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Instalação e Configuração do Debian
18 de abril de 2007
Sumário
I Sobre essa Apostila 3
II Informações Básicas 5
III Instalação e Configuração do Debian 10
1 Debian 11
2 Plano de ensino 12
2.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.2 Público Alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3 Pré-requisitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.4 Descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.5 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.6 Cronograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.7 Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.8 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.9 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3 Lição 1 - Instalação do Debian 14
3.1 Requisitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2 Começando a Instalaçao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.3 Escolhendo os parâmetros iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.4 Carregando módulos e configurando a rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.5 Particionando o(s) disco(s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.6 Instalando os pacotes e rebootando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.7 Entrando no novo sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.8 Configurações iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.9 Configurando usuários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.10 Instalando pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.11 Configurando os pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.12 Finalizando a instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4 Lição 2 - Configuração do Debian 36
4.1 Configuração do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.2 Ferramenta de Configuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.3 Inicialização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
1
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
4.3.1 Nível de Execução Padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.3.2 Scripts de Inicialização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.4 Configurações Regionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4.4.1 Idioma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4.4.2 Layout de Teclado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.4.3 Data e Hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.5 Variáveis de Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.5.1 Tipos de Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
4.5.2 Visualizando o Valor de Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
4.5.3 Criando e Alterando Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.5.4 Removendo Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
4.5.5 Arquivos de Configuração de Variáveis de Ambiente . . . . . . . . . . . . . . 50
4.6 Configurando o Prompt de Comandos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
4.6.1 Personalizando Comandos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
5 Lição 3 - Unidades de Disco 52
5.1 Configurando as Unidades de Disco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
5.1.1 Instalando o hdparm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
5.1.2 Obtendo e Analisando Informações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
5.1.3 Configurando a Unidade de Disco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
5.2 Ajuste Acústico e o Gerenciamento de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5.3 Testando o Desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
5.3.1 Ativando o hdparm na Inicialização do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
6 Lição 4 - Configurando o Ambiente Gráfico 62
6.1 Configurando o Ambiente Gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
6.1.1 Configurando o Servidor Gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
6.1.2 Configurando fontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
6.1.3 Selecionando o Gerenciador de Login . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
2
Parte I
Sobre essa Apostila
3
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Conteúdo
O conteúdo dessa apostila é fruto da compilação de diversos materiais livres publicados na in-
ternet, disponíveis em diversos sites ou originalmente produzido no CDTC em http://www.cdtc.org.br.
O formato original deste material bem como sua atualização está disponível dentro da licença
GNU Free Documentation License, cujo teor integral encontra-se aqui reproduzido na seção de
mesmo nome, tendo inclusive uma versão traduzida (não oficial).
A revisão e alteração vem sendo realizada pelo CDTC (suporte@cdtc.org.br) desde outubro
de 2006. Críticas e sugestões construtivas são bem-vindas a qualquer tempo.
Autores
A autoria deste é de responsabilidade de Carlos Augusto Lima Borges (caugusto@cdtc.org.br)
.
O texto original faz parte do projeto Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento, que
vem sendo realizado pelo ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação) em conjunto com
outros parceiros institucionais, atuando em conjunto com as universidades federais brasileiras
que tem produzido e utilizado Software Livre, apoiando inclusive a comunidade Free Software
junto a outras entidades no país.
Informações adicionais podem ser obtidas através do email ouvidoria@cdtc.org.br, ou da
home page da entidade, através da URL http://www.cdtc.org.br.
Garantias
O material contido nesta apostila é isento de garantias e o seu uso é de inteira responsabi-
lidade do usuário/leitor. Os autores, bem como o ITI e seus parceiros, não se responsabilizam
direta ou indiretamente por qualquer prejuízo oriundo da utilização do material aqui contido.
Licença
Copyright ©2006, Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (cdtc@iti.gov.br) .
Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms
of the GNU Free Documentation License, Version 1.1 or any later version published by
the Free Software Foundation; with the Invariant Chapter being SOBRE ESSA APOS-
TILA. A copy of the license is included in the section entitled GNU Free Documentation
License.
4
Parte II
Informações Básicas
5
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Sobre o CDTC
Objetivo Geral
O Projeto CDTC visa a promoção e o desenvolvimento de ações que incentivem a dissemina-
ção de soluções que utilizem padrões abertos e não proprietários de tecnologia, em proveito do
desenvolvimento social, cultural, político, tecnológico e econômico da sociedade brasileira.
Objetivo Específico
Auxiliar o Governo Federal na implantação do plano nacional de software não-proprietário e
de código fonte aberto, identificando e mobilizando grupos de formadores de opinião dentre os
servidores públicos e agentes políticos da União Federal, estimulando e incentivando o mercado
nacional a adotar novos modelos de negócio da tecnologia da informação e de novos negócios
de comunicação com base em software não-proprietário e de código fonte aberto, oferecendo
treinamento específico para técnicos, profissionais de suporte e funcionários públicos usuários,
criando grupos de funcionários públicos que irão treinar outros funcionários públicos e atuar como
incentivadores e defensores de produtos de software não proprietários e código fonte aberto, ofe-
recendo conteúdo técnico on-line para serviços de suporte, ferramentas para desenvolvimento de
produtos de software não proprietários e de seu código fonte livre, articulando redes de terceiros
(dentro e fora do governo) fornecedoras de educação, pesquisa, desenvolvimento e teste de pro-
dutos de software livre.
Guia do aluno
Neste guia, você terá reunidas uma série de informações importantes para que você comece
seu curso. São elas:
• Licenças para cópia de material disponível
• Os 10 mandamentos do aluno de Educação a Distância
• Como participar dos foruns e da wikipédia
• Primeiros passos
É muito importante que você entre em contato com TODAS estas informações, seguindo o
roteiro acima.
Licença
Copyright ©2006, Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (cdtc@iti.gov.br).
6
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos
da Licença de Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior
públicada pela Free Software Foundation; com o Capitulo Invariante SOBRE ESSA
APOSTILA. Uma cópia da licença está inclusa na seção entitulada "Licença de Docu-
mentação Livre GNU".
Os 10 mandamentos do aluno de educação online
• 1. Acesso à Internet: ter endereço eletrônico, um provedor e um equipamento adequado é
pré-requisito para a participação nos cursos a distância.
• 2. Habilidade e disposição para operar programas: ter conhecimentos básicos de Informá-
tica é necessário para poder executar as tarefas.
• 3. Vontade para aprender colaborativamente: interagir, ser participativo no ensino a distân-
cia conta muitos pontos, pois irá colaborar para o processo ensino-aprendizagem pessoal,
dos colegas e dos professores.
• 4. Comportamentos compatíveis com a etiqueta: mostrar-se interessado em conhecer seus
colegas de turma respeitando-os e fazendo ser respeitado pelo mesmo.
• 5. Organização pessoal: planejar e organizar tudo é fundamental para facilitar a sua revisão
e a sua recuperação de materiais.
• 6. Vontade para realizar as atividades no tempo correto: anotar todas as suas obrigações e
realizá-las em tempo real.
• 7. Curiosidade e abertura para inovações: aceitar novas idéias e inovar sempre.
• 8. Flexibilidade e adaptação: requisitos necessário à mudança tecnológica, aprendizagens
e descobertas.
• 9. Objetividade em sua comunicação: comunicar-se de forma clara, breve e transparente é
ponto - chave na comunicação pela Internet.
• 10. Responsabilidade: ser responsável por seu próprio aprendizado. O ambiente virtual não
controla a sua dedicação, mas reflete os resultados do seu esforço e da sua colaboração.
Como participar dos fóruns e Wikipédia
Você tem um problema e precisa de ajuda?
Podemos te ajudar de 2 formas:
A primeira é o uso dos fóruns de notícias e de dúvidas gerais que se distinguem pelo uso:
. O fórum de notícias tem por objetivo disponibilizar um meio de acesso rápido a informações
que sejam pertinentes ao curso (avisos, notícias). As mensagens postadas nele são enviadas a
7
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
todos participantes. Assim, se o monitor ou algum outro participante tiver uma informação que
interesse ao grupo, favor postá-la aqui.
Porém, se o que você deseja é resolver alguma dúvida ou discutir algum tópico específico do
curso. É recomendado que você faça uso do Forum de dúvidas gerais que lhe dá recursos mais
efetivos para esta prática.
. O fórum de dúvidas gerais tem por objetivo disponibilizar um meio fácil, rápido e interativo
para solucionar suas dúvidas e trocar experiências. As mensagens postadas nele são enviadas
a todos participantes do curso. Assim, fica muito mais fácil obter respostas, já que todos podem
ajudar.
Se você receber uma mensagem com algum tópico que saiba responder, não se preocupe com a
formalização ou a gramática. Responda! E não se esqueça de que antes de abrir um novo tópico
é recomendável ver se a sua pergunta já foi feita por outro participante.
A segunda forma se dá pelas Wikis:
. Uma wiki é uma página web que pode ser editada colaborativamente, ou seja, qualquer par-
ticipante pode inserir, editar, apagar textos. As versões antigas vão sendo arquivadas e podem
ser recuperadas a qualquer momento que um dos participantes o desejar. Assim, ela oferece um
ótimo suporte a processos de aprendizagem colaborativa. A maior wiki na web é o site "Wikipé-
dia", uma experiência grandiosa de construção de uma enciclopédia de forma colaborativa, por
pessoas de todas as partes do mundo. Acesse-a em português pelos links:
• Página principal da Wiki - http://pt.wikipedia.org/wiki/
Agradecemos antecipadamente a sua colaboração com a aprendizagem do grupo!
Primeiros Passos
Para uma melhor aprendizagem é recomendável que você siga os seguintes passos:
• Ler o Plano de Ensino e entender a que seu curso se dispõe a ensinar;
• Ler a Ambientação do Moodle para aprender a navegar neste ambiente e se utilizar das
ferramentas básicas do mesmo;
• Entrar nas lições seguindo a seqüência descrita no Plano de Ensino;
• Qualquer dúvida, reporte ao Fórum de Dúvidas Gerais.
Perfil do Tutor
Segue-se uma descrição do tutor ideal, baseada no feedback de alunos e de tutores.
O tutor ideal é um modelo de excelência: é consistente, justo e profissional nos respectivos
valores e atitudes, incentiva mas é honesto, imparcial, amável, positivo, respeitador, aceita as
idéias dos estudantes, é paciente, pessoal, tolerante, apreciativo, compreensivo e pronto a ajudar.
8
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
A classificação por um tutor desta natureza proporciona o melhor feedback possível, é crucial, e,
para a maior parte dos alunos, constitui o ponto central do processo de aprendizagem.’ Este tutor
ou instrutor:
• fornece explicações claras acerca do que ele espera, e do estilo de classificação que irá
utilizar;
• gosta que lhe façam perguntas adicionais;
• identifica as nossas falhas, mas corrige-as amavelmente’, diz um estudante, ’e explica por-
que motivo a classificação foi ou não foi atribuída’;
• tece comentários completos e construtivos, mas de forma agradável (em contraste com um
reparo de um estudante: ’os comentários deixam-nos com uma sensação de crítica, de
ameaça e de nervossismo’)
• dá uma ajuda complementar para encorajar um estudante em dificuldade;
• esclarece pontos que não foram entendidos, ou corretamente aprendidos anteriormente;
• ajuda o estudante a alcançar os seus objetivos;
• é flexível quando necessário;
• mostra um interesse genuíno em motivar os alunos (mesmo os principiantes e, por isso,
talvez numa fase menos interessante para o tutor);
• escreve todas as correções de forma legível e com um nível de pormenorização adequado;
• acima de tudo, devolve os trabalhos rapidamente;
9
Parte III
Instalação e Configuração do Debian
10
Capítulo 1
Debian
Aqui você encontra um tutorial passo-a-passo para instalção e configuração do sistema ope-
racional Debian GNU/Linux e ainda tem um espaço para perguntar aos monitores.
O curso, com base na distribuição Debian, começa na Segunda-Feira e termina no Domingo.
Todo o conteúdo do curso estará visível somente a partir da data de início. Para começar o curso
você deve ler o Guia do aluno a seguir.
11
Capítulo 2
Plano de ensino
2.1 Objetivo
Mostrar ao usuário como proceder para instalar o sistema operacional Debian GNU/Linux em
seu computador pessoal e oferecer uma forma de retirar suas dúvidas on-line.
2.2 Público Alvo
Usuários finais ou novatos que desejam migrar os seus sistemas operacionais proprietários
para software livre ou que acabaram de adquirir um computador sem sistema operacional insta-
lado.
2.3 Pré-requisitos
O usuário deve saber operar um microcomputador e ter conhecimetos básicos de hardware.
2.4 Descrição
O curso será realizado na modalidade Educação a Distância e utilizará a Plataforma Moodle
como ferramenta de aprendizagem. O curso tem duração de uma semana está contido em um
livro on-line que mostra todo o processo de instalação passo-a-passo. O material didático estará
disponível on-line de acordo com as datas pré-estabelecidas no cronograma. A versão do Debian
adotada para este tutorial é a Sarge 3.1r1. Caso possua outra versão, podem ocorrer diferenças
com relação a este material.
2.5 Metodologia
O curso está dividido da seguinte maneira:
2.6 Cronograma
• Leitura do Livro on-line "Instalação passo-a-passo"
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• Avaliação de aprendizagem
• Avaliação do curso
O livro "Instalação passo-a-passo"cobre todo o processo de instalação do sistema operacional
de forma que, ao final da atividade, você tenha condições de instalar Debian GNU/Linux em uma
máquina nova e deixá-la funcional. Ao final do curso haverá uma avaliação para verificar seu
apredizado. O material didático estará disponível para consulta.
Aconselhamos a leitura da "Ambientação do Moodle"para que você conheça a plataforma de
Ensino a Distância, evitando dificuldades advindas do "desconhecimento"sobre a mesma.
Os instrutores estarão a sua disposição ao longo de todo curso. Qualquer dúvida deverá ser
enviada no fórum. Diariamente os monitores darão respostas e esclarecimentos.
2.7 Programa
O curso oferecerá o seguinte conteúdo:
• Instalação e configuração do Debian GNU/Linux
Requisitos
Configurações básicas
Particionamento de disco
Instalação dos pacotes principais
2.8 Avaliação
Toda a avaliação será feita on-line.
Aspectos a serem considerados na avaliação:
• Iniciativa e autonomia no processo de aprendizagem e de produção de conhecimento;
• Capacidade de pesquisa e abordagem criativa na solução dos problemas apresentados.
Instrumentos de avaliação:
• Participação ativa nas atividades programadas.
• Avaliação ao final do curso.
• O participante fará várias avaliações referente ao conteúdo do curso. Para a aprovação e
obtenção do certificado o participante deverá obter nota final maior ou igual a 6.0 de acordo
com a fórmula abaixo:
• Nota Final = ((ML x 7) + (AF x 3)) / 10 = Média aritmética das lições
• AF = Avaliações
2.9 Bibliografia
• Site oficial: http://www.debian.org
• Site oficial (BR): http://www.debian.org.br
13
Capítulo 3
Lição 1 - Instalação do Debian
3.1 Requisitos
Vamos começar este curso assumindo que você tenha comprado um computador novo sem
sistema operacional ou que você quer se livrar do seu sistema operacional antigo, trocando-o por
algo mais robusto. Nosso foco não será a instalação de uma máquina com dual boot (ou seja,
que tem dois sistemas operacionais instalados e a opção de escolher qual deles você irá iniciar
ao ligar a máquina). Para tal tarefa, existem milhares de tutoriais disponiveis na Internet que
podemos indicar caso haja interesse.
Aqueles que têm um sistema operacional instalado e querem mudar para o Debian terão que
tomar alguns cuidados. São eles: fazer um backup (cópia) dos arquivos pessoais em mídia re-
movível (disquete, cd ou dvd) antes de realizar a instalação pois o disco será totalmente apagado
e todos os dados serão perdidos. Verifique quais componentes de hardware você tem instalados
(placas, cameras, disposistivos) e se eles são suportados pelo sistema operacional que será ins-
talado (veja http://www.tldp.org/HOWTO/Hardware-HOWTO). Caso haja algum componente não
suportado não se desespere. Alguns dispositivos, apesar de não serem suportados diretamente
no kernel, têm um módulo proprietário que permite seu correto funcionamento no sistema. Esses
casos raros poderão ser tratados no fórum diretamente com os monitores.
3.2 Começando a Instalaçao
Bom, agora é o momento de colocar a mão na massa. Se você tem em mãos o cd de instala-
ção do Debian Sarge coloque-o no drive leitor de cd-rom, se não , baixe a imagem iso de algum
dos mirrors disponíveis em http://www.debian.org/CD/http-ftp/#stable e queime um cd com ela.
Dependendo de como está configurada a sua BIOS, você não conseguirá dar boot pelo cd-rom.
Para verificar como está a sequência de boot, pressione <F1>, <F2> ou <DEL> de acordo com o
modelo da sua placa-mãe. Dando o boot pelo cd você verá esta tela:
14
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Para começar a instalação imediatamente usando o kernel 2.4, aperte <ENTER>. O reco-
mendado é que você utilize o kernel 2.6 que tem suporte a dispositivos de hardware mais novos.
Para tal, digite linux26 e tecle <ENTER>. Você pode ver mais opções de inicialização do kernel
apertando as teclas <F3> a <F9>.
3.3 Escolhendo os parâmetros iniciais
Na tela a seguir, escolha a linguagem que será utilizada na instalação e que será padrão no
seu sistema.
15
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Agora escolha o tipo teclado que você está utilizando. Os dois tipos mais comuns no Brasil
são o ABNT2 (com cedilha) e o Americano (sem cedilha).
3.4 Carregando módulos e configurando a rede
Nesse momento o instalador carregará automaticamente os módulos que julgar necessários
para o seu hardware e tentará configurar sua rede via DHCP.
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Caso não haja um servidor DHCP em sua rede, você deverá configurar a conexão manual-
mente com os dados que lhe forem passados pelo administrador de rede ou pelo seu provedor
de Internet.
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Agora você deverá informar um nome para a máquina. Hipoteticamente, se você tiver dois
computadores em casa, um na sala e um na cozinha, você poderá chamá-los de televisor e
geladeira, respectivamente.
Pronto! A rede está configurada.
Obs.: Se você tiver uma conexão ADSL com modem em modo bridge, deixe a rede desconfi-
gurada que ao dar o boot no sistema instalado haverá uma opção para configurá-lo.
3.5 Particionando o(s) disco(s)
Agora vamos particionar o disco rígido e criar o sistema de arquivos no formato ext3 (padrão
do Debian GNU/Linux).
20
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Você tem três opções para determinar quanto espaço do seu hd será utilizado para o sistema:
apagar tudo o que houver no disco, usar todo o espaço disponível ou editar as partições manu-
almente. Como a última opção exige um pouco mais de experiência, só veremos aqui as duas
primeiras. Esta é a tela que vai aparecer para você:
A primeira opção usará todo o espaço não particionado do disco rígido. Caso não haja espaço,
esta opção não será mostrada. Para abrir um espaço não particionado, basta remover uma das
partições que não estiver sendo utilizada. Já a segunda opção apagará todo o conteúdo do disco
e eliminará quaisquer partições existentes, portanto, tome CUIDADO! Se houver algum dado
importante no disco assegure-se que eles sejam salvos antes deste processo. Qualquer que seja
a sua escolha, esta será a próxima tela:
Vamos ver o que significa cada um desses esquemas de partionamento:
• Todos os arquivos em uma única partição é auto-explicativo. Significa que todos os ar-
quivos estarão em um mesmo espaço lógico, como acontece com a maioria dos sistemas
operacionais voltados para usuários domésticos.
• Máquina Destop vai criar partições de tamanhos variados com grande parte do disco alo-
cado para programas (/usr). Recomendado para máquinas com não mais do que três usuá-
rios.
• Estação de trabalho multi-usuário vai alocar a maior parte do disco para a partição /home
(onde ficam os diretórios dos usuários). Recomendado para máquinas utilizadas por mais
de três pessoas.
Agora que você já sabe qual dessas opções melhor se adequa ao seu caso, vamos em frente.
21
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Agora você vai ver uma tela como essa:
O particionamento automático cria no mínimo duas partições. Uma delas é o sistema de
arquivos propriamente dito, formatado com ext3, onde ficarão os arquivos do sistema operacional.
Na figura acima, ele está sendo mostrado com o ponto de montagem "/", que é a raiz do sistema.
A outra partição é o espaço de troca, também chamado de swap. Mais conhecido como memória
virtual, é um espaço em disco que substitui a memória RAM quando esta está sendo totalmente
utilizada. Devido a diferença de velocidade desses dispositivos, a utilização excessiva do swap
pode deixar a máquina extremamente lenta. Dependendo do esquema de particionamento que
você escolher, o particionador pode criar outras partições tais como:
• /var - onde ficam armazenados os dados variáveis (ex: banco de dados, arquivos do servidor
web, cache do apt-get, etc)
• /usr - diretório onde são instalados os programas e arquivos de uso comum para todos os
usuários.
• /home - neste diretório ficam as pastas pessoais de cada usuário, onde só ele tem permis-
são para escrever.
