SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 41
Baixar para ler offline
Como as condiçõesComo as condições
atmosféricas podem afetaratmosféricas podem afetar
a segurança de voo?a segurança de voo?
Vinicius Roggério da RochaVinicius Roggério da Rocha
Steffany Royal
Meteorologia Aeronáutica
● Estudo dos fenômenos e características da
atmosfera voltado às atividades de locomoção
aérea, tendo em vista economia e segurança
● Compreender os fenômenos meteorológicos
que possam atuar sobre a aeronave (em voo ou
em solo), assim como seus efeitos
● Interpretar, acompanhar e prever o estado da
atmosfera e suas influências sobre as
atividades humanas
Acidentes x Incidentes
● Período em que uma pessoa embarca com a
intenção de realizar um voo até o momento em
que todas tenham desembarcado
● Acidente: lesão grave ou morte, dano ou falha
que afete a estrutura/desempenho/voo,
desaparecimento ou em local inacessível
● Incidente: afete ou possa afetar a segurança
● Incidente grave: acidente quase aconteceu (fogo
ou fumaça, incapacitação de tripulante, etc)
Estatísticas
● A maior parte dos acidentes acontece nos procedimentos de
pouso (principalmente) ou decolagem
● Mais da metade acontece devido a erro humano seguido de
falha estrutural da aeronave e de condições atmosféricas
● Existe lugar mais seguro para sentar?
● "Am I going down?": aplicativo que calcula a possibilidade de
queda de um voo, baseando-se em um banco de dados com
mais de 10 milhões de rotas armazenadas; sempre aponta
uma chance de uma para alguns milhões (a cada X milhão
de voos de avião, um deles sofre algum acidente)
● Probabilidade de morte por queda: 1 em 171; acidente de
carro: 1 em 303; Mega Sena: 1 em 50 milhões
Investigação de acidentes
● CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos): órgão central do Sistema de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(SIPAER)
● Foco é investigar as causas para PREVENIR novos
acidentes e melhorar a segurança de voo (não aponta
culpados nem possui implicações judiciais)
● Existem vários fatores que contribuem para gerar o
acidente (queijo suíço)
● Investigação geralmente demora bastante tempo
(resultado sai depois que a mídia parou de fazer a
cobertura do acontecimento)
Meteorologia nos acidentes/incidentes
● Pressão: Aloha 243,
JAL 123, TWA 800
● Temperatura: Copa
408, Challenger
● Nevoeiro: KLM 4805 e
Pan Am 1736
● Turbulência: American
Airlines 587, particular
● Chuva: West Caribbean
708, TAM 3054
Companhia aérea e número do voo
● Tempestades: Aires 8250,
Delta 191, Thai 261
● Granizo: Southern
Airways 242, TAM 3307
● Gelo: Arrow Air 1285,
American Eagle 4184, Air
France 447
● Raios: Turkish 2348
● Cinzas vulcânicas: British
Airways 9
● O que aconteceu: descompressão explosiva em
pleno voo
● Causa principal: fadiga de metal (reforçada pela
maresia) e despressurização (comissária foi
arremessada e corpo nunca foi encontrado)
● Despressurização explosiva é muito rara
(apesar de sempre ter no cinema)
Aloha 243
28 de abril de 1988
Havaí
Boeing 737
JAL 123
● O que aconteceu: despressurização explosiva e
colisão com solo
● Causa principal: cauda fixada com somente
uma fileira de rebites e fadiga de metal facilitam
rompimento e despressurização; sem a cauda,
avião perde mecanismos hidráulicos e controle
JAL 123
12 de agosto de 1985
Monte Takamagahara - Japão
Boeing 747
TWA 800
● O que aconteceu: explosão e queda
● Causas principais: gases no tanque de combustível
central (ocupam espaço conforme é esvaziado)
haviam se inflamado, provavelmente depois de um
curto-circuito no cabo do sensor de combustível
provocou uma pequena faísca
● Boeing desenvolveu sistema que injeta gás
nitrogênio nos tanques
TWA 800
17 de julho de 1996
Oceano Atlântico
(Nova York - EUA)
Boeing 747
Pressurização
● Objetivo de proporcionar condições
atmosféricas equivalentes aos valores médios
encontrados mais próximos à superfície
● Pressão que haveria em 6 a 8 mil pés e
temperatura por volta de 15ºC
● Envio de ar do motor sob pressão para dentro
da fuselagem
Felix Baumgartner (2012)
TWA 800
● O que aconteceu: voo cancelado (transferido de
12h15 para 00h30)
● Causas principais: altas temperaturas, rota
longo sem reabastecimento, grande peso de
decolagem
● Passageiros esperaram em hotel até
reembarque
Copa 408
3 de fevereiro de 2014
Aeroporto Salgado Filho
(Porto Alegre - RS)
Boeing 737
+ temperatura
menos potência
menos densidade do ar
menos O2
menos
aceleração/velocidade
+ pista para decolar
Opções:
- Aumentar tamanho da
pista para decolagem
(se estiver construída)
- Diminuir peso (retirar
carga, pedir para um ou
mais passageiros
remarcarem voo)
- Diminuir a temperatura
(esperar horário menos
quente)
● O que aconteceu: explosão durante
lançamento e queda
● Causa principal: quebra de selo de vedação
do combustível devido a baixa temperatura;
gás quente sob pressão de dentro do motor
do foguete sólido alcança a parte externa
● Previsão era de -4,4ºC para a manhã do
lançamento
Ônibus espacial Challenger
28 de janeiro de 1986
Kennedy Space Center (EUA)
Tenerife
● O que aconteceu: dois aviões chocam-se na
pista (maior número de vítimas da história)
● Causa principal: falhas na comunicação
(decolagem sem autorização, pista errada,
terminologia não convencional), fadiga (voos
haviam sido desviados de outro aeroporto
devido a atentado terrorista), denso nevoeiro
KLM 4805 e
Pan Am 1736
27 de março de 1977
Ilha de Tenerife (Espanha)
Dois Boeings 747
Névoa e Nevoeiro
- Névoa: pequenas
partículas sólidas
dispersas; inversões
térmicas e pouco vento
- Nevoeiro: visibilidade
menor que 1 km;
nuvem formada junto
ao chão (resfriamento
noturno, vales,
montanhas, corpos
d'água, brisa marítima)
Névoa seca
Nevoeiro (RJ)
Muita umidade (temporal)
Fechamento de aeroporto
● Condições meteorológicas são avaliadas de
hora em hora (ou menos) por um meteorologista
do órgão regulador, elaborando um boletim com
teto, visibilidade, velocidade e direção do vento,
etc
● Voo visual ou por instrumentos (CAT 1, 2 e 3);
depende dos equipamentos do avião e do
aeroporto, treinamento de piloto e manutenção
● O que aconteceu: quebra de estabilizador
vertical e queda
● Causa principal: avião entrou em esteira de
turbulência logo após a decolagem (um B-747
havia decolado minutos antes); co-piloto em
comando forçou demais os controles do leme
a ponto de quebrá-los
American Airlines 587
12 de novembro de 2001
New York - EUA
Airbus 300
● O que aconteceu: aeronave Piper Saratoga em
voo foi rasgada pela esteira de turbulência
formada por um avião bem maior (um Boeing
737)
● Causa principal: Piper cruzou abaixo da
trajetória de voo de um Boeing 737 que estava
pousando em frente em uma pista paralela
