SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
Pessoas Lindas,
O I Treinamento em Metodologia de Pesquisa em Sexualidades, Gênero e Direitos
Humanos, que se tornou também Seminário, foi construído por uma história de um
ser no mundo, não sendo nunca verdadeiramente de um ser, mas sim de uma
ancestralidade, lembrando Eduardo Oliveira. Uma ancestralidade que se fez pelo
ontem, que se faz pelo hoje e se fará pelo amanhã envolto num movimento múltiplo
que se desloca em mitos fundadores, cujos conteúdos se repetem, se modificam
nas fissuras, nas cumplicidades, nas rupturas, no entrelugar, no quase sem lugar, ora
na zona dos ininteligíveis, ora na zona dos inteligíveis.
Passado, presente e futuro se confundiam no devir de um tempo... Imaginava
situando-me numa matrix, e daí ancorava-me na voz de Maria Luiza Heilborn que
ressoava sua maestria de um lugar inesperado para uma mulher. E é esta mulher que
se constitui e é constituída pelo escracho e o gozo das estruturas. Nada psicanalítico
lacaniano e nem tampouco levistraussiano. É vontade de potência transmutada. É a
mulher empoderada.
O presente agora, se apresenta naquele espaço austero, simbólico, que se insurge em
Defesa dos Direitos Humanos, mas que teima em meter medo e receios naquelas
vítimas que se viram violadas em suas dignidades. Nele, uma mulher, Márcia Teixeira,
se firma e afirma ser e estar em um lugar encapsulado, dele deslocando-se sem dele
sair, num movimento vital para o deslocamento possível dessa expressão tão
tradicional, sob olhares reprovadores, receosos, mas inevitavelmente rendidos ao
supostamente novo. Ela claramente revela que tudo que é sólido se desmancha no ar
via o gênero e as sexualidades. Mas ainda tudo é tão conservador, é tão machista, é
tão petulante, é tão arrogante, é a encarnação forte da heteronormatividade.
Visivelmente incomodada com a dinâmica desta perversa estrutura que nega o/a
outro/a, Rosa Oliveira, visceralmente escarafuncha este mundo, e, corajosamente se
lança nas possíveis fissuras da heterossexualidade compulsória dos magistrados.
Caminhos lineares tão negociáveis? O que se leva? O que se desencontra?
É no lugar público que se fala de e sobre mulheres, e são elas, as mulheres, que falam.
É na voz de Eliane Maio que ressoam as sexualidades, descortinando a sagrada família,
podendo esta também ser vista como um espaço possível de violência concreta e
simbólica. E o nome da coisa se faz presente em números e as práticas sexuais são
desveladas por uma taxonomia própria de nós, brasileiros/as. Irina Bacci se afirma
como lésbica brasileira e fala sobre suas experiências e aprende com suas experiências
e nos faz rir com seu escracho e nos conta da sua ida à Genebra, onde foi porta voz
LGBT do Brasil. É o lugar de Nádia de Nogueira, o público, que aponta um casal lésbico
cravado no tempo, que se situa e é situada a partir da perspectiva biológica do sexo.
As metanarrativas: Quem canta esta nação? Pois bem, falar de nação, miscigenação,
dos/as subalternos e da elite em sua branquitade é nos repensarmos, enquanto lugar
de antropólogos/as, enquanto voz silenciada, enquanto voz sem silêncios, enquanto
colonizados/as, enquanto completamente imersos no fazer sob suspeita. Então,
Suzana Maia nos fala do seu lugar, numa intenção clara de falar daquilo que é sagrado,
sem o desejo da cumplicidade deste seu lugar, difícil jornada... contamos sempre com
o seu deslocamento tão necessário, e, inevitavelmente esquivado por muitos/as, então
a encorajamos. E Laura Moutinho... sempre desejada por nós, nordestinos/as, cuja fala
nos reporta criticamente aos vacilos gilbertianos... leitura e re-leitura necessária para
encarar a metanarrativa de um ser brasileiro. E aí, miscigenação à vista??? Ou
miscigenação subalterna?
E Brasil à fora? Somos Pagus indignadas no palanque... Somos um eu suely messeder,
somos um eu lícia maria barbosa, somos um eu isabele sanches, somos um eu isaura
da cruz, somos um eu nazaré lima , somos um eu joselina silva, somos um eu ana
cristina, somos um eu marta rodrigues, somos um eu bell hooks, somos que somos as
piriguetes anunciadas por clebemilton nascimento, somos as mulheres masculinizadas
no terreiro de murilo arruda... Somos que somos em nossas ancestralidades
construídas em corpos, carne, sangue e fragmentos.... Seremos possíveis sexualidades
com fernanda bezerra? Sem corpo? Sem gênero? Sem os sexos: vagina ou pênis?
Somos hipersexualizados/as. Temos o maior pênis ou a maior bunda da vênus negra?
Então, como nos agenciamos? Nos contextos? E nas intersubjetividades? Quais são as
nossas possibilidades nos interstícios? Quais são as nossas possibilidades estruturais?
E as oficinas? Um mundo à parte das possibilidades e impossibilidades. Serão
certamente narradas em outro momento. E então, rosangela ribeiro, rebeca
benevides, ana lúcia nunes , eloide leite, natalícia barbosa, amanaiara miranda,
domingos souza, graciela fernandez, elizete frança, barbara alves, rejane calixto,
ricardo andrade, natalino perovano, daniela romero, vanessa vila verde, camila ramos,
ione costa, victoria aquino, nildes sena e iris alves serão todas as vozes não mais
silenciadas, ou, se silenciadas, que seja por hiato de tempo completamente
mensurável. Falar de Walter Rozadillas, de Ana Lúcia Castro, de Nildes Sena com a
ideia de performance para daí entendermos a performatividade ou um habitus que se
constrói no self encarnado ou corpomente ou mentecorpo, para daí, então, falar
fortemente sério em demografia e sexualidades, mas com uma leveza tocante via
Alessandra Chacham.
Somos todas/os pessoas com potência construindo pontes imaginárias que são
fortalecidas de dentro pra fora e de fora pra dentro da UNEB, tida muitas vezes como
uma universidade periférica, e agora mais especificamente nesta fala com e sobre os
projetos que estão sendo desenvolvidos com a entrega absoluta da pesquisadora, cujo
desejo é alcançar utopia de um mundo, cujas resistências sejam pacíficas, e, a
mudança enseje um mundo mais justo e feliz.
Obrigada a tod@s,
Suely Messeder