• /tmp - lugar para armazenar dados temporários (ex: arquivos baixados da Internet)
• /boot - diretório que armazena o kernel e arquivos de configuração do gerenciador de boot
• /etc - lugar onde ficam guardados os arquivos de configuração dos programas instalados.
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CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
• /lib - neste diretório ficam as bibliotecas do sistema e algumas bibliotecas utilizadas pelos
programas instalados.
Caso você tenha decidido fazer o particionamento manual, por sua conta e risco, aconselho a
deixar os seguintes espaços para as partições:
swap - o dobro da quantidade de memória RAM instalada
/ - 512 MB
/var - 10% do espaço livre
/usr - 40% do espaço livre (não deve ser menor do que 1GB)
/tmp - 10% do espaço livre
/home - 30% do espaço livre (não deve ser menor do que 1GB)
Finalizadas as modificações, grave as mudanças no disco, clicando em "Finalizar o particio-
namento e gravar as mudanças no disco".
Após confirmar a gravação das mudanças no disco, o instalador irá criar e formatar as parti-
ções e passar para o próximo passo: a instalação dos pacotes.
3.6 Instalando os pacotes e rebootando
Nesta etapa, que pode demorar dependendo da velocidade do seu computador, serão copia-
dos para o disco rígido os arquivos essenciais do sistema e alguns pacotes do Debian.
23
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
O próximo passo é confirmar a instalação do gerenciador de boot GRUB no registro de iniciali-
zação do HD (mais conhecido como MBR). Com o GRUB instalado você poderá, posteriormente,
configurar o boot para mais de um sistema operacional instalado na mesma máquina.
Pronto! Mais uma etapa concluída. Pressione "Continuar"para queo micro seja reiniciado e
entre no seu sistema Debian GNU/Linux recém-instalado.
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3.7 Entrando no novo sistema
Quando o computador reiniciar você verá a tela de inicialização do GRUB. Nela você poderá
escolher entre a inicialização normal ou o modo seguro (recovery mode) do Debian. Caso você
configure, posteriormente, o boot para outro sistema operacional, ele aparecerá na lista abaixo
como mais uma opção.
Ao escolher a primeira opção você verá uma tela como esta:
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Não se assuste com esse monte de letrinhas passando. A inicialização do Debian é bem
transparente. Em outras palavras, mostra tudo o que está acontecendo. Você pode mudar isso
recompilando o kernel com algumas opções gráficas.
3.8 Configurações iniciais
Você acabou de entrar no seu novo sistema operacional. A primeira coisa a fazer agora é
configurar o fuso horário. A menos que você esteja no meridiano de Greenwich, você deverá
responder "Não"na tela abaixo.
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Nesta tela escolha o fuso horário que melhor se adeque à sua região no Brasil.
3.9 Configurando usuários
O próximo passo é colocar uma senha para o usuário ’root’. Essa senha será sempre requisi-
tada quando você for realizar uma atividade administrativa.
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Na próxima etapa você vai criar uma conta de usuário sem poderes de administrador. Essa
conta é importante para aumentar a segurança do sistema. Utilizar uma conta de administrador
para atividades de usuário básico pode causar danos sérios ao sistema como apagar um arquivo
de configuração ou um programa essencial sem querer. Utilize a conta de root (administador)
apenas quando isto for necessário, por exemplo, quando for instalar um programa novo, quando
for configurar um serviço, etc.
3.10 Instalando pacotes
Agora é hora de escolher quais pacotes básicos serão instalados no sistema. Se você estiver
utilizando o CD 1 da instalação completa do Debian, você poderá escolher entre configurar o apt
(gerenciador de pacotes) para usar os programas do CD ou baixá-los através de uma conexão
com a Internet. Caso você esteja instalando através do CD netinst (instalação via rede) será
obrigatório configurar um repositório HTTP ou FTP.
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Se você escolher HTTP ou FTP, será mostrada uma lista de países na qual você deverá
escolher o Brasil. A próxima tela mostrará uma lista de mirrors disponíveis no Brasil. Escolha um.
Os mais recomendados são ftp.br.debian.org, www.las.ic.unicamp.br e linorg.usp.br.
O próximo passo será escolher as coleções de softwares a serem instaladas. Para usuário
doméstico, basta selecionar Ambiente Desktop. Para aqueles que desejarem prover serviços,
podem selecionar os servidores que forem utilizar. A instalação de pacotes por esta ferramenta
não é obrigatória. Depois você poderá instalar os mesmos pacotes utilizando ferramentas como
o apt, o aptitude ou o synaptic.
Após pressionar OK você verá uma tela preta com o nome de todos os pacotes que serão
instalados. Aguarde até que todos sejam baixados da Internet ou do CD.
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Quando todos os pacotes estiverem prontos para serem instalados, será hora de configurar
os parâmetros da instalação.
3.11 Configurando os pacotes
Nesta etapa, serão feitas várias perguntas sobre as configurações dos programas instalados,
entre eles o Xserver (Ambiente Gráfico). Você deverá selecionar a opção padrão na grande
maioria das perguntas, a não ser que saiba exatamente o que está fazendo ou que haja uma
indicação para tal neste material.
O primeiro passo é escolher o driver adequado para a sua placa de vídeo. Alguns drivers mais
comuns são "nv"para placas NVidia, "sis"para placas SiS e "i810"para placas Intel. Caso a sua
placa não seja uma destas e você não encontre um driver para ela na lista, tente o driver vesa.
Este é um driver genérico que usa apenas os recursos mais simples da placa. Certamente, você
não conseguirá uma boa resolução com ele mas já poderá começar a utilizar o ambiente gráfico
enquanto procura o driver adequado.
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A partir daqui, escolha sempre a opção padrão a menos que você tenha certeza da mudança
que vai fazer.
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Na configuração do Exim (agente de transporte de mensagens ou, em outras palavras, ser-
vidor de e-mail), quando for perguntado para qual usuário as mensagens remetidas para o root
devem ser encaminhadas, coloque o usuário que você criou no momento da instalação.
3.12 Finalizando a instalação
Após configurar e instalar todos os pacotes, você cairá nessa tela:
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Selecione "Pós-configurar parâmetros relacionados ao idioma"para ajustar o idioma do sis-
tema com as configurações dos novos pacotes instalados. Depois, selecione "Finalizar a configu-
ração do sistema básico". Você verá uma tela como essa:
Pressionando <ENTER> , você verá a tela de login do terminal e poderá entrar no sistema
pela primeira vez, digitando seu usuário e senha.
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Para iniciar o ambiente gráfico, digite "startx". No próximo boot, ele deverá iniciar automatica-
mente.
Pronto! Seu novo sistema operacional Debian está instalado.
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Capítulo 4
Lição 2 - Configuração do Debian
4.1 Configuração do Sistema
A configuração dos sistemas GNU/Linux é realizada de diversas formas, dependendo da dis-
tribuição a ser utilizada. As diferenças entre as diversas distribuições estão justamente nas ferra-
mentas de configuração de cada sistema. Dessa forma, o procedimento para configurar a rede
no Debian é diferente daquele usado no Slackware, no Fedora e no SuSE, por exemplo.
Sempre existirão os métodos universais, ou seja, os métodos que funcionam em qualquer
distribuição, mas eles geralmente são mais demorados, menos práticos, o que quase sempre
leva o administrador a fazer uso das ferramentas inclusas na sua distribuição.
Veremos aqui como fazer a configuração básica de um sistema Debian GNU/Linux, mostrando
as suas ferramentas de configuração, e como fazer uso delas.
4.2 Ferramenta de Configuração
O programa que abordaremos para configurar os programas no Debian é o debconf. Para
executarmos ele basta utilizarmos o comando dpkg-reconfigure seguido, neste caso, de debconf.
Lembre-se deste comando, pois no decorrer do curso usaremos o dpkg-reconfigure sempre que
precisarmos reconfigurar algum programa.
Para configurar o debconf, procedemos da seguinte forma:
# dpkg-reconfigure debconf
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Na primeira tela, devemos selecionar qual interface o debconf deve utilizar. As opções são as
seguintes:
• Dialog: Interface modo texto, com janelas e seleção de opções através dos direcionais;
• Readline: Interface em modo texto puro, onde as mensagens são exibidas num terminal e
você tem que digitar as opções desejadas;
• Gnome: Utiliza janelas gráficas do GNOME. Isso torna o debconf mais lento, porém mais
bonito, e pode-se utilizar o mouse para escolher entre as opções;
• KDE: Modo gráfico do KDE, possui os mesmos recursos do modo GNOME, com aparência
diferenciada, entretanto;
• Editor: Nesse modo, o debconf permite que o usuário edite as opções através de um editor
de textos. Esse modo deve ser usado somente por especialistas que conhecem muito bem
os procedimentos de alteração dos muitos arquivos de configuração do sistema;
• Não Interativa: Nesse modo, o debconf não faz qualquer pergunta ao usuário, instalando os
pacotes utilizando sempre as opções padrões. Recomendado para sistemas em que o(s)
usuário(s) não entendem praticamente nada sobre o sistema.
O padrão utilizado é o Dialog, por ser leve e intuitivo. Após selecionar a opção desejada, a
próxima tela é a seguinte.
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Agora temos que selecionar a prioridade das mensagens exibidas pelo debconf. Quanto
menor a prioridade, mais mensagens serão exibidas, e maior será a capacidade de configuração
que o debconf vai oferecer. Se você for um usuário avançado ou um administrador de sistema,
com certeza vai preferir usar a prioridade baixa.
Feito isso, o debconf estará configurado.
4.3 Inicialização
4.3.1 Nível de Execução Padrão
O Debian vem configurado por padrão para iniciar usando o modo 2. Para mudar o nível de
execução padrão, basta editar o arquivo /etc/inittab e modificar a seguinte linha:
id:2:initdefault:
Substitua o número exibido pelo número do nível de execução desejado na inicialização do
sistema. Por exemplo:
id:3:initdefault:
Fará o sistema iniciar no modo 3.
textbfObs.: nunca, em hipótese alguma, coloque os números 0 ou 6, do contrário o sistema
não poderá ser inicializado.
4.3.2 Scripts de Inicialização
Os scripts de inicialização ficam alojados no diretório /etc/init.d/. Para fazer com que um de-
terminado script não seja executado durante a inicialização do sistema, basta retirar a permissão
de execução do processo em questão.
Considere os seguintes processos na inicialização:
$ ls /etc/rcS.d
README S10checkroot.sh S35mountall.sh S40hostname.sh
S02mountvirtfs S18hwclockfirst.sh S36discover S40hotplug
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S04udev S18ifupdown-clean S36mountvirtfs S40networking
S05bootlogd S20module-init-tools S36udev-mtab S43portmap
S05initrd-tools.sh S20modutils S38pppd-dns S45mountnfs.sh
S05keymap.sh S30checkfs.sh S39dns-clean S48console-screen.sh
S07hdparm S30procps.sh S39ifupdown S50hwclock.s
S55bootmisc.sh
S55urandom
S70nviboot
S70xfree86-common
S75sudo
Suponha que você não esteja utilizando nenhum dispositivo de rede no seu computador e
que portanto não precise inicializar nenhum processo de rede. Podemos, então, desativar a
inialização dos processos ifupdown-clean, pppd-dns, dns-clean, ifupdown, networking, portmap e
mountnfs. Para isso, fazemos o seguinte:
# cd /etc/init.d
# chmod a-x ifupdown-clean pppd-dns ifupdown networking portmap mountnfs
E pronto. Esse processos não serão mais executados na inicialização.
Você pode fazer a mesma coisa para os outros modos de execução, bastando para isso ver
a lista de processos existentes nos diretórios rc*.d (troque * pelo número do nível de execução
correspondente).
4.4 Configurações Regionais
4.4.1 Idioma
Como vimos no processo de instalação, o Debian suporta dezenas de idiomas, incluindo o
português do Brasil. Para selecionarmos o idioma padrão utilizado pelo sistema, temos que
configurar o pacotes locales, da seguinte forma:
# dpkg-reconfigure locales
O debconf será chamado, e exibido de acordo com as suas configurações. No nosso caso,
estamos utilizando o modo Dialog, com prioridade de mensagens baixa.
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Na primeira tela, navegamos pela lista e selecionamos quais os idiomas (locales) queremos
gerar. Nesse exemplo, escolhemos o idioma português Brasileiro (pt_BR), nas codificações de
caracteres Ocidental (ISO 8859-1) e Unicode (UTF-8).
Selecionados os locales, pressionamos Enter, e somos direcionados para a próxima tela, onde
selecionamos qual dos locales gerados será utilizado no sistema, e pressionamos Enter.
Generating locales...
pt_BR.ISO-8859-1... done
pt_BR.UTF-8... done
Generation complete.
4.4.2 Layout de Teclado
O layout de teclado deve ser configurado para que as teclas funcionem corretamente. No
GNU/Linux, deve-se configurar o layout de teclado para o terminal (modo texto) e para o modo
gráfico em processos separados.
Para configurar o teclado para o modo texto, rodamos o comando:
# dpkg-reconfigure console-data
Nessa primeira tela, temos a descrição de todas as opções que serão fornecidas na próxima
tela. Pressione Enter para prosseguir na configuração do teclado.
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Aqui, selecionamos o método utilizado para selecionar o mapa de teclado. Selecione o último
método para escolher o mapa de teclado de uma lista completa e pressione Enter. Na próxima
tela teremos que selecionar o mapa de teclado a ser utilizado.
No Brasil, os teclados mais comuns são:
• ABNT 2: é o teclado que possui "ç", o mais comum. Para escolhê-lo, selecione a opção pc
/ qwerty / Brazilian / Brazilian ABNT2;
• Estados Unidos Internacional: Padrão americano, esse teclado não possui o "ç". Para
usá-lo, selecione a opção pc / qwerty / US american / US Internacional (ISO 8859-1).
Observação: a opção qwerty é a seqüência de teclas da esquerda para direita que determina
o mapa do seu teclado. Verifique se o seu teclado possui esta seqüência iniciando pela letra Q.
Selecione o mapa correpondente e pressionamos Enter:
Looking for keymap to install:
us-intl.iso01
4.4.3 Data e Hora
A data é uma informação muito importante em sistemas de informação. Servidores costumam
ter muitas tarefas agendadas para serem executadas automaticamente em determinado horário,
o que exige que a data e o hora estejam configurados corretamente.
No GNU/Linux, essas informações só podem ser alteradas pelo administrador do sistema. A
justificativa para isso é a segurança.
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Imagine um computador que tenha um sistema de backup agendado para executar todos os
dias às 10:00. Imagine agora que um usuário descuidado altere o horário do sistema, adiantando-
o em 5 horas, de forma que, quando o computador for ligado todo dia às 7:00, ele estará marcando
12:00, de forma que o sistema de backup nunca vai entrar em funcionamento, inutilizando-o.
O mesmo poderia acontecer para uma tarefa configurada em determinado dia do mês. Se um
usuário adiantasse o calendário para uma data posterior à da execução da tarefa, esta não seria
executada.
Entendido isso, vejamos como manipular data e hora.
Visualizando Data e Hora
O comando utilizado para ver e manipular data e hora no sistema GNU/Linux é o date.
Sintaxe
# date [opções] +[formatação]
Para visualizar a data e a hora atual do sistema no formato padrão, utilizamos:
$ date Qua Abr 5 11:00:14 BRT 2006
São exibidos dia da semana, mês, dia, hora, fuso horário e ano. Se quisermos que a data seja
exibida num formato diferente, podemos personalizá-lo, utilizando o parâmetro +[formatação].
Para isso, temos que conhecer a seguinte tabela de valores:
• %Y: Ano corrente, com 4 dígitos;
• %m: Mês corrente, em formato numérico;
• %d: Dia do mês corrente (01 a 31);
• %H: Hora atual, formato 24 horas (00 a 23);
• %M: Minuto atual;
• %S: Segundo atual;
• %y: Ano corrente, com 2 dígitos;
• %b: Mês corrente, por extenso, abreviado (Jan, Fev, Mar...);
• %B: Mês corrente, por extenso (Janeiro, Fevereiro, Março);
• %a: Dia da semana, por extenso, abreviado (Seg, Ter, Qua...);
• %A: Dia da semana, por extenso (Segunda, Terça, Quarta...);
• %C: Século atual (00 a 99);
• %k: Hora atual, formato 24 horas, sem 0 à esquerda (0 a 23);
• %I: Hora atual, formato 12 horas (01 a 12);
• %l: Hora atual, formato 12 horas, sem 0 à esquerda (1 a 12);
• %N: Nanossegundos (1 ns = 1 bilionésimo de segundo);
• %e: Dia do mês corrente, sem zero à esquerda (1 a 31);
• %j: Dia do ano atual (001 a 366);
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• %w: Dia da semana, em formato numérico, com 0 represetando o domingo;
• %U: Número semanas completas no ano (00 a 53);
• %s: Número de segundos passados desde 1 de janeiro de 1970.
Basta combinar esses valores para compôr um formato de exibição de data e hora personali-
zado. Veja esses exemplos:
$ date +"Hoje é %A, %e de %B de %Y"
Hoje é quarta, 5 de abril de 2006
$ date +"%d/%M/%Y %H:%M:%S"
05/01/2006 11:01:15
$ date +%d-%M-%y
05-01-06
Alterando Data e Hora
O método principal de modificar data e hora é o seguinte: # date [mês][dia][hora][minuto][ano]
Assim, para configurar data e hora do sistema para "24 de Março de 2005, 10:56 h", o co-
mando fica:
# date 040511022006
Lembrando que:
• 04: Mês (Abril);
• 05: Dia;
• 1102: 11:02 hs;
• 2006: Ano.
Para alterar somente o horário, podemos utilizar o parâmetro -s, da seguinte forma:
# date -s "11:02"
Isso ajusta o horário para 11:02 hs. Não se esqueça que o sistema marca o horário no formato
24 horas. Logo, se quiser mudar o horário para 5 da tarde, escreva "17:00".
Outras Funções do Comando date
Podemos utilizar a opção -r para ver a data de modificação de um determinado arquivo, da
seguinte forma:
$ date -r /home/christiano/wget-log
Qui Mar 24 10:19:39 AMT 2005
Para visualizar a data dos dias anterior e posterior ao atual, utilizamos o parâmetro -d, da
seguinte forma:
$ date -d yesterday
Ter Abr 4 11:08:38 BRT 2006
$ date -d tomorrow
Qui Abr 6 11:09:02 BRT 2006
Onde yesterday e tomorrow correspondem as dias anterior e posterior, respectivamente.
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Calendário
O GNU/Linux possui uma ferramenta de calendário muito poderosa, chamada cal. Seu uso é
bastante simples, com podemos ver a seguir:
$ cal
abril 2006
Do Se Te Qu Qu Se Sá
1
2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30
$ cal agosto 2006
Agosto 2006
Do Se Te Qu Qu Se Sá
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31
$ cal -3 abril 2006
março 2006 abril 2006 maio 2006
Do Se Te Qu Qu Se Sá Do Se Te Qu Qu Se Sá Do Se Te Qu Qu Se Sá
1 2 3 4 1 1 2 3 4 5 6
5 6 7 8 9 10 11 2 3 4 5 6 7 8 7 8 9 10 11 12 13
12 13 14 15 16 17 18 9 10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20
19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27
26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29 28 29 30 31
30
Segue uma explicação de cada um dos parâmetros do comando cal:
• nenhum parâmetro: Exibe o calendário do mês corrente;
• [ano]: Mostra o calendário de todos os meses do ano selecionado;
• [mês] [ano]: Mostra o calendário do mês e ano selecionados;
• -3 [mês] [ano]: Mostra os calendários do mês e ano selecionados, e o dos meses anterior
e posterior ao selecionado.
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Selecionando Fuso Horário
O fuso horário é utilizado por alguns programa que utilizam ferramentas de atualização auto-
mática de horário via Internet. É importante configurar o fuso horário corretamente no sistema, e
para isso utilizaremos o tzconfig:
# tzconfig
Your current time zone is set to Brazil/West
Do you want to change that? [n]: y
Primeiramente, é exibido o fuso horário atual, e somos perguntados se queremos ou não
alterá-lo. Para alterar, digite y e pressione Enter.
Please enter the number of the geographic area in which you live:
1) Africa 7) Australia
2) America 8) Europe
3) US time zones 9) Indian Ocean
4) Canada time zones 10) Pacific Ocean
5) Asia 11) Use System V style time zones
6) Atlantic Ocean 12) None of the above
Then you will be shown a list of cities which represent the time zone
in which they are located. You should choose a city in your time zone.
