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Europa:
Aspectos físicos
Demográficos
Econômicos
Europa - Divisão Política
O continente europeu
Helsinki, capital da Finlândia, na costa do mar Báltico.
Com uma área de pouco
mais de 10 milhões de
quilômetros quadrados,
que corresponde a
apenas 7% das terras
emersas, a Europa é
uma das menores
porções continentais do
globo.
Estende-se do oceano Atlântico aos
montes Urais (que o separam da Ásia).
Gavin
Hellier/
Robert
Harding
World
Imagery/
Corbis/
LatinStock
Diferentemente dos
outros continentes, as
terras da Europa não
estão distribuídas de
forma compacta.
O litoral do continente europeu é extenso e bastante recortado,
contém um grande números de mares, golfos, penínsulas,
fiordes e outros acidentes geográficos.
Facilita a construção de
portos, favorecendo a
utilização do transporte
marítimo.
Mares europeus mais
importantes:
• Mediterrâneo, Negro, Adriático,
do Norte, Báltico, da Noruega,
Egeu e Cáspio.
Ao norte, em razão
dos clima frios, parte
do Atlântico e do
Ártico congelam-se no
inverno, dificultando a
navegação.
A Rússia é um dos países mais
afetados pelas baixas temperaturas as
saídas por mar para o Atlântico. As
únicas com as quais pode contar, ficam
congeladas durante parte do inverno.
Dentre as várias penínsulas, destacam-se:
• a Escandinava, onde se localizam a Noruega e a Suécia;
• a Jutlândia, onde se situa a Dinamarca;
• a Ibérica, constituída pela Espanha e por Portugal;
• a Itálica, onde se localiza a Itália;
• a Balcânia ou dos Bálcãs, constituída por Bulgária, Croácia, Bósnia-
Herzegovina, Sérvia e Montenegro, Macedônia, Turquia (parte
europeia), Grécia e Albânia.
Ilhas e arquipélagos:
• no oceano Atlântico, o arquipélago Britânico, cujas maiores ilhas são
a Grã-Bretanha e a Irlanda, o arquipélago dos Açores e a ilha da
Islândia;
• no mar Mediterrâneo, as ilhas Baleares, da Sardenha, Sicília,
Córsega e de Creta;
• no mar Egeu, o arquipélago Grego.
Eurotúnel
Em dezembro de 1990, 51 metros abaixo da superfície do canal da
Mancha, operários ingleses e franceses concluíram a abertura do
primeiro dos três túneis previstos no projeto que liga Inglaterra à França.
A idéia original
da ligação
entre os países
foi do
engenheiro
francês Albert
Mathieu,
apresentada a
Napoleão
Bonaparte no
século XIX
Fonte: Nova Ciência , n. 21, 1994/ Agência DW-World.
Disponível em: www.dw-world.de/dw/article
O relevo
Mário
Yoshida
O relevo europeu
Predominam as
baixas altitudes
Há cadeias montanhosas
com altitudes superiores a
4 mil metros (Alpes) e a 5
mil metros (Cáucaso).
Formado por planaltos, cadeias de
montanhas, planícies e depressões
São encontrados ao norte e distribuídos
pela parte central do continente.
Porção central e
sul do continente.
A cadeia mais
importante é a dos
Alpes.
Cerca de dois
terços do relevo
europeu,
principalmente
na parte leste e
central do
continente
Ocorrem junto
ao mar Cáspio e
na Holanda, ao
norte do baixo
curso do rio
Reno.
Foto
do
autor
CEDOC
Maciço central da
França.
Meseta da região da
Pamplona,
Espanha.
Maciço central na França.
Hemis/
Corbis/
LatinStock
As cadeias montanhosas foram formadas por tectonismo. A porção sul apresenta atividade
sísmica e vulcânica, que é também intensa na Islândia. Além dos vulcões, há na ilha cerca de
800 fontes de água quente, chamadas gêiseres. Elas lançam água a temperaturas entre 75ºC
e 100ºC e são aproveitadas para geração de energia.
Na Islândia, 100% da eletricidade gerada é proveniente de
fontes de energia renováveis (hidrelétrica e geotérmica ou
geotermal).
Arctic-Images/
Corbis/
LatinStock
As usinas
geotermais
atualmente geram
845 mW da energia
do país, o
equivalente ao de
uma usina nuclear, e
respondem por um
terço das
necessidades do
país. A maior parte
dessa energia serve
para aquecer as
casas, a água que
sai das torneiras e
as estufas.
As fotografias
retratam a região dos
Alpes, na Áustria.
Klaus Hackenberg/ Zefa/ Corbis/ LatinStock
Walter Geiersperger/ Corbis/ LatinStock
Os Alpes estendem-se
aproximadamente desde
Nice até Viena, formando
um grande arco, que
abrange principalmente o
território da Suíça e o
norte da Itália, além do
leste da própria Áustria.
Vista externa de túnel
sobre os Alpes
Vista interna de
túnel sobre os
Alpes.
CEDOC
CEDOC
CEDOC
O monte Branco, na fronteira
entre a França e a Itália, é o
ponto culminante dos Alpes.
Em 1965 foi aberto sobre ele
um túnel de mais de 11 mil
metros para o trânsito de
veículos. O túnel tem duas vias
de 7 metros de largura,
ar-condicionado e um sistema
de controle de tráfego por meio
de radar.
Além dos Alpes, destacam-se:
• os Pirineus, na divisa entre a França e a Espanha;
• os Apeninos, na península Itálica;
• os Cárpatos, pequeno arco em torno da planície da Hungria;
• os Bálcãs, na península Balcânica, entre o mar Adriático e o mar
Negro;
• o Cáucaso, entre o mar Negro e o mar Cáspio.
As planícies mais extensas são:
• a Russa;
• a Germano-Polonesa
• a da Hungria.
Outras: planície do Pó, bacia de
Paris e bacia de Londres.
As planícies são
sedimentares, cortadas por
importantes rios navegáveis e
se estendem do mar do Norte
aos montes Urais.
Pôlder na Holanda.
K.M.
Westermann/
Corbis/
LatinStock
Essas construções permitiram a ampliação do território, com um
avanço sobre o mar do Norte. Essas áreas conquistadas são
chamadas de pôlderes, utilizados principalmente para a prática da
agricultura e da pecuária.
Cerca de 50% do território
dos Países Baixos
localiza-se abaixo do nível
do mar.
Desde o século XVII, os
holandeses vêm construindo
diques para impedir a
invasão da água do mar;
edificam também canais e
sistemas de drenagem e
bombeamento para a
retirada da água de áreas
pantanosas e lagos.
A hidrografia
Não se destacam
pela grande
extensão, mas
pelo volume de
água e sua
importância como
via de transporte.
Apresenta cerca de 75 mil
quilômetros de vias fluviais
43 500 km são
constituídos por canais
Principais rios:
• Danúbio
• Volga
• Reno
Os rios europeus.
O rio Danúbio
Nasce na região da Floresta Negra,
a mais de 600 m de altitude, e
deságua no mar Negro.
É o rio que atravessa o maior
número de países europeus e
serve de limites entre alguns
deles.
• Alemanha, Áustria, Eslováquia,
Hungria, Croácia, Sérvia,
Montenegro, Bulgária, Romênia
e Ucrânia.
• Importante via de ligação entre
a parte ocidental e a parte
oriental da Europa.
• O Danúbio comunica com o rio
Reno, através do canal de Ludwig
e do rio Meno.
Dos seus 2 858 km de
extensão, 2 450 km são
navegáveis em qualquer
época do ano.
O rio Volga
Com 3 701 km de comprimento
é o mais extenso do continente.
Nasce no planalto de Valdai,
corre pela planície Russa e
desemboca no mar Cáspio.
Navegável em quase todo o
seu curso; suas águas
permanecem congeladas
durante boa parte do ano.
O rio Reno
• 1 350 km de extensão
• Liga a parte central da Europa
aos Países Baixos
Junto ao seu principal afluente
na Alemanha, o rio Ruhr,
localiza-se o maior complexo
industrial da Europa.
• Nasce nos Alpes Suíços, separa
a Alemanha da França, passa
pelos Países Baixo e desemboca
no mar Norte.
• Navegável da Basileia até o mar
do Norte
O que permite o escoamento
de vários produtos a custos
bem menores do que por
outras vias.
Em seu curso
foram
construídas
usinas
hidrelétricas
Transporte de
mercadorias no rio
Reno, na Alemanha.
O Reno comunica-se com vários rios através de canais e
liga o oceano a várias regiões industriais. Isso tornou o
porto de Roterdã, localizado em sua foz, um dos mais
movimentados do mundo.
Henning
Kaiser/
AFP/
Getty
Images
Outros rios importantes do continente europeu :
• Tejo, Douro e Minho, em Portugal;
• Tejo, Douro e Ebro, na Espanha;
• Sena, Loire e Ródano, na França;
• Tâmisa, na Inglaterra;
• Pó, Tibre e Arno, na Itália;
• Vístula e Oder, na Polônia;
• Elba, na República Tcheca e na Alemanha;
• Don e Dnieper, na Rússia;
• Dnieper, na Ucrânia e em Belarus.
Os dois principais centros dispersores de água da Europa são:
os Alpes e o planalto de Valdai (Rússia).
Os lagos da Europa
A Europa apresenta
numerosas regiões
lacustres.
Na parte europeia da Rússia,
localizam-se grandes lagos, como o
Ládoga (com 18 200 km², o maior da
Europa) e o Onega.
Os mais belos lagos da Europa
localizam-se nos Alpes, com destaque
para:
• o de Genebra, entre a Suíça e a
França;
• o dos Quatro Cantões (Vierwaldstatter),
o de Zurique e o de Neuchatel, na Suíça;
• o de Constança, entre a Suíça e a
Alemanha, que funciona como
regularizador do curso do Reno;
• o de Como e o de Garda, na Itália.
Na península
Escandinava,
aparecem o Venern
e o Vattern,
considerados lagos
residuais. Na
Finlândia, existem
alguns milhares de
lagos, formados a
partir de processos
resultantes da
escavação de
gelerias.
O clima e a vegetação
O continente europeu,
situado quase totalmente
na zona temperada do
hemisfério Norte,
apresenta
predominantemente clima
temperado.
Além da posição geográfica, outros
fatores são responsáveis pela
determinação de seus tipos climáticos:
• as correntes marinhas,
• o litoral recortado,
• a disposição das formas do relevo,
que influi na penetração das massas de
ar.
Uma corrente marinha que influencia bastante o clima da
Europa é a corrente do Golfo. Ela provém da zona
intertropical e aquece as áreas litorâneas de vários países.
O clima temperado europeu divide-se em dois tipos:
temperado oceânico e temperado continental.
Europa – Fatores climáticos
Mário
Yoshida
Fonte: Rémy Knafou. Histoire/Geographie (initiation économique). Paris: Belin, 1992. p. 202 (adaptado).
O clima temperado
oceânico, que ocorre na
parte ocidental do
continente, recebe a
influência da corrente do
Golfo; é úmido, com verão
e inverno menos rigorosos.
A amplitude térmica dessa
região é menor que no
interior do continente, e as
chuvas, abundantes,
distribuem-se de forma
regular pelos 12 meses do
ano, atingindo maiores
quantidades no inverno.
O clima temperado
continental ocorre no interior
do continente e não recebe a
influência do mar. Abrange as
partes central e oriental da
Europa, onde os verões são
quentes, em contraste com o
inverno, bastante rigoroso e
com queda de neve;
amplitude térmica, é grande,
e as chuvas, bastante
irregulares, caem em maior
quantidade no verão e na
primavera.
Os climogramas da Europa.
Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.11.
Europa - Clima
Sidnei
Moura
Fonte: La Géographie de Monde. Paris: Nathan, 2000. p. 13 (adaptado).
Os tipos climáticos temperado oceânico e temperado continental correspondem
aproximadamente aos seguintes tipos de vegetação:
• Floresta temperada – cobria grande extensão do território europeu; agora ficou reduzida a
alguns bosques.
