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INDICE
1 - Noções sobre soldagem ..................................................................................
1.1 - Definição de soldagem .........................................................................
1.2 - Processos de soldagem .......................................................................
1.2.1 - Processo de fusão ....................................................................
1.2.3 - Processo por brasagem ............................................................
1.2.4 - Processo de solda branca .........................................................
1.3 - Esquema de ligação por difusão ..........................................................
1.4 - Efeito capilar de uma liga .....................................................................
2 - Processo Oxiacetilênico ...................................................................................
2.1 - Equipamentos de proteção individual ..................................................
2.2 - Equipamentos para solda oxiacetilênica .............................................
2.2.1 - Constituição .............................................................................
2.2.2 - Condições de uso ....................................................................
2.2.3 - Manutenção .............................................................................
2.2.4 - Maçarico de soldagem .............................................................
2.2.5 - Mangueiras ..............................................................................
2.2.6 - Cilindros ...................................................................................
2.2.7 - Borboleta de regulagem ...........................................................
2.2.8 - Regulador de pressão ..............................................................
2.3 - Chama oxiacetilânica .........................................................................
2.3.1 - Chama neutra ou comum .........................................................
2.3.2 - Chama oxidante ........................................................................
2.3.3 - Chama carburante ou redutora .................................................
2.3.4 - Temp. de combustão nas diferentes zonas da chama .............
2.4 - Fluxos .................................................................................................
2.4.1 - Os fluxos EUTECTIC+CASTOLIN ...........................................
2.5 - Procedimentos de aplicação do processo oxiacetilênico ..................
2.5.1 - Regulagem dos maçaricos .......................................................
2.5.2 - Leitura dos manômetros ...........................................................
2.5.3 - Como acender o maçarico .......................................................
2.5.4 - Como apagar o maçarico .........................................................
2.6 - Técnica de soldagem..........................................................................
2.7 - Diferentes tipos de ligação por brasagem .........................................
Linha de aplicações por brasagem para soldagem de manutenção
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e reparo ............................................................................................... 22
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1 – PROCESSO DE SOLDAGEM
1.1 – Definição : É um processo mediante o qual, através do
aquecimento proveniente de um arco elétrico gerado entre um
eletrodo revestido e o metal base, pode-se unir ou revestir peças
metálicas.
O metal fundido se transfere através do arco elétrico do
eletrodo para a poça de fusão no metal base, formando assim o
metal de solda depositado.
O revestimento do eletrodo, ao ser derretido, forma uma
escória que se une as impurezas do metal base e flutua na poça
de fusão cobrindo o cordão da solda, protegendo-o da
contaminação da atmosfera e proporcionando um resfriamento
mais lento.
É um processo muito versátil, pois pode ser utilizado em
condições adversas e em grande faixa de espessuras.
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2 – ELETRODO REVESTIDO
Os eletrodos tem a função de estabelecer o arco elétrico e
fornecer o material de adição para a solda.
Compõem-se de duas partes: um núcleo metálico condutor de
corrente, o qual chamamos de alma do eletrodo, e o revestimento.
O diâmetro indicado para os eletrodos referem-se somente à alma.
Este diâmetro pode ser dado em milímetros ou em polegadas.
Ex.: XHD 646
Diâmetros:
?? 2,4mm (3/32”
)
?? 3,2mm (1/8”
)
?? 4mm (5/32”
)
Uma das extremidades do eletrodo é preparada para facilitar a
abertura do arco (ponta) e a outra (alma) é preparada para facilitar a
conexão com o porta eletrodo.
Nos eletrodos Eutectic+Castolin, são indicados:
?? o nome do fabricante
?? a referência EUTECTIC+CASTOLIN
?? o tipo de corrente XHD 6710 CA-CC(11)
?? a polaridade
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2.1 – Funções do revestimento
O revestimento possui inúmeras funções durante a
soldagem, dentre as quais destacamos:
1 – Formar uma cortina gasosa para ionizar o ar e proteger o
cordão.
2 – Desoxidar o metal base.
3 – Estabilidade do arco.
4 – Diminuir a temperatura do arco.
5 – Introduzir elementos de liga em alguns casos.
6 – Fornecer maior ou menor penetração.
7 – Abertura do arco em alguns casos.
8 – Formação de escória que cobre o metal de adição,
evitando um resfriamento brusco e também o contato com a atmosfera.
9 – Aumentar o rendimento.