Number: 2
Acima, você tem uma lista de áreas geográficas, de onde vamos selecionar o fuso horário
correspondente. O Brasil está na América do Sul, logo, selecionamos a opção America, digitando
2 e pressionando Enter:
Adak Anchorage Anguilla Antigua Araguaina Argentina/Buenos_Aires
Argentina/Catamarca Argentina/ComodRivadavia Argentina/Cordoba
Argentina/Jujuy Argentina/La_Rioja Argentina/Mendoza
Argentina/Rio_Gallegos Argentina/San_Juan Argentina/Tucuman
Argentina/Ushuaia Aruba Asuncion Atka Bahia Barbados Belem Belize
Boa_Vista Bogota Boise Buenos_Aires Cambridge_Bay Campo_Grande Cancun
Caracas Catamarca Cayenne Cayman Chicago Chihuahua Cordoba Costa_Rica
Cuiaba Curacao Danmarkshavn Dawson Dawson_Creek Denver Detroit Dominica
Edmonton Eirunepe El_Salvador Ensenada Fortaleza Fort_Wayne Glace_Bay
Godthab Goose_Bay Grand_Turk Grenada Guadeloupe Guatemala Guayaquil
Guyana Halifax Havana Hermosillo Indiana/Indianapolis Indiana/Knox
Indiana/Marengo Indianapolis Indiana/Vevay Inuvik Iqaluit Jamaica Jujuy
Juneau Kentucky/Louisville Kentucky/Monticello Knox_IN La_Paz Lima
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Los_Angeles Louisville Maceio Managua Manaus Martinique Mazatlan Mendoza
Menominee Merida Mexico_City Miquelon Monterrey Montevideo Montreal
Montserrat Nassau New_York Nipigon Nome Noronha North_Dakota/Center Panama
Pangnirtung Paramaribo Phoenix Port-au-Prince Porto_Acre Port_of_Spain
Porto_Velho Puerto_Rico Rainy_River Rankin_Inlet Recife Regina Rio_Branco
Rosario Santiago Santo_Domingo Sao_Paulo Scoresbysund Shiprock St_Johns
St_Kitts St_Lucia St_Thomas St_Vincent Swift_Current Tegucigalpa Thule
Thunder_Bay Tijuana Toronto Tortola Vancouver Virgin Whitehorse Winnipeg
Yakutat Yellowknife
Please enter the name of one of these cities or zones
You just need to type enough letters to resolve ambiguities
Press Enter to view all of them again
Name: [] Sao_Paulo
Acima, você vê todos os fusos disponíveis para a área geográfica anteriormente selecionada.
Para selecionar uma delas, temos que digitar a opção na forma como ela é exibida. Nesse
exemplo, selecionamos o fuso horário São_Paulo, correspondente ao fuso de São Paulo que é o
mesmo de Brasília.
Your default time zone is set to 'America/Sao_Paulo'.
Local time is now: Qua Abr 5 10:36:44 BRT 2006.
Universal Time is now: Qua Abr 5 13:36:44 UTC 2006.
Depois da configuração, são exibidas as informações sobre o novo fuso horário, além da data
e hora universal.
Hora Certa com NTP
Para manter a hora do sistema atualizada, é uma boa idéia utilizar-se do protocolo NTP
(Network Time Protocol). Com ele, o horário do sistema é atualizado automaticamente, através
de acesso via Internet a um servidor de horário.
Para ativar o gerenciamento do horário do computador através do NTP, precisamos instalar os
pacotes ntpdate e ntp. Alternativamente, pode-se instalar também o pacote ntp-doc, que contém
os manuais de utilização do protocolo NTP.
# apt-get install ntpdate ntp ntp-doc
Após a instalação, o horário será ajustado automaticamente, de acordo com o fuso horário
selecionado. Se o horário definido pelo ntpdate estiver errado, é sinal que o fuso horário está
definido incorretamente. Será criado um script em /etc/init.d/ntpdate. Se por qualquer motivo o
horário estiver incorreto, basta rodar esse script para corrigi-lo:
# /etc/init.d/ntpdate restart
Running ntpdate to synchronize clock.
4.5 Variáveis de Ambiente
Variáveis de ambiente são espaços de memória que armazenam valores, que são interpreta-
dos pelo Shell (interpretador de comandos) ou, em outras palavras, são objetos nomeados que
contém informações usadas por um ou mais aplicativos.
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Usando variáveis de ambiente pode-se modificacar a configuração de um ou mais aplicativos
diferentes simultaneamente.
4.5.1 Tipos de Variáveis
As variáveis de ambiente podem ser de 2 tipos:
• Locais: Variáveis disponíveis somente pelo Shell corrente, que não podem ser acessadas
pelos subprocessos do sistema, inicializados por outros usuários ou pelo próprio kernel;
• Globais: Variáveis disponíveis para o Shell atual e também pelos subprocessos do sistema.
As variáveis são, por convenção, escritas sempre em maiúsculas.
4.5.2 Visualizando o Valor de Variáveis
Para visualizar o valor de uma variável, utilizamos o comando echo, da seguinte forma:
$ echo $[VARIÁVEL]
Por exemplo, para ver o valor da variável HOME:
$ echo $HOME
/home/christiano
Veja abaixo a tabela com algumas das principais variáveis de ambiente do sistema:
• PATH: Contém a lista dos diretórios onde o sistema irá procurar pelos comandos digitados
no console, para então executá-los. A utilidade disso é que passa a não ser necessário
digitar o caminho completo para o comando, ou seja, podemos digitar, por exemplo, apenas
mozilla-firefox, ao invés de /usr/bin/mozilla-firefox;
• BASH: Especifica o interpretador de comandos utilizado pelo sistema. O padrão é /bin/bash,
mas pode-se utilizar qualquer outro;
• HOME: Diretório pessoal do usuário atual. O padrão é /home/[usuário];
• HOSTNAME: Nome dado a máquina local;
• LANG e LANGUAGE: Especificam o idioma utilizado pelo sistema e alguns programas;
• OLDPWD: último diretório acessado. para o diretório indicado por essa variável que somos
enviados ao utilizar o comando cd -;
• PWD: O diretório em que estamos no momento;
• UID: UID do usuário atual;
• USER: Nome do usuário atual.
Para ver a lista completa das variáveis de ambiente do sistema, utilize os comandos set e env.
O set exibe a lista das variáveis locais, enquanto env exibe a lista das variáveis globais:
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$ set
BASH=/bin/bash
BASH_ARGC=()
BASH_ARGV=()
BASH_LINENO=()
BASH_SOURCE=()
BASH_VERSINFO=([0]="3" [1]="1" [2]="0" [3]="1" [4]="release" [5]="i486-pc-linux-gnu")
BASH_VERSION='3.1.0(1)-release'
COLORTERM=gnome-terminal
COLUMNS=80
DESKTOP_STARTUP_ID=
DIRSTACK=()
DISPLAY=:1.0
EUID=1009
GNOME_DESKTOP_SESSION_ID=Default
GNOME_KEYRING_SOCKET=/tmp/keyring-MavDPw/socket
GROUPS=()
GTK_RC_FILES=/etc/gtk/gtkrc:/home/christiano/.gtkrc-1.2-gnome2
HISTFILE=/home/christiano/.bash_history
HISTFILESIZE=500
HISTSIZE=500
HOME=/home/christiano
HOSTNAME=equipe10
HOSTTYPE=i486
HUSHLOGIN=FALSE
IFS=$' tn'
LANG=pt_BR
Xlanguage=pt_BR:pt:pt_PT
LINES=24
LOGNAME=christiano
......
$ env
SSH_AGENT_PID=5674
DESKTOP_STARTUP_ID=
TERM=xterm
SHELL=/bin/bash
GTK_RC_FILES=/etc/gtk/gtkrc:/home/christiano/.gtkrc-1.2-gnome2
WINDOWID=37751198
HUSHLOGIN=FALSE
USER=christiano
GNOME_KEYRING_SOCKET=/tmp/keyring-MavDPw/socket
SSH_AUTH_SOCK=/tmp/ssh-lgABOM5624/agent.5624
SESSION_MANAGER=local/equipe10:/tmp/.ICE-unix/5624
XPSERVERLIST=
PATH=/usr/local/bin:/usr/bin:/bin:/usr/bin/X11:/usr/games
MAIL=/var/mail/christiano
PWD=/home/christiano
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LANG=pt_BR
HOME=/home/christiano
SHLVL=3
Xlanguage=pt_BR:pt:pt_PT
GNOME_DESKTOP_SESSION_ID=Default
LOGNAME=christiano
DISPLAY=:1.0
COLORTERM=gnome-terminal
XAUTHORITY=/home/christiano/.Xauthority
_=/usr/bin/env
4.5.3 Criando e Alterando Variáveis
Para definir o valor de uma variável local, utilize a seguinte sintaxe:
$ [VARIÁVEL]=[valor]
Dessa forma, para criar uma variável local chamada BACKUP_DIR, atribuindo a ela o valor
/home/backup:
$ BACKUP_DIR=/home/backup
Para adicionar valor a uma variável já existente, devemos proceder da seguinte forma:
$ [VARIÁVEL]=$[VARIÁVEL][valor adicional]
Dessa forma, suponhamos o seguinte valor da variável PATH:
$ echo $PATH
/usr/local/bin:/usr/bin:/bin:/usr/bin/X11:/usr/games
Se quisermos adicionar o diretório /usr/lib/java/jre/1.5.0/bin ao valor da variável PATH, proce-
demos da seguinte forma:
$ PATH=$PATH:/usr/lib/java/jre/1.5.0/bin
Dessa forma, adicionamos :/usr/lib/java/jre/1.5.0/bin ao valor já existente da variável PATH,
que ficou assim:
$ echo $PATH
/usr/local/bin:/usr/bin:/bin:/usr/bin/X11:/usr/games:/usr/lib/java/jre/1.5.0/bin
Para criar uma variável global, utilize o comando export, da seguinte forma:
$ export [VARIÁVEL]=[valor]
Se você quiser simplesmente converter uma variável local em global, não é necessário digitar
o valor:
$ export [VARIÁVEL]
49
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4.5.4 Removendo Variáveis
Para remover uma variável de ambiente do sistema, utilizamo o comando unset, da seguinte
forma:
$ unset [VARIÁVEL]
4.5.5 Arquivos de Configuração de Variáveis de Ambiente
Ao criar variáveis de ambiente ou apenas alterá-las através do terminal, os seus valores ficam
ativos apenas durante a sessão atual, o que quer dizer que, quando você der logout ou desligar e
ligar a máquina novamente, as variáveis que você criou serão perdidas, bem como as alterações
nos seus valores.
Entretanto, muitas vezes é desejável configurar as variáveis de modo que elas estejam sempre
disponíveis, toda vez que o sistema ou uma nova sessão for iniciada.
Por isso, existem arquivos específicos onde as configurações das variáveis de ambiente po-
dem ser definidas:
• /etc/profile: Nesse arquivo são definidos os valores das variáveis que ficarão disponíveis
para todos os usuários do sistema. O PATH é configurado aqui. Se você quiser adicionar
um novo diretório ao PATH, para que ele fique disponível para todos os usuários, faça isso
nesse arquivo;
• /.bash_profile: Dentro do diretório pessoal de cada usuário (/home/[usuário]) existe um
arquivo .bash_profile, onde devem ser declarados os valores das variáveis de ambientes
disponíveis apenas para o usuário.
4.6 Configurando o Prompt de Comandos
Quando estamos num terminal, seja em modo texto ou gráfico, são exibidas algumas informa-
ções à esquerda do local onde os comandos são digitados. Como nos exemplos abaixo:
christiano@equipe05:~$ ls
As informações exibidas antes do comandos (nesse caso christiano@equipe05: $), podem
ser personalizadas através da modificação da variável PS1. Para isso, basta combinar quaisquer
caracteres com os seguintes argumentos:
• h: Nome de host da máquina;
• W: Nome do diretório atual;
• w: Caminho completo para o diretório atual;
• u: Nome de usuário;
• t: Hora;
• d: Data;
• $: Identificador de usuário ($ para usuário comum e # para root).
50
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No caso exibido acima, o valor da variável PS1 é o seguinte:
$ echo $PS1
u@h:w$
Utilize-a como exemplo para configurar seu prompt a seu gosto. Não se esqueça de sempre
colocar os parâmetros entre aspas duplas ("), e de sempre deixar um espaço em branco no final,
como no exemplo abaixo:
$ PS1="u@h:w[t]$ "
Que faz o prompt ser exibido da seguinte forma:
christiano@equipe05:~[16:51:24]$
4.6.1 Personalizando Comandos
Uma função muito útil do comando ls é exibir os arquivos utilizando cores diferentes para cada
tipo. Entretanto, para isso é necessário utilizar o parâmetro –color=auto, o que é muito incômodo,
visto que o ls é utilizado com muita freqüência e, portanto, não podemos ficar digitando ls –
color=auto toda vez.
Da mesma forma, é muito seguro utilizar a opção -i com o comando rm, para que sempre
sejamos perguntados antes de apagar algum arquivo. Entretanto, nem sempre vamos lembrar de
adicionar o parâmetro -i, usando somente rm, de modo que ficamos sujeitos a apagar arquivos
por engano.
Para resolver essas situações existe o comando alias, uma espécie de camuflagem de co-
mandos, que permite chamar um determinado comando através de um outro nome.
Por exemplo, podemos configurar o sistema para executar o comando ls –color=auto toda vez
que digitarmos ls, da seguinte forma:
$ alias ls="ls --color=auto"
Agora, para usar o comando ls –color=auto basta digitar ls.
Podemos utilizar o mesmo procedimento para utilizar o parâmetro -i automaticamente com o
rm:
$ alias rm="rm -i"
Dessa forma, para usar o comando rm -i basta digitar rm.
Para desativar o alias, usamos o comando unalias:
$ unalias [alias]
Dessa forma, para remover o alias aplicado ao comando ls, usamos:
$ unalias ls
Se não for especificado nenhum alias, todos serão removidos.
As configurações feitas pelo alias são válidas apenas para a sessão atual, de modo que ao
efetuar logout ou desligar o sistema, as alterações são perdidas. Para que elas fiquem perma-
nentemente disponíveis, basta colocá-las nos arquivos /etc/profile ou /.bashrc, para aplicar as
configurações para todos os usuários ou apenas o usuário atual, respectivamente.
51
Capítulo 5
Lição 3 - Unidades de Disco
5.1 Configurando as Unidades de Disco
Os dispositivos de disco (HD, CD-ROM, CD-RW, DVD-ROM...) atuais são dotados de alta tec-
nologia, tanto no que diz respeito a capacidade de armazenamento quanto à velocidade de leitura
e escrita dos dados. Recursos como Ultra DMA, ATA, Buffer e Cache têm tornado esses disposi-
tivos extremamente rápidos, se comparados aos mesmos dispositivos fabricados há poucos anos
atrás.
Mas, infelizmente, grande parte dos recursos disponíveis para as unidades de disco depen-
dem de diversos fatores, como compatilidade com placa mãe e suporte pelo sistema operacional,
motivo pelo qual esses dispositivos vêm, de fábrica, com muitos recursos desativados, reque-
rendo sua ativação via software, através da BIOS e do sistema operacional.
A ferramenta no GNU/Linux utilizada para configurar os recursos das unidades de disco
chama-se hdparm, que será estudada a seguir.
5.1.1 Instalando o hdparm
O hdparm pode ser instalado via APT, com o comando:
# apt-get install hdparm
Após a instalação, verifique se está tudo certo, com o comando:
# hdparm /dev/hd[letra da unidade]
Por exemplo:
# hdparm /dev/hda
/dev/hda:
multcount = 16 (on)
IO_support = 1 (32-bit)
unmaskirq = 1 (on)
using_dma = 1 (on)
keepsettings = 0 (off)
readonly = 0 (off)
readahead = 16 (on)
geometry = 16383/255/63, sectors = 40020664320, start = 0
52
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5.1.2 Obtendo e Analisando Informações
O hdparm tem um invejável sistema de obtenção de informações. Pode-se saber praticamente
tudo sobre a unidade de disco. Para isso, basta escolher o tipo de relatório que se deseja obter e
digitar a linha de comando.
Sintaxe
# hdparm [opções] [dispositivo]
Opções
• nada: Informações realmente básicas;
• -i: Informações detalhadas;
• -I: Informações técnicas completas.
Ao invés de [dispositivo] colocamos a localização da unidade que estamos verificando, como
/dev/hda, /dev/hdc, /dev/sda, etc.
Relatórios
Vejamos um relatório simples:
# hdparm /dev/hda
/dev/hda:
multcount = 0 (off)
IO_support = 0 (default 16-bit)
unmaskirq = 0 (off)
using_dma = 1 (on)
keepsettings = 0 (off)
readonly = 0 (off)
readahead = 0 (off)
geometry = 16383/255/63, sectors = 40020664320, start = 0
Nessa lista temos as seguintes informações:
• multcount = 0 (off): O parâmetro multcount está desligado. O multcount é o modo de leitura
de setores múltiplos que permite que a transferência de múltiplos setores por interrupção
de I/O. Os HD’s atuais têm suporte a essa opção, que incrementa as velocidades de leitura
e gravação do disco;
• IO_support = 0 (default 16-bit): O modo de I/O está definido para 16 bits. Os modos
suportados são 16 bits, 32 bits, e 32 bits com uma seqüência especial de sincronismo
exigida por alguns chipsets. Em HD’s que suportam o modo 32 bits, este oferece uma
melhor performance se comparado ao modo 16 bits. É possível saber se o seu HD suporta
o modo 32 bits na BIOS do seu computador;
• using_dma = 1 (on): O DMA (Direct Memory Access ou acesso direto à memória) é um
recurso primordial para se obter uma boa performance do HD. A menos que seu HD seja
muito antigo, ele suporta DMA e esta opção deve estar ativa, como nesse caso;
53
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• readahead = 0 (off): O recurso de leitura adiantada está desativado. A leitura adiantada
permite que o HD faça a leitura dos dados antes de começar a transferi-los. Isso funciona
como um cache, para evitar pausas nas transferências no caso de qualquer processo que
interfira na leitura dos dados no HD. Se possível, este parâmetro deve estar ativo para
melhorar a performance e a estabilidade das transferências dos dados no HD.
Agora, vejamos um relatório um pouco mais completo:
# hdparm -i /dev/hda
/dev/hda:
Model=ST340014A, FwRev=3.54, SerialNo=3JV89GLK
Config={ HardSect NotMFM HdSw>15uSec Fixed DTR>10Mbs
RotSpdTol>.5% }
RawCHS=16383/16/63, TrkSize=0, SectSize=0, ECCbytes=4
BuffType=unknown, BuffSize=2048kB, MaxMultSect=16,
MultSect=off
CurCHS=16383/16/63, CurSects=16514064, LBA=yes,
LBAsects=78165360
IORDY=on/off, tPIO={min:240,w/IORDY:120},
tDMA={min:120,rec:120}
PIO modes: pio0 pio1 pio2 pio3 pio4
DMA modes: mdma0 mdma1 mdma2
UDMA modes: udma0 udma1 udma2 udma3 udma4 *udma5
AdvancedPM=no WriteCache=enabled
Drive conforms to: ATA/ATAPI-6 T13 1410D revision 2:
* signifies the current active mode
Onde obtemos as seguintes informações:
• BuffSize=2048kB: Esse parâmetro mostra o tamanho do buffer de gravação. Quanto maior
o tamanho do buffer, menor é a vulnerabilidade do dispositivos a falhas de gravação;
• MaxMultSects = 16: Isso informa o número máximo de setores que podem ser lidos simul-
taneamente. Devemos prestar atenção para não configurar a leitura de setores múltiplos
acima desse valor, o que poderia causar perda de dados;
• PIO modes: pio0 pio1 pio2 pio3 pio4: Aqui são listados os modos de PIO disponíveis
para o HD.
• UDMA modes: udma0 udma1 udma2 udma3 udma4 udma5*: Estes são os modos de
Ultra DMA suportados pelo HD, sendo que o modo que aparece com um * (asterisco) é o
modo que está sendo utilizado. Quanto maior o valor de UDMA, melhor o desempenho da
unidade.
Por último, vejamos o relatório mais completo:
54
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# hdparm -I /dev/hda
ATA device, with non-removable media
Model Number: ST340014A
Serial Number: 3JV89GLK
Firmware Revision: 3.54
Standards:
Used: ATA/ATAPI-6 T13 1410D revision 2
Supported: 6 5 4 3
Configuration:
Logical max current
cylinders 16383 65535
heads 16 1
sectors/track 63 63
--
CHS current addressable sectors: 4128705
LBA user addressable sectors: 78165360
LBA48 user addressable sectors: 78165360
device size with M = 1024*1024: 38166 MBytes
device size with M = 1000*1000: 40020 MBytes (40 GB)
Capabilities:
LBA, IORDY(can be disabled)
bytes avail on r/w long: 4 Queue depth: 1
Standby timer values: spec'd by Standard
R/W multiple sector transfer: Max = 16 Current = 16
Recommended acoustic management value: 128, current
value: 0
DMA: mdma0 mdma1 mdma2 udma0 udma1 udma2 udma3
udma4 *udma5
Cycle time: min=120ns recommended=120ns
PIO: pio0 pio1 pio2 pio3 pio4
Cycle time: no flow control=240ns IORDY flow
control=120ns
Commands/features:
Enabled Supported:
* READ BUFFER cmd
* WRITE BUFFER cmd
* Host Protected Area feature set
* Look-ahead
* Write cache
* Power Management feature set
Security Mode feature set
* SMART feature set
* FLUSH CACHE EXT command
* Mandatory FLUSH CACHE command
* Device Configuration Overlay feature set
* 48-bit Address feature set
SET MAX security extension
55
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* DOWNLOAD MICROCODE cmd
* SMART self-test
* SMART error logging
Security:
supported
not enabled
not locked
not frozen
not expired: security count
not supported: enhanced erase
HW reset results:
CBLID- above Vih
Device num = 0 determined by the jumper
Checksum: correct
Aqui você vai encontrar características técnicas importantes do HD.
