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ÁREA DE MESTRADO EM DIREÇÃO ESTRATÉGICA EM
ENGENHARIA DE SOFTWARE
AVALIAÇÃO DO USO DE CLOUD COMPUTING NAS UNIVERSIDADES
PRIVADAS EM ANGOLA: CASO DE USO UNIVERSIDADE METODISTA DE
ANGOLA
Trabalho de tese para obtenção do grau de Mestre em Direcção Estratégica em
Tecnologias da Informação, Especialista em Engenharia de Software
Apresentado por:
António Domingos da Silva Agostinho
AOMDEISW2864553
Orientador:
Prof. Dr. Roberto Fabiano Fernandes
Barcelona, Espanha
2021
i
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me dar forças para continuar e me mostrando que devo esquecer-me das
coisas que para trás ficam e avançando para as que estão adiante de mim.
Aos meus pais, Domingos Adão Agostinho e Domingas Agostinho da Silva (in memória),
pelo amor, carinho, dedicação e apoio, por me incentivarem aos estudos, e por não se cansarem
em orar por mim.
As minhas filhas Ruth, Gemima, Noemi, Mirian, pela animação, incentivo e suportes
constantes, apoio incondicional, transformado em amor, compreensão, paciência, afeto, enfim,
nada deste projeto e momento da minha vida teriam sido possível.
Aos meus filhos Balala, Miriãn, Noemi, Gemima e Ruth com amor.
A minha esposa Ana Osório Agostinho pela dedicação e pela ajuda, força e apoio sempre
que pensei desistir.
Ao meu amigo e companheiro o Doutor Inácio Luís Neto.
Aos funcionários da Universidade Metodista de Angola, ao Euclides Mereles, Francisco
João Cangundo (in memória).
Ao professor e orientador Roberto Fabiano Fernandes, por todo o conhecimento
compartilhado, quero acreditar que fui digno da sua confiança.
Por último, gostava de agradecer a todos aqueles que não foram aqui mencionados, mas
que de alguma forma também contribuíram para a elaboração deste trabalho.
A todos, os meus sinceros agradecimentos.
ii
COMPROMISSO DO AUTOR
Eu, António Domingos da Silva Agostinho, com identidade número
AOMDEISW2864553, aluno do programa académico de Mestre em Direção Estratégica em
Tecnologias da Informação, Especialista em Engenharia de Software da Universidad Europea
del Atlántico declaro que o conteúdo do trabalho intitulado: Avaliação Do Uso De Cloud
Computing Nas Universidades Privadas Em Angola: Caso De Uso Universidade Metodista De
Angola, é reflexo de meu trabalho pessoal e manifesto que perante qualquer notificação de
plágio, cópia ou falta em relação à fonte original, sou directamente o responsável legal,
económico e administrativamente, isentando o Orientador, a Universidade e as instituições que
colaboraram com o desenvolvimento deste trabalho, assumindo as consequências derivadas de
tais práticas.
Assinatura:
iii
A
Fundação Universitária Iberoamericana – FUNIBER
Att: Direcção Académica
Venho por meio desta, autorizar a publicação electrónica da versão aprovada de meu
Projecto Final com título Avaliação do uso de Cloud Computing nas Universidades Privadas em
Angola: Caso de uso Universidade Metodista de Angola no Campus Virtual e em outras mídias
de divulgação electrónica desta Instituição.
Informo abaixo os dados para descrição do trabalho:
Título: Avaliação do uso de Cloud Computing nas Universidades
Privadas em Angola: Caso de uso Universidade Metodista de
Angola
Autor: António Domingos da Silva Agostinho, orientador Prof. Dr. Roberto
Fabiano Fernandes
Resumo Máximo de 60 palavras
Programa
Especificar se é programa de mestrado ou especialização. Ex:
Especialização em Gestão e Auditoria Ambiental
Palavras-
chave
Cloud Computing, Virtualização, Internet.
Contato
antoniobalala@gmail.com / antonio.agostinho@uma.co.ao
.
Atenciosamente,
iv
RESUMO
O tema sobre Cloud Computing, expressa uma forma de armazenamento e disponibilização de
informações e tem despertado muito interesse por parte das instituições pelo seu potencial em
alterar significativamente os investimentos em infra-estrutura de Tecnologia da Informação (TI).
A Cloud Computing surge como um novo paradigma na implantação de aplicações em que os
recursos computacionais são fornecidos como um serviço através de uma conexão de rede, onde a
tecnologia de virtualização para a optimização dos recursos tem tomado lugar de destaque, e onde
as novas possibilidades de serviços baseados em Cloud estão apoiadas fortemente na sólida base
que consiste a tecnologia de virtualização. O objetivo geral desta pesquisa é avaliar o uso da
Cloud Computingpor parte das Universidades Públicas de Angola através de duas perspectivas:
por parte da adopção nas Instituições de ensino superior, bem como o seu conhecimento. Como
principais enfoques teóricos abordou-se num aspecto quantitativo que sustentam a abordagem
do problema pesquisado e a necessidade da adopção da Cloud Computing por parte das
Instituições. Eu diria que, o Cloud Computing é a capacidade de executarmos processos por meio
da internet, sem a necessidade de instalação de programas ou de download de arquivos para o
computador. Assim todas as tarefas e arquivos compartilhados ficam alocados e trabalham a
partir de servidores online geridos por uma companhia, como por exemplo o Google e Microsoft,
e ainda. Como metodologia utilizada, foi um estudo qualitativo e realizado da forma
exploratória, tendo-se recorrido os dados mediante um questionário como instrumento adequado
para se fazer uma avaliação do uso da Cloud Computing, onde foram recolhidas nove
intervenções que serviu de amostra. Realizou-se uma análise descritiva dos resultados mediante
gráfico numa planilha do Excel. Os resultados mostram, que podem não resolver o problema,
mas trazer benefícios as Instituições. Este trabalho procura os benéficos, explora uma maneira de
ajuda a dinamizar os serviços bem como otimizar recursos.
Palavras-chave:Cloud Computing, Adopção, Virtualização, Internet
v
ABSTRACT
The theme of Cloud Computing expresses a way of storing and making available information and
has attracted a lot of interest from institutions for its potential to significantly change investments
in Information Technology (IT) infrastructure. Cloud computing emerges as a new paradigm in
deploying applications where computing resources are delivered as a service over a network
connection, where virtualization technology for resource optimization has taken a prominent
place, and where new possibilities Cloud-based services are heavily supported by the solid
foundation of virtualization technology. The general objective of this research is to evaluate the
use of Cloud Computing by the Public Universities of Angola through two perspectives: by the
adoption in the Higher Education Institutions, as well as their knowledge. As main theoretical
approaches, the Institutions approached it in a quantitative aspect that support the approach of the
researched problem and the necessity of the adoption of Cloud Computing. I would say that
Cloud Computing is the ability to execute processes over the internet without the need to install
programs or download files to the computer.Thus all shared tasks and files are allocated and work
from online servers managed by a company, such as Google and Microsoft, and yet.As an applied
methodology, an empirical study was conducted in an exploratory way, using the data through a
questionnaire as an appropriate instrument to make an assessment of the use of Cloud
Computing, where nine interventions were collected as a sample. A descriptive analysis of the
results was performed by graphing in an Excel spreadsheet.The results show that they may not
solve the problem, but bring benefits to the institutions. This paper looks for the benefits,
explores a way to help streamline services as well as optimize resources.
