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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA
WAGNER HENRIQUE LEMOS
ESTUDO SOBRE AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO CAFÉ CONILON E
SUAS RELAÇÕES COM A ECONOMIA DO CONHECIMENTO: DESAFIOS EM
BUSCA DA QUALIDADE
VITÓRIA
2014
WAGNER HENRIQUE LEMOS
ESTUDO SOBRE AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO CAFÉ CONILON E
SUAS RELAÇÕES COM A ECONOMIA DO CONHECIMENTO: DESAFIOS EM
BUSCA DA QUALIDADE
Projeto de pesquisa apresentado ao
Programa de Pós-Graduação em
Economia da Universidade Federal do
Espírito Santo
Orientador:
Prof. Dr. Ednilson Silva Felipe
VITÓRIA
2014
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 REVISÃO DE LITERATURA 4
A ORIGEM DO CAFÉ CONILON....................................................................................4
HISTÓRIA DO CAFÉ CONILON NO ESPÍRITO SANTO..............................................5
A IMPORTÂNCIA DA CAFEICULTURA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO........7
O QUE É BIOTECNOLOGIA? .........................................................................................8
O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL...............................................................................10
O PAPEL DA EMBRAPA E DO
INCAPER .....................................................................11
TEORIA ECONÔMICA: SCHUMPETER E OS NEO-SCHUMPETERIANOS
..............................................................................................................................................12
3 TEMA-PROBLEMA 14
4 JUSTIFICATIVA 14
5 OBJETIVO GERAL 16
6 OBJETIVO ESPECÍFICOS 16
7 METODOLOGIA 17
8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 17
9 REFERÊNCIAS 17
1 INTRODUÇÃO
A cultura do café no Brasil destaca-se economicamente e socialmente desde o
século XIX, com as primeiras mudas vindas da Guiana Francesa, sendo implantadas nos
Estados do Pará e Maranhão. Diante da dificuldade de adaptação as condições climáticas e
ao solo na região norte, teve-se a necessidade de percorrer outros lugares para este cultivo,
tendo por encontrar essas condições para a disseminação desta planta na Região Sudeste do
país.
A cafeicultura no Estado do Espírito Santo, tem como marco histórico o ano de
1840, devido a uma corrente migratória vinda dos Estados do Rio de Janeiro e Minas
Gerais, e concentra-se em três regiões distintas: na região noroeste, encontra-se uma
cafeicultura voltada para pequenos produtores e com topografia mais irregular; na região
nordeste encontra-se predominantemente áreas disponíveis para o cultivo são
predominantemente planas e de maior tamanho; e por fim, a região Sul, que possui cerca de
15% do total cultivado, caracteriza-se pelo relevo inclinado e tendo a agricultura familiar
como força propulsora desta atividade agrícola.
Dentre as revoluções agrícolas dos séculos XX e XXI: Biotecnologia, Engenharia
Genética, Transgenia e Genômica; podemos destacar a primeira, pois, o melhoramento
genético da cultura cafeeira, resultou em ganhos de produtividade e no melhoramento da
qualidade, sob alguns aspectos agronômicos.
No Estado do Espírito Santo, uma contribuição importante para melhorar a
distribuição espacial da renda e do emprego, foi o Arranjo Produtivo Local do café,
possibilitando uma postergação do aumento do êxodo rural. E ao mesmo tempo foi sendo
construído um arranjo institucional voltado ao desenvolvimento de inovações genéticas, de
tecnologias produtivas e acessibilidade do produtor às novas tecnologias e técnicas
aplicáveis no cultivo desta planta.
E diante do contexto contemporâneo, o qual, os cafeicultores estão inseridos, a
corrente evolucionário da Teoria Econômica, conhecida como Neo-Schumpeteriana, tem
por contribuir no que diz respeito a análise sobre o desenvolvimento de novos
conhecimentos e tecnologias, que induzem o crescimento produtivo e o progresso técnico.
3
Deste modo, o objetivo do trabalho é relacionar a teoria econômica e as inovações
tecnológicas na cultura do café conilon, analisando: as possíveis alterações sobre os
processos de inovação na espécie Coffea Canephora, o papel das instituições públicas e
privadas no desenvolvimento tecnológico da cultura cafeeira, observando quais as
mudanças institucionais que ocorreram no período de 1986 a 2006.
2 REVISÃO DE LITERATURA
A ORIGEM DO CAFÉ CONILON
A cultura do café no Brasil destaca-se economicamente e socialmente desde o
século XIX, com as primeiras mudas vindas da Guiana Francesa, sendo implantadas nos
Estados do Pará e Maranhão. Diante da dificuldade de adaptação as condições climáticas e
ao solo na região norte, teve-se a necessidade de percorrer outros lugares para este cultivo,
tendo por encontrar essas condições para a disseminação desta planta na Região Sudeste do
país.
Têm-se relatos da história do café no Brasil, desde o período da escravidão de
negros, passando pelos imigrantes europeus, mão-de-obra esta, muito importante na
condução das lavouras, principalmente nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Tendo
esta cultura no mesmo período, uma disseminação para os Estados do Paraná e Minas
Gerais.
É consensualmente conhecida, a Etiópia como a região de origem do cafeeiro, de
acordo com Ortega:
[...] há certa repetição entre seus historiadores de que foi um pastor etíope que, ao
observar que suas cabras eram estimuladas e ficavam mais espertas quando
comiam as folhas e frutos de certo arbusto, decidiu provar seu fruto. Este fato
teria ocorrido por volta de 575 d.c. e, até hoje, encontra-se no interior da Etiópia,
o café “original” denominado Arábica. [...]. (Ortega, Antônio César, Campinas,
SP: Editora Alínea, 2012, p.28).
O café, cujo nome científico é denominado Coffea arábica, chegou ao Brasil como
um elegante presente da esposa de uma autoridade da Guiana Francesa para um sargento do
exército brasileiro que se dirigiu até o país vizinho para adquirir os grãos dessa planta, pois:
4
[...] De acordo com Martins (1999), coube a um militar brasileiro a missão de
“buscar” na Guiana Francesa os grãos da planta que tinha grande potencial de
produção e comercialização do grão com o pergaminho. [...]. (Ortega, Antônio
César, Campinas, SP: Editora Alínea, 2012, p.28).
Vale ressaltar que o objetivo da produção, desde o início, era ampliar a renda do
Império, pois embora já existisse a cultura implantada pelos portugueses desde o século
XVII, seu cultivo ainda não havia ganhado notoriedade econômica, que decorreu a partir do
século XVIII, através dos grãos vindos do Pará para a Região Sudeste do Brasil.
HISTÓRIA DO CAFÉ CONILON NO ESPÍRITO SANTO
A cafeicultura no Estado do Espírito Santo, tem como marco histórico o ano de
1840, devido a uma corrente migratória vinda dos Estados do Rio de Janeiro e Minas
Gerais, dando início a esse ciclo de economia agroexportadora, despertando a atenção,
competindo com a cana-de-açúcar e com a mandioca, em relação a preferência de cultivo
nas áreas disponibilizadas para as atividades agrícolas (BUFON, 1992).
Corroborando com Celin (1984), que relata a expansão do café tendo início no sul
do Estado (ainda era uma província), criando condições para a vinda de produtores de
Minas Gerais e do Estado do Rio de Janeiro, especialmente na região de Itapemirim e
Itabapoana.
Assim, com a experiência adquirida e acumulada por esses migrantes, condicionou a
então província, uma notoriedade no cenário da cafeicultura, apesar da hegemonia
fluminense, pois:
“Nos vinte anos compreendidos entre 1851-52 e 1871-72, o Espírito Santo
apresentou as maiores taxas anuais de crescimento, dentre as 4 (quatro) principais
províncias produtoras de café. Durante o período considerado a produção
capixaba multiplicou-se por 5,5 e a participação do Espírito Santo no total
produzido pelas 4 (quatro) maiores províncias evoluiu de 1,0 % para 4,7 %. Por
esta época (1871-72), apesar de decadente relativa e absolutamente, a produção
do Rio de Janeiro ainda era a maior, representando 56,0% do total acima
considerado” (BUFFON, 1992, p.75-76).
5
Com o fim da mão de obra escrava que trabalhava nas lavouras cafeeiras, em 1888,
teve-se a necessidade de criar incentivos por parte do governo brasileiro, aos europeus que
se encontravam em condições desfavoráveis em seus países (devido as sucessivas guerras e
industrialização no Velho Continente) à emigrarem para o Brasil. E o Espirito Santo, era
um dos destinos desses emigrantes para ocupar terras, que muitas vezes já eram demarcadas
para essas famílias trabalharem na formação e expansão do cultivo. De acordo com Celin
(1984), a abolição da escravatura e a crise de preços em fins dos anos noventa do século
XIX, as então denominadas “grandes fazendas” deixaram de existir no Estado.