5.1.3 Configurando a Unidade de Disco
Logo se vê pelos relatórios que existem muitos parâmetros que podem ser alterados pelo hd-
parm, e essas alterações vão interferir diretamente no desempenho da unidade de disco, positiva
ou negativamente. É preciso então saber interpretar as informações e nunca fazer testes com
opções que podem representar perigo para a integridade dos dados contidos no disco.
Sintaxe
# hdparm [parâmetros] [dispositivo]
Parâmetros
• -c[valor]: Esse parâmetro especifica o modo de interrupção de I/O. Os valores que pode
assumir são:
– 1: modo 16 bits;
– 2: modo 32 bits;
– 3: modo 32 bits em modo especial de sincronimos, exigido por alguns chipsets.
Para saber se seu HD suporta o modo 32 bits, veja na BIOS do seu computador.
• -d[valor]: Ativa/desativa o uso do DMA. Para ativar, use o valor 1. Para desativar, use 0;
• -X[valor]: Seleciona o modo de DMA a ser utilizado. Pode variar de sdma0 (pior), passando
por mdma e chegando em udma5 (melhor). Vamos desconsiderar o uso dos modos sdma
que são muito antigos. Para utilizar os modos mdma, basta utilizar o número do modo
somado com 32. Ou seja: use 32 para ativar mdma0 (32 + 0), e 34 para o mdma2 (32 + 2).
Para utilizar os modos udma, utilize o número do modo somado com 64. Ou seja: use 65
para ativar o udma1 (64 +1) e 69 para o udma5 (64 + 5). Para saber qual modo é suportado
pelo seu HD, basta ver as seguintes linhas:
DMA modes: mdma0 mdma1 mdma2
UDMA modes: udma0 udma1 udma2 udma3 udma4 *udma5
56
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Obtidas com o comando hdparm -i /dev/hdX (X é a letra da sua unidade de disco). O modo
que deve ser utilizado é o último que aparece na lista. Nesse caso, é o modo udma5 (69);
• -m[valor]: Especifica o valor do parâmetro MultSects. O valor desse parâmetro não pode
ser maior que o parâmetro MaxMultSects, que encontramos na seguinte linha:
BuffType=unknown, BuffSize=2048kB, MaxMultSect=16, MultSect=16
Essa linha é encontrada no relatório gerado com o comando hdparm -i /dev/hdX. Nesse
caso, o parâmetro MaxMultSects tem o valor 16, então o valor de MultSects deve ser igual
ou menor a esse (de preferência igual);
• -A[valor]: Ativa/desativa o recurso de leitura adiantada. O valor 1 ativa, enquanto 0 desa-
tiva.
• -a[valor]: Configura a leitura adiantada. O valor especificado é multiplicado por 512 Bytes.
Assim, se você usar 8, a leitura adiantada será de 4 KB. A recomendação é de que você
use o mesmo valor que usar para o parâmetro MultSects.
Veja um exemplo de configuração com esses parâmetros acima:
# hdparm -c1 -d1 -X69 -m16 -A1 -a16 /dev/hda
/dev/hda:
setting fs readahead to 16
setting 32-bit IO_support flag to 1
setting multcount to 16
setting using_dma to 1 (on)
setting xfermode to 69 (UltraDMA mode5)
setting drive read-lookahead to 1 (on)
multcount = 16 (on)
IO_support = 1 (32-bit)
using_dma = 1 (on)
readahead = 16 (on)
done.
Esse comando configurou o HD para utilizar o modo de I/O de 32 bits (-c1), ativou o uso do
DMA (-d1), ativou o Ultra DMA modo 5 (-X69), definiu o leitura de setores múltiplos para 16 (-
m16), ativou a leitura adiantada (-A1) e ajustou a leitura adiantada para 8 KB (-a16). Tome-o por
base para configurar o seu HD conforme as suas características.
5.2 Ajuste Acústico e o Gerenciamento de Energia
O ajuste acústico é um recurso que pode ser útil para uso em HD’s antigos, um tanto quanto
barulhentos. Trata-se de um controle da velocidade máxima de rotação o disco, o que faz com
ele faça menos barulho durante o trabalho.
O incômodo de limitar a velocidade de rotação do HD é que o seu desempenho é reduzido,
uma vez que ele passa a não trabalhar na máxima velocidade.
Sintaxe
57
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# hdparm -M[valor] [dispositivo]
O valor pode variar de 128 (lento e quieto) até 254 (rápido e barulhento). Para não perder
muito tempo testando valor por valor, utilize aquele que é recomendado pelo fabricante. Para
conhecê-lo, utilize o seguinte comando:
# hdparm -I [dispositivo] | grep acoustic
Veja esse exemplo:
# hdparm -I /dev/hda | grep acoustic
Recommended acoustic management value: 128, current value: 0
Veja que, nesse caso, o valor recomendado é 128. Então, dê o comando:
# hdparm -M128 /dev/hda
/dev/hda:
setting acoustic management to 128
acoustic = 128 (128=quiet ... 254=fast)
Para desativar o ajuste acústico, utilize -M0.
Outra coisa muito útil que pode ser feita com o hdparm é a configuração do tempo de spin-
down, ou seja, o tempo que o HD deve esperar para desligar o motor caso fique sem uso. Isso
reduz o consumo de energia e aumenta a vida útil do HD, caso seu computador permaneça muito
tempo ligado mas nem sempre em uso.
Para configurar o tempo de spindown utilizamos a seguinte sintaxe:
# hdparm -S[valor] [dispositivo]
Onde [valor] deve ser substituído pelo código do tempo desejado.
Valores entre 1 e 240 especificam múltiplos de 5 segundos, ou seja, o valor 10 significa um
tempo de espera de 50 segundos, e o valor 200 muda esse valor para 1000 segundos (16 minutos
e 40 segundos). Valores de 241 a 251 especificam múltiplos de 30 minutos, variando de 11
minutos (241) até 5 horas e meia (251).
Vamos a um exemplo:
# hdparm -S240 /dev/hda
/dev/hda:
setting standby to 240 (20 minutes)
Com esse comando, configuramos o HD para desligar após 20 minutos de ociosidade.
Para desativar o recurso spindown, utilize -S0.
58
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5.3 Testando o Desempenho
Uma ferramenta de fundamental importância no hdparm é o teste de desempenho. Você usá-
las antes de fazer alterações nos parâmetros do HD e, assim que fizer alterações, voltar a realizar
os testes para comparar e verificar se houve melhora no desempenho ou não.
Para testar o desempenho, utilizamos os parâmetros -T e -t combinados da seguinte da forma:
# hdparm -Tt [dispositivo]
Para testar o desempenho da unidade /dev/hda, por exemplo:
# hdparm -Tt /dev/hda
/dev/hda:
Timing cached reads: 1200 MB in 2.00 seconds = 598.89 MB/sec
Timing buffered disk reads: 82 MB in 3.06 seconds = 26.77 MB/sec
Aqui foram feitos dois testes. O primeiro é o de tempo de leitura com cache (cached reads), e
o segundo, de tempo de leitura de disco com buffer (buffered disk reads).
Você deve aplicar esses testes como o mínimo de recursos sendo utilizados. De preferência,
utilize o modo monousuário (nível de execução 1):
# init 1
Um teste simples pode demonstrar o quanto é possível perder em desempenho ao não con-
figurar o HD. Esse teste consiste em desativar todos os recursos do disco rígido, como DMA,
leitura adiantada, etc., fazer o teste de desempenho e em seguida ativar os recursos e repetir o
teste, para então comparar os resultados. Veja:
# hdparm -c0 -d0 -A0 -m0 -a0 /dev/hda
/dev/hda:
setting fs readahead to 0
setting 32-bit IO_support flag to 0
setting multcount to 0
setting using_dma to 0 (off)
setting drive read-lookahead to 0 (off)
multcount = 0 (off)
IO_support = 0 (default 16-bit)
using_dma = 0 (off)
readahead = 0 (off)
# hdparm -Tt /dev/hda
/dev/hda:
Timing cached reads: 1196 MB in 2.00 seconds = 596.90 MB/sec
Timing buffered disk reads: 2 MB in 4.30 seconds = 476.46 kB/sec
59
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# hdparm -c1 -d1 -X69 -A1 -a16 -m16 /dev/hda
/dev/hda:
setting fs readahead to 16
setting 32-bit IO_support flag to 1
setting multcount to 16
setting using_dma to 1 (on)
setting xfermode to 69 (UltraDMA mode5)
setting drive read-lookahead to 1 (on)
multcount = 16 (on)
IO_support = 1 (32-bit)
using_dma = 1 (on)
readahead = 16 (on)
# hdparm -Tt /dev/hda
/dev/hda:
Timing cached reads: 1200 MB in 2.00 seconds = 599.79 MB/sec
Timing buffered disk reads: 82 MB in 3.04 seconds = 26.94 MB/sec
Como se vê, com o hdparm ativo, a performance aumentou 5692
O ideal é que você faça esses testes antes e depois de modificar qualquer parâmetro, para
ter certeza de que não está fazendo uma configuração que vai prejudicar o desempenho do HD.
5.3.1 Ativando o hdparm na Inicialização do Sistema
Para utilizar o hdparm no inicialização do sistema, edite o arquivo /etc/hdparm.conf. Vá até o
final, e procure essas linhas:
#command_line {
# hdparm -d1 -a4 -m8 /dev/hda
#}
Descomente-as e coloque os parâmetros que você está utilizando. Por exemplo:
command_line {
hdparm -c1 -d1 -X69 -A1 -a16 -m16 /dev/hda
}
Caso você utilize mais de uma unidade de disco, acrescente uma linha para cada unidade.
Veja essa configuração para um HD e um drive de CD-ROM:
60
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command_line {
hdparm -c1 -d1 -X68 -A1 -a12 -m12 -S120 -m180 /dev/hda
hdparm -c1 -d1 -X66 /dev/hdc
}
Depois, estará tudo pronto e o script /etc/init.d/hdparm start será executado na inicialização
do sistema.
61
Capítulo 6
Lição 4 - Configurando o Ambiente
Gráfico
6.1 Configurando o Ambiente Gráfico
A configuração do ambiente gráfico consiste em várias etapas. Temos que configurar o ser-
vidor gráfico, responsável pelo gerenciamento da placa de vídeo, teclado e monitor, configurar
o gerenciador de login, selecionar se vamos ou não usá-lo e qua gerenciador utilizar, e por fim
escolher o ambiente gráfico padrão.
6.1.1 Configurando o Servidor Gráfico
O servidor gráfico padrão do Debian é o XFree. Para configurá-lo, usaremos o dpkg-reconfigure,
da seguinte forma:
# dpkg-reconfigure xserver-xfree86
Na primeira tela, temos que selecionar o controlador da placa de vídeo. Para saber qual usar,
utilize o seguinte comando:
# lspci | grep VGA
0000:01:00.0 VGA compatible controller: S3 Inc. VT8375 [ProSavage8 KM266/KL266]
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Como podemos ver, essa é uma placa S3, modelo ProSavage8. Vamos então selecionar o
controlador savage. Caso ele não funcione, podemos tentar o controlador s3 e, em último caso,
podemos selecionar o controlador genérico vesa.
Selecionado o controlador de vídeo, pressionamos Enter.
Na próxima tela, digitamos um nome para identificar a placa de vídeo. Isso é útil apenas se
utilizarmos mais de uma placa de vídeo no mesmo computador, o que dificilmente ocorre. Digite
um nome qualquer e pressione Enter.
A próxima tela contém instruções do que fazer na tela seguinte. Pressione Enter.
Se você estiver utilizando apenas uma placa de vídeo, deixe esse campo em branco. Caso
esteja usando mais de uma, será necessário digitar a identificação da placa que será usada na
configuração.
Para saber a BusID da sua placa de vídeo, utilize o comando já conhecido:
# lspci | grep VGA
0000:01:00.0 VGA compatible controller: S3 Inc. VT8375 [ProSavage8 KM266/KL266]
O primeiro campo corresponde à Bus ID. Basta selecionar os primeiros dígitos antes do pri-
meiro e do segundo ":". Ou seja, se o número da placa de vídeo exibido for 0000:01:00.0, você
deverá digitar PCI:0:01:0.
Raramente usam-se mais de uma placa de vídeo. Então, dificilmente esse procedimento será
necessário. Pressione Enter.
63
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Na próxima tela, somos solicitados a informar a quantidade de memória da nossa placa de
vídeo. É uma boa idéia deixar esse campo em branco, para deixar que o servidor gráfico descubra
a quantidade de memória disponível, uma vez que costumam ocorrer erros quando a quantidade
de memória é informada. Pressione Enter para ir para a próxima tela.
Aqui, temos que selecionar as regras de gerenciamento do teclado, ou Xkb rules (X keyboard
rules). Todos os teclados comumente usados no Brasil funcionam com as regras xfree86. Esse
valor já estará previamente selecionado, basta pressionar Enter.
A próxima tela dá instruções sobre como configurar o modelo de teclado. Leia atentamente
para entender qual o modelo adequado. Pressione Enter.
64
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Nessa tela, temos que selecionar o modelo de teclado utilizado. Se você utiliza um teclado
brasileiro ABNT (que possui o "ç"), coloque abnt2. Se você utiliza um teclado internacional (sem
o "ç"), coloque pc104 se ele tiver as teclas localizadas entre o Ctrl e o Alt, e pc101 se ele não tiver
essas teclas. Feita a seleção, pressione Enter.
Na tela seguinte devemos selecionar um layout de teclado, que é a maneira como as teclas
são distribuídas. Se o seu teclado seguir as regras ABNT (tiver o "ç"), coloque br. Caso contrário,
provavelmente se tratará de um teclado americano, então você deve colocar us. Em seguida,
pressione Enter.
Na próxima tela, devemos informar a variante de teclado, que fará com que o teclado escolhido
anteriormente funcione corretamente na formação de caracteres especiais. Se você utiliza um
teclado brasileiro ABNT, coloque abnt2, se usa um teclado internacional e selecionou us na tela
anterior, coloque us_intl aqui. Em seguida, pressione Enter.
65
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Na tela seguinte, são exibidas informações sobre as opções de teclado. Essas opções dizem
respeito quanto à funcionalidade das teclas de funções, como Alt, Ctrl e Alt Gr. Siga as instruções
exibidas nessa tela para fazer a sua escolha na tela seguinte, e pressione Enter.
Digite as suas opções de teclado na tela que surge. Se não quiser acionar nenhuma opção
especial, simplesmente deixe esse campo em branco. Ao final, pressione Enter.
Na próxima tela, escolha a porta em que seu mouse está ligado. Se for um mouse PS/2,
o mais comum, selecione /dev/psaux. Se for um mouse serial, geralmente a interface será a
/dev/ttyS0. Selecione a porta correspondente e pressione Enter.
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Aqui, você deve escolher o tipo do seu mouse. As opções que costumam funcionar com os
tipos mais comuns de mouse são:
• PS/2: Mouse PS/2 simples, com 2 ou 3 botões;
• ImPS/2: Mouse PS/2 com as chamadas "rodinhas";
• Microsoft: Para mouses do tipo serial.
Escolha o tipo do mouse e pressione Enter.
Na próxima tela você é perguntado sobre emular ou não um mouse de 3 botões. Se o seu
mouse possui apenas 2 botões, selecione Sim, para que você possa simular o terceiro botão
pressionando os botões direito e esquerdo simultaneamente. Se o mouse já possui 3 botões,
selecione Não, e pressione Enter.
Na tela seguinte você deve selecionar se habilita ou não os eventos de rolagem do mouse.
Selecione Sim caso o seu mouse tenha as rodinhas de rolagem (scroll), caso contrário, selecione
Não e pressione Enter.
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Em seguida, você deve especificar um nome para identificar o seu monitor. Pode ser qualquer
coisa, digite e pressione Enter.
Na seqüência, você deve informar se o seu monitor é ou não de LCD (cristal líquido). Se for,
selecione Sim, se não, selecione Não e pressione Enter.
Na próxima tela, selecione o nível de detalhes que você quer que seu monitor utilize. O modo
Simple é o modo mais simples de selecionar um conjunto de especificações de monitor, mas
pode não funcionar caso o seu monitor tenha um conjunto de especificações que não se encaixe
nos padrões exibidos. O modo Medium, recomendado para a maioria dos casos, mostra algumas
opções com um conjunto de resolução de tela e freqüência de varredura vertical para serem
selecionados. Já o modo Advanced permite que sejam especificadas manualmente todas as
especificações do monitor. Se você tem em mãos todas essas especificações, selecione o modo
Advanced. Na maioria dos casos, o modo Medium é a melhor opção. Selecione-a e pressione
Enter.
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Selecione na tela que se abre em qual padrão de resolução de vídeo e freqüência horizontal
o seu monitor se encaixa. Se você não tiver essas informações experimente a opção 800x600 @
60Hz para utilizar a resolução 800x600 ou 1024x768 @ 60Hz para utilizar a resolução 1024x768.
Ao final, pressione Enter.
Depois, selecione as resoluções de tela disponíveis para o seu monitor. Você pode escolher
qualquer resolução que não seja maior que a resolução selecionada na tela anterior. Use a barra
de espaço para marcar/desmarcar os itens. Ao final, pressione Enter.
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Na tela seguinte você deve selecionar a profundidade de cores a ser utilizada pela sua placa
de vídeo. Conforme as instruções, o valor 24 deve ser preferido, a menos que a sua placa de
vídeo não suporte esse valor. Feita a seleção, pressione Enter.
Na próxima tela são exibidas instruções sobre como proceder para fazer a seleção dos mó-
dulos do servidor X. Leia atentamente as instruções e pressione Enter.
Selecione na tela seguinte quais módulos deseja carregar. Normalmente é desejável carregar
todos os módulos, a menos que eles realmente não possam ser utilizados ou conflitem com a sua
placa de vídeo. Use a barra de espaço para marcar/desmarcar os módulos, e pressione Enter ao
final.
Na tela seguinte, selecione Sim, a menos que você queira fazer uma configuração manual e
personalizada da seção Files do arquivo de configuração do servidor X.
70
CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Por fim, na última tela, selecione Sim, a menos que você queira fazer uma configuração ma-
nual da seção DRI no arquivo de configuração do servidor X.
Feito isso, o servidor X estará configurado. Para verificar se a configuração funcionou, logue-
se como usuário comum e inicie o modo gráfico, com o startx:
$ startx
Se tudo estiver correto, o ambiente gráfico padrão será iniciado. Para retornar ao terminal,
pressione Ctrl + Alt + Backspace.
6.1.2 Configurando fontes
No modo gráfico, o modo como as fontes são exibidas pode variar conforme as configurações
do servidor gráfico. Para configurar a forma como as fontes são exibidas, execute o seguinte
comando:
# dpkg-reconfigure fontconfig
Nessa primeira tela, selecione quais fontes devem ser ajustadas para exibição na tela. Esco-
lha Native se você costuma utilizar as fontes padrão do sistema e as fontes Microsoft. Selecione
Autohinter se você costuma utilizar outras fontes TrueType. Selecione None para não ajustar a
exibição das fontes. Selecione sua opção e pressione Enter.
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Na tela seguinte você deve configurar quando deverá ser ativada a renderização de subpi-
xel. Esse recurso faz com que as fontes tenham um aspecto visual bem melhor. Entretanto, em
monitores CRT (de tubo), isso pode fazer com que apareçam imperfeições nas fontes. A reco-
mendação é que você selecione Always e, se aparecerem essas imperfeições nas fontes, volte a
essa configuração e selecione Automatic, para ativar a renderização por subpixel apenas quando
for detectado um monitor LCD (cristal líquido), ou Never, para nunca utilizar a renderização.
Por fim, selecione se você deseja utilizar fontes bitmapped por padrão. É altamente recomen-
dável você selecionar Não, uma vez que essas fontes possuem uma qualidade extremamente
inferior às das fontes do tipo outlines.
6.1.3 Selecionando o Gerenciador de Login
Gerenciadores de login são programas que permitem aos usuários logarem no sistema grafi-
camente. Por padrão, o gerenciador de login é executado automaticamente quando o sistema é
iniciado utilizando-se os níveis de execução de 2 a 5, a menos que se se altere as configurações
de algum desses níveis de execução.
Os gerenciadores de login mais conhecidos populares são 3: XDM, GDM e KDM. O XDM (X
Display Manager) é o gerenciador padrão do servidor X, bastante simples, com uma aparência
não muito agradável mas extremamente leve. O GDM (GNOME Display Manager) é o gerenciador
do ambiente gráfico GNOME, e o KDM (K Display Manager) é o gerenciador do KDE, ambos muito
bonitos e personalizáveis, mas bem mais pesados que o XDM.
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XDM
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GDM
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KDM
Para selecionar o gerenciador de login padrão, rode o seguinte comando:
# dpkg-reconfigure xdm
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Selecione o gerenciador de login e pressione Enter.
Ao invés de xdm, podemos utilizar o gdm ou o kdm, mas para isso é preciso instalá-los, caso
ainda não tenha feito:
# apt-get install gdm
# apt-get install kdm
Para usar outro gerenciador de login, basta colocar o gdm ou o kdm com o comando dpkg-
reconfigure:
# dpkg-reconfigure gdm
# dpkg-reconfigure kdm
Entretanto, é preciso ter o GDM ou o KDM instalado para usar gdm ou kdm como parâmetros
do dpkg-reconfigure.
