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POLÍTICAS PÚBLICAS E
PROCESSOS DECISÓRIOS
2
DEFINIÇÃO
• Análise de Políticas
Públicas entendida
geralmente como o Estado
em ação – está ligada à
tradição anglo-saxônica.
3
DEFINIÇÃO
• Fundada no suposto do bom
governo – onde os problemas
de governo podem ser
melhor dimensionado pelo
uso do conhecimento social.
4
DEFINIÇÃO
• Separação entre assessoria
independente e
responsabilidade política –
enraizada na cultura política
e na limitação do governo.
5
OUTROS PAÍSES
• o discurso político se fundamenta
na ação do Estado. Na França
esta produção foi internalizada no
aparelho de Estado e converteu-
se em problemas de gestão
governamental a cargo de
burocracias especializadas.
6
ESTADOS UNIDOS
• Institucionalização recente
– James Wilson
– Theodore Lowi
– Arnold Wilenki
7
Caráter interdisciplinar
• ciência
política,
economia,
direito,
administração
• análise de
especialistas
setoriais (por.
ex., saúde
pública e
previdência
social)
8
POPULARIZAÇÃO DO
TERMO
• tem a ver com o processo de
democratização e institucionalização
refletindo a interpretação entre estado e
sociedade apontando para novos valores na
cultura política relativos à publicização de
decisões e à noção da esfera pública como
distinta da esfera estatal. Relação entre
governo e atores governamentais de um
lado e os cidadãos de outro.
9
NO BRASIL
•A institucionalização do
campo das políticas
públicas é recente, se
detendo basicamente em
três áreas
10
1) Regime político, instituições
políticas ou o Estado-brasileiro em
termos de seu traço constitutivo
(patrimonialismo, clientelismo ou o
autoritarismo) para analisar políticas
específicas, centradas na agenda
do Estado desenvolvimentista,
planejamento econômico, políticas
industriais ou as políticas de
desenvolvimento regional;
11
2) Políticas setoriais que combinam a
análise do processo político com a análise
dos problemas internos às próprias áreas
setoriais. Padrão de intervenção do
estado, em que as questões de natureza
institucional ou políticas são pouco
exploradas, Maior diálogo com a
sociologia e o debate com a ciência
política centra-se, sobretudo, nas
questões relativas à cidadania e
participação política, processos decisórios
e grupos de interesse.
12
3) Políticas públicas de corte
social: comparação com os
Welfare States – processos de
acumulação e legitimação –
análise da especificidade do
sistema brasileiro de proteção
social.
13
Draibe (1986)
• aponta para a maturidade institucional da
política social brasileira – complexidade
organizacional, estrutura de financiamento
e diversidade de benefícios estabelecendo
a clivagem entre essa estrutura e os níveis
de bem-estar social e as patologias que
afligem o sistema – clientelismo,
centralização decisória, fragmentação
institucional e escassos controles sociais.
14
MARCO NA ÁREA
• Cidadania e Justiça –
Wanderley Guilherme dos
Santos (1979) cidadania
regulada – demandas de
base ocupacional.
15
Destaque para estudos
setoriais
• Política de terras
• Política industrial
• Política de
energia
• Planejamento
Urbano
• Previdência Social
• Política de Saúde
• Política de Segurança
Pública
• Política Educacional
• Política Ambiental
• Política de
Comunicação
16
• Pouco uso da literatura
sobre sociologia das
organizações mesmos
nos estudos sobre
expansão da burocracia
pública e agências
burocráticas.
17
Avaliação de políticas
públicas
• Débil relação com a ciência política mais
associado à contribuição de especialistas
setoriais – que produzem seus trabalhos
na burocracia pública. Avaliação de
programas governamentais – relação
estreita com a área de administração
pública mas também com a tradição
disciplinar da sociologia e da economia.
18
RECENTEMENTE
• DEBATE ENTRE
CULTURA POLÍTICA /
DESENHO
INSTITUCIONAL
19
QUESTÃO
• A cultura política é anterior ao desenho
institucional ou se o desenho
institucional (regras e procedimentos ao
longo do tempo) produz uma cultura
política específica.
20
QUESTÃO
• Incidência da cultura
política sobre a
efetividade e eficácia
de políticas.
PRINCIPAIS
CONCEITOS
22
Definição de Políticas Públicas
• o conjunto de orientações e
ações de um governo com vistas
ao alcance de determinados
objetivos. (BELLONI, 2000,
p.10)
23
Definição cont...
• É a ação intencional do Estado junto à
sociedade. Assim, por ser voltada para a
sociedade e envolver recursos sociais, toda
política pública deve ser sistematicamente
avaliada do ponto de vista de sua relevância
e adequação às necessidades sociais, além
de abordar os aspectos de eficiência,
eficácia e efetividade das ações
empreendidas. (BELLONI, 2000, p.44)
24
Definição cont...