• Landa – formação vegetal comum na Europa em áreas de solos menos férteis; esses solos
correspondem às terras antes cobertas pela floresta temperada.
• Turfeira – aparece onde os solos se apresentam úmidos, em virtude do fraco escoamento das
águas;
• Estepe – recobre as planícies e os baixos planaltos, áreas de clima temperado continental um
pouco mais seco; ao norte do mar Negro, encontra-se estepe negra, que apresenta um dos
tipos de solo mais férteis do globo, o tchernoziom, intensamente aproveitado para a atividade
agrícola, principalmente o cultivo de trigo.
Vegetação de estepe, na Itália (2003).
Floresta Temperada,
norte da França.
CEDOC
CEDOC
CEDOC
Estepe negra,
na Ucrânia.
Landa, na
Bretanha,
França.
Campos Alpinos
na Suíça.
Maqui, em Port-Gros,
França.
CEDOC
CEDOC
O clima frio ártico
Próximo ao oceano
glacial Ártico, ocorre o
clima frio ártico. Durante
um curto período do
verão, esse tipo
climático apresenta
temperaturas próximas a
10°C e, no inverno,
médias inferiores a 0°C.
Sua vegetação predominante é a
tundra, vegetação rasteira
constituída por musgos e líquens.
Nas áreas de elevada altitude, ocorre
o frio de montanha. Nessas áreas, a
vegetação modifica-se de acordo com
a altitude e a conseqüente queda de
temperatura nas partes mais altas.
Nas proximidades do Mediterrâneo, ocorre o clima
mediterrâneo. Graças à influência das massas de ar oriundas
do deserto do Saara, esse tipo de clima caracteriza-se por
verões quentes e secos. A época de chuvas é no inverno.
As formações vegetais que correspondem ao clima
mediterrâneo são o maqui e o garrigue.
População
A densidade
demográfica atingia
cerca de 71 hab./km²,
fazendo do
continente o mais
densamente povoado
do mundo.
Século XXI
A população
europeia era de
aproximadamente
745 milhões
de habitantes
O correspondente a
cerca de 10% da
população mundial.
As partes menos habitadas, compreendem as regiões próximas do
círculo polar Ártico, como a península Escandinava, a Finlândia, a
porção norte da Rússia e as altas montanhas.
As taxas de crescimento
demográfico europeu estão
próximas de zero. Alguns
países vêm apresentando
taxas negativas nos últimos
anos.
A dinâmica do crescimento populacional
Em decorrência da
acentuada queda dos
índices de natalidade
A Europa vem
apresentando baixas
taxas de crescimento
populacional.
Países Crescimento anual
Espanha 0,8
Suécia 0,4
Dinamarca 0,2
Reino Unido 0,4
Alemanha -0,1
República Tcheca 0,0
Hungria -0,3
Letônia -0,5
Bulgária -0,7
Taxa média de crescimento demográfico
entre 2010 e 2015.
Fonte: L’état du monde, 2008.
Essa queda pode ser atribuída:
• ao desenvolvimento urbano-industrial do continente, que
eleva o custo de vida para uma família numerosa;
• redefinição do modo de vida, com casamentos mais tardios;
• crescente participação da mulher no mercado de trabalho;
• desejos de consumo, lazer e ascensão social;
• disseminação dos métodos anticoncepcionais;
• maior difusão dos meios de comunicação, que ampliaram o
acesso a informação, permitiram que os casais passassem a
fazer planejamento familiar, reduzindo o número de filhos.
O aumento do número de idosos
A expectativa de vida na maioria dos países
europeus está acima dos 75 anos.
Idosas praticando atividade física na Alemanha (2007).
Tobias
Fleber/
dpa/
Corbis/
LatinStock
Em consequência disso, é grande o número de
idosos na composição etária da população.
O comportamento
demográfico europeu
traz séria preocupação
ao continente, pois ao
mesmo tempo em que
não há aumento da força
de trabalho, ocorre a
elevação sensível dos
gastos com a
previdência social.
Fonte: Population Reference Bureau/ONU.
As pirâmides etárias
apresentam um
estreitamento em suas
bases. Assim, se essa
situação de baixo índice de
natalidade com elevação
da expectativa de vida
continuar, os topos das
pirâmides ficarão cada vez
mais largos.
A composição étnica
Os europeus podem ser divididos em
três grandes ramos étnicos, cada um
como uma diversidade de grupos de
povos ou etnias. Esses ramos são:
• atlanto-mediterrâneos;
• germanos;
• eslavos.
Eslavo.
Atlanto-mediterrâneas.
Gloria
Rodrigues/
Stock
Photos
CEDOC
No continente europeu,
predominam os idiomas
indo-europeus,
subdivididos em três
grupos principais: o latino,
o germânico e o eslavo.
A religião
Apesar da diversidade étnica e linguística existente na Europa
Além do catolicismo, praticam-se também:
• o protestantismo, que predomina na parte
setentrional do continente e divide-se em
luteranismo, calvinismo e anglicanismo;
• o islamismo, que possui muitos adeptos na
Turquia e na península dos Bálcãs;
• o judaísmo, que é praticado em diversos
países europeus, mas por um pequeno
número de adeptos.
A maior parte da população pratica o
catolicismo, dividido em dois grupos
o romano e o
ortodoxo.
Com a onda migratória
recente de turcos,
norte-africanos e
árabes do Oriente
Médio em direção à
Europa Ocidental,
cresceu muito o
número de adeptos do
islamismo nessa
porção do continente
europeu.
A imigração e o racismo
Fonte: Eurostat/OCDE/ONU.
Carlos
Tadeu
de
Carvalho
Gamba
População natural de outros países na Europa
Nos últimos anos, os
deslocamentos internos
da população européia
se tornaram muito
intensos. A crise nos
países do Leste Europeu
provocou forte migração
para os países da União
Européia, principalmente
para a Alemanha, a
França e a Itália.
Imigrantes ilegais expulsos de
alojamentos na França.
Charles
Platiau/
Reuters/
LatinStock
Também cresceram os
deslocamentos da
população dos países com
grandes desequilíbrios
econômico-regionais, das
áreas mais pobres para as
áreas mais ricas.
Em 2004
Com a admissão de oito países do
Leste Europeu na União Europeia
O fluxo de imigrantes
sofreu modificação
Tendo em vista os investimentos
que o Oeste Europeu destinou
aos novos ingressantes.
No período de transição do século
XX para o século XXI, não foram
apenas operários não qualificados
que se deslocaram, mas também
jovens graduados em busca de
trabalho e de melhores condições de
vida.
O fato da população
imigrante se concentrar nos
grandes centros urbanos dá
maior visibilidade aos
problemas de desemprego
e de formação de periferias
miseráveis.
A continuidade desses movimentos populacionais
O fato do crescimento demográfico da população
imigrante ser superior ao da europeia
Uma crescente diversidade étnica e cultural nas
sociedades dos países europeus.
GERAM
Diante desse fenômeno, têm
crescido os movimentos xenófobos
e o sentimento de nacionalismo em
alguns povos da Europa, que
atribuem aos imigrantes a culpa
pelo aumento do desemprego e da
criminalidade.
O aumento da aversão aos imigrantes por parte de alguns membros
da população, entre outros fatores, explica o crescimento da
participação dos partidos de extrema direita nas eleições que vêm
sendo realizadas neste início de século. Esses partidos têm como
pontos principais de seus programas o estabelecimento de políticas
de combate a imigração e aos imigrantes que vivem na Europa.
Protesto de membros de uma organização de direita, contra a construção de
uma mesquita na Alemanha, em 2007.
Em reação a isso, Alemanha,
França, Espanha, Portugal, Itália,
entre outros, implementaram
ações de restrição ao ingresso de
pessoas originárias desses
países.
A partir de 2007
Com a entrada da Romênia e da
Bulgária na União Europeia
Em razão dos elevados
índices de desemprego
desses países, muitos
búlgaros e romenos
começaram a sair em
busca de
oportunidades de
trabalho nos países
mais ricos do
continente.
Entre outros fatores
Para conter o fluxo de
imigrantes africanos que se
dirigem à Europa Ocidental, os
europeus decidiram levantar, em
1998, um muro semelhante ao
existente entre o México e os
Estados Unidos. A maior parte
da obra foi financiada pela
União Europeia.
A pobreza na Europa desenvolvida
Apesar de terem retomado o crescimento econômico:
• com baixa inflação;
• alta rentabilidade de suas empresas;
• boas perspectivas com a moeda única.
Os países europeus
não conseguiram
eliminar o que parece
ser um dos seus
principais problemas:
o desemprego.
Ashley
Cooper/
Corbis/
LatinStock
O desemprego é um dos maiores problemas que o
mundo enfrenta atualmente. Na fotografia,
desempregado na Inglaterra (2003).
Os países da união européia
vêm organizando estratégias
para conter o desemprego, que
atinge cerca de 10% de seus
habitantes, com destaque para
as elevadas taxas da Espanha
(8,7%), França (9,2%),
Alemanha (9,5%), Itália (7,7%),
Polônia (17,2) e Eslováquia
(16,1%).
• a adoção de políticas flexíveis
de contratação;
• dispensa de trabalhadores.
Dentre as medidas que estão sendo
propostas para criar empregos
DESTACA-SE
Na Itália e no Reino Unido, o trabalho
autônomo vem crescendo em virtude
da terceirização e da subcontratação
na indústria e nos serviços.
Todo esse processo de alteração na
estrutura de empregos está sendo
acompanhado pela deterioração das
condições de trabalho e de vida dos
trabalhadores, o que se traduz em
queda dos salários reais,
instabilidade no emprego e
desemprego dos menos
qualificados.
Entretanto, isso acabou
acarretando justamente o aumento
no índice de desemprego em
alguns países, pois com salários
elevados e jornada de trabalho
reduzida, muitas empresas
europeias optaram por investir em
outros países e continentes, entre
eles a China.
Paulatinamente, por
pressão das empresas, os
trabalhadores vêm
aceitando acordos de
ampliação de jornada de
trabalho sem aumento de
salários ou acordos de
redução de jornada com
diminuição de salário, a
fim de garantir seus
empregos, sobretudo,
após a crise de 2008.
Na década de 1980
Houve a instituição de uma
proposta de redução da
jornada de trabalho semanal.
Na Alemanha, na França
e em outros países.
Com o objetivo de criar
oportunidades de emprego.
Alguns conflitos no continente europeu
Diversos conflitos na Europa se relacionam a processos
de incorporação de minorias étnicas e de territórios por
alguns Estados-nação. Alguns desses conflitos têm
origem há séculos.
Na primeira metade do século XX
A desintegração de
impérios
Como o Austro-Húngaro e o
Turco-Otomano, além das
duas Grandes Guerras.
Ocasionou instabilidades nos
limites políticos entre os países.
A região mais instável nessa
perspectiva foi a dos Bálcãs –
península estrategicamente
situada entre a Europa e a Ásia,
o Ocidente e o Oriente, e que
alternou situações de domínios
de diferentes impérios e/ou
Estados-nação, com culturas,
línguas e religiões diferentes.
Na segunda metade do século
O processo de derrocada do socialismo
trouxe também alterações nos limites
entre os Estados-nação.
Em decorrência disso,
houve uma sucessão de
conflitos, sobretudo nas
duas últimas décadas.
A desintegração da Iugoslávia
Essa complexa colcha
de retalhos permaneceu
unida enquanto foi
governada por dirigentes
autoritários.
O poderio militar da
federação iugoslava,
controlado na maior
parte pelos sérvios,
tentou impedir a
independência das
repúblicas, contando
com o apoio dos sérvios
que nelas viviam.
Até 1991, a Iugoslávia era uma país federativo
Seis repúblicas:
•Sérvia;
•Croácia;
•Eslovênia;
•Bósnia-Herzegovina;
•Macedônia;
•Montenegro.
