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Moldes ABM 2011


             Recomendações técnicas para o
         Projetista de moldes e matrizes em aço
         com vistas a uma “segura” Têmpera a
                               Vácuo
                                        João Carmo Vendramim - Isoflama




                            www.isoflama.com.br
                          isoflama@isoflama.com.br
João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
      Definição ABNT 8635 para Tratamento Térmico


                       “Processo térmico de

            aquecimento, manutenção e
                  resfriamento de metais”



João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
                       Têmpera = Resfriamento

                 Modalidades de Resfriamento:
   Decresce Riscos
                            • Ar
                 • Gás Nitrogênio sob pressão
           • Mistura de gases (N2 – H2 – Argônio)
               • Óleo; Polímero; Sal fundido
                          • Água


João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
      “Têmpera a Vácuo” (= resfriamento com
      gás nitrogênio sob pressão: de 2 a 20 bar)

   • Resfriamento (a partir da temperatura de

      Austenitização) =     Riscos !!!
   • Riscos: Trincas; e Deformação / Distorção

   • Isoflama = 2 < Pressão [bar] < 12

João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
     Risco 1 – Deformação / Distorção
     Deformação está associado a “empenamento”. Causada
     por tensões internas, problemas na manipulação dos
     parâmetros de processo térmico, montagem da peça na
     carga e projeto.

     Distorção está associada a alteração dimensional
     assimétrica, sendo os principais fatores de influencia: “Estado
     da matéria prima”; “propriedades físicas da liga ferrosa”;
     “rota e condições de usinagem”; “projeto”; “alivio de tensão
     no desbaste”; “tensões de transformação”; tensões
     térmicas”; “parâmetros de processo térmico”; “têmpera”; e
     “tecnologia empregada no processo térmico”.



João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
   Risco 1 – Deformação / Distorção


   • Fenômeno “Alotropria” para alguns metais:   alteração da
   estrutura cristalina no estado sólido.

   • No caso do Ferro: CCC para CFC no aquecimento implica em
   expansão. Redução de volume ocorre no resfriamento e, se
   rápido, acresce nova expansão.




João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
         Transformação “CFC” (Austenita) em “TTC” (Martensita)




                                                  Logomarca Isoflama




João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
     Mudança de volume devido a transformação estrutural


                                  Expansão

               Expansão 4% vol.




                                  Contração




João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
    Estado de tensões no resfriamento com transformação de fase




 Fonte: Failures Related to Heat Treating Operations
 G.E. Totten, G.E. Totten & Associates, Inc.; M. Narazaki, Utsunomia University (Japan) R.R. Blackwood, Tenaxol Inc.
João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
       Projeto: “Pode” / “Não pode” para mínima tensão residual




     Fonte: Failures Related to Heat Treating Operations
João Carmo Vendramim Associates, Inc.; M. Narazaki, Utsunomia University (Japan); R.R. Blackwood, Tenaxol Inc.
     G.E. Totten, G.E. Totten &
Moldes ABM 2011
     Risco 1 – Deformação / Distorção

      Variações dimensionais resultantes de tratamentos térmicos

   • Maior quanto mais alta a temperatura têmpera;
   • Maior quanto maior a taxa de resfriamento;
   • Maior quanto maior a condutibilidade térmica;
   • Maior quanto maior o coeficiente de dilatação;
   • Maior quanto maiores as dimensões da peça;




João Carmo Vendramim
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    Usinagem

    • Sobremetal – 0,2% no dimensional Largura, Comprimento e
      Espessura – suficiente para as operações posteriores.
    • Não deixar falhas na usinagem fina;
    • Alivio de Tensão depois da Usinagem de Desbaste;
    • Tensões pela usinagem fina “High Speed”: manter 0,3% por
      lado como tolerância de maneira a remover possíveis
      mudanças negativas e distorções não visiveis; [Fonte: Uddeholm];
    • Raios grandes, fartos – 5 a 10 mm – para prevenção contra
      trincas; [Fonte: Uddeholm];
    • Mudança de forma intensa: prever sobremetal exagerado
    • Eletroerosão: realizar Alivio de Tensão para revenir martensita
      formada na superfície e enriquecida pelo elemento Carbono
      proveniente do dielétrico.
João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
    Risco 1 – Deformação / Distorção




João Carmo Vendramim          [Fonte: Uddeholm; Orvar Superior]
Moldes ABM 2011
     Risco 1 – Deformação / Distorção

       Influencia da direção de forjamento na mudança dimensional




                                    Fonte: Tool Steel Handbook; Dorremberg


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      Risco 2: Trincas na Têmpera

      Microtrincas podem estar presentes na etapa de usinagem –
      cisalhamento e arrancamento de material (cavaco) e
      dependendo do nível de tensões presentes - aquecimento,
      resfriamento, transformação microestrutural, local de
      concentração de tensões, variação de forma - o processo
      térmico aplicado pode potencializar estas.
      Trincas no processo térmico podem ser nucleadas no estágio
      de aquecimento, resfriamento, ou durante o revenimento. O
      processo térmico, se parâmetros e tecnologia de
      aquecimento e resfriamento adequados, é OBJETO e Não
      SUJEITO na nucleação de trincas.