Em meados da década de 1930, de acordo com Celin (1984), constitui-se na direção
do norte, originaria das regiões Central e Sul do Estado, uma intensa corrente migratória.
Ou seja, abre-se uma importante fronteira para a expansão da agricultura familiar já
consolidada nas demais regiões, tendo a importância na ocupação de terras situadas ao
norte do rio Doce. Tal fenômeno ocorreu em um processo colonizatório semelhante ao que
ocorreu na região sul (pequena propriedade, agricultura familiar de subsistência e ao
mesmo tempo voltada para a exportação).
Assim, pode-se entender que o período entre a última década do século XIX e a
terceira década do século XX, constitui a formação da pequena propriedade como meio, em
que ocorre o cultivo do café no Espírito Santo. Sendo que a viabilidade dessa estrutura de
produção, é decorrente de fenômenos demográficos como, os fluxos imigratórios e
sequencialmente migratórios. O que permite ao Espírito Santo apresentar na década de
1940, uma produção de café, equivalente a 15% da produção nacional (CELIN, 1984,
p.74). Indo ao encontro das interpretações de Rocha e Morandi (1991), que retratam o
período entre o século XIX e até a primeira metade do século XX, como os ciclos
econômicos nos Estados, estão intimamente ligados à cafeicultura. Tendo por lembrar que a
própria ocupação do território capixaba ocorreu simultaneamente frente “a marcha do
café”, na qual a sua expansão, propiciou o surgimento de pequenas vilas e ocupação de
territórios.
Rocha e Morandi (1991) consideram que a década de 1950 apresentou no ciclo
econômico, dois momentos distintos: expansão e retração da atividade cafeeira. E também
ressaltam a crise de preços internacionais do café, em 1955, e que a partir de 1961, ficaria a
6
cargo do Grupo Executivo de Racionalização da Cafeicultura (Gerca) os rumos à serem
tomados em relação a política cafeeira. Diante dessa incumbência, teve-se um programa de
erradicação, executado entre 1962 e 1967, atingindo mais de 50% da cafeicultura capixaba,
desfazendo-se de 71% da área plantada com café e desencadeando um maciço desemprego
rural.
A cafeicultura, especialmente a capixaba, vivenciou sucessivas crises de preços,
durante aproximadamente vinte anos, em face a erradicação dos cafezais sob as ações
realizadas pela política do IBC-Gerca, período que se perfez em 1975.
A IMPORTÂNCIA DA CAFEICULTURA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Segundo Ferrão et. al.(2011), o Brasil destaca-se no cenário internacional no que diz
respeito à café, com cerca de 35% da produção mundial. O Espírito Santo, que representa
apenas 0,5% do território brasileiro, é o segundo maior produtor brasileiro com 22 a 28 %
do total nacional, numa área aproximada de 460 mil hectares, responsável pela produção
anual de mais de 10,0 milhões de sacas, que saem de 61 mil propriedades (das 90 mil
existentes). Sendo esta, uma atividade agrícola de extrema importância no desempenho da
economia capixaba, pois:
“A cafeicultura está presente em todos os municípios, exceto Vitória, sendo a
principal atividade em 80% dos municípios e representa sozinho 43% do PIB
agrícola do Estado. Diferente de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rondônia, o
Espírito Santo é o único estado que tem expressivas produções de café conilon
(73%) e café arábica (27%).” (FERRÃO, et. al. 2011, p.29).
De acordo com Ferrão et. al.(2011), a cafeicultura no Estado do Espírito Santo,
concentra-se em três regiões distintas. Na região Noroeste, encontra-se uma cafeicultura
voltada para pequenos produtores e com topografia mais irregular, sendo responsável por
40% do total estadual. Na região Nordeste encontra-se predominantemente uma
cafeicultura com mais recursos tecnológicos como: irrigação localizada, colheitadeira
mecanizada e inúmeros implementos agrícolas. Pois as áreas disponíveis para o cultivo são
predominantemente planas e de maior tamanho. Essa região é responsável por 45% do
conilon capixaba. E a região Sul, possui cerca de 15% do total cultivado. Os municípios
7
que se destacam na produção são: Vila Valério, Jaguaré, Sooretama, Linhares, Rio
Bananal, São Mateus, Nova Venécia, Pinheiros e São Gabriel da Palha.
E assim, aparece conforme as mais variadas formas e manejos, estando adequada ou
adaptada a realidade de cada produtor, externalizando as características tecnológicas dos
mesmos, levando em conta o tamanho das propriedades, topografia, recursos naturais
disponíveis e outros.
De acordo com Ferrão et. al.(2011), no período entre 2001 a 2011, houve um
adicional de 60% na produção capixaba, passando de 6,4 para 10,3 milhões de sacas,
correspondendo a um aumento médio de 7,5% por ano. Esse desempenho deve-se
especialmente, a melhora da produtividade das lavouras, mediante a capacitação e
aperfeiçoamento dos cafeicultores, incorporando inovações tecnológicas e organizacional.
O QUE É BIOTECNOLOGIA?
O Café robusta (espécie Coffea canéfora), popularmente é conhecido como café
conilon (variedade conilon). Trata-se de um cultivar rústico, tolerante a pragas e doenças,
adaptada a uma razoável variabilidade de condições edafoclimáticas tropicais e no ano de
2000, correspondia cerca de 60% do café produzido no Estado do Espírito Santo. As
lavouras de conilon encontram-se concentradas na Região Norte do Estado.
Até 1990 o material genético trabalhado era o selecionado de maneira “caseira” pelo
agricultor, decorrente de multiplicação de sementes. Este método implicava em uma
lavoura desuniforme e com grande variabilidade genética, devido a espécie ser de
fecundação cruzada. Assim observava-se com frequência em uma mesma lavoura, plantas
com diferenças: em arquiteturas; época e maturação dos frutos; e formatos e tamanhos dos
grãos com padronização irregular.
Segundo, Ferrão e Bragança (2000, p. 389), aproveitando a variabilidade genética
das lavouras no Espírito Santo, em 1985 a EMCAPA, hoje denominada INCAPER, iniciou
um programa de melhoramento genético com o conilon, no Estado.
A história econômica tem registrado evoluções de tecnologias na agricultura,
principalmente a partir da revolução agrícola, que ficou conhecida como a Revolução
8
Verde. Período em que os países do então chamado de primeiro mundo, disseminou um
pacote tecnológico para os considerados países de terceiro mundo, entre eles o Brasil. Este
pacote tecnológico abarcava a introdução de novas técnicas de cultivo, mecanização, uso de
fertilizantes, defensivos agrícolas e sementes de variedades de alto rendimento, comparado
as sementes tradicionais da época.
Dentre as revoluções agrícolas dos séculos XX e XXI: Biotecnologia, Engenharia
Genética, Transgenia e Genômica; podemos destacar a primeira. Pois, o melhoramento
genético da cultura cafeeira, consequentemente possibilitando o ganho de produtividade e
qualidade, permitindo ao Estado do Espírito Santo, ter em sua economia este grande
propulsor da dinâmica da renda, que passa pelo agricultor, trabalhadores que atuam nesta
atividade, e o comércio que aufere renda através de vendas de produtos para as famílias que
trabalham direta e indiretamente nesta atividade agrícola, criando um círculo virtuoso e
auto sustentável, deve-se as inovações proporcionadas pela Biotecnologia no cultivo do
café.
De acordo com Silveira e Borges (2004), o termo Biotecnologia trata-se de mais um
componente de novas tecnologias que vem alterando a realidade de vários setores da
economia e que têm em comum a utilização de organismos vivos para a produção de bens e
serviços, demandando políticas e arranjos institucionais específicos. Parte do esforço em
P&D neste ramo, depende de técnicas avançadas de prospecção tecnológica, das
possibilidades de exploração econômica dos resultados da pesquisa e empenho pelos
agentes envolvidos, como por exemplo o pesquisador universitário.
A área de biotecnologia exige um trabalho de Marketing constante para a capitação
de recursos públicos ou privados, por parte das empresas ou instituições que atuam neste
setor, principalmente no estágio de desenvolvimento do produto ou processo, e ainda
lembrar aos detentores desses recursos, que há um tempo relativamente longo, entre
divulgação das ideias ou produtos junto a mídia e a comercialização destes últimos
(MACHADO, 2004).