12 de junho de 2006
Kansas - EUA
Piper Saratoga
Turbulência
● Movimentações aleatórias e irregulares no fluxo
de ventos, de maneira caótica e com formação
de redemoinhos; leve, moderada, forte, severa
● Causadas por diferenças bruscas na velocidade
do vento (sistemas sinóticos, correntes de jato,
convecção, tempestades) e relevo acidentado
● Maior causa de lesões não fatais em voos
● O que aconteceu: perda de altitude até choque
com o solo
● Causa principal: avião muito pesado para a
altitude; muita chuva (motor gasta mais energia);
tempestade levou tripulação a usar sistema anti-
gelo, diminuindo ainda mais a potência dos
motores
West Caribbean 708
16 de agosto de 2005
Venezuela
MD-82
Ranhuras na pista para escoar água,
aumentando aderência com pneus
e evitando aquaplanagem
● O que aconteceu: avião ultrapassou pista e
chocou-se com depósito de cargas
● Causa principal: configuração irregular dos
manetes; falta de groovings na pista
(aeronave menor tinha derrapado antes)
TAM 3054
17 de julho de 2007
Aer. Congonhas - São Paulo
Airbus 320
Aires 8250
● O que aconteceu: pousou antes do início da
pista e avião partiu-se em três
● Causa principal: tempestade evolui rapidamente
e reduziu visibilidade, erro de procedimento,
ponto cego de visão do piloto
● Apesar de muitos raios, não teve marcas
Aires 8250
16 de agosto de 2010
San Andrés (Colômbia)
Boeing 737
Aires 8250
● O que aconteceu: estol e queda de avião após
três tentativas de pouso (não conseguiam
alinhar avião com pista)
● Causa principal: desorientação espacial em
tempo chuvoso com baixa visibilidade; stress
Thai 261
11 de dezembro de 1998
Surat Thani (Tailândia)
Airbus 310
Procedimentos de segurança em
caso de chuva
● DOVs são responsáveis pelos planos de voo – cálculo de
combustível, peso máximo, condições meteorológicas, aeroportos
alternativos
● Aeronaves percorrem uma distância maior na pista para frenagem, já
que a água diminui o atrito dos pneus com o solo – aeronave pode
arremeter
● Torre de controle pode suspender pousos e decolagens se lâmina
d'água ultrapassar 3 mm, houver chuva intensa ou visibilidade/teto
(altura das nuvens com relação ao solo) forem abaixo do necessário
● Pilotos recebem informações por boletins e possuem radar
meteorológico (sistema analisa densidade das gotículas para estimar
visibilidade)
● Aeroporto Santos Dumont apresenta sistema de navegação via
satélite (RNP AR) para pousos com maior precisão
Delta 191
● O que aconteceu: queda da aeronave depois de
desviar de duas tempestades
● Causa principal: o avião foi atingido por ventos
fortes e microburst (intensa corrente de ar
descendente)
● Radar doppler é instalado a bordo de
aeronaves; detecção de windshear e alertas são
instalados em todas as aeronaves comerciais
dos EUA
Delta 191
2 de agosto de 1985
Dallas (EUA)
Lockheed L-1011
Efeitos do ventoEfeitos do vento
- Direção da pista segue climatologia do vento
- Pouso e decolagem: vento de proa
- Rota: vento de cauda
- Correntes de jato
- Vento de través e correção de deriva
- Microburst (Voo 191 Delta Airlines) e downburst
- Tesoura de Vento
Southern Airways 242
4 de abril de 1977
Georgia (EUA)
DC-9
● O que aconteceu: pouso forçado em estrada e
incêndio ao colidir com edifício
● Causa principal: tempestade de granizo danificou
motores e para-brisa; sem informações atualizadas;
atenuação de sinal no radar (ondas defletidas)
TAM 3307
9 de fevereiro de 2015
Rio de Janeiro - Fortaleza
Airbus 320
● O que aconteceu: retorno e pouso de emergência
no Aeroporto do Galeão (sem vítimas)
● Causa principal: aeronave passou por uma área de
turbulência, e uma tempestade de granizo forçou o
piloto a voltar; radome (radar dome) danificado
Tempestade severa
- Raios, trovões, granizo,
rajadas de vento,
turbulência severa...
- Cresce muito rápido
- Regiões comuns de se
formar: ITCZ, trópicos e
frentes frias
Radares Meteorológicos da Aeronáutica
Radares desligados por
tempo indeterminado
(15/04/2016):
- Gama/DF
- Três Marias/MG
- Santa Teresa/ES
- Pico do Couto/RJ
- São Roque/SP
Inoperantes (sem
previsão de
restabelecimento) ou
sem link com a Redemet
(01/05/2016): 7
● O que aconteceu: perdeu sustentação, caiu e
pegou fogo
● Causa principal: formação de gelo sobre as
bordas das asas principais e superfícies
superiores; excesso de peso
Arrow Air 1285
12 de dezembro de 1985
Levava tropas do Cairo (Egito)
para Fort Campbell (Kentucky, EUA)
Douglas DC-8
American Eagle 4184
31 de outubro de 1994
Indo de Indianápolis
para Chicago (EUA)
ATR 72
● O que aconteceu: perda de sustentação e queda
● Causa principal: voar a uma altitude/latitude propensa a
ocorrer chuva congelante (água super resfriada congela
somente ao tocar superfície sólida)
● O que aconteceu:
queda de avião no mar
● Causa principal:
congelamento do tubo
de Pitot por água super
resfriada
Air France 447
1 de junho de 2009
Oceano Atlântico (Brasil)
Airbus 330
Formação de gelo
●
Altera perfil aerodinâmico, aumenta
peso, pode entupir entradas de ar
●
Anticongelantes: compostos químicos
que se adicionam aos líquidos para
congelar a uma temperatura mais
baixa que o habitual
B-1B coberto de gelo e neve no McKinley Climatic Laboratory
● O que aconteceu: incidente grave com motor
● Causa principal: tampa traseira do motor
pegou fogo; verificado visualmente, seguiram
procedimentos de extinção do fogo antes de
aterrissar; foram relatados raios
Turkish 2348
25 de janeiro de 2013
Izmir (Turquia)
Airbus 321
Raios
● Fuselagem metálica
conduz eletricidade
(alumínio ou
composição metálica)
● Descarregadores de
estática: descarregar
energia estática
acumulada devido a
atrito com o ar (cabos
condutores em toda a
fuselagem)
Raios x fuselagem
Rebites de 70 mm de diâmetro
● Manutenção inspeciona no caso de ter sido atingido
● Danos são bem comuns e geralmente não
impedem a decolagem
● Mais raramente, a corrente pode passar através de
uma antena saliente, sensor ou entre duas
camadas de revestimento e provocar acúmulo de
calor que irá derreter ao redor do furo
● O que aconteceu: os quatro motores pararam
de funcionar
● Causa principal: Erupção vulcânica (danificam
superfícies, grudam em partes do motor,
danificam aparelhos de medição)
British Airways 9
24 de junho de 1982
ilha de Java (Indonésia)
Boeing 747
Sobrevivência
● Queda de Fairchild da
Força Aérea do Uruguai
em 1972; tiveram de
resistir durante 69 dias
nas montanhas geladas
dos Andes
● Queda de B-737 da
Varig em 1989 em
região de selva
amazônica (dois dias
até o resgate)
- Navalha de Occam: busca pela explicação mais simples
- Alguns mistérios já foram solucionados (falta de
combustível, por exemplo)
- Tempestades e furacões (sem imagens de satélite e último
caso foi em 1984)
Fonte: Airway/UOL