E duas regiões autônomas
pertencentes à Sérvia:
• Kosovo;
• Vojvodina.
FORMADO POR
Linha do tempo:
1989 – retirada de parte da autonomia de Kosovo, estimulando o
separatismo.
Junho de 1991 – independência da Croácia e da Eslovênia.
Setembro de 1991- independência da Macedônia.
Março de 1992 – independência da Bósnia-Herzegovina.
1995 – acordo intermediado pela ONU, entre os sérvios e os mulçumanos
da Bósnia que disputavam fatias do território do país.
1998 – crescimento do movimento separatista armado em Kosovo,
presidente iugoslavo contra-atacou com violência.
2003 – o que restou da Iugoslávia assumiu o nome de Sérvia e Montenegro
(junção de duas repúblicas).
2006 – Montenegro conquista sua independência, após realização de
referendo em ambas as repúblicas.
Fevereiro de 2008 – declaração da independência de Kosovo, porém vários
países, inclusive a Rússia que é membro permanente do Conselho de
Segurança da ONU, até início de 2009, recusavam-se a reconhecer sua
independência.
Iugoslávia – formação e desintegração
Fonte: Le monde Diplomatique e Enciclopédia Britânica. Em: Almanaque Abril 2008. São Paulo: Abril.
2008. p. 596.
A cena observada na fotografia foi uma
constante ao longo do século XX: pessoas
abandonando tudo por causada guerra.
Nesse caso, são kosovares de origem
albanesa deixando a região autônoma de
Kosovo. A população dessa região era
formada, ao menos até 1998, por 90% de
albaneses e 10% de sérvios.
Manifestações em Kosovo (2008).
Refugiados de guerra na Bósnia,
em 1995.
David
Turnley/
Corbis/
LatinStock
CEDOC
David
Turnley/
Corbis/
LatinStock
O conflito entre católicos e protestantes na
Irlanda do Norte
O conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do
Norte é uma questão grave que havia muito tempo pedia
solução no Reino Unido. Na verdade, não se trata de
uma questão apenas religiosa, mas também política e
econômica.
O Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte
constitui um Estado formado por Inglaterra, Escócia,
País de Gales e Irlanda do Norte. Na Irlanda do Norte,
os católicos (cerca de 38% da população) querem a
independência em relação ao Reino Unido. Os
protestantes (cerca de 51%) querem permanecer ligados
ao Reino Unido, por isso são chamados de unionistas.
Linha do tempo:
1969 - exército inglês passou a interferir no conflito.
1991 - IRA intensificou os ataques a Grã-Bretanha.
Setembro de 1994 - cessar-fogo do IRA.
Outubro de 1994 - protestantes também anunciaram o fim da luta armada.
Fevereiro de 1996 - voltaram os conflitos, IRA acabou com o cessar-fogo, em
protesto à insistência dos protestantes em condicionar os acordos de paz ao
seu desarmamento total.
1997- 2º cessar-fogo, recomeçando as negociações entre os líderes.
1998 – foi selado um acordo de paz, que propôs a formação de um governo
autônomo, com a participação das duas comunidades no estabelecimento de
uma Assembléia.
Dezembro de 2000 – início do funcionamento dessa Assembléia.
2005 – conclusão do desarmamento do IRA e dos grupos paramilitares
protestantes, além da libertação de presos políticos.
2007 – formou-se um governo de coalizão, garantindo a Irlanda do Norte o
retorno a uma autonomia regional, e o exército inglês encerrou sua intervenção
militar nesse país que já durava 38 anos.
Fonte: P.Joint e outros. La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.61 (adaptado).
Ilhas Britânicas Reino Unido e Irlanda
Ciganos, um povo perseguido na Europa
Estima-se que haja cerca de 20
milhões de ciganos pelo mundo.
Grande parte vive
na Europa.
A origem desse povo é incerta, mas
alguns pesquisadores acreditam que
eles tenham vindo da Índia, cerca de
mil anos atrás, migrando para a parte
oriental da Europa no século XIV e
para a parte ocidental após a
Segunda Guerra Mundial.
Assim como fazem com
os turcos e os norte-
africanos, os jovens neo-
nazistas têm promovido
atentados a moradias
ciganas. Na República
Tcheca, a entrada de
ciganos em alguns bares
e restaurantes é
proibida.
Em 2005, oito países do antigo
bloco socialista apresentaram em
Sófia (capital da Bulgária) uma
proposta de integração dos ciganos,
prevendo que eles sejam tirados da
situação marginal em que vivem na
Europa.
O elevado nível de desenvolvimento da
Europa Ocidental
Mesmo considerando
apenas aspectos
econômicos — como,
por exemplo, o valor do
PIB — dos 10 países
mais ricos do mundo
(Estados Unidos,
Japão, Alemanha,
China, Reino Unido,
França, Itália, Canadá,
Espanha e Brasil),
cinco eram europeus.
O continente europeu Berço da Revolução Industrial
É formado por alguns dos países
mais desenvolvidos do globo.
Segundo o relatório 2007/2008 do
Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud), que mede a
qualidade de vida dos países do mundo,
entre os 20 de mais alto IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) 15 eram
europeus, destacando-se a Islândia (1º), a
Noruega (2º), a Irlanda (5º), a Suécia (6º),
a Suíça (7º), os Países Baixos (9o) e a
França (10º). O Brasil ocupa o 70º lugar, o
último entre os países considerados de
alto desenvolvimento humano.
Os grandes grupos industriais europeus e de outras partes do
mundo fazem investimentos elevados em pesquisa e
tecnologia.
Criando e desenvolvendo novas mercadorias, modernizando
e automatizando suas fábricas para alcançar um menor custo
de produção e melhorar a sua competitividade global.
Os parques industriais da maioria dos países da
Europa Ocidental são bastante diversificados.
Com destaque para:
• produtos
eletroeletrônicos;
• telecomunicações;
• química;
• aviação;
• produtos farmacêuticos;
• construção naval;
• energia nuclear;
• siderurgia;
• automobilística.
Para alguns países da
Europa Ocidental, como
França, Itália e Espanha, a
atividade turística é uma
importante fonte de divisas.
O setor terciário desses países também é bastante diversificado.
Formado por grandes grupos de empresas
multinacionais que atuam nas áreas:
• comercial, como redes de hipermercados (o
francês Carrefour);
• financeira, como bancos (os espanhóis
Santander e BBV, os britânicos Lloyd’s Bank e HSBC, o
holandês ABN-Amro Bank);
• de telefonia (a espanhola Telefonica, a italiana
Tim); entre outras.
Modelos desfilam em Paris, França (2008).
Stephane
Cardinale
/
People
Avenue
/
Corbis
/
LatinStock
Merecem destaque ainda os grandes
centros universitários, sobretudo no
Reino Unido, na França, na Itália, na
Alemanha e na Espanha, que atraem
pesquisadores e estudantes do
mundo inteiro.
O mercado internacional da moda também movimenta um
grande volume de capitais.
SENDO:
França e Itália os principais exportadores
de produtos de alta costura, além de
abrigarem empresas que detêm as
patentes das grifes.
Esses países são os grandes
centros europeus de eventos de
divulgação do mundo da moda.
A União Europeia (UE)
Em 1952, foi criada a Ceca (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço),
reunindo os países do Benelux, a Alemanha, a França e a Itália. Com essa
integração, foi estabelecido um mercado comum para os produtos e
matérias-primas ligados à indústria siderúrgica, como carvão, ferro e aço.
A União Europeia é o maior projeto de integração
entre países levado a cabo na história.
A primeira experiência de integração comercial entre
países já havia sido elaborada um pouco antes do
final da Segunda Guerra.
Bélgica, Holanda e Luxemburgo
formaram, em 1944, o Benelux, que
previa a criação de uma zona de livre
comércio entre seus membros. O
Benelux entrou em funcionamento em
1948 e, dez anos depois, completou o
processo de unificação econômica.
A experiência pioneira dessa
integração está sendo seguida
por várias nações e é um dos
elementos que caracterizam a
ordem mundial dos dias atuais.
No início da década de 1990, os países da
CEE resolveram ampliar a abrangência desse
organismo, devido à delineação de uma nova
etapa das relações internacionais, marcada
pela queda do muro de Berlim, pelo fim da
União Soviética, pela unificação alemã e
também pelo aumento da concorrência no
âmbito comercial.
A experiência do mercado siderúrgico comum e o êxito alcançado
pela Ceca inspiraram uma integração econômica mais ampla.
Em 1957, os membros da Ceca criaram, pelo Tratado de Roma, a
Comunidade Econômica Europeia (CEE), também chamada de
Mercado Comum Europeu (MCE), que deu origem ao processo de
unificação da Europa.
Os objetivos da CEE apontavam para a formação de um bloco
que pudesse assegurar aos seus integrantes a
livre circulação de mercadorias, pessoas,
capitais e serviços.
Esses objetivos só se
concretizaram
plenamente em 1993,
com a unificação
europeia.
O Tratado de Maastricht,
que entrou em vigor em 1º
de janeiro de 1993,
substituiu o Tratado de
Roma e transformou a
CEE em UE (União
Européia).
Reunidos em dezembro de 1991, na cidade de Maastricht, na
Holanda, os países da CEE decidiram eliminar, num curto espaço de
tempo, todas as barreiras que impediam uma integração
socioeconômica definitiva, implantando o mercado único.
• Uma das principais decisões foi definir o uso de uma nova e
única moeda na Europa unificada, com a criação de um Banco
Central Europeu.
Assim, gradativamente, vem ocorrendo entre
os países integrantes uma maior cooperação
em questões como:
• o combate ao crime organizado e ao
narcotráfico;
• decisões comuns relacionadas ao meio
ambiente, à imigração, à educação, à
proteção do consumidor, à saúde pública, à
defesa do território e a outras áreas.
A ambição desse tratado é clara:
Nesse sentido, um passo
importante foi dado em 1º
de janeiro de 2002, quando
entrou em circulação o
euro, a moeda única (união
monetária), em doze países
que pertencem à UE.
Transformar a Europa unificada em um grande bloco
econômico, capaz de competir com os Estados Unidos
e com o bloco integrado por esse país — o Nafta.
Um dos setores beneficiados com a
adoção do euro foi o turismo, uma vez
que o visitante, ao chegar à Europa,
faz apenas uma conversão de seu
dinheiro.
No dia 1º de maio de 2004, entraram
na União Europeia dez países, sendo
oito oriundos do antigo bloco
socialista.
Dessa forma, o novo mapa da UE
colocou fim à tradicional divisão do
continente em Ocidental e Oriental.
Os novos países-membros
apresentam um nível de
desenvolvimento inferior aos
demais, infra estrutura
bastante defasada e atraso
tecnológico.
Sede da União Europeia, em Bruxelas (Bélgica).
Comparativamente, a
contribuição desses países
ao bloco será menor do que
os investimentos que
deverão receber.
Esses países, no entanto, receberão
menos benefícios do que os oferecidos
aos que entraram anteriormente, como:
Subsídios agrícolas
Somente em 2014 os
países que ingressaram
em 2004 terão acesso a
todos os benefícios.
Ajuda econômica
ao desenvolvimento
Em 2007, Romênia e
Bulgária ingressaram na
EU; Eslovênia tornou-se
o 13º país a adotar o
euro.
União Europeia (2007)
Carlos
Tadeu
de
Carvalho
Gamba
Fonte: Folha de S.Paulo. São Paulo, 23 jun. 2007. p. A-19.
As economias em transição
da Europa Oriental
Os países da Europa Oriental apresentam um nível de
desenvolvimento socioeconômico diferente do existente na Europa
Ocidental.
Esse conjunto é ainda marcado por uma diversidade
socioeconômica e espacial que remonta ao período da
Guerra Fria, quando fazia parte da zona de influência do
bloco soviético.
Na Europa Oriental Após a Segunda Guerra Mundial
A atividade industrial desenvolveu-se com
base no planejamento estatal.