Se você preferir não iniciar nenhum gerenciador de login, basta retirar a permissão de execu-
ção dos scripts kdm, gdm e xdm no diretório /etc/init.d/:
# cd /etc/init.d
# chmod a-x kgm gdm xdm
Ou, se tiver certeza de que não quer utilizar gerenciador de login, pode remover definitiva-
mente os scripts de inicialização:
# cd /etc/init.d
# rm gdm kdm xdm
# update-rc.d xdm remove
# update-rc.d gdm remove
# update-rc.d kdm remove
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  • 1. Instalação e Configuração do Debian 18 de abril de 2007
  • 2. Sumário I Sobre essa Apostila 3 II Informações Básicas 5 III Instalação e Configuração do Debian 10 1 Debian 11 2 Plano de ensino 12 2.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2.2 Público Alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2.3 Pré-requisitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2.4 Descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2.5 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2.6 Cronograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 2.7 Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 2.8 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 2.9 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3 Lição 1 - Instalação do Debian 14 3.1 Requisitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3.2 Começando a Instalaçao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3.3 Escolhendo os parâmetros iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 3.4 Carregando módulos e configurando a rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 3.5 Particionando o(s) disco(s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 3.6 Instalando os pacotes e rebootando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3.7 Entrando no novo sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 3.8 Configurações iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 3.9 Configurando usuários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 3.10 Instalando pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 3.11 Configurando os pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 3.12 Finalizando a instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 4 Lição 2 - Configuração do Debian 36 4.1 Configuração do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 4.2 Ferramenta de Configuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 4.3 Inicialização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 1
  • 3. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF 4.3.1 Nível de Execução Padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 4.3.2 Scripts de Inicialização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 4.4 Configurações Regionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 4.4.1 Idioma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 4.4.2 Layout de Teclado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 4.4.3 Data e Hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 4.5 Variáveis de Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 4.5.1 Tipos de Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 4.5.2 Visualizando o Valor de Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 4.5.3 Criando e Alterando Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 4.5.4 Removendo Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 4.5.5 Arquivos de Configuração de Variáveis de Ambiente . . . . . . . . . . . . . . 50 4.6 Configurando o Prompt de Comandos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 4.6.1 Personalizando Comandos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 5 Lição 3 - Unidades de Disco 52 5.1 Configurando as Unidades de Disco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 5.1.1 Instalando o hdparm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 5.1.2 Obtendo e Analisando Informações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 5.1.3 Configurando a Unidade de Disco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 5.2 Ajuste Acústico e o Gerenciamento de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 5.3 Testando o Desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 5.3.1 Ativando o hdparm na Inicialização do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 6 Lição 4 - Configurando o Ambiente Gráfico 62 6.1 Configurando o Ambiente Gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 6.1.1 Configurando o Servidor Gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 6.1.2 Configurando fontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 6.1.3 Selecionando o Gerenciador de Login . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 2
  • 4. Parte I Sobre essa Apostila 3
  • 5. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Conteúdo O conteúdo dessa apostila é fruto da compilação de diversos materiais livres publicados na in- ternet, disponíveis em diversos sites ou originalmente produzido no CDTC em http://www.cdtc.org.br. O formato original deste material bem como sua atualização está disponível dentro da licença GNU Free Documentation License, cujo teor integral encontra-se aqui reproduzido na seção de mesmo nome, tendo inclusive uma versão traduzida (não oficial). A revisão e alteração vem sendo realizada pelo CDTC (suporte@cdtc.org.br) desde outubro de 2006. Críticas e sugestões construtivas são bem-vindas a qualquer tempo. Autores A autoria deste é de responsabilidade de Carlos Augusto Lima Borges (caugusto@cdtc.org.br) . O texto original faz parte do projeto Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento, que vem sendo realizado pelo ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação) em conjunto com outros parceiros institucionais, atuando em conjunto com as universidades federais brasileiras que tem produzido e utilizado Software Livre, apoiando inclusive a comunidade Free Software junto a outras entidades no país. Informações adicionais podem ser obtidas através do email ouvidoria@cdtc.org.br, ou da home page da entidade, através da URL http://www.cdtc.org.br. Garantias O material contido nesta apostila é isento de garantias e o seu uso é de inteira responsabi- lidade do usuário/leitor. Os autores, bem como o ITI e seus parceiros, não se responsabilizam direta ou indiretamente por qualquer prejuízo oriundo da utilização do material aqui contido. Licença Copyright ©2006, Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (cdtc@iti.gov.br) . Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms of the GNU Free Documentation License, Version 1.1 or any later version published by the Free Software Foundation; with the Invariant Chapter being SOBRE ESSA APOS- TILA. A copy of the license is included in the section entitled GNU Free Documentation License. 4
  • 7. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Sobre o CDTC Objetivo Geral O Projeto CDTC visa a promoção e o desenvolvimento de ações que incentivem a dissemina- ção de soluções que utilizem padrões abertos e não proprietários de tecnologia, em proveito do desenvolvimento social, cultural, político, tecnológico e econômico da sociedade brasileira. Objetivo Específico Auxiliar o Governo Federal na implantação do plano nacional de software não-proprietário e de código fonte aberto, identificando e mobilizando grupos de formadores de opinião dentre os servidores públicos e agentes políticos da União Federal, estimulando e incentivando o mercado nacional a adotar novos modelos de negócio da tecnologia da informação e de novos negócios de comunicação com base em software não-proprietário e de código fonte aberto, oferecendo treinamento específico para técnicos, profissionais de suporte e funcionários públicos usuários, criando grupos de funcionários públicos que irão treinar outros funcionários públicos e atuar como incentivadores e defensores de produtos de software não proprietários e código fonte aberto, ofe- recendo conteúdo técnico on-line para serviços de suporte, ferramentas para desenvolvimento de produtos de software não proprietários e de seu código fonte livre, articulando redes de terceiros (dentro e fora do governo) fornecedoras de educação, pesquisa, desenvolvimento e teste de pro- dutos de software livre. Guia do aluno Neste guia, você terá reunidas uma série de informações importantes para que você comece seu curso. São elas: • Licenças para cópia de material disponível • Os 10 mandamentos do aluno de Educação a Distância • Como participar dos foruns e da wikipédia • Primeiros passos É muito importante que você entre em contato com TODAS estas informações, seguindo o roteiro acima. Licença Copyright ©2006, Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (cdtc@iti.gov.br). 6
  • 8. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos da Licença de Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior públicada pela Free Software Foundation; com o Capitulo Invariante SOBRE ESSA APOSTILA. Uma cópia da licença está inclusa na seção entitulada "Licença de Docu- mentação Livre GNU". Os 10 mandamentos do aluno de educação online • 1. Acesso à Internet: ter endereço eletrônico, um provedor e um equipamento adequado é pré-requisito para a participação nos cursos a distância. • 2. Habilidade e disposição para operar programas: ter conhecimentos básicos de Informá- tica é necessário para poder executar as tarefas. • 3. Vontade para aprender colaborativamente: interagir, ser participativo no ensino a distân- cia conta muitos pontos, pois irá colaborar para o processo ensino-aprendizagem pessoal, dos colegas e dos professores. • 4. Comportamentos compatíveis com a etiqueta: mostrar-se interessado em conhecer seus colegas de turma respeitando-os e fazendo ser respeitado pelo mesmo. • 5. Organização pessoal: planejar e organizar tudo é fundamental para facilitar a sua revisão e a sua recuperação de materiais. • 6. Vontade para realizar as atividades no tempo correto: anotar todas as suas obrigações e realizá-las em tempo real. • 7. Curiosidade e abertura para inovações: aceitar novas idéias e inovar sempre. • 8. Flexibilidade e adaptação: requisitos necessário à mudança tecnológica, aprendizagens e descobertas. • 9. Objetividade em sua comunicação: comunicar-se de forma clara, breve e transparente é ponto - chave na comunicação pela Internet. • 10. Responsabilidade: ser responsável por seu próprio aprendizado. O ambiente virtual não controla a sua dedicação, mas reflete os resultados do seu esforço e da sua colaboração. Como participar dos fóruns e Wikipédia Você tem um problema e precisa de ajuda? Podemos te ajudar de 2 formas: A primeira é o uso dos fóruns de notícias e de dúvidas gerais que se distinguem pelo uso: . O fórum de notícias tem por objetivo disponibilizar um meio de acesso rápido a informações que sejam pertinentes ao curso (avisos, notícias). As mensagens postadas nele são enviadas a 7
  • 9. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF todos participantes. Assim, se o monitor ou algum outro participante tiver uma informação que interesse ao grupo, favor postá-la aqui. Porém, se o que você deseja é resolver alguma dúvida ou discutir algum tópico específico do curso. É recomendado que você faça uso do Forum de dúvidas gerais que lhe dá recursos mais efetivos para esta prática. . O fórum de dúvidas gerais tem por objetivo disponibilizar um meio fácil, rápido e interativo para solucionar suas dúvidas e trocar experiências. As mensagens postadas nele são enviadas a todos participantes do curso. Assim, fica muito mais fácil obter respostas, já que todos podem ajudar. Se você receber uma mensagem com algum tópico que saiba responder, não se preocupe com a formalização ou a gramática. Responda! E não se esqueça de que antes de abrir um novo tópico é recomendável ver se a sua pergunta já foi feita por outro participante. A segunda forma se dá pelas Wikis: . Uma wiki é uma página web que pode ser editada colaborativamente, ou seja, qualquer par- ticipante pode inserir, editar, apagar textos. As versões antigas vão sendo arquivadas e podem ser recuperadas a qualquer momento que um dos participantes o desejar. Assim, ela oferece um ótimo suporte a processos de aprendizagem colaborativa. A maior wiki na web é o site "Wikipé- dia", uma experiência grandiosa de construção de uma enciclopédia de forma colaborativa, por pessoas de todas as partes do mundo. Acesse-a em português pelos links: • Página principal da Wiki - http://pt.wikipedia.org/wiki/ Agradecemos antecipadamente a sua colaboração com a aprendizagem do grupo! Primeiros Passos Para uma melhor aprendizagem é recomendável que você siga os seguintes passos: • Ler o Plano de Ensino e entender a que seu curso se dispõe a ensinar; • Ler a Ambientação do Moodle para aprender a navegar neste ambiente e se utilizar das ferramentas básicas do mesmo; • Entrar nas lições seguindo a seqüência descrita no Plano de Ensino; • Qualquer dúvida, reporte ao Fórum de Dúvidas Gerais. Perfil do Tutor Segue-se uma descrição do tutor ideal, baseada no feedback de alunos e de tutores. O tutor ideal é um modelo de excelência: é consistente, justo e profissional nos respectivos valores e atitudes, incentiva mas é honesto, imparcial, amável, positivo, respeitador, aceita as idéias dos estudantes, é paciente, pessoal, tolerante, apreciativo, compreensivo e pronto a ajudar. 8
  • 10. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF A classificação por um tutor desta natureza proporciona o melhor feedback possível, é crucial, e, para a maior parte dos alunos, constitui o ponto central do processo de aprendizagem.’ Este tutor ou instrutor: • fornece explicações claras acerca do que ele espera, e do estilo de classificação que irá utilizar; • gosta que lhe façam perguntas adicionais; • identifica as nossas falhas, mas corrige-as amavelmente’, diz um estudante, ’e explica por- que motivo a classificação foi ou não foi atribuída’; • tece comentários completos e construtivos, mas de forma agradável (em contraste com um reparo de um estudante: ’os comentários deixam-nos com uma sensação de crítica, de ameaça e de nervossismo’) • dá uma ajuda complementar para encorajar um estudante em dificuldade; • esclarece pontos que não foram entendidos, ou corretamente aprendidos anteriormente; • ajuda o estudante a alcançar os seus objetivos; • é flexível quando necessário; • mostra um interesse genuíno em motivar os alunos (mesmo os principiantes e, por isso, talvez numa fase menos interessante para o tutor); • escreve todas as correções de forma legível e com um nível de pormenorização adequado; • acima de tudo, devolve os trabalhos rapidamente; 9
  • 11. Parte III Instalação e Configuração do Debian 10
  • 12. Capítulo 1 Debian Aqui você encontra um tutorial passo-a-passo para instalção e configuração do sistema ope- racional Debian GNU/Linux e ainda tem um espaço para perguntar aos monitores. O curso, com base na distribuição Debian, começa na Segunda-Feira e termina no Domingo. Todo o conteúdo do curso estará visível somente a partir da data de início. Para começar o curso você deve ler o Guia do aluno a seguir. 11
  • 13. Capítulo 2 Plano de ensino 2.1 Objetivo Mostrar ao usuário como proceder para instalar o sistema operacional Debian GNU/Linux em seu computador pessoal e oferecer uma forma de retirar suas dúvidas on-line. 2.2 Público Alvo Usuários finais ou novatos que desejam migrar os seus sistemas operacionais proprietários para software livre ou que acabaram de adquirir um computador sem sistema operacional insta- lado. 2.3 Pré-requisitos O usuário deve saber operar um microcomputador e ter conhecimetos básicos de hardware. 2.4 Descrição O curso será realizado na modalidade Educação a Distância e utilizará a Plataforma Moodle como ferramenta de aprendizagem. O curso tem duração de uma semana está contido em um livro on-line que mostra todo o processo de instalação passo-a-passo. O material didático estará disponível on-line de acordo com as datas pré-estabelecidas no cronograma. A versão do Debian adotada para este tutorial é a Sarge 3.1r1. Caso possua outra versão, podem ocorrer diferenças com relação a este material. 2.5 Metodologia O curso está dividido da seguinte maneira: 2.6 Cronograma • Leitura do Livro on-line "Instalação passo-a-passo" 12
  • 14. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF • Avaliação de aprendizagem • Avaliação do curso O livro "Instalação passo-a-passo"cobre todo o processo de instalação do sistema operacional de forma que, ao final da atividade, você tenha condições de instalar Debian GNU/Linux em uma máquina nova e deixá-la funcional. Ao final do curso haverá uma avaliação para verificar seu apredizado. O material didático estará disponível para consulta. Aconselhamos a leitura da "Ambientação do Moodle"para que você conheça a plataforma de Ensino a Distância, evitando dificuldades advindas do "desconhecimento"sobre a mesma. Os instrutores estarão a sua disposição ao longo de todo curso. Qualquer dúvida deverá ser enviada no fórum. Diariamente os monitores darão respostas e esclarecimentos. 2.7 Programa O curso oferecerá o seguinte conteúdo: • Instalação e configuração do Debian GNU/Linux Requisitos Configurações básicas Particionamento de disco Instalação dos pacotes principais 2.8 Avaliação Toda a avaliação será feita on-line. Aspectos a serem considerados na avaliação: • Iniciativa e autonomia no processo de aprendizagem e de produção de conhecimento; • Capacidade de pesquisa e abordagem criativa na solução dos problemas apresentados. Instrumentos de avaliação: • Participação ativa nas atividades programadas. • Avaliação ao final do curso. • O participante fará várias avaliações referente ao conteúdo do curso. Para a aprovação e obtenção do certificado o participante deverá obter nota final maior ou igual a 6.0 de acordo com a fórmula abaixo: • Nota Final = ((ML x 7) + (AF x 3)) / 10 = Média aritmética das lições • AF = Avaliações 2.9 Bibliografia • Site oficial: http://www.debian.org • Site oficial (BR): http://www.debian.org.br 13
  • 15. Capítulo 3 Lição 1 - Instalação do Debian 3.1 Requisitos Vamos começar este curso assumindo que você tenha comprado um computador novo sem sistema operacional ou que você quer se livrar do seu sistema operacional antigo, trocando-o por algo mais robusto. Nosso foco não será a instalação de uma máquina com dual boot (ou seja, que tem dois sistemas operacionais instalados e a opção de escolher qual deles você irá iniciar ao ligar a máquina). Para tal tarefa, existem milhares de tutoriais disponiveis na Internet que podemos indicar caso haja interesse. Aqueles que têm um sistema operacional instalado e querem mudar para o Debian terão que tomar alguns cuidados. São eles: fazer um backup (cópia) dos arquivos pessoais em mídia re- movível (disquete, cd ou dvd) antes de realizar a instalação pois o disco será totalmente apagado e todos os dados serão perdidos. Verifique quais componentes de hardware você tem instalados (placas, cameras, disposistivos) e se eles são suportados pelo sistema operacional que será ins- talado (veja http://www.tldp.org/HOWTO/Hardware-HOWTO). Caso haja algum componente não suportado não se desespere. Alguns dispositivos, apesar de não serem suportados diretamente no kernel, têm um módulo proprietário que permite seu correto funcionamento no sistema. Esses casos raros poderão ser tratados no fórum diretamente com os monitores. 3.2 Começando a Instalaçao Bom, agora é o momento de colocar a mão na massa. Se você tem em mãos o cd de instala- ção do Debian Sarge coloque-o no drive leitor de cd-rom, se não , baixe a imagem iso de algum dos mirrors disponíveis em http://www.debian.org/CD/http-ftp/#stable e queime um cd com ela. Dependendo de como está configurada a sua BIOS, você não conseguirá dar boot pelo cd-rom. Para verificar como está a sequência de boot, pressione <F1>, <F2> ou <DEL> de acordo com o modelo da sua placa-mãe. Dando o boot pelo cd você verá esta tela: 14
  • 16. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Para começar a instalação imediatamente usando o kernel 2.4, aperte <ENTER>. O reco- mendado é que você utilize o kernel 2.6 que tem suporte a dispositivos de hardware mais novos. Para tal, digite linux26 e tecle <ENTER>. Você pode ver mais opções de inicialização do kernel apertando as teclas <F3> a <F9>. 3.3 Escolhendo os parâmetros iniciais Na tela a seguir, escolha a linguagem que será utilizada na instalação e que será padrão no seu sistema. 15
  • 17. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Agora escolha o tipo teclado que você está utilizando. Os dois tipos mais comuns no Brasil são o ABNT2 (com cedilha) e o Americano (sem cedilha). 3.4 Carregando módulos e configurando a rede Nesse momento o instalador carregará automaticamente os módulos que julgar necessários para o seu hardware e tentará configurar sua rede via DHCP. 16
  • 18. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Caso não haja um servidor DHCP em sua rede, você deverá configurar a conexão manual- mente com os dados que lhe forem passados pelo administrador de rede ou pelo seu provedor de Internet. 17
  • 19. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF 18
  • 20. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF 19