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Human factors - Maintenance and inspection
Human factors - Maintenance and inspectionHuman factors - Maintenance and inspection
Human factors - Maintenance and inspectionLahiru Dilshan
 
Low visibility operations rev.1-2012
Low visibility operations   rev.1-2012Low visibility operations   rev.1-2012
Low visibility operations rev.1-2012actieman
 
Telecomunicaciones aeronáuticas
Telecomunicaciones aeronáuticasTelecomunicaciones aeronáuticas
Telecomunicaciones aeronáuticasDanielDeAvila6
 
Summer project at AAI
Summer project at AAISummer project at AAI
Summer project at AAIsanjay singh
 
Aircraft communication-systems
Aircraft communication-systemsAircraft communication-systems
Aircraft communication-systemsKrishikesh Singh
 
Aircraft navigation report
Aircraft navigation reportAircraft navigation report
Aircraft navigation reportRomell B. Diona
 
Airport Planning and Design
Airport Planning and DesignAirport Planning and Design
Airport Planning and DesignMohsen, S Ab
 
Cat iii presentation
Cat iii presentationCat iii presentation
Cat iii presentationAmit Kumar
 
Traffic collision avoidance system
Traffic collision avoidance systemTraffic collision avoidance system
Traffic collision avoidance systemAugustine K Jose
 
EASA PART-66 MODULE 8.1 : PHYSICS OF ATMOSPHERE
EASA PART-66 MODULE 8.1 : PHYSICS OF ATMOSPHEREEASA PART-66 MODULE 8.1 : PHYSICS OF ATMOSPHERE
EASA PART-66 MODULE 8.1 : PHYSICS OF ATMOSPHEREsoulstalker
 
Calculos de Navegação
Calculos de NavegaçãoCalculos de Navegação
Calculos de NavegaçãoPaulo Cruz
 
Traffic Alert and collision avoidance system (TCAS)
Traffic Alert and collision avoidance system (TCAS)Traffic Alert and collision avoidance system (TCAS)
Traffic Alert and collision avoidance system (TCAS)ARVIND KUMAR SINGH
 
