2. ENG° CIVIL;
ENG° SEGURANÇA DO TRABALHO;
TÉC. DE SEGURANÇA DO TRABALHO;
AUDITOR ISO 45.001 (SAÚDE E SEG. OCUPACIONAL)
GESTOR DE SEGURANÇA OCUPACIONAL
HIGIENISTA OCUPACIONAL
PERITO JUDICIAL DE SEGURANÇA
INSTRUTOR COM PROFICIÊNCIA NAS NR’S
GESTOR SEGURANÇA OCUPACIONAL
3.
4.
5. 1. DEFINIÇÃO DE ESPAÇO
CONFINADO
Espaço confinado, de maneira geral, é qualquer área
não projetada para ocupação humana contínua e que
possua meios limitados de entrada e saída. A
ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes perigosos e/ou tem
deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam
existir ou se desenvolverem.
Fonte: NBR 16577
6. DEFINIÇÃO SEGUNDO A OSHA (OCCUPACIONAL SAFETY AND HEALTH
ADMINISTRATION)
Espaço grande o suficiente e configurado o bastante
para o trabalhador entrar e realizar um trabalho, possui
entradas e saídas restritas, não é desenhado para
ocupação humana, possui configuração interna que
pode causar asfixia ou claustrofobia, possui agentes
contaminantes agressivos à segurança e à saúde.
7. • DEFINIÇÃO SEGUNDO A NIOSHI (THE
NATIONAL INSTITUTE OCCUPACIONAL
SAFETY AND HEALTH)
Uma área em que, pela concepção, tem
abertura e saída limitadas, ventilação
natural desfavorável que pode conter ou
produzir contaminantes perigosas e que
não é concebida para ocupação contínua.
Figura - Reservatório
8. O reconhecimento tem sua
importância maior no que se refere à
determinação de uma série de
medidas de controle e prevenção de
riscos, desde o início operacional dos
trabalhos, permitindo revisões de
ações em tempo hábil, com maior
segurança além de definir
responsabilidades no que se refere ao
controle de riscos.
RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS
9. RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS
COMPOSIÇÃO DO AR ATMOSFÉRICO
• Antes de tratarmos da composição do ar, é
importante que falemos um pouco sobre
respiração humana. Respiração é a função
mediante à qual as células vivas do corpo tomam
oxigênio (O2) do ar ambiente e elimina o dióxido
de carbono (CO2).
• Quando falamos em espaços confinados, uma
ideia logo nos vem a cabeça que é a respiração.
• Respiração é a função mediante a qual as
células vivas do corpo tomam oxigênio (O2) do ar
ambiente e elimina o dióxido de carbono (CO2).
O sistema respiratório é o conjunto de órgãos
responsáveis pelas trocas gasosas entre o
organismo e o meio ambiente, ou seja, a
hematose pulmonar, possibilitando a
respiração celular.
10. O ar atmosférico é
composto por diversos
elementos conforme
figura a seguir:
RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS
11. RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS
Usualmente usamos essas
porcentagens (Inalado)
•Oxigênio (O2) = 20,93%
•Nitrogênio (N2) = 79,04%
•Dióxido de carbono (CO2) =
0,03%
12. RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS
Composição do ar exalado
•Oxigênio (O2) = 16,96%
•Nitrogênio (N2) = 79,04%
•Dióxido de carbono (CO2) = 4%
14. RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E
CONTROLE DE RISCOS
• RISCOS DOS ESPAÇOS CONFINADOS
Existem duas categorias importantes de riscos que podem ser encontrados
dentro e fora de um espaço confinado, riscos atmosféricos e riscos físicos.
Os riscos atmosféricos relacionados ao ar que respiramos podem incluir
deficiência de oxigênio na atmosfera, atmosferas enriquecidas de oxigênio,
atmosferas inflamáveis e tóxicas ou atmosferas venenosas.
Riscos físicos são condições físicas que tem o potencial de causar estresses ou
prejudicar o corpo humano, mas não incluem riscos atmosféricos.
15. PRINCIPAIS RISCOS FISICOS
Choques e golpes por elementos salientes, dimensões reduzidas da entrada, obstáculos no interior. Riscos
de choques elétricos por contato com partes metálicas, que acidentalmente podem estar com tensão.