Keywords:Cloud Computing, Adoption, Virtualization, Internet.
vi
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1: Exemplos de segmentos e provedores de cloud pública (Fonte: elaboração
própria). 29
Quadro 2: Comparativo entre algumas plataformas da Cloud Computing 40
Quadro 3: Informações gerais (Fonte: Dados da Pesquisa). 68
Quadro 4: Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição (Fonte: Dados da
Pesquisa) 72
Quadro 5: Sobre os níveis de adopção da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa) 74
Quadro 6: Nível de conhecimento dos serviços da Cloud Computing (Fonte: Dados da
Pesquisa) 76
Quadro 7: Sobre adopção da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa) 78
vii
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico - 1 Usuários mundiais de internet por regiões 26
Gráfico - 3 Distribuição quanto ao sexo dos questionados (Fonte: Dados da Pesquisa). 69
Gráfico - 4 Natureza Jurídica das Instituições (Fonte: Dados da Pesquisa). 70
Gráfico - 5 Tipo de Natureza Jurídica das Instituições (Fonte: Dados da Pesquisa). 70
Gráfico - 6 Grau de Satisfação tecnológica (Fonte: Dados da Pesquisa). 71
Gráfico - 7 Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição (Fonte: Dados da
Pesquisa) 74
Gráfico - 8 Sobre os níveis de adopção da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa). 76
Gráfico - 9 Nível de conhecimento dos serviços da Cloud Computing (Fonte: Dados da
Pesquisa) 78
Gráfico - 10 Sobre adopção da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa) 80
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Modelo de serviço em Cloud Computing 21
Figura 2: Modelo de serviço em Cloud Computing 22
Figura 3: Uma solução para o Modelo em PaaS 23
Figura 4: Principais Tipos de Serviços da Cloud Computing 24
Figura 6: Divisão de responsabilidades entre cliente e fornecedor de cloud 31
Figura 7: Interface da Amazon Web Services 33
Figura 8: Regiões da Amazon Web Services 34
Figura 9: Interface da Google App Engine 35
Figura 10: Arquitetura Google App Engine 36
Figura 11: Arquitetura do Eucalipto 38
Figura 12: Plataforma de Serviço com Azure 39
Figura 13: Infraestrutura de Virtualização de Desktops 44
Figura 14:Arquitetura do datacenter baseado em Cluster 45
Figura 15: Computadores em Clusters 47
Figura 16: Algumas Vantagens dos Serviços em Cloud 48
Figura 17: Aplicação multi-tenant (base única) 51
Figura 18: Aplicação single-tenant 52
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Neste documento será apresentado uma lista de abreviaturas e siglas de cada um dos capítulos.
As siglas, enquanto abreviaturas de designações comuns, apresentadas na sua primeira utilização
e empregues ao longo de todo o documento são:
AWS Amazon Web Services
BDTD Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações
GAE Google App Engine
GPS Global Positioning System
IaaS Infrastructure as a Service
IES Instituição de Ensino Superior
PaaS Platform as a Service
RAEU Revista Angola de Extensão Universitária
SaaS Software as a Service
SciELO Scientific Electronic Library Online
SO Sistemas Operacionais
TIC Tecnologia de Informação Comunicação
UMA Universidade Metodista de Angola
VDI Virtual Desktop Infrastructure
VMM Monitor de Máquina Virtual
x
VMs Virtual Machines (Máquinas Virtuais)
WL Web Logic
xi
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................15
1.1. Área de pesquisa e contextualização....................................................................................................16
1.2. Problema de pesquisa...........................................................................................................................17
1.3. Justificativa ..........................................................................................................................................17
1.4. Objetivo geral.......................................................................................................................................18
1.5. Objetivos específicos............................................................................................................................18
1.6. Resultados esperados............................................................................................................................18
1.7. Estrutura da Dissertação.......................................................................................................................19
2. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................................20
2.1. Modelos de serviços da Cloud Computing...........................................................................................20
2.1.1. Software como um serviço (SaaS)........................................................................................21
2.1.2. Plataforma como um serviço (PaaS)....................................................................................22
2.1.3. Infraestrutura como um serviço (IaaS) ................................................................................23
2.2. Internet e seu Enquadramento..............................................................................................................25
2.3. Arquitetura da Cloud Computing .........................................................................................................27
2.4. Modelos de implantação da Cloud Computing ....................................................................................28
2.4.1. Cloud Pública e Privada......................................................................................................28
2.4.2. Cloud Comunitária...............................................................................................................30
2.4.3. Cloud Híbrida ......................................................................................................................30
2.4.4. Vantagens do Uso de um dos Modelo de Cloud Computing................................................32
2.4.5. Amazon Elastic Compute Cloud (Amazon EC2) ..................................................................33
2.4.6. Google App Engine ..............................................................................................................35
2.4.7. Microsoft Live Mesh.............................................................................................................36
xii
2.4.8. Eucalyptus............................................................................................................................37
2.4.9. Microsoft Azure....................................................................................................................38
2.4.10. OneDrive..............................................................................................................................40
2.4.11. Dropbox................................................................................................................................40
2.5. Virtualização ........................................................................................................................................41
2.5.1. Virtualização de Desktops em Datacenter ...........................................................................43
2.5.2. Tipos mais comuns de virtualização ....................................................................................44
2.5.3. Clusterização........................................................................................................................46
2.6. Benefíciose Impulsionadores na Adopção da Cloud Computing.........................................................47
2.6.1. Introdução............................................................................................................................47
2.7. Trabalhos Relacionados .......................................................................................................................54
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA ..............................................................57
3.1. Tipo de Pesquisa...................................................................................................................................57
3.2. Pesquisa Bibliográfica..........................................................................................................................59
3.3. Colecta dos Dados................................................................................................................................60
3.4. Análise dos Dados................................................................................................................................61
3.4.1. Conceção e aplicação do questionário ................................................................................63
4. COLECTA E ANÁLISE DOS DADOS ..............................................................................................65
4.1. Apresentação dos Dados Coletados .....................................................................................................65
4.2. Análise dos Dados Coletados...............................................................................................................67
Critério 01 – Informações Gerais.................................................................................................................67
Critério 02 – Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição..............................................71
Critério 03 – Sobre os níveis de adopção da Cloud Computing...................................................................74
Critério 04 – Nível de conhecimento dos serviços daCloud Computing......................................................76
Critério 05 – Sobre adopção da Cloud Computing.......................................................................................78
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................................81
xiii
5.1. Conclusão.............................................................................................................................................81
5.2. Limitações............................................................................................................................................83
5.3. Sugestões de Pesquisas Futuras............................................................................................................83
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................85
ANEXO........................................................................................................................................................90
APÊNDICE 1...............................................................................................................................................93
APÊNDICE 2...............................................................................................................................................94
APÊNDICE 3...............................................................................................................................................96
xiv
“A mente que se abre para uma nova
ideia, nunca retorna ao seu tamanho original”.
Albert Einstein
15
1. INTRODUÇÃO
A Cloud Computing tem sido uma das mais influentes tecnologias na área de TIC, ela
começou a ganhar força em 2008, mas, conceptualmente, as idéias por trás da denominação
existem há muito mais tempo.
A Cloud Computing, muitas vezes referida simplesmente como "Cloud", é a entrega
de recursos de computação sob demanda tudo, de aplicativos a centros de dados pela Internet,
muitas vezes com base em pagamento por uso (IBM, 2005).
Cloud Computing está sendo responsável por uma das maiores revoluções ocorridas
nos últimos anos na área de Tecnologia da Informação. Os impactos dessa transformação têm
crescido e se acelerado, na medida em que a Cloud oferece mais serviços com mais
segurança, com maiores recursos e com custos cada vez mais atraentes e competitivos. É uma
indústria que definitivamente muda o modo de fazer e ver as coisas na área de TI, e que
embora nova já apresenta resultados consolidados, fazendo com que essa opção seja uma
decisão segura.
Para a realidade Angolana poucas são as organizações que fazem o uso de algumas
aplicações ou serviços das Tecnologias de Informação, sendo que a tecnologia em Cloud pode
ajudar o crescimento das organizações, que devem sempre optar pela optimização dos seus
processos, para que o custo dos mesmos não sejam superiores ao lucro do negócio, por este
facto deve-se incentivar a sua aplicação.