  • 21. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Agora você deverá informar um nome para a máquina. Hipoteticamente, se você tiver dois computadores em casa, um na sala e um na cozinha, você poderá chamá-los de televisor e geladeira, respectivamente. Pronto! A rede está configurada. Obs.: Se você tiver uma conexão ADSL com modem em modo bridge, deixe a rede desconfi- gurada que ao dar o boot no sistema instalado haverá uma opção para configurá-lo. 3.5 Particionando o(s) disco(s) Agora vamos particionar o disco rígido e criar o sistema de arquivos no formato ext3 (padrão do Debian GNU/Linux). 20
  • 22. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Você tem três opções para determinar quanto espaço do seu hd será utilizado para o sistema: apagar tudo o que houver no disco, usar todo o espaço disponível ou editar as partições manu- almente. Como a última opção exige um pouco mais de experiência, só veremos aqui as duas primeiras. Esta é a tela que vai aparecer para você: A primeira opção usará todo o espaço não particionado do disco rígido. Caso não haja espaço, esta opção não será mostrada. Para abrir um espaço não particionado, basta remover uma das partições que não estiver sendo utilizada. Já a segunda opção apagará todo o conteúdo do disco e eliminará quaisquer partições existentes, portanto, tome CUIDADO! Se houver algum dado importante no disco assegure-se que eles sejam salvos antes deste processo. Qualquer que seja a sua escolha, esta será a próxima tela: Vamos ver o que significa cada um desses esquemas de partionamento: • Todos os arquivos em uma única partição é auto-explicativo. Significa que todos os ar- quivos estarão em um mesmo espaço lógico, como acontece com a maioria dos sistemas operacionais voltados para usuários domésticos. • Máquina Destop vai criar partições de tamanhos variados com grande parte do disco alo- cado para programas (/usr). Recomendado para máquinas com não mais do que três usuá- rios. • Estação de trabalho multi-usuário vai alocar a maior parte do disco para a partição /home (onde ficam os diretórios dos usuários). Recomendado para máquinas utilizadas por mais de três pessoas. Agora que você já sabe qual dessas opções melhor se adequa ao seu caso, vamos em frente. 21
  • 23. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Agora você vai ver uma tela como essa: O particionamento automático cria no mínimo duas partições. Uma delas é o sistema de arquivos propriamente dito, formatado com ext3, onde ficarão os arquivos do sistema operacional. Na figura acima, ele está sendo mostrado com o ponto de montagem "/", que é a raiz do sistema. A outra partição é o espaço de troca, também chamado de swap. Mais conhecido como memória virtual, é um espaço em disco que substitui a memória RAM quando esta está sendo totalmente utilizada. Devido a diferença de velocidade desses dispositivos, a utilização excessiva do swap pode deixar a máquina extremamente lenta. Dependendo do esquema de particionamento que você escolher, o particionador pode criar outras partições tais como: • /var - onde ficam armazenados os dados variáveis (ex: banco de dados, arquivos do servidor web, cache do apt-get, etc) • /usr - diretório onde são instalados os programas e arquivos de uso comum para todos os usuários. • /home - neste diretório ficam as pastas pessoais de cada usuário, onde só ele tem permis- são para escrever. • /tmp - lugar para armazenar dados temporários (ex: arquivos baixados da Internet) • /boot - diretório que armazena o kernel e arquivos de configuração do gerenciador de boot • /etc - lugar onde ficam guardados os arquivos de configuração dos programas instalados. 22
  • 24. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF • /lib - neste diretório ficam as bibliotecas do sistema e algumas bibliotecas utilizadas pelos programas instalados. Caso você tenha decidido fazer o particionamento manual, por sua conta e risco, aconselho a deixar os seguintes espaços para as partições: swap - o dobro da quantidade de memória RAM instalada / - 512 MB /var - 10% do espaço livre /usr - 40% do espaço livre (não deve ser menor do que 1GB) /tmp - 10% do espaço livre /home - 30% do espaço livre (não deve ser menor do que 1GB) Finalizadas as modificações, grave as mudanças no disco, clicando em "Finalizar o particio- namento e gravar as mudanças no disco". Após confirmar a gravação das mudanças no disco, o instalador irá criar e formatar as parti- ções e passar para o próximo passo: a instalação dos pacotes. 3.6 Instalando os pacotes e rebootando Nesta etapa, que pode demorar dependendo da velocidade do seu computador, serão copia- dos para o disco rígido os arquivos essenciais do sistema e alguns pacotes do Debian. 23
  • 25. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF O próximo passo é confirmar a instalação do gerenciador de boot GRUB no registro de iniciali- zação do HD (mais conhecido como MBR). Com o GRUB instalado você poderá, posteriormente, configurar o boot para mais de um sistema operacional instalado na mesma máquina. Pronto! Mais uma etapa concluída. Pressione "Continuar"para queo micro seja reiniciado e entre no seu sistema Debian GNU/Linux recém-instalado. 24
  • 26. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF 3.7 Entrando no novo sistema Quando o computador reiniciar você verá a tela de inicialização do GRUB. Nela você poderá escolher entre a inicialização normal ou o modo seguro (recovery mode) do Debian. Caso você configure, posteriormente, o boot para outro sistema operacional, ele aparecerá na lista abaixo como mais uma opção. Ao escolher a primeira opção você verá uma tela como esta: 25
  • 27. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Não se assuste com esse monte de letrinhas passando. A inicialização do Debian é bem transparente. Em outras palavras, mostra tudo o que está acontecendo. Você pode mudar isso recompilando o kernel com algumas opções gráficas. 3.8 Configurações iniciais Você acabou de entrar no seu novo sistema operacional. A primeira coisa a fazer agora é configurar o fuso horário. A menos que você esteja no meridiano de Greenwich, você deverá responder "Não"na tela abaixo. 26
  • 28. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Nesta tela escolha o fuso horário que melhor se adeque à sua região no Brasil. 3.9 Configurando usuários O próximo passo é colocar uma senha para o usuário ’root’. Essa senha será sempre requisi- tada quando você for realizar uma atividade administrativa. 27
  • 29. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Na próxima etapa você vai criar uma conta de usuário sem poderes de administrador. Essa conta é importante para aumentar a segurança do sistema. Utilizar uma conta de administrador para atividades de usuário básico pode causar danos sérios ao sistema como apagar um arquivo de configuração ou um programa essencial sem querer. Utilize a conta de root (administador) apenas quando isto for necessário, por exemplo, quando for instalar um programa novo, quando for configurar um serviço, etc. 3.10 Instalando pacotes Agora é hora de escolher quais pacotes básicos serão instalados no sistema. Se você estiver utilizando o CD 1 da instalação completa do Debian, você poderá escolher entre configurar o apt (gerenciador de pacotes) para usar os programas do CD ou baixá-los através de uma conexão com a Internet. Caso você esteja instalando através do CD netinst (instalação via rede) será obrigatório configurar um repositório HTTP ou FTP. 28
  • 30. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Se você escolher HTTP ou FTP, será mostrada uma lista de países na qual você deverá escolher o Brasil. A próxima tela mostrará uma lista de mirrors disponíveis no Brasil. Escolha um. Os mais recomendados são ftp.br.debian.org, www.las.ic.unicamp.br e linorg.usp.br. O próximo passo será escolher as coleções de softwares a serem instaladas. Para usuário doméstico, basta selecionar Ambiente Desktop. Para aqueles que desejarem prover serviços, podem selecionar os servidores que forem utilizar. A instalação de pacotes por esta ferramenta não é obrigatória. Depois você poderá instalar os mesmos pacotes utilizando ferramentas como o apt, o aptitude ou o synaptic. Após pressionar OK você verá uma tela preta com o nome de todos os pacotes que serão instalados. Aguarde até que todos sejam baixados da Internet ou do CD. 29
  • 31. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Quando todos os pacotes estiverem prontos para serem instalados, será hora de configurar os parâmetros da instalação. 3.11 Configurando os pacotes Nesta etapa, serão feitas várias perguntas sobre as configurações dos programas instalados, entre eles o Xserver (Ambiente Gráfico). Você deverá selecionar a opção padrão na grande maioria das perguntas, a não ser que saiba exatamente o que está fazendo ou que haja uma indicação para tal neste material. O primeiro passo é escolher o driver adequado para a sua placa de vídeo. Alguns drivers mais comuns são "nv"para placas NVidia, "sis"para placas SiS e "i810"para placas Intel. Caso a sua placa não seja uma destas e você não encontre um driver para ela na lista, tente o driver vesa. Este é um driver genérico que usa apenas os recursos mais simples da placa. Certamente, você não conseguirá uma boa resolução com ele mas já poderá começar a utilizar o ambiente gráfico enquanto procura o driver adequado. 30
  • 32. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF A partir daqui, escolha sempre a opção padrão a menos que você tenha certeza da mudança que vai fazer. 31
  • 33. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF 32
  • 34. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Na configuração do Exim (agente de transporte de mensagens ou, em outras palavras, ser- vidor de e-mail), quando for perguntado para qual usuário as mensagens remetidas para o root devem ser encaminhadas, coloque o usuário que você criou no momento da instalação. 3.12 Finalizando a instalação Após configurar e instalar todos os pacotes, você cairá nessa tela: 33
  • 35. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Selecione "Pós-configurar parâmetros relacionados ao idioma"para ajustar o idioma do sis- tema com as configurações dos novos pacotes instalados. Depois, selecione "Finalizar a configu- ração do sistema básico". Você verá uma tela como essa: Pressionando <ENTER> , você verá a tela de login do terminal e poderá entrar no sistema pela primeira vez, digitando seu usuário e senha. 34
  • 36. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Para iniciar o ambiente gráfico, digite "startx". No próximo boot, ele deverá iniciar automatica- mente. Pronto! Seu novo sistema operacional Debian está instalado. 35
  • 37. Capítulo 4 Lição 2 - Configuração do Debian 4.1 Configuração do Sistema A configuração dos sistemas GNU/Linux é realizada de diversas formas, dependendo da dis- tribuição a ser utilizada. As diferenças entre as diversas distribuições estão justamente nas ferra- mentas de configuração de cada sistema. Dessa forma, o procedimento para configurar a rede no Debian é diferente daquele usado no Slackware, no Fedora e no SuSE, por exemplo. Sempre existirão os métodos universais, ou seja, os métodos que funcionam em qualquer distribuição, mas eles geralmente são mais demorados, menos práticos, o que quase sempre leva o administrador a fazer uso das ferramentas inclusas na sua distribuição. Veremos aqui como fazer a configuração básica de um sistema Debian GNU/Linux, mostrando as suas ferramentas de configuração, e como fazer uso delas. 4.2 Ferramenta de Configuração O programa que abordaremos para configurar os programas no Debian é o debconf. Para executarmos ele basta utilizarmos o comando dpkg-reconfigure seguido, neste caso, de debconf. Lembre-se deste comando, pois no decorrer do curso usaremos o dpkg-reconfigure sempre que precisarmos reconfigurar algum programa. Para configurar o debconf, procedemos da seguinte forma: # dpkg-reconfigure debconf 36
  • 38. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Na primeira tela, devemos selecionar qual interface o debconf deve utilizar. As opções são as seguintes: • Dialog: Interface modo texto, com janelas e seleção de opções através dos direcionais; • Readline: Interface em modo texto puro, onde as mensagens são exibidas num terminal e você tem que digitar as opções desejadas; • Gnome: Utiliza janelas gráficas do GNOME. Isso torna o debconf mais lento, porém mais bonito, e pode-se utilizar o mouse para escolher entre as opções; • KDE: Modo gráfico do KDE, possui os mesmos recursos do modo GNOME, com aparência diferenciada, entretanto; • Editor: Nesse modo, o debconf permite que o usuário edite as opções através de um editor de textos. Esse modo deve ser usado somente por especialistas que conhecem muito bem os procedimentos de alteração dos muitos arquivos de configuração do sistema; • Não Interativa: Nesse modo, o debconf não faz qualquer pergunta ao usuário, instalando os pacotes utilizando sempre as opções padrões. Recomendado para sistemas em que o(s) usuário(s) não entendem praticamente nada sobre o sistema. O padrão utilizado é o Dialog, por ser leve e intuitivo. Após selecionar a opção desejada, a próxima tela é a seguinte. 37
  • 39. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Agora temos que selecionar a prioridade das mensagens exibidas pelo debconf. Quanto menor a prioridade, mais mensagens serão exibidas, e maior será a capacidade de configuração que o debconf vai oferecer. Se você for um usuário avançado ou um administrador de sistema, com certeza vai preferir usar a prioridade baixa. Feito isso, o debconf estará configurado. 4.3 Inicialização 4.3.1 Nível de Execução Padrão O Debian vem configurado por padrão para iniciar usando o modo 2. Para mudar o nível de execução padrão, basta editar o arquivo /etc/inittab e modificar a seguinte linha: id:2:initdefault: Substitua o número exibido pelo número do nível de execução desejado na inicialização do sistema. Por exemplo: id:3:initdefault: Fará o sistema iniciar no modo 3. textbfObs.: nunca, em hipótese alguma, coloque os números 0 ou 6, do contrário o sistema não poderá ser inicializado. 4.3.2 Scripts de Inicialização Os scripts de inicialização ficam alojados no diretório /etc/init.d/. Para fazer com que um de- terminado script não seja executado durante a inicialização do sistema, basta retirar a permissão de execução do processo em questão. Considere os seguintes processos na inicialização: $ ls /etc/rcS.d README S10checkroot.sh S35mountall.sh S40hostname.sh S02mountvirtfs S18hwclockfirst.sh S36discover S40hotplug 38
  • 40. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF S04udev S18ifupdown-clean S36mountvirtfs S40networking S05bootlogd S20module-init-tools S36udev-mtab S43portmap S05initrd-tools.sh S20modutils S38pppd-dns S45mountnfs.sh S05keymap.sh S30checkfs.sh S39dns-clean S48console-screen.sh S07hdparm S30procps.sh S39ifupdown S50hwclock.s S55bootmisc.sh S55urandom S70nviboot S70xfree86-common S75sudo Suponha que você não esteja utilizando nenhum dispositivo de rede no seu computador e que portanto não precise inicializar nenhum processo de rede. Podemos, então, desativar a inialização dos processos ifupdown-clean, pppd-dns, dns-clean, ifupdown, networking, portmap e mountnfs. Para isso, fazemos o seguinte: # cd /etc/init.d # chmod a-x ifupdown-clean pppd-dns ifupdown networking portmap mountnfs E pronto. Esse processos não serão mais executados na inicialização. Você pode fazer a mesma coisa para os outros modos de execução, bastando para isso ver a lista de processos existentes nos diretórios rc*.d (troque * pelo número do nível de execução correspondente). 4.4 Configurações Regionais 4.4.1 Idioma Como vimos no processo de instalação, o Debian suporta dezenas de idiomas, incluindo o português do Brasil. Para selecionarmos o idioma padrão utilizado pelo sistema, temos que configurar o pacotes locales, da seguinte forma: # dpkg-reconfigure locales O debconf será chamado, e exibido de acordo com as suas configurações. No nosso caso, estamos utilizando o modo Dialog, com prioridade de mensagens baixa. 39
  • 41. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Na primeira tela, navegamos pela lista e selecionamos quais os idiomas (locales) queremos gerar. Nesse exemplo, escolhemos o idioma português Brasileiro (pt_BR), nas codificações de caracteres Ocidental (ISO 8859-1) e Unicode (UTF-8). Selecionados os locales, pressionamos Enter, e somos direcionados para a próxima tela, onde selecionamos qual dos locales gerados será utilizado no sistema, e pressionamos Enter. Generating locales... pt_BR.ISO-8859-1... done pt_BR.UTF-8... done Generation complete. 4.4.2 Layout de Teclado O layout de teclado deve ser configurado para que as teclas funcionem corretamente. No GNU/Linux, deve-se configurar o layout de teclado para o terminal (modo texto) e para o modo gráfico em processos separados. Para configurar o teclado para o modo texto, rodamos o comando: # dpkg-reconfigure console-data Nessa primeira tela, temos a descrição de todas as opções que serão fornecidas na próxima tela. Pressione Enter para prosseguir na configuração do teclado. 40
  • 42. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Aqui, selecionamos o método utilizado para selecionar o mapa de teclado. Selecione o último método para escolher o mapa de teclado de uma lista completa e pressione Enter. Na próxima tela teremos que selecionar o mapa de teclado a ser utilizado. No Brasil, os teclados mais comuns são: • ABNT 2: é o teclado que possui "ç", o mais comum. Para escolhê-lo, selecione a opção pc / qwerty / Brazilian / Brazilian ABNT2; • Estados Unidos Internacional: Padrão americano, esse teclado não possui o "ç". Para usá-lo, selecione a opção pc / qwerty / US american / US Internacional (ISO 8859-1). Observação: a opção qwerty é a seqüência de teclas da esquerda para direita que determina o mapa do seu teclado. Verifique se o seu teclado possui esta seqüência iniciando pela letra Q. Selecione o mapa correpondente e pressionamos Enter: Looking for keymap to install: us-intl.iso01 4.4.3 Data e Hora A data é uma informação muito importante em sistemas de informação. Servidores costumam ter muitas tarefas agendadas para serem executadas automaticamente em determinado horário, o que exige que a data e o hora estejam configurados corretamente. No GNU/Linux, essas informações só podem ser alteradas pelo administrador do sistema. A justificativa para isso é a segurança. 41
  • 43. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Imagine um computador que tenha um sistema de backup agendado para executar todos os dias às 10:00. Imagine agora que um usuário descuidado altere o horário do sistema, adiantando- o em 5 horas, de forma que, quando o computador for ligado todo dia às 7:00, ele estará marcando 12:00, de forma que o sistema de backup nunca vai entrar em funcionamento, inutilizando-o. O mesmo poderia acontecer para uma tarefa configurada em determinado dia do mês. Se um usuário adiantasse o calendário para uma data posterior à da execução da tarefa, esta não seria executada. Entendido isso, vejamos como manipular data e hora. Visualizando Data e Hora O comando utilizado para ver e manipular data e hora no sistema GNU/Linux é o date. Sintaxe # date [opções] +[formatação] Para visualizar a data e a hora atual do sistema no formato padrão, utilizamos: $ date Qua Abr 5 11:00:14 BRT 2006 São exibidos dia da semana, mês, dia, hora, fuso horário e ano. Se quisermos que a data seja exibida num formato diferente, podemos personalizá-lo, utilizando o parâmetro +[formatação]. Para isso, temos que conhecer a seguinte tabela de valores: • %Y: Ano corrente, com 4 dígitos; • %m: Mês corrente, em formato numérico; • %d: Dia do mês corrente (01 a 31); • %H: Hora atual, formato 24 horas (00 a 23); • %M: Minuto atual; • %S: Segundo atual; • %y: Ano corrente, com 2 dígitos; • %b: Mês corrente, por extenso, abreviado (Jan, Fev, Mar...); • %B: Mês corrente, por extenso (Janeiro, Fevereiro, Março); • %a: Dia da semana, por extenso, abreviado (Seg, Ter, Qua...); • %A: Dia da semana, por extenso (Segunda, Terça, Quarta...); • %C: Século atual (00 a 99); • %k: Hora atual, formato 24 horas, sem 0 à esquerda (0 a 23); • %I: Hora atual, formato 12 horas (01 a 12); • %l: Hora atual, formato 12 horas, sem 0 à esquerda (1 a 12); • %N: Nanossegundos (1 ns = 1 bilionésimo de segundo); • %e: Dia do mês corrente, sem zero à esquerda (1 a 31); • %j: Dia do ano atual (001 a 366); 42
  • 44. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF • %w: Dia da semana, em formato numérico, com 0 represetando o domingo; • %U: Número semanas completas no ano (00 a 53); • %s: Número de segundos passados desde 1 de janeiro de 1970. Basta combinar esses valores para compôr um formato de exibição de data e hora personali- zado. Veja esses exemplos: $ date +"Hoje é %A, %e de %B de %Y" Hoje é quarta, 5 de abril de 2006 $ date +"%d/%M/%Y %H:%M:%S" 05/01/2006 11:01:15 $ date +%d-%M-%y 05-01-06 Alterando Data e Hora O método principal de modificar data e hora é o seguinte: # date [mês][dia][hora][minuto][ano] Assim, para configurar data e hora do sistema para "24 de Março de 2005, 10:56 h", o co- mando fica: # date 040511022006 Lembrando que: • 04: Mês (Abril); • 05: Dia; • 1102: 11:02 hs; • 2006: Ano. Para alterar somente o horário, podemos utilizar o parâmetro -s, da seguinte forma: # date -s "11:02" Isso ajusta o horário para 11:02 hs. Não se esqueça que o sistema marca o horário no formato 24 horas. Logo, se quiser mudar o horário para 5 da tarde, escreva "17:00". Outras Funções do Comando date Podemos utilizar a opção -r para ver a data de modificação de um determinado arquivo, da seguinte forma: $ date -r /home/christiano/wget-log Qui Mar 24 10:19:39 AMT 2005 Para visualizar a data dos dias anterior e posterior ao atual, utilizamos o parâmetro -d, da seguinte forma: $ date -d yesterday Ter Abr 4 11:08:38 BRT 2006 $ date -d tomorrow Qui Abr 6 11:09:02 BRT 2006 Onde yesterday e tomorrow correspondem as dias anterior e posterior, respectivamente. 43