Airspace Classification
Airspace ClassificationAirspace Classification
Airspace Classificationalpha_sherdil
 
Presentacion Los Servicios De Transito Aereo
Presentacion Los Servicios De Transito AereoPresentacion Los Servicios De Transito Aereo
Presentacion Los Servicios De Transito AereoFLAP152
 

Mais procurados (20)

Human factors - Maintenance and inspection
Human factors - Maintenance and inspectionHuman factors - Maintenance and inspection
Human factors - Maintenance and inspection
 
Low visibility operations rev.1-2012
Low visibility operations   rev.1-2012Low visibility operations   rev.1-2012
Low visibility operations rev.1-2012
 
Telecomunicaciones aeronáuticas
Telecomunicaciones aeronáuticasTelecomunicaciones aeronáuticas
Telecomunicaciones aeronáuticas
 
Separation Standard
Separation StandardSeparation Standard
Separation Standard
 
Teoria de Voo para Comissários
Teoria de Voo para ComissáriosTeoria de Voo para Comissários
Teoria de Voo para Comissários
 
Summer project at AAI
Summer project at AAISummer project at AAI
Summer project at AAI
 
Air traffic management
Air traffic managementAir traffic management
Air traffic management
 
Aircraft communication-systems
Aircraft communication-systemsAircraft communication-systems
Aircraft communication-systems
 
Aircraft navigation report
Aircraft navigation reportAircraft navigation report
Aircraft navigation report
 
Aircraft Airworthiness
Aircraft AirworthinessAircraft Airworthiness
Aircraft Airworthiness
 
Airport Planning and Design
Airport Planning and DesignAirport Planning and Design
Airport Planning and Design
 
Cat iii presentation
Cat iii presentationCat iii presentation
Cat iii presentation
 
Traffic collision avoidance system
Traffic collision avoidance systemTraffic collision avoidance system
Traffic collision avoidance system
 
CAR 66
 CAR 66  CAR 66
CAR 66
 
EASA PART-66 MODULE 8.1 : PHYSICS OF ATMOSPHERE
EASA PART-66 MODULE 8.1 : PHYSICS OF ATMOSPHEREEASA PART-66 MODULE 8.1 : PHYSICS OF ATMOSPHERE
EASA PART-66 MODULE 8.1 : PHYSICS OF ATMOSPHERE
 
Calculos de Navegação
Calculos de NavegaçãoCalculos de Navegação
Calculos de Navegação
 
Traffic Alert and collision avoidance system (TCAS)
Traffic Alert and collision avoidance system (TCAS)Traffic Alert and collision avoidance system (TCAS)
Traffic Alert and collision avoidance system (TCAS)
 
Airspace Classification
Airspace ClassificationAirspace Classification
Airspace Classification
 
Aviation industry
Aviation industryAviation industry
Aviation industry
 
Presentacion Los Servicios De Transito Aereo
Presentacion Los Servicios De Transito AereoPresentacion Los Servicios De Transito Aereo
Presentacion Los Servicios De Transito Aereo
 

Semelhante a Meteorologia e Segurança de Voo

Modelos de Previsão para sistemas de turbulência
Modelos de Previsão para sistemas de turbulênciaModelos de Previsão para sistemas de turbulência
Modelos de Previsão para sistemas de turbulênciaLaís Berlatto
 
Estudo de caso no restriction
Estudo de caso no restrictionEstudo de caso no restriction
Estudo de caso no restrictionLucas Saldanha
 
DIVOP Nº 04/2014 - VOO DE HELICÓPTERO EM REGIÃO TURBULENTA E COM VENTOS FORTE...
DIVOP Nº 04/2014 - VOO DE HELICÓPTERO EM REGIÃO TURBULENTA E COM VENTOS FORTE...DIVOP Nº 04/2014 - VOO DE HELICÓPTERO EM REGIÃO TURBULENTA E COM VENTOS FORTE...
DIVOP Nº 04/2014 - VOO DE HELICÓPTERO EM REGIÃO TURBULENTA E COM VENTOS FORTE...Jeferson Espindola
 
Relatório Final do CENIPA - Acidente do a Aeronave PT-BZR em 25 de Julho de 1998
Relatório Final do CENIPA - Acidente do a Aeronave PT-BZR em 25 de Julho de 1998Relatório Final do CENIPA - Acidente do a Aeronave PT-BZR em 25 de Julho de 1998
Relatório Final do CENIPA - Acidente do a Aeronave PT-BZR em 25 de Julho de 1998Jeferson Espindola
 
Acidente com a Aeronave PT-HRD em 02 de Agosto de 2000
Acidente com a Aeronave PT-HRD em 02 de Agosto de 2000Acidente com a Aeronave PT-HRD em 02 de Agosto de 2000
Acidente com a Aeronave PT-HRD em 02 de Agosto de 2000Jeferson Espindola
 
Acidente com Aeronave PT-YUM 23 de fevereiro de 2007
Acidente com Aeronave PT-YUM 23 de fevereiro de 2007Acidente com Aeronave PT-YUM 23 de fevereiro de 2007
Acidente com Aeronave PT-YUM 23 de fevereiro de 2007Jeferson Espindola
 
Incursão em Pista - Um Risco Potencial às Operações de Pousos e Decolagens - ...
Incursão em Pista - Um Risco Potencial às Operações de Pousos e Decolagens - ...Incursão em Pista - Um Risco Potencial às Operações de Pousos e Decolagens - ...
Incursão em Pista - Um Risco Potencial às Operações de Pousos e Decolagens - ...Jeferson Espindola
 