Com o surgimento do novo modelo industrial baseado nas novas
tecnologias:
Muitas dessas empresas faliram, e
os países sofreram queda de
produção e dos níveis de emprego.
O parque industrial dos antigos países socialistas
mostrou-se em grande defasagem tecnológica.
A transição para a economia capitalista
(a partir do início dos anos 1990).
promoveu uma reestruturação industrial com a abertura dos
mercados, os cortes de subsídio às empresas estatais e a
liberalização dos preços, o que acarretou um surto inflacionário.
Indústria automotiva na
República Tcheca (2007).
Isifa
/
Getty
Images
Os demais países da Europa Oriental, como Bulgária, Romênia,
Bósnia-Herzegovina, Albânia e Macedônia, apresentam níveis
de industrialização e de diversificação econômica inferiores aos
da Polônia, da República Tcheca e da Hungria.
Segundo a classificação do IDH, esses países
também estão incluídos no grupo de
“desenvolvimento humano elevado”.
Embora a passagem do sistema socialista para
o capitalista tenha trazido crescimento
econômico expressivo a alguns países da
Europa Oriental, a concentração de renda, as
desigualdades sociais e, em alguns casos, o
aumento do desemprego e da pobreza também
passaram a fazer parte desse espaço
geográfico, ocasionando, na primeira década do
século XXI, descontentamento na população.
O espaço econômico
A criação em 1962 da PAC (Política Agrícola Comum)
foi uma forma de os governos europeus protegerem
seus agricultores da concorrência externa.
Uma importante característica da agropecuária do espaço europeu
são os subsídios concedidos pelos governos aos agricultores.
Empréstimos a juros baixos e
pagamento a longo prazo.
Principalmente nos países que fazem parte da União Europeia.
Manifestação de agricultores
contra a redução do subsídios na
União Europeia.
Alain
Nogues
/
Corbis
Sygma
/
LatinStock
A PAC teve a sua criação baseada nos princípios de:
• formação de um mercado comunitário único;
• proteção agrícola por meio de tarifação aos produtos importados;
• incentivos à produção comunitária;
• fornecimento de subsídios à exportação para garantir a venda dos
excedentes.
Europa Agropecuária
Mário
Yoshida
Fonte: World atlas. Londres: Dorling Kinderley, 1999. p. 135 (adaptado).
A produção agrícola
A Europa apresenta uma importante e diversificada produção agrícola,
com grande aproveitamento de seus solos.
A cultura de cereais é predominante, destacando-se o trigo, produto mais
importante. Sua principal área produtora é a região de solos negros da
Ucrânia (tchernozion).
Outros cereais cultivados são o centeio, a aveia e a cevada, produtos
agrícolas das áreas temperadas.
Cultivo de centeio na França.
CEDOC
Cultivo de uva na Europa.
Grand
Tour/Corbis/Latin
Stock
• A batata é outro produto importante da agricultura europeia.
• Nas regiões europeias de clima mediterrâneo, sobressai o
cultivo da oliveira, destinada à produção de azeitonas e de azeite.
Portugal, Espanha, França e Itália destacam-se como maiores
produtores mundiais e seus produtos são reconhecidos como os de
melhor qualidade internacional.
• Outro destaque é o cultivo da videira, destinada à produção de
vinhos.
Cultivo de oliveiras na Grécia.
CEDOC
A pecuária
Os consumidores estão cada vez mais
conscientes dos problemas ecológicos e
desejam uma alimentação saudável,
dando preferência aos alimentos
cultivados sem o uso de agrotóxicos.
Como na agricultura, a pecuária
europeia é responsável por uma grande
variedade de produtos, desde a carne
até o queijo e a manteiga.
Vem crescendo nos
países europeus, em
particular nos da
Europa Ocidental, a
prática da agricultura
orgânica. Ela utiliza
métodos naturais para
a correção do solo e
controle de pragas.
Na pecuária vem ocorrendo
modificação nos padrões
alimentares das criações.
Além disso
A atividade extrativa
O petróleo é explorado no
continente e no oceano. Além
da Rússia (parte europeia) e
do Azerbaijão, outra região
rica em petróleo é o mar do
Norte, onde a exploração é
controlada pelo Reino Unido e
Noruega.
Extração de carvão
mineral na Alemanha.
CEDOC
Produtos mais importantes do
continente europeu:
• petróleo;
• carvão;
• ferro;
• manganês.
O carvão é extraído em
maior quantidade na
Ucrânia, no Reino Unido, na
Alemanha e na Polônia.
Plataforma de petróleo no
mar do Norte. epa/Corbis/LatinStock
Em virtude do elevado
grau de industrialização e
das características
geológicas do território,
os países europeus são
dependentes de uma série
de minerais essenciais à
atividade industrial.
Os países industrializados
• Reino Unido;
• Alemanha;
• Itália;
• França;
• Holanda (Países Baixos);
• Bélgica;
Países europeus
Elevado nível de desenvolvimento
e economia diversificada
Grandes exportadores de
produtos industrializado
Especialmente bens
de alta tecnologia.
• Luxemburgo;
• Suécia;
• Suíça;
• Dinamarca;
• Espanha;
• Finlândia.
Reino Unido – onde a atividade industrial
teve início
Londres, capital da
Inglaterra e do Reino
Unido, é considerada a
cidade mais importante da
Europa e a terceira do
mundo. Essa cidade reúne
à sua volta o mais
importante parque
industrial do país, além de
ser o principal centro
comercial, financeiro e
portuário do Reino Unido.
O Reino Unido é o mais antigo país industrializado.
• Possui uma das mais extensas
redes ferroviárias da Europa, sendo
a maior parte eletrificada.
• A rede rodoviária atinge cerca
de 370 mil km.
• O porto de Londres, de grande
atividade, é um dos mais
movimentados da Europa.
No centro de Londres há uma região, a City que congrega as principais instituições
financeiras do país – a City. Também chamada de Square Mile, comparável a Wall
Street (Nova York), esse centro financeiro reúne o Banco da Inglaterra, importantes
bancos comerciais e as principais casas de câmbio e de comércio internacional.
John
Harper
/Corbis
/
LatinStock
Reino Unido – recursos energéticos e
regiões industriais
Mário
Yoshida
Fonte: World atlas. Londres: Dorling Kindersley, 1999. p.134-135. Tellus:
L’encyclopédie du monde. Londres/Paris: Dorling Kindersley/Nathan, 2002. p.
509.
Alemanha – a grande potência econômica
da Europa
Juntamente com os Estados
Unidos, a Alemanha liderou
a segunda etapa da
Revolução Industrial.
Contando com
financiamento americano,
por meio do Plano Marshall,
a indústria alemã pôde se
reconstruir, tornando-se, já
nos anos 1960, a mais
poderosa do continente.
Lars
Baron
/
Bongarts
/
Getty
Images
Cidade de Dortmund, na Alemanha.
A Alemanha abriga hoje um dos maiores complexos industriais do
mundo. É na região dos rios Ruhr e Reno, também chamada de
região renana, que estão situados importantes centros industriais,
como Dortmund, Essen, Düsseldorf e Duisburg.
Observe o cartaz ao lado,
que foi divulgado em 1994
na imprensa francesa, a fim
de atrair investimentos para
a região do vale do rio Ruhr,
na Alemanha, e ao mesmo
tempo apagar a imagem de
“velha região industrial”,
caracterizada por ter se
industrializado no século
XIX e por apresentar muitas
indústrias tradicionais —
siderúrgicas e metalúrgicas.
Reprodução
• Mesmo não compreendendo a língua francesa, é
possível entender qual aspecto do Ruhr o cartaz
destaca? Explique-o.
Atlantide
Phototravel
/
Corbis
/
LatinStock
Berlim (2005).
Lazer em antigo prédio de
indústria no vale do Ruhr.
Kurt
Krieger
/
Corbis
/LatinStock
Alemanha – regiões industriais
Mário
Yoshida
Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.23./Tellus: L’enciclopédie du monde. Londres/Paris: Dorling
Kindersley/ Nathan, 2002. p.93.
Itália
Nápoles, Itália (2007).
Atlantide
Phototravel
/
Corbis
/
LatinStock
Hoje a economia
italiana situa-se entre
as seis maiores do
mundo.
A Itália é marcada por sensíveis
diferenças regionais. Os contrastes
entre a região norte e a sul são tão
marcantes que se costuma dizer
que o território se apresenta dividido
em duas regiões:
• Itália do Norte, região
correspondente à planície do rio Pó,
que possui cidades industriais e
elevado nível de vida;
• Itália do Sul (Il Mezzogiorno),
formada pela Sicília, Sardenha e
parte meridional da península, que é
menos industrializada, onde as
atividades agropastoris têm
importância significativa.
França
• Um dos países pioneiros na atividade industrial;
• uma das mais importantes nações da Europa Ocidental;
• uma das maiores economias do globo.
Entre os setores industriais mais importantes do país destacam-se:
• o automobilístico, concentrado na região de Paris;
• o siderúrgico, cujo principal centro é a região de Lorena — onde se
encontra a cidade de Metz —, em razão da presença de minério de
ferro;
• o têxtil, localizado na parte norte do país, em Lille, importante produtora
de fibras sintéticas.
Sistema ferroviário
na França.
G.
Bowater
/
Corbis
/
LatinStock
No setor dos transportes, a França possui uma boa
rede de rodovias, que, partindo de Paris, conduzem
aos principais portos e aos países vizinhos.
França – regiões industriais
Mário
Yoshida
Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.41./Tellus: L’enciclopédie du monde. Londre/Paris:
Dorling Kindersley/ Nathan, 2002. p.279.
Outros países fortemente industrializados da Europa
Holanda (Países Baixos)
Atualmente o porto mais movimentado do mundo é o de Roterdã,
situado nesse país, que, por seu volume de tráfego, é considerado a
porta de entrada e saída comercial do continente europeu.
Bélgica
Os principais setores industriais da Bélgica são o siderúrgico, o têxtil, o
químico e o de lapidação de diamantes.
A capital da Bélgica (Bruxelas) é sede dos seguintes organismos
internacionais:
• UE — União Europeia;
• Euratom — Comunidade Europeia de Energia Atômica;
• Otan — Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Luxemburgo
• Área territorial 2.586 km2;
• Independente desde 1867;
• Localizado entre a Alemanha, a Bélgica e a França.
A siderurgia, sua principal atividade industrial, já teve maior destaque
na economia do país. A partir da década de 1980, outros setores
industriais vêm alcançando maior projeção, como é o caso da indústria
química.
Suécia
• País da Europa Nórdica, com uma população de quase 9 milhões de
habitantes.
• Uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo, a de
Kiruna, no norte do país.
Estocolmo, a capital da Suécia, é a cidade mais populosa do país. O
padrão de vida dos suecos é um dos mais elevados do globo.
Suíça
A indústria da Suíça tem por base
os setores químico, farmacêutico,
relojoeiro, de laticínios e de
aparelhos de precisão. Sua capital é
Berna, mas Zurique, importante
centro financeiro europeu, é a
cidade mais populosa. Genebra é
sede de vários organismos
internacionais, como:
• a OIT (Organização Inter nacional
do Trabalho);
• a OMS (Organização Mundial de
Saúde);
• a Cruz Vermelha;
• a OMC (Organização Mundial do
Comércio). Sede da Organização Mundial da
Saúde, na Suíça.
Fabrice
Coffrini
/
epa
/
Corbis
/
LatinStock
Dinamarca
•A Dinamarca situa-se na península da Jutlândia, ao norte da Alemanha. As
indústrias de alimentos, maquinaria, equipamentos de escritórios e produtos
químicos são as mais importantes.
•A exportação de produtos industrializados é a principal fonte de divisas do
país, que possui escassos recursos minerais e de matérias-primas.
•A capital dinamarquesa é Copenhague, que abriga aproximadamente 20%
da população do país.