A biotecnologia divide-se entre a clássica e a moderna, sendo a primeira
caracterizada pela utilização de organismos vivos da forma como são encontrados na
natureza ou modificados através de melhoramento genético convencional. Já a
9
biotecnologia moderna utiliza-se organismos vivos geneticamente modificados por meio da
Engenharia Genética (SILVEIRA e BORGES, 2004).
O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL
No Estado do Espírito Santo, uma contribuição importante para melhorar a
distribuição espacial da renda e do emprego, foi o Arranjo Produtivo Local do café,
possibilitando uma postergação do aumento do êxodo rural. E ao mesmo tempo foi sendo
construído um arranjo institucional voltado ao desenvolvimento de inovações genéticas, de
tecnologias produtivas e acessibilidade do produtor às novas tecnologias e técnicas
aplicáveis no cultivo desta planta.
O Arranjo Produtivo Local é conhecido, como uma integração de ações de vários
agentes econômicos de um mesmo setor ou segmento, no qual tem-se a possiblidade de
permutações de experiências, conhecimentos e acesso as novas tecnologias.
Essa forma de organização ou de idiossincrasias nas relações entre os agentes,
aparece no fornecimento de insumos ou no capital humano de um participante para outro,
na abertura de canais de comercialização dos produtos elaborados em conjunto, na oferta de
cursos de capacitação ou aperfeiçoamento de técnicas apropriadas. De acordo com
Cassiolato & Lastres (2003), a participação e a interação dos agentes e suas inúmeras
maneiras de manifestação ou organização, caracteriza este tipo de relação.
A Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e Inovativos Locais (Redesist), com
sede no Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e que conta com
a participação de várias universidades e institutos de pesquisa no Brasil, entende que os
arranjos produtivos locais simboliza a organização de estratégias coletivas, diante de
especificidades e criação de condições locais para a dinamização de recursos, promovendo
a competitividade. Tal explicação, se deve a ideia de que, os APLs constituem um conjunto
atores que atuam em torno de um bem principal, também sob atuação de outros agentes
econômicos correlatos como, fornecedores de insumos e equipamentos, prestadores de
serviços e extensão (Consultoria e Assistência Técnica), entre outros. Os agentes referentes
10
nesta concepção, podem ser tanto da esfera privada quanto da esfera pública (LASTRES;
CASSIOLATO, 2003).
O conceito de competitividade nesta abordagem se manifesta em diferentes estudos
sobre os Arranjos Produtivos Locais. Tendo como ideia principal, a interligação entre
atividades econômicas, dada uma região, melhorando o desempenho nos mercados
próximos a essas realidades, possibilitando galgar mercados externos. Isto, através da
especialização em atividades relacionadas, inovações desde a organizacional até
tecnológica e identidade regional (selos de qualificação, peculiaridades dos produtos de
determinada região, diferenciação de um modo geral).
Diante da realidade em que se encontra a cafeicultura capixaba, predominantemente
organizado no sistema de agricultura familiar ou mesmo por médias propriedades, tem-se
uma necessidade de mobilização ou cooperação entre diversos agentes ao longo da cadeia
produtiva (produtores, órgãos públicos e privados de pesquisa e extensão rural,
organizações de fomento ou financiamento, etc.), para viabilizar economicamente o
desenvolvimento do conhecimento e ciência aplicada (VIEIRA FILHO, 2009, p.8). Pois
tornou-se uma forma de organização constituída de estratégia, na qual busca a identidade
local, característica importante de um Arranjo Produtivo Local, atributo reconhecido e
apreciado pelo mercado, fortalecendo a competitividade dos participantes agrupados.
O PAPEL DA EMBRAPA E DO INCAPER
Segundo Assad e Aucélio (2004), o novo paradigma do desenvolvimento
socioeconômico, baseado no desenvolvimento científico e tecnológico, pressupõe que a
melhor maneira de atingir o progresso é ampliando a fronteira do conhecimento com o
objetivo de gerar novas tecnologias e elevar o nível de competitividade. E a incorporação
da pesquisa, desenvolvimento e inovação na produção de bens e serviços especializados é
fonte de riquezas.
Vale lembrar que as mudanças ocorridas, a partir da década de 1980, na conjuntura
mundial, vem exigindo esforços com a finalidade de alcançar as condições e os meios para
inserir-se em um modelo econômico global e competitivo. Tais adaptações têm sido
11
realizadas de maneira gradual, devido à evolução do sistema nacional de C&T, estabelecido
desde a última metade do Século XX (ASSAD e AUCÉLIO, 2004).
Diante deste cenário, destaca-se a criação em 1973 da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), tendo por objetivo promover a pesquisa e seu
desenvolvimento na agropecuária, de seu centro específico para biotecnologia,
comprometido com a aplicação de técnicas biotecnológicas ao setor agrícola e as empresas
estaduais de pesquisa agropecuária. Sendo um importante marco histórico para o
desenvolvimento da biotecnologia agropecuária e produção de inovações (ASSAD e
AUCÉLIO, 2004).
O conhecimento acumulado até a década de 1980 era resultado dos próprios
cafeicultores pioneiros e a partir destes, foram desenvolvidos os trabalhos do Instituto
Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), que passou a
inserir no cultivo e produção de café conilon, tecnologias mais apropriadas para exploração
desta atividade (FELIPE, VILLASCHI FILHO e OLIVEIRA, 2010).
TEORIA ECONÔMICA: SCHUMPETER E OS NEO-SCHUMPETERIANOS
O economista austríaco Joseph Alois Schumpeter (1883-1950), cujo os estudos
tiveram influências da Escola Austríaca, tendo a vida acadêmica em duas fases: uma na
Europa e outra lecionando em Havard; compreende que o processo de desenvolvimento
nasce através da ruptura do equilíbrio estacionário walrassiano. Tal processo é repetido
indefinidamente em um ciclo idêntico a si mesmo, e a ideia abordada sustenta-se quando a
concorrencia direcionar o sistema para a posição de máximo rendimento. Além de explicar
a existencia de crises no sistema economico, ressalta a importância da inovação. Sendo
esta, uma variável endógena ao sistema economico. As atividades que envolvem a inovação
diferem de invenções, pois consiste na destruição da estrutura existente e sua substituição
por novas, a então denominada destruição criadora.
É importante observar que no processo de desenvolvimento em Schumpeter (1984,
p. 112 e 113) tem-se:
12
“A abertura de novos mercados – estrangeiros ou domésticos – e o
desenvolvimento organizacional, da oficina artesanal aos conglomerados como a
U. S. Steel, ilustram o mesmo processo de mutação industrial – se me permitem o
uso do termo biológico – que incessantemente revoluciona a estrutura econômica
a partir de dentro, incessantemente destruindo a velha, incessantemente criando
uma nova.” ( Schumpeter, 1984, pg. 112-3)
Assim, as forças intrisecas no sistema economico que tendem a desestabiliza-lo de
tempos em tempos, tende a substituição de um determinado equilibrio por outro diferente.
A contribuição dada por Schumpeter, especificamente em relação a inovação,
viabiliza novas abordagens sobre a aprendizagem e conhecimento na Economia. Pois, tanto
a criação quanto a aquisição de conhecimento através das pesquisas voltadas para a
produção de novos produtos e processos, caminham junto da inovação e para isso a
aprendizagem é fundamental. Logo, o conhecimento e aprendizagem norteiam o processo
produtivo (AMORIN, 2007, p. 26).
Schumpeter realçou o papel das inovações tecnológicas nos ciclos econômicos e
chancelou o conceito de inovação no dialeto dos economistas, dando origem a uma nova
linha de pensamento, conhecida como Neo-Schumpeteriana, que por sua vez, a partir da
década de 1980, contribuíram de maneira significativa, no que diz respeito às inovações
tecnológicas.
A corrente Neo-Schumpeteriana carrega duas linhas de pesquisa e teorização, uma
voltada ao desenvolvimento de ‘modelos evolucionistas’, a qual, destaca-se, Edith Perose,
Richard Nelson e Sidney Winter. A outra, tem-se a análise da geração e difusão de novas
tecnologias, destacando uma relação com a dinâmica industrial e a estrutura dos mercados,
tendo como destaque alguns trabalhos de Christopher Freeman e Giovanni Dosi.
Segundo Vieira (2010), as pesquisas dos Neo-Schumpeterianos tem desenvolvido
novos conceitos e objetos de pesquisa, tendo como duas vertentes: uma referente ao
paradigma tecnológico de Dosi, Nelson, Winter e a outra relacionada ao paradigma técnico-
econômico, com destaque os trabalhos de Perez e Freeman.
