2. Europa - Divisão Política - 2006
Fonte: Leda Ísola; Vera Caldini, Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 60/ http://europa.eu/abc/european_countries/ - acesso
em janeiro de 2009 (adaptado).
3. O continente europeu
Helsinki, capital da Finlândia, na costa do mar Báltico.
Com uma área de pouco
mais de 10 milhões de
quilômetros quadrados,
que corresponde a
apenas 7% das terras
emersas, a Europa é
uma das menores
porções continentais do
globo.
Estende-se do oceano Atlântico aos
montes Urais (que o separam da Ásia).
GavinHellier/RobertHardingWorld
Imagery/Corbis/LatinStock
Diferentemente dos
outros continentes, as
terras da Europa não
estão distribuídas de
forma compacta.
4. O litoral do continente europeu é extenso e bastante recortado,
contém um grande números de mares, golfos, penínsulas,
fiordes e outros acidentes geográficos.
Facilita a construção de
portos, favorecendo a
utilização do transporte
marítimo.
Mares europeus mais
importantes:
• Mediterrâneo, Negro, Adriático,
do Norte, Báltico, da Noruega,
Egeu e Cáspio.
Ao norte, em razão
dos clima frios, parte
do Atlântico e do
Ártico congelam-se no
inverno, dificultando a
navegação.
A Rússia é um dos países mais
afetados pelas baixas temperaturas
nas saídas por mar para o Atlântico. As
únicas com as quais pode contar, ficam
congeladas durante parte do inverno.
5. Dentre as várias penínsulas, destacam-se:
• a Escandinava, onde se localizam a Noruega e a Suécia;
• a Jutlândia, onde se situa a Dinamarca;
• a Ibérica, constituída pela Espanha e por Portugal;
• a Itálica, onde se localiza a Itália;
• a Balcânia ou dos Bálcãs, constituída por Bulgária, Croácia, Bósnia-
Herzegovina, Sérvia e Montenegro, Macedônia, Turquia (parte
europeia), Grécia e Albânia.
Ilhas e arquipélagos:
• no oceano AtlânticAo, o arquipélago Britânico, cujas maiores ilhas são
a Grã-Bretanha e a Irlanda, o arquipélago dos Açores e a ilha da
Islândia;
• no mar Mediterrâneo, as ilhas Baleares, da Sardenha, Sicília,
Córsega e de Creta;
• no mar Egeu, o arquipélago Grego.
6. Eurotúnel
Em dezembro de 1990, 51 metros abaixo da superfície do canal da
Mancha, operários ingleses e franceses concluíram a abertura do
primeiro dos três túneis previstos no projeto que liga Inglaterra à França.
A ideia original
da ligação
entre os países
foi do
engenheiro
francês Albert
Mathieu,
apresentada a
Napoleão
Bonaparte no
século XIX
Fonte: Nova Ciência , n. 21, 1994/ Agência DW-World.
Disponível em: www.dw-world.de/dw/article - acesso em 13/abr./2005.
7. O relevo e a hidrografia
Fonte: Atlas 2000. La France et le monde. Paris: Nathan, 1998. p. 28 (adaptado).
Europa - Físico
8. O relevo e a hidrografia
Fonte: Atlas 2000. La France et le monde. Paris: Nathan, 1998. p. 28 (adaptado).
Europa - Físico
9. O relevo europeu
Predominam as
baixas altitudes
Há cadeias montanhosas
com altitudes superiores a
4 mil metros (Alpes) e a 5
mil metros (Cáucaso).
Formado por planaltos, cadeias de
montanhas, planícies e depressões
São encontrados ao norte e distribuídos pela parte
central do continente.
Porção central e
sul do continente.
A cadeia mais
importante é a dos
Alpes.
Cerca de dois
terços do relevo
europeu,
principalmente
na parte leste e
central do
continente
Ocorrem junto
ao mar Cáspio e
na Holanda, ao
norte do baixo
curso do rio
Reno.
12. As cadeias montanhosas foram formadas por tectonismo. A porção sul
apresenta atividade sísmica e vulcânica, que é também intensa na
Islândia. Além dos vulcões, há na ilha cerca de 800 fontes de água
quente, chamadas gêiseres. Elas lançam água a temperaturas entre 75ºC
e 100ºC e são aproveitadas para geração de energia.
Na Islândia, 100% da eletricidade gerada é proveniente de
fontes de energia renováveis (hidrelétrica e geotérmica ou
geotermal).
Arctic-Images/Corbis/LatinStock
As usinas
geotermais
atualmente geram
845 mW da energia
do país, o
equivalente ao de
uma usina nuclear, e
respondem por um
terço das
necessidades do
país. A maior parte
dessa energia serve
para aquecer as
casas, a água que
sai das torneiras e
as estufas.
13. As fotografias
retratam a região dos
Alpes, na Áustria.
Klaus Hackenberg/ Zefa/ Corbis/ LatinStock
Walter Geiersperger/ Corbis/ LatinStock
Os Alpes estendem-se
aproximadamente desde
Nice até Viena, formando
um grande arco, que
abrange principalmente o
território da Suíça e o
norte da Itália, além do
leste da própria Áustria.
14. Vista externa de túnel
sobre os Alpes
Vista interna de
túnel sobre os
Alpes.
CEDOC
CEDOC
15. CEDOC
O monte Branco, na fronteira
entre a França e a Itália, é o
ponto culminante dos Alpes.
Em 1965 foi aberto sobre ele
um túnel de mais de 11 mil
metros para o trânsito de
veículos. O túnel tem duas vias
de 7 metros de largura,
ar-condicionado e um sistema
de controle de tráfego por meio
de radar.
16. Além dos Alpes, destacam-se:
• os Pirineus, na divisa entre a França e a Espanha;
• os Apeninos, na península Itálica;
• os Cárpatos, pequeno arco em torno da planície da Hungria;
• os Bálcãs, na península Balcânica, entre o mar Adriático e o mar
Negro;
• o Cáucaso, entre o mar Negro e o mar Cáspio.
As planícies mais extensas são:
• a Russa;
• a Germano-Polonesa
• a da Hungria.
Outras: planície do Pó, bacia de
Paris bacia de Londres.
As planícies são
sedimentares, cortadas por
importantes rios navegáveis e
se estendem do mar do Norte
aos montes Urais.
17. Pôlder na Holanda.
K.M.Westermann/Corbis/LatinStock
Essas construções permitiram a ampliação do território, com um
avanço sobre o mar do Norte. Essas áreas conquistadas são
chamadas de pôlderes, utilizados principalmente para a prática da
agricultura e da pecuária.
Cerca de 50% do território
dos Países Baixos
localiza-se abaixo do nível
do mar.
Desde o século XVII, os
holandeses vêm construindo
diques para impedir a
invasão da água do mar;
edificam também canais e
sistemas de drenagem e
bombeamento para a
retirada da água de áreas
pantanosas e lagos.
18. A hidrografia
Não se destacam
pela grande
extensão, mas
pelo volume de
água e sua
importância como
via de transporte.