• (...) a que se desenvolve em esferas públicas
da sociedade (...). Políticas dessa natureza
não se restringem, portanto, apenas às
políticas estatais ou de governo, podendo
abarcar, por exemplo, políticas de
organizações privadas ou não
governamentais de quaisquer tipo, sempre e
quando preservado o caráter público acima
referido. (DRAIBE, 2001, p.17)
25
Existe uma diferença entre
• Política Pública – conceito
abrangente
• Programa – desdobramento de
uma política
• Projeto – unidade menor de
ação
26
POLÍTICAS PÚBLICAS
• Existem vários modelos explicativos para as
diferentes etapas ou fases das políticas
públicas. Trata-se de um esforço para
explicar a difícil interação de intenções,
constituídas na fase de formulação de
política se ações, presentes na fase de
implementação. Trata-se ainda de discutir a
relação que se estabelece entre atores
governamentais e atores não
governamentais no processo de “fazer
política”.
27
ESTES MODELOS...
• examinam mais detidamente as fases de
formulação e implementação de políticas,
procurando superar a tendência de
visualizá-las tão somente como a
atividade de decidir e executar,
identificando assim a fase de formulação
com a análise e teoria política e a fase da
implementação com a teoria
administrativa.
28
• Procura-se superar a idéia
recorrente de que o sujeito
da ação governamental são
os atores governamentais e
os cidadãos apenas objeto
deste tipo específico de ação.
29
Formação de Assuntos Públicos
e de Políticas Públicas -
formação da agenda
• É o instante em que as questões
públicas surgem e formam correntes
de opinião ao seu redor – que
contribuem para a formação de
agendas com questões que merecem
políticas definidas. (SILVA &
PEDONE, 1988, p.206)
30
FORMAÇÃO DE
POLÍTICAS PÚBLICAS
• É o processo de
elaboração de políticas no
Executivo, no Legislativo e
em outras instituições
públicas.
31
FASES DO PROCESSO DE
POLÍTICAS PÚBLICAS
1) Formação de agendas – formação de
assuntos públicos e de políticas
públicas. Determinam os objetivos
imediatos do conflito, aqueles que estão
em jogo e indicam quais indivíduos ou
grupos irão participar, levando à
composição dos blocos de interesse e
as alianças possíveis.
32
Construção da agenda
• Estudar a construção da
agenda é importante porque
revela a natureza da relação
entre o meio social e o
processo governamental.
33
Agenda Política
• São os compromissos assumidos
pelo governo, seus objetivos ou
interesses imediatos, suas
prioridades ao lado de suas
restrições. Falar em estabelecer
uma agenda é falar em
estabelecimento de prioridades
34
CONSTRUÇÃO DAAGENDA
• Pode ser sistêmica ou não governamental,
governamental e de decisão. A primeira
diz respeito à lista de assuntos que são,
há anos, preocupação do país, sem
merecerem atenção do governo, as
segunda inclui os problemas que
merecem atenção do governo e a última a
lista dos problemas a serem decididos.
35
Construção cont...
• Um assunto pode sair da
agenda sistêmica para a
governamental quando há
eventos dramáticos ou crises,
influência de um quadro de
indicadores ou acumulação de
informações e experiências.
36
Construção cont...
• Existem as chamadas políticas
antecipatórias de crises em que
a formação de uma política
pauta-se pela tentativa de
antecipar problemas ou
conflitos latentes.
37
ARENAS DECISÓRIAS
• Lowi, 1992. Parte do pressuposto de que
reações e expectativas das pessoas afetadas
por medidas políticas tem um efeito
antecipativo para o processo de decisão
política e de implementação. Os custos e
ganhos que as pessoas esperam de tais
medidas tornam-se decisivas para
configuração do processo político.
38
AS ARENAS...
• se referem aos processos de conflito
e consenso dentro das diversas
áreas de política, mas também à
forma e aos efeitos dos meios de
implementação aplicados, aos
conteúdos das políticas e finalmente
ao modo de resolução de conflitos
políticos.
39
ARENA DISTRIBUTIVA
• são caracterizadas por um baixo grau de
conflito dos processos políticos – distribuem
vantagens e não acarretam custos – pelo
menos perceptíveis para outros grupos.
Característica “consenso e indiferença
amigável”. Em regra geral, políticas
distributivas beneficiam um grande número
de destinatários em escala pequena,
enquanto potenciais opositores costumam
ser incluídos na distribuição dos serviços e
benefícios.