A teoria neo-schumpeteriana entende que a inovação é um fator determinante na
dinâmica capitalista, e também importante no que diz respeito ao processo concorrencial.
13
Os cientistas econômicos dessa linha de pesquisa ressaltam a importância de
esforços para o surgimento de novos conhecimentos, as aplicações dadas e propagação no
sistema produtivo. Incorrendo no processo que tende ao surgimento de inovações, sendo
estas, por sua vez, propulsoras de viabilização do desenvolvimento de pessoas,
organizações e lugares (LASTRES e FERRAZ, 1999, p. 31).
3 TEMA-PROBLEMA
O tema “Estudo Sobre as Inovações Tecnológicas e Suas Relações com a
Economia do Conhecimento: DESAFIOS EM BUSCA DA QUALIDADE”
FOI DESENVOLVIDO, APÓS REUNIÕES REALIZADAS JUNTO AO
PROFESSOR Dr. Ednilson Silva Felipe, nas quais, foram repensadas algumas
inquietações sobre o objeto de pesquisa, lEVANTANDO QUESTÕES COMO:
O QUE PESQUISAR?
Por que pesquisar sobre o assunto abordado e este o tema proposto?
Qual a relevância do assunto?
Como pesquisar (referencial teórico)?
Quando pesquisar (cronograma)?
Qual a abrangência espacial?
Qual a temporalidade sobre o assunto e o tema?
Qual o setor econômico que será abordado?
Qual é o fator de produção que será levado em conta durante a pesquisa?
Qual é a atividade econômica que será o foco da análise descritiva da pesquisa?
4 JUSTIFICATIVA
O Projeto visa retratar as possíveis causas da não consolidação da qualidade do café
conilon no Estado do Espírito Santo no período de 1840 a 2006 e as tendências sobre as
estratégias à serem tomadas em busca da qualidade.
14
A Era do Conhecimento, sob o ponto de vista econômico, tem-se observado novas
práticas de produção, comercialização e consumo de bens e serviços, cooperação e
competição entre indivíduos ou organizações, a partir de uma maior intensidade no uso da
informação e conhecimento nos processos envolvidos. Tais práticas decorrem de novos
saberes e competências, novos aparatos e instrumentais tecnológicos, e também em novas
formas de organizar o processo produtivo ou novas formas de inovar (LASTRES e
ALBAGLI, 1999).
As transformações na economia mundial no período contemporâneo centraram as
atividades produtivas no uso do conhecimento, na aprendizagem e na capacidade de inovar.
Diante das possibilidades ou necessidades de inovação, sua decorrência fica
condicionada ao ‘espírito animal’ que está disposto a aceitar os riscos. A disposição para
enfrentar as incertezas, consiste na ousadia de quebra de paradigmas e caracteriza-se por
inúmeras idiossincrasias, conforme as ideias de Freeman, Perez, Castells (2000), Drucker
(2001), dentre outros (VILLASCHI FILHO, 2004).
Economistas como Johnson e Lundvall, têm se destacado na pesquisa sobre a
Economia da Inovação e do Desenvolvimento Tecnológico, dividindo o conhecimento em
quatro categorias: know-what (saber o que), know-why (saber por que), know-how (saber
como) e know-who (saber quem). Sendo que estas podem ser aplicadas no plano dos
indivíduos, nas competências em níveis organizacionais ou regionais (VILLASCHI
FILHO, 2004).
De acordo com Iacono e Nagano (2007), Suzigan em 2004 dizia que o novo
ambiente competitivo, com características de mudanças rápidas do mercado, torna
necessário nos sistemas locais, o desenvolvimento de capacitações e competências
específicas para a inovação e possível valorização do produto local.
Entendendo que uma propriedade rural deve ser encarada como uma empresa, sendo
esta, inserida na literatura econômica, e levando em conta que as instituições de pesquisa e
ensino, e demais agentes que atuam a montante do chamado “Complexo Agropecuário”,
também deve-se serem consideradas como empresas, tem-se por destacar, os estudos sobre
a importância dos aspectos locais para o desenvolvimento econômico e a competitividade
das empresas. Os estudos referem-se às aglomerações setoriais das empresas que, pela
15
cooperação ou configuração econômica desenvolvida, criam diferencias competitivos para
os agentes envolvidos. Essas aglomerações, conforme as características apresentadas,
podem ser chamadas de Arranjo Produtivo Local, Sistemas Locais de Inovações, Sistemas
Produtivos Locais e Clusters (SANTOS, DINIZ e BARBOSA, 2004).
E diante do objeto de estudo apresentado, a corrente evolucionário da Teoria
Econômica, conhecida como Neo-Schumpeteriana, tem por contribuir no que diz respeito a
análise sobre o desenvolvimento de novos conhecimentos e tecnologias, que induzem o
crescimento produtivo e o progresso técnico, que abarca também o âmbito agrícola regional
(VIEIRA FILHO, 2009).
Em relação a agricultura, especificamente a cafeicultura do Conilon no Estado do
Espírito Santo, é importante compreender a situação em que se encontra em um dado
período histórico, pois a cada estágio, caracteriza-se diante de fatos históricos, políticos,
econômicos e sociais, isto levando-se em consideração os arranjos institucionais que
possibilitaram a criação de inovações tecnológicas ou a difusão das mesmas.
5 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral desta pesquisa é retratar as possíveis causas da não consolidação da
qualidade do café conilon no Estado do Espírito Santo no período de 1840 a 2006 e as
tendências sobre as estratégias à serem tomadas em busca da qualidade.
6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Identificar as possíveis alterações sobre os processos de inovação na espécie
Coffea Canephora;
b) Analisar o papel das instituições públicas e privadas no desenvolvimento
tecnológico da cultura cafeeira;
16
c) Realizar um estudo histórico-teórico acerca dos processos de inovação na
cultura do Café Conilon e quais as mudanças institucionais que ocorreram no período de
1840 a 2006.
7 METODOLOGIA
Este trabalho pretende-se a uma pesquisa analítica – qualitativa, tendo o método
histórico - descritivo como técnica de pesquisa, sendo esta, bibliográfica e documental.
Tendo como campos de pesquisa: Economia Geral (Teoria Econômica e História
Econômica); Economia Agrícola; Economia Evolutiva (Economia do Conhecimento e
Economia da Inovação).
8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
O plano de trabalho segue este cronograma de execução, que prevê a conclusão da
dissertação em três semestres e sua posterior apresentação:
9 REFERÊNCIAS
17
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18
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Janeiro.1984.
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Biotecnologia Moderna, em Silveira, J. M. Dal Poz, M. E. Assad, A. L. Biotecnologia
e Recursos genéticos. Desafios e oportunidades para o Brasil. UNICAMP-FINEP,
p.17, Campinas.
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Abordagem Schumpeteriana. Tese de Doutoramento em Ciências Econômicas,
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UNOCHAPECÓ, ano 14, nº27, Jul.Dez. 2010.
VILLASCHI FILHO, Arlindo. Paradigmas tecnológicos: uma visão histórica para a
transição presente. Revista de Economia (Curitiba), 2004.