As principais justificativas para adopção da Cloud Computing são: escalabilidade,
custo, agilidade e flexibilidade. Os outros benefícios da Cloud como a redução de
investimento, elasticidade, maior rapidez e a agilidade vêm acrescentar vantagens que
justificam o seu uso, mas certamente as estaremos utilizando com o fim de rentabilizar o
processo de negócio. A complexidade e o volume de dados com os quais o sector de TI tem
que lidar em um mercado competitivo caso aplique os recursos da Cloud ajudaram o seu
processo de negócio. Esta pesquisa se caracteriza por ser exploratória que se fará ligação entre
16
as organizações e os serviços da Cloud. No entanto, com este projecto de tese tende a
incentivar as universidades privadas em Angola a adoptarem as tecnologias oferecidas pela
Cloud para facilitarem os seus processos de negócios.
1.1. Área de pesquisa e contextualização
De modo a definir o uso da Cloud, para a pesquisa o campo usado foi a Universidade
Metodista de Angola (UMA) e as Universidades Privadas de Angola bem como os Institutos
Superiores de Angola visto que a necessidade do uso da Cloud justifica o contexto devido o
uso das novas TI.
O propósito deste trabalho é apresentar uma visão sobre o uso da Cloud Computing por parte
das Universidades Privadas de Angola. Abordar-se-á também as diferentes modelos de
serviços da Cloud, tipos de nuvens bem como algumas aplicações da Cloud e os protocolos
que a estruturam.
A pesquisa se delimitara na Universidade Metodista de Angola no pólo de Kinaxixe,
localizada na Baixa de Luanda, Rua Nossa Senhora da Muxima, n.º10, com extensão ao pólo
de Cacuaco no Campus de Saúde e dos Desportos, e com base na entrevista aos técnicos de
informática, bem como aos utilizadores.
Inicialmente com o surgimento da Cloud Computing por volta dos anos 90 as informações
ganharam mais espaços no seu armazenamento e as questões de segurança foram poucos
exigidos porque os ataques reduzidos.
Já nos últimos anos as aplicações em Cloud Computing evoluíram para um paradigma de
operação mais descentralizado, o que tem facilitado o acesso a múltiplos utilizadores.
Paralelamente a isso há o aparecimento de novas tecnologias que tem despertado especial
atenção, visto que podem ser encaradas como uma solução para fazer face aos aumentos de
consumo, bem como pelos serviços auxiliares de sistema que podem oferecer. Neste contexto,
o paradigma de acesso da Cloud Computing atingiu um desenvolvimento tal que vai exigindo
17
assim maior segurança. Nesse contexto, visto que na Cloud Computing o tráfego não é
confinado, porque não é necessáriauma infraestrutura física local deve-se garantir a
integridade, autenticidade das informações com grande preocupação.
1.2. Problema de pesquisa
A presente pesquisa tem como objectivo avaliar nas Universidades privadas em
Angola sobre o uso dos recursos oferecido pela Cloud Computing onde a questão para
facilitar o processo de avaliação será: que serviços de Cloud Computing podem oferecer as
Universidades em Angola e que impacto terão no mercado?
1.3. Justificativa
Sendo a Cloud Computing um novo e grande desafio para as TIC, surge a necessidade
de dar um novo paradigma as Universidades Privadas em Angola quanto a sua forma de
acesso e segurança da informação, por isso a motivação na elaboração deste projecto associa-
se a uma mudança no modelo de fornecimento de serviços de TI, levando em consideração
que o processo de investigação em muitas Universidades estar numa fase embrionária, este
estudo tem também como alvo, fornecer as Universidades as ferramentas para muitos estudos
e pesquisas, dando novas oportunidades e únicas de progredir e ajudar a quebrar alguns dos
actuais paradigmas da computação, impacto no modo de desenvolver softwares e gerir
recursos computacionais.
Como ela, envolve temas como gerenciamento de recursos em larga escala,
optimizações do consumo de energia eléctrica, ganhos de qualidade de serviço, segurança,
privacidade e novos modelos de negócios. Surge então a necessidades de fazer uma avaliação
de como está a utilização desta ferramenta nas Universidades Privadas em Angola.
18
1.4. Objetivo geral
Avaliar o uso da tecnologia Cloud Computingpor parte das Universidades Públicas
angolanas.
1.5. Objetivos específicos
 Identificar a aplicação dos ambientes disponíveis em Cloud Computing nas
Universidades.
 Analisar as potencialidades que os aplicativos da Cloud Computing podem contribuir
para o desenvolvimento tecnológico das Universidades em Angola.
 Analisar o processo de uso da Cloud no meio académico.
 Demonstrar os resultados obtidos na adopção da Cloud Computing.
 Utilizar ferramentas de Cloud Computing já existentes para virtualização capacidade
dos servidores físicos e de sistemas operacionais.
1.6. Resultados esperados
Com a elaboração deste trabalho de tese espera-se uma investigação sobre a utilização
da Cloud em Universidades Privadas em Angola num conceito sobre o acesso à informação,
tomando como pontos de referência o estudo e revisão bibliográfica e estudo de investigações
já realizadas, bem com entrevistas aos técnicos nas áreas de TI.
Para além disso, a investigação tem também por objectivo, dar a contribuição para
outros terem um ponto de partida para a realização de investigações futuras visando o estudo
da eficácia da utilização desta tecnologia em Universidades Privadas em Angola.
19
Pretende-se também mostrar com esse trabalho de dissertação, resultados que possam
estimular as instituições à adopção da Cloud para gestão dos seus processos de negócios.
1.7. Estrutura da Dissertação
O presente documento está estruturado em seis capítulos.
No capítulo 1, em que se faz uma Introdução ao tema em análise, o problema da
pesquisa, motivação para resolver os objectivos, passando pelos resultados esperados, e por
último a estrutura da dissertação.
No capítulo 2 abrange os assuntos referentes ao Marco Teórico onde serão abordados
temas sobre a Cloud Computing como definição, é demonstrada também a revisão da
literatura com os assuntos basilares da dissertação.
No capítulo 3 está estruturado com objectivo de explicar os procedimentos
metodológicos, os objectivos traçados, bem como a investigação do problema apresentado na
tese, as pesquisas adoptadas neste estudo, assim como o método usado. Uma abordagem
também dos instrumentos de colecta de dados, de análise e interpretação dos resultados.
No capítulo 4 está presente as pesquisas de colecta de dados realizados, desde como
foram concebidas até os seus resultados apurados.
Nos capítulos 5 e 6 serão apresentados as discussões e conclusões gerais da tese e
recomendações para futuros trabalhos.
20
2. REVISÃO DA LITERATURA
Simplificadamente, Cloud Computing, se refere à ideia de utilizar, em qualquer lugar
e independente de plataforma, as mais variadas aplicações por meio da internet com a mesma
facilidade de tê-las instalado em nossos próprios computadores (Alecrim, 2015).
A Cloud Computing ou computação em cloud é a entrega da computação como um
serviço ao invés de um produto, onde recursos compartilhados, software e informações são
fornecidos, permitindo o acesso através de qualquer computador, tablete ou celular conectado
à Internet.
Uma de suas vantagens é o melhor aproveitamento dos investimentos em hardware.
Como a parte mais pesada do processamento fica na “cloud”, o usuário precisa apenas de um
navegador e uma boa conexão à internet para utilizar o serviço. Outra vantagem é a
elasticidade. Se for necessário mais ou menos espaço para armazenamento, basta solicitar um
upgrade, sem precisar da troca dos equipamentos.
De modo geral, trata-se de um novo paradigma de computação, cujo objectivo é
fornecer disponibilidade, escalabilidade, redução de custos, optimização de recursos e
versatilidade na implementação de serviços, abstraindo a localização dos recursos
computacionais utilizados para prover esses serviços.
2.1. Modelos de serviços da Cloud Computing
A Cloud Computing já é uma realidade em muitas empresas como a melhor opção
para servidores e até para a compra de serviços. Apesar de ser uma tecnologia que teve
origem em 2006, ainda existem muitas dúvidas com relação ao funcionamento da Cloud
Computing. Actualmente, existem três modelos de serviços diferentes: SaaS (Software as a
Service), PaaS (Platform as a Service) e IaaS (Infrastructure as a Service). Cada um tem uma
função diferente dentro das aplicações de Cloud Computing.