40
ARENA REDISTRIBUTIVA
• Costuma ser polarizado e
repleto de conflitos. Desvio e
deslocamento consciente de
recursos financeiros, direitos ou
outros valores entre camadas
sociais e grupos da sociedade.
41
ARENA REGULATÓRIA
• Diz respeito a ordem e proibições,
decretos e portarias. Os custos e
benefícios podem ter efeitos específicos
para determinados grupos ou podem
atingir a população de forma ampla e
igual. Os processos de conflito,
consenso e de coalização podem se
modificar de acordo com a configuração
específica das políticas.
42
ARENA ESTRUTURADORA
• Políticas modificadoras de regras.
Determinam as regras do jogo e com
isso a estrutura dos processos e
conflitos políticos. As condições gerais
sob as quais vêm sendo negociadas as
políticas distributivas, redistributivas e
regulatórias (novas instituições
(regulação) modificação no sistema de
governo e no sistema eleitoral).
43
Formulação de Políticas
Públicas
• Na formulação de Políticas
Públicas entram
–Definição da agenda
–Formação de assuntos públicos
–Formação de políticas públicas
–Processo decisório
44
FORMULAÇÃO
• A fase de formulação pode ser desmembrada
em três subfases: primeira, quando uma
massa de dados transforma-se em
informações relevantes, segunda, quando
valores, ideais, princípios e ideologias se
combinam com informações factuais para
produzir conhecimento sobre ação orientada
e última quando o conhecimento empírico e
normativo é transformado em ações públicas,
aqui, agora.
45
O processo de formação de
políticas deve responder a
três questões
• como os assuntos chamam a
atenção dos fazedores?
• como são formulados?
• como uma determinada proposição é
escolhida entre outras alternativas?
46
Existem três modelos de
formulação de políticas públicas
a) racionalidade econômica: critérios
de escolha pública e de economia do
bem-estar social sem entrar no
julgamento de valores. Critérios
tecnocráticos contidos na análise
custo-benefício (alternativas que
produzem o maior impacto com o
mesmo gasto);
47
Modelos cont....
b) racionalidade político-sistêmica:
acordo entre os atores do jogo do
poder. A sociedade e os decisores
aceitam o que é viável e o que surge
do labirinto político (partidos,
Congresso, Executivo), não
questionando a responsabilidade
moral das políticas;
48
Modelos cont....
c) formulação responsável: sujeita o
processo decisório ao debate e ao
escrutínio público. Engloba
considerações étnicas à respeito da
responsabilidade na formulação de
políticas públicas. O debate inclue
questões à respeito da igualdade,
liberdade, solidariedade e democracia.
49
O processo decisório envolve
sempre duas questões
• onde surge
a demanda
e
• quem
participa
50
PROCESSO DECISÓRIO
• é o produto do livre jogo de influência e
de poder entre os grupos de pressão
organizados que defendem interesses
quase sempre individuais declarados
publicamente. Quanto maior o alcance
da pressão sobre os decisores, é mais
provável que a decisão seja favorável
ao grupo que a exerce.
51
O processo decisório
brasileiro é influenciado por
• prestígio pessoal, reputação,
políticas clientelísticas,
cooptação e corporativismo
• influência dos economistas,
administradores e técnicos
52
PROCESSO DECISÓRIO
• A escolha se dá entre as várias alternativas
em ação. Normalmente, procedem ao ato de
decisão, processos de conflitos e de acordo
envolvendo pelo menos os atores mais
influentes na política e na administração. Em
regra geral, a instância de decisão
responsável decide sobre um “programa de
compromissos” negociado já anteriormente
entre os atores políticos mais relevantes.
53
A formulação e
implementação de uma
política não podem
estar desconectada do
público alvo.
54
Implementação de
Políticas Públicas
• É a fase cuja ação é estipulada
durante a formulação das políticas e
que produz do mesmo modo certos
resultados e impactos. Quase
sempre os resultados e impactos
projetados não correspondem à
fase de formulação.
55
Implementação
• No processo de
implementação
pode-se distinguir
entre abordagens
dirigidas ou a
programas ou a
estruturas e atores.
• Comparando-se os
fins estipulados na
formulação dos
programas com os
resultados alcançados
examina-se até que
ponto foi cumprida a
encomenda de ação e
quais as causas dos
eventuais déficits de
implementação.
56
IMPLEMENTAÇÃO
• Com relação a implementação a
elaboração das características mais
gerais que envolvem o processo de
decisão são:
– quantidade de mudança envolvida
– extensão do consenso sobre os objetivos e
as metas da política
57
DISPOSIÇÃO DOS
IMPLEMENTADORES
• Depende da:
–compreensão da política
–resposta (aceitação, neutralidade e
rejeição)
–intensidade da resposta
58
Desempenho da Política depende:
• das características das
agências implementadoras
• das condições políticas,
econômicas e sociais
• da forma de execução de
atividades
59
Características das Agências
Implementadoras
• podem ser
examinadas de
acordo com o
tamanho e a
competência da
equipe:
• graus de hierarquia,
sistemas de
controle, graus de
autonomia,
vitalidade da equipe,
redes de
comunicação e
encadeamento que
promovem.