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Wagner projeto de pesquisa

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA WAGNER HENRIQUE LEMOS ESTUDO SOBRE AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO CAFÉ CONILON E SUAS RELAÇÕES COM A ECONOMIA DO CONHECIMENTO: DESAFIOS EM BUSCA DA QUALIDADE VITÓRIA 2014
  • 2. WAGNER HENRIQUE LEMOS ESTUDO SOBRE AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO CAFÉ CONILON E SUAS RELAÇÕES COM A ECONOMIA DO CONHECIMENTO: DESAFIOS EM BUSCA DA QUALIDADE Projeto de pesquisa apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Espírito Santo Orientador: Prof. Dr. Ednilson Silva Felipe VITÓRIA 2014
  • 3. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 REVISÃO DE LITERATURA 4 A ORIGEM DO CAFÉ CONILON....................................................................................4 HISTÓRIA DO CAFÉ CONILON NO ESPÍRITO SANTO..............................................5 A IMPORTÂNCIA DA CAFEICULTURA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO........7 O QUE É BIOTECNOLOGIA? .........................................................................................8 O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL...............................................................................10 O PAPEL DA EMBRAPA E DO INCAPER .....................................................................11 TEORIA ECONÔMICA: SCHUMPETER E OS NEO-SCHUMPETERIANOS ..............................................................................................................................................12 3 TEMA-PROBLEMA 14 4 JUSTIFICATIVA 14 5 OBJETIVO GERAL 16 6 OBJETIVO ESPECÍFICOS 16 7 METODOLOGIA 17 8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 17 9 REFERÊNCIAS 17
  • 4. 1 INTRODUÇÃO A cultura do café no Brasil destaca-se economicamente e socialmente desde o século XIX, com as primeiras mudas vindas da Guiana Francesa, sendo implantadas nos Estados do Pará e Maranhão. Diante da dificuldade de adaptação as condições climáticas e ao solo na região norte, teve-se a necessidade de percorrer outros lugares para este cultivo, tendo por encontrar essas condições para a disseminação desta planta na Região Sudeste do país. A cafeicultura no Estado do Espírito Santo, tem como marco histórico o ano de 1840, devido a uma corrente migratória vinda dos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, e concentra-se em três regiões distintas: na região noroeste, encontra-se uma cafeicultura voltada para pequenos produtores e com topografia mais irregular; na região nordeste encontra-se predominantemente áreas disponíveis para o cultivo são predominantemente planas e de maior tamanho; e por fim, a região Sul, que possui cerca de 15% do total cultivado, caracteriza-se pelo relevo inclinado e tendo a agricultura familiar como força propulsora desta atividade agrícola. Dentre as revoluções agrícolas dos séculos XX e XXI: Biotecnologia, Engenharia Genética, Transgenia e Genômica; podemos destacar a primeira, pois, o melhoramento genético da cultura cafeeira, resultou em ganhos de produtividade e no melhoramento da qualidade, sob alguns aspectos agronômicos. No Estado do Espírito Santo, uma contribuição importante para melhorar a distribuição espacial da renda e do emprego, foi o Arranjo Produtivo Local do café, possibilitando uma postergação do aumento do êxodo rural. E ao mesmo tempo foi sendo construído um arranjo institucional voltado ao desenvolvimento de inovações genéticas, de tecnologias produtivas e acessibilidade do produtor às novas tecnologias e técnicas aplicáveis no cultivo desta planta. E diante do contexto contemporâneo, o qual, os cafeicultores estão inseridos, a corrente evolucionário da Teoria Econômica, conhecida como Neo-Schumpeteriana, tem por contribuir no que diz respeito a análise sobre o desenvolvimento de novos conhecimentos e tecnologias, que induzem o crescimento produtivo e o progresso técnico. 3
  • 5. Deste modo, o objetivo do trabalho é relacionar a teoria econômica e as inovações tecnológicas na cultura do café conilon, analisando: as possíveis alterações sobre os processos de inovação na espécie Coffea Canephora, o papel das instituições públicas e privadas no desenvolvimento tecnológico da cultura cafeeira, observando quais as mudanças institucionais que ocorreram no período de 1986 a 2006. 2 REVISÃO DE LITERATURA A ORIGEM DO CAFÉ CONILON A cultura do café no Brasil destaca-se economicamente e socialmente desde o século XIX, com as primeiras mudas vindas da Guiana Francesa, sendo implantadas nos Estados do Pará e Maranhão. Diante da dificuldade de adaptação as condições climáticas e ao solo na região norte, teve-se a necessidade de percorrer outros lugares para este cultivo, tendo por encontrar essas condições para a disseminação desta planta na Região Sudeste do país. Têm-se relatos da história do café no Brasil, desde o período da escravidão de negros, passando pelos imigrantes europeus, mão-de-obra esta, muito importante na condução das lavouras, principalmente nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Tendo esta cultura no mesmo período, uma disseminação para os Estados do Paraná e Minas Gerais. É consensualmente conhecida, a Etiópia como a região de origem do cafeeiro, de acordo com Ortega: [...] há certa repetição entre seus historiadores de que foi um pastor etíope que, ao observar que suas cabras eram estimuladas e ficavam mais espertas quando comiam as folhas e frutos de certo arbusto, decidiu provar seu fruto. Este fato teria ocorrido por volta de 575 d.c. e, até hoje, encontra-se no interior da Etiópia, o café “original” denominado Arábica. [...]. (Ortega, Antônio César, Campinas, SP: Editora Alínea, 2012, p.28). O café, cujo nome científico é denominado Coffea arábica, chegou ao Brasil como um elegante presente da esposa de uma autoridade da Guiana Francesa para um sargento do exército brasileiro que se dirigiu até o país vizinho para adquirir os grãos dessa planta, pois: 4
  • 6. [...] De acordo com Martins (1999), coube a um militar brasileiro a missão de “buscar” na Guiana Francesa os grãos da planta que tinha grande potencial de produção e comercialização do grão com o pergaminho. [...]. (Ortega, Antônio César, Campinas, SP: Editora Alínea, 2012, p.28). Vale ressaltar que o objetivo da produção, desde o início, era ampliar a renda do Império, pois embora já existisse a cultura implantada pelos portugueses desde o século XVII, seu cultivo ainda não havia ganhado notoriedade econômica, que decorreu a partir do século XVIII, através dos grãos vindos do Pará para a Região Sudeste do Brasil. HISTÓRIA DO CAFÉ CONILON NO ESPÍRITO SANTO A cafeicultura no Estado do Espírito Santo, tem como marco histórico o ano de 1840, devido a uma corrente migratória vinda dos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, dando início a esse ciclo de economia agroexportadora, despertando a atenção, competindo com a cana-de-açúcar e com a mandioca, em relação a preferência de cultivo nas áreas disponibilizadas para as atividades agrícolas (BUFON, 1992). Corroborando com Celin (1984), que relata a expansão do café tendo início no sul do Estado (ainda era uma província), criando condições para a vinda de produtores de Minas Gerais e do Estado do Rio de Janeiro, especialmente na região de Itapemirim e Itabapoana. Assim, com a experiência adquirida e acumulada por esses migrantes, condicionou a então província, uma notoriedade no cenário da cafeicultura, apesar da hegemonia fluminense, pois: “Nos vinte anos compreendidos entre 1851-52 e 1871-72, o Espírito Santo apresentou as maiores taxas anuais de crescimento, dentre as 4 (quatro) principais províncias produtoras de café. Durante o período considerado a produção capixaba multiplicou-se por 5,5 e a participação do Espírito Santo no total produzido pelas 4 (quatro) maiores províncias evoluiu de 1,0 % para 4,7 %. Por esta época (1871-72), apesar de decadente relativa e absolutamente, a produção do Rio de Janeiro ainda era a maior, representando 56,0% do total acima considerado” (BUFFON, 1992, p.75-76). 5