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Sobre o Treinamento

Texto um corpo em ação sobre a ação social.
Texto um corpo em ação sobre a ação social.Texto um corpo em ação sobre a ação social.
Texto um corpo em ação sobre a ação social.Nildes Sena
 
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outros
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outrosAula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outros
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outrosGerson Coppes
 
Da conscientização ao empoderamento negro nas mídias sociais
Da conscientização ao empoderamento negro nas mídias sociaisDa conscientização ao empoderamento negro nas mídias sociais
Da conscientização ao empoderamento negro nas mídias sociaisBreados Online
 
ANA LUIZA Apresentação Racismo - Evento Pop Rua julho 2018 (1).ppt
ANA LUIZA Apresentação Racismo - Evento Pop Rua  julho 2018 (1).pptANA LUIZA Apresentação Racismo - Evento Pop Rua  julho 2018 (1).ppt
ANA LUIZA Apresentação Racismo - Evento Pop Rua julho 2018 (1).pptVitorSimes25
 
O centro espirita_herculanopires
O centro espirita_herculanopiresO centro espirita_herculanopires
O centro espirita_herculanopiresHelio Cruz
 
Estudo sobre surdez - II
Estudo sobre surdez - IIEstudo sobre surdez - II
Estudo sobre surdez - IIasustecnologia
 
Historia e utopia emil cioran
Historia e utopia   emil cioranHistoria e utopia   emil cioran
Historia e utopia emil cioranMarioFinottiSilva
 
"Chegou a hora de darmos a luz a nós mesmas" - Situando-nos enquanto mulheres...
"Chegou a hora de darmos a luz a nós mesmas" - Situando-nos enquanto mulheres..."Chegou a hora de darmos a luz a nós mesmas" - Situando-nos enquanto mulheres...
"Chegou a hora de darmos a luz a nós mesmas" - Situando-nos enquanto mulheres...Geraa Ufms
 
Narrar é poder existir
Narrar é poder existirNarrar é poder existir
Narrar é poder existirQuziaLopes2
 
Metáforas da alma feminina em Balada de amor ao vento
Metáforas da alma feminina em Balada de amor ao ventoMetáforas da alma feminina em Balada de amor ao vento
Metáforas da alma feminina em Balada de amor ao ventoAdail Sobral
 