21
Figura 1: Modelo de serviço em Cloud Computing
Fonte: Microsoft (2010)
2.1.1. Software como um serviço (SaaS)
Os serviços SaaS é a disponibilização de um software como um serviço, em oposição
ao modelo tradicional de venda de licenças e unidades. Investir em ferramentas que estejam
em consonância com o Cloud Computing pode ser uma solução para empresas que querem
deixar a concorrência para trás e destacar-se no mercado, oferecendo entregas ágeis e
eficientes para seus clientes (Mather, 2009).
Muitos provedores de soluções SaaS, além de oferecerem a opção de personalização,
também disponibilizam APIs (interfaces de programação de aplicativo) para possibilitar a
integração com outros softwares localizados na cloud ou na rede local.
O usuário paga uma assinatura apenas enquanto utiliza o produto. Google Drive e
Office 365, São exemplos de aplicações SaaS, Office 365, Creative Cloud, Google Apps,
Salesforce, Netflix, Dropbox e a Spotify.
22
Figura 2: Modelo de serviço em Cloud Computing
Fonte: Microsoft (2010)
2.1.2. Plataforma como um serviço (PaaS)
Neste caso, isso permite ao cliente implantar seu próprio software na cloud e, em
seguida, executá-lo na cloud. Isso elimina a necessidade de disponibilizar seus próprios
sistemas operacionais e de hardware, economizando assim os custos e despesas gerais
administrativas associadas à implantação de software.
Os serviços disponibilizados permitem executar numa infra-estrutura em cloud
aplicações desenvolvidas ou adquiridas pelos clientes cloud, usando linguagens de
programação, ferramentas, livrarias e serviços suportadas pelo fornecedor. O cliente cloud
não gere ou controla a infra-estrutura subjacente, incluindo redes, servidores, sistemas
operativos ou áreas de armazenamento, mas controla as aplicações desenvolvidas e
eventualmente configurações do ambiente de trabalho do sistema de desenvolvimento (Mell,
Peter; Grance, Timothy & NIST, 2011).
No PaaS, o usuário tem a possibilidade de desenvolver e testar suas próprias
aplicações baseadas em diferentes tecnologias e linguagens, além de ter à disposição toda a
23
infra-estrutura necessária e adequada a aplicação desenvolvida — o que elimina uma boa
parte dos custos. Essa infra-estrutura inclui servidores, armazenamento e rede, além de
ferramentas de desenvolvimento como:
 Google AppEngine;
 Windows Azure;
 Amazon Elastic Compute Cloud (Amazon EC2);
 Bungee Connect;
 Force.com da Salesforce.
 Dropbox
Figura 3: Uma solução para o Modelo em PaaS
Fonte: Microsoft (2010)
2.1.3. Infraestrutura como um serviço (IaaS)
O modelo de infra-estrutura como serviço é a terceirização de servidores e data
centers tradicionais para um fornecedor externo que, usualmente, disponibiliza tudo de forma
24
escalável pela cloud. A Amazon Web Services (AWS) e a Microsoft Azure são exemplos disso
(Carstensen, 2012).
Em contraste com o SaaS e o PaaS, por exemplo, os usuários de IaaS são
responsáveis por administrar aplicações, dados, tempo de execução, middleware e sistemas
operacionais. Muitos fornecedores de IaaS agora oferecem bancos de dados, filas de
mensagens e outros serviços acima da camada de virtualização também (NIST, 2011).
Figura 4: Principais Tipos de Serviços da Cloud Computing
Fonte: Sosinsky (2011)
Em comum com as outras duas formas de cloud de hospedagem (SaaS e PaaS), a IaaS pode
ser utilizado por clientes empresariais para criar soluções de TI facilmente escaláveis, nas
quais as complexidades e despesas de gestão do hardware subjacente são terceirizadas para o
provedor de cloud (Mirashe, 2019). Os custos de manutenção dependem do número de
servidores existentes na organização.
25
2.2. Internet e seu Enquadramento
A Internet é uma rede de computadores de cobertura mundial que utiliza um protocolo
de comunicações denominado TCP/IP-Transmission Control Protocol/Internet Protocol. Este
TCP/IP fornece uma linguagem comum que possibilita a interconexão entre redes de
computadores, e permite que seja utilizada a tecnologia de comutação de pacotes (vista mais à
frente), cuja finalidade é facilitar o transporte de informações.
Desde o primeiro momento em que o homem passou a viver em sociedade surgiu à
necessidade de se comunicar uns com os outros, para expressarem seus sentimentos e até
mesmo sua cultura, por muitas vezes também se comunicavam no intuito de alertarem para
algum perigo próximo.
Actualmente a tecnologia está presente em todos os sectores da sociedade, é um
componente social importante na vida moderna.
Segundo Levy (1999), a difusão das aplicações da tecnologia da informação e
comunicação, e sua popularização, a partir da última década, foi amplamente acelerada com a
grande redução dos preços dos computadores e também de sua associação com os meios de
comunicação.
Por volta de 1860 surge um aparelho de comunicação de grande importância também
para os dias actuais, o telefone, que foi inventado pelo italiano António Meucci.
Chegamos então ao que agora chamamos de Era da Tecnologia e da Informação, pois
é, no ano de 1943 que se inicia a era do computador, a princípio era uma máquina gigantesca
em que o seu principal papel era o de realizar cálculos.
Segundo Mackie-Mason e Varian (1994), no período que vai de 1985 até Abril de
1994 a Internet cresceu de 200 redes para além de 30 000, e de 1000 hosts para além de 2
milhões de hosts. Deste último total, 640.000 hosts são nós educacionais, 520 000 são nós
comerciais, e 220 000 são nós governamentais/militares, enquanto a maior parte dos cerca de
700 000 outros nós está localizada fora dos Estados Unidos. Ao final de 1994 a Internet
26
conectava 41 520 redes com aproximadamente 3 864 000 computadores (982000 em
instituições educacionais americanas) em 90 países.
Actualmente a internet, que antes era usado somente para a comunicação oral, já é
usado para enviar mensagens electrônicas, enviar fotos, filmar, gravar lembretes, jogar, ouvir
músicas e nos últimos anos, tem ganhado recursos surpreendentes até então não disponíveis
para aparelhos portáteis, como GPS, videoconferências e instalação de programas variados,
que vão desde ler e-book (livro electrônico) a usar remotamente um computador qualquer,
quando devidamente configurado (Kalinke, 1999).
Gráfico -1Usuários mundiais de internet por regiões
Logo navegar na internet como ferramenta de ensino pode ser um processo de busca
de informações que dependendo da situação pode transformar-se em conhecimento, gerando
um ambiente interactivo de aprendizagem ou pode ser um inútil colector de dados sem a
menor relevância que não proporciona nenhuma contribuição ao aluno.
27
2.3. Arquitetura da Cloud Computing
A Cloud Computing ganhou popularidade nos últimos anos por trazer benefícios reais
e quase que imediatos para negócios de diversas áreas. Além da grande economia causada
pela redução de infra-estrutura local, a segurança física e lógica de dados, informações e
sistemas tornam a solução um passo quase que obrigatório actualmente.
Cloud Computing define-se como a utilização de recursos computacionais (memória,
armazenamento de dados, processamento) baseada em servidores compartilhados que são
interligados por meio da rede.
Trata-se do armazenamento e compartilhamento de arquivos utilizando a internet. Para
esse fim, são disponibilizadas plataformas que permitem ao usuário acessar os seus dados
remotamente. Nós já a utilizamos o tempo todo, mesmo sem percebermos. Serviços como
Google, Gmail e Facebook são baseados em arquitecturas de Cloud Computing (VERAS,
2011).
No caso das empresas, a Cloud pode ser uma boa solução. É necessário estar atento à
variedade de serviços oferecidos e ver qual é o ideal para o negócio.