João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
   Projetista de Moldes e Matrizes e a operação de têmpera

   • Melhor e correta rota de usinagem = menos tensões;
   • Fartos e generosos raios de concordância;
   • Evitar “cantos vivos”
   • Evitar “chavetas”
   • Evitar furos de paredes finas;
   • Não deixar superfícies, furos, com restos de cavacos;
   • Usinagem correta (parâmetros de processo adequados);
   • Projeto do molde: variação de forma / geometria acentuada
   • Canais de refrigeração (cuidado com paredes finas)
   • Local preferencial para fixação de termopares
João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
       1 - Tensões na rota de usinagem




João Carmo Vendramim
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     2 –Raios de Concordância / Tensões em Cantos “Vivos”




    Trinca no Canto Vivo




João Carmo Vendramim
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     3 – Tensões em Cantos “Vivos” - Exemplo


                       Trinca desenvolvida no “canto vivo”




João Carmo Vendramim
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    2 – “Isothermal Quenching”




João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
  Processo térmico utilizado: “Isothermal Quenching” (Martempera)




João Carmo Vendramim
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    6 – Furos Paredes Finas; Furos não escareados




                            Rebarbas




      Chanfros



João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
       7 - Furos em Paredes Finas




João Carmo Vendramim
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        8 – Variação de Geometria / Forma




João Carmo Vendramim
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     9 - Eletroerosão
                             Efeito da Temperatura na Superfície
                             depois da Eletroerosão

                             Ponto A: “camada branca” (estrutura
                             vitrea)
                             Ponto B: zona reendurecida
                             Ponto C: zona recozida, revenida
                             Ponto D: sem modificação


                                   Diferentes temperaturas
                                   produzindo camadas com
                                   diferentes durezas

                                       RISCO (Frágilidade, trincas…)


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      10 – Furos para fixação de termopares em moldes
      de grandes dimensões
                             Superfície: (vide desenho Isoflama)



                               Núcleo: Discutir com Isoflama


                              A posição dos termopares no molde
                              serve para melhor monitorar os
                              parâmetros de processo térmico




João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
            Superfície
                                     Núcleo

                                 Discutir com Isoflama para
                                 identificar o melhor local
                                 sem afetar as condições de
                                 carregamento da peça no
                                 forno,
                                 Construir furo de diâmetro
                                 4,0 mm até a profundidade
                                 de metade da maior
                                 espessura da peça




João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
    11 – Considerações finais

    • Alivio de Tensão: preferencialmente, realizar antes da
      usinagem “leve”; uniformizar tensões e compensar distorção;
    • Geometria: simplificar ao máximo; utilizar insertos;
    • Canais de Refrigeração:       evitar paredes de espessuras
      reduzidas; manter distâncias adequadas e bom acabamento
      das superfícies e cantos;
    • Raios de Concordância: fartos e generosos; “cantos vivos”
      devem ser evitados depois da têmpera+revenimento;
    • Usinagem de desbaste: evitar usinagem “pesada” formando
      riscos grosseiros, marcas profundas, principalmente em áreas
      de concentração de tensões, mudança de forma, paredes
      finas, furos, etc...
João Carmo Vendramim
Moldes ABM 2011
   Continuação....

   • Eletroerosão: utilizar corretos parâmetros de processo;
     remoção por processos mecânicos (lixamento); aliviar tensão;
   • Sobremetal:    0,2% minimo        no   dimensional   Largura,
     Comprimento e Espessura
   • Acabamento: evitar polimento exagerado das cavidades
     (dependente de produto utilizado);
   • Projeto:  estudar o projeto de construção para realizar
     usinagem / construção de áreas críticas depois do processo
     térmico; discutir casos complexos e de alto risco com a
     empresa que realiza o processo térmico;
   • Local para fixação de termopares: discutir com a empresa
     que realiza o processo térmico. Isso é muito importante!
   • Utilização correta da ferramenta, molde, ou matriz
João Carmo Vendramim
ISOFLAMA

          Arte; Conhecimento; e Tecnologia de
                Aquecimento e Resfriamento ...
                       ... para produzir o melhor processo térmico!