Apresenta cerca de 75 mil
quilômetros de vias fluviais
43 500 km são
constituídos por canais
Principais rios:
• Danúbio
• Volga
• Reno
Os rios europeus.
19. O rio Danúbio
Nasce na região da Floresta Negra,
a mais de 600 m de altitude, e
deságua no mar Negro.
É o rio que atravessa o maior
número de países europeus e
serve de limites entre alguns
deles.
• Alemanha, Áustria, Eslováquia,
Hungria, Croácia, Sérvia,
Montenegro, Bulgária, Romênia
e Ucrânia.
• Importante via de ligação entre
a parte ocidental e a parte
oriental da Europa.
• O Danúbio comunica com o rio
Reno, através do canal de Ludwig
e do rio Meno.
Dos seus 2 858 km de
extensão, 2 450 km são
navegáveis em
qualquer época do ano.
20. O rio Volga
Com 3 701 km de comprimento
é o mais extenso do continente.
Nasce no planalto de Valdai,
corre pela planície Russa e
desemboca no mar Cáspio.
Navegável em quase todo o
seu curso; suas águas
permanecem congeladas
durante boa parte do ano.
21. O rio Reno
• 1 350 km de extensão
• Liga a parte central da Europa
aos Países Baixos
Junto ao seu principal afluente
na Alemanha, o rio Ruhr,
localiza-se o maior complexo
industrial da Europa.
• Nasce nos Alpes Suíços, separa
a Alemanha da França, passa
pelos Países Baixo e desemboca
no mar Norte.
• Navegável da Basileia até o mar
do Norte
O que permite o escoamento
de vários produtos a custos
bem menores do que por
outras vias.
Em seu curso
foram
construídas
usinas
hidrelétricas
22. Transporte de
mercadorias no rio
Reno, na Alemanha.
O Reno comunica-se com vários rios através de canais e
liga o oceano a várias regiões industriais. Isso tornou o
porto de Roterdã, localizado em sua foz, um dos mais
movimentados do mundo.
HenningKaiser/AFP/GettyImages
23. Outros rios importantes do continente europeu :
• Tejo, Douro e Minho, em Portugal;
• Tejo, Douro e Ebro, na Espanha;
• Sena, Loire e Ródano, na França;
• Tâmisa, na Inglaterra;
• Pó, Tibre e Arno, na Itália;
• Vístula e Oder, na Polônia;
• Elba, na República Tcheca e na Alemanha;
• Don e Dnieper, na Rússia;
• Dnieper, na Ucrânia e em Belarus.
Os dois principais centros dispersores de água da Europa são:
os Alpes e o planalto de Valdai (Rússia).
24. Os lagos da Europa
A Europa apresenta
numerosas regiões
lacustres.
Na parte europeia da Rússia,
localizam-se grandes lagos, como o
Ládoga (com 18 200 km², o maior da
Europa) e o Onega.
Os mais belos lagos da Europa
localizam-se nos Alpes, com destaque
para:
• o de Genebra, entre a Suíça e a
França;
• o dos Quatro Cantões (Vierwaldstatter),
o de Zurique e o de Neuchatel, na Suíça;
• o de Constança, entre a Suíça e a
Alemanha, que funciona como
regularizador do curso do Reno;
• o de Como e o de Garda, na Itália.
Na península
Escandinava,
aparecem o Venern
e o Vattern,
considerados lagos
residuais. Na
Finlândia, existem
alguns milhares de
lagos, formados a
partir de processos
resultantes da
escavação de
gelerias.
25. O clima e a vegetação
O continente europeu,
situado quase totalmente
na zona temperada do
hemisfério Norte,
apresenta
predominantemente clima
temperado.
Além da posição geográfica,
(LATITUDE)outros fatores são
responsáveis pela determinação de
seus tipos climáticos:
• as CORRENTES MARÍTIMAS,
• a MARITIMIDADE e a
CONTINENTALIDADE,
• a disposição das formas do relevo
(ALTITUDE), que influi na penetração
das massas de ar (VENTOS).
Uma corrente marinha que influencia bastante o clima da
Europa é a corrente do Golfo. Ela provém da zona
intertropical e aquece as áreas litorâneas de vários países.
O clima temperado europeu divide-se em dois tipos:
temperado oceânico e temperado continental.
26. Europa - Clima
Fonte: La Géographie de Monde. Paris: Nathan, 2000. p. 13 (adaptado).
27. Europa – Fatores climáticos
Fonte: Rémy Knafou. Histoire/Geographie (initiation économique). Paris: Belin, 1992. p. 202 (adaptado).
28. O clima temperadotemperado
oceânicooceânico, que ocorre na
parte ocidental do
continente, recebe a
influência da corrente do
Golfo; é úmido,com
verão e inverno menos
rigorosos. A amplitude
térmica dessa região é
menor que no interior do
continente, e as chuvas,
abundantes, distribuem-
se de forma regular
pelos 12 meses do ano,
atingindo maiores
quantidades no inverno.
O clima temperadotemperado
continentalcontinental ocorre no
interior do continente e
não recebe a influência do
mar. Abrange as partes
central e oriental da
Europa, onde os verões
são quentes, em contraste
com o inverno, bastante
rigoroso e com queda de
neve; amplitude térmica, é
grande, e as chuvas,
bastante irregulares, caem
em maior quantidade no
verão e na primavera.
29. Observe os climogramas e o mapa dos climas da
Europa.
Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.11.
30. Os tipos climáticos temperado oceânico e temperado continental
correspondem aproximadamente aos seguintes tipos de
vegetação:
• Floresta temperada – cobria grande extensão do território
europeu; agora ficou reduzida a alguns bosques.
• Landa – formação vegetal comum na Europa em áreas de solos
menos férteis; esses solos correspondem às terras antes cobertas
pela floresta temperada.
• Turfeira – aparece onde os solos se apresentam úmidos, em
virtude do fraco escoamento das águas;
• Estepe – recobre as planícies e os baixos planaltos, áreas de
clima temperado continental um pouco mais seco; ao norte do mar
Negro, encontra-se estepe negra, que apresenta um dos tipos de
solo mais férteis do globo, o tchernoziom, intensamente
aproveitado para a atividade agrícola, principalmente o cultivo de
trigo.
36. O clima frio ártico
Próximo ao oceano
glacial Ártico, ocorre o
clima frio ártico. Durante
um curto período do
verão, esse tipo
climático apresenta
temperaturas próximas a
10°C e, no inverno,
médias inferiores a 0°C.
Sua vegetação predominante é a
tundra, vegetação rasteira
constituída por musgos e líquens.
Nas áreas de elevada altitude, ocorre
o frio de montanha. Nessas áreas, a
vegetação modifica-se de acordo com
a altitude e a consequente queda de
temperatura nas partes mais altas.
Nas proximidades do Mediterrâneo, ocorre o clima mediterrâneo.
Graças à influência das massas de ar oriundas do deserto do Saara,
esse tipo de clima caracteriza-se por verões quentes e secos. A época
de chuvas é no inverno.