60
Execução de Atividades
• depende da clareza com que metas e
objetivos são fixados e da consistência
com que são comunicados: da relação
entre atividades que envolvem auxílios
técnicos e de informação e da escolha
do tipo de controle (coercitivo,
remunerativo ou normativo) de acordo
com o tipo de organização.
61
Condições políticas,
econômicas e sociais
• dependem dos recursos econômicos
disponíveis, do reflexo das condições
econômicas e sociais, da opinião
pública, da posição das elites, dos
partidos de oposição e da posição dos
grupos privados não institucionais.
62
Implementação
• pode ser vista como um processo
administrativo, portanto, um problema
de consentimento, ou um problema de
barganha intergovernamental ou uma
complexidade de ações conjuntas, com
múltiplas normas, perspectivas diversas
e atores cambiáveis.
63
Estudos de Avaliação
• podem ser a investigação avaliativa
e a avaliação propriamente dita
que pode ser de dois tipos:
avaliação de processo e de
impacto.
64
Estudos de Avaliação
• A avaliação de processo estuda a fase de
implementação de determinada política e
a avaliação de impacto estuda o efeito
dos resultados de uma política. Ambas
são avaliações ex post – ocorrendo
durante e depois da fase de
implementação.
• As avaliações ex ante compreendem o
cálculo do custo benefício e do custo
efetividade de uma política.
65
Avaliação de Políticas
• Nesta fase apreciam-se os
programas já implementados no
tocante aos seus impactos. Trata-se
de indagar os déficits de impacto e
os efeitos colaterais indesejados
para poder deduzir disso
conseqüências para ações e
programas futuros.
66
Segundo Arretche (1998)
• podemos distinguir entre a
avaliação da política,
análise de políticas
públicas e avaliação de
políticas públicas
67
Avaliação de política
•análise dos critérios
que fundamentam
determinada política
68
Análise de
políticas públicas
•exame da engenharia
institucional e dos
traços constitutivos
dos programas
69
Avaliação da política pública
• tem como objetivo atribuir uma
relação de causalidade entre um
programa x e um resultado y
(sucesso, fracasso e impacto
sobre o problema anteriormente
detectado)
70
TENDÊNCIAS
• A avaliação de Políticas
Públicas utiliza do
recursos da distinção
entre eficiência, eficácia
e efetividade.
71
AVALIAÇÃO DE EFICIÊNCIA
• relação do esforço
empregado na
implementação de uma
dada política e os
resultados alcançados.
72
AVALIAÇÕES DE EFICIÊNCIA
• são necessárias porque a eficiência é
um objetivo democrático pois o governo
está gastando o dinheiro do contribuinte,
necessidade de probidade, competência
e eficiência para que haja confiança no
Estado e nas instituições democráticas.
O setor público busca reduzir
desigualdades e o privado minimizar
custos.
73
AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA
• relação entre os objetivos e
instrumentos explícitos de um
dado programa e seus
resultados efetivos – metas
propostas, metas alcançadas
e instrumentos previstos.
74
DIFICULDADE DE EFICÁCIA
• consiste na obtenção e
confiabilidade das informações
obtidas. Pesquisa capaz de
reconstruir o processo de
implantação da política sob
análise.
75
AVALIAÇÃO DA
EFETIVIDADE
• Exame da relação entre a
implementação de um programa
e seus impactos e/ou resultados
(houve efetiva mudança na
população alvo?)
76
EXEMPLO
• Uma campanha de vacinação
pode ser eficaz mas não
efetiva. Atinge um número x
de criança num prazo
determinado, mas não reduz
incidência da doença ou a
diminui substancialmente.
77
AVALIAÇÃO
• A avaliação bem feita se
constitui num importante
direito democrático: o
controle sobre as ações de
governo.
78
Bibliografia
• ARRETCHE, Marta. Tendências no estudo sobre avaliação. RICO,
Elizabeth M. (Org.). Avaliação de Políticas Sociais. São Paulo:
Cortez, 1998.
• COHEN, Ernesto; FRANCO, Rolando. Avaliação de Projetos
Sociais. Rio de Janeiro: Vozes, 1998.
• DRAIBE, Sonia. O padrão brasileiro de proteção social. Análise
Conjuntural, nº 2, Ipardes, 1986.
• HOCHMAN, Gilberto. A era do Saneamento. São Paulo:
Hucitec/Anpocs, 1998.