Introdução à meteorologia aeronáutica
Introdução à meteorologia aeronáuticaIntrodução à meteorologia aeronáutica
Introdução à meteorologia aeronáuticalrferreira1
 
CRM M-1.pptx
CRM M-1.pptxCRM M-1.pptx
CRM M-1.pptxAtisEAD
 

Semelhante a Meteorologia e Segurança de Voo (15)

A Meteorologia nos Acidentes Aéreos
A Meteorologia nos Acidentes AéreosA Meteorologia nos Acidentes Aéreos
A Meteorologia nos Acidentes Aéreos
 
Modelos de Previsão para sistemas de turbulência
Modelos de Previsão para sistemas de turbulênciaModelos de Previsão para sistemas de turbulência
Modelos de Previsão para sistemas de turbulência
 
Estudo de caso no restriction
Estudo de caso no restrictionEstudo de caso no restriction
Estudo de caso no restriction
 
DIVOP Nº 04/2014 - VOO DE HELICÓPTERO EM REGIÃO TURBULENTA E COM VENTOS FORTE...
DIVOP Nº 04/2014 - VOO DE HELICÓPTERO EM REGIÃO TURBULENTA E COM VENTOS FORTE...DIVOP Nº 04/2014 - VOO DE HELICÓPTERO EM REGIÃO TURBULENTA E COM VENTOS FORTE...
DIVOP Nº 04/2014 - VOO DE HELICÓPTERO EM REGIÃO TURBULENTA E COM VENTOS FORTE...
 
Relatório Final do CENIPA - Acidente do a Aeronave PT-BZR em 25 de Julho de 1998
Relatório Final do CENIPA - Acidente do a Aeronave PT-BZR em 25 de Julho de 1998Relatório Final do CENIPA - Acidente do a Aeronave PT-BZR em 25 de Julho de 1998
Relatório Final do CENIPA - Acidente do a Aeronave PT-BZR em 25 de Julho de 1998
 
Acidente com a Aeronave PT-HRD em 02 de Agosto de 2000
Acidente com a Aeronave PT-HRD em 02 de Agosto de 2000Acidente com a Aeronave PT-HRD em 02 de Agosto de 2000
Acidente com a Aeronave PT-HRD em 02 de Agosto de 2000
 
Meteorologia aeronáutica
Meteorologia aeronáuticaMeteorologia aeronáutica
Meteorologia aeronáutica
 
Acidente com Aeronave PT-YUM 23 de fevereiro de 2007
Acidente com Aeronave PT-YUM 23 de fevereiro de 2007Acidente com Aeronave PT-YUM 23 de fevereiro de 2007
Acidente com Aeronave PT-YUM 23 de fevereiro de 2007
 
Compulsao pelo pouso
Compulsao pelo pousoCompulsao pelo pouso
Compulsao pelo pouso
 
Incursão em Pista - Um Risco Potencial às Operações de Pousos e Decolagens - ...
Incursão em Pista - Um Risco Potencial às Operações de Pousos e Decolagens - ...Incursão em Pista - Um Risco Potencial às Operações de Pousos e Decolagens - ...
Incursão em Pista - Um Risco Potencial às Operações de Pousos e Decolagens - ...
 
Incursão em pista
Incursão em pistaIncursão em pista
Incursão em pista
 
Note05juillet2012.br (1)
Note05juillet2012.br (1)Note05juillet2012.br (1)
Note05juillet2012.br (1)
 
Introdução à meteorologia aeronáutica
Introdução à meteorologia aeronáuticaIntrodução à meteorologia aeronáutica
Introdução à meteorologia aeronáutica
 
CRM M-1.pptx
CRM M-1.pptxCRM M-1.pptx
CRM M-1.pptx
 
Acidentes aéreos
Acidentes aéreosAcidentes aéreos
Acidentes aéreos
 

Mais de Vinícius Roggério da Rocha

Exercícios resolvidos de Microfísica da Precipitação
Exercícios resolvidos de Microfísica da PrecipitaçãoExercícios resolvidos de Microfísica da Precipitação
Exercícios resolvidos de Microfísica da PrecipitaçãoVinícius Roggério da Rocha
 
Previdência: sua história e seus problemas atuais
Previdência: sua história e seus problemas atuaisPrevidência: sua história e seus problemas atuais
Previdência: sua história e seus problemas atuaisVinícius Roggério da Rocha
 
Conhecimentos Gerais de Aeronaves para Comissários
Conhecimentos Gerais de Aeronaves para ComissáriosConhecimentos Gerais de Aeronaves para Comissários
Conhecimentos Gerais de Aeronaves para ComissáriosVinícius Roggério da Rocha
 

Mais de Vinícius Roggério da Rocha (20)

Convecção na Amazônia Central - Estudo de caso
Convecção na Amazônia Central - Estudo de casoConvecção na Amazônia Central - Estudo de caso
Convecção na Amazônia Central - Estudo de caso
 
Navegação aérea - Questões
Navegação aérea - QuestõesNavegação aérea - Questões
Navegação aérea - Questões
 
Exercícios resolvidos de Microfísica da Precipitação
Exercícios resolvidos de Microfísica da PrecipitaçãoExercícios resolvidos de Microfísica da Precipitação
Exercícios resolvidos de Microfísica da Precipitação
 
Nuvens e precipitação em escala de grade
Nuvens e precipitação em escala de gradeNuvens e precipitação em escala de grade
Nuvens e precipitação em escala de grade
 
Lei de Benford
Lei de BenfordLei de Benford
Lei de Benford
 
Oficina de Identificação de nuvens
Oficina de Identificação de nuvensOficina de Identificação de nuvens
Oficina de Identificação de nuvens
 