Os mais conhecidos são IaaS (grandes datas centers que têm servidores com alta
capacidade de armazenamento, em que, por meio da utilização compartilhada, possibilitam
que empresas possam usufruir dos seus recursos) e SaaS (substitui o uso de softwares
comprados e instalados em computadores locais). A empresa contrata o seu serviço e por
meio de uma assinatura e usufrui das vantagens do software no formato online.
28
Figura 5:Arquitetura de referência da Cloud Computing NIST
Fonte: NILT (2011)
2.4. Modelos de implantação da Cloud Computing
Os modelos de implantação em computação em cloud podem ser classificados em
cloud privada, cloud pública, cloud comunidade e ainda cloud híbrida.
2.4.1. Cloud Pública e Privada
Segundo Sousa, Moreira e Machado (2009), o conceito é bem intuitivo, nuvens as públicas
são acessíveis em toda a internet, e as nuvens privadas ficam em um ambiente protegido
(firewall) como o de uma empresa, com acesso restrito aos seus funcionários ou parceiros de
negócios.É um tipo de cloud totalmente proprietária de uma empresa que tem controlototal
das aplicações rodadas na sua infra-estrutura.
Para Chirigati (2014), a grande questão de se ter uma cloud privatizada é a segurança,
quando existe a necessidade de níveis mais rigorosos de privacidade ou de garantia de
29
disponibilidade de aplicação, sem os atrasos da internet. Corporações que exigem segurança e
privacidade de informações devem ter muita cautela ao utilizar nuvens públicas.
Com a dependência e inserção dos Sistemas de Informação nos negócios, o surgimento de
novas tecnologias, as redes virtuais privadas, as organizações despertaram para a necessidade
de segurança, uma vez que se tornaram vulneráveis a um número maior de ameaças.
Quadro 1: Exemplos de segmentos e provedores de cloud pública (Fonte: elaboração própria).
Cloud pública Segmentos Exemplos
Software como Serviço (SaaS)
Comunicação e
colaboração
Cisco Webex, Microsoft
Lync, IBM Lotusphere
Produtividade de
escritório
Google Apps, Microsoft
Office 365
Gestão de
relacionamento com o
cliente (CRM)
Salesforce.com,
PerfectView CRM Online,
AccountView CRM Online
Sistema integrado de
gestão empresarial
(ERP)
NetSuite, Exact Online,
Twinfield, SAP Business
ByDesing, Infor
Supply chain
management (SCM)
Descartes, Ariba, Ketera,
JDA Software
Plataforma como Serviço (PaaS)
Desenvolvimento de
Salesforce Force.com,
30
aplicações específicas SaaSPlaza, SAP Business
ByDesign
2.4.2. Cloud Comunitária
Conforme o National Institute of Standards and Tecnology (2011), cloud comunitária
é um modelo criado para atender as necessidades de um determinado grupo com interesses em
comum, podendo ser de propriedade, ou gerenciado e operado pelas organizações desta
comunidade, ou através de uma combinação delas, podendo existir no interior ou exterior da
organização.
Para Rountree e Castrillo (2014), cloud comunitária é uma tecnologia pouco difundida
se comparado a cloud privada ou cloud pública, sendo para ele, um modelo menos utilizado.
Ainda segundo ele, a cloud comunitária pode ser definida como um modelo de cloud
compartilhada por um conjunto de organizações com interesse em comum, que se unem e
constroem o ambiente, a fim de alcançarem determinada meta. Neste modelo, a administração
da estrutura pode ser feita pelas próprias organizações ou ainda por terceiros.
A infra-estrutura de uma cloud comunitária é compartilhada por várias organizações
que partilham interesses como a missão, requisitos de segurança, políticas, entre outros. Pode
ser administrada pelas próprias organizações ou por um terceiro e pode existir no ambiente da
empresa, ou fora dele.
2.4.3. Cloud Híbrida
A OPUS Software (2015), descreve-a como uma composição de duas ou mais nuvens,
sejam elas privadas, públicas ou comunitárias. Essas permanecem como entidades únicas, mas
31
estão unidas pela tecnologia padronizada ou proprietária que permite a portabilidade de dados
e aplicativos.
O uso de uma cloud híbrida não apenas permite que as empresas dimensionem
recursos de computação, mas também elimina a necessidade de realizar grandes investimentos
para lidar com picos de demanda a curto prazo, bem como quando a empresa precisa liberar
recursos locais para aplicativos ou dados mais confidenciais. As empresas pagarão apenas
pelos recursos que usam temporariamente, em vez de precisarem comprar, programar e
manter recursos e equipamentos adicionais que podem permanecer inactivos por longos
períodos de tempo. A computação em cloud híbrida é a plataforma melhor de todos os
mundos possíveis, oferecendo todos os benefícios da computação em cloud; flexibilidade,
escalabilidade e eficiência de custos com o menor risco possível de exposição de dados
(Microsoft Azure, 2018).
Figura 5: Divisão de responsabilidades entre cliente e fornecedor de cloud
Fonte:Matt Hester´s WebLog (2012)
32
2.4.4. Vantagens do Uso de um dos Modelo de Cloud Computing
Para Veras (2009, p.7), Cloud Computing, é a disponibilidade sob demanda de
recursos do sistema de computador, especialmente armazenamento de dados e capacidade de
computação, sem o gerenciamento activo directo do usuário.
Conforme Veras (2012), os possíveis benefícios do uso de um modelo de Cloud
Computing para as organizações são:
 Menores custos de infra-estrutura: elimina custos com capital e passa a pagar somente
pelo uso;
 Aumento da utilização da infra-estrutura: a infra-estrutura compartilhada e sob
demanda passam a ser mais utilizadas e permite a redução do custo por parte do
provedor;
 Aumento da segurança: uma infra-estrutura centralizada pode melhorar a segurança
incluindo rotinas de backup optimizadas e testadas;
 Acesso a aplicações sofisticadas: aplicações consideradas caras podem ser utilizadas
no modelo sob demanda;
 Economia de energia: é possível, em uma estrutura centralizada, uma redução de
custos de energia e refrigeração; Aumento da produtividade por usuário: usuários
podem utilizar as aplicações de qualquer lugar e isso impacta positivamente na
produção;
 Aumento da confiabilidade: exigência de estrutura de contingência quase obrigatória
em computação em cloud;
 Escalabilidade sob demanda: permite alocar recursos sob demanda, tornando a
escalabilidade uma realidade.
33
2.4.5. Amazon Elastic Compute Cloud (Amazon EC2)
A Amazon Elastic Compute Cloud (Amazon EC2) é uma web service que
disponibiliza capacidade computacional segura e redimensionável na cloud. Ele foi projetado
para facilitar a computação em cloud na escala da web para os desenvolvedores (Amazon,
2009), já a Amazon S3 (Simple Storage Service), (Amazon, 2012) é o sistema de
armazenamento por trás de muitos dos serviços da Amazon.com como o Dynamo, que
recentemente teve seu banco de dados No-SQL lançado com o nome de DynamoDB36.
O DynamoDB possui uma política de backup onde são feitas no mínimo três cópias do
mesmo dado, onde duas são feitas na mesma zona e uma terceira em uma zona externa, de
modo a aumentar a disponibilidade da informação. Segundo dados de 2009, o sistema
armazenava cerca de 40 bilhões de arquivos de 400 000 clientes. Seus desafios incluíam
garantia de disponibilidade e o gerenciamento de falhas (DeCandia, 2007).
Figura 6: Interface da Amazon Web Services
Fonte: AWS (2012)
34
A interface de web service simples da Amazon EC2 permite que se obtenha e
configure a capacidade com o mínimo de esforço. Oferece um controle completo de seus
recursos computacionais e permite que se trabalhe no ambiente computacional comprovado
da Amazon.