  • 7. Com o fim da mão de obra escrava que trabalhava nas lavouras cafeeiras, em 1888, teve-se a necessidade de criar incentivos por parte do governo brasileiro, aos europeus que se encontravam em condições desfavoráveis em seus países (devido as sucessivas guerras e industrialização no Velho Continente) à emigrarem para o Brasil. E o Espirito Santo, era um dos destinos desses emigrantes para ocupar terras, que muitas vezes já eram demarcadas para essas famílias trabalharem na formação e expansão do cultivo. De acordo com Celin (1984), a abolição da escravatura e a crise de preços em fins dos anos noventa do século XIX, as então denominadas “grandes fazendas” deixaram de existir no Estado. Em meados da década de 1930, de acordo com Celin (1984), constitui-se na direção do norte, originaria das regiões Central e Sul do Estado, uma intensa corrente migratória. Ou seja, abre-se uma importante fronteira para a expansão da agricultura familiar já consolidada nas demais regiões, tendo a importância na ocupação de terras situadas ao norte do rio Doce. Tal fenômeno ocorreu em um processo colonizatório semelhante ao que ocorreu na região sul (pequena propriedade, agricultura familiar de subsistência e ao mesmo tempo voltada para a exportação). Assim, pode-se entender que o período entre a última década do século XIX e a terceira década do século XX, constitui a formação da pequena propriedade como meio, em que ocorre o cultivo do café no Espírito Santo. Sendo que a viabilidade dessa estrutura de produção, é decorrente de fenômenos demográficos como, os fluxos imigratórios e sequencialmente migratórios. O que permite ao Espírito Santo apresentar na década de 1940, uma produção de café, equivalente a 15% da produção nacional (CELIN, 1984, p.74). Indo ao encontro das interpretações de Rocha e Morandi (1991), que retratam o período entre o século XIX e até a primeira metade do século XX, como os ciclos econômicos nos Estados, estão intimamente ligados à cafeicultura. Tendo por lembrar que a própria ocupação do território capixaba ocorreu simultaneamente frente “a marcha do café”, na qual a sua expansão, propiciou o surgimento de pequenas vilas e ocupação de territórios. Rocha e Morandi (1991) consideram que a década de 1950 apresentou no ciclo econômico, dois momentos distintos: expansão e retração da atividade cafeeira. E também ressaltam a crise de preços internacionais do café, em 1955, e que a partir de 1961, ficaria a 6
  • 8. cargo do Grupo Executivo de Racionalização da Cafeicultura (Gerca) os rumos à serem tomados em relação a política cafeeira. Diante dessa incumbência, teve-se um programa de erradicação, executado entre 1962 e 1967, atingindo mais de 50% da cafeicultura capixaba, desfazendo-se de 71% da área plantada com café e desencadeando um maciço desemprego rural. A cafeicultura, especialmente a capixaba, vivenciou sucessivas crises de preços, durante aproximadamente vinte anos, em face a erradicação dos cafezais sob as ações realizadas pela política do IBC-Gerca, período que se perfez em 1975. A IMPORTÂNCIA DA CAFEICULTURA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Segundo Ferrão et. al.(2011), o Brasil destaca-se no cenário internacional no que diz respeito à café, com cerca de 35% da produção mundial. O Espírito Santo, que representa apenas 0,5% do território brasileiro, é o segundo maior produtor brasileiro com 22 a 28 % do total nacional, numa área aproximada de 460 mil hectares, responsável pela produção anual de mais de 10,0 milhões de sacas, que saem de 61 mil propriedades (das 90 mil existentes). Sendo esta, uma atividade agrícola de extrema importância no desempenho da economia capixaba, pois: “A cafeicultura está presente em todos os municípios, exceto Vitória, sendo a principal atividade em 80% dos municípios e representa sozinho 43% do PIB agrícola do Estado. Diferente de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rondônia, o Espírito Santo é o único estado que tem expressivas produções de café conilon (73%) e café arábica (27%).” (FERRÃO, et. al. 2011, p.29). De acordo com Ferrão et. al.(2011), a cafeicultura no Estado do Espírito Santo, concentra-se em três regiões distintas. Na região Noroeste, encontra-se uma cafeicultura voltada para pequenos produtores e com topografia mais irregular, sendo responsável por 40% do total estadual. Na região Nordeste encontra-se predominantemente uma cafeicultura com mais recursos tecnológicos como: irrigação localizada, colheitadeira mecanizada e inúmeros implementos agrícolas. Pois as áreas disponíveis para o cultivo são predominantemente planas e de maior tamanho. Essa região é responsável por 45% do conilon capixaba. E a região Sul, possui cerca de 15% do total cultivado. Os municípios 7
  • 9. que se destacam na produção são: Vila Valério, Jaguaré, Sooretama, Linhares, Rio Bananal, São Mateus, Nova Venécia, Pinheiros e São Gabriel da Palha. E assim, aparece conforme as mais variadas formas e manejos, estando adequada ou adaptada a realidade de cada produtor, externalizando as características tecnológicas dos mesmos, levando em conta o tamanho das propriedades, topografia, recursos naturais disponíveis e outros. De acordo com Ferrão et. al.(2011), no período entre 2001 a 2011, houve um adicional de 60% na produção capixaba, passando de 6,4 para 10,3 milhões de sacas, correspondendo a um aumento médio de 7,5% por ano. Esse desempenho deve-se especialmente, a melhora da produtividade das lavouras, mediante a capacitação e aperfeiçoamento dos cafeicultores, incorporando inovações tecnológicas e organizacional. O QUE É BIOTECNOLOGIA? O Café robusta (espécie Coffea canéfora), popularmente é conhecido como café conilon (variedade conilon). Trata-se de um cultivar rústico, tolerante a pragas e doenças, adaptada a uma razoável variabilidade de condições edafoclimáticas tropicais e no ano de 2000, correspondia cerca de 60% do café produzido no Estado do Espírito Santo. As lavouras de conilon encontram-se concentradas na Região Norte do Estado. Até 1990 o material genético trabalhado era o selecionado de maneira “caseira” pelo agricultor, decorrente de multiplicação de sementes. Este método implicava em uma lavoura desuniforme e com grande variabilidade genética, devido a espécie ser de fecundação cruzada. Assim observava-se com frequência em uma mesma lavoura, plantas com diferenças: em arquiteturas; época e maturação dos frutos; e formatos e tamanhos dos grãos com padronização irregular. Segundo, Ferrão e Bragança (2000, p. 389), aproveitando a variabilidade genética das lavouras no Espírito Santo, em 1985 a EMCAPA, hoje denominada INCAPER, iniciou um programa de melhoramento genético com o conilon, no Estado. A história econômica tem registrado evoluções de tecnologias na agricultura, principalmente a partir da revolução agrícola, que ficou conhecida como a Revolução 8
  • 10. Verde. Período em que os países do então chamado de primeiro mundo, disseminou um pacote tecnológico para os considerados países de terceiro mundo, entre eles o Brasil. Este pacote tecnológico abarcava a introdução de novas técnicas de cultivo, mecanização, uso de fertilizantes, defensivos agrícolas e sementes de variedades de alto rendimento, comparado as sementes tradicionais da época. Dentre as revoluções agrícolas dos séculos XX e XXI: Biotecnologia, Engenharia Genética, Transgenia e Genômica; podemos destacar a primeira. Pois, o melhoramento genético da cultura cafeeira, consequentemente possibilitando o ganho de produtividade e qualidade, permitindo ao Estado do Espírito Santo, ter em sua economia este grande propulsor da dinâmica da renda, que passa pelo agricultor, trabalhadores que atuam nesta atividade, e o comércio que aufere renda através de vendas de produtos para as famílias que trabalham direta e indiretamente nesta atividade agrícola, criando um círculo virtuoso e auto sustentável, deve-se as inovações proporcionadas pela Biotecnologia no cultivo do café. De acordo com Silveira e Borges (2004), o termo Biotecnologia trata-se de mais um componente de novas tecnologias que vem alterando a realidade de vários setores da economia e que têm em comum a utilização de organismos vivos para a produção de bens e serviços, demandando políticas e arranjos institucionais específicos. Parte do esforço em P&D neste ramo, depende de técnicas avançadas de prospecção tecnológica, das possibilidades de exploração econômica dos resultados da pesquisa e empenho pelos agentes envolvidos, como por exemplo o pesquisador universitário. A área de biotecnologia exige um trabalho de Marketing constante para a capitação de recursos públicos ou privados, por parte das empresas ou instituições que atuam neste setor, principalmente no estágio de desenvolvimento do produto ou processo, e ainda lembrar aos detentores desses recursos, que há um tempo relativamente longo, entre divulgação das ideias ou produtos junto a mídia e a comercialização destes últimos (MACHADO, 2004). A biotecnologia divide-se entre a clássica e a moderna, sendo a primeira caracterizada pela utilização de organismos vivos da forma como são encontrados na natureza ou modificados através de melhoramento genético convencional. Já a 9