Fluidos geofísicos em Meteorologia
Fluidos geofísicos em MeteorologiaFluidos geofísicos em Meteorologia
Fluidos geofísicos em Meteorologia
 
Previdência: sua história e seus problemas atuais
Previdência: sua história e seus problemas atuaisPrevidência: sua história e seus problemas atuais
Previdência: sua história e seus problemas atuais
 
Curso de WordPress
Curso de WordPressCurso de WordPress
Curso de WordPress
 
Fórmulas matemáticas
Fórmulas matemáticasFórmulas matemáticas
Fórmulas matemáticas
 
Mapas em branco para estudo
Mapas em branco para estudoMapas em branco para estudo
Mapas em branco para estudo
 
Polarização do céu
Polarização do céuPolarização do céu
Polarização do céu
 
Resumo vetores
Resumo vetoresResumo vetores
Resumo vetores
 
Elevadores mais curiosos do mundo
Elevadores mais curiosos do mundoElevadores mais curiosos do mundo
Elevadores mais curiosos do mundo
 
Sustentabilidade e tecnologia
Sustentabilidade e tecnologiaSustentabilidade e tecnologia
Sustentabilidade e tecnologia
 
Introdução ao HTML
Introdução ao HTMLIntrodução ao HTML
Introdução ao HTML
 
Conhecimentos Gerais de Aeronaves para Comissários
Conhecimentos Gerais de Aeronaves para ComissáriosConhecimentos Gerais de Aeronaves para Comissários
Conhecimentos Gerais de Aeronaves para Comissários
 
Navegação Aérea para Comissários
Navegação Aérea para ComissáriosNavegação Aérea para Comissários
Navegação Aérea para Comissários
 
Meteorologia para Comissários
Meteorologia para ComissáriosMeteorologia para Comissários
Meteorologia para Comissários
 
Geografia para Agente de Aeroporto e de Viagens
Geografia para Agente de Aeroporto e de ViagensGeografia para Agente de Aeroporto e de Viagens
Geografia para Agente de Aeroporto e de Viagens
 

Último

Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsDanilo Pinotti
 
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfNatalia Granato
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx2m Assessoria
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploDanilo Pinotti
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx2m Assessoria
 

Último (6)

Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
 
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
 

Meteorologia e Segurança de Voo

  • 1. Como as condiçõesComo as condições atmosféricas podem afetaratmosféricas podem afetar a segurança de voo?a segurança de voo? Vinicius Roggério da RochaVinicius Roggério da Rocha Steffany Royal
  • 2. Meteorologia Aeronáutica ● Estudo dos fenômenos e características da atmosfera voltado às atividades de locomoção aérea, tendo em vista economia e segurança ● Compreender os fenômenos meteorológicos que possam atuar sobre a aeronave (em voo ou em solo), assim como seus efeitos ● Interpretar, acompanhar e prever o estado da atmosfera e suas influências sobre as atividades humanas
  • 3. Acidentes x Incidentes ● Período em que uma pessoa embarca com a intenção de realizar um voo até o momento em que todas tenham desembarcado ● Acidente: lesão grave ou morte, dano ou falha que afete a estrutura/desempenho/voo, desaparecimento ou em local inacessível ● Incidente: afete ou possa afetar a segurança ● Incidente grave: acidente quase aconteceu (fogo ou fumaça, incapacitação de tripulante, etc)
  • 4. Estatísticas ● A maior parte dos acidentes acontece nos procedimentos de pouso (principalmente) ou decolagem ● Mais da metade acontece devido a erro humano seguido de falha estrutural da aeronave e de condições atmosféricas ● Existe lugar mais seguro para sentar? ● "Am I going down?": aplicativo que calcula a possibilidade de queda de um voo, baseando-se em um banco de dados com mais de 10 milhões de rotas armazenadas; sempre aponta uma chance de uma para alguns milhões (a cada X milhão de voos de avião, um deles sofre algum acidente) ● Probabilidade de morte por queda: 1 em 171; acidente de carro: 1 em 303; Mega Sena: 1 em 50 milhões
  • 5. Investigação de acidentes ● CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos): órgão central do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) ● Foco é investigar as causas para PREVENIR novos acidentes e melhorar a segurança de voo (não aponta culpados nem possui implicações judiciais) ● Existem vários fatores que contribuem para gerar o acidente (queijo suíço) ● Investigação geralmente demora bastante tempo (resultado sai depois que a mídia parou de fazer a cobertura do acontecimento)
  • 6. Meteorologia nos acidentes/incidentes ● Pressão: Aloha 243, JAL 123, TWA 800 ● Temperatura: Copa 408, Challenger ● Nevoeiro: KLM 4805 e Pan Am 1736 ● Turbulência: American Airlines 587, particular ● Chuva: West Caribbean 708, TAM 3054 Companhia aérea e número do voo ● Tempestades: Aires 8250, Delta 191, Thai 261 ● Granizo: Southern Airways 242, TAM 3307 ● Gelo: Arrow Air 1285, American Eagle 4184, Air France 447 ● Raios: Turkish 2348 ● Cinzas vulcânicas: British Airways 9
  • 7. ● O que aconteceu: descompressão explosiva em pleno voo ● Causa principal: fadiga de metal (reforçada pela maresia) e despressurização (comissária foi arremessada e corpo nunca foi encontrado) ● Despressurização explosiva é muito rara (apesar de sempre ter no cinema) Aloha 243 28 de abril de 1988 Havaí Boeing 737
  • 8. JAL 123 ● O que aconteceu: despressurização explosiva e colisão com solo ● Causa principal: cauda fixada com somente uma fileira de rebites e fadiga de metal facilitam rompimento e despressurização; sem a cauda, avião perde mecanismos hidráulicos e controle JAL 123 12 de agosto de 1985 Monte Takamagahara - Japão Boeing 747
  • 9. TWA 800 ● O que aconteceu: explosão e queda ● Causas principais: gases no tanque de combustível central (ocupam espaço conforme é esvaziado) haviam se inflamado, provavelmente depois de um curto-circuito no cabo do sensor de combustível provocou uma pequena faísca ● Boeing desenvolveu sistema que injeta gás nitrogênio nos tanques TWA 800 17 de julho de 1996 Oceano Atlântico (Nova York - EUA) Boeing 747
  • 10. Pressurização ● Objetivo de proporcionar condições atmosféricas equivalentes aos valores médios encontrados mais próximos à superfície ● Pressão que haveria em 6 a 8 mil pés e temperatura por volta de 15ºC ● Envio de ar do motor sob pressão para dentro da fuselagem Felix Baumgartner (2012)
  • 11. TWA 800 ● O que aconteceu: voo cancelado (transferido de 12h15 para 00h30) ● Causas principais: altas temperaturas, rota longo sem reabastecimento, grande peso de decolagem ● Passageiros esperaram em hotel até reembarque Copa 408 3 de fevereiro de 2014 Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre - RS) Boeing 737
  • 12. + temperatura menos potência menos densidade do ar menos O2 menos aceleração/velocidade + pista para decolar Opções: - Aumentar tamanho da pista para decolagem (se estiver construída) - Diminuir peso (retirar carga, pedir para um ou mais passageiros remarcarem voo) - Diminuir a temperatura (esperar horário menos quente)
  • 13. ● O que aconteceu: explosão durante lançamento e queda ● Causa principal: quebra de selo de vedação do combustível devido a baixa temperatura; gás quente sob pressão de dentro do motor do foguete sólido alcança a parte externa ● Previsão era de -4,4ºC para a manhã do lançamento Ônibus espacial Challenger 28 de janeiro de 1986 Kennedy Space Center (EUA)
  • 14. Tenerife ● O que aconteceu: dois aviões chocam-se na pista (maior número de vítimas da história) ● Causa principal: falhas na comunicação (decolagem sem autorização, pista errada, terminologia não convencional), fadiga (voos haviam sido desviados de outro aeroporto devido a atentado terrorista), denso nevoeiro KLM 4805 e Pan Am 1736 27 de março de 1977 Ilha de Tenerife (Espanha) Dois Boeings 747
  • 15. Névoa e Nevoeiro - Névoa: pequenas partículas sólidas dispersas; inversões térmicas e pouco vento - Nevoeiro: visibilidade menor que 1 km; nuvem formada junto ao chão (resfriamento noturno, vales, montanhas, corpos d'água, brisa marítima) Névoa seca Nevoeiro (RJ) Muita umidade (temporal)
  • 16. Fechamento de aeroporto ● Condições meteorológicas são avaliadas de hora em hora (ou menos) por um meteorologista do órgão regulador, elaborando um boletim com teto, visibilidade, velocidade e direção do vento, etc ● Voo visual ou por instrumentos (CAT 1, 2 e 3); depende dos equipamentos do avião e do aeroporto, treinamento de piloto e manutenção
  • 17. ● O que aconteceu: quebra de estabilizador vertical e queda ● Causa principal: avião entrou em esteira de turbulência logo após a decolagem (um B-747 havia decolado minutos antes); co-piloto em comando forçou demais os controles do leme a ponto de quebrá-los American Airlines 587 12 de novembro de 2001 New York - EUA Airbus 300
  • 18. ● O que aconteceu: aeronave Piper Saratoga em voo foi rasgada pela esteira de turbulência formada por um avião bem maior (um Boeing 737) ● Causa principal: Piper cruzou abaixo da trajetória de voo de um Boeing 737 que estava pousando em frente em uma pista paralela 12 de junho de 2006 Kansas - EUA Piper Saratoga