A Amazon EC2reduz a apenas alguns minutos o tempo necessário para obter e
inicializar novas instâncias de servidor, permitindo que se dimensione a capacidade
rapidamente para mais e para menos, à medida que seus requisitos de computação mudarem.
Amazon EC2 muda os factores económicos da computação, permitindo que se pague somente
pela capacidade que realmente se usa. A Amazon EC2 fornece aos desenvolvedores as
ferramentas para criar aplicativos resistentes a falhas e isolá-los de cenários comuns de falhas
(Amazon, 2012).
Figura 7: Regiões da Amazon Web Services
Fonte: AWS (2012)
35
2.4.6. Google App Engine
O Google App Engine (GAE), é uma plataforma de desenvolvimento de aplicações em
cloud criada e disponibilizada pelo Google. É uma PaaS completa, que oferece não apenas
uma, mas três linguagens de programação para criação dos aplicativos: Java, Python e Go.
No caso do desenvolvimento em Java, a plataforma possui suporte completo a JSP e
Servlets. Dados podem ser armazenados na própria plataforma (seu serviço datastore)
facilmente utilizando a JPA (Java Persistence API). Além destes recursos, o desenvolvedor
conta com toda a infra-estrutura de datacenters e links redundantes do Google para dar suporte
ao funcionamento do aplicativo. De acordo com o próprio Google, a estrutura destinada ao
App Engine possui escalabilidade automática e cresce dinamicamente, à medida que for
necessário à aplicação. Se o aplicativo precisa ter capacidade para mais usuários, ou necessita
de mais armazenamento, o Google App Engine será escalonado proporcionalmente à
demanda (Google, 2016).
Figura 8: Interface do Google App Engine
Fonte: Google.com (2016)
36
Apesar de tantos pontos positivos, existem algumas restrições no uso do App Engine,
por exemplo: aplicações não podem utilizar Threads, componentes Swing e AWT não são
suportados e a aplicações hospedadas no plano gratuito padrão têm um limite de 5 milhões de
visualizações.
Pacote de produtos oferecidos pelo Google, que inclui ferramentas de edição de texto,
criação de planilhas, apresentações, ferramenta de agenda, integração com e-mail próprio,
entre outras funcionalidades.
Figura 9: Arquitetura Google App Engine
Fonte: Google App Engine (2014)
2.4.7. Microsoft Live Mesh
A Microsoft Live Mesh, é um serviço da Microsoft ainda em estágio inicial. Sua
proposta principal é a de permitir que o usuário acesse o seu desktop de qualquer computador,
com a diferença de que todos os seus arquivos ficam na cloud, isto é, nos servidores da
Microsoft.
37
A Microsoft lhedá essa possibilidade, mas ainda lhe dá uns bónus: permite a
sincronização de pastas de documentos entre computadores, e ainda fornece 5 Gb de espaço
online para poder aceder aos ficheiros sincronizados mesmo quando os computadores da sua
rede estiver desligados. Afinal numa rede em nós um ponto pode falhar, mas nada se perde.
A ferramenta foi apresentada na Professional Developers Conference 2008, onde a
Microsoft demonstrou as capacidades de sincronização do Live Mesh, disponibilizando-o aos
programadores mediante uma technology preview do Live Framework (TAURION, 2012).
2.4.8. Eucalyptus
A Elastic Utility Computing Architecture for Linking Your Programs To Useful
Systems (Eucalyptus) é uma infra-estrutura de software livre para implementar computação
em cloud, de utilitário e elástica com o uso de clusters em cloud ou de forma de estações de
trabalho. Foi iniciado como um projecto de pesquisa do Departamento de Ciência da
Computação de University of California Santa Barbara e comercializado recentemente como
Eucalyptus Systems Inc. Eucalyptus ainda é mantido e desenvolvido como um projecto de
software livre. Eucalyptus Systems está criando produtos adicionais com base no Eucalyptus
de software livre; oferece também serviços de suporte (DRIVE, 2010).
A computação tem passado por mudanças fundamentais. Algumas mudanças são
facilmente visíveis, como os dispositivos de armazenamento que são do tamanho de um
cartão de crédito e tem uma capacidade muito maior do que os mainframes de 30 anos atrás,
ou ainda celulares capazes de realizar mais tarefas do que esses mesmos mainframes, o
crescimento do software livre, entre outras coisas. Assim, os usuários do eucalyptusinteragem
com o sistema utilizando as mesmas ferramentas que necessitam para interagir com a Amazon
EC2 (MARKS et. al, 2010).
38
Figura 10: Arquitetura do Eucalipto
Fonte: Amazon EC2(2010)
2.4.9. Microsoft Azure
A Microsoft Azure é uma plataforma destinada à execução de aplicativos e serviços,
baseada nos conceitos da computação em cloud.
A plataforma Azure consiste numa infra-estrutura de hardware, software, rede e
armazenamento que se gere automaticamente, garantindo elevada disponibilidade e
performance às aplicações que suporta. Através da virtualização de recursos computacionais,
o Windows Azure baseia-se no conceito de instâncias de computação que isoladamente tratam
dos pedidos originários do front-end da aplicação (através dos Web Roles) e das tarefas a
realizar em background (através dos Worker Roles), (Microsoft, 2012).
39
Figura 11: Plataforma de Serviço com Azure
Fonte: Microsoft Azure(2012)
Segundo a Microsoft (2012), esta plataforma dá uma segurança a vários serviços que
fornecem e ajudam na computação, garantidamente e esses serviços são divididos em
domínios. Aqui estão alguns domínios notáveis:
 Calcular: Ele é usado para processar dados na cloud, fazendo uso de poderosos
processadores que atendem a várias instâncias por vez.
 Serviços de Armazenamento: O armazenamento, como o nome sugere, é usado para
armazenar dados na cloud com a capacidade de dimensionar como e quando
necessário. Esses dados podem ser armazenados em qualquer lugar.
 Base de dados: O domínio do banco de dados é usado para fornecer instâncias de
banco de dados relacionais e não relacionais confiáveis gerenciadas pelo Azure.
 Networking: Ele permite que você se conecte à infra-estrutura e aos serviços na cloud
e no local para obter uma excelente experiência do usuário.
40
2.4.10. OneDrive
Aplicativo de armazenamento em cloud, o OneDriveé um produto da Microsoft. Por
isso, outros produtos da empresa possuí integração com ele como, por exemplo, contas
Outlook.com. A empresa disponibiliza um plano gratuito de 5G e planos pagos com mais
espaço de armazenamento. É uma óptima opção para empresas que usam o pacote Office, o
gerenciador de e-mailsOutlook e outros produtos da Microsoft.
2.4.11. Dropbox
É outra opção de armazenamento em cloud. ODropbox possui vários recursos de
compartilhamento de arquivos entre equipas e uma interface fácil e intuitiva. O plano gratuito
oferece espaço em cloud de 2G. A empresa também oferece planos pagos com mais opções de
armazenamento. O Dropbox não tem uma ferramenta de busca, mas permite, por exemplo,
disponibilizar arquivos para download, através de um link específico. Este programa está
disponível para download em computadores com Windows, Mac, Linux (Ubuntu e Fedora)
eChrome, além de ser possível acessar em apps para Android, Windows Phone, iOS e
Blackberry. Há, ainda, a possibilidade de gerenciar todos os seus arquivos através de um
website seguro (Dropbox, 2013).
