentração (NREL, 2015)) NREL. Best Research-Cell Efficiencies. Disponível em: http://www.nrel.gov/ncpv/images/efficiency_chart.jpg http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=celula-solar- multijuncao-bate-recorde-eficiencia&id=010115160524#.V1SMQfkrLIV
  • 43.
  • 44. CONCENTRAÇÃO FOTOVOLTAICA (CPV)  A tecnologia conhecida como Concentrated Photovoltaics (CPV) consiste em utilizar espelhos ou lentes para concentrar os raios solares sobre células fotovoltaicas, aumentando a eficiência da absorção da irradiação, e exigindo assim menor área de células para produzir a mesma quantidade de energia.  Por esse motivo, é comum utilizar células mais caras e de elevada eficiência em conjunto com o sistema concentrador.  Dessa forma, já foi possível atingir 46% de eficiência com uma célula multijunção em laboratório, e módulos com mais de 36% de eficiência (FRAUNHOFER ISE, 2015b). FRAUNHOFER ISE. Photovoltaics Report, 26 ago. 2015b.
  • 45.
  • 47. NORMAS PARA MÓDULOS FOTOVOLTAICOS
  • 49. EXEMPLO  Temos 40 módulos:  PMP=80WP  IMP=4,73 A  VMP=16,9V  Isc=4,97A  Voc=21,5  Largura= 0,6 m  Comprimento= 1 m  Sabendo a tensão do Sistema 340V I máxima = 10A e Área do um lado do telhado 6,5mx 4,5m  Solução: Ns=340/16,9= 20 módulos em série.  Np=10/4,73=2 fileiras em serie conectados em paralelo.  Área ocupada de um lado do telhado= 0,6*40= 24m2< 29,m2( 6,5x4,5)  PMP=16,9*20*4,73*2=32000Wp= 3,2 kWp