Seculos Indígenas
Seculos IndígenasSeculos Indígenas
Seculos Indígenasoarantes
 
Mini curso sagrado feminino puc 2018
Mini curso sagrado feminino puc 2018 Mini curso sagrado feminino puc 2018
Mini curso sagrado feminino puc 2018 Rosinalda Simoni
 
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdftexto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdfDenise De Ramos
 
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdftexto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdfDenise De Ramos
 
Estudos2 091010061921-phpapp01
Estudos2 091010061921-phpapp01Estudos2 091010061921-phpapp01
Estudos2 091010061921-phpapp01Assis- SP
 

Semelhante a Sobre o Treinamento (20)

Funcoes da linguagem atividades
Funcoes da linguagem atividadesFuncoes da linguagem atividades
Funcoes da linguagem atividades
 
Texto um corpo em ação sobre a ação social.
Texto um corpo em ação sobre a ação social.Texto um corpo em ação sobre a ação social.
Texto um corpo em ação sobre a ação social.
 
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outros
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outrosAula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outros
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outros
 
Papeis poderes generos
Papeis poderes generosPapeis poderes generos
Papeis poderes generos
 
Da conscientização ao empoderamento negro nas mídias sociais
Da conscientização ao empoderamento negro nas mídias sociaisDa conscientização ao empoderamento negro nas mídias sociais
Da conscientização ao empoderamento negro nas mídias sociais
 
ANA LUIZA Apresentação Racismo - Evento Pop Rua julho 2018 (1).ppt
ANA LUIZA Apresentação Racismo - Evento Pop Rua  julho 2018 (1).pptANA LUIZA Apresentação Racismo - Evento Pop Rua  julho 2018 (1).ppt
ANA LUIZA Apresentação Racismo - Evento Pop Rua julho 2018 (1).ppt
 
O centro espirita_herculanopires
O centro espirita_herculanopiresO centro espirita_herculanopires
O centro espirita_herculanopires
 
Estudo sobre surdez - II
Estudo sobre surdez - IIEstudo sobre surdez - II
Estudo sobre surdez - II
 
Ciganos: identidade e cultura
Ciganos: identidade e culturaCiganos: identidade e cultura
Ciganos: identidade e cultura
 
Historia e utopia emil cioran
Historia e utopia   emil cioranHistoria e utopia   emil cioran
Historia e utopia emil cioran
 
"Chegou a hora de darmos a luz a nós mesmas" - Situando-nos enquanto mulheres...
"Chegou a hora de darmos a luz a nós mesmas" - Situando-nos enquanto mulheres..."Chegou a hora de darmos a luz a nós mesmas" - Situando-nos enquanto mulheres...
"Chegou a hora de darmos a luz a nós mesmas" - Situando-nos enquanto mulheres...
 
Narrar é poder existir
Narrar é poder existirNarrar é poder existir
Narrar é poder existir
 
Metáforas da alma feminina em Balada de amor ao vento
Metáforas da alma feminina em Balada de amor ao ventoMetáforas da alma feminina em Balada de amor ao vento
Metáforas da alma feminina em Balada de amor ao vento
 
Seculos Indígenas
Seculos IndígenasSeculos Indígenas
Seculos Indígenas
 
Mini curso sagrado feminino puc 2018
Mini curso sagrado feminino puc 2018 Mini curso sagrado feminino puc 2018
Mini curso sagrado feminino puc 2018
 
Livros sobre consciência negra
Livros sobre consciência negraLivros sobre consciência negra
Livros sobre consciência negra
 
pedagogia improvavel
pedagogia improvavelpedagogia improvavel
pedagogia improvavel
 
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdftexto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
 
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdftexto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
 
Estudos2 091010061921-phpapp01
Estudos2 091010061921-phpapp01Estudos2 091010061921-phpapp01
Estudos2 091010061921-phpapp01
 

Mais de Suely Messeder

Referências bibliográficas produzidas pelo projeto
Referências bibliográficas produzidas pelo  projetoReferências bibliográficas produzidas pelo  projeto
Referências bibliográficas produzidas pelo projetoSuely Messeder
 
Premiação da XVII Jornada de Iniciação Científica
Premiação da XVII Jornada de Iniciação CientíficaPremiação da XVII Jornada de Iniciação Científica
Premiação da XVII Jornada de Iniciação CientíficaSuely Messeder
 