Quadro 2:Comparativo entre algumas plataformas da Cloud Computing
Sistema
Característic
a
Amazon
Elastic Cloud
Computer
Google
App Engine
Microsoft
Live Mesh
Eucalyptus Dropbox
41
Foco Infra-estrutura Plataforma Infra-
estrutura
Infra-
estrutura
Plataforma
Tipo de
serviço
Armazenament
o- Computação
Aplicação
Web
Armazenam
ento
Computaçã
o
Computação
Negociação
dinâmica de
parâmetros
de QoS
Nenhuma Nenhuma Nenhuma Nenhuma Baseado em
SLA Reserva
de recursos
Interface de
acesso para
usuário
Linha de
comando
Controle via
portal Web
Qualquer
dispositivo
com Live
Mesh
Execução
de scripts e
portal Web
Controle via
portal Web
API Web Sim Sim Desconheci
do
Sim Sim
Valor
agregado de
provedores de
serviço
Sim Não Não Sim Sim
Framework
de
programação
Baseado em
imagens de
máquinas
Python Não
aplicável
Solaris OS,
Java, C,
C++,FORT
RAN
API de
suporte em
C# e. Net
Fonte: Elaboração própria
2.5. Virtualização
A virtualização é uma tecnologia que permite criar vários ambientes simulados ou
recursos dedicados a partir de um único sistema de hardware físico. O software chamado
hípervisor conecta-se directamente ao hardware e possibilita a divisão de um único sistema
42
em ambientes distintos, separados e seguros, conhecidos como máquinas virtuais. Essas
máquinas virtuais dependem da habilidade do hipervisor de criar uma separação entre os
recursos da máquina e o hardware e distribuí-los de forma adequada (Gandolpho, 2008).
Actualmente, a tecnologia mais utilizada para a virtualização são as VMs (Virtual
Machines). As VMs são basicamente instâncias de hardware recriadas via software. É como
se um novo computador fosse criado no ambiente virtual e disponibilizado para processar
dados e tarefas. A tecnologia é boa, mas devido ao enorme crescimento do tráfego e das
aplicações web (Web Logic), novas tecnologias mais adaptáveis estão sendo criadas (Veras,
2011).
Ou seja, a virtualização permite que em um único servidor sejam executados
simultaneamente vários ambientes virtuais distintos e isolados. Ou seja, ele faz isso usando o
software de virtualização, conhecidocomo Monitor de Máquina Virtual (VMM), que separa
os ambientes de computação do hardware físico, possibilitando a execução de vários sistemas
operacionais em um computador ao mesmo tempo.
Resumindo, a Virtualização é o processo de criação de vários ambientes virtuais em
um único servidor, enquanto que a Cloud Computing se propõe a entregar soluções de TI pelo
modelo de serviços por redes compartilhadas ou privadas.
Os principais softwares do mercado, como o VMware, VSphere e a Microsoft WS08
Hyper-V, demandam uma infra-estrutura que deve permitir obter os níveis de serviço
adequados para as aplicações em termos de desempenho, disponibilidade e segurança. Como
regra geral, o software de virtualização deve otimizar a demanda de processamento, de
armazenamento e de I/O, distribuindo a carga de trabalho visando otimizar o uso dos recursos
(VERAS, 2011).
43
2.5.1. Virtualização de Desktops em Datacenter
Os computadores tipo Desktop encontram-se em maior número, numa proporção
próxima de 3 desktops para 1 laptop e são adequadosa funções que não necessitam de
mobilidade.
Para a Consultora Forrester (2011) a designação de Virtual Desktop Infrastructure
(VDI) é referida pela indústria em qualquer das seguintes formas de virtualização:
 Hosted desktop virtualization: é a forma mais conhecida de VDI, na qual o ambiente
de desktop é executado directamente em servidores virtuais em datacenter e não
directamente no desktop ou laptop.
 Local desktop virtualization: as implementações de virtualização de desktop local
executam o ambiente de desktop no dispositivo cliente usando virtualização de
hardware ou emulação. A virtualização de desktops locais é adequada para ambientes
em que a conectividade de rede contínua não pode ser assumida e onde os requisitos
de recursos de aplicativos podem ser mais bem atendidos usando recursos do sistema
local.
 Application virtualization melhora a entrega e a compatibilidade de aplicativos,
encapsulando-os a partir do sistema operacional subjacente no qual são executados.
Um aplicativo totalmente virtualizado não está instalado no hardware. Em vez disso,
uma camada de hipervisor intercepta o aplicativo que, em tempo de execução, age
como se estivesse interagindo com o sistema operacional original e com todos os
recursos gerenciados por ele, quando na realidade não é (VMWare, 2013).
 Desktop layeringé um método de virtualização de desktop que divide uma imagem de
disco em partes lógicas para serem gerenciadas individualmente. Por exemplo, se
todos os membros de um grupo de usuários usarem o mesmo sistema operacional, o
sistema operacional central precisará apenas de backup para todos que compartilharem
essa camada. Camadas podem ser aplicadas a imagens de disco físico local, máquinas
virtuais baseadas em cliente ou áreas de trabalho baseadas em host. Os sistemas
operacionais (Windows) por exemplo, não são projectados para camadas; portanto,
44
cada fornecedor deve projectar sua própria solução proprietária (RAWLINSON,
2010).
Para combater esta necessidade, os grandes fornecedores de serviços na Cloud
(Google, Microsoft, Apple, Amazon, Yahoo, HP, Intel...) estão a desenvolver estratégias
que permitam reduzir o consumo de energia nos seus datacenters de forma a reduzir
custos e reduzir a sua pegada de carbono, apesar de que para outros a redução de custos
seja o único objectivo, não sendo clara a diferença entre eficiência e sustentabilidade.
Figura 12: Infraestrutura de Virtualização de Desktops
Fonte: VMWare(2010)
2.5.2. Tipos mais comuns de virtualização
Para Chirigati (2009), a virtualização é um dos componentes chaves da computação
em cloud. Diz respeito à criação de ambientes virtuais, também conhecidos como máquinas
virtuais (MV), a fim de abstrair as características de hardware. As MVs têm a capacidade de
emular diversos sistemas operacionais em uma única plataforma computacional.
45
Segundo Silva (2013), em uma definição simplificada, a virtualização é um processo
que, através do compartilhamento de hardware, permite a execução de inúmeros sistemas
operacionais em um único equipamento, por este facto é apresentado alguns tipos de
virtualização a saber:
 Virtualização de hardware: através de programas próprios, que geram máquinas
virtuais emuladoras dos componentes físicos de um computador, faz rodar diversos
sistemas operacionais em uma só máquina. Isso permite que cada uma delas receba
um sistema operacional diferente.
 Virtualização dos aplicativos: um aplicativo virtual é gerado à parte, baixando
directamente para o computador do usuário as características específicas de cada
aplicativo.
 Virtualização da apresentação: permite acessos a um determinado computador sem a
necessidade de sua presença física. Assim é possível conectar-se a todos os seus
recursos e sistema operacional de qualquer parte do mundo.
 Virtualização de servidores é o processo no qual os sistemas operacionais e as
aplicações normalmente utilizadas em servidores físicos, passam a utilizar máquinas
virtuais, fazendo um uso mais eficiente do hardware, permitindo maior agilidade e
redução dos custos.
Figura 13:Arquitetura do datacenter baseado em Cluster
Fonte:IBM(2013)
46
2.5.3. Clusterização
Segundo a Techtudo (2010), os clusters são parte importante na nova arquitectura de
datacenters. A virtualização resolve o problema da sobra de recursos em servidores físicos. A
clusterização resolve o problema da falta de recursos em servidores físicos. Idealmente o
cluster deve permitir que uma aplicação rode em mais de uma máquina física, incrementando
a performance ao mesmo tempo, em que aumenta a disponibilidade. Os clusters podem ser
classificados em:
 Clusters de alta disponibilidade (High Availability – HA): os clusters de alta
disponibilidade endereçam redundância com capacidade de failover automático.
 Clusters de balanceamento de carga (Load Balancing – LB): os clusters do tipo load
balancing endereçam a melhoria da capacidade para a execução da carga de trabalho
(workload).
 Clusters de alta performance (HPC e HTC): os clusters do tipo alta performance
endereçam o aumento da performance da aplicação.
 Clusters em Grid: os clusters em grid endereçam o melhor dos mundos com alta
disponibilidade e alto desempenho. Podem ser globais, empresariais ou simplesmente
grid clusters.