  • 45. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Calendário O GNU/Linux possui uma ferramenta de calendário muito poderosa, chamada cal. Seu uso é bastante simples, com podemos ver a seguir: $ cal abril 2006 Do Se Te Qu Qu Se Sá 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 $ cal agosto 2006 Agosto 2006 Do Se Te Qu Qu Se Sá 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 $ cal -3 abril 2006 março 2006 abril 2006 maio 2006 Do Se Te Qu Qu Se Sá Do Se Te Qu Qu Se Sá Do Se Te Qu Qu Se Sá 1 2 3 4 1 1 2 3 4 5 6 5 6 7 8 9 10 11 2 3 4 5 6 7 8 7 8 9 10 11 12 13 12 13 14 15 16 17 18 9 10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29 28 29 30 31 30 Segue uma explicação de cada um dos parâmetros do comando cal: • nenhum parâmetro: Exibe o calendário do mês corrente; • [ano]: Mostra o calendário de todos os meses do ano selecionado; • [mês] [ano]: Mostra o calendário do mês e ano selecionados; • -3 [mês] [ano]: Mostra os calendários do mês e ano selecionados, e o dos meses anterior e posterior ao selecionado. 44
  • 46. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Selecionando Fuso Horário O fuso horário é utilizado por alguns programa que utilizam ferramentas de atualização auto- mática de horário via Internet. É importante configurar o fuso horário corretamente no sistema, e para isso utilizaremos o tzconfig: # tzconfig Your current time zone is set to Brazil/West Do you want to change that? [n]: y Primeiramente, é exibido o fuso horário atual, e somos perguntados se queremos ou não alterá-lo. Para alterar, digite y e pressione Enter. Please enter the number of the geographic area in which you live: 1) Africa 7) Australia 2) America 8) Europe 3) US time zones 9) Indian Ocean 4) Canada time zones 10) Pacific Ocean 5) Asia 11) Use System V style time zones 6) Atlantic Ocean 12) None of the above Then you will be shown a list of cities which represent the time zone in which they are located. You should choose a city in your time zone. Number: 2 Acima, você tem uma lista de áreas geográficas, de onde vamos selecionar o fuso horário correspondente. O Brasil está na América do Sul, logo, selecionamos a opção America, digitando 2 e pressionando Enter: Adak Anchorage Anguilla Antigua Araguaina Argentina/Buenos_Aires Argentina/Catamarca Argentina/ComodRivadavia Argentina/Cordoba Argentina/Jujuy Argentina/La_Rioja Argentina/Mendoza Argentina/Rio_Gallegos Argentina/San_Juan Argentina/Tucuman Argentina/Ushuaia Aruba Asuncion Atka Bahia Barbados Belem Belize Boa_Vista Bogota Boise Buenos_Aires Cambridge_Bay Campo_Grande Cancun Caracas Catamarca Cayenne Cayman Chicago Chihuahua Cordoba Costa_Rica Cuiaba Curacao Danmarkshavn Dawson Dawson_Creek Denver Detroit Dominica Edmonton Eirunepe El_Salvador Ensenada Fortaleza Fort_Wayne Glace_Bay Godthab Goose_Bay Grand_Turk Grenada Guadeloupe Guatemala Guayaquil Guyana Halifax Havana Hermosillo Indiana/Indianapolis Indiana/Knox Indiana/Marengo Indianapolis Indiana/Vevay Inuvik Iqaluit Jamaica Jujuy Juneau Kentucky/Louisville Kentucky/Monticello Knox_IN La_Paz Lima 45
  • 47. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Los_Angeles Louisville Maceio Managua Manaus Martinique Mazatlan Mendoza Menominee Merida Mexico_City Miquelon Monterrey Montevideo Montreal Montserrat Nassau New_York Nipigon Nome Noronha North_Dakota/Center Panama Pangnirtung Paramaribo Phoenix Port-au-Prince Porto_Acre Port_of_Spain Porto_Velho Puerto_Rico Rainy_River Rankin_Inlet Recife Regina Rio_Branco Rosario Santiago Santo_Domingo Sao_Paulo Scoresbysund Shiprock St_Johns St_Kitts St_Lucia St_Thomas St_Vincent Swift_Current Tegucigalpa Thule Thunder_Bay Tijuana Toronto Tortola Vancouver Virgin Whitehorse Winnipeg Yakutat Yellowknife Please enter the name of one of these cities or zones You just need to type enough letters to resolve ambiguities Press Enter to view all of them again Name: [] Sao_Paulo Acima, você vê todos os fusos disponíveis para a área geográfica anteriormente selecionada. Para selecionar uma delas, temos que digitar a opção na forma como ela é exibida. Nesse exemplo, selecionamos o fuso horário São_Paulo, correspondente ao fuso de São Paulo que é o mesmo de Brasília. Your default time zone is set to 'America/Sao_Paulo'. Local time is now: Qua Abr 5 10:36:44 BRT 2006. Universal Time is now: Qua Abr 5 13:36:44 UTC 2006. Depois da configuração, são exibidas as informações sobre o novo fuso horário, além da data e hora universal. Hora Certa com NTP Para manter a hora do sistema atualizada, é uma boa idéia utilizar-se do protocolo NTP (Network Time Protocol). Com ele, o horário do sistema é atualizado automaticamente, através de acesso via Internet a um servidor de horário. Para ativar o gerenciamento do horário do computador através do NTP, precisamos instalar os pacotes ntpdate e ntp. Alternativamente, pode-se instalar também o pacote ntp-doc, que contém os manuais de utilização do protocolo NTP. # apt-get install ntpdate ntp ntp-doc Após a instalação, o horário será ajustado automaticamente, de acordo com o fuso horário selecionado. Se o horário definido pelo ntpdate estiver errado, é sinal que o fuso horário está definido incorretamente. Será criado um script em /etc/init.d/ntpdate. Se por qualquer motivo o horário estiver incorreto, basta rodar esse script para corrigi-lo: # /etc/init.d/ntpdate restart Running ntpdate to synchronize clock. 4.5 Variáveis de Ambiente Variáveis de ambiente são espaços de memória que armazenam valores, que são interpreta- dos pelo Shell (interpretador de comandos) ou, em outras palavras, são objetos nomeados que contém informações usadas por um ou mais aplicativos. 46
  • 48. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Usando variáveis de ambiente pode-se modificacar a configuração de um ou mais aplicativos diferentes simultaneamente. 4.5.1 Tipos de Variáveis As variáveis de ambiente podem ser de 2 tipos: • Locais: Variáveis disponíveis somente pelo Shell corrente, que não podem ser acessadas pelos subprocessos do sistema, inicializados por outros usuários ou pelo próprio kernel; • Globais: Variáveis disponíveis para o Shell atual e também pelos subprocessos do sistema. As variáveis são, por convenção, escritas sempre em maiúsculas. 4.5.2 Visualizando o Valor de Variáveis Para visualizar o valor de uma variável, utilizamos o comando echo, da seguinte forma: $ echo $[VARIÁVEL] Por exemplo, para ver o valor da variável HOME: $ echo $HOME /home/christiano Veja abaixo a tabela com algumas das principais variáveis de ambiente do sistema: • PATH: Contém a lista dos diretórios onde o sistema irá procurar pelos comandos digitados no console, para então executá-los. A utilidade disso é que passa a não ser necessário digitar o caminho completo para o comando, ou seja, podemos digitar, por exemplo, apenas mozilla-firefox, ao invés de /usr/bin/mozilla-firefox; • BASH: Especifica o interpretador de comandos utilizado pelo sistema. O padrão é /bin/bash, mas pode-se utilizar qualquer outro; • HOME: Diretório pessoal do usuário atual. O padrão é /home/[usuário]; • HOSTNAME: Nome dado a máquina local; • LANG e LANGUAGE: Especificam o idioma utilizado pelo sistema e alguns programas; • OLDPWD: último diretório acessado. para o diretório indicado por essa variável que somos enviados ao utilizar o comando cd -; • PWD: O diretório em que estamos no momento; • UID: UID do usuário atual; • USER: Nome do usuário atual. Para ver a lista completa das variáveis de ambiente do sistema, utilize os comandos set e env. O set exibe a lista das variáveis locais, enquanto env exibe a lista das variáveis globais: 47
  • 49. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF $ set BASH=/bin/bash BASH_ARGC=() BASH_ARGV=() BASH_LINENO=() BASH_SOURCE=() BASH_VERSINFO=([0]="3" [1]="1" [2]="0" [3]="1" [4]="release" [5]="i486-pc-linux-gnu") BASH_VERSION='3.1.0(1)-release' COLORTERM=gnome-terminal COLUMNS=80 DESKTOP_STARTUP_ID= DIRSTACK=() DISPLAY=:1.0 EUID=1009 GNOME_DESKTOP_SESSION_ID=Default GNOME_KEYRING_SOCKET=/tmp/keyring-MavDPw/socket GROUPS=() GTK_RC_FILES=/etc/gtk/gtkrc:/home/christiano/.gtkrc-1.2-gnome2 HISTFILE=/home/christiano/.bash_history HISTFILESIZE=500 HISTSIZE=500 HOME=/home/christiano HOSTNAME=equipe10 HOSTTYPE=i486 HUSHLOGIN=FALSE IFS=$' tn' LANG=pt_BR Xlanguage=pt_BR:pt:pt_PT LINES=24 LOGNAME=christiano ...... $ env SSH_AGENT_PID=5674 DESKTOP_STARTUP_ID= TERM=xterm SHELL=/bin/bash GTK_RC_FILES=/etc/gtk/gtkrc:/home/christiano/.gtkrc-1.2-gnome2 WINDOWID=37751198 HUSHLOGIN=FALSE USER=christiano GNOME_KEYRING_SOCKET=/tmp/keyring-MavDPw/socket SSH_AUTH_SOCK=/tmp/ssh-lgABOM5624/agent.5624 SESSION_MANAGER=local/equipe10:/tmp/.ICE-unix/5624 XPSERVERLIST= PATH=/usr/local/bin:/usr/bin:/bin:/usr/bin/X11:/usr/games MAIL=/var/mail/christiano PWD=/home/christiano 48
  • 50. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF LANG=pt_BR HOME=/home/christiano SHLVL=3 Xlanguage=pt_BR:pt:pt_PT GNOME_DESKTOP_SESSION_ID=Default LOGNAME=christiano DISPLAY=:1.0 COLORTERM=gnome-terminal XAUTHORITY=/home/christiano/.Xauthority _=/usr/bin/env 4.5.3 Criando e Alterando Variáveis Para definir o valor de uma variável local, utilize a seguinte sintaxe: $ [VARIÁVEL]=[valor] Dessa forma, para criar uma variável local chamada BACKUP_DIR, atribuindo a ela o valor /home/backup: $ BACKUP_DIR=/home/backup Para adicionar valor a uma variável já existente, devemos proceder da seguinte forma: $ [VARIÁVEL]=$[VARIÁVEL][valor adicional] Dessa forma, suponhamos o seguinte valor da variável PATH: $ echo $PATH /usr/local/bin:/usr/bin:/bin:/usr/bin/X11:/usr/games Se quisermos adicionar o diretório /usr/lib/java/jre/1.5.0/bin ao valor da variável PATH, proce- demos da seguinte forma: $ PATH=$PATH:/usr/lib/java/jre/1.5.0/bin Dessa forma, adicionamos :/usr/lib/java/jre/1.5.0/bin ao valor já existente da variável PATH, que ficou assim: $ echo $PATH /usr/local/bin:/usr/bin:/bin:/usr/bin/X11:/usr/games:/usr/lib/java/jre/1.5.0/bin Para criar uma variável global, utilize o comando export, da seguinte forma: $ export [VARIÁVEL]=[valor] Se você quiser simplesmente converter uma variável local em global, não é necessário digitar o valor: $ export [VARIÁVEL] 49
  • 51. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF 4.5.4 Removendo Variáveis Para remover uma variável de ambiente do sistema, utilizamo o comando unset, da seguinte forma: $ unset [VARIÁVEL] 4.5.5 Arquivos de Configuração de Variáveis de Ambiente Ao criar variáveis de ambiente ou apenas alterá-las através do terminal, os seus valores ficam ativos apenas durante a sessão atual, o que quer dizer que, quando você der logout ou desligar e ligar a máquina novamente, as variáveis que você criou serão perdidas, bem como as alterações nos seus valores. Entretanto, muitas vezes é desejável configurar as variáveis de modo que elas estejam sempre disponíveis, toda vez que o sistema ou uma nova sessão for iniciada. Por isso, existem arquivos específicos onde as configurações das variáveis de ambiente po- dem ser definidas: • /etc/profile: Nesse arquivo são definidos os valores das variáveis que ficarão disponíveis para todos os usuários do sistema. O PATH é configurado aqui. Se você quiser adicionar um novo diretório ao PATH, para que ele fique disponível para todos os usuários, faça isso nesse arquivo; • /.bash_profile: Dentro do diretório pessoal de cada usuário (/home/[usuário]) existe um arquivo .bash_profile, onde devem ser declarados os valores das variáveis de ambientes disponíveis apenas para o usuário. 4.6 Configurando o Prompt de Comandos Quando estamos num terminal, seja em modo texto ou gráfico, são exibidas algumas informa- ções à esquerda do local onde os comandos são digitados. Como nos exemplos abaixo: christiano@equipe05:~$ ls As informações exibidas antes do comandos (nesse caso christiano@equipe05: $), podem ser personalizadas através da modificação da variável PS1. Para isso, basta combinar quaisquer caracteres com os seguintes argumentos: • h: Nome de host da máquina; • W: Nome do diretório atual; • w: Caminho completo para o diretório atual; • u: Nome de usuário; • t: Hora; • d: Data; • $: Identificador de usuário ($ para usuário comum e # para root). 50
  • 52. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF No caso exibido acima, o valor da variável PS1 é o seguinte: $ echo $PS1 u@h:w$ Utilize-a como exemplo para configurar seu prompt a seu gosto. Não se esqueça de sempre colocar os parâmetros entre aspas duplas ("), e de sempre deixar um espaço em branco no final, como no exemplo abaixo: $ PS1="u@h:w[t]$ " Que faz o prompt ser exibido da seguinte forma: christiano@equipe05:~[16:51:24]$ 4.6.1 Personalizando Comandos Uma função muito útil do comando ls é exibir os arquivos utilizando cores diferentes para cada tipo. Entretanto, para isso é necessário utilizar o parâmetro –color=auto, o que é muito incômodo, visto que o ls é utilizado com muita freqüência e, portanto, não podemos ficar digitando ls – color=auto toda vez. Da mesma forma, é muito seguro utilizar a opção -i com o comando rm, para que sempre sejamos perguntados antes de apagar algum arquivo. Entretanto, nem sempre vamos lembrar de adicionar o parâmetro -i, usando somente rm, de modo que ficamos sujeitos a apagar arquivos por engano. Para resolver essas situações existe o comando alias, uma espécie de camuflagem de co- mandos, que permite chamar um determinado comando através de um outro nome. Por exemplo, podemos configurar o sistema para executar o comando ls –color=auto toda vez que digitarmos ls, da seguinte forma: $ alias ls="ls --color=auto" Agora, para usar o comando ls –color=auto basta digitar ls. Podemos utilizar o mesmo procedimento para utilizar o parâmetro -i automaticamente com o rm: $ alias rm="rm -i" Dessa forma, para usar o comando rm -i basta digitar rm. Para desativar o alias, usamos o comando unalias: $ unalias [alias] Dessa forma, para remover o alias aplicado ao comando ls, usamos: $ unalias ls Se não for especificado nenhum alias, todos serão removidos. As configurações feitas pelo alias são válidas apenas para a sessão atual, de modo que ao efetuar logout ou desligar o sistema, as alterações são perdidas. Para que elas fiquem perma- nentemente disponíveis, basta colocá-las nos arquivos /etc/profile ou /.bashrc, para aplicar as configurações para todos os usuários ou apenas o usuário atual, respectivamente. 51
  • 53. Capítulo 5 Lição 3 - Unidades de Disco 5.1 Configurando as Unidades de Disco Os dispositivos de disco (HD, CD-ROM, CD-RW, DVD-ROM...) atuais são dotados de alta tec- nologia, tanto no que diz respeito a capacidade de armazenamento quanto à velocidade de leitura e escrita dos dados. Recursos como Ultra DMA, ATA, Buffer e Cache têm tornado esses disposi- tivos extremamente rápidos, se comparados aos mesmos dispositivos fabricados há poucos anos atrás. Mas, infelizmente, grande parte dos recursos disponíveis para as unidades de disco depen- dem de diversos fatores, como compatilidade com placa mãe e suporte pelo sistema operacional, motivo pelo qual esses dispositivos vêm, de fábrica, com muitos recursos desativados, reque- rendo sua ativação via software, através da BIOS e do sistema operacional. A ferramenta no GNU/Linux utilizada para configurar os recursos das unidades de disco chama-se hdparm, que será estudada a seguir. 5.1.1 Instalando o hdparm O hdparm pode ser instalado via APT, com o comando: # apt-get install hdparm Após a instalação, verifique se está tudo certo, com o comando: # hdparm /dev/hd[letra da unidade] Por exemplo: # hdparm /dev/hda /dev/hda: multcount = 16 (on) IO_support = 1 (32-bit) unmaskirq = 1 (on) using_dma = 1 (on) keepsettings = 0 (off) readonly = 0 (off) readahead = 16 (on) geometry = 16383/255/63, sectors = 40020664320, start = 0 52
  • 54. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF 5.1.2 Obtendo e Analisando Informações O hdparm tem um invejável sistema de obtenção de informações. Pode-se saber praticamente tudo sobre a unidade de disco. Para isso, basta escolher o tipo de relatório que se deseja obter e digitar a linha de comando. Sintaxe # hdparm [opções] [dispositivo] Opções • nada: Informações realmente básicas; • -i: Informações detalhadas; • -I: Informações técnicas completas. Ao invés de [dispositivo] colocamos a localização da unidade que estamos verificando, como /dev/hda, /dev/hdc, /dev/sda, etc. Relatórios Vejamos um relatório simples: # hdparm /dev/hda /dev/hda: multcount = 0 (off) IO_support = 0 (default 16-bit) unmaskirq = 0 (off) using_dma = 1 (on) keepsettings = 0 (off) readonly = 0 (off) readahead = 0 (off) geometry = 16383/255/63, sectors = 40020664320, start = 0 Nessa lista temos as seguintes informações: • multcount = 0 (off): O parâmetro multcount está desligado. O multcount é o modo de leitura de setores múltiplos que permite que a transferência de múltiplos setores por interrupção de I/O. Os HD’s atuais têm suporte a essa opção, que incrementa as velocidades de leitura e gravação do disco; • IO_support = 0 (default 16-bit): O modo de I/O está definido para 16 bits. Os modos suportados são 16 bits, 32 bits, e 32 bits com uma seqüência especial de sincronismo exigida por alguns chipsets. Em HD’s que suportam o modo 32 bits, este oferece uma melhor performance se comparado ao modo 16 bits. É possível saber se o seu HD suporta o modo 32 bits na BIOS do seu computador; • using_dma = 1 (on): O DMA (Direct Memory Access ou acesso direto à memória) é um recurso primordial para se obter uma boa performance do HD. A menos que seu HD seja muito antigo, ele suporta DMA e esta opção deve estar ativa, como nesse caso; 53
  • 55. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF • readahead = 0 (off): O recurso de leitura adiantada está desativado. A leitura adiantada permite que o HD faça a leitura dos dados antes de começar a transferi-los. Isso funciona como um cache, para evitar pausas nas transferências no caso de qualquer processo que interfira na leitura dos dados no HD. Se possível, este parâmetro deve estar ativo para melhorar a performance e a estabilidade das transferências dos dados no HD. Agora, vejamos um relatório um pouco mais completo: # hdparm -i /dev/hda /dev/hda: Model=ST340014A, FwRev=3.54, SerialNo=3JV89GLK Config={ HardSect NotMFM HdSw>15uSec Fixed DTR>10Mbs RotSpdTol>.5% } RawCHS=16383/16/63, TrkSize=0, SectSize=0, ECCbytes=4 BuffType=unknown, BuffSize=2048kB, MaxMultSect=16, MultSect=off CurCHS=16383/16/63, CurSects=16514064, LBA=yes, LBAsects=78165360 IORDY=on/off, tPIO={min:240,w/IORDY:120}, tDMA={min:120,rec:120} PIO modes: pio0 pio1 pio2 pio3 pio4 DMA modes: mdma0 mdma1 mdma2 UDMA modes: udma0 udma1 udma2 udma3 udma4 *udma5 AdvancedPM=no WriteCache=enabled Drive conforms to: ATA/ATAPI-6 T13 1410D revision 2: * signifies the current active mode Onde obtemos as seguintes informações: • BuffSize=2048kB: Esse parâmetro mostra o tamanho do buffer de gravação. Quanto maior o tamanho do buffer, menor é a vulnerabilidade do dispositivos a falhas de gravação; • MaxMultSects = 16: Isso informa o número máximo de setores que podem ser lidos simul- taneamente. Devemos prestar atenção para não configurar a leitura de setores múltiplos acima desse valor, o que poderia causar perda de dados; • PIO modes: pio0 pio1 pio2 pio3 pio4: Aqui são listados os modos de PIO disponíveis para o HD. • UDMA modes: udma0 udma1 udma2 udma3 udma4 udma5*: Estes são os modos de Ultra DMA suportados pelo HD, sendo que o modo que aparece com um * (asterisco) é o modo que está sendo utilizado. Quanto maior o valor de UDMA, melhor o desempenho da unidade. Por último, vejamos o relatório mais completo: 54
  • 56. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF # hdparm -I /dev/hda ATA device, with non-removable media Model Number: ST340014A Serial Number: 3JV89GLK Firmware Revision: 3.54 Standards: Used: ATA/ATAPI-6 T13 1410D revision 2 Supported: 6 5 4 3 Configuration: Logical max current cylinders 16383 65535 heads 16 1 sectors/track 63 63 -- CHS current addressable sectors: 4128705 LBA user addressable sectors: 78165360 LBA48 user addressable sectors: 78165360 device size with M = 1024*1024: 38166 MBytes device size with M = 1000*1000: 40020 MBytes (40 GB) Capabilities: LBA, IORDY(can be disabled) bytes avail on r/w long: 4 Queue depth: 1 Standby timer values: spec'd by Standard R/W multiple sector transfer: Max = 16 Current = 16 Recommended acoustic management value: 128, current value: 0 DMA: mdma0 mdma1 mdma2 udma0 udma1 udma2 udma3 udma4 *udma5 Cycle time: min=120ns recommended=120ns PIO: pio0 pio1 pio2 pio3 pio4 Cycle time: no flow control=240ns IORDY flow control=120ns Commands/features: Enabled Supported: * READ BUFFER cmd * WRITE BUFFER cmd * Host Protected Area feature set * Look-ahead * Write cache * Power Management feature set Security Mode feature set * SMART feature set * FLUSH CACHE EXT command * Mandatory FLUSH CACHE command * Device Configuration Overlay feature set * 48-bit Address feature set SET MAX security extension 55
  • 57. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF * DOWNLOAD MICROCODE cmd * SMART self-test * SMART error logging Security: supported not enabled not locked not frozen not expired: security count not supported: enhanced erase HW reset results: CBLID- above Vih Device num = 0 determined by the jumper Checksum: correct Aqui você vai encontrar características técnicas importantes do HD. 5.1.3 Configurando a Unidade de Disco Logo se vê pelos relatórios que existem muitos parâmetros que podem ser alterados pelo hd- parm, e essas alterações vão interferir diretamente no desempenho da unidade de disco, positiva ou negativamente. É preciso então saber interpretar as informações e nunca fazer testes com opções que podem representar perigo para a integridade dos dados contidos no disco. Sintaxe # hdparm [parâmetros] [dispositivo] Parâmetros • -c[valor]: Esse parâmetro especifica o modo de interrupção de I/O. Os valores que pode assumir são: – 1: modo 16 bits; – 2: modo 32 bits; – 3: modo 32 bits em modo especial de sincronimos, exigido por alguns chipsets. Para saber se seu HD suporta o modo 32 bits, veja na BIOS do seu computador. • -d[valor]: Ativa/desativa o uso do DMA. Para ativar, use o valor 1. Para desativar, use 0; • -X[valor]: Seleciona o modo de DMA a ser utilizado. Pode variar de sdma0 (pior), passando por mdma e chegando em udma5 (melhor). Vamos desconsiderar o uso dos modos sdma que são muito antigos. Para utilizar os modos mdma, basta utilizar o número do modo somado com 32. Ou seja: use 32 para ativar mdma0 (32 + 0), e 34 para o mdma2 (32 + 2). Para utilizar os modos udma, utilize o número do modo somado com 64. Ou seja: use 65 para ativar o udma1 (64 +1) e 69 para o udma5 (64 + 5). Para saber qual modo é suportado pelo seu HD, basta ver as seguintes linhas: DMA modes: mdma0 mdma1 mdma2 UDMA modes: udma0 udma1 udma2 udma3 udma4 *udma5 56
  • 58. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Obtidas com o comando hdparm -i /dev/hdX (X é a letra da sua unidade de disco). O modo que deve ser utilizado é o último que aparece na lista. Nesse caso, é o modo udma5 (69); • -m[valor]: Especifica o valor do parâmetro MultSects. O valor desse parâmetro não pode ser maior que o parâmetro MaxMultSects, que encontramos na seguinte linha: BuffType=unknown, BuffSize=2048kB, MaxMultSect=16, MultSect=16 Essa linha é encontrada no relatório gerado com o comando hdparm -i /dev/hdX. Nesse caso, o parâmetro MaxMultSects tem o valor 16, então o valor de MultSects deve ser igual ou menor a esse (de preferência igual); • -A[valor]: Ativa/desativa o recurso de leitura adiantada. O valor 1 ativa, enquanto 0 desa- tiva. • -a[valor]: Configura a leitura adiantada. O valor especificado é multiplicado por 512 Bytes. Assim, se você usar 8, a leitura adiantada será de 4 KB. A recomendação é de que você use o mesmo valor que usar para o parâmetro MultSects. Veja um exemplo de configuração com esses parâmetros acima: # hdparm -c1 -d1 -X69 -m16 -A1 -a16 /dev/hda /dev/hda: setting fs readahead to 16 setting 32-bit IO_support flag to 1 setting multcount to 16 setting using_dma to 1 (on) setting xfermode to 69 (UltraDMA mode5) setting drive read-lookahead to 1 (on) multcount = 16 (on) IO_support = 1 (32-bit) using_dma = 1 (on) readahead = 16 (on) done. Esse comando configurou o HD para utilizar o modo de I/O de 32 bits (-c1), ativou o uso do DMA (-d1), ativou o Ultra DMA modo 5 (-X69), definiu o leitura de setores múltiplos para 16 (- m16), ativou a leitura adiantada (-A1) e ajustou a leitura adiantada para 8 KB (-a16). Tome-o por base para configurar o seu HD conforme as suas características. 5.2 Ajuste Acústico e o Gerenciamento de Energia O ajuste acústico é um recurso que pode ser útil para uso em HD’s antigos, um tanto quanto barulhentos. Trata-se de um controle da velocidade máxima de rotação o disco, o que faz com ele faça menos barulho durante o trabalho. O incômodo de limitar a velocidade de rotação do HD é que o seu desempenho é reduzido, uma vez que ele passa a não trabalhar na máxima velocidade. Sintaxe 57
  • 59. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF # hdparm -M[valor] [dispositivo] O valor pode variar de 128 (lento e quieto) até 254 (rápido e barulhento). Para não perder muito tempo testando valor por valor, utilize aquele que é recomendado pelo fabricante. Para conhecê-lo, utilize o seguinte comando: # hdparm -I [dispositivo] | grep acoustic Veja esse exemplo: # hdparm -I /dev/hda | grep acoustic Recommended acoustic management value: 128, current value: 0 Veja que, nesse caso, o valor recomendado é 128. Então, dê o comando: # hdparm -M128 /dev/hda /dev/hda: setting acoustic management to 128 acoustic = 128 (128=quiet ... 254=fast) Para desativar o ajuste acústico, utilize -M0. Outra coisa muito útil que pode ser feita com o hdparm é a configuração do tempo de spin- down, ou seja, o tempo que o HD deve esperar para desligar o motor caso fique sem uso. Isso reduz o consumo de energia e aumenta a vida útil do HD, caso seu computador permaneça muito tempo ligado mas nem sempre em uso. Para configurar o tempo de spindown utilizamos a seguinte sintaxe: # hdparm -S[valor] [dispositivo] Onde [valor] deve ser substituído pelo código do tempo desejado. Valores entre 1 e 240 especificam múltiplos de 5 segundos, ou seja, o valor 10 significa um tempo de espera de 50 segundos, e o valor 200 muda esse valor para 1000 segundos (16 minutos e 40 segundos). Valores de 241 a 251 especificam múltiplos de 30 minutos, variando de 11 minutos (241) até 5 horas e meia (251). Vamos a um exemplo: # hdparm -S240 /dev/hda /dev/hda: setting standby to 240 (20 minutes) Com esse comando, configuramos o HD para desligar após 20 minutos de ociosidade. Para desativar o recurso spindown, utilize -S0. 58
  • 60. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF 5.3 Testando o Desempenho Uma ferramenta de fundamental importância no hdparm é o teste de desempenho. Você usá- las antes de fazer alterações nos parâmetros do HD e, assim que fizer alterações, voltar a realizar os testes para comparar e verificar se houve melhora no desempenho ou não. Para testar o desempenho, utilizamos os parâmetros -T e -t combinados da seguinte da forma: # hdparm -Tt [dispositivo] Para testar o desempenho da unidade /dev/hda, por exemplo: # hdparm -Tt /dev/hda /dev/hda: Timing cached reads: 1200 MB in 2.00 seconds = 598.89 MB/sec Timing buffered disk reads: 82 MB in 3.06 seconds = 26.77 MB/sec Aqui foram feitos dois testes. O primeiro é o de tempo de leitura com cache (cached reads), e o segundo, de tempo de leitura de disco com buffer (buffered disk reads). Você deve aplicar esses testes como o mínimo de recursos sendo utilizados. De preferência, utilize o modo monousuário (nível de execução 1): # init 1 Um teste simples pode demonstrar o quanto é possível perder em desempenho ao não con- figurar o HD. Esse teste consiste em desativar todos os recursos do disco rígido, como DMA, leitura adiantada, etc., fazer o teste de desempenho e em seguida ativar os recursos e repetir o teste, para então comparar os resultados. Veja: # hdparm -c0 -d0 -A0 -m0 -a0 /dev/hda /dev/hda: setting fs readahead to 0 setting 32-bit IO_support flag to 0 setting multcount to 0 setting using_dma to 0 (off) setting drive read-lookahead to 0 (off) multcount = 0 (off) IO_support = 0 (default 16-bit) using_dma = 0 (off) readahead = 0 (off) # hdparm -Tt /dev/hda /dev/hda: Timing cached reads: 1196 MB in 2.00 seconds = 596.90 MB/sec Timing buffered disk reads: 2 MB in 4.30 seconds = 476.46 kB/sec 59
  • 61. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF # hdparm -c1 -d1 -X69 -A1 -a16 -m16 /dev/hda /dev/hda: setting fs readahead to 16 setting 32-bit IO_support flag to 1 setting multcount to 16 setting using_dma to 1 (on) setting xfermode to 69 (UltraDMA mode5) setting drive read-lookahead to 1 (on) multcount = 16 (on) IO_support = 1 (32-bit) using_dma = 1 (on) readahead = 16 (on) # hdparm -Tt /dev/hda /dev/hda: Timing cached reads: 1200 MB in 2.00 seconds = 599.79 MB/sec Timing buffered disk reads: 82 MB in 3.04 seconds = 26.94 MB/sec Como se vê, com o hdparm ativo, a performance aumentou 5692 O ideal é que você faça esses testes antes e depois de modificar qualquer parâmetro, para ter certeza de que não está fazendo uma configuração que vai prejudicar o desempenho do HD. 5.3.1 Ativando o hdparm na Inicialização do Sistema Para utilizar o hdparm no inicialização do sistema, edite o arquivo /etc/hdparm.conf. Vá até o final, e procure essas linhas: #command_line { # hdparm -d1 -a4 -m8 /dev/hda #} Descomente-as e coloque os parâmetros que você está utilizando. Por exemplo: command_line { hdparm -c1 -d1 -X69 -A1 -a16 -m16 /dev/hda } Caso você utilize mais de uma unidade de disco, acrescente uma linha para cada unidade. Veja essa configuração para um HD e um drive de CD-ROM: 60
  • 62. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF command_line { hdparm -c1 -d1 -X68 -A1 -a12 -m12 -S120 -m180 /dev/hda hdparm -c1 -d1 -X66 /dev/hdc } Depois, estará tudo pronto e o script /etc/init.d/hdparm start será executado na inicialização do sistema. 61
  • 63. Capítulo 6 Lição 4 - Configurando o Ambiente Gráfico 6.1 Configurando o Ambiente Gráfico A configuração do ambiente gráfico consiste em várias etapas. Temos que configurar o ser- vidor gráfico, responsável pelo gerenciamento da placa de vídeo, teclado e monitor, configurar o gerenciador de login, selecionar se vamos ou não usá-lo e qua gerenciador utilizar, e por fim escolher o ambiente gráfico padrão. 6.1.1 Configurando o Servidor Gráfico O servidor gráfico padrão do Debian é o XFree. Para configurá-lo, usaremos o dpkg-reconfigure, da seguinte forma: # dpkg-reconfigure xserver-xfree86 Na primeira tela, temos que selecionar o controlador da placa de vídeo. Para saber qual usar, utilize o seguinte comando: # lspci | grep VGA 0000:01:00.0 VGA compatible controller: S3 Inc. VT8375 [ProSavage8 KM266/KL266] 62
  • 64. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Como podemos ver, essa é uma placa S3, modelo ProSavage8. Vamos então selecionar o controlador savage. Caso ele não funcione, podemos tentar o controlador s3 e, em último caso, podemos selecionar o controlador genérico vesa. Selecionado o controlador de vídeo, pressionamos Enter. Na próxima tela, digitamos um nome para identificar a placa de vídeo. Isso é útil apenas se utilizarmos mais de uma placa de vídeo no mesmo computador, o que dificilmente ocorre. Digite um nome qualquer e pressione Enter. A próxima tela contém instruções do que fazer na tela seguinte. Pressione Enter. Se você estiver utilizando apenas uma placa de vídeo, deixe esse campo em branco. Caso esteja usando mais de uma, será necessário digitar a identificação da placa que será usada na configuração. Para saber a BusID da sua placa de vídeo, utilize o comando já conhecido: # lspci | grep VGA 0000:01:00.0 VGA compatible controller: S3 Inc. VT8375 [ProSavage8 KM266/KL266] O primeiro campo corresponde à Bus ID. Basta selecionar os primeiros dígitos antes do pri- meiro e do segundo ":". Ou seja, se o número da placa de vídeo exibido for 0000:01:00.0, você deverá digitar PCI:0:01:0. Raramente usam-se mais de uma placa de vídeo. Então, dificilmente esse procedimento será necessário. Pressione Enter. 63
  • 65. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Na próxima tela, somos solicitados a informar a quantidade de memória da nossa placa de vídeo. É uma boa idéia deixar esse campo em branco, para deixar que o servidor gráfico descubra a quantidade de memória disponível, uma vez que costumam ocorrer erros quando a quantidade de memória é informada. Pressione Enter para ir para a próxima tela. Aqui, temos que selecionar as regras de gerenciamento do teclado, ou Xkb rules (X keyboard rules). Todos os teclados comumente usados no Brasil funcionam com as regras xfree86. Esse valor já estará previamente selecionado, basta pressionar Enter. A próxima tela dá instruções sobre como configurar o modelo de teclado. Leia atentamente para entender qual o modelo adequado. Pressione Enter. 64
  • 66. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Nessa tela, temos que selecionar o modelo de teclado utilizado. Se você utiliza um teclado brasileiro ABNT (que possui o "ç"), coloque abnt2. Se você utiliza um teclado internacional (sem o "ç"), coloque pc104 se ele tiver as teclas localizadas entre o Ctrl e o Alt, e pc101 se ele não tiver essas teclas. Feita a seleção, pressione Enter. Na tela seguinte devemos selecionar um layout de teclado, que é a maneira como as teclas são distribuídas. Se o seu teclado seguir as regras ABNT (tiver o "ç"), coloque br. Caso contrário, provavelmente se tratará de um teclado americano, então você deve colocar us. Em seguida, pressione Enter. Na próxima tela, devemos informar a variante de teclado, que fará com que o teclado escolhido anteriormente funcione corretamente na formação de caracteres especiais. Se você utiliza um teclado brasileiro ABNT, coloque abnt2, se usa um teclado internacional e selecionou us na tela anterior, coloque us_intl aqui. Em seguida, pressione Enter. 65
  • 67. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Na tela seguinte, são exibidas informações sobre as opções de teclado. Essas opções dizem respeito quanto à funcionalidade das teclas de funções, como Alt, Ctrl e Alt Gr. Siga as instruções exibidas nessa tela para fazer a sua escolha na tela seguinte, e pressione Enter. Digite as suas opções de teclado na tela que surge. Se não quiser acionar nenhuma opção especial, simplesmente deixe esse campo em branco. Ao final, pressione Enter. Na próxima tela, escolha a porta em que seu mouse está ligado. Se for um mouse PS/2, o mais comum, selecione /dev/psaux. Se for um mouse serial, geralmente a interface será a /dev/ttyS0. Selecione a porta correspondente e pressione Enter. 66
  • 68. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Aqui, você deve escolher o tipo do seu mouse. As opções que costumam funcionar com os tipos mais comuns de mouse são: • PS/2: Mouse PS/2 simples, com 2 ou 3 botões; • ImPS/2: Mouse PS/2 com as chamadas "rodinhas"; • Microsoft: Para mouses do tipo serial. Escolha o tipo do mouse e pressione Enter. Na próxima tela você é perguntado sobre emular ou não um mouse de 3 botões. Se o seu mouse possui apenas 2 botões, selecione Sim, para que você possa simular o terceiro botão pressionando os botões direito e esquerdo simultaneamente. Se o mouse já possui 3 botões, selecione Não, e pressione Enter. Na tela seguinte você deve selecionar se habilita ou não os eventos de rolagem do mouse. Selecione Sim caso o seu mouse tenha as rodinhas de rolagem (scroll), caso contrário, selecione Não e pressione Enter. 67
  • 69. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Em seguida, você deve especificar um nome para identificar o seu monitor. Pode ser qualquer coisa, digite e pressione Enter. Na seqüência, você deve informar se o seu monitor é ou não de LCD (cristal líquido). Se for, selecione Sim, se não, selecione Não e pressione Enter. Na próxima tela, selecione o nível de detalhes que você quer que seu monitor utilize. O modo Simple é o modo mais simples de selecionar um conjunto de especificações de monitor, mas pode não funcionar caso o seu monitor tenha um conjunto de especificações que não se encaixe nos padrões exibidos. O modo Medium, recomendado para a maioria dos casos, mostra algumas opções com um conjunto de resolução de tela e freqüência de varredura vertical para serem selecionados. Já o modo Advanced permite que sejam especificadas manualmente todas as especificações do monitor. Se você tem em mãos todas essas especificações, selecione o modo Advanced. Na maioria dos casos, o modo Medium é a melhor opção. Selecione-a e pressione Enter. 68
  • 70. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Selecione na tela que se abre em qual padrão de resolução de vídeo e freqüência horizontal o seu monitor se encaixa. Se você não tiver essas informações experimente a opção 800x600 @ 60Hz para utilizar a resolução 800x600 ou 1024x768 @ 60Hz para utilizar a resolução 1024x768. Ao final, pressione Enter. Depois, selecione as resoluções de tela disponíveis para o seu monitor. Você pode escolher qualquer resolução que não seja maior que a resolução selecionada na tela anterior. Use a barra de espaço para marcar/desmarcar os itens. Ao final, pressione Enter. 69
  • 71. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Na tela seguinte você deve selecionar a profundidade de cores a ser utilizada pela sua placa de vídeo. Conforme as instruções, o valor 24 deve ser preferido, a menos que a sua placa de vídeo não suporte esse valor. Feita a seleção, pressione Enter. Na próxima tela são exibidas instruções sobre como proceder para fazer a seleção dos mó- dulos do servidor X. Leia atentamente as instruções e pressione Enter. Selecione na tela seguinte quais módulos deseja carregar. Normalmente é desejável carregar todos os módulos, a menos que eles realmente não possam ser utilizados ou conflitem com a sua placa de vídeo. Use a barra de espaço para marcar/desmarcar os módulos, e pressione Enter ao final. Na tela seguinte, selecione Sim, a menos que você queira fazer uma configuração manual e personalizada da seção Files do arquivo de configuração do servidor X. 70
  • 72. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Por fim, na última tela, selecione Sim, a menos que você queira fazer uma configuração ma- nual da seção DRI no arquivo de configuração do servidor X. Feito isso, o servidor X estará configurado. Para verificar se a configuração funcionou, logue- se como usuário comum e inicie o modo gráfico, com o startx: $ startx Se tudo estiver correto, o ambiente gráfico padrão será iniciado. Para retornar ao terminal, pressione Ctrl + Alt + Backspace. 6.1.2 Configurando fontes No modo gráfico, o modo como as fontes são exibidas pode variar conforme as configurações do servidor gráfico. Para configurar a forma como as fontes são exibidas, execute o seguinte comando: # dpkg-reconfigure fontconfig Nessa primeira tela, selecione quais fontes devem ser ajustadas para exibição na tela. Esco- lha Native se você costuma utilizar as fontes padrão do sistema e as fontes Microsoft. Selecione Autohinter se você costuma utilizar outras fontes TrueType. Selecione None para não ajustar a exibição das fontes. Selecione sua opção e pressione Enter. 71
  • 73. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Na tela seguinte você deve configurar quando deverá ser ativada a renderização de subpi- xel. Esse recurso faz com que as fontes tenham um aspecto visual bem melhor. Entretanto, em monitores CRT (de tubo), isso pode fazer com que apareçam imperfeições nas fontes. A reco- mendação é que você selecione Always e, se aparecerem essas imperfeições nas fontes, volte a essa configuração e selecione Automatic, para ativar a renderização por subpixel apenas quando for detectado um monitor LCD (cristal líquido), ou Never, para nunca utilizar a renderização. Por fim, selecione se você deseja utilizar fontes bitmapped por padrão. É altamente recomen- dável você selecionar Não, uma vez que essas fontes possuem uma qualidade extremamente inferior às das fontes do tipo outlines. 6.1.3 Selecionando o Gerenciador de Login Gerenciadores de login são programas que permitem aos usuários logarem no sistema grafi- camente. Por padrão, o gerenciador de login é executado automaticamente quando o sistema é iniciado utilizando-se os níveis de execução de 2 a 5, a menos que se se altere as configurações de algum desses níveis de execução. Os gerenciadores de login mais conhecidos populares são 3: XDM, GDM e KDM. O XDM (X Display Manager) é o gerenciador padrão do servidor X, bastante simples, com uma aparência não muito agradável mas extremamente leve. O GDM (GNOME Display Manager) é o gerenciador do ambiente gráfico GNOME, e o KDM (K Display Manager) é o gerenciador do KDE, ambos muito bonitos e personalizáveis, mas bem mais pesados que o XDM. 72
  • 74. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF XDM 73
  • 75. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF GDM 74
  • 76. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF KDM Para selecionar o gerenciador de login padrão, rode o seguinte comando: # dpkg-reconfigure xdm 75
  • 77. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF Selecione o gerenciador de login e pressione Enter. Ao invés de xdm, podemos utilizar o gdm ou o kdm, mas para isso é preciso instalá-los, caso ainda não tenha feito: # apt-get install gdm # apt-get install kdm Para usar outro gerenciador de login, basta colocar o gdm ou o kdm com o comando dpkg- reconfigure: # dpkg-reconfigure gdm # dpkg-reconfigure kdm Entretanto, é preciso ter o GDM ou o KDM instalado para usar gdm ou kdm como parâmetros do dpkg-reconfigure. Se você preferir não iniciar nenhum gerenciador de login, basta retirar a permissão de execu- ção dos scripts kdm, gdm e xdm no diretório /etc/init.d/: # cd /etc/init.d # chmod a-x kgm gdm xdm Ou, se tiver certeza de que não quer utilizar gerenciador de login, pode remover definitiva- mente os scripts de inicialização: # cd /etc/init.d # rm gdm kdm xdm # update-rc.d xdm remove # update-rc.d gdm remove # update-rc.d kdm remove 76