Quedas de objetos no interior enquanto se está trabalhando; postura incorreta; ambiente físico agressivo e
problemas de comunicação entre exterior e interior.
RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E
CONTROLE DE RISCOS
16. PRINCIPAIS RISCOS ATMOSFÉRICOS
Asfixia
O ar contém 21% de Oxigênio, se esse percentual
é reduzido os sintomas de asfixia são produzidos,
e vão se agravando a medida que essa
porcentagem diminui (ver tabela).
Deficiência de O2
Em geral a deficiência de O2 é um risco primário
associado a espaços confinados. Respirar
oxigênio deficiente pode causar falta de
coordenação, fadiga, erro de julgamento, vômito,
inconsciência e morte.
17. • Incêndio ou explosão
Qualquer mistura entre valores inflamáveis e o ar poderá resultar em
uma atmosfera explosiva caso a relação vapores inflamáveis/ar fique
entre o LIE (Limite Inferior de Explosividade) e LSE (Limite Superior de
Explosividade). Por isso deverão ser eliminadas quaisquer fontes de
ignição.
Intoxicação
A concentração de produtos tóxicos acima de limites de exposição pode
produzir intoxicações agudas ou doenças. A substância tóxica em um
ambiente confinado pode ser: gases ou pó fino em suspensão no ar.
Gás metano CH4
O gás metano é um asfixiante simples e explosivo dependendo da sua
concentração no ambiente e é tóxico devido à presença de odorante.
PRINCIPAIS RISCOS
ATMOSFÉRICOS
18. PRINCIPAIS RISCOS
ATMOSFÉRICOS
Gás sulfídrico H2S
Sua ação no organismo é extremamente danosa e sua
percepção olfativa é difícil em concentrações médias e altas.
Seu risco é proporcional à sua concentração e o limite de
tolerância de segurança para o ser humano é de 8ppm (partes
por milhão).
Monóxido de carbono CO
Sua ação no organismo é extremamente danosa e sua
percepção olfativa é difícil. Sua detecção só é possível através
de equipamentos de medição. O seu limite de tolerância para o
ser humano é de 39 ppm.
Nitrogênio N2
É um gás inerte, incolor, inodoro e insípido. É impróprio para a
respiração e para a combustão. Aproximadamente 79% do ar
atmosférico é composto de nitrogênio.
O nitrogênio atua como um asfixiante porque desloca o oxigênio
do ambiente.
19. RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE
RISCOS.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A avaliação de risco é o processo de análise no qual os riscos que os trabalhadores se expõem num espaço
confinado são identificados e quantificados. A avaliação inclui a especificação dos ensaios e os critérios que
devem ser utilizados. Quando avaliamos os riscos podemos encontrar três situações dadas a seguir.
Condição de IPVS – Imediatamente Perigoso à vida e
a saúde
É uma condição encontrada no ambiente confinado que
supõe uma ameaça direta de morte ou consequências
adversas irreversíveis à saúde dos trabalhadores
envolvidos, impedindo sua fuga da atmosfera perigosa.
Condição potencialmente IPVS
É uma condição que momentaneamente pode
transformar um ambiente seguro em um ambiente
que ofereça risco de morte ou consequências
adversas irreversíveis à saúde dos trabalhadores
envolvidos. Como exemplo temos a abertura de
válvula de segurança em ERP - Estação
Redutora de Pressão, rompimento de junta entre
flanges.
Condição não IPVS
É condição da atmosfera que não oferece nenhum tipo de
risco à vida ou à saúde dos trabalhadores envolvidos.
Nesta condição temos a garantia de que as condições
ambientais não serão alteradas durante realização da
atividade. Na avaliação dos riscos para encontrarmos
alguma das situações acima, temos que avaliar as várias
situações, entre elas o limite de tolerância.
20. Limite de tolerância
É a máxima concentração de gás ou vapor que uma pessoa normal pode respirar durante uma jornada
de trabalho de 8 horas diárias e 5 dias por semana, sem que apareçam sintomas de envenenamento ou
doenças ocupacionais. O limite de tolerância é medido em PPM.