Espanha
A partir de seu ingresso no Mercado Comum Europeu, atual União Europeia,
com injeção de capitais e ajuda econômica para melhoria do padrão
socioeconômico de sua população, a Espanha, num curto espaço de tempo,
teve um processo de crescimento econômico, passando pela modernização da
agricultura e pela diversificação de suas atividades industriais.
Agricultura na Espanha.
Jose
Fuste
Raga
/
Corbis
/
LatinStock
Bobo
Krist/
Corbis/LatinStock
Estolcomo, é a cidade mais
populosa do país. O padrão
de vida dos suecos é um dos
mais elevados do mundo.
Finlândia
O território da Finlândia, país da Europa Nórdica, é pontuado
por lagos — cerca de 187 mil — e a presença da floresta de coníferas
possibilita o desenvolvimento da atividade extrativa madeireira e de
fabricação de celulose e papel.
Os investimentos na economia do país passaram a priorizar os setores
de tecnologia de ponta, particularmente o de telefonia celular. A
finlandesa Nokia é uma das maiores empresas fabricantes de telefones
celulares do mundo.
Helsinki, capital da Finlândia
Jon
Hicks
/
Corbis
/
LatinStock
Europa – população urbana
Mário
Yoshida
Fonte: Atlante geográfico metódico. Novara: Instituto Geográfico De Agostini, 1997. p. 45./IBGE. Atlas Geográfico
escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007 (adaptado).

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Aspectos físicos e humanos da Europa

  • 1.
  • 3. Europa - Divisão Política
  • 4. O continente europeu Helsinki, capital da Finlândia, na costa do mar Báltico. Com uma área de pouco mais de 10 milhões de quilômetros quadrados, que corresponde a apenas 7% das terras emersas, a Europa é uma das menores porções continentais do globo. Estende-se do oceano Atlântico aos montes Urais (que o separam da Ásia). Gavin Hellier/ Robert Harding World Imagery/ Corbis/ LatinStock Diferentemente dos outros continentes, as terras da Europa não estão distribuídas de forma compacta.
  • 5. O litoral do continente europeu é extenso e bastante recortado, contém um grande números de mares, golfos, penínsulas, fiordes e outros acidentes geográficos. Facilita a construção de portos, favorecendo a utilização do transporte marítimo. Mares europeus mais importantes: • Mediterrâneo, Negro, Adriático, do Norte, Báltico, da Noruega, Egeu e Cáspio. Ao norte, em razão dos clima frios, parte do Atlântico e do Ártico congelam-se no inverno, dificultando a navegação. A Rússia é um dos países mais afetados pelas baixas temperaturas as saídas por mar para o Atlântico. As únicas com as quais pode contar, ficam congeladas durante parte do inverno.
  • 6. Dentre as várias penínsulas, destacam-se: • a Escandinava, onde se localizam a Noruega e a Suécia; • a Jutlândia, onde se situa a Dinamarca; • a Ibérica, constituída pela Espanha e por Portugal; • a Itálica, onde se localiza a Itália; • a Balcânia ou dos Bálcãs, constituída por Bulgária, Croácia, Bósnia- Herzegovina, Sérvia e Montenegro, Macedônia, Turquia (parte europeia), Grécia e Albânia. Ilhas e arquipélagos: • no oceano Atlântico, o arquipélago Britânico, cujas maiores ilhas são a Grã-Bretanha e a Irlanda, o arquipélago dos Açores e a ilha da Islândia; • no mar Mediterrâneo, as ilhas Baleares, da Sardenha, Sicília, Córsega e de Creta; • no mar Egeu, o arquipélago Grego.
  • 7. Eurotúnel Em dezembro de 1990, 51 metros abaixo da superfície do canal da Mancha, operários ingleses e franceses concluíram a abertura do primeiro dos três túneis previstos no projeto que liga Inglaterra à França. A idéia original da ligação entre os países foi do engenheiro francês Albert Mathieu, apresentada a Napoleão Bonaparte no século XIX Fonte: Nova Ciência , n. 21, 1994/ Agência DW-World. Disponível em: www.dw-world.de/dw/article
  • 9. O relevo europeu Predominam as baixas altitudes Há cadeias montanhosas com altitudes superiores a 4 mil metros (Alpes) e a 5 mil metros (Cáucaso). Formado por planaltos, cadeias de montanhas, planícies e depressões São encontrados ao norte e distribuídos pela parte central do continente. Porção central e sul do continente. A cadeia mais importante é a dos Alpes. Cerca de dois terços do relevo europeu, principalmente na parte leste e central do continente Ocorrem junto ao mar Cáspio e na Holanda, ao norte do baixo curso do rio Reno.
  • 10. Foto do autor CEDOC Maciço central da França. Meseta da região da Pamplona, Espanha.
  • 11. Maciço central na França. Hemis/ Corbis/ LatinStock
  • 12. As cadeias montanhosas foram formadas por tectonismo. A porção sul apresenta atividade sísmica e vulcânica, que é também intensa na Islândia. Além dos vulcões, há na ilha cerca de 800 fontes de água quente, chamadas gêiseres. Elas lançam água a temperaturas entre 75ºC e 100ºC e são aproveitadas para geração de energia. Na Islândia, 100% da eletricidade gerada é proveniente de fontes de energia renováveis (hidrelétrica e geotérmica ou geotermal). Arctic-Images/ Corbis/ LatinStock As usinas geotermais atualmente geram 845 mW da energia do país, o equivalente ao de uma usina nuclear, e respondem por um terço das necessidades do país. A maior parte dessa energia serve para aquecer as casas, a água que sai das torneiras e as estufas.
  • 13. As fotografias retratam a região dos Alpes, na Áustria. Klaus Hackenberg/ Zefa/ Corbis/ LatinStock Walter Geiersperger/ Corbis/ LatinStock Os Alpes estendem-se aproximadamente desde Nice até Viena, formando um grande arco, que abrange principalmente o território da Suíça e o norte da Itália, além do leste da própria Áustria.
  • 14. Vista externa de túnel sobre os Alpes Vista interna de túnel sobre os Alpes. CEDOC CEDOC
  • 15. CEDOC O monte Branco, na fronteira entre a França e a Itália, é o ponto culminante dos Alpes. Em 1965 foi aberto sobre ele um túnel de mais de 11 mil metros para o trânsito de veículos. O túnel tem duas vias de 7 metros de largura, ar-condicionado e um sistema de controle de tráfego por meio de radar.
  • 16. Além dos Alpes, destacam-se: • os Pirineus, na divisa entre a França e a Espanha; • os Apeninos, na península Itálica; • os Cárpatos, pequeno arco em torno da planície da Hungria; • os Bálcãs, na península Balcânica, entre o mar Adriático e o mar Negro; • o Cáucaso, entre o mar Negro e o mar Cáspio. As planícies mais extensas são: • a Russa; • a Germano-Polonesa • a da Hungria. Outras: planície do Pó, bacia de Paris e bacia de Londres. As planícies são sedimentares, cortadas por importantes rios navegáveis e se estendem do mar do Norte aos montes Urais.
  • 17. Pôlder na Holanda. K.M. Westermann/ Corbis/ LatinStock Essas construções permitiram a ampliação do território, com um avanço sobre o mar do Norte. Essas áreas conquistadas são chamadas de pôlderes, utilizados principalmente para a prática da agricultura e da pecuária. Cerca de 50% do território dos Países Baixos localiza-se abaixo do nível do mar. Desde o século XVII, os holandeses vêm construindo diques para impedir a invasão da água do mar; edificam também canais e sistemas de drenagem e bombeamento para a retirada da água de áreas pantanosas e lagos.
  • 18. A hidrografia Não se destacam pela grande extensão, mas pelo volume de água e sua importância como via de transporte. Apresenta cerca de 75 mil quilômetros de vias fluviais 43 500 km são constituídos por canais Principais rios: • Danúbio • Volga • Reno Os rios europeus.
  • 19. O rio Danúbio Nasce na região da Floresta Negra, a mais de 600 m de altitude, e deságua no mar Negro. É o rio que atravessa o maior número de países europeus e serve de limites entre alguns deles. • Alemanha, Áustria, Eslováquia, Hungria, Croácia, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Romênia e Ucrânia. • Importante via de ligação entre a parte ocidental e a parte oriental da Europa. • O Danúbio comunica com o rio Reno, através do canal de Ludwig e do rio Meno. Dos seus 2 858 km de extensão, 2 450 km são navegáveis em qualquer época do ano.
  • 20. O rio Volga Com 3 701 km de comprimento é o mais extenso do continente. Nasce no planalto de Valdai, corre pela planície Russa e desemboca no mar Cáspio. Navegável em quase todo o seu curso; suas águas permanecem congeladas durante boa parte do ano.
  • 21. O rio Reno • 1 350 km de extensão • Liga a parte central da Europa aos Países Baixos Junto ao seu principal afluente na Alemanha, o rio Ruhr, localiza-se o maior complexo industrial da Europa. • Nasce nos Alpes Suíços, separa a Alemanha da França, passa pelos Países Baixo e desemboca no mar Norte. • Navegável da Basileia até o mar do Norte O que permite o escoamento de vários produtos a custos bem menores do que por outras vias. Em seu curso foram construídas usinas hidrelétricas
  • 22. Transporte de mercadorias no rio Reno, na Alemanha. O Reno comunica-se com vários rios através de canais e liga o oceano a várias regiões industriais. Isso tornou o porto de Roterdã, localizado em sua foz, um dos mais movimentados do mundo. Henning Kaiser/ AFP/ Getty Images
  • 23. Outros rios importantes do continente europeu : • Tejo, Douro e Minho, em Portugal; • Tejo, Douro e Ebro, na Espanha; • Sena, Loire e Ródano, na França; • Tâmisa, na Inglaterra; • Pó, Tibre e Arno, na Itália; • Vístula e Oder, na Polônia; • Elba, na República Tcheca e na Alemanha; • Don e Dnieper, na Rússia; • Dnieper, na Ucrânia e em Belarus. Os dois principais centros dispersores de água da Europa são: os Alpes e o planalto de Valdai (Rússia).
  • 24. Os lagos da Europa A Europa apresenta numerosas regiões lacustres. Na parte europeia da Rússia, localizam-se grandes lagos, como o Ládoga (com 18 200 km², o maior da Europa) e o Onega. Os mais belos lagos da Europa localizam-se nos Alpes, com destaque para: • o de Genebra, entre a Suíça e a França; • o dos Quatro Cantões (Vierwaldstatter), o de Zurique e o de Neuchatel, na Suíça; • o de Constança, entre a Suíça e a Alemanha, que funciona como regularizador do curso do Reno; • o de Como e o de Garda, na Itália. Na península Escandinava, aparecem o Venern e o Vattern, considerados lagos residuais. Na Finlândia, existem alguns milhares de lagos, formados a partir de processos resultantes da escavação de gelerias.
  • 25. O clima e a vegetação O continente europeu, situado quase totalmente na zona temperada do hemisfério Norte, apresenta predominantemente clima temperado. Além da posição geográfica, outros fatores são responsáveis pela determinação de seus tipos climáticos: • as correntes marinhas, • o litoral recortado, • a disposição das formas do relevo, que influi na penetração das massas de ar. Uma corrente marinha que influencia bastante o clima da Europa é a corrente do Golfo. Ela provém da zona intertropical e aquece as áreas litorâneas de vários países. O clima temperado europeu divide-se em dois tipos: temperado oceânico e temperado continental.
  • 26. Europa – Fatores climáticos Mário Yoshida Fonte: Rémy Knafou. Histoire/Geographie (initiation économique). Paris: Belin, 1992. p. 202 (adaptado).
  • 27.
  • 28. O clima temperado oceânico, que ocorre na parte ocidental do continente, recebe a influência da corrente do Golfo; é úmido, com verão e inverno menos rigorosos. A amplitude térmica dessa região é menor que no interior do continente, e as chuvas, abundantes, distribuem-se de forma regular pelos 12 meses do ano, atingindo maiores quantidades no inverno. O clima temperado continental ocorre no interior do continente e não recebe a influência do mar. Abrange as partes central e oriental da Europa, onde os verões são quentes, em contraste com o inverno, bastante rigoroso e com queda de neve; amplitude térmica, é grande, e as chuvas, bastante irregulares, caem em maior quantidade no verão e na primavera.