• SANTOS, W. Guilherme. Cidadania e Justiça. Rio de Janeiro:
Campus, 1979.
• WERNECK VIANNA, Maria Lúcia Teixeira. A americanização
perversa da seguridade social no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 1998.

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  • 2. 2 DEFINIÇÃO • Análise de Políticas Públicas entendida geralmente como o Estado em ação – está ligada à tradição anglo-saxônica.
  • 3. 3 DEFINIÇÃO • Fundada no suposto do bom governo – onde os problemas de governo podem ser melhor dimensionado pelo uso do conhecimento social.
  • 4. 4 DEFINIÇÃO • Separação entre assessoria independente e responsabilidade política – enraizada na cultura política e na limitação do governo.
  • 5. 5 OUTROS PAÍSES • o discurso político se fundamenta na ação do Estado. Na França esta produção foi internalizada no aparelho de Estado e converteu- se em problemas de gestão governamental a cargo de burocracias especializadas.
  • 6. 6 ESTADOS UNIDOS • Institucionalização recente – James Wilson – Theodore Lowi – Arnold Wilenki
  • 7. 7 Caráter interdisciplinar • ciência política, economia, direito, administração • análise de especialistas setoriais (por. ex., saúde pública e previdência social)
  • 8. 8 POPULARIZAÇÃO DO TERMO • tem a ver com o processo de democratização e institucionalização refletindo a interpretação entre estado e sociedade apontando para novos valores na cultura política relativos à publicização de decisões e à noção da esfera pública como distinta da esfera estatal. Relação entre governo e atores governamentais de um lado e os cidadãos de outro.
  • 9. 9 NO BRASIL •A institucionalização do campo das políticas públicas é recente, se detendo basicamente em três áreas
  • 10. 10 1) Regime político, instituições políticas ou o Estado-brasileiro em termos de seu traço constitutivo (patrimonialismo, clientelismo ou o autoritarismo) para analisar políticas específicas, centradas na agenda do Estado desenvolvimentista, planejamento econômico, políticas industriais ou as políticas de desenvolvimento regional;
  • 11. 11 2) Políticas setoriais que combinam a análise do processo político com a análise dos problemas internos às próprias áreas setoriais. Padrão de intervenção do estado, em que as questões de natureza institucional ou políticas são pouco exploradas, Maior diálogo com a sociologia e o debate com a ciência política centra-se, sobretudo, nas questões relativas à cidadania e participação política, processos decisórios e grupos de interesse.
  • 12. 12 3) Políticas públicas de corte social: comparação com os Welfare States – processos de acumulação e legitimação – análise da especificidade do sistema brasileiro de proteção social.
  • 13. 13 Draibe (1986) • aponta para a maturidade institucional da política social brasileira – complexidade organizacional, estrutura de financiamento e diversidade de benefícios estabelecendo a clivagem entre essa estrutura e os níveis de bem-estar social e as patologias que afligem o sistema – clientelismo, centralização decisória, fragmentação institucional e escassos controles sociais.
  • 14. 14 MARCO NA ÁREA • Cidadania e Justiça – Wanderley Guilherme dos Santos (1979) cidadania regulada – demandas de base ocupacional.
  • 15. 15 Destaque para estudos setoriais • Política de terras • Política industrial • Política de energia • Planejamento Urbano • Previdência Social • Política de Saúde • Política de Segurança Pública • Política Educacional • Política Ambiental • Política de Comunicação
  • 16. 16 • Pouco uso da literatura sobre sociologia das organizações mesmos nos estudos sobre expansão da burocracia pública e agências burocráticas.
  • 17. 17 Avaliação de políticas públicas • Débil relação com a ciência política mais associado à contribuição de especialistas setoriais – que produzem seus trabalhos na burocracia pública. Avaliação de programas governamentais – relação estreita com a área de administração pública mas também com a tradição disciplinar da sociologia e da economia.
  • 18. 18 RECENTEMENTE • DEBATE ENTRE CULTURA POLÍTICA / DESENHO INSTITUCIONAL
  • 19. 19 QUESTÃO • A cultura política é anterior ao desenho institucional ou se o desenho institucional (regras e procedimentos ao longo do tempo) produz uma cultura política específica.
  • 20. 20 QUESTÃO • Incidência da cultura política sobre a efetividade e eficácia de políticas.