       “Fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar. A excelência não
                          deve ser um objetivo, mas sim um hábito”.
                                                                     Aristóteles 321.372 AC




               WORKSHOP            MOLDES          ABM       -    março, 2011

João Carmo Vendramim

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  • 3. Moldes ABM 2011 Têmpera = Resfriamento Modalidades de Resfriamento: Decresce Riscos • Ar • Gás Nitrogênio sob pressão • Mistura de gases (N2 – H2 – Argônio) • Óleo; Polímero; Sal fundido • Água João Carmo Vendramim
  • 4. Moldes ABM 2011 “Têmpera a Vácuo” (= resfriamento com gás nitrogênio sob pressão: de 2 a 20 bar) • Resfriamento (a partir da temperatura de Austenitização) = Riscos !!! • Riscos: Trincas; e Deformação / Distorção • Isoflama = 2 < Pressão [bar] < 12 João Carmo Vendramim
  • 5. Moldes ABM 2011 Risco 1 – Deformação / Distorção Deformação está associado a “empenamento”. Causada por tensões internas, problemas na manipulação dos parâmetros de processo térmico, montagem da peça na carga e projeto. Distorção está associada a alteração dimensional assimétrica, sendo os principais fatores de influencia: “Estado da matéria prima”; “propriedades físicas da liga ferrosa”; “rota e condições de usinagem”; “projeto”; “alivio de tensão no desbaste”; “tensões de transformação”; tensões térmicas”; “parâmetros de processo térmico”; “têmpera”; e “tecnologia empregada no processo térmico”. João Carmo Vendramim
  • 6. Moldes ABM 2011 Risco 1 – Deformação / Distorção • Fenômeno “Alotropria” para alguns metais: alteração da estrutura cristalina no estado sólido. • No caso do Ferro: CCC para CFC no aquecimento implica em expansão. Redução de volume ocorre no resfriamento e, se rápido, acresce nova expansão. João Carmo Vendramim
  • 7. Moldes ABM 2011 Transformação “CFC” (Austenita) em “TTC” (Martensita) Logomarca Isoflama João Carmo Vendramim
  • 8. Moldes ABM 2011 Mudança de volume devido a transformação estrutural Expansão Expansão 4% vol. Contração João Carmo Vendramim
  • 9. Moldes ABM 2011 Estado de tensões no resfriamento com transformação de fase Fonte: Failures Related to Heat Treating Operations G.E. Totten, G.E. Totten & Associates, Inc.; M. Narazaki, Utsunomia University (Japan) R.R. Blackwood, Tenaxol Inc. João Carmo Vendramim
  • 10. Moldes ABM 2011 Projeto: “Pode” / “Não pode” para mínima tensão residual Fonte: Failures Related to Heat Treating Operations João Carmo Vendramim Associates, Inc.; M. Narazaki, Utsunomia University (Japan); R.R. Blackwood, Tenaxol Inc. G.E. Totten, G.E. Totten &
  • 11. Moldes ABM 2011 Risco 1 – Deformação / Distorção Variações dimensionais resultantes de tratamentos térmicos • Maior quanto mais alta a temperatura têmpera; • Maior quanto maior a taxa de resfriamento; • Maior quanto maior a condutibilidade térmica; • Maior quanto maior o coeficiente de dilatação; • Maior quanto maiores as dimensões da peça; João Carmo Vendramim
  • 12. Moldes ABM 2011 Usinagem • Sobremetal – 0,2% no dimensional Largura, Comprimento e Espessura – suficiente para as operações posteriores. • Não deixar falhas na usinagem fina; • Alivio de Tensão depois da Usinagem de Desbaste; • Tensões pela usinagem fina “High Speed”: manter 0,3% por lado como tolerância de maneira a remover possíveis mudanças negativas e distorções não visiveis; [Fonte: Uddeholm]; • Raios grandes, fartos – 5 a 10 mm – para prevenção contra trincas; [Fonte: Uddeholm]; • Mudança de forma intensa: prever sobremetal exagerado • Eletroerosão: realizar Alivio de Tensão para revenir martensita formada na superfície e enriquecida pelo elemento Carbono proveniente do dielétrico. João Carmo Vendramim
  • 13. Moldes ABM 2011 Risco 1 – Deformação / Distorção João Carmo Vendramim [Fonte: Uddeholm; Orvar Superior]
  • 14. Moldes ABM 2011 Risco 1 – Deformação / Distorção Influencia da direção de forjamento na mudança dimensional Fonte: Tool Steel Handbook; Dorremberg João Carmo Vendramim
  • 15. Moldes ABM 2011 Risco 2: Trincas na Têmpera Microtrincas podem estar presentes na etapa de usinagem – cisalhamento e arrancamento de material (cavaco) e dependendo do nível de tensões presentes - aquecimento, resfriamento, transformação microestrutural, local de concentração de tensões, variação de forma - o processo térmico aplicado pode potencializar estas. Trincas no processo térmico podem ser nucleadas no estágio de aquecimento, resfriamento, ou durante o revenimento. O processo térmico, se parâmetros e tecnologia de aquecimento e resfriamento adequados, é OBJETO e Não SUJEITO na nucleação de trincas. João Carmo Vendramim
  • 16. Moldes ABM 2011 Projetista de Moldes e Matrizes e a operação de têmpera • Melhor e correta rota de usinagem = menos tensões; • Fartos e generosos raios de concordância; • Evitar “cantos vivos” • Evitar “chavetas” • Evitar furos de paredes finas; • Não deixar superfícies, furos, com restos de cavacos; • Usinagem correta (parâmetros de processo adequados); • Projeto do molde: variação de forma / geometria acentuada • Canais de refrigeração (cuidado com paredes finas) • Local preferencial para fixação de termopares João Carmo Vendramim
  • 17. Moldes ABM 2011 1 - Tensões na rota de usinagem João Carmo Vendramim
  • 18. Moldes ABM 2011 2 –Raios de Concordância / Tensões em Cantos “Vivos” Trinca no Canto Vivo João Carmo Vendramim
  • 19. Moldes ABM 2011 3 – Tensões em Cantos “Vivos” - Exemplo Trinca desenvolvida no “canto vivo” João Carmo Vendramim
  • 20. Moldes ABM 2011 2 – “Isothermal Quenching” João Carmo Vendramim
  • 21. Moldes ABM 2011 Processo térmico utilizado: “Isothermal Quenching” (Martempera) João Carmo Vendramim
  • 22. Moldes ABM 2011 6 – Furos Paredes Finas; Furos não escareados Rebarbas Chanfros João Carmo Vendramim
  • 23. Moldes ABM 2011 7 - Furos em Paredes Finas João Carmo Vendramim
  • 24. Moldes ABM 2011 8 – Variação de Geometria / Forma João Carmo Vendramim
  • 25. Moldes ABM 2011 9 - Eletroerosão Efeito da Temperatura na Superfície depois da Eletroerosão Ponto A: “camada branca” (estrutura vitrea) Ponto B: zona reendurecida Ponto C: zona recozida, revenida Ponto D: sem modificação Diferentes temperaturas produzindo camadas com diferentes durezas RISCO (Frágilidade, trincas…) João Carmo Vendramim
  • 26. Moldes ABM 2011 10 – Furos para fixação de termopares em moldes de grandes dimensões Superfície: (vide desenho Isoflama) Núcleo: Discutir com Isoflama A posição dos termopares no molde serve para melhor monitorar os parâmetros de processo térmico João Carmo Vendramim
  • 27. Moldes ABM 2011 Superfície Núcleo Discutir com Isoflama para identificar o melhor local sem afetar as condições de carregamento da peça no forno, Construir furo de diâmetro 4,0 mm até a profundidade de metade da maior espessura da peça João Carmo Vendramim
  • 28. Moldes ABM 2011 11 – Considerações finais • Alivio de Tensão: preferencialmente, realizar antes da usinagem “leve”; uniformizar tensões e compensar distorção; • Geometria: simplificar ao máximo; utilizar insertos; • Canais de Refrigeração: evitar paredes de espessuras reduzidas; manter distâncias adequadas e bom acabamento das superfícies e cantos; • Raios de Concordância: fartos e generosos; “cantos vivos” devem ser evitados depois da têmpera+revenimento; • Usinagem de desbaste: evitar usinagem “pesada” formando riscos grosseiros, marcas profundas, principalmente em áreas de concentração de tensões, mudança de forma, paredes finas, furos, etc... João Carmo Vendramim
  • 29. Moldes ABM 2011 Continuação.... • Eletroerosão: utilizar corretos parâmetros de processo; remoção por processos mecânicos (lixamento); aliviar tensão; • Sobremetal: 0,2% minimo no dimensional Largura, Comprimento e Espessura • Acabamento: evitar polimento exagerado das cavidades (dependente de produto utilizado); • Projeto: estudar o projeto de construção para realizar usinagem / construção de áreas críticas depois do processo térmico; discutir casos complexos e de alto risco com a empresa que realiza o processo térmico; • Local para fixação de termopares: discutir com a empresa que realiza o processo térmico. Isso é muito importante! • Utilização correta da ferramenta, molde, ou matriz João Carmo Vendramim
  • 30. ISOFLAMA Arte; Conhecimento; e Tecnologia de Aquecimento e Resfriamento ... ... para produzir o melhor processo térmico! “Fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar. A excelência não deve ser um objetivo, mas sim um hábito”. Aristóteles 321.372 AC WORKSHOP MOLDES ABM - março, 2011 João Carmo Vendramim