Tema do 18º Domingo do Tempo Comum
A liturgia do 18º Domingo do Tempo Comum apresenta-nos o convite que Deus nos faz para nos sentarmos à mesa que Ele próprio preparou, e onde nos oferece gratuitamente o alimento que sacia a nossa fome de vida, de felicidade, de eternidade.
Na primeira leitura, Deus convida o seu Povo a deixar a terra da escravidão e a dirigir-se ao encontro da terra da liberdade – a Jerusalém nova da justiça, do amor e da paz. Aí, Deus saciará definitivamente a fome do seu Povo e oferecer-lhe-á gratuitamente a vida em abundância, a felicidade sem fim.
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o novo Moisés, cuja missão é realizar a libertação do seu Povo. No contexto de uma refeição, Jesus mostra aos seus discípulos que é preciso acolher o pão que Deus oferece e reparti-lo com todos os homens. É dessa forma que os membros da comunidade do Reino fugirão da escravidão do egoísmo e alcançarão a liberdade do amor.
A segunda leitura é um hino ao amor de Deus pelos homens. É esse amor – do qual nenhum poder hostil nos pode afastar – que explica porque é que Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, a fim de nos convidar para o banquete da vida eterna.
2. Celebramos hoje a festa da Transfiguração do Senhor.
Jesus se manifesta aos discípulos no Monte Tabor, em todo
o esplendor da divindade, antecipando a glória da Ressurreição.
O Pai revela a identidade de Jesus: Ele é o Filho amado de Deus.
Somos convidados não somente a contemplar a face luminosa do
Mestre, mas também ESCUTAR A SUA VOZ e seguir seus passos.
3. Na 1ª Leitura,
temos a visão de Daniel:
Um ancião, com vestes
brancas como a neve,
está sentado num trono.
Alguém, semelhante
a um filho do homem,
aparece sobre as nuvens.
E o ancião lhe confere
poder, honra e realeza.
Essa passagem de Daniel
costuma se aplicada ao
Messias. (Dn 7,9-10.13-14)
4. Na 2ª Leitura,
Pedro dá o seu testemunho sobre a transfiguração:
O que significou para ele a transfiguração de Jesus
no meio dos profetas.
O testemunho dos profetas confirmam o fundamento
da própria fé para conhecer o Cristo (2 Pedro 1,16-19)
5. No Evangelho, temos o relato
da Transfiguração do Senhor.
(Mt 17,1-9)
Para compreender melhor
o relato, vamos ver o contexto.
- Os Apóstolos estavam
a caminho de Jerusalém.
- Há pouco, Pedro tinha feito
sua profissão de fé
na messianidade de Cristo.
- Cristo fez o primeiro anúncio
da paixão, morte e ressurreição.
A ideia de um Messias sofredor
abalou a fé dos apóstolos.
Desmoronaram seus planos
de glória e de poder.
- Pedro demonstrou sua repulsa
e Jesus o repreendeu duramente:
"Afaste-se de mim, Satanás."
6. - Para reforçar a fé profundamente abalada dos apóstolos e
fazer compreender a sua paixão e morte anunciadas,
Cristo tomou Pedro, Tiago e João, subiu o Monte Tabor
e "TRANSFIGUROU-SE…"
Mostrou-lhes uma antecipação da glória da ressurreição.
- Os três discípulos serão os mesmos da agonia no Getsêmani.
- Proposta de Pedro: "É bom estar aqui! Vamos fazer três tendas."
- Proposta de Deus: "Este é o meu Filho amado, ESCUTAI-O!".
7. - Um novo MOISÉS que dá
ao seu povo uma NOVA LEI
e através do qual Deus propõe
aos homens uma NOVA ALIANÇA.
- As figuras de Elias e Moisés
ressaltam que a Lei e as Profecias
são realizadas plenamente
em Jesus.
- No fim, Jesus permanece sozinho.
Moisés e Elias desaparecem.
A função do Antigo Testamento
é trazer Jesus.
Agora a palavra de Cristo
é suficiente para os homens.
+ A Transfiguração de Jesus é uma CATEQUESE
que revela aos discípulos e a nós quem é Jesus:
o FILHO AMADO DE DEUS:
8. * No Prefácio, encontramos um resumo do kerigma de fé pascal
contido nesta passagem evangélica:
"Cristo manifestou sua glória a algumas testemunhas pré-
escolhidas; deu-lhes a conhecer em seu corpo, em tudo semelhante
ao nosso, o resplendor de sua divindade. Desta forma, diante da
proximidade da Paixão, fortaleceu a fé dos apóstolos para que
superassem o escândalo da Cruz; e alentou a esperança da Igreja,
ao revelar em si mesmo a claridade que brilhará
um dia em todo o Corpo, que o reconhece como sua Cabeça".
9. + A fé começa
pela "ESCUTA" de Jesus
O relato da Transfiguração
do Senhor alcança seu apogeu
na VOZ do Pai que proclama
a identidade de Jesus, isto é,
quem é este homem destinado
a uma paixão e morte ignominiosa
e a uma ressurreição gloriosa:
"Este é meu Filho amado, meu
predileto, o eleito. Escutem-no!"
A passagem ensina-nos que a fé
do discípulo começa pela escuta
de Jesus, Palavra do Pai.
E para escutá-Lo é preciso
"subir com Ele a montanha",
com todo o simbolismo
e compromisso bíblico,
que esta expressão encerra.
10. a) A subida da montanha.
- Na montanha, a Bíblia situa os grandes encontros com Deus.
Assim Abraão: no Moriá...; Moisés: no Horeb, no Sinai e no Nebo,
Elias: no Carmelo e no Horeb. E no Novo Testamento, Cristo sobe
o Monte das Bem-aventuranças para promulgar a nova Lei,
o monte Tabor para manifestar uma antecipação de sua glória,
o Calvário para dar sua vida e o monte da Ascensão para confirmar
sua exaltação definitiva pelo Pai mediante sua ressurreição.
11. b) Atitude de escuta.
- O evangelho de hoje nos descobre a chave da fé.
A Voz do Pai convida-nos a escutar Jesus, seu Filho amado,
porque Cristo é o caminho, a verdade e a vida;
porque Ele é a Palavra definitiva do Pai, anunciada pela Lei
e os profetas, porque só Ele tem palavras de vida eterna.
12. A Transfiguração é uma meta possível para aquele que escuta Jesus.
Transfiguração quer dizer transformação pessoal
por meio da conversão, para num segundo momento, caminhar
com Cristo até a fascinante aventura da entrega total
aos irmãos, especialmente aos mais necessitados.
O mundo se transforma quando acolhemos a voz do Pai...
Pe Antônio Geraldo Dalla Costa CS - 06-08-2017
13. MEU DOMINGO
Com a Palavra de Deus
Meditada por: Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa CS
Ilustração: Nelso Geraldo Ferronatto
Música: Então da nuvem luminosa
CD: Festas Litúrgicas IV – CNBB
Coral Palestrina
Paulus
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