  • 22. 22 Definição de Políticas Públicas • o conjunto de orientações e ações de um governo com vistas ao alcance de determinados objetivos. (BELLONI, 2000, p.10)
  • 23. 23 Definição cont... • É a ação intencional do Estado junto à sociedade. Assim, por ser voltada para a sociedade e envolver recursos sociais, toda política pública deve ser sistematicamente avaliada do ponto de vista de sua relevância e adequação às necessidades sociais, além de abordar os aspectos de eficiência, eficácia e efetividade das ações empreendidas. (BELLONI, 2000, p.44)
  • 24. 24 Definição cont... • (...) a que se desenvolve em esferas públicas da sociedade (...). Políticas dessa natureza não se restringem, portanto, apenas às políticas estatais ou de governo, podendo abarcar, por exemplo, políticas de organizações privadas ou não governamentais de quaisquer tipo, sempre e quando preservado o caráter público acima referido. (DRAIBE, 2001, p.17)
  • 25. 25 Existe uma diferença entre • Política Pública – conceito abrangente • Programa – desdobramento de uma política • Projeto – unidade menor de ação
  • 26. 26 POLÍTICAS PÚBLICAS • Existem vários modelos explicativos para as diferentes etapas ou fases das políticas públicas. Trata-se de um esforço para explicar a difícil interação de intenções, constituídas na fase de formulação de política se ações, presentes na fase de implementação. Trata-se ainda de discutir a relação que se estabelece entre atores governamentais e atores não governamentais no processo de “fazer política”.
  • 27. 27 ESTES MODELOS... • examinam mais detidamente as fases de formulação e implementação de políticas, procurando superar a tendência de visualizá-las tão somente como a atividade de decidir e executar, identificando assim a fase de formulação com a análise e teoria política e a fase da implementação com a teoria administrativa.
  • 28. 28 • Procura-se superar a idéia recorrente de que o sujeito da ação governamental são os atores governamentais e os cidadãos apenas objeto deste tipo específico de ação.
  • 29. 29 Formação de Assuntos Públicos e de Políticas Públicas - formação da agenda • É o instante em que as questões públicas surgem e formam correntes de opinião ao seu redor – que contribuem para a formação de agendas com questões que merecem políticas definidas. (SILVA & PEDONE, 1988, p.206)
  • 30. 30 FORMAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS • É o processo de elaboração de políticas no Executivo, no Legislativo e em outras instituições públicas.
  • 31. 31 FASES DO PROCESSO DE POLÍTICAS PÚBLICAS 1) Formação de agendas – formação de assuntos públicos e de políticas públicas. Determinam os objetivos imediatos do conflito, aqueles que estão em jogo e indicam quais indivíduos ou grupos irão participar, levando à composição dos blocos de interesse e as alianças possíveis.
  • 32. 32 Construção da agenda • Estudar a construção da agenda é importante porque revela a natureza da relação entre o meio social e o processo governamental.
  • 33. 33 Agenda Política • São os compromissos assumidos pelo governo, seus objetivos ou interesses imediatos, suas prioridades ao lado de suas restrições. Falar em estabelecer uma agenda é falar em estabelecimento de prioridades
  • 34. 34 CONSTRUÇÃO DAAGENDA • Pode ser sistêmica ou não governamental, governamental e de decisão. A primeira diz respeito à lista de assuntos que são, há anos, preocupação do país, sem merecerem atenção do governo, as segunda inclui os problemas que merecem atenção do governo e a última a lista dos problemas a serem decididos.
  • 35. 35 Construção cont... • Um assunto pode sair da agenda sistêmica para a governamental quando há eventos dramáticos ou crises, influência de um quadro de indicadores ou acumulação de informações e experiências.
  • 36. 36 Construção cont... • Existem as chamadas políticas antecipatórias de crises em que a formação de uma política pauta-se pela tentativa de antecipar problemas ou conflitos latentes.
  • 37. 37 ARENAS DECISÓRIAS • Lowi, 1992. Parte do pressuposto de que reações e expectativas das pessoas afetadas por medidas políticas tem um efeito antecipativo para o processo de decisão política e de implementação. Os custos e ganhos que as pessoas esperam de tais medidas tornam-se decisivas para configuração do processo político.
  • 38. 38 AS ARENAS... • se referem aos processos de conflito e consenso dentro das diversas áreas de política, mas também à forma e aos efeitos dos meios de implementação aplicados, aos conteúdos das políticas e finalmente ao modo de resolução de conflitos políticos.
  • 39. 39 ARENA DISTRIBUTIVA • são caracterizadas por um baixo grau de conflito dos processos políticos – distribuem vantagens e não acarretam custos – pelo menos perceptíveis para outros grupos. Característica “consenso e indiferença amigável”. Em regra geral, políticas distributivas beneficiam um grande número de destinatários em escala pequena, enquanto potenciais opositores costumam ser incluídos na distribuição dos serviços e benefícios.
  • 40. 40 ARENA REDISTRIBUTIVA • Costuma ser polarizado e repleto de conflitos. Desvio e deslocamento consciente de recursos financeiros, direitos ou outros valores entre camadas sociais e grupos da sociedade.