Quadro - Concentração, sintomas e Efeitos
21. LIMITE INFERIOR DE
EXPLOSIVIDADE (LIE)
É a concentração mínima de gás ou
vapor combustível, que em mistura com
o ar atmosférico pode provocar uma
explosão pela presença de faíscas, calor
ou outras fontes de ignição.
LIMITE SUPERIOR DE
EXPLOSIVIDADE (LSE)
É a concentração máxima de gás ou
vapor combustível, que em mistura com
o ar atmosférico pode provocar uma
explosão pela presença de faíscas, calor
ou outras fontes de ignição.
22. FUNCIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Quando trabalhamos com
instrumentos de medição é
necessário sabermos operar
esses equipamentos de maneira
correta. Os equipamentos mais
usados em espaços confinados
são explosímetros, oxímetros e
equipamentos que detectam
mais de um gás.
EXPLOSÍMETRO
GASCOSEEKER MK2
23. FUNCIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
EXPLOSÍMETRO
GASCOSEEKER MK2
A câmara de análise contém
elementos detectores que
monitoram o gás. O sistema total é
controlado por microprocessador
que mantém as condições de tensão
(voltagem) necessárias nos
elementos sensores, controla a
bomba e a seleção da escala e
mostra o resultado num estado
sólido na tela analógico e digital.
25. É usado para monitorar espaços
confinados, esgotos, tubulações
subterrâneas ou tanques, e em
outras aplicações de
monitoramento pessoal. Seus
alarmes de alta intensidade
provêm alertas imediatos de
níveis de gases detectando a
presença de gases.
O instrumento pode detectar a
presença de quatro gases, várias
combinações de gases são
possíveis. Este instrumento tem
três escalas básicas de medição,
Ppm - Partes por milhão
O2% - Porcentagem de
Oxigênio
26.
27. • O aparelho detector de 4 Gases sinaliza a presença
de monóxido de carbono (CO) e gás sulfídrico (H2S) via
sensores eletroquímicos, oxigênio (O2) via sensor
galvânico e atmosfera explosiva (EX) através de sensor
catalítico. Os valores de todas as medições aparecem
simultaneamente em seu amplo visor, bem como
indicação do nível de bateria e limite de alarme
atingido para cada gás.
• O instrumento emite sinalização sonora, visual e
vibratória, com ajuste dos limites mínimo e máximo
aceitáveis, que alertam o usuário sobre atmosferas
potencialmente perigosas, que excedam os limites de
segurança. O aparelho registra máximas e mínimas e
permite acoplar bomba de amostragem para espaço
confinado.
28. PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO
• A entrada está liberada quando as
condições a seguir forem atendidas.
• Tiver sido feita a avaliação dos riscos
no local;
• Os riscos tiverem sido eliminados ou
minimizados;
• Os trabalhadores estiverem
equipados com EPIs;
• O ambiente esteja isento de gases
tóxicos e inflamáveis;
• O local estiver devidamente
sinalizado;
• A PET esteja preenchida e assinada.
29. PROCEDIMENTOS E UTILIZAÇÃO DA PERMISSÃO DE
ENTRADA E TRABALHO
PERMISSÃO DE ENTRADA
• A PET deverá ser preenchido pelo Supervisor;
• Qualquer resposta negativa implica na não
realização da atividade;
• A PET deverá ser arquivado durante o período
de 5 anos;
• Caso o serviço seja paralisado ele deverá
constar na PET.
30. PROCEDIMENTOS E UTILIZAÇÃO DA PERMISSÃO DE
ENTRADA E TRABALHO
INTERRUPÇÃO DOS SERVIÇOS
Quando os serviços forem suspensos por algum
dos motivos abaixo, nova permissão deverá ser
emitida.
•Troca de turno dos empregados;
•Parada para refeição;
•Parada devido alteração das condições
climáticas;
•Defeito ou quebra em algum equipamento;
•Parada para reinicio em outro dia.
31. PROCEDIMENTOS E UTILIZAÇÃO DA PERMISSÃO DE
ENTRADA E TRABALHO
A entrada não pode ser permitida
se algum campo não for
preenchido ou contiver a marca na
coluna “não”.
Quando os serviços forem
suspensos por algum dos motivos
abaixo, nova permissão deverá ser
emitida Qualquer saída de toda
equipe por qualquer motivo implica
a emissão de nova permissão de
entrada. Esta permissão de entrada
deverá ficar exposta no local de
trabalho até o seu término. Após o
trabalho, esta permissão deverá
ser arquivada.
32. PROCEDIMENTOS E UTILIZAÇÃO DA
PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO
• A PET - Permissão de Entrada e Trabalho contém
procedimentos escritos de segurança e emergência. O
trabalhador deve sempre verificar se as medidas de
segurança foram implantadas e se a PET está assinada
pelo supervisor de entrada. O trabalhador deve entrar
no espaço confinado com uma cópia da PET.
33. PROCEDIMENTOS E UTILIZAÇÃO
DA PERMISSÃO DE ENTRADA E
TRABALHO
• O supervisor de entrada deve emitir a
permissão de entrada e trabalho PET
antes do início das atividades e
executar os testes, conferir os
equipamentos e os procedimentos
contidos na PET, assegurar que os
serviços de emergência e salvamento
estejam disponíveis e que os meios
para acioná-los estejam operantes,
cancelar os procedimentos de entrada
e trabalho quando necessário
e encerrar a PET após o término dos
serviços.
34. O vigia deve manter continuamente a contagem precisa do número
de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que
todos saiam ao término da atividade, deve permanecer fora do
espaço confinado e junto à entrada em contato permanente com os
trabalhadores autorizados.
Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de
salvamento, pública ou privada, quando necessário e coordenar os
movimentadores de pessoas.
Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer
algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida,
acidente, situação não prevista ou quando não puder desempenhar
efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro vigia.
PROCEDIMENTOS E UTILIZAÇÃO
DA PERMISSÃO DE ENTRADA E
TRABALHO
35. • O Supervisor de Entrada deve
manter sinalização permanente
junto à entrada do espaço
confinado.
• A sinalização é importante para
informação e alerta quanto aos
riscos em espaços confinados.
• O isolamento é necessário para
evitar que pessoas não autorizadas
se aproximem do espaço confinado.
PROCEDIMENTOS E UTILIZAÇÃO DA PERMISSÃO DE
ENTRADA E TRABALHO
36. • O supervisor de entrada deve realizar testes
iniciais do ar interno antes que o trabalhador
entre em um espaço confinado.
• Os testes do ar interno são medições para a
verificação dos níveis de oxigênio, gases e
vapores tóxicos e inflamáveis.
• Durante as medições, o supervisor de
entrada deve estar fora do espaço confinado.
37. CURSO NR-33 FORMAÇÃO.
VIGIAS E TRABALHADORES
AUTORIZADOS - SEGURANÇA E
SAÚDE NOS TRABALHOS EM
ESPAÇOS CONFINADOS
38. NOÇÕES DE RESGATE E
PRIMEIROS SOCORROS
Define-se os primeiros socorros
como a prestação e assistência
médica imediata a uma pessoa
doente ou ferida até à chegada
de ajuda profissional.
39. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
Os seguintes requisitos aplicam aos empregadores que
tenham trabalhadores que entrem em espaços confinados
para executar o serviço de resgate.
O empregador deverá assegurar que cada membro do
serviço de resgate tenha equipamento de proteção individual,
respiratória e de resgate necessários para operar em
espaços confinados e que sejam treinados para seu uso
adequado.
Cada membro do serviço do resgate deverá ser treinado para
desempenhar as tarefas de resgate designadas. Cada
membro do serviço de resgate deverá receber o mesmo
treinamento requerido para os trabalhadores autorizados.
40. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS
SOCORROS
Cada membro do serviço do resgate deverá ser capacitado
fazendo resgate em espaços confinados ao menos uma vez
a cada 12 meses, por meio de treinamentos simulados nos
quais eles removam manequins ou pessoas dos atuais
espaços confinados representativos.
Espaços confinados representativos são os que, com
respeito ao tamanho da abertura, configuração e meios de
acesso simulam os tipos de espaços confinados dos quais o
resgate será executado.
Cada membro do serviço de resgate será treinado em
primeiros socorros básicos em RCP - Reanimação
Cardiopulmonar. Ao menos um membro do serviço de
resgate deverá está disponível e ter certificação atual em
primeiros socorros e em RCP.
41. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS
SOCORROS
PRIMEIROS SOCORROS
É o atendimento prestado numa situação de emergência a
um indivíduo que foi vítima de um acidente. Ele é imediato
e provisório, devendo ser prestado enquanto se aguarda
atendimento médico. Tem como principal objetivo manter a
vítima viva não importando o local onde se encontra, até
que ela receba os cuidados necessários e especializados.
Numa situação de emergência as reações dos seres
humanos podem variar de pessoa para pessoa, podendo
ser medo, tensão, coragem e desespero, tanto da vítima
como nas pessoas envolvidas.
No entanto, entre todas as reações dos indivíduos
envolvidos numa situação de emergência, destacam-se as
reações daquelas que têm conhecimentos em primeiros
socorros, que chamaremos daqui em diante de socorristas.
42. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
Em caso de acidente, o ferido deverá ser deslocado o
mais rápido possível para um dos hospitais mais
próximos. Qualquer tentativa de resgate só deverá
ser efetuada por pessoas devidamente treinadas. Os
primeiros socorros só poderão ser ministrados por
pessoas qualificadas. Não efetuar resgate no interior
do espaço confinado sem utilizar os equipamentos
de segurança mínimos para espaço confinado.
43. ATITUDES DO SOCORRISTA
Os resgatistas deverão ter iniciativa, liderança e criatividade.
Iniciativa
O socorrista deixa de fazer aquilo que vinha fazendo e se dirige a vítima a
fim de prestar ajuda.
Liderança
O socorrista passa a delegar funções, coordenando a situação.
Criatividade
É o maior instrumento de trabalho do socorrista. Podemos simplificar
usando nossos sentidos tais como ver, ouvir, sentir.
Observação
Pela observação podemos identificar alteração ou ausência de
respiração, hemorragias externas, deformidades do corpo, colaboração
diferente da pele, presença de suor interno, inquietação e expressão de
dor.
Palpação
Através do toque suave das mãos, podemos identificar batimentos
cardíacos, fraturas, pele úmida, temperatura alta ou baixa e mãos ou pés
frios.
Diálogo
Ao conversarmos com a vítima, podemos avaliar os seguintes pontos, a
saber, nível de consciência, sensação da dor, incapacidade de mover o
corpo ou parte dele e perda da sensibilidade de alguma parte do corpo.
NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
Depois de definida e analisada a situação da vítima, o socorrista
deverá prestar seu atendimento conforme as prioridades.
•Restabelecer a respiração e os batimentos cardíacos;
•Controlar as hemorragias;
•Prevenir estado de choque;
•Travar lesões menos graves;
•Preparar a vítima para uma remoção segura;
•Providenciar transporte e tratamento médico.
Chegando o auxílio médico, a liderança das ações passa ao médico ou
enfermeiro, o socorrista coloca-se a disposição, o socorrista fornece todas as
informações disponíveis.
44. CORPOS ESTRANHOS NO ORGANISMO
Alguns ferimentos têm como agente causador corpos
estranhos que atingem parte do corpo como olhos,
pele, nariz ou garganta. Esses órgãos são estruturas
frágeis e importantes e podem ser atingidos por poeira,
areia, insetos, vidro, madeira.
NOÇÕES DE
RESGATE E
PRIMEIROS
SOCORROS
45. Olhos
Não tente remover e leve imediatamente ao pronto socorro.
Pele
Verificar se é possível a retirada com pinça ou agulha
flambada, se não for possível cobrir com um pano limpo e
encaminhar ao serviço médico. No caso de anzol de pesca,
ou similar, este não deve ser retirado. Levar ao pronto
socorro.
Olhos
Não tente remover e leve imediatamente ao pronto socorro.
Ouvido
Por sentir apenas mal estar, leve a vítima, sem desespero ao pronto socorro.
Se for inseto, aproximar um facho de luz do conduto auditivo, se não sair,
procurar atendimento medico.
NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
46. Olhos
Não tente remover e leve imediatamente ao pronto socorro.
NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
Nariz
É um acidente muito comum entre as crianças, pois brincando colocam grãos
diversos nas narinas, brinquedos pequenos, etc. deve-se comprimir a narina
livre e assuar o nariz tendo cuidado para não ferir a mucosa. Em crianças
pequenas que não sabem assuar o nariz, poderá ser sugado por outra pessoa.
Nunca introduzir instrumentos ou pinças no nariz. Se não conseguir tirar,
encaminhar ao pronto socorro.
Garganta
Engasgar com objeto, comidas, balas, chicletes pode provocar
obstrução das vias aéreas superiores impedindo a passagem do
ar e provocando asfixia, quando encontramos uma vítima com
um corpo estranho na garganta, devemos fazer o que vai ser
orientado no dois próximos itens.
47. Crianças
Virar com a cabeça para baixo, segurando pelo abdômen
e dar palmadas secas nas costas.
NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
48.
49. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
Adultos
Comprimir a região do diafragma, abraçando a pessoa
por trás e comprimindo lhe firme e repentinamente a parte
superior do abdômen, o que normalmente possibilita a
expulsão do objeto.
OBS - Se o corpo estranho for uma espinha de peixe que esteja
encravada, não se deve retirá-la, pois se correria o risco de
ferir ainda mais a garganta, neste caso o socorrista deve levar
a vítima ao pronto socorro.
50. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
Em todos os casos de corpos
estranhos no organismo que
não foi possível a retirada deve-
se encaminhar a vítima ao
pronto socorro para receber os
cuidados adequados.
51. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA
Ocorre em consequência de afogamento, estrangulamento,
sufocação, aspiração de gases tóxicos, soterramentos,
corpos estranhos na garganta, choques elétricos, entre
outros.
Sinais, inconsciência, ausência de movimentos
respiratórios, ausência de saída de ar pelas vias aéreas
superiores, lábios e unhas azuladas.
Quando encontramos estes sinais não devemos aplicar a
respiração boca a boca, além de ser insuficiente, pode ter
o risco de transmitir doenças por gotículas da saliva
Toda vez que ocorrer uma parada cardíaca haverá uma
parada respiratória. As manobras de reanimação cardíaca
devem ser realizadas imediatamente.
52. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
PARADA CARDIORESPIRATORIA
Primeiros socorros
Hoje o protocolo de atendimento com a RCP prevê que o
atendimento com a massagem de reanimação deve ser ininterrupta.
53. A ressuscitação cardiopulmonar,
reanimação cardiopulmonar (RCP)
ou ainda reanimação
cardiorrespiratória (RCR) é um
conjunto de manobras destinadas a
garantir a oxigenação dos órgãos
quando a circulação do sangue de
uma pessoa para (parada
cardiorrespiratória). Nesta situação,
se o sangue não é bombeado para
os órgãos vitais, como o cérebro e o
coração, esses órgãos acabam por
entrar em necrose, pondo em risco
a vida da pessoa.
NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
54. Os procedimentos básicos da massagem
cardíaca são descritos a seguir.
Coloque a vítima deitada de costas sobre
superfície dura em decúbito dorsal;
Coloque suas mãos sobrepostas na metade
inferior do esterno com os braços estendidos;
Os dedos devem ficar abertos e não tocam a
parede do tórax;
Faça a seguir uma pressão, com bastante vigor,
para que se abaixe o esterno cerca de 5 cm,
comprimindo o coração de encontro à coluna
vertebral;
Descomprima em seguida;
Inicie a manobra com compressões cardíacas na
media de 100/min, Sempre observando a troca
do socorrista para manter a qualidade da
massagem.
A RCP deve continuar até que o ritmo
cardíaco/respiratório se restabeleça ou até o
socorro chegar.
NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
55. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
APÓS A REANIMAÇÃO
Devemos acalmar agasalhar a vítima e deixá-la deitada.
Observar e manter os movimentos respiratórios e batimentos cardíacos;
transportar para um pronto socorro com observação contínua.
56. Caracteriza-se pela perda repentina da consciência, acompanhada de
contrações musculares violentas.
Duram de 2 a 4 minutos, após isso os movimentos vão enfraquecendo e a
vítima se recupera lentamente.
Pode ocorrer liberações do esfíncter e perda momentânea de memória.
Nunca deixe de prestar socorro à vítima de crise convulsiva, sua saliva não é
contagiosa.
PRIMEIROS SOCORROS
Deixe a vítima no chão e afaste tudo que esteja perto;
Afrouxe suas roupas;
Não impeça seus movimentos;
Retire próteses dentárias, óculos, colares e qualquer objeto que possa ferir a
vítima.
Coloque um lenço entre seus dentes para que não morda a língua;
Caso a vítima já tenha cerrado os dentes, não tente abrir-lhe a boca;
Coloque um pano sob sua cabeça;
Deixe que ela se debata livremente;
Vire sua cabeça para o lado que a saliva escorra com mais facilidade.
Passada a crise, deixe a vítima em repouso em cama ou local confortável, ela
irá dormir por minutos ou horas. Providencie assistência médica.
CRISES CONVULSIVAS
NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
57. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
FRATURA, ENTORSE E LUXAÇÃO
Fratura é o tipo de lesão com quebra de um osso,
podendo ser interna ou exposta. Sinais de dor intensa,
deformidade no local afetado, limitação ou incapacidade
de movimentação, hematoma, sensação de atrito entre os
ossos afetados.
PRIMEIROS SOCORROS
Aplicar gelo no local; imobilizar o local e
levar ao pronto socorro. Não tente colocar
o osso no lugar e evite movimentos.
58. NOÇÕES DE RESGATE
E PRIMEIROS
SOCORROS
HEMORRAGIAS
É a perda de sangue causado pelo
rompimento de vasos sanguíneos.
HEMORRAGIAS
INTERNA HEMORRAGIAS
EXTERNA
59. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
PRIMEIROS SOCORROS PARA HEMORRAGIA
A primeira coisa a se fazer é verificar qual o tipo de
hemorragia, se interna ou externa e, assim, iniciar os
primeiros socorros.
HEMORRAGIA INTERNA
No caso de hemorragia interna, em que não se vê o
sangue, mas há alguns sintomas sugestivos, como sede,
pulso progressivamente mais rápido e fraco e alterações
da consciência, é recomendado:
1.Verificar o estado de consciência da pessoa, acalmá-la e
mantê-la acordada;
2.Desapertar a roupa da pessoa;
3.Deixar a vítima aquecida, uma vez que é normal que em
caso de hemorragia interna haja sensação de frio e
tremores;
4.Colocar a pessoa em posição lateral de segurança.
Após essas atitudes, é recomendado ligar para a
assistência médica e permanecer ao lado da pessoa até
que seja socorrida. Além disso, é recomendado não dar
60. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
HEMORRAGIA EXTERNA
Nesses casos, é importante identificar o local da
hemorragia, colocar luvas, acionar a assistência médica e
iniciar o procedimento de primeiros socorros:
1.Deitar a pessoa e colocar uma compressa esterilizada
ou um pano lavado no local da hemorragia, exercendo
uma pressão;
2.Caso o pano fique muito cheio de sangue, é
recomendado que sejam colocados mais panos e não
retirar os primeiros;
3.Fazer pressão no ferimento por pelo menos 10 minutos.
É indicado que seja feito, também, um garrote que tem
como objetivo diminuir o fluxo de sangue para a região do
ferimento, diminuindo a hemorragia. O garrote pode ser de
borracha ou feito de forma improvisada com um pano, por
exemplo, devendo ser amarrado alguns centímetros acima
da lesão.
61. NOÇÕES DE
RESGATE E
PRIMEIROS
SOCORROS
O que provoca estado de choque são as hemorragias graves,
queimadura graves, choque elétrico, infarto agudo do miocárdio,
dor intensa, infecção grave e envenenamento químico.
Deficiência de circulação e oxigenação adequadas aos tecidos do
corpo. Ocorre por diminuição do volume e líquidos corporal ou
deficiência do sistema cardiovascular.
ESTADO DE CHOQUE
62. Não dar líquidos quando se presta socorro controlando
hemorragias, dores e outras condições, já se está prevenindo e
controlando o estado de choque.
Se a vítima estiver consciente procure acalmá-la, deitá-la de
costas, cabeça lateralizada, evitar membros inferiores, afrouxar as
roupas, aquecer a vítima e desobstruir as vias aéreas.
SINAIS E SINTOMAS
NOÇÕES DE
RESGATE E
PRIMEIROS
SOCORROS
64. 1º grau
Trata-se de uma queimadura mais
comum e superficial, a pele fica
vermelha com ardor e ressecada.
Não ocorre o aparecimento de
bolhas.
PRIMEIROS SOCORROS
Dar água á vítima e aplicar compressas frias ou colocar a área
queimada em água corrente.
65. 2º grau
Atinge camadas mais profundas da
pele. Há a formação de bolhas e
desprendimento das camadas
superficiais da pele com liberação de
fluídos.
PRIMEIROS SOCORROS
Dar água á vítima, aplicar
compressas frias ou colocar a área
queimada em água corrente e
levar a vítima ao pronto socorro.
Nunca se deve perfurar bolhas ou
utilizar algum produtos sobre a
queimadura (cremes, pomadas,
pó), pois a pele da bolha serve de
proteção contra a entrada de
agentes infecciosos e a água de
hidratação para a área afetada.
66. 3º grau
Todas as camadas de pele
são atingidas, podendo
alcançar músculos e ossos, o
ferimento se apresenta seco,
esbranquiçado ou com
aspecto carbonizado. Não são
muito dolorosos, pois ocorre a
destruição dos nervos.
As vítimas de queimadura
de 3º grau devem ser
encaminhadas ao pronto
socorro IMEDIATAMENTE,
pois trata-se de uma
queimadura grave e
geralmente põe em risco a
67. NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS
CHOQUE ELÉTRICO
A eletricidade percorre um fio da mesma forma
que a água percorre um cano. A quantidade de
eletricidade que percorre um frio, num
determinado tempo, damos nome de corrente
elétrica, que é a medida de ampéres. Assim como
a água é medida em litros.
A eletricidade pode provocar distúrbios em nosso
organismo que variam desde uma leve sensação
de desconforto no local até a morte. Estes são
gerados por alterações químicas desencadeadas
com a passagem da corrente elétrica ou pela
transformação da energia elétrica em calor e
dependem de intensidade da corrente.
68. TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Toda pessoa vitimada por um acidente precisa ser transportada de
forma adequada, conforme o tipo de lesão ocasionada em seu
organismo, se alguns cuidados não forem tomados em relação ao
transporte, o estado da vítima pode ser agravado. Conforme estado da
pessoa deve-se escolher o tipo adequado de transporte, se a vítima
estiver apenas com vertigens ou estiver com um ferimento em região
superior do corpo e estiver em condições de caminhar poderá ser
auxiliada por uma ou duas pessoas. Se o ferimento estiver em
membros inferiores, a vítima deverá ser transportada sentada ou
deitada. Se a vítima estiver com alguma fratura, esta deverá ser
imobilizada antes de se efetuar o transporte.
Nem sempre uma maca propriamente dita está em nossa disposição, e
quando isso ocorrer devemos improvisar uma, utilizando roupas,
cobertores, bandeiras, cordas e o que estiver à mão que possa ser
utilizado como uma maca. Lembrando que a melhor maneira de se
transportar uma pessoa com suspeita de fratura na bacia, fêmur ou
coluna, é uma superfície dura e rígida (porta ou tábua de madeira).
69. NOÇÕES DE
RESGATE E
PRIMEIROS
SOCORROS
IMOBILIZAÇÃO PARA RETIRADA DE ACIDENTADOS
Imobilização de emergência para retirada de acidentados em espaços confinados consiste
em proteger a vítima e suas lesões corretamente, para que possa ser removido com
segurança. Existem equipamentos especiais para fazer com que esta tarefa seja realizada
com segurança e com facilidade em espaço confinado.
Nenhum equipamento de imobilização deve ser usado sem treino ou técnica adequados e as
instruções dos fabricantes devem ser observadas.