As formações vegetais que correspondem ao clima mediterrâneo
são o maqui e o garrigue.
37. AS MASSAS DE ARAS MASSAS DE AR
Ar atmosférico
+
Pressão
+
Rotação do planeta
Constante movimento
Variam com as
estações
alta pressão
baixa pressão
Circulação
atmosférica
MASSAS
DE AR
CLIMAS
38. Fonte: A atmosfera e a previsão do tempo. São Paulo: Melhoramentos, 1979 (adaptado).
39. TIPO CLIMÁTICO ATUAÇÃO DAS MASSAS DE AR
ADQUIRE CARACTERÍSTICAS DE
- temperatura
- pressão
- umidade
geralmente estáveis
de seu local de origem
41. As frentes
• Ao se deslocarem, as massas de ar se encontram. Nesse
contato, porém, elas não se misturam: uma exerce pressão
sobre a outra, de tal forma que aquela que avança com mais
intensidade faz com que a outra retroceda e acabe incorporando
suas características.
• A zona de contato entre duas massas de ar diferentes recebe
o nome de frente ou superfície frontal.
Quando a massa de ar frio avança, fazendo o ar quente recuar,
trata-se de uma frente fria.
Outro tipo de frente é a frente quente, que ocorre quando o ar
quente avança sobre o ar frio.
42. Europa - Clima
Fonte: La Géographie de Monde. Paris: Nathan, 2000. p. 13 (adaptado).
43. Características do Clima
Temperado Oceânico
• Predominante na Europa Ocidental,
caracteriza-se pelas chuvas intensas,
principalmente no inverno e na primavera,
e temperaturas pouco acentuadas.
44. Características do Clima
Temperado Continental
• Predominante na Europa Central e
Oriental, apresenta índices pluviométricos
menores que no clima temperado
oceânico e amplitudes térmicasamplitudes térmicas mais
acentuadas.
45. Características do Clima
Mediterrâneo
• Típico da Europa Meridional, apresenta
verões quentes e invernos menos
rigorosos que os demais climas europeus.
A distribuição das chuvas é bem definida:
há um longo período seco, o verão e um
período chuvoso, o inverno.
46. Características do Clima
Subpolar ou Ártico
• Típico da região Ártica, apresenta duas
estações bem definidas: um inverno
prolongado, com temperaturas que
chegam a atingir -50 ºC, e um verão curto,
com temperaturas que oscilam entre 16ºC
e 21 ºC.
47. Características do Clima Frio de
Montanha
• Predominam nos grandes conjuntos
montanhosos, como os Alpes e os
Pirineus. Possuem invernos muito longos
e frios, nevadas fortes e geadas
frequentes Chove tanto no inverno quanto
no verão, sempre por períodos curtos e
de forma branda.
49. População
A densidade
demográfica atingia
cerca de 71 hab./km²,
fazendo do
continente o mais
densamente povoado
do mundo.
Em 2005
A população
europeia era de
aproximadamente
745 milhões
de habitantes
O correspondente a
cerca de 12% da
população mundial.
As partes menos habitadas, compreendem as regiões próximas do
círculo polar Ártico, como a península Escandinava, a Finlândia, a
porção norte da Rússia e as altas montanhas.
As taxas de crescimento
demográfico europeu estão
próximas de zero. Alguns
países vêm apresentando
taxas negativas nos últimos
anos.
50. A dinâmica do crescimento
populacional
Em decorrência da
acentuada queda dos
índices de natalidade
A Europa vem
apresentando baixas
taxas de crescimento
populacional.
O que os dados da tabela revelam?
Países Crescimento anual
Espanha 0,8
Suécia 0,4
Dinamarca 0,2
Reino Unido 0,4
Alemanha -0,1
República Tcheca 0,0
Hungria -0,3
Letônia -0,5
Bulgária -0,7
Taxa média de crescimento demográfico
entre 2005 e 2010.
Fonte: L’état du monde, 2008.
51. Essa queda pode ser atribuída:
• ao desenvolvimento urbano industrial do continente, que
eleva o custo de vida para uma família numerosa;
• redefinição do modo de vida, com casamentos mais tardios;
• crescente participação da mulher no mercado de trabalho;
• desejos de consumo, lazer e ascensão social;
• disseminação dos métodos anticoncepcionais;
• maior difusão dos meios de comunicação, que ampliaram o
acesso a informação, permitiram que os casais passassem a
fazer planejamento familiar, reduzindo o número de filhos.
52. O aumento do número de idosos
A expectativa de vida na maioria dos países
europeus está acima dos 75 anos.
Idosas praticando atividade física na Alemanha
(2007).
TobiasFleber/dpa/Corbis/LatinStock
Em consequência disso, é grande o número de
idosos na composição etária da população.
O comportamento
demográfico europeu
traz séria preocupação
ao continente, pois ao
mesmo tempo em que
não há aumento da força
de trabalho, ocorre a
elevação sensível dos
gastos com a
previdência social.
53. Idosos em apresentação de dança tradicional em
uma praça em Sevilha, na Espanha.
PatrickWard/Corbis
54. Quando se constata que
quase um terço dos
cerca de 400 milhões de
habitantes da União
Europeia é constituído
por pessoas com mais
de 50 anos de idade, ou
seja, pessoas
aposentadas ou que
estão para se aposentar,
é evidente a elevação
dos gastos com a
previdência social.
Fonte: L’état du monde, 2008.
Países Anos
Alemanha 79,4
Espanha 80,9
República Tcheca 76,5
Reino Unido 79,4
Grécia 79,5
Itália 80,5
Portugal 78,1
Expectativa de Vida – (2005-2010)
Analise a tabela.
55. Analise a pirâmide etária.
Fonte: Population Reference Bureau/ONU.
As pirâmides etárias
apresentam um
estreitamento em suas
bases. Assim, se essa
situação de baixo índice de
natalidade com elevação
da expectativa de vida
continuar, os topos das
pirâmides ficarão cada vez
mais largos.
56. A composição étnica
Os europeus podem ser divididos em três
grandes ramos étnicos, cada um como uma
diversidade de grupos de povos ou etnias.
Esses ramos são:
• atlanto-mediterrâneos;
• germanos;
• eslavos.
Eslavo.
Atlanto-mediterrâneas.
GloriaRodrigues/StockPhotos
CEDOC
No continente europeu,
predominam os idiomas
indo-europeus,
subdivididos em três
grupos principais: o latino,
o germânico e o eslavo.
57. Europa Nórdica e Europa Meridional
A Europa Nórdica é formada por Noruega,
Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia. E
Europa Meridional é formada por Portugal,
Espanha, França, Itália e Grécia. Essa divisão
obedece aos critérios geográficos.
Enquanto os germanos e os eslavos, situados
na Europa Nórdica e na Oriental, têm
geralmente pele e olhos claros, os atlanto-
mediterrâneos, localizados predominantemente
na faixa atlântica e na Europa Meridional, são
geralmente morenos e têm olhos escuros.