47
Figura 14: Computadores em Clusters
Fonte:Techtudo(2010)
A Figura 15 ilustra o funcionamento de um cluster para balanceamento de carga. Neste
exemplo, existe um nó controlador, denominado de balanceador de carga, que é responsável
pelo recebimento das requisições e pela distribuição delas entre os todos os nós que compõe o
cluster.
2.6. Benefíciose Impulsionadores na Adopção da Cloud Computing
2.6.1. Introdução
Até meados da década de 1970, os computadores existentes eram apenas de grande
porte (Mainframes) mantidos em ambientes controlados e acessados à distância. Ao final dos
anos 70 e início dos anos 80 surgiram os microcomputadores, cuja adopção foi impulsionada
pelo advento das redes ethernet e da transição da internet para uso civil. Ao final da década de
80, estavam colocados os elementos para o desenvolvimento de sistemas cliente/servidor.
48
Embora não seja uma nova tecnologia, a Cloud Computing continua impactando as
empresas a cada ano. Novos recursos agregados permitem que essa ferramenta seja
empregada de modo estratégico nas organizações, aprimorando os processos e elevando o
potencial competitivo das companhias.
Geralmente, quando se fala em Cloud Computing, lembra-se da equipe de TI. E
realmente a ideia de trabalhar com a Cloud sempre começa na área desses profissionais,
afinal, esse são um sector mais técnico dentro da empresa e directamente afectado por essa
mudança (Herbst, Kounev & Reussner, 2013).
A Cloud Computing oferece nos seus serviços muitas vantagens entre as quais são
ilustradas a seguir:
Figura 15: Algumas Vantagens dos Serviços em Cloud
Fonte: Techtudo (2010)
2.6.1.1. Elasticidade, Escalabilidade, Agilidade
Elasticidade: as funcionalidades computacionais devem ser rápida e elasticamente
providas, assim como, rapidamente liberadas. O usuário dos recursos deve ter a impressão de
49
que ele possui recursos ilimitados, que podem ser adquiridos (comprados) em qualquer
quantidade e a qualquer momento (Herbst, 2013).
Princípios importantes que podemos encontrar quando queremos caracterizar a
elasticidade são:
 Loose coupling: é o conceito onde um recurso não pode depender unicamente de um
outro, por exemplo a sua aplicação não pode apontar directamente para o IP do
servidor de Banco de Dados ou uma aplicação que depende de outra aplicação não
pode apontar directamente para o IP desse servidor, tem que apontar para o IP de um
elastic load balancer que fará o controlo de qual servidor utilizar.
 Staying Stateless: não podemos controlar o estado das sessões nos próprios servidores
de aplicação, pois podemos responder as requisições de servidores diferentes. Temos
que manter o estado em um recurso externo, DynamoDB por exemplo.
Escalabilidade em Cloud Computing pode ser definida como a possibilidade de
expansão dos recursos tecnológicos ou na capacidade de aumentar a quantidade de usuários
em um determinado sistema de gestão.
Devido à escalabilidade, o usuário só paga por aquilo que consome. Dessa forma, não
há gastos excessivos nem consumo desnecessário de recursos, além dos riscos de infra-
estrutura serem reduzidos. A escalabilidade evidência uma série de ganhos na infra-estrutura
de TI, principalmente no que tange ao custo e à forma dinâmica de se expandir e retrair o uso
de recursos computacionais associados às necessidades do cliente e com o máximo de
precisão e transparência possíveis (ZISSIS; LEKKAS, 2012).
O motivo mais importante pelo qual a organização deve investir em computação em
cloud escalável é a flexibilidade. As actualizações de softwares com licenças perpétuas
podem custar às empresas valores altíssimos. No entanto, com um software como serviço ou
licenciamento em Cloud, essas actualizações já estão inclusas no valor do serviço.
Aumentar o tamanho do datacenter quando a Instituição está em processo de expansão
pode ser demorado e custoso. Com o Cloud Computing em poucos minutos é possível
50
adequar a capacidade do plano ao tamanho do negócio. E isso vale para mais ou para menos,
quantas vezes for preciso.
A vantagem da computação em Cloud escalável é que a capacidade de crescer e
expandir é constante. Também, não há necessidade de pagamento pela capacidade não
utilizada.
Agilidade.No serviço da Cloud, os dados ficam disponíveis e acessíveis por meio da
internet. Isso facilita muito o trabalho de todas as áreas da empresa e ainda traz mais
flexibilidade para o dia-a-dia dos colaboradores, que podem trabalhar no modo remoto, em
home office ou durante viagens, sem prejuízo para a qualidade da interacção e da realização
dos serviços.
Com a disponibilização dos sistemas e das informações na Cloud, é possível uma
integração imediata de dados entre as diferentes áreas da empresa, o que garante mais
colaboração entre todos e agilidade na tomada de decisões.
2.6.1.2. Multi—Tenancy
Multi-tenancy é uma abordagem organizacional para aplicações SaaS (Bezemer e
Zaidman, 2010), define multi-tenancy como aplicações que permitem o compartilhamento dos
mesmos recursos de hardware, através do compartilhamento da aplicação e da instância do
banco de dados, enquanto permite configurar a aplicação para atender às necessidades do
cliente como se estivesse executando em um ambiente dedicado. Tenant(inquilino) é uma
entidade organizacional que aluga uma aplicação multi-tenancy. Normalmente, um tenant
agrupa um número de usuários que são os stakeholders da organização.
51
Figura 16: Aplicação multi-tenant (base única)
Fonte: Bezemer e Zaidman (2010)
As possibilidades abaixo focam o que se considera aspectos em aplicações multi-
tenancy:
 Possibilidade de compartilhamento de recursos de hardware, permitindo a redução de
custos (Hu Wang, Jie Guo, 2008).
 Alto grau de configurabilidade, permitindo que cada consumidor customize sua
própria interface e seu workflow na aplicação (Jansen, Houben e Brinkkemper, 2010).
 Uma abordagem arquitetural na qual os tenants fazem uso de uma única aplicação e
banco de dados (Kwok, Nguyen e Lam, 2008).
Como multi-tenancy é um conceito relativamente novo, é muito comum as pessoas
confundirem multi-tenancy com outros conceitos já existentes. Multi-tenancy não é multi-
usuários.
52
Figura 17: Aplicação single-tenant
Fonte:Bezemer e Zaidman (2010)
2.6.1.3. Vantagem econômica
Quanto a vantagem económica que a Cloud Computing pode trazer a uma Instituição
no seu processo de negócio é notável, quando se tem um ambiente em Cloud Computing, os
custos em hardware e manutenção do mesmo são muito reduzidos, e o tempo gasto com horas
de suporte é bem menor comparado a uma estrutura física. Consequentemente, a
produtividade também aumenta, pois, seus colaboradores nem mesmo precisarão estar na
empresa para estarem sendo produtivos.
Quando uma empresa doa um serviço de Cloud Computing, ela usufrui de toda uma
infra-estrutura física (hardwares, servidores, sistemas, etc.) e paga somente pelo que utilizou.
Caso contrário, teria que adquirir os elementos computacionais responsáveis por melhorar o
desempenho das máquinas, sem que os utilizasse todo o tempo.
A gestão dos serviços computacionais e da informação ficam por conta do provedor de
Cloud Computing, o que também reduz os custos com membros especializados.
53
2.6.1.4. Portabilidade Cloud Bursting
O Cloud Bursting é uma estratégia para lidar com picos de demanda de TI em uma
infra-estrutura de cloud híbrida. Uma vez que essa configuração seja pré-definida, quando o
tráfego ou utilização de uma cloud privada chegar ao seu limite, o excedente é transportado
para a cloud pública imediatamente.Uma vez que as informações são armazenadas na Cloud,
acessá-las é bastante simples, independentemente de onde estão localizados. Desde que haja
conexão com a Internet, a Cloud Computingoferece acessibilidade, sem limitação de tempo, a
dados e aplicativos, e os usuários não precisam carregar documentos ou dispositivos de
armazenamento onde quer que estejam.
Ainda assim, com o Cloud Computing se poderá acessar os arquivos através de
computadