O rato tenta avisar os outros animais sobre uma ratoeira colocada pelo fazendeiro, mas eles não se importam com o problema dele. Mais tarde, quando a esposa do fazendeiro é mordida por uma cobra e fica doente, os animais são sacrificados para alimentar visitantes. O rato provavelmente pensou "Eu avisei que o problema de um é problema de todos".
2. Uma estória sobre a indiferença.
Com base em texto que circula na Internet, sem o crédito da autoria.
Conta-se que, em uma fazenda, viviam o fazendeiro e sua mulher. Por lá
também viviam alguns animais: uma vaca, um cordeiro, uma galinha e um
rato. O rato vivia tranquilamente em um buraco na parede da casa e tinha boa
convivência com os outros animais. Certo dia, ele vê o fazendeiro e sua esposa
abrindo um pacote. Pensou logo em que tipo de comida poderia ter ali. Porém,
ficou preocupadíssimo, desesperado, até, quando descobriu que era uma
ratoeira. Com toda certeza, o fazendeiro queria matá-lo. Então, saiu correndo
para avisar a todos os outros animais.
3. Atenção! Temos um grande problema na casa! Temos uma ratoeira! Uma
ratoeira! A galinha, que estava cacarejando e ciscando, levantou a cabeça e
disse:
- Desculpe-me, senhor rato; eu entendo que é um problemão para o senhor,
mas não me prejudica em nada, não me afeta. Não quero nem saber!
O rato, ainda desesperado, foi procurar o cordeiro.
- Cordeiro, está havendo uma tragédia. O fazendeiro colocou uma ratoeira na
casa.
- Ratoeira? Olha o meu tamanho. Você acha que ratoeira pega um cordeiro
como eu? Se vire, isto é um problema seu.
4. Desculpe-me senhor rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar.
Fique tranquilo, o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato, triste e perplexo por ninguém lhe ajudar, correu para falar com a vaca.
- Vaca, nós estamos com um problema muito sério. Armaram uma ratoeira lá
na casa.
A vaca, que estava pastando, disse:
Nós? Uma ratoeira na casa? Por acaso estou em perigo? Acho que não! Por um
acaso entro na casa do fazendeiro? Você já viu ratoeira pegar vaca? Isto é
problema seu.
Então, o rato voltou para casa, cabisbaixo, abatido e desapontado, pois não
conseguiu sensibilizar ninguém a ajudá-lo. Tinha que enfrentar sozinho o
perigo da ratoeira do fazendeiro.
5. À noite, todos foram dormir, e, de repente, ouviu-se um barulho, a ratoeira
desarmou. O barulho chamou a atenção da mulher do fazendeiro que correu
para ver o que havia acontecido, inclusive o rato. No escuro, ela não viu que a
ratoeira havia prendido uma cobra venenosa, e levou uma mordida. Foi levada
imediatamente para o hospital. De volta para casa, muito debilitada e com
febre, precisava de muitos cuidados e uma alimentação especial. Todo mundo
sabe que para alimentar alguém doente nada melhor do que uma canja. O
fazendeiro pegou o seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. Lá se
foi a galinha. Como a enfermidade da mulher continuava, os amigos, parentes
e vizinhos foram visitá-la. Para alimentá-los, lá se foi o cordeiro.
6. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente foi para o funeral.
Então, o fazendeiro sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo. O
interessante é que o rato assistiu aquilo tudo e deve ter pensado: Bem que eu
avisei. Não seria muito melhor se a galinha, o cordeiro e a vaca tivessem
entendido que o problema de um de nós coloca todo mundo em risco?
REFLEXÃO:
Bem, e daí, o que você tem a ver com o rato, com a galinha, com o cordeiro e a
vaca? Pense um pouco e tente transferir o cenário da fazenda para o seu mundo
corporativo. Será que você já não agiu exatamente igual aos bichos da nossa
estória?
7. Geralmente nos consideramos donos de uma posição especial, assim como a
galinha, o cordeiro e a vaca, que nos faz ficar cegos e não enxergar o problema
dos outros como um problema também nosso. Esta falta de coletividade,
companheirismo e certa arrogância é um problema que afeta muitos
relacionamentos. Esta simples estória pode, com certeza, nos ensinar muito.
Quantas pessoas já vieram em busca de nosso auxílio? Algumas delas
poderiam ser até mesmo nossos amigos ou parentes, ou até mesmo um
desconhecido, e sequer paramos para ouvir atentamente a aflição dessa pessoa.
Muitas vezes estamos tão presos às nossas próprias coisas, às nossas próprias
necessidades que não estamos nem um pouco preocupados com o bem estar de
outrem.
8. Não queremos nem ouvir a respeito dos problemas dele, para não nos
comprometermos. E mais ainda, temos a mania de achar que podemos tudo
porque temos uma condição um pouco melhor, ou por estarmos fora da
situação daquele que se encontra em uma condição inferior, mas será que
estamos, pelo menos, parando para analisar se o problema também não nos
afetará? Será, que se pelo menos esse não for o caso, estamos prontos para
amar de maneira incondicional? Para estender nossa mão àquele que necessita
da nossa ajuda? Será que temos o verdadeiro amor de Jesus em nossas vidas?
Às vezes pensamos que olhando somente as nossas tarefas estamos fazendo a
coisa certa, mas nem sempre é.
9. Certo que cada um deve cuidar de seus afazeres e cumpri-los da melhor
maneira possível, com qualidade, sem retrabalhos e nos prazos acordados, mas
não podemos negligenciar os sinais que surgem para nos dizer que devemos
tomar um novo rumo, uma nova direção. Esta fábula mostra o que pode
acontecer a um grupo quando algo ameaça um membro da equipe e os
restantes simplesmente se acomodam e se limitam a dizer: “Esse não é
problema meu... É com ele... Que ele se vire...” Por isso, da próxima vez que
você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o
problema não lhe diz respeito, procure sempre se lembrar que, quando há uma
ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. Pense sempre que o problema de
um é problema de todos. Pense nisso!
10. Muita Paz!
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A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados de O Livro dos
Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.