  • 11. biotecnologia moderna utiliza-se organismos vivos geneticamente modificados por meio da Engenharia Genética (SILVEIRA e BORGES, 2004). O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL No Estado do Espírito Santo, uma contribuição importante para melhorar a distribuição espacial da renda e do emprego, foi o Arranjo Produtivo Local do café, possibilitando uma postergação do aumento do êxodo rural. E ao mesmo tempo foi sendo construído um arranjo institucional voltado ao desenvolvimento de inovações genéticas, de tecnologias produtivas e acessibilidade do produtor às novas tecnologias e técnicas aplicáveis no cultivo desta planta. O Arranjo Produtivo Local é conhecido, como uma integração de ações de vários agentes econômicos de um mesmo setor ou segmento, no qual tem-se a possiblidade de permutações de experiências, conhecimentos e acesso as novas tecnologias. Essa forma de organização ou de idiossincrasias nas relações entre os agentes, aparece no fornecimento de insumos ou no capital humano de um participante para outro, na abertura de canais de comercialização dos produtos elaborados em conjunto, na oferta de cursos de capacitação ou aperfeiçoamento de técnicas apropriadas. De acordo com Cassiolato & Lastres (2003), a participação e a interação dos agentes e suas inúmeras maneiras de manifestação ou organização, caracteriza este tipo de relação. A Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e Inovativos Locais (Redesist), com sede no Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e que conta com a participação de várias universidades e institutos de pesquisa no Brasil, entende que os arranjos produtivos locais simboliza a organização de estratégias coletivas, diante de especificidades e criação de condições locais para a dinamização de recursos, promovendo a competitividade. Tal explicação, se deve a ideia de que, os APLs constituem um conjunto atores que atuam em torno de um bem principal, também sob atuação de outros agentes econômicos correlatos como, fornecedores de insumos e equipamentos, prestadores de serviços e extensão (Consultoria e Assistência Técnica), entre outros. Os agentes referentes 10
  • 12. nesta concepção, podem ser tanto da esfera privada quanto da esfera pública (LASTRES; CASSIOLATO, 2003). O conceito de competitividade nesta abordagem se manifesta em diferentes estudos sobre os Arranjos Produtivos Locais. Tendo como ideia principal, a interligação entre atividades econômicas, dada uma região, melhorando o desempenho nos mercados próximos a essas realidades, possibilitando galgar mercados externos. Isto, através da especialização em atividades relacionadas, inovações desde a organizacional até tecnológica e identidade regional (selos de qualificação, peculiaridades dos produtos de determinada região, diferenciação de um modo geral). Diante da realidade em que se encontra a cafeicultura capixaba, predominantemente organizado no sistema de agricultura familiar ou mesmo por médias propriedades, tem-se uma necessidade de mobilização ou cooperação entre diversos agentes ao longo da cadeia produtiva (produtores, órgãos públicos e privados de pesquisa e extensão rural, organizações de fomento ou financiamento, etc.), para viabilizar economicamente o desenvolvimento do conhecimento e ciência aplicada (VIEIRA FILHO, 2009, p.8). Pois tornou-se uma forma de organização constituída de estratégia, na qual busca a identidade local, característica importante de um Arranjo Produtivo Local, atributo reconhecido e apreciado pelo mercado, fortalecendo a competitividade dos participantes agrupados. O PAPEL DA EMBRAPA E DO INCAPER Segundo Assad e Aucélio (2004), o novo paradigma do desenvolvimento socioeconômico, baseado no desenvolvimento científico e tecnológico, pressupõe que a melhor maneira de atingir o progresso é ampliando a fronteira do conhecimento com o objetivo de gerar novas tecnologias e elevar o nível de competitividade. E a incorporação da pesquisa, desenvolvimento e inovação na produção de bens e serviços especializados é fonte de riquezas. Vale lembrar que as mudanças ocorridas, a partir da década de 1980, na conjuntura mundial, vem exigindo esforços com a finalidade de alcançar as condições e os meios para inserir-se em um modelo econômico global e competitivo. Tais adaptações têm sido 11
  • 13. realizadas de maneira gradual, devido à evolução do sistema nacional de C&T, estabelecido desde a última metade do Século XX (ASSAD e AUCÉLIO, 2004). Diante deste cenário, destaca-se a criação em 1973 da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), tendo por objetivo promover a pesquisa e seu desenvolvimento na agropecuária, de seu centro específico para biotecnologia, comprometido com a aplicação de técnicas biotecnológicas ao setor agrícola e as empresas estaduais de pesquisa agropecuária. Sendo um importante marco histórico para o desenvolvimento da biotecnologia agropecuária e produção de inovações (ASSAD e AUCÉLIO, 2004). O conhecimento acumulado até a década de 1980 era resultado dos próprios cafeicultores pioneiros e a partir destes, foram desenvolvidos os trabalhos do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), que passou a inserir no cultivo e produção de café conilon, tecnologias mais apropriadas para exploração desta atividade (FELIPE, VILLASCHI FILHO e OLIVEIRA, 2010). TEORIA ECONÔMICA: SCHUMPETER E OS NEO-SCHUMPETERIANOS O economista austríaco Joseph Alois Schumpeter (1883-1950), cujo os estudos tiveram influências da Escola Austríaca, tendo a vida acadêmica em duas fases: uma na Europa e outra lecionando em Havard; compreende que o processo de desenvolvimento nasce através da ruptura do equilíbrio estacionário walrassiano. Tal processo é repetido indefinidamente em um ciclo idêntico a si mesmo, e a ideia abordada sustenta-se quando a concorrencia direcionar o sistema para a posição de máximo rendimento. Além de explicar a existencia de crises no sistema economico, ressalta a importância da inovação. Sendo esta, uma variável endógena ao sistema economico. As atividades que envolvem a inovação diferem de invenções, pois consiste na destruição da estrutura existente e sua substituição por novas, a então denominada destruição criadora. É importante observar que no processo de desenvolvimento em Schumpeter (1984, p. 112 e 113) tem-se: 12
  • 14. “A abertura de novos mercados – estrangeiros ou domésticos – e o desenvolvimento organizacional, da oficina artesanal aos conglomerados como a U. S. Steel, ilustram o mesmo processo de mutação industrial – se me permitem o uso do termo biológico – que incessantemente revoluciona a estrutura econômica a partir de dentro, incessantemente destruindo a velha, incessantemente criando uma nova.” ( Schumpeter, 1984, pg. 112-3) Assim, as forças intrisecas no sistema economico que tendem a desestabiliza-lo de tempos em tempos, tende a substituição de um determinado equilibrio por outro diferente. A contribuição dada por Schumpeter, especificamente em relação a inovação, viabiliza novas abordagens sobre a aprendizagem e conhecimento na Economia. Pois, tanto a criação quanto a aquisição de conhecimento através das pesquisas voltadas para a produção de novos produtos e processos, caminham junto da inovação e para isso a aprendizagem é fundamental. Logo, o conhecimento e aprendizagem norteiam o processo produtivo (AMORIN, 2007, p. 26). Schumpeter realçou o papel das inovações tecnológicas nos ciclos econômicos e chancelou o conceito de inovação no dialeto dos economistas, dando origem a uma nova linha de pensamento, conhecida como Neo-Schumpeteriana, que por sua vez, a partir da década de 1980, contribuíram de maneira significativa, no que diz respeito às inovações tecnológicas. A corrente Neo-Schumpeteriana carrega duas linhas de pesquisa e teorização, uma voltada ao desenvolvimento de ‘modelos evolucionistas’, a qual, destaca-se, Edith Perose, Richard Nelson e Sidney Winter. A outra, tem-se a análise da geração e difusão de novas tecnologias, destacando uma relação com a dinâmica industrial e a estrutura dos mercados, tendo como destaque alguns trabalhos de Christopher Freeman e Giovanni Dosi. Segundo Vieira (2010), as pesquisas dos Neo-Schumpeterianos tem desenvolvido novos conceitos e objetos de pesquisa, tendo como duas vertentes: uma referente ao paradigma tecnológico de Dosi, Nelson, Winter e a outra relacionada ao paradigma técnico- econômico, com destaque os trabalhos de Perez e Freeman. A teoria neo-schumpeteriana entende que a inovação é um fator determinante na dinâmica capitalista, e também importante no que diz respeito ao processo concorrencial. 13
  • 15. Os cientistas econômicos dessa linha de pesquisa ressaltam a importância de esforços para o surgimento de novos conhecimentos, as aplicações dadas e propagação no sistema produtivo. Incorrendo no processo que tende ao surgimento de inovações, sendo estas, por sua vez, propulsoras de viabilização do desenvolvimento de pessoas, organizações e lugares (LASTRES e FERRAZ, 1999, p. 31). 3 TEMA-PROBLEMA O tema “Estudo Sobre as Inovações Tecnológicas e Suas Relações com a Economia do Conhecimento: DESAFIOS EM BUSCA DA QUALIDADE” FOI DESENVOLVIDO, APÓS REUNIÕES REALIZADAS JUNTO AO PROFESSOR Dr. Ednilson Silva Felipe, nas quais, foram repensadas algumas inquietações sobre o objeto de pesquisa, lEVANTANDO QUESTÕES COMO: O QUE PESQUISAR? Por que pesquisar sobre o assunto abordado e este o tema proposto? Qual a relevância do assunto? Como pesquisar (referencial teórico)? Quando pesquisar (cronograma)? Qual a abrangência espacial? Qual a temporalidade sobre o assunto e o tema? Qual o setor econômico que será abordado? Qual é o fator de produção que será levado em conta durante a pesquisa? Qual é a atividade econômica que será o foco da análise descritiva da pesquisa? 4 JUSTIFICATIVA O Projeto visa retratar as possíveis causas da não consolidação da qualidade do café conilon no Estado do Espírito Santo no período de 1840 a 2006 e as tendências sobre as estratégias à serem tomadas em busca da qualidade. 14
  • 16. A Era do Conhecimento, sob o ponto de vista econômico, tem-se observado novas práticas de produção, comercialização e consumo de bens e serviços, cooperação e competição entre indivíduos ou organizações, a partir de uma maior intensidade no uso da informação e conhecimento nos processos envolvidos. Tais práticas decorrem de novos saberes e competências, novos aparatos e instrumentais tecnológicos, e também em novas formas de organizar o processo produtivo ou novas formas de inovar (LASTRES e ALBAGLI, 1999). As transformações na economia mundial no período contemporâneo centraram as atividades produtivas no uso do conhecimento, na aprendizagem e na capacidade de inovar. Diante das possibilidades ou necessidades de inovação, sua decorrência fica condicionada ao ‘espírito animal’ que está disposto a aceitar os riscos. A disposição para enfrentar as incertezas, consiste na ousadia de quebra de paradigmas e caracteriza-se por inúmeras idiossincrasias, conforme as ideias de Freeman, Perez, Castells (2000), Drucker (2001), dentre outros (VILLASCHI FILHO, 2004). Economistas como Johnson e Lundvall, têm se destacado na pesquisa sobre a Economia da Inovação e do Desenvolvimento Tecnológico, dividindo o conhecimento em quatro categorias: know-what (saber o que), know-why (saber por que), know-how (saber como) e know-who (saber quem). Sendo que estas podem ser aplicadas no plano dos indivíduos, nas competências em níveis organizacionais ou regionais (VILLASCHI FILHO, 2004). De acordo com Iacono e Nagano (2007), Suzigan em 2004 dizia que o novo ambiente competitivo, com características de mudanças rápidas do mercado, torna necessário nos sistemas locais, o desenvolvimento de capacitações e competências específicas para a inovação e possível valorização do produto local. Entendendo que uma propriedade rural deve ser encarada como uma empresa, sendo esta, inserida na literatura econômica, e levando em conta que as instituições de pesquisa e ensino, e demais agentes que atuam a montante do chamado “Complexo Agropecuário”, também deve-se serem consideradas como empresas, tem-se por destacar, os estudos sobre a importância dos aspectos locais para o desenvolvimento econômico e a competitividade das empresas. Os estudos referem-se às aglomerações setoriais das empresas que, pela 15
  • 17. cooperação ou configuração econômica desenvolvida, criam diferencias competitivos para os agentes envolvidos. Essas aglomerações, conforme as características apresentadas, podem ser chamadas de Arranjo Produtivo Local, Sistemas Locais de Inovações, Sistemas Produtivos Locais e Clusters (SANTOS, DINIZ e BARBOSA, 2004). E diante do objeto de estudo apresentado, a corrente evolucionário da Teoria Econômica, conhecida como Neo-Schumpeteriana, tem por contribuir no que diz respeito a análise sobre o desenvolvimento de novos conhecimentos e tecnologias, que induzem o crescimento produtivo e o progresso técnico, que abarca também o âmbito agrícola regional (VIEIRA FILHO, 2009). Em relação a agricultura, especificamente a cafeicultura do Conilon no Estado do Espírito Santo, é importante compreender a situação em que se encontra em um dado período histórico, pois a cada estágio, caracteriza-se diante de fatos históricos, políticos, econômicos e sociais, isto levando-se em consideração os arranjos institucionais que possibilitaram a criação de inovações tecnológicas ou a difusão das mesmas. 5 OBJETIVO GERAL O objetivo geral desta pesquisa é retratar as possíveis causas da não consolidação da qualidade do café conilon no Estado do Espírito Santo no período de 1840 a 2006 e as tendências sobre as estratégias à serem tomadas em busca da qualidade. 6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Identificar as possíveis alterações sobre os processos de inovação na espécie Coffea Canephora; b) Analisar o papel das instituições públicas e privadas no desenvolvimento tecnológico da cultura cafeeira; 16
  • 18. c) Realizar um estudo histórico-teórico acerca dos processos de inovação na cultura do Café Conilon e quais as mudanças institucionais que ocorreram no período de 1840 a 2006. 7 METODOLOGIA Este trabalho pretende-se a uma pesquisa analítica – qualitativa, tendo o método histórico - descritivo como técnica de pesquisa, sendo esta, bibliográfica e documental. Tendo como campos de pesquisa: Economia Geral (Teoria Econômica e História Econômica); Economia Agrícola; Economia Evolutiva (Economia do Conhecimento e Economia da Inovação). 8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO O plano de trabalho segue este cronograma de execução, que prevê a conclusão da dissertação em três semestres e sua posterior apresentação: 9 REFERÊNCIAS 17
  • 19. AMORIM, W. A. C. de (2007) Conhecimento e aprendizagem: Uma breve revisão, dos clássicos aos neo-schumpeterianos, Revista Integração, nº 48, São Paulo, SP. ASSAD, A. L. D. AUCÉLIO, J. G. (2004) Biotecnologia no Brasil – Esforços Recentes, em Silveira, J. M. Dal Poz, M. E. Assad, A. L. Biotecnologia e Recursos genéticos. Desafios e oportunidades para o Brasil. UNICAMP-FINEP, Campinas. BUFFON, J. A. O café e a urbanização no Espírito Santo: aspectos econômicos e demográficos de uma agricultura familiar. 1992. 373 f. Dissertação (Mestrado em Economia) – Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. CASSIOLATO, José Eduardo; LASTRES, Helena M. M. O foco em arranjos produtivos e inovativos locais de micro e pequenas empresas. In: LASTRES, H.M.M; CASSIOLATO, J.E.e MACIEL, M.L. (orgs). Pequena empresa: cooperação e desenvolvimento local. Relume Dumará Editora, Rio de Janeiro, 2003 CELIN, J. L. Contribuição ao estudo da pequena produção na cafeicultura brasileira – o caso do Espírito Santo. Análise Econômica, Porto Alegre, v. 2, n. 4, p. 67-75, nov.1984. FELIPE, E. S.; VILLASCHI FILHO, A.; OLIVEIRA, U. J.. Das Vantagens Comparativas à criação de competências: dinâmica dos arranjos produtivos no Espírito Santo e a centralidade do conhecimento e do aprendizado. In: VIII Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, 2010, Juiz de Fora, MG. Anais do VII Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, 2010. FERRÃO, et.al.. A cafeicultura no Estado do Espírito Santo: Tecnologias e desafios. In: Tecnologias para a sustentabilidade da cafeicultura – Alegre, ES: CAUFES, 2011, p.324. IACONO, A.; NAGANO, M. S. (2007). Uma análise e reflexão sobre os principais instrumentos para o desenvolvimento sustentável dos arranjos produtivos locais no Brasil, Revista Gestão Industrial. LASTRES, H. M. M.; ALBAGLI, S. Chaves para o terceiro milênio na era do conhecimento. In: ______. Informação e globalização na era do conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1999 LASTRES, Helena M. M; FERRAZ, João Carlos. Economia da informação, do conhecimento e do aprendizado. In: LASTRES, Helena M. M; ALBAGLI. (org). Informação e globalização na era do conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1999. MACHADO, Joaquim A. (2004) Tendências Futuras da Biotecnologia: Perspectivas para o Setor do Agronegócio e Industrial, em Silveira, J. M. Dal Poz, M. E. Assad, A. L. Biotecnologia e Recursos genéticos. Desafios e oportunidades para o Brasil. UNICAMP- FINEP, p.55, Campinas. 18
  • 20. MORANDI, A.; ROCHA, H. C. Cafeicultura e grande indústria: a transição do Espírito Santo 1955-1985. Vitória: FCAA, 1991. ORTEGA, A. C.; JESUS, C. M.. Café e Território: A Cafeicultura no Cerrado Mineiro. Campinas, SP: Editora Alínea, 2012. SANTOS, G. A. G.; DINIZ, E. J.; BARBOSA, E. K. Arranjos produtivos locais e desenvolvimento. Versão preliminar. BNDES, 2004. SCHUMPETER, J. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Zahar Editores S. A., Rio de Janeiro.1984. SILVEIRA, José Maria F. J. da; BORGES, Izaías de Carvalho (2004) Um panorama da Biotecnologia Moderna, em Silveira, J. M. Dal Poz, M. E. Assad, A. L. Biotecnologia e Recursos genéticos. Desafios e oportunidades para o Brasil. UNICAMP-FINEP, p.17, Campinas. VIEIRA FILHO, J. E. R..Inovação Tecnológica e Aprendizado Agrícola: Uma Abordagem Schumpeteriana. Tese de Doutoramento em Ciências Econômicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP,2009. VIEIRA, Rosele Marques. Teoria da firma e inovação: Um enfoque Neo- Schumpeteriano. Cadernos de Economia. Curso de Ciências Econômicas – UNOCHAPECÓ, ano 14, nº27, Jul.Dez. 2010. VILLASCHI FILHO, Arlindo. Paradigmas tecnológicos: uma visão histórica para a transição presente. Revista de Economia (Curitiba), 2004. 19