  • 41. 41 ARENA REGULATÓRIA • Diz respeito a ordem e proibições, decretos e portarias. Os custos e benefícios podem ter efeitos específicos para determinados grupos ou podem atingir a população de forma ampla e igual. Os processos de conflito, consenso e de coalização podem se modificar de acordo com a configuração específica das políticas.
  • 42. 42 ARENA ESTRUTURADORA • Políticas modificadoras de regras. Determinam as regras do jogo e com isso a estrutura dos processos e conflitos políticos. As condições gerais sob as quais vêm sendo negociadas as políticas distributivas, redistributivas e regulatórias (novas instituições (regulação) modificação no sistema de governo e no sistema eleitoral).
  • 43. 43 Formulação de Políticas Públicas • Na formulação de Políticas Públicas entram –Definição da agenda –Formação de assuntos públicos –Formação de políticas públicas –Processo decisório
  • 44. 44 FORMULAÇÃO • A fase de formulação pode ser desmembrada em três subfases: primeira, quando uma massa de dados transforma-se em informações relevantes, segunda, quando valores, ideais, princípios e ideologias se combinam com informações factuais para produzir conhecimento sobre ação orientada e última quando o conhecimento empírico e normativo é transformado em ações públicas, aqui, agora.
  • 45. 45 O processo de formação de políticas deve responder a três questões • como os assuntos chamam a atenção dos fazedores? • como são formulados? • como uma determinada proposição é escolhida entre outras alternativas?
  • 46. 46 Existem três modelos de formulação de políticas públicas a) racionalidade econômica: critérios de escolha pública e de economia do bem-estar social sem entrar no julgamento de valores. Critérios tecnocráticos contidos na análise custo-benefício (alternativas que produzem o maior impacto com o mesmo gasto);
  • 47. 47 Modelos cont.... b) racionalidade político-sistêmica: acordo entre os atores do jogo do poder. A sociedade e os decisores aceitam o que é viável e o que surge do labirinto político (partidos, Congresso, Executivo), não questionando a responsabilidade moral das políticas;
  • 48. 48 Modelos cont.... c) formulação responsável: sujeita o processo decisório ao debate e ao escrutínio público. Engloba considerações étnicas à respeito da responsabilidade na formulação de políticas públicas. O debate inclue questões à respeito da igualdade, liberdade, solidariedade e democracia.
  • 49. 49 O processo decisório envolve sempre duas questões • onde surge a demanda e • quem participa
  • 50. 50 PROCESSO DECISÓRIO • é o produto do livre jogo de influência e de poder entre os grupos de pressão organizados que defendem interesses quase sempre individuais declarados publicamente. Quanto maior o alcance da pressão sobre os decisores, é mais provável que a decisão seja favorável ao grupo que a exerce.
  • 51. 51 O processo decisório brasileiro é influenciado por • prestígio pessoal, reputação, políticas clientelísticas, cooptação e corporativismo • influência dos economistas, administradores e técnicos
  • 52. 52 PROCESSO DECISÓRIO • A escolha se dá entre as várias alternativas em ação. Normalmente, procedem ao ato de decisão, processos de conflitos e de acordo envolvendo pelo menos os atores mais influentes na política e na administração. Em regra geral, a instância de decisão responsável decide sobre um “programa de compromissos” negociado já anteriormente entre os atores políticos mais relevantes.
  • 53. 53 A formulação e implementação de uma política não podem estar desconectada do público alvo.
  • 54. 54 Implementação de Políticas Públicas • É a fase cuja ação é estipulada durante a formulação das políticas e que produz do mesmo modo certos resultados e impactos. Quase sempre os resultados e impactos projetados não correspondem à fase de formulação.
  • 55. 55 Implementação • No processo de implementação pode-se distinguir entre abordagens dirigidas ou a programas ou a estruturas e atores. • Comparando-se os fins estipulados na formulação dos programas com os resultados alcançados examina-se até que ponto foi cumprida a encomenda de ação e quais as causas dos eventuais déficits de implementação.
  • 56. 56 IMPLEMENTAÇÃO • Com relação a implementação a elaboração das características mais gerais que envolvem o processo de decisão são: – quantidade de mudança envolvida – extensão do consenso sobre os objetivos e as metas da política
  • 57. 57 DISPOSIÇÃO DOS IMPLEMENTADORES • Depende da: –compreensão da política –resposta (aceitação, neutralidade e rejeição) –intensidade da resposta
  • 58. 58 Desempenho da Política depende: • das características das agências implementadoras • das condições políticas, econômicas e sociais • da forma de execução de atividades
  • 59. 59 Características das Agências Implementadoras • podem ser examinadas de acordo com o tamanho e a competência da equipe: • graus de hierarquia, sistemas de controle, graus de autonomia, vitalidade da equipe, redes de comunicação e encadeamento que promovem.