Formulario padrao-submissao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013
Formulario padrao-submissao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013Formulario padrao-submissao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013
Formulario padrao-submissao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013Suely Messeder
 
Ficha de-inscricao-apresentacao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013
Ficha de-inscricao-apresentacao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013Ficha de-inscricao-apresentacao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013
Ficha de-inscricao-apresentacao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013Suely Messeder
 
Ficha de-inscricao-ouvinte-enlacando-sexualidades-20131
Ficha de-inscricao-ouvinte-enlacando-sexualidades-20131Ficha de-inscricao-ouvinte-enlacando-sexualidades-20131
Ficha de-inscricao-ouvinte-enlacando-sexualidades-20131Suely Messeder
 
Banner - Masculinidades em Corpos Femininos
Banner - Masculinidades em Corpos FemininosBanner - Masculinidades em Corpos Femininos
Banner - Masculinidades em Corpos FemininosSuely Messeder
 
O MUNDO DO TRABALHO DAS MULHERES MASCULINIZADAS: um estudo sobre as masculin...
O MUNDO DO TRABALHO DAS MULHERES MASCULINIZADAS:  um estudo sobre as masculin...O MUNDO DO TRABALHO DAS MULHERES MASCULINIZADAS:  um estudo sobre as masculin...
O MUNDO DO TRABALHO DAS MULHERES MASCULINIZADAS: um estudo sobre as masculin...Suely Messeder
 
“Não me acho masculinizada, mas sim arrojada”: Os desafios na pesquisa sobre...
“Não me acho masculinizada, mas sim arrojada”: Os desafios na  pesquisa sobre...“Não me acho masculinizada, mas sim arrojada”: Os desafios na  pesquisa sobre...
“Não me acho masculinizada, mas sim arrojada”: Os desafios na pesquisa sobre...Suely Messeder
 
Quando as lésbicas entram na cena do cotidiano: uma breve análise dos relatos...
Quando as lésbicas entram na cena do cotidiano: uma breve análise dos relatos...Quando as lésbicas entram na cena do cotidiano: uma breve análise dos relatos...
Quando as lésbicas entram na cena do cotidiano: uma breve análise dos relatos...Suely Messeder
 
E precisa isso?!: Desconstruindo o fio das masculinidades nas vivências de mu...
E precisa isso?!: Desconstruindo o fio das masculinidades nas vivências de mu...E precisa isso?!: Desconstruindo o fio das masculinidades nas vivências de mu...
E precisa isso?!: Desconstruindo o fio das masculinidades nas vivências de mu...Suely Messeder
 
Apontamentos sobre Sexualidades na Terceira Onda do Movimento LGBT
Apontamentos sobre Sexualidades na Terceira Onda do Movimento LGBTApontamentos sobre Sexualidades na Terceira Onda do Movimento LGBT
Apontamentos sobre Sexualidades na Terceira Onda do Movimento LGBTSuely Messeder
 
Catálogo_Mulheres cientistas na/da Bahia
Catálogo_Mulheres cientistas na/da BahiaCatálogo_Mulheres cientistas na/da Bahia
Catálogo_Mulheres cientistas na/da BahiaSuely Messeder
 

Mais de Suely Messeder (13)

Referências bibliográficas produzidas pelo projeto
Referências bibliográficas produzidas pelo  projetoReferências bibliográficas produzidas pelo  projeto
Referências bibliográficas produzidas pelo projeto
 
Premiação da XVII Jornada de Iniciação Científica
Premiação da XVII Jornada de Iniciação CientíficaPremiação da XVII Jornada de Iniciação Científica
Premiação da XVII Jornada de Iniciação Científica
 
A Pesquisa
A PesquisaA Pesquisa
A Pesquisa
 
Formulario padrao-submissao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013
Formulario padrao-submissao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013Formulario padrao-submissao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013
Formulario padrao-submissao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013
 
Ficha de-inscricao-apresentacao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013
Ficha de-inscricao-apresentacao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013Ficha de-inscricao-apresentacao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013
Ficha de-inscricao-apresentacao-de-trabalhos-enlacando-sexualidades-2013
 
Ficha de-inscricao-ouvinte-enlacando-sexualidades-20131
Ficha de-inscricao-ouvinte-enlacando-sexualidades-20131Ficha de-inscricao-ouvinte-enlacando-sexualidades-20131
Ficha de-inscricao-ouvinte-enlacando-sexualidades-20131
 
Banner - Masculinidades em Corpos Femininos
Banner - Masculinidades em Corpos FemininosBanner - Masculinidades em Corpos Femininos
Banner - Masculinidades em Corpos Femininos
 
O MUNDO DO TRABALHO DAS MULHERES MASCULINIZADAS: um estudo sobre as masculin...
O MUNDO DO TRABALHO DAS MULHERES MASCULINIZADAS:  um estudo sobre as masculin...O MUNDO DO TRABALHO DAS MULHERES MASCULINIZADAS:  um estudo sobre as masculin...
O MUNDO DO TRABALHO DAS MULHERES MASCULINIZADAS: um estudo sobre as masculin...
 
“Não me acho masculinizada, mas sim arrojada”: Os desafios na pesquisa sobre...
“Não me acho masculinizada, mas sim arrojada”: Os desafios na  pesquisa sobre...“Não me acho masculinizada, mas sim arrojada”: Os desafios na  pesquisa sobre...
“Não me acho masculinizada, mas sim arrojada”: Os desafios na pesquisa sobre...
 
Quando as lésbicas entram na cena do cotidiano: uma breve análise dos relatos...
Quando as lésbicas entram na cena do cotidiano: uma breve análise dos relatos...Quando as lésbicas entram na cena do cotidiano: uma breve análise dos relatos...
Quando as lésbicas entram na cena do cotidiano: uma breve análise dos relatos...
 
E precisa isso?!: Desconstruindo o fio das masculinidades nas vivências de mu...
E precisa isso?!: Desconstruindo o fio das masculinidades nas vivências de mu...E precisa isso?!: Desconstruindo o fio das masculinidades nas vivências de mu...
E precisa isso?!: Desconstruindo o fio das masculinidades nas vivências de mu...
 
Apontamentos sobre Sexualidades na Terceira Onda do Movimento LGBT
Apontamentos sobre Sexualidades na Terceira Onda do Movimento LGBTApontamentos sobre Sexualidades na Terceira Onda do Movimento LGBT
Apontamentos sobre Sexualidades na Terceira Onda do Movimento LGBT
 
Catálogo_Mulheres cientistas na/da Bahia
Catálogo_Mulheres cientistas na/da BahiaCatálogo_Mulheres cientistas na/da Bahia
Catálogo_Mulheres cientistas na/da Bahia
 

Último

JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 

Último (20)

JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 

Sobre o Treinamento

  • 1. Pessoas Lindas, O I Treinamento em Metodologia de Pesquisa em Sexualidades, Gênero e Direitos Humanos, que se tornou também Seminário, foi construído por uma história de um ser no mundo, não sendo nunca verdadeiramente de um ser, mas sim de uma ancestralidade, lembrando Eduardo Oliveira. Uma ancestralidade que se fez pelo ontem, que se faz pelo hoje e se fará pelo amanhã envolto num movimento múltiplo que se desloca em mitos fundadores, cujos conteúdos se repetem, se modificam nas fissuras, nas cumplicidades, nas rupturas, no entrelugar, no quase sem lugar, ora na zona dos ininteligíveis, ora na zona dos inteligíveis. Passado, presente e futuro se confundiam no devir de um tempo... Imaginava situando-me numa matrix, e daí ancorava-me na voz de Maria Luiza Heilborn que ressoava sua maestria de um lugar inesperado para uma mulher. E é esta mulher que se constitui e é constituída pelo escracho e o gozo das estruturas. Nada psicanalítico lacaniano e nem tampouco levistraussiano. É vontade de potência transmutada. É a mulher empoderada. O presente agora, se apresenta naquele espaço austero, simbólico, que se insurge em Defesa dos Direitos Humanos, mas que teima em meter medo e receios naquelas vítimas que se viram violadas em suas dignidades. Nele, uma mulher, Márcia Teixeira, se firma e afirma ser e estar em um lugar encapsulado, dele deslocando-se sem dele sair, num movimento vital para o deslocamento possível dessa expressão tão tradicional, sob olhares reprovadores, receosos, mas inevitavelmente rendidos ao supostamente novo. Ela claramente revela que tudo que é sólido se desmancha no ar via o gênero e as sexualidades. Mas ainda tudo é tão conservador, é tão machista, é tão petulante, é tão arrogante, é a encarnação forte da heteronormatividade. Visivelmente incomodada com a dinâmica desta perversa estrutura que nega o/a outro/a, Rosa Oliveira, visceralmente escarafuncha este mundo, e, corajosamente se lança nas possíveis fissuras da heterossexualidade compulsória dos magistrados. Caminhos lineares tão negociáveis? O que se leva? O que se desencontra? É no lugar público que se fala de e sobre mulheres, e são elas, as mulheres, que falam. É na voz de Eliane Maio que ressoam as sexualidades, descortinando a sagrada família, podendo esta também ser vista como um espaço possível de violência concreta e simbólica. E o nome da coisa se faz presente em números e as práticas sexuais são desveladas por uma taxonomia própria de nós, brasileiros/as. Irina Bacci se afirma como lésbica brasileira e fala sobre suas experiências e aprende com suas experiências e nos faz rir com seu escracho e nos conta da sua ida à Genebra, onde foi porta voz LGBT do Brasil. É o lugar de Nádia de Nogueira, o público, que aponta um casal lésbico cravado no tempo, que se situa e é situada a partir da perspectiva biológica do sexo.
  • 2. As metanarrativas: Quem canta esta nação? Pois bem, falar de nação, miscigenação, dos/as subalternos e da elite em sua branquitade é nos repensarmos, enquanto lugar de antropólogos/as, enquanto voz silenciada, enquanto voz sem silêncios, enquanto colonizados/as, enquanto completamente imersos no fazer sob suspeita. Então, Suzana Maia nos fala do seu lugar, numa intenção clara de falar daquilo que é sagrado, sem o desejo da cumplicidade deste seu lugar, difícil jornada... contamos sempre com o seu deslocamento tão necessário, e, inevitavelmente esquivado por muitos/as, então a encorajamos. E Laura Moutinho... sempre desejada por nós, nordestinos/as, cuja fala nos reporta criticamente aos vacilos gilbertianos... leitura e re-leitura necessária para encarar a metanarrativa de um ser brasileiro. E aí, miscigenação à vista??? Ou miscigenação subalterna? E Brasil à fora? Somos Pagus indignadas no palanque... Somos um eu suely messeder, somos um eu lícia maria barbosa, somos um eu isabele sanches, somos um eu isaura da cruz, somos um eu nazaré lima , somos um eu joselina silva, somos um eu ana cristina, somos um eu marta rodrigues, somos um eu bell hooks, somos que somos as piriguetes anunciadas por clebemilton nascimento, somos as mulheres masculinizadas no terreiro de murilo arruda... Somos que somos em nossas ancestralidades construídas em corpos, carne, sangue e fragmentos.... Seremos possíveis sexualidades com fernanda bezerra? Sem corpo? Sem gênero? Sem os sexos: vagina ou pênis? Somos hipersexualizados/as. Temos o maior pênis ou a maior bunda da vênus negra? Então, como nos agenciamos? Nos contextos? E nas intersubjetividades? Quais são as nossas possibilidades nos interstícios? Quais são as nossas possibilidades estruturais? E as oficinas? Um mundo à parte das possibilidades e impossibilidades. Serão certamente narradas em outro momento. E então, rosangela ribeiro, rebeca benevides, ana lúcia nunes , eloide leite, natalícia barbosa, amanaiara miranda, domingos souza, graciela fernandez, elizete frança, barbara alves, rejane calixto, ricardo andrade, natalino perovano, daniela romero, vanessa vila verde, camila ramos, ione costa, victoria aquino, nildes sena e iris alves serão todas as vozes não mais silenciadas, ou, se silenciadas, que seja por hiato de tempo completamente mensurável. Falar de Walter Rozadillas, de Ana Lúcia Castro, de Nildes Sena com a ideia de performance para daí entendermos a performatividade ou um habitus que se constrói no self encarnado ou corpomente ou mentecorpo, para daí, então, falar fortemente sério em demografia e sexualidades, mas com uma leveza tocante via Alessandra Chacham. Somos todas/os pessoas com potência construindo pontes imaginárias que são fortalecidas de dentro pra fora e de fora pra dentro da UNEB, tida muitas vezes como uma universidade periférica, e agora mais especificamente nesta fala com e sobre os projetos que estão sendo desenvolvidos com a entrega absoluta da pesquisadora, cujo
  • 3. desejo é alcançar utopia de um mundo, cujas resistências sejam pacíficas, e, a mudança enseje um mundo mais justo e feliz. Obrigada a tod@s, Suely Messeder