58. A religião
Apesar da diversidade étnica e linguística existente na Europa
Além do catolicismo, praticam-se também:
• o protestantismo, que predomina na parte
setentrional do continente e divide-se em
luteranismo, calvinismo e anglicanismo;
• o islamismo, que possui muitos adeptos na
Turquia e na península dos Bálcãs;
• o judaísmo, que é praticado em diversos
países europeus, mas por um pequeno
número de adeptos.
A maior parte da população pratica o
catolicismo, dividido em dois grupos
o romano e o
ortodoxo.
Com a onda migratória
recente de turcos,
norte-africanos e
árabes do Oriente
Médio em direção à
Europa Ocidental,
cresceu muito o
número de adeptos do
islamismo nessa
porção do continente
europeu.
59. Entre os praticantes do islamismo,
há uma facção minoritária
conhecida por fundamentalistas
ou integrista, da qual fazem parte
alguns grupos que promovem atos
terroristas para desestabilizar
governos ocidentais. Em vista
disso, alguns governos de países
europeus vêm se preocupando
com a expansão da religião
islâmica no continente.
Mulçumanos em prece, em uma rua
da cidade de Marselha, na França, em
2000.
Na França, de acordo com a lei de
2004, é proibida a entrada de alunos
com sinais religiosos ostensivos nas
instituições de ensino públicas. Com
isso, as alunas que professam o
islamismo não podem usar na
escolas o véu islâmico (chador).
Setboun/Corbis
60. A imigração e o racismo
Fonte: Eurostat/OCDE/ONU.
População natural de outros países na Europa
62. Conversa
• Qual é o tema tratado nas representações?
• Analise o mapa e cite os nomes de quatro países
europeus que apresentavam percentuais superiores a
12% de população natural nascida em outros países.
• A migração efetiva é o saldo migratório – diferença
entre emigração e imigração – proporcional a uma
quantidade da população nativa (por cem ou por mil,
por exemplo). Conforme a legenda e o gráfico, o que
ocorreu com a quantidade de migrantes por mil
habitantes na Europa, a partir de 1997? O que explica
isso?
63. Durante séculos, os europeus deixaram seu
continente à procura de novas perspectivas de
emprego e melhoria das condições de vida para fugir
de guerras religiosas e imperialistas.
A Europa tornou-se um continente atraente
a imigrantes do norte da África, Turquia e
Oriente Médio, e sua população, de forma
geral, não tem se deslocado de modo
significativo em busca de outras regiões.
São bastante conhecidos os deslocamentos da
população europeia para colonizar outros continentes
Como a
América e a
Oceania.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial,
porém, essa situação se inverteu:
64. Principalmente vindo dos países
subdesenvolvidos, com destaque
para os países da África, do sul
da Ásia e da Turquia.
Para ser mão de obra
barata e sem qualificação
No período pós-Segunda Guerra
Muitos países europeus
procuraram atrair imigrantes
Essencial para o momento do
processo de reconstrução do
continente.
O crescimento econômico e o
alto padrão de vida alcançado
pelos países da União
Europeia, Suíça e Noruega na
segunda metade do século XX
os transformaram em polo de
atração de migrantes.
65. Nos últimos anos, os
deslocamentos internos
da população europeia
se tornaram muito
intensos. A crise nos
países do Leste Europeu
provocou forte migração
para os países da União
Europeia, principalmente
para a Alemanha, a
França e a Itália.
Imigrantes ilegais expulsos de
alojamentos na França.
CharlesPlatiau/Reuters/LatinStock
66. Também cresceram os
deslocamentos da
população dos países com
grandes desequilíbrios
econômico-regionais, das
áreas mais pobres para as
áreas mais ricas.
Em 2004
Com a admissão de oito países do
Leste Europeu na União Europeia
O fluxo de imigrantes
sofreu modificação
Tendo em vista os investimentos
que o Oeste Europeu destinou
aos novos ingressantes.
No período de transição do século
XX para o século XXI, não foram
apenas operários não qualificados
que se deslocaram, mas também
jovens graduados em busca de
trabalho e de melhores condições
de vida.
67. O fato da população
imigrante se concentrar nos
grandes centros urbanos dá
maior visibilidade aos
problemas de desemprego
e de formação de periferias
miseráveis.
A continuidade desses movimentos populacionais
O fato do crescimento demográfico da população
imigrante ser superior ao da europeia
Uma crescente diversidade étnica e cultural nas
sociedades dos países europeus.
GERAM
Diante desse fenômeno, têm
crescido os movimentos xenófobos
e o sentimento de nacionalismo
em alguns povos da Europa, que
atribuem aos imigrantes a culpa
pelo aumento do desemprego e da
criminalidade.
68. O aumento da aversão aos imigrantes por parte de alguns membros
da população, entre outros fatores, explica o crescimento da
participação dos partidos de extrema direita nas eleições que vêm
sendo realizadas neste início de século. Esses partidos têm como
pontos principais de seus programas o estabelecimento de políticas
de combate a imigração e aos imigrantes que vivem na Europa.
Protesto de membros de uma organização de direita, contra a construção de
uma mesquita na Alemanha, em 2007.
69. Em reação a isso, Alemanha,
França, Espanha, Portugal, Itália,
entre outros, implementaram
ações de restrição ao ingresso de
pessoas originárias desses
países.
A partir de 2007
Com a entrada da Romênia e da
Bulgária na União Europeia
Em razão dos
elevados índices de
desemprego desses
países, muitos
búlgaros e romenos
começaram a sair
em busca de
oportunidades de
trabalho nos países
mais ricos do
continente.
Entre outros fatores
Para conter o fluxo de
imigrantes africanos que se
dirigem à Europa Ocidental, os
europeus decidiram levantar, em
1998, um muro semelhante ao
existente entre o México e os
Estados Unidos. A maior parte
da obra foi financiada pela
União Europeia.
70. A pobreza na Europa desenvolvida
Apesar de terem retomado o crescimento econômico:
• com baixa inflação;
• alta rentabilidade de suas empresas;
• boas perspectivas com a moeda única.
Os países europeus
não conseguiram
eliminar o que parece
ser um dos seus
principais problemas:
o desemprego.
AshleyCooper/Corbis/LatinStock
O desemprego é um dos maiores problemas que o
mundo enfrenta atualmente. Na fotografia,
desempregado na Inglaterra (2003).
71. Os países da união europeia
vêm organizando estratégias
para conter o desemprego, que
atinge cerca de 10% de seus
habitantes, com destaque para
as elevadas taxas da Espanha
(8,7%), França (9,2%),
Alemanha (9,5%), Itália (7,7%),
Polônia (17,2) e Eslováquia
(16,1%).
• a adoção de políticas flexíveis de
contratação;
• dispensa de trabalhadores.
Dentre as medidas que estão sendo
propostas para criar empregos
DESTACA-SE
Na Itália e no Reino Unido, o trabalho
autônomo vem crescendo em virtude
da terceirização e da subcontratação
na indústria e nos serviços.
Todo esse processo de alteração na
estrutura de empregos está sendo
acompanhado pela deterioração das
condições de trabalho e de vida dos
trabalhadores, o que se traduz em
queda dos salários reais,
instabilidade no emprego e
desemprego dos menos
qualificados.
72. Entretanto, isso acabou
acarretando justamente o aumento
no índice de desemprego em
alguns países, pois com salários
elevados e jornada de trabalho
reduzida, muitas empresas
europeias optaram por investir em
outros países e continentes, entre
eles a China.
Paulatinamente, por
pressão das empresas, os
trabalhadores vêm
aceitando acordos de
ampliação de jornada de
trabalho sem aumento de
salários ou acordos de
redução de jornada com
diminuição de salário, a
fim de garantir seus
empregos, sobretudo,
após a crise de 2008.
Na década de 1980
Houve a instituição de uma
proposta de redução da
jornada de trabalho semanal.
Na Alemanha, na França
e em outros países.
Com o objetivo de criar
oportunidades de emprego.
73. Alguns conflitos no continente
europeu
Diversos conflitos na Europa se relacionam a processos
de incorporação de minorias étnicas e de territórios por
alguns Estados-nação. Alguns desses conflitos têm
origem há séculos.
Na primeira metade do século XX
A desintegração de
impérios
Como o Austro-Húngaro e o
Turco-Otomano, além das
duas Grandes Guerras.
Ocasionou instabilidades nos
limites políticos entre os países.
74. A região mais instável nessa
perspectiva foi a dos Bálcãs –
península estrategicamente
situada entre a Europa e a Ásia,
o Ocidente e o Oriente, e que
alternou situações de domínios
de diferentes impérios e/ou
Estados-nação, com culturas,
línguas e religiões diferentes.
Na segunda metade do século
O processo de derrocada do socialismo
trouxe também alterações nos limites
entre os Estados-nação.
Em decorrência disso,
houve uma sucessão de
conflitos, sobretudo nas
duas últimas décadas.
75. A desintegração da Iugoslávia
Essa complexa colcha
de retalhos permaneceu
unida enquanto foi
governada por dirigentes
autoritários.
O poderio militar da
federação iugoslava,
controlado na maior
parte pelos sérvios,
tentou impedir a
independência das
repúblicas, contando
com o apoio dos sérvios
que nelas viviam.
Até 1991, a Iugoslávia era uma país federativo
Seis repúblicas:
•Sérvia;
•Croácia;
•Eslovênia;
•Bósnia-Herzegovina;
•Macedônia;
•Montenegro.
E duas regiões autônomas pertencentes à
Sérvia:
• Kosovo;
• Vojvodina.
FORMADO POR
76. Acompanhe a linha do tempo:
• 1989 – retirada de parte da autonomia de Kosovo, estimulando o
separatismo.
• Junho de 1991 – independência da Croácia e da Eslovênia.
• Setembro de 1991- independência da Macedônia.
• Março de 1992 – independência da Bósnia-Herzegovina.
• 1995 – acordo intermediado pela ONU, entre os sérvios e os
mulçumanos da Bósnia que disputavam fatias do território do país.
• 1998 – crescimento do movimento separatista armado em Kosovo,
presidente iugoslavo contra-atacou com violência.
• 2003 – o que restou da Iugoslávia assumiu o nome de Sérvia e
Montenegro (junção de duas repúblicas).
• 2006 – Montenegro conquista sua independência, após realização
de referendo em ambas as repúblicas.
• Fevereiro de 2008 – declaração da independência de Kosovo, porém
vários países, inclusive a Rússia que é membro permanente do
Conselho de Segurança da ONU, até início de 2009, recusavam-se a
reconhecer sua independência.
77. Iugoslávia – formação e desintegração
Fonte: Le monde Diplomatique e Enciclopédia Britânica. Em: Almanaque Abril 2008. São Paulo: Abril.
2008. p. 596.
78. A cena observada na fotografia foi uma
constante ao longo do século XX: pessoas
abandonando tudo por causada guerra.
Nesse caso, são kosovares de origem
albanesa deixando a região autônoma de
Kosovo. A população dessa região era
formada, ao menos até 1998, por 90% de
albaneses e 10% de sérvios.
Manifestações em Kosovo (2008).
Refugiados de guerra na Bósnia,
em 1995.
DavidTurnley/Corbis/LatinStock
CEDOC
DavidTurnley/Corbis/LatinStock
79. O conflito entre católicos e protestantes na
Irlanda do Norte
O conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do
Norte é uma questão grave que havia muito tempo pedia
solução no Reino Unido. Na verdade, não se trata de
uma questão apenas religiosa, mas também política e
econômica.
O Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte
constitui um Estado formado por Inglaterra, Escócia,
País de Gales e Irlanda do Norte. Na Irlanda do Norte,
os católicos (cerca de 38% da população) querem a
independência em relação ao Reino Unido. Os
protestantes (cerca de 51%) querem permanecer ligados
ao Reino Unido, por isso são chamados de unionistas.
80. Acompanhe a linha do tempo:
• 1969 - exército inglês passou a interferir no conflito.
• 1991 - IRA intensificou os ataques a Grã-Bretanha.
• Setembro de 1994 - cessar-fogo do IRA.
• Outubro de 1994 - protestantes também anunciaram o fim da luta
armada.
• Fevereiro de 1996 - voltaram os conflitos, IRA acabou com o cessar-
fogo, em protesto à insistência dos protestantes em condicionar os
acordos de paz ao seu desarmamento total.
• 1997- 2º cessar-fogo, recomeçando as negociações entre os líderes.
• 1998 – foi selado um acordo de paz, que propôs a formação de um
governo autônomo, com a participação das duas comunidades no
estabelecimento de uma Assembléia.
• Dezembro de 2000 – início do funcionamento dessa Assembléia.
• 2005 – conclusão do desarmamento do IRA e dos grupos paramilitares
protestantes, além da libertação de presos políticos.
• 2007 – formou-se um governo de coalizão, garantindo a Irlanda do
Norte o retorno a uma autonomia regional, e o exército inglês encerrou
sua intervenção militar nesse país que já durava 38 anos.
ParteintegrantedaobraGeografiahomem&espaço,EditoraSaraiva
82. Ciganos, um povo perseguido na Europa
Estima-se que haja cerca de
20 milhões de ciganos pelo
mundo.
Grande parte vive
na Europa.
A origem desse povo é incerta, mas
alguns pesquisadores acreditam que
eles tenham vindo da Índia, cerca de
mil anos atrás, migrando para a parte
oriental da Europa no século XIV e
para a parte ocidental após a
Segunda Guerra Mundial.
Assim como fazem com
os turcos e os norte-
africanos, os jovens neo-
nazistas têm promovido
atentados a moradias
ciganas. Na República
Tcheca, a entrada de
ciganos em alguns bares
e restaurantes é
proibida.
Em 2005, oito países do antigo
bloco socialista apresentaram em
Sófia (capital da Bulgária) uma
proposta de integração dos ciganos,
prevendo que até 2015 eles sejam
tirados da situação marginal em que
vivem na Europa.
84. O elevado nível de desenvolvimento daO elevado nível de desenvolvimento da
Europa OcidentalEuropa Ocidental
Mesmo considerando
apenas aspectos
econômicos — como,
por exemplo, o valor do
PIB — dos 10 países
mais ricos do mundo
(Estados Unidos,
Japão, Alemanha,
China, Reino Unido,
França, Itália, Canadá,
Espanha e Brasil),
cinco eram europeus.
O continente europeu Berço da Revolução Industrial
É formado por alguns dos países
mais desenvolvidos do globo.
Segundo o relatório 2007/2008 do
Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud), que mede a
qualidade de vida dos países do mundo,
entre os 20 de mais alto IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) 15 eram
europeus, destacando-se a Islândia (1º), a
Noruega (2º), a Irlanda (5º), a Suécia (6º),
a Suíça (7º), os Países Baixos (9o) e a
França (10º). O Brasil ocupa o 70º lugar, o
último entre os países considerados de
alto desenvolvimento humano.
85. Os grandes grupos industriais europeus e de outras partes do mundo
fazem investimentos elevados em pesquisa e tecnologia.
Criando e desenvolvendo novas mercadorias, modernizando
e automatizando suas fábricas para alcançar um menor
custo de produção e melhorar a sua competitividade global.
Os parques industriais da maioria dos países da
Europa Ocidental são bastante diversificados.
Com destaque para:
• produtos eletroeletrônicos;
• telecomunicações;
• química;
• aviação;
• produtos farmacêuticos;
• construção naval;
• energia nuclear;
• siderurgia;
• automobilística.
86. Para alguns países da
Europa Ocidental, como
França, Itália e Espanha, a
atividade turística é uma
importante fonte de divisas.
O setor terciário desses países também é bastante diversificado.
Formado por grandes grupos de empresas
multinacionais que atuam nas áreas:
• comercial, como redes de hipermercados (o francês
Carrefour);
• financeira, como bancos (os espanhóis Santander e
BBV, os britânicos Lloyd’s Bank e HSBC, o holandês
ABN-Amro Bank);
• de telefonia (a espanhola Telefonica, a italiana Tim);
entre outras.
87. Modelos desfilam em Paris, França (2008).
StephaneCardinale/PeopleAvenue/Corbis/LatinStock
Merecem destaque ainda os grandes
centros universitários, sobretudo no
Reino Unido, na França, na Itália, na
Alemanha e na Espanha, que
atraem pesquisadores e estudantes
do mundo inteiro.
O mercado internacional da moda também movimenta um
grande volume de capitais.
SENDO:
França e Itália os principais exportadores
de produtos de alta costura, além de
abrigarem empresas que detêm as
patentes das grifes.
Esses países são os grandes
centros europeus de eventos de
divulgação do mundo da moda.
88. A União Europeia (UE)A União Europeia (UE)
Em 1952, foi criada a Ceca (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço),
reunindo os países do Benelux, a Alemanha, a França e a Itália. Com essa
integração, foi estabelecido um mercado comum para os produtos e
matérias-primas ligados à indústria siderúrgica, como carvão, ferro e aço.
A União Europeia é o maior projeto de integração entre
países levado a cabo na história.
A primeira experiência de integração comercial entre
países já havia sido elaborada um pouco antes do
final da Segunda Guerra.
Bélgica, Holanda e Luxemburgo
formaram, em 1944, o Benelux, que
previa a criação de uma zona de livre
comércio entre seus membros. O
Benelux entrou em funcionamento em
1948 e, dez anos depois, completou o
processo de unificação econômica.
A experiência pioneira dessa
integração está sendo seguida
por várias nações e é um dos
elementos que caracterizam a
ordem mundial dos dias atuais.
89. No início da década de 1990, os países da
CEE resolveram ampliar a abrangência desse
organismo, devido à delineação de uma nova
etapa das relações internacionais, marcada
pela queda do muro de Berlim, pelo fim da
União Soviética, pela unificação alemã e
também pelo aumento da concorrência no
âmbito comercial.
A experiência do mercado siderúrgico comum e o êxito alcançado
pela Ceca inspiraram uma integração econômica mais ampla.
Em 1957, os membros da Ceca criaram, pelo Tratado de Roma, a
Comunidade Econômica Europeia (CEE), também chamada de
Mercado Comum Europeu (MCE), que deu origem ao processo de
unificação da Europa.
Os objetivos da CEE apontavam para a formação de um bloco
que pudesse assegurar aos seus integrantes a
livre circulação de mercadorias, pessoas,
capitais e serviços.
Esses objetivos só se
concretizaram
plenamente em 1993,
com a unificação
europeia.
90. O Tratado de Maastricht,
que entrou em vigor em 1º
de janeiro de 1993,
substituiu o Tratado de
Roma e transformou a
CEE em UE (União
Europeia).
Reunidos em dezembro de 1991, na cidade de Maastricht, na
Holanda, os países da CEE decidiram eliminar, num curto espaço de
tempo, todas as barreiras que impediam uma integração
socioeconômica definitiva, implantando o mercado único.
• Uma das principais decisões foi definir o uso de uma nova eUma das principais decisões foi definir o uso de uma nova e
única moeda na Europa unificada, com a criação de um Bancoúnica moeda na Europa unificada, com a criação de um Banco
Central Europeu.Central Europeu.
Assim, gradativamente, vem ocorrendo entre
os países integrantes uma maior cooperação
em questões como:
• o combate ao crime organizado e ao
narcotráfico;
• decisões comuns relacionadas ao meio
ambiente, à imigração, à educação, à
proteção do consumidor, à saúde pública, à
defesa do território e a outras áreas.
91. A ambição desse tratado é clara:
Nesse sentido, um passo
importante foi dado em 1º
de janeiro de 2002, quando
entrou em circulação o
euro, a moeda única (união
monetária), em doze países
que pertencem à UE.
Transformar a Europa unificada em um grande bloco
econômico, capaz de competir com os Estados Unidos
e com o bloco integrado por esse país — o Nafta.
Um dos setores beneficiados com a
adoção do euro foi o turismo, uma vez
que o visitante, ao chegar à Europa,
faz apenas uma conversão de seu
dinheiro.
No dia 1º de maio de 2004, entraram
na União Europeia dez países, sendo
oito oriundos do antigo bloco
socialista.
Dessa forma, o novo mapa da UE
colocou fim à tradicional divisão do
continente em Ocidental e Oriental.
Os novos países-membros
apresentam um nível de
desenvolvimento inferior aos
demais, infra estrutura
bastante defasada e atraso
tecnológico.
92. Sede da União Europeia, em Bruxelas (Bélgica).
Comparativamente, a
contribuição desses países
ao bloco será menor do que
os investimentos que
deverão receber.