Obs.: Os elementos de liga de um eletrodo podem estar:
?? Na alma
?? Na alma + revestimento
?? No revestimento
6. 6
3 – ARCO ELÉTRICO
É um fenômeno físico produzido pela passagem de
corrente elétrica através de um gás. As condições para
abertura do arco são obtidas através de uma diferença
de potencial elétrico entre a peça e o eletrodo,
gerando-se uma zona de alta temperatura, a qual é
aproveitada como fonte de calor.
O arco elétrico, também conhecido como arco voltaico,
desenvolve uma elevada energia em forma de luz e calor, podendo
chegar a uma temperatura de 6000ºC. Tem-se assim, um plasma
térmico que se constitui numa mistura ardente de elétrons, íons, átomos
e moléculas. A luminosidade gerada pelo arco é tão intensa que obriga
os soldadores ao uso de protetores visuais.
A formação do arco poderá ser feita de duas maneiras:
a -) Por riscamento
b -) Por curto-circuito
a -) Por riscamento
(Riscando fósforos)
b -) Por curto circuito
(Pequenas batidas)
7. 7
Depois de formado o arco, este deverá ser mantido estável para
que a solda seja feita com perfeição. Por isto, deve-se conservar tanto
quanto possível seu comprimento invariável.
O comprimento do arco pode variar de eletrodo para eletrodo.
Deve-se também levar em conta a bitola (diâmetro) do eletrodo
utilizado.
É importante ter em mente, que um arco de comprimento
excessivo produz perdas de calor e aumenta o consumo de energia, o
que provoca perdas de material devido ao aumento dos salpicos, além
de resultar em uma solda de péssima qualidade, uma vez que facilita a
absorção de oxigênio e nitrogênio do ar.
A tensão do arco deve ser regulada de forma a não ser muito alta
nem muito baixa, porque neste segundo caso, não permitirá uma boa
penetração da solda na peça.
8. 8
4 – EQUIPAMENTOS
4.1 – Porta eletrodo / grampo (conexão a terra)
O porta eletrodo é uma espécie de alicate que permite ao
soldador segurar e controlar o eletrodo.
O grampo é um dispositivo para conectar o cabo terra à
peça soldada.
São utilizados para assegurar a boa condução de corrente
através da peça e o eletrodo.
Porta eletrodo
Grampos
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4.2 – Máquinas de solda
A fonte de calor utilizada para os processos de soldagem é a
corrente elétrica, que se define como o fluxo de elétrons de um
condutor.
Esta corrente poderá ser:
Alternada (C.A.; A.C.) ~
ou
Contínua (C.C.; D.C.) + ou –
Existem três tipos de máquinas de solda:
4.2.1 – Maquina transformadora (ou transformador) (C.A.)
4.2.2 – Máquina transformadora retificadora (C.C.)
4.2.3 – Máquina geradora (C.C)
4.2.1 – Máquina transformadora (C.A.)
É constituída por um transformador e sua principal
função é conseguir uma redução de tensão da rede principal a
uma tensão conveniente para soldagem que varia de 30 a 80V.
Esta máquina trabalha com corrente alternada que
recebe este nome devido a mudança de polaridade 120 vezes em
um segundo.
Pode-se observar no
gráfico a representação da
corrente alternada e
observar que existem
partes nas quais não há
corrente, provocando a
interrupção do arco.
10. 10
Toda máquina transformadora é alimentada por corrente
alternada (C.A.), e só fornece corrente alternada (C.A.),
impossibilitando seu uso para soldagens de alumínio e cobre.
ESQUEMA DE UMA MÁQUINA TRANSFORMADORA
A figura ao lado mostra
como é possível trabalhar
em corrente alternada ou
corrente contínua, apenas
mudando a posição dos
cabos nos bornes.
Ligação em C.A.
11. 11
4.2.2 – Máquina transformadora retificadora (C.C.)
Neste tipo de máquina, a corrente alternada tomada na
rede principal pssa através de uma coluna de placas de
silício (diodos retificadores), e é retificada para obter na
saída uma corrente direta ou contínua, na qual o fluxo de
elétrons segue somente uma direção. Neste caso, definimos
polaridade, pólo negativo e pólo positivo.
Neste tipo de máquina torna-se importante saber como
devem ser ligados os cabos (porta eletrodo-terra) porque da
ligação correta depende o bom funcionamento do eletrodo.
As ligações podem ser: B.1 – Polaridade direta
B.2 – Polaridade inversa
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4.2.2.1 – Polaridade direta
Quando o cabo porta eletrodo é ligado ao pólo
negativo da máquina.
4.2.2.2 – Polaridade inversa
Quando o cabo porta eletrodo é ligado ao pólo
positivo da máquina.
Este tipo de polaridade é o mais utilizado, porque
a fusão do eletrodo se faz menos rápida que na
polaridade direta e pode-se controlar melhor a
deposição do metal a ser adicionado.
13. 13
4.2.3 – Máquina geradora
Esta máquina possui um dínamo que pode ser movido
por qualquer processo mecânico.
É este dínamo que irá transformar energia mecânica em
corrente elétrica (c.c.). Quando o dínamo é movido por um motor
conjugado no mesmo eixo, dá-se ao conjunto o nome de motor-
gerador ou máquina geradora.
4.2.4 – Exemplo de regulagem de máquina
1 – Verificar os cabos:
A - Do lado esquerdo corrente alternada
B – Do lado direito corrente contínua
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2 – Verificar a alavanca de regulagem da amperagem e de
acordo com a tabela, escolher a posição correta de trabalho.
Por exemplo: Com a
alavanca na posição alta
trabalhando com corrente
contínua CC (DC),
poderemos variar a
amperagem de 125 a 250
(A).
3 – Através da manivela, colocar a amperagem escolhida.
Faça a leitura no visor observando:
A – Tipo de corrente (contínua ou alternada).
B- Posição da alavanca de regulagem de amperagem
(Alta ou baixa).
EXERCÍCIO:
1-) Determinar a amperagem que está regulada na máquina abaixo.
Baixa
Vide na página seguinte (Visor ampliado)
Ligação em corrente contínua (CC)
15. 15
Visor ampliado
2-) Se colocarmos a alavanca de regulagem da amperagem na posição
alta, qual será a nova leitura?
16. 16
3-) Quando dizemos que a polaridade é inversa, em que pólo o eletrodo
está ligado? _______________________________________________
Faça um esquema da ligação.
17. 17
5 – TÉCNICAS DE SOLDAGEM
1 – Limpeza
2 – Montagem de fixação
3 – Preaquecimento
4 – Soldagem (EutecTrode)
5 – Resfriamento da peça soldada (resfriamento lento)
5.1 – Posições de soldagem
Existem quatro posições principais de soldagem que são:
1 – Plana
2 – Horizontal
3 – Vertical (Ascendente e descendente)
4 – Sobre cabeça
A figura abaixo exemplifica cada uma delas:
18. 18
5.2 – Maneiras de enchimento de um chanfro
O enchimento de um chanfro pode ser executado de três
maneiras diferentes:
A-) Método dos passes curtos:
É importante se evitar a inclusão de escória. Para isso,
deve-se cuidar de uma boa distribuição dos passes.
B-) Método dos passes largos:
O eletrodo deve ser animado de um movimento
transversal alternado em direção a borda do chanfro.
Quando o cordão é bem executado, a escória fica
posicionada no centro do cordão. Utilizar este método com
eletrodos de boa fluidez.
19. 19
C-) Método triangular:
É um método no qual se consegue rapidamente o
enchimento do chanfro. Este método deve ser aplicado em
peças com boas características mecânicas.
5.3 – Tipos de soldagem
A-) Soldagem em posição:
Quando executamos uma união de duas ou mais peças,
um dos modos mais práticos de fixação é o ponteamento.
Para o ponteamento devemos deixar um espaço maior do
que o desejado para compensar o fechamento por
contração. O primeiro passe, dito passe de penetração deve
ser executado com eletrodo de menor bitola e menor
amperagem.
PASSE DE PENETRAÇÃO
20. 20
B-) Soldagem em cantos:
Devemos proceder da seguinte maneira:
- Uma preparação especial do chanfro, principalmente
para grandes espessuras.
- Uma distribuição criteriosa dos passes.
- Usar sempre o método dos passes curtos.
- Ângulo de inclinação do eletrodo de 45º em relação
ao plano da peça.
C-) Soldagem em posição ascendente:
A regra básica é soldar de maneira a se obter a fusão
necessária sem provocar a deformação na região soldada,
devemos dar uma inclinação ao eletrodo em torno de 60 a 70º em
relação a vertical e animá-lo de um movimento axial de vai e vem.
21. 21
D-) Soldagem sobre cabeça:
Dar ao eletrodo um movimento axial alterado de baixo
para cima, afim de assegurar a total remoção da escória e
garantir uma boa fusão.
Em seguida, encher o restante do chanfro com um
balanceamento que cubra totalmente a largura do chanfro ou
com o método dos passes curtos.