  • 19. Turbulência ● Movimentações aleatórias e irregulares no fluxo de ventos, de maneira caótica e com formação de redemoinhos; leve, moderada, forte, severa ● Causadas por diferenças bruscas na velocidade do vento (sistemas sinóticos, correntes de jato, convecção, tempestades) e relevo acidentado ● Maior causa de lesões não fatais em voos
  • 20. ● O que aconteceu: perda de altitude até choque com o solo ● Causa principal: avião muito pesado para a altitude; muita chuva (motor gasta mais energia); tempestade levou tripulação a usar sistema anti- gelo, diminuindo ainda mais a potência dos motores West Caribbean 708 16 de agosto de 2005 Venezuela MD-82
  • 21. Ranhuras na pista para escoar água, aumentando aderência com pneus e evitando aquaplanagem ● O que aconteceu: avião ultrapassou pista e chocou-se com depósito de cargas ● Causa principal: configuração irregular dos manetes; falta de groovings na pista (aeronave menor tinha derrapado antes) TAM 3054 17 de julho de 2007 Aer. Congonhas - São Paulo Airbus 320
  • 22. Aires 8250 ● O que aconteceu: pousou antes do início da pista e avião partiu-se em três ● Causa principal: tempestade evolui rapidamente e reduziu visibilidade, erro de procedimento, ponto cego de visão do piloto ● Apesar de muitos raios, não teve marcas Aires 8250 16 de agosto de 2010 San Andrés (Colômbia) Boeing 737
  • 23. Aires 8250 ● O que aconteceu: estol e queda de avião após três tentativas de pouso (não conseguiam alinhar avião com pista) ● Causa principal: desorientação espacial em tempo chuvoso com baixa visibilidade; stress Thai 261 11 de dezembro de 1998 Surat Thani (Tailândia) Airbus 310
  • 24. Procedimentos de segurança em caso de chuva ● DOVs são responsáveis pelos planos de voo – cálculo de combustível, peso máximo, condições meteorológicas, aeroportos alternativos ● Aeronaves percorrem uma distância maior na pista para frenagem, já que a água diminui o atrito dos pneus com o solo – aeronave pode arremeter ● Torre de controle pode suspender pousos e decolagens se lâmina d'água ultrapassar 3 mm, houver chuva intensa ou visibilidade/teto (altura das nuvens com relação ao solo) forem abaixo do necessário ● Pilotos recebem informações por boletins e possuem radar meteorológico (sistema analisa densidade das gotículas para estimar visibilidade) ● Aeroporto Santos Dumont apresenta sistema de navegação via satélite (RNP AR) para pousos com maior precisão
  • 25. Delta 191 ● O que aconteceu: queda da aeronave depois de desviar de duas tempestades ● Causa principal: o avião foi atingido por ventos fortes e microburst (intensa corrente de ar descendente) ● Radar doppler é instalado a bordo de aeronaves; detecção de windshear e alertas são instalados em todas as aeronaves comerciais dos EUA Delta 191 2 de agosto de 1985 Dallas (EUA) Lockheed L-1011
  • 26. Efeitos do ventoEfeitos do vento - Direção da pista segue climatologia do vento - Pouso e decolagem: vento de proa - Rota: vento de cauda - Correntes de jato - Vento de través e correção de deriva - Microburst (Voo 191 Delta Airlines) e downburst - Tesoura de Vento
  • 27. Southern Airways 242 4 de abril de 1977 Georgia (EUA) DC-9 ● O que aconteceu: pouso forçado em estrada e incêndio ao colidir com edifício ● Causa principal: tempestade de granizo danificou motores e para-brisa; sem informações atualizadas; atenuação de sinal no radar (ondas defletidas)
  • 28. TAM 3307 9 de fevereiro de 2015 Rio de Janeiro - Fortaleza Airbus 320 ● O que aconteceu: retorno e pouso de emergência no Aeroporto do Galeão (sem vítimas) ● Causa principal: aeronave passou por uma área de turbulência, e uma tempestade de granizo forçou o piloto a voltar; radome (radar dome) danificado
  • 29. Tempestade severa - Raios, trovões, granizo, rajadas de vento, turbulência severa... - Cresce muito rápido - Regiões comuns de se formar: ITCZ, trópicos e frentes frias
  • 30. Radares Meteorológicos da Aeronáutica Radares desligados por tempo indeterminado (15/04/2016): - Gama/DF - Três Marias/MG - Santa Teresa/ES - Pico do Couto/RJ - São Roque/SP Inoperantes (sem previsão de restabelecimento) ou sem link com a Redemet (01/05/2016): 7
  • 31. ● O que aconteceu: perdeu sustentação, caiu e pegou fogo ● Causa principal: formação de gelo sobre as bordas das asas principais e superfícies superiores; excesso de peso Arrow Air 1285 12 de dezembro de 1985 Levava tropas do Cairo (Egito) para Fort Campbell (Kentucky, EUA) Douglas DC-8
  • 32. American Eagle 4184 31 de outubro de 1994 Indo de Indianápolis para Chicago (EUA) ATR 72 ● O que aconteceu: perda de sustentação e queda ● Causa principal: voar a uma altitude/latitude propensa a ocorrer chuva congelante (água super resfriada congela somente ao tocar superfície sólida)
  • 33. ● O que aconteceu: queda de avião no mar ● Causa principal: congelamento do tubo de Pitot por água super resfriada Air France 447 1 de junho de 2009 Oceano Atlântico (Brasil) Airbus 330
  • 34. Formação de gelo ● Altera perfil aerodinâmico, aumenta peso, pode entupir entradas de ar ● Anticongelantes: compostos químicos que se adicionam aos líquidos para congelar a uma temperatura mais baixa que o habitual B-1B coberto de gelo e neve no McKinley Climatic Laboratory
  • 35. ● O que aconteceu: incidente grave com motor ● Causa principal: tampa traseira do motor pegou fogo; verificado visualmente, seguiram procedimentos de extinção do fogo antes de aterrissar; foram relatados raios Turkish 2348 25 de janeiro de 2013 Izmir (Turquia) Airbus 321
  • 36. Raios ● Fuselagem metálica conduz eletricidade (alumínio ou composição metálica) ● Descarregadores de estática: descarregar energia estática acumulada devido a atrito com o ar (cabos condutores em toda a fuselagem)
  • 37. Raios x fuselagem Rebites de 70 mm de diâmetro ● Manutenção inspeciona no caso de ter sido atingido ● Danos são bem comuns e geralmente não impedem a decolagem ● Mais raramente, a corrente pode passar através de uma antena saliente, sensor ou entre duas camadas de revestimento e provocar acúmulo de calor que irá derreter ao redor do furo
  • 38. ● O que aconteceu: os quatro motores pararam de funcionar ● Causa principal: Erupção vulcânica (danificam superfícies, grudam em partes do motor, danificam aparelhos de medição) British Airways 9 24 de junho de 1982 ilha de Java (Indonésia) Boeing 747
  • 39. Sobrevivência ● Queda de Fairchild da Força Aérea do Uruguai em 1972; tiveram de resistir durante 69 dias nas montanhas geladas dos Andes ● Queda de B-737 da Varig em 1989 em região de selva amazônica (dois dias até o resgate)
  • 40. - Navalha de Occam: busca pela explicação mais simples - Alguns mistérios já foram solucionados (falta de combustível, por exemplo) - Tempestades e furacões (sem imagens de satélite e último caso foi em 1984)