O poema descreve o autor vendendo seus versos por não poder retê-los. Os versos vêm em diferentes cores, sabores e estilos, com rimas impetuosas ou humildes. O autor pede que alguém compre os versos para conquistar o amor de outra ou doar se não puder comprar. Caso ninguém queira os versos, o autor oferece seu coração em troca e pede para ser preenchido com novas rimas através do amor do outro.

1. VERSOS À VENDA Estou vendendo meus versos. Não sei ao certo quanto valem, alguns estão bem cotados, outros - coitados - tão desaprumados! Mas você já viu alguma mãe achar feio, mesmo um filho mal gestado? Para ela todos são lindos, até os desajeitados. Estou vendendo meus versos. São versos de todas as cores e alguns, nem cor definida têm: acho que são incolores.

2. São versos de muitos sabores: sabor de amor, de desejo, de melancolia, de saudade, de nostalgia, de dúvida, de transcendência, de antagonismo, de inquietação, mas em todos eles há um quê de "comunhão ". Sim, todos eles têm sabor de comunhão misturados com algumas certezas e outras tantas incertezas. São versos briguentos com as rimas, alguns impetuosos, soberbos, outros com jeitão de pobreza, que vendo a preço de banana na feira-livre da vida, na minha tenda de cigana. Quem dá mais? Vamos lá, meu camarada!

3. Não pechinches nem me venhas com esparrela! Afinal, quem sabe se, com estes versos, tu não conquistas o amor de uma alma gentil e bela? Vendo porque não posso retê-los e se não vender, farei doação. É que preciso esvaziar-me de meus versos, preciso deixar leve a minha mente e livre o meu coração. Queres ficar com eles?

4. Se não podes, não ligues, não ... mas aceita outra sugestão: aceita o meu coração. Ama-me e deixa-me prenhe de novas rimas. .. E, se teu amor for bom, nossos filhos serão Obras-Primas! - Fátima Irene Pinto - Música : Phantom Of The Opera -Think of Me Montagem [email_address] Visite o site: http://www.meusonho.com.br http://www.meusonho.trix.net/pps