  • 29. Os climogramas da Europa. Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.11.
  • 30. Europa - Clima Sidnei Moura Fonte: La Géographie de Monde. Paris: Nathan, 2000. p. 13 (adaptado).
  • 31. Os tipos climáticos temperado oceânico e temperado continental correspondem aproximadamente aos seguintes tipos de vegetação: • Floresta temperada – cobria grande extensão do território europeu; agora ficou reduzida a alguns bosques. • Landa – formação vegetal comum na Europa em áreas de solos menos férteis; esses solos correspondem às terras antes cobertas pela floresta temperada. • Turfeira – aparece onde os solos se apresentam úmidos, em virtude do fraco escoamento das águas; • Estepe – recobre as planícies e os baixos planaltos, áreas de clima temperado continental um pouco mais seco; ao norte do mar Negro, encontra-se estepe negra, que apresenta um dos tipos de solo mais férteis do globo, o tchernoziom, intensamente aproveitado para a atividade agrícola, principalmente o cultivo de trigo.
  • 32. Vegetação de estepe, na Itália (2003).
  • 33. Floresta Temperada, norte da França. CEDOC CEDOC CEDOC Estepe negra, na Ucrânia. Landa, na Bretanha, França.
  • 34. Campos Alpinos na Suíça. Maqui, em Port-Gros, França. CEDOC CEDOC
  • 35. O clima frio ártico Próximo ao oceano glacial Ártico, ocorre o clima frio ártico. Durante um curto período do verão, esse tipo climático apresenta temperaturas próximas a 10°C e, no inverno, médias inferiores a 0°C. Sua vegetação predominante é a tundra, vegetação rasteira constituída por musgos e líquens. Nas áreas de elevada altitude, ocorre o frio de montanha. Nessas áreas, a vegetação modifica-se de acordo com a altitude e a conseqüente queda de temperatura nas partes mais altas. Nas proximidades do Mediterrâneo, ocorre o clima mediterrâneo. Graças à influência das massas de ar oriundas do deserto do Saara, esse tipo de clima caracteriza-se por verões quentes e secos. A época de chuvas é no inverno. As formações vegetais que correspondem ao clima mediterrâneo são o maqui e o garrigue.
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  • 37. População A densidade demográfica atingia cerca de 71 hab./km², fazendo do continente o mais densamente povoado do mundo. Século XXI A população europeia era de aproximadamente 745 milhões de habitantes O correspondente a cerca de 10% da população mundial. As partes menos habitadas, compreendem as regiões próximas do círculo polar Ártico, como a península Escandinava, a Finlândia, a porção norte da Rússia e as altas montanhas. As taxas de crescimento demográfico europeu estão próximas de zero. Alguns países vêm apresentando taxas negativas nos últimos anos.
  • 38. A dinâmica do crescimento populacional Em decorrência da acentuada queda dos índices de natalidade A Europa vem apresentando baixas taxas de crescimento populacional. Países Crescimento anual Espanha 0,8 Suécia 0,4 Dinamarca 0,2 Reino Unido 0,4 Alemanha -0,1 República Tcheca 0,0 Hungria -0,3 Letônia -0,5 Bulgária -0,7 Taxa média de crescimento demográfico entre 2010 e 2015. Fonte: L’état du monde, 2008.
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  • 40.
  • 41. Essa queda pode ser atribuída: • ao desenvolvimento urbano-industrial do continente, que eleva o custo de vida para uma família numerosa; • redefinição do modo de vida, com casamentos mais tardios; • crescente participação da mulher no mercado de trabalho; • desejos de consumo, lazer e ascensão social; • disseminação dos métodos anticoncepcionais; • maior difusão dos meios de comunicação, que ampliaram o acesso a informação, permitiram que os casais passassem a fazer planejamento familiar, reduzindo o número de filhos.
  • 42. O aumento do número de idosos A expectativa de vida na maioria dos países europeus está acima dos 75 anos. Idosas praticando atividade física na Alemanha (2007). Tobias Fleber/ dpa/ Corbis/ LatinStock Em consequência disso, é grande o número de idosos na composição etária da população. O comportamento demográfico europeu traz séria preocupação ao continente, pois ao mesmo tempo em que não há aumento da força de trabalho, ocorre a elevação sensível dos gastos com a previdência social.
  • 43. Fonte: Population Reference Bureau/ONU. As pirâmides etárias apresentam um estreitamento em suas bases. Assim, se essa situação de baixo índice de natalidade com elevação da expectativa de vida continuar, os topos das pirâmides ficarão cada vez mais largos.
  • 44. A composição étnica Os europeus podem ser divididos em três grandes ramos étnicos, cada um como uma diversidade de grupos de povos ou etnias. Esses ramos são: • atlanto-mediterrâneos; • germanos; • eslavos. Eslavo. Atlanto-mediterrâneas. Gloria Rodrigues/ Stock Photos CEDOC No continente europeu, predominam os idiomas indo-europeus, subdivididos em três grupos principais: o latino, o germânico e o eslavo.
  • 45. A religião Apesar da diversidade étnica e linguística existente na Europa Além do catolicismo, praticam-se também: • o protestantismo, que predomina na parte setentrional do continente e divide-se em luteranismo, calvinismo e anglicanismo; • o islamismo, que possui muitos adeptos na Turquia e na península dos Bálcãs; • o judaísmo, que é praticado em diversos países europeus, mas por um pequeno número de adeptos. A maior parte da população pratica o catolicismo, dividido em dois grupos o romano e o ortodoxo. Com a onda migratória recente de turcos, norte-africanos e árabes do Oriente Médio em direção à Europa Ocidental, cresceu muito o número de adeptos do islamismo nessa porção do continente europeu.
  • 46. A imigração e o racismo Fonte: Eurostat/OCDE/ONU. Carlos Tadeu de Carvalho Gamba População natural de outros países na Europa
  • 47. Nos últimos anos, os deslocamentos internos da população européia se tornaram muito intensos. A crise nos países do Leste Europeu provocou forte migração para os países da União Européia, principalmente para a Alemanha, a França e a Itália. Imigrantes ilegais expulsos de alojamentos na França. Charles Platiau/ Reuters/ LatinStock
  • 48. Também cresceram os deslocamentos da população dos países com grandes desequilíbrios econômico-regionais, das áreas mais pobres para as áreas mais ricas. Em 2004 Com a admissão de oito países do Leste Europeu na União Europeia O fluxo de imigrantes sofreu modificação Tendo em vista os investimentos que o Oeste Europeu destinou aos novos ingressantes. No período de transição do século XX para o século XXI, não foram apenas operários não qualificados que se deslocaram, mas também jovens graduados em busca de trabalho e de melhores condições de vida.
  • 49. O fato da população imigrante se concentrar nos grandes centros urbanos dá maior visibilidade aos problemas de desemprego e de formação de periferias miseráveis. A continuidade desses movimentos populacionais O fato do crescimento demográfico da população imigrante ser superior ao da europeia Uma crescente diversidade étnica e cultural nas sociedades dos países europeus. GERAM Diante desse fenômeno, têm crescido os movimentos xenófobos e o sentimento de nacionalismo em alguns povos da Europa, que atribuem aos imigrantes a culpa pelo aumento do desemprego e da criminalidade.
  • 50. O aumento da aversão aos imigrantes por parte de alguns membros da população, entre outros fatores, explica o crescimento da participação dos partidos de extrema direita nas eleições que vêm sendo realizadas neste início de século. Esses partidos têm como pontos principais de seus programas o estabelecimento de políticas de combate a imigração e aos imigrantes que vivem na Europa. Protesto de membros de uma organização de direita, contra a construção de uma mesquita na Alemanha, em 2007.
  • 51. Em reação a isso, Alemanha, França, Espanha, Portugal, Itália, entre outros, implementaram ações de restrição ao ingresso de pessoas originárias desses países. A partir de 2007 Com a entrada da Romênia e da Bulgária na União Europeia Em razão dos elevados índices de desemprego desses países, muitos búlgaros e romenos começaram a sair em busca de oportunidades de trabalho nos países mais ricos do continente. Entre outros fatores Para conter o fluxo de imigrantes africanos que se dirigem à Europa Ocidental, os europeus decidiram levantar, em 1998, um muro semelhante ao existente entre o México e os Estados Unidos. A maior parte da obra foi financiada pela União Europeia.
  • 52. A pobreza na Europa desenvolvida Apesar de terem retomado o crescimento econômico: • com baixa inflação; • alta rentabilidade de suas empresas; • boas perspectivas com a moeda única. Os países europeus não conseguiram eliminar o que parece ser um dos seus principais problemas: o desemprego. Ashley Cooper/ Corbis/ LatinStock O desemprego é um dos maiores problemas que o mundo enfrenta atualmente. Na fotografia, desempregado na Inglaterra (2003).
  • 53. Os países da união européia vêm organizando estratégias para conter o desemprego, que atinge cerca de 10% de seus habitantes, com destaque para as elevadas taxas da Espanha (8,7%), França (9,2%), Alemanha (9,5%), Itália (7,7%), Polônia (17,2) e Eslováquia (16,1%). • a adoção de políticas flexíveis de contratação; • dispensa de trabalhadores. Dentre as medidas que estão sendo propostas para criar empregos DESTACA-SE Na Itália e no Reino Unido, o trabalho autônomo vem crescendo em virtude da terceirização e da subcontratação na indústria e nos serviços. Todo esse processo de alteração na estrutura de empregos está sendo acompanhado pela deterioração das condições de trabalho e de vida dos trabalhadores, o que se traduz em queda dos salários reais, instabilidade no emprego e desemprego dos menos qualificados.
  • 54. Entretanto, isso acabou acarretando justamente o aumento no índice de desemprego em alguns países, pois com salários elevados e jornada de trabalho reduzida, muitas empresas europeias optaram por investir em outros países e continentes, entre eles a China. Paulatinamente, por pressão das empresas, os trabalhadores vêm aceitando acordos de ampliação de jornada de trabalho sem aumento de salários ou acordos de redução de jornada com diminuição de salário, a fim de garantir seus empregos, sobretudo, após a crise de 2008. Na década de 1980 Houve a instituição de uma proposta de redução da jornada de trabalho semanal. Na Alemanha, na França e em outros países. Com o objetivo de criar oportunidades de emprego.
  • 55. Alguns conflitos no continente europeu Diversos conflitos na Europa se relacionam a processos de incorporação de minorias étnicas e de territórios por alguns Estados-nação. Alguns desses conflitos têm origem há séculos. Na primeira metade do século XX A desintegração de impérios Como o Austro-Húngaro e o Turco-Otomano, além das duas Grandes Guerras. Ocasionou instabilidades nos limites políticos entre os países.
  • 56. A região mais instável nessa perspectiva foi a dos Bálcãs – península estrategicamente situada entre a Europa e a Ásia, o Ocidente e o Oriente, e que alternou situações de domínios de diferentes impérios e/ou Estados-nação, com culturas, línguas e religiões diferentes. Na segunda metade do século O processo de derrocada do socialismo trouxe também alterações nos limites entre os Estados-nação. Em decorrência disso, houve uma sucessão de conflitos, sobretudo nas duas últimas décadas.
  • 57. A desintegração da Iugoslávia Essa complexa colcha de retalhos permaneceu unida enquanto foi governada por dirigentes autoritários. O poderio militar da federação iugoslava, controlado na maior parte pelos sérvios, tentou impedir a independência das repúblicas, contando com o apoio dos sérvios que nelas viviam. Até 1991, a Iugoslávia era uma país federativo Seis repúblicas: •Sérvia; •Croácia; •Eslovênia; •Bósnia-Herzegovina; •Macedônia; •Montenegro. E duas regiões autônomas pertencentes à Sérvia: • Kosovo; • Vojvodina. FORMADO POR
  • 58. Linha do tempo: 1989 – retirada de parte da autonomia de Kosovo, estimulando o separatismo. Junho de 1991 – independência da Croácia e da Eslovênia. Setembro de 1991- independência da Macedônia. Março de 1992 – independência da Bósnia-Herzegovina. 1995 – acordo intermediado pela ONU, entre os sérvios e os mulçumanos da Bósnia que disputavam fatias do território do país. 1998 – crescimento do movimento separatista armado em Kosovo, presidente iugoslavo contra-atacou com violência. 2003 – o que restou da Iugoslávia assumiu o nome de Sérvia e Montenegro (junção de duas repúblicas). 2006 – Montenegro conquista sua independência, após realização de referendo em ambas as repúblicas. Fevereiro de 2008 – declaração da independência de Kosovo, porém vários países, inclusive a Rússia que é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, até início de 2009, recusavam-se a reconhecer sua independência.
  • 59. Iugoslávia – formação e desintegração Fonte: Le monde Diplomatique e Enciclopédia Britânica. Em: Almanaque Abril 2008. São Paulo: Abril. 2008. p. 596.
  • 60.
  • 61. A cena observada na fotografia foi uma constante ao longo do século XX: pessoas abandonando tudo por causada guerra. Nesse caso, são kosovares de origem albanesa deixando a região autônoma de Kosovo. A população dessa região era formada, ao menos até 1998, por 90% de albaneses e 10% de sérvios. Manifestações em Kosovo (2008). Refugiados de guerra na Bósnia, em 1995. David Turnley/ Corbis/ LatinStock CEDOC David Turnley/ Corbis/ LatinStock
  • 62. O conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte O conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte é uma questão grave que havia muito tempo pedia solução no Reino Unido. Na verdade, não se trata de uma questão apenas religiosa, mas também política e econômica. O Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte constitui um Estado formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Na Irlanda do Norte, os católicos (cerca de 38% da população) querem a independência em relação ao Reino Unido. Os protestantes (cerca de 51%) querem permanecer ligados ao Reino Unido, por isso são chamados de unionistas.
  • 63. Linha do tempo: 1969 - exército inglês passou a interferir no conflito. 1991 - IRA intensificou os ataques a Grã-Bretanha. Setembro de 1994 - cessar-fogo do IRA. Outubro de 1994 - protestantes também anunciaram o fim da luta armada. Fevereiro de 1996 - voltaram os conflitos, IRA acabou com o cessar-fogo, em protesto à insistência dos protestantes em condicionar os acordos de paz ao seu desarmamento total. 1997- 2º cessar-fogo, recomeçando as negociações entre os líderes. 1998 – foi selado um acordo de paz, que propôs a formação de um governo autônomo, com a participação das duas comunidades no estabelecimento de uma Assembléia. Dezembro de 2000 – início do funcionamento dessa Assembléia. 2005 – conclusão do desarmamento do IRA e dos grupos paramilitares protestantes, além da libertação de presos políticos. 2007 – formou-se um governo de coalizão, garantindo a Irlanda do Norte o retorno a uma autonomia regional, e o exército inglês encerrou sua intervenção militar nesse país que já durava 38 anos.
  • 64. Fonte: P.Joint e outros. La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.61 (adaptado). Ilhas Britânicas Reino Unido e Irlanda
  • 65. Ciganos, um povo perseguido na Europa Estima-se que haja cerca de 20 milhões de ciganos pelo mundo. Grande parte vive na Europa. A origem desse povo é incerta, mas alguns pesquisadores acreditam que eles tenham vindo da Índia, cerca de mil anos atrás, migrando para a parte oriental da Europa no século XIV e para a parte ocidental após a Segunda Guerra Mundial. Assim como fazem com os turcos e os norte- africanos, os jovens neo- nazistas têm promovido atentados a moradias ciganas. Na República Tcheca, a entrada de ciganos em alguns bares e restaurantes é proibida. Em 2005, oito países do antigo bloco socialista apresentaram em Sófia (capital da Bulgária) uma proposta de integração dos ciganos, prevendo que eles sejam tirados da situação marginal em que vivem na Europa.
  • 66.
  • 67. O elevado nível de desenvolvimento da Europa Ocidental Mesmo considerando apenas aspectos econômicos — como, por exemplo, o valor do PIB — dos 10 países mais ricos do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, China, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Espanha e Brasil), cinco eram europeus. O continente europeu Berço da Revolução Industrial É formado por alguns dos países mais desenvolvidos do globo. Segundo o relatório 2007/2008 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que mede a qualidade de vida dos países do mundo, entre os 20 de mais alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) 15 eram europeus, destacando-se a Islândia (1º), a Noruega (2º), a Irlanda (5º), a Suécia (6º), a Suíça (7º), os Países Baixos (9o) e a França (10º). O Brasil ocupa o 70º lugar, o último entre os países considerados de alto desenvolvimento humano.
  • 68. Os grandes grupos industriais europeus e de outras partes do mundo fazem investimentos elevados em pesquisa e tecnologia. Criando e desenvolvendo novas mercadorias, modernizando e automatizando suas fábricas para alcançar um menor custo de produção e melhorar a sua competitividade global. Os parques industriais da maioria dos países da Europa Ocidental são bastante diversificados. Com destaque para: • produtos eletroeletrônicos; • telecomunicações; • química; • aviação; • produtos farmacêuticos; • construção naval; • energia nuclear; • siderurgia; • automobilística.
  • 69. Para alguns países da Europa Ocidental, como França, Itália e Espanha, a atividade turística é uma importante fonte de divisas. O setor terciário desses países também é bastante diversificado. Formado por grandes grupos de empresas multinacionais que atuam nas áreas: • comercial, como redes de hipermercados (o francês Carrefour); • financeira, como bancos (os espanhóis Santander e BBV, os britânicos Lloyd’s Bank e HSBC, o holandês ABN-Amro Bank); • de telefonia (a espanhola Telefonica, a italiana Tim); entre outras.
  • 70. Modelos desfilam em Paris, França (2008). Stephane Cardinale / People Avenue / Corbis / LatinStock Merecem destaque ainda os grandes centros universitários, sobretudo no Reino Unido, na França, na Itália, na Alemanha e na Espanha, que atraem pesquisadores e estudantes do mundo inteiro. O mercado internacional da moda também movimenta um grande volume de capitais. SENDO: França e Itália os principais exportadores de produtos de alta costura, além de abrigarem empresas que detêm as patentes das grifes. Esses países são os grandes centros europeus de eventos de divulgação do mundo da moda.
  • 71. A União Europeia (UE) Em 1952, foi criada a Ceca (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço), reunindo os países do Benelux, a Alemanha, a França e a Itália. Com essa integração, foi estabelecido um mercado comum para os produtos e matérias-primas ligados à indústria siderúrgica, como carvão, ferro e aço. A União Europeia é o maior projeto de integração entre países levado a cabo na história. A primeira experiência de integração comercial entre países já havia sido elaborada um pouco antes do final da Segunda Guerra. Bélgica, Holanda e Luxemburgo formaram, em 1944, o Benelux, que previa a criação de uma zona de livre comércio entre seus membros. O Benelux entrou em funcionamento em 1948 e, dez anos depois, completou o processo de unificação econômica. A experiência pioneira dessa integração está sendo seguida por várias nações e é um dos elementos que caracterizam a ordem mundial dos dias atuais.
  • 72. No início da década de 1990, os países da CEE resolveram ampliar a abrangência desse organismo, devido à delineação de uma nova etapa das relações internacionais, marcada pela queda do muro de Berlim, pelo fim da União Soviética, pela unificação alemã e também pelo aumento da concorrência no âmbito comercial. A experiência do mercado siderúrgico comum e o êxito alcançado pela Ceca inspiraram uma integração econômica mais ampla. Em 1957, os membros da Ceca criaram, pelo Tratado de Roma, a Comunidade Econômica Europeia (CEE), também chamada de Mercado Comum Europeu (MCE), que deu origem ao processo de unificação da Europa. Os objetivos da CEE apontavam para a formação de um bloco que pudesse assegurar aos seus integrantes a livre circulação de mercadorias, pessoas, capitais e serviços. Esses objetivos só se concretizaram plenamente em 1993, com a unificação europeia.
  • 73. O Tratado de Maastricht, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 1993, substituiu o Tratado de Roma e transformou a CEE em UE (União Européia). Reunidos em dezembro de 1991, na cidade de Maastricht, na Holanda, os países da CEE decidiram eliminar, num curto espaço de tempo, todas as barreiras que impediam uma integração socioeconômica definitiva, implantando o mercado único. • Uma das principais decisões foi definir o uso de uma nova e única moeda na Europa unificada, com a criação de um Banco Central Europeu. Assim, gradativamente, vem ocorrendo entre os países integrantes uma maior cooperação em questões como: • o combate ao crime organizado e ao narcotráfico; • decisões comuns relacionadas ao meio ambiente, à imigração, à educação, à proteção do consumidor, à saúde pública, à defesa do território e a outras áreas.
  • 74. A ambição desse tratado é clara: Nesse sentido, um passo importante foi dado em 1º de janeiro de 2002, quando entrou em circulação o euro, a moeda única (união monetária), em doze países que pertencem à UE. Transformar a Europa unificada em um grande bloco econômico, capaz de competir com os Estados Unidos e com o bloco integrado por esse país — o Nafta. Um dos setores beneficiados com a adoção do euro foi o turismo, uma vez que o visitante, ao chegar à Europa, faz apenas uma conversão de seu dinheiro. No dia 1º de maio de 2004, entraram na União Europeia dez países, sendo oito oriundos do antigo bloco socialista. Dessa forma, o novo mapa da UE colocou fim à tradicional divisão do continente em Ocidental e Oriental. Os novos países-membros apresentam um nível de desenvolvimento inferior aos demais, infra estrutura bastante defasada e atraso tecnológico.
  • 75. Sede da União Europeia, em Bruxelas (Bélgica). Comparativamente, a contribuição desses países ao bloco será menor do que os investimentos que deverão receber. Esses países, no entanto, receberão menos benefícios do que os oferecidos aos que entraram anteriormente, como: Subsídios agrícolas Somente em 2014 os países que ingressaram em 2004 terão acesso a todos os benefícios. Ajuda econômica ao desenvolvimento Em 2007, Romênia e Bulgária ingressaram na EU; Eslovênia tornou-se o 13º país a adotar o euro.
  • 76. União Europeia (2007) Carlos Tadeu de Carvalho Gamba Fonte: Folha de S.Paulo. São Paulo, 23 jun. 2007. p. A-19.
  • 77. As economias em transição da Europa Oriental Os países da Europa Oriental apresentam um nível de desenvolvimento socioeconômico diferente do existente na Europa Ocidental. Esse conjunto é ainda marcado por uma diversidade socioeconômica e espacial que remonta ao período da Guerra Fria, quando fazia parte da zona de influência do bloco soviético. Na Europa Oriental Após a Segunda Guerra Mundial A atividade industrial desenvolveu-se com base no planejamento estatal.
  • 78. Com o surgimento do novo modelo industrial baseado nas novas tecnologias: Muitas dessas empresas faliram, e os países sofreram queda de produção e dos níveis de emprego. O parque industrial dos antigos países socialistas mostrou-se em grande defasagem tecnológica. A transição para a economia capitalista (a partir do início dos anos 1990). promoveu uma reestruturação industrial com a abertura dos mercados, os cortes de subsídio às empresas estatais e a liberalização dos preços, o que acarretou um surto inflacionário.
  • 79. Indústria automotiva na República Tcheca (2007). Isifa / Getty Images Os demais países da Europa Oriental, como Bulgária, Romênia, Bósnia-Herzegovina, Albânia e Macedônia, apresentam níveis de industrialização e de diversificação econômica inferiores aos da Polônia, da República Tcheca e da Hungria. Segundo a classificação do IDH, esses países também estão incluídos no grupo de “desenvolvimento humano elevado”.
  • 80. Embora a passagem do sistema socialista para o capitalista tenha trazido crescimento econômico expressivo a alguns países da Europa Oriental, a concentração de renda, as desigualdades sociais e, em alguns casos, o aumento do desemprego e da pobreza também passaram a fazer parte desse espaço geográfico, ocasionando, na primeira década do século XXI, descontentamento na população.
  • 81. O espaço econômico A criação em 1962 da PAC (Política Agrícola Comum) foi uma forma de os governos europeus protegerem seus agricultores da concorrência externa. Uma importante característica da agropecuária do espaço europeu são os subsídios concedidos pelos governos aos agricultores. Empréstimos a juros baixos e pagamento a longo prazo. Principalmente nos países que fazem parte da União Europeia.
  • 82. Manifestação de agricultores contra a redução do subsídios na União Europeia. Alain Nogues / Corbis Sygma / LatinStock A PAC teve a sua criação baseada nos princípios de: • formação de um mercado comunitário único; • proteção agrícola por meio de tarifação aos produtos importados; • incentivos à produção comunitária; • fornecimento de subsídios à exportação para garantir a venda dos excedentes.
  • 83. Europa Agropecuária Mário Yoshida Fonte: World atlas. Londres: Dorling Kinderley, 1999. p. 135 (adaptado).
  • 84. A produção agrícola A Europa apresenta uma importante e diversificada produção agrícola, com grande aproveitamento de seus solos. A cultura de cereais é predominante, destacando-se o trigo, produto mais importante. Sua principal área produtora é a região de solos negros da Ucrânia (tchernozion). Outros cereais cultivados são o centeio, a aveia e a cevada, produtos agrícolas das áreas temperadas. Cultivo de centeio na França. CEDOC Cultivo de uva na Europa. Grand Tour/Corbis/Latin Stock
  • 85. • A batata é outro produto importante da agricultura europeia. • Nas regiões europeias de clima mediterrâneo, sobressai o cultivo da oliveira, destinada à produção de azeitonas e de azeite. Portugal, Espanha, França e Itália destacam-se como maiores produtores mundiais e seus produtos são reconhecidos como os de melhor qualidade internacional. • Outro destaque é o cultivo da videira, destinada à produção de vinhos. Cultivo de oliveiras na Grécia. CEDOC
  • 86. A pecuária Os consumidores estão cada vez mais conscientes dos problemas ecológicos e desejam uma alimentação saudável, dando preferência aos alimentos cultivados sem o uso de agrotóxicos. Como na agricultura, a pecuária europeia é responsável por uma grande variedade de produtos, desde a carne até o queijo e a manteiga. Vem crescendo nos países europeus, em particular nos da Europa Ocidental, a prática da agricultura orgânica. Ela utiliza métodos naturais para a correção do solo e controle de pragas. Na pecuária vem ocorrendo modificação nos padrões alimentares das criações. Além disso
  • 87. A atividade extrativa O petróleo é explorado no continente e no oceano. Além da Rússia (parte europeia) e do Azerbaijão, outra região rica em petróleo é o mar do Norte, onde a exploração é controlada pelo Reino Unido e Noruega. Extração de carvão mineral na Alemanha. CEDOC Produtos mais importantes do continente europeu: • petróleo; • carvão; • ferro; • manganês. O carvão é extraído em maior quantidade na Ucrânia, no Reino Unido, na Alemanha e na Polônia.
  • 88. Plataforma de petróleo no mar do Norte. epa/Corbis/LatinStock Em virtude do elevado grau de industrialização e das características geológicas do território, os países europeus são dependentes de uma série de minerais essenciais à atividade industrial.
  • 89. Os países industrializados • Reino Unido; • Alemanha; • Itália; • França; • Holanda (Países Baixos); • Bélgica; Países europeus Elevado nível de desenvolvimento e economia diversificada Grandes exportadores de produtos industrializado Especialmente bens de alta tecnologia. • Luxemburgo; • Suécia; • Suíça; • Dinamarca; • Espanha; • Finlândia.
  • 90. Reino Unido – onde a atividade industrial teve início Londres, capital da Inglaterra e do Reino Unido, é considerada a cidade mais importante da Europa e a terceira do mundo. Essa cidade reúne à sua volta o mais importante parque industrial do país, além de ser o principal centro comercial, financeiro e portuário do Reino Unido. O Reino Unido é o mais antigo país industrializado. • Possui uma das mais extensas redes ferroviárias da Europa, sendo a maior parte eletrificada. • A rede rodoviária atinge cerca de 370 mil km. • O porto de Londres, de grande atividade, é um dos mais movimentados da Europa.
  • 91. No centro de Londres há uma região, a City que congrega as principais instituições financeiras do país – a City. Também chamada de Square Mile, comparável a Wall Street (Nova York), esse centro financeiro reúne o Banco da Inglaterra, importantes bancos comerciais e as principais casas de câmbio e de comércio internacional. John Harper /Corbis / LatinStock
  • 92. Reino Unido – recursos energéticos e regiões industriais Mário Yoshida Fonte: World atlas. Londres: Dorling Kindersley, 1999. p.134-135. Tellus: L’encyclopédie du monde. Londres/Paris: Dorling Kindersley/Nathan, 2002. p. 509.
  • 93. Alemanha – a grande potência econômica da Europa Juntamente com os Estados Unidos, a Alemanha liderou a segunda etapa da Revolução Industrial. Contando com financiamento americano, por meio do Plano Marshall, a indústria alemã pôde se reconstruir, tornando-se, já nos anos 1960, a mais poderosa do continente. Lars Baron / Bongarts / Getty Images Cidade de Dortmund, na Alemanha. A Alemanha abriga hoje um dos maiores complexos industriais do mundo. É na região dos rios Ruhr e Reno, também chamada de região renana, que estão situados importantes centros industriais, como Dortmund, Essen, Düsseldorf e Duisburg.
  • 94. Observe o cartaz ao lado, que foi divulgado em 1994 na imprensa francesa, a fim de atrair investimentos para a região do vale do rio Ruhr, na Alemanha, e ao mesmo tempo apagar a imagem de “velha região industrial”, caracterizada por ter se industrializado no século XIX e por apresentar muitas indústrias tradicionais — siderúrgicas e metalúrgicas. Reprodução • Mesmo não compreendendo a língua francesa, é possível entender qual aspecto do Ruhr o cartaz destaca? Explique-o.
  • 95. Atlantide Phototravel / Corbis / LatinStock Berlim (2005). Lazer em antigo prédio de indústria no vale do Ruhr. Kurt Krieger / Corbis /LatinStock
  • 96. Alemanha – regiões industriais Mário Yoshida Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.23./Tellus: L’enciclopédie du monde. Londres/Paris: Dorling Kindersley/ Nathan, 2002. p.93.
  • 97. Itália Nápoles, Itália (2007). Atlantide Phototravel / Corbis / LatinStock Hoje a economia italiana situa-se entre as seis maiores do mundo. A Itália é marcada por sensíveis diferenças regionais. Os contrastes entre a região norte e a sul são tão marcantes que se costuma dizer que o território se apresenta dividido em duas regiões: • Itália do Norte, região correspondente à planície do rio Pó, que possui cidades industriais e elevado nível de vida; • Itália do Sul (Il Mezzogiorno), formada pela Sicília, Sardenha e parte meridional da península, que é menos industrializada, onde as atividades agropastoris têm importância significativa.
  • 98. França • Um dos países pioneiros na atividade industrial; • uma das mais importantes nações da Europa Ocidental; • uma das maiores economias do globo. Entre os setores industriais mais importantes do país destacam-se: • o automobilístico, concentrado na região de Paris; • o siderúrgico, cujo principal centro é a região de Lorena — onde se encontra a cidade de Metz —, em razão da presença de minério de ferro; • o têxtil, localizado na parte norte do país, em Lille, importante produtora de fibras sintéticas.
  • 99. Sistema ferroviário na França. G. Bowater / Corbis / LatinStock No setor dos transportes, a França possui uma boa rede de rodovias, que, partindo de Paris, conduzem aos principais portos e aos países vizinhos.
  • 100. França – regiões industriais Mário Yoshida Fonte: La Geographie de l’Europe des 15. Paris: Nathan, 1998. p.41./Tellus: L’enciclopédie du monde. Londre/Paris: Dorling Kindersley/ Nathan, 2002. p.279.
  • 101. Outros países fortemente industrializados da Europa Holanda (Países Baixos) Atualmente o porto mais movimentado do mundo é o de Roterdã, situado nesse país, que, por seu volume de tráfego, é considerado a porta de entrada e saída comercial do continente europeu. Bélgica Os principais setores industriais da Bélgica são o siderúrgico, o têxtil, o químico e o de lapidação de diamantes. A capital da Bélgica (Bruxelas) é sede dos seguintes organismos internacionais: • UE — União Europeia; • Euratom — Comunidade Europeia de Energia Atômica; • Otan — Organização do Tratado do Atlântico Norte.
  • 102. Luxemburgo • Área territorial 2.586 km2; • Independente desde 1867; • Localizado entre a Alemanha, a Bélgica e a França. A siderurgia, sua principal atividade industrial, já teve maior destaque na economia do país. A partir da década de 1980, outros setores industriais vêm alcançando maior projeção, como é o caso da indústria química. Suécia • País da Europa Nórdica, com uma população de quase 9 milhões de habitantes. • Uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo, a de Kiruna, no norte do país. Estocolmo, a capital da Suécia, é a cidade mais populosa do país. O padrão de vida dos suecos é um dos mais elevados do globo.
  • 103. Suíça A indústria da Suíça tem por base os setores químico, farmacêutico, relojoeiro, de laticínios e de aparelhos de precisão. Sua capital é Berna, mas Zurique, importante centro financeiro europeu, é a cidade mais populosa. Genebra é sede de vários organismos internacionais, como: • a OIT (Organização Inter nacional do Trabalho); • a OMS (Organização Mundial de Saúde); • a Cruz Vermelha; • a OMC (Organização Mundial do Comércio). Sede da Organização Mundial da Saúde, na Suíça. Fabrice Coffrini / epa / Corbis / LatinStock
  • 104. Dinamarca •A Dinamarca situa-se na península da Jutlândia, ao norte da Alemanha. As indústrias de alimentos, maquinaria, equipamentos de escritórios e produtos químicos são as mais importantes. •A exportação de produtos industrializados é a principal fonte de divisas do país, que possui escassos recursos minerais e de matérias-primas. •A capital dinamarquesa é Copenhague, que abriga aproximadamente 20% da população do país. Espanha A partir de seu ingresso no Mercado Comum Europeu, atual União Europeia, com injeção de capitais e ajuda econômica para melhoria do padrão socioeconômico de sua população, a Espanha, num curto espaço de tempo, teve um processo de crescimento econômico, passando pela modernização da agricultura e pela diversificação de suas atividades industriais.
  • 105. Agricultura na Espanha. Jose Fuste Raga / Corbis / LatinStock Bobo Krist/ Corbis/LatinStock Estolcomo, é a cidade mais populosa do país. O padrão de vida dos suecos é um dos mais elevados do mundo.
  • 106. Finlândia O território da Finlândia, país da Europa Nórdica, é pontuado por lagos — cerca de 187 mil — e a presença da floresta de coníferas possibilita o desenvolvimento da atividade extrativa madeireira e de fabricação de celulose e papel. Os investimentos na economia do país passaram a priorizar os setores de tecnologia de ponta, particularmente o de telefonia celular. A finlandesa Nokia é uma das maiores empresas fabricantes de telefones celulares do mundo. Helsinki, capital da Finlândia Jon Hicks / Corbis / LatinStock
  • 107. Europa – população urbana Mário Yoshida Fonte: Atlante geográfico metódico. Novara: Instituto Geográfico De Agostini, 1997. p. 45./IBGE. Atlas Geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007 (adaptado).