Esses países, no entanto, receberão
menos benefícios do que os oferecidos
aos que entraram anteriormente, como:
Subsídios agrícolas
Somente em 2014 os
países que ingressaram
em 2004 terão acesso a
todos os benefícios.
Ajuda econômica
ao desenvolvimento
Em 2007, Romênia e
Bulgária ingressaram na
EU; Eslovênia tornou-se
o 13º país a adotar o
euro.
93. União Europeia (2007)União Europeia (2007)
CarlosTadeudeCarvalhoGamba
Fonte: Folha de S.Paulo. São Paulo, 23 jun. 2007. p. A-19.
94. As economias em transiçãoAs economias em transição
da Europa Orientalda Europa Oriental
Os países da Europa Oriental apresentam um nível de
desenvolvimento socioeconômico diferente do existente na Europa
Ocidental.
Esse conjunto é ainda marcado por uma diversidade
socioeconômica e espacial que remonta ao período da
Guerra Fria, quando fazia parte da zona de influência do
bloco soviético.
Na Europa Oriental Após a Segunda Guerra Mundial
A atividade industrial desenvolveu-se com
base no planejamento estatal.
95. Com o surgimento do novo modelo industrial baseado nas novas
tecnologias:
Muitas dessas empresas faliram, e
os países sofreram queda de
produção e dos níveis de emprego.
O parque industrial dos antigos países socialistas
mostrou-se em grande defasagem tecnológica.
A transição para a economia capitalista
(a partir do início dos anos 1990).
promoveu uma reestruturação industrial com a abertura dos
mercados, os cortes de subsídio às empresas estatais e a
liberalização dos preços, o que acarretou um surto inflacionário.
96. Indústria automotiva na
República Tcheca (2007).
Isifa/GettyImages
Os demais países da Europa Oriental, como Bulgária,
Romênia, Bósnia-Herzegovina, Albânia e Macedônia,
apresentam níveis de industrialização e de diversificação
econômica inferiores aos da Polônia, da República Tcheca e da
Hungria.
Segundo a classificação do IDH, esses países
também estão incluídos no grupo de
“desenvolvimento humano elevado”.
97. Embora a passagem do sistema socialista para
o capitalista tenha trazido crescimento
econômico expressivo a alguns países da
Europa Oriental, a concentração de renda, as
desigualdades sociais e, em alguns casos, o
aumento do desemprego e da pobreza também
passaram a fazer parte desse espaço
geográfico, ocasionando, na primeira década do
século XXI, descontentamento na população.
98. O espaço econômicoO espaço econômico
A criação em 1962 da PAC (Política Agrícola Comum)
foi uma forma de os governos europeus protegerem
seus agricultores da concorrência externa.
Uma importante característica da agropecuária do espaço europeu
são os subsídios concedidos pelos governos aos agricultores.
Empréstimos a juros baixos e
pagamento a longo prazo.
Principalmente nos países que fazem parte da União Europeia.
99. Manifestação de agricultores
contra a redução do subsídios na
União Europeia.
AlainNogues/CorbisSygma/LatinStock
A PAC teve a sua criação baseada nos princípios de:
• formação de um mercado comunitário único;
• proteção agrícola por meio de tarifação aos produtos importados;
• incentivos à produção comunitária;
• fornecimento de subsídios à exportação para garantir a venda dos
excedentes.
101. A produção agrícolaA produção agrícola
A Europa apresenta uma importante e diversificada produção agrícola,
com grande aproveitamento de seus solos.
A cultura de cereais é predominante, destacando-se o trigo, produto mais
importante. Sua principal área produtora é a região de solos negros da
Ucrânia (tchernozion).
Outros cereais cultivados são o centeio, a aveia e a cevada, produtos
agrícolas das áreas temperadas.
Cultivo de centeio na França.
CEDOC
Cultivo de uva na Europa.
GrandTour/Corbis/LatinStock
102. • A batata é outro produto importante da agricultura europeia.
• Nas regiões europeias de clima mediterrâneo, sobressai o cultivo
da oliveira, destinada à produção de azeitonas e de azeite.
Portugal, Espanha, França e Itália destacam-se como maiores
produtores mundiais e seus produtos são reconhecidos como os de
melhor qualidade internacional.
• Outro destaque é o cultivo da videira, destinada à produção de
vinhos.
Cultivo de oliveiras na Grécia.
CEDOC
103. A pecuáriaA pecuária
Os consumidores estão cada vez mais
conscientes dos problemas ecológicos
e desejam uma alimentação saudável,
dando preferência aos alimentos
cultivados sem o uso de agrotóxicos.
Como na agricultura, a pecuária
europeia é responsável por uma grande
variedade de produtos, desde a carne
até o queijo e a manteiga.
Vem crescendo nos
países europeus, em
particular nos da
Europa Ocidental, a
prática da agricultura
orgânica. Ela utiliza
métodos naturais para
a correção do solo e
controle de pragas.
Na pecuária vem ocorrendo
modificação nos padrões
alimentares das criações.
Além disso
104. A atividade extrativaA atividade extrativa
O petróleo é explorado no
continente e no oceano. Além
da Rússia (parte europeia) e
do Azerbaidjão, outra região
rica em petróleo é o mar do
Norte, onde a exploração é
controlada pelo Reino Unido e
Noruega.
Extração de carvão
mineral na Alemanha.
CEDO
C
Produtos mais importantes do
continente europeu:
• petróleo;
• carvão;
• ferro;
• manganês.
O carvão é extraído em
maior quantidade na
Ucrânia, no Reino Unido, na
Alemanha e na Polônia.
105. Plataforma de petróleo no
mar do Norte.
epa/Corbis/LatinStoc
k
Em virtude do elevado
grau de industrialização e
das características
geológicas do território,
os países europeus são
dependentes de uma série
de minerais essenciais à
atividade industrial.
106. Os países industrializadosOs países industrializados
• Reino Unido;
• Alemanha;
• Itália;
• França;
• Holanda (Países Baixos);
• Bélgica;
Países europeus
Elevado nível de desenvolvimento
e economia diversificada
Grandes exportadores de
produtos industrializado
Especialmente bens
de alta tecnologia.
• Luxemburgo;
• Suécia;
• Suíça;
• Dinamarca;
• Espanha;
• Finlândia.
107. Reino Unido – onde a atividadeReino Unido – onde a atividade
industrial teve inícioindustrial teve início
Londres, capital da
Inglaterra e do Reino
Unido, é considerada a
cidade mais importante da
Europa e a terceira do
mundo. Essa cidade reúne
à sua volta o mais
importante parque
industrial do país, além de
ser o principal centro
comercial, financeiro e
portuário do Reino Unido.
O Reino Unido é o mais antigo país industrializado.
• Possui uma das mais extensas
redes ferroviárias da Europa, sendo
a maior parte eletrificada.
• A rede rodoviária atinge cerca
de 370 mil km.
• O porto de Londres, de grande
atividade, é um dos mais
movimentados da Europa.
ParteintegrantedaobraGeografiahomem&espaço,EditoraSaraiva
108. No centro de Londres há uma região, a City que congrega as principais instituições
financeiras do país – a City. Também chamada de Square Mile, comparável a Wall
Street (Nova York), esse centro financeiro reúne o Banco da Inglaterra, importantes
bancos comerciais e as principais casas de câmbio e de comércio internacional.
JohnHarper/Corbis/
LatinStock
ParteintegrantedaobraGeografiahomem&espaço,EditoraSaraiva
109. Reino Unido – recursosReino Unido – recursos
energéticos e regiões industriaisenergéticos e regiões industriais
Mário
Yoshida
Fonte: World atlas. Londres: Dorling Kindersley, 1999. p.134-135.
Tellus: L’encyclopédie du monde. Londres/Paris: Dorling
Kindersley/Nathan, 2002. p. 509.
ParteintegrantedaobraGeografiahomem&espaço,EditoraSaraiva
110. Alemanha – a grande potênciaAlemanha – a grande potência
econômica da Europaeconômica da Europa
Juntamente com os Estados
Unidos, a Alemanha liderou
a segunda etapa da
Revolução Industrial.
Contando com
financiamento americano,
por meio do Plano Marshall,
a indústria alemã pôde se
reconstruir, tornando-se, já
nos anos 1960, a mais
poderosa do continente.
LarsBaron/Bongarts/GettyImages
Cidade de Dortmund, na Alemanha.
A Alemanha abriga hoje um dos maiores complexos industriais do
mundo. É na região dos rios Ruhr e Reno, também chamada de
região renana, que estão situados importantes centros industriais,
como Dortmund, Essen, Düsseldorf e Duisburg.
112. Alemanha – regiões industriaisAlemanha – regiões industriaisMário
Yoshida
Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.23./Tellus: L’enciclopédie du monde.
Londres/Paris: Dorling Kindersley/ Nathan, 2002. p.93.
ParteintegrantedaobraGeografiahomem&espaço,EditoraSaraiva
113. ItáliaItália
Nápoles, Itália (2007).
AtlantidePhototravel/Corbis/LatinStock
Hoje a economia
italiana situa-se entre
as seis maiores do
mundo.
A Itália é marcada por sensíveis
diferenças regionais. Os contrastes
entre a região norte e a sul são tão
marcantes que se costuma dizer
que o território se apresenta dividido
em duas regiões:
• Itália do Norte, região
correspondente à planície do rio Pó,
que possui cidades industriais e
elevado nível de vida;
• Itália do Sul (Il Mezzogiorno),
formada pela Sicília, Sardenha e
parte meridional da península, que é
menos industrializada, onde as
atividades agropastoris têm
importância significativa.
114. FrançaFrança
• Um dos países pioneiros na atividade industrial;
• uma das mais importantes nações da Europa Ocidental;
• uma das maiores economias do globo.
Entre os setores industriais mais importantes do país destacam-se:
• o automobilístico, concentrado na região de Paris;
• o siderúrgico, cujo principal centro é a região de Lorena — onde se
encontra a cidade de Metz —, em razão da presença de minério de
ferro;
• o têxtil, localizado na parte norte do país, em Lille, importante produtora
de fibras sintéticas.
116. França – regiões industriaisFrança – regiões industriaisMário
Yoshida
Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.41./Tellus: L’enciclopédie du monde.
Londre/Paris: Dorling Kindersley/ Nathan, 2002. p.279.
117. Outros países fortemente industrializados daOutros países fortemente industrializados da
EuropaEuropa
Holanda (PaísesHolanda (Países
Baixos)Baixos)Atualmente o porto mais movimentado do mundo é o de Roterdã,
situado nesse país, que, por seu volume de tráfego, é considerado a
porta de entrada e saída comercial do continente europeu.
BélgicaBélgica
Os principais setores industriais da Bélgica são o siderúrgico, o têxtil, o
químico e o de lapidação de diamantes.
A capital da Bélgica (Bruxelas) é sede dos seguintes organismos
internacionais:
• UE — União Europeia;
• Euratom — Comunidade Europeia de Energia Atômica;
• Otan — Organização do Tratado do Atlântico Norte.
118. LuxemburgoLuxemburgo
• Área territorial 2.586 km2;
• Independente desde 1867;
• Localizado entre a Alemanha, a Bélgica e a França.
A siderurgia, sua principal atividade industrial, já teve maior destaque
na economia do país. A partir da década de 1980, outros setores
industriais vêm alcançando maior projeção, como é o caso da indústria
química.
SuéciaSuécia
• País da Europa Nórdica, com uma população de quase 9 milhões de
habitantes.
• Uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo, a de
Kiruna, no norte do país.
Estocolmo, a capital da Suécia, é a cidade mais populosa do país. O
padrão de vida dos suecos é um dos mais elevados do globo.
119. SuíçaSuíça
A indústria da Suíça tem por base
os setores químico, farmacêutico,
relojoeiro, de laticínios e de
aparelhos de precisão. Sua capital é
Berna, mas Zurique, importante
centro financeiro europeu, é a
cidade mais populosa. Genebra é
sede de vários organismos
internacionais, como:
• a OIT (Organização Inter nacional
do Trabalho);
• a OMS (Organização Mundial de
Saúde);
• a Cruz Vermelha;
• a OMC (Organização Mundial do
Comércio). Sede da Organização Mundial da
Saúde, na Suíça.
FabriceCoffrini/epa/Corbis/LatinStock
120. DinamarcaDinamarca•A Dinamarca situa-se na península da Jutlândia, ao norte da Alemanha. As
indústrias de alimentos, maquinaria, equipamentos de escritórios e produtos
químicos são as mais importantes.
•A exportação de produtos industrializados é a principal fonte de divisas do
país, que possui escassos recursos minerais e de matérias-primas.
•A capital dinamarquesa é Copenhague, que abriga aproximadamente 20%
da população do país.
EspanhaEspanha
A partir de seu ingresso no Mercado Comum Europeu, atual União Europeia,
com injeção de capitais e ajuda econômica para melhoria do padrão
socioeconômico de sua população, a Espanha, num curto espaço de tempo,
teve um processo de crescimento econômico, passando pela modernização da
agricultura e pela diversificação de suas atividades industriais.
122. FinlândiaFinlândia
O território da Finlândia, país da Europa Nórdica, é pontuado
por lagos — cerca de 187 mil — e a presença da floresta de coníferas
possibilita o desenvolvimento da atividade extrativa madeireira e de
fabricação de celulose e papel.
Os investimentos na economia do país passaram a priorizar os setores
de tecnologia de ponta, particularmente o de telefonia celular. A
finlandesa Nokia é uma das maiores empresas fabricantes de telefones
celulares do mundo.
Helsinki, capital da Finlândia
JonHicks/Corbis/
LatinStock
123. Europa – população urbanaEuropa – população urbanaMário
Yoshida
Fonte: Atlante geográfico metódico. Novara: Instituto Geográfico De Agostini, 1997. p. 45./IBGE. Atlas Geográfico
escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007 (adaptado).