E-) Soldagem dos chanfros em X:
Para este gênero é necessário executarmos os passes
alternadamente de maneira a eliminar ao máximo as
deformações.
Este método é válido tanto para passes largos como
para passes curtos.
22. 22
5.4 – Preparação das juntas
.
A preparação das juntas tem um papel importante nos
resultados obtidos em um processo de soldagem. Por isto é
importante conhecermos alguns critérios para orientação neste
sentido.
5.4.1 – para juntas de pequena espessura não é necessário
afastamento das bordas.
5.4.2 – Para espessuras de 4 a 8 mm, o afastamento deve
ser:
5.4.3 – Quando trabalhamos com espessuras maiores, além
do afastamento, torna-se importante a abertura de chanfros. As
figuras abaixo explicam como proceder em cada caso.
60 a 70º
Chanfro em V
Espes. 5 – 20mm
Chanfro em X
23. 23
Espes. 25 – 40 mm
Chanfro m U
Espes. 40 mm
Distribuição dos passes
Distribuição alternada dos passes
24. 24
5.5 – Influências da corrente, velocidade, altura do arco em um
cordão de solda
25. 25
5.6 – Descrição de um cordão de solda
?? Escamas – A forma e a regularidade depende do tipo
do eletrodo utilizado e da velocidade de soldagem.
?? Cratera – Deve ser tomado cuidado especial com a
interrupção do arco no fim do cordão para se evitar a
formação da cratera, pois a partir daí teremos micro-
fissuras, fissuras, etc...
Escama de um cordão Cratera
de solda
5.7 – Modos de transferência em eletrodos revestidos
Existem três maneiras do metal de adição se transferir para
a peça:
5.7.1 – Transferência por pulverização (“spray”)
5.7.2 – Transferência globular
5.7.3 – Trasnsferência por curto circuito
5.7.1 – Transferência por pulverização (“spray”
)
O metal de adição se transfere sob a forma de finas
gotinhas e com altíssima velocidade.
Alma
metálica
Metal base
26. 26
5.7.2 – Transferência globular
O metal de adição se transfere sob a forma de grandes
gotas. A velocidade neste caso é menor que na transferência por
pulverização.
Alma
metálica
5.7.3 – Transferência por curto-circuito
As gotas do metal liquefeito na ponta do eletrodo crescem
até entrar em contato com a poça de fusão, quando então se
processa a transferência.
Obs.: As variáveis que influenciam o tipo de transferência são
muitas. Podemos citar: polaridade, densidade de corrente (i),
comprimento do arco, etc... Por este motivo, existem casos onde
pode ocorrer uma combinação dos três tipos acima citados.
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5 – Equipamentos de proteção individual
5.1 - Máscaras
Existem vários tipos de máscaras para soldagem a arco
elétrico, geralmente são fabricados em fibra de vidro ou fibra
prensada e possuem um visor, no qual se coloca um vidro
neutralizador.
As máscaras de mão são utilizadas em trabalhos de
armação e ponteado por soldagem.
Seu uso não é recomendado em trabalhos de altura ou onde
o operário requeira sujeição de peças ou ferramentas.
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Os vidros das máscaras devem estar posicionadas conforme
indica figura anterior.
O vidro protetor deve ser selecionado de acordo com a
amperagem utilizada.
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5.2 – Outros equipamentos de proteção
Para proteger o soldador do calor e das irradiações
produzidas pelo arco elétrico são utilizados:
Luvas, mangas, perneiras, avental, casaco ou ainda outros
equipamentos em casos especiais.
Luvas (são de couro ou asbesto. Evite segurar peças muito
quentes com as luvas, pois as mesmas deformam e perdem a sua
flexibilidade), mangas perneiras, avental, casaco, etc.
30. 30
Exercícios:
1 – Cite os três tipos de máquinas de solda e o tipo de corrente que elas
fornecem.
A . _______________________________________________________
B . _______________________________________________________
C . _______________________________________________________
2 – Faça um esquema para ligação em polaridade direta.
3 – O que quer dizer a sigla Z . A . C .?
_________________________________________________________
4 – Quais os três modos de transferência metálica dos eletrodos
revestidos?
A - ______________________________________________________
B - ______________________________________________________
C - ______________________________________________________
5 – Cite quatro funções do revestimento dos eletrodos:
1-) ______________________________________________________
2-) ______________________________________________________
3-) ______________________________________________________
4-) ______________________________________________________