  • 60. 60 Execução de Atividades • depende da clareza com que metas e objetivos são fixados e da consistência com que são comunicados: da relação entre atividades que envolvem auxílios técnicos e de informação e da escolha do tipo de controle (coercitivo, remunerativo ou normativo) de acordo com o tipo de organização.
  • 61. 61 Condições políticas, econômicas e sociais • dependem dos recursos econômicos disponíveis, do reflexo das condições econômicas e sociais, da opinião pública, da posição das elites, dos partidos de oposição e da posição dos grupos privados não institucionais.
  • 62. 62 Implementação • pode ser vista como um processo administrativo, portanto, um problema de consentimento, ou um problema de barganha intergovernamental ou uma complexidade de ações conjuntas, com múltiplas normas, perspectivas diversas e atores cambiáveis.
  • 63. 63 Estudos de Avaliação • podem ser a investigação avaliativa e a avaliação propriamente dita que pode ser de dois tipos: avaliação de processo e de impacto.
  • 64. 64 Estudos de Avaliação • A avaliação de processo estuda a fase de implementação de determinada política e a avaliação de impacto estuda o efeito dos resultados de uma política. Ambas são avaliações ex post – ocorrendo durante e depois da fase de implementação. • As avaliações ex ante compreendem o cálculo do custo benefício e do custo efetividade de uma política.
  • 65. 65 Avaliação de Políticas • Nesta fase apreciam-se os programas já implementados no tocante aos seus impactos. Trata-se de indagar os déficits de impacto e os efeitos colaterais indesejados para poder deduzir disso conseqüências para ações e programas futuros.
  • 66. 66 Segundo Arretche (1998) • podemos distinguir entre a avaliação da política, análise de políticas públicas e avaliação de políticas públicas
  • 67. 67 Avaliação de política •análise dos critérios que fundamentam determinada política
  • 68. 68 Análise de políticas públicas •exame da engenharia institucional e dos traços constitutivos dos programas
  • 69. 69 Avaliação da política pública • tem como objetivo atribuir uma relação de causalidade entre um programa x e um resultado y (sucesso, fracasso e impacto sobre o problema anteriormente detectado)
  • 70. 70 TENDÊNCIAS • A avaliação de Políticas Públicas utiliza do recursos da distinção entre eficiência, eficácia e efetividade.
  • 71. 71 AVALIAÇÃO DE EFICIÊNCIA • relação do esforço empregado na implementação de uma dada política e os resultados alcançados.
  • 72. 72 AVALIAÇÕES DE EFICIÊNCIA • são necessárias porque a eficiência é um objetivo democrático pois o governo está gastando o dinheiro do contribuinte, necessidade de probidade, competência e eficiência para que haja confiança no Estado e nas instituições democráticas. O setor público busca reduzir desigualdades e o privado minimizar custos.
  • 73. 73 AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA • relação entre os objetivos e instrumentos explícitos de um dado programa e seus resultados efetivos – metas propostas, metas alcançadas e instrumentos previstos.
  • 74. 74 DIFICULDADE DE EFICÁCIA • consiste na obtenção e confiabilidade das informações obtidas. Pesquisa capaz de reconstruir o processo de implantação da política sob análise.
  • 75. 75 AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE • Exame da relação entre a implementação de um programa e seus impactos e/ou resultados (houve efetiva mudança na população alvo?)
  • 76. 76 EXEMPLO • Uma campanha de vacinação pode ser eficaz mas não efetiva. Atinge um número x de criança num prazo determinado, mas não reduz incidência da doença ou a diminui substancialmente.
  • 77. 77 AVALIAÇÃO • A avaliação bem feita se constitui num importante direito democrático: o controle sobre as ações de governo.
  • 78. 78 Bibliografia • ARRETCHE, Marta. Tendências no estudo sobre avaliação. RICO, Elizabeth M. (Org.). Avaliação de Políticas Sociais. São Paulo: Cortez, 1998. • COHEN, Ernesto; FRANCO, Rolando. Avaliação de Projetos Sociais. Rio de Janeiro: Vozes, 1998. • DRAIBE, Sonia. O padrão brasileiro de proteção social. Análise Conjuntural, nº 2, Ipardes, 1986. • HOCHMAN, Gilberto. A era do Saneamento. São Paulo: Hucitec/Anpocs, 1998. • SANTOS, W. Guilherme. Cidadania e Justiça. Rio de Janeiro: Campus, 1979. • WERNECK VIANNA, Maria Lúcia Teixeira. A americanização perversa da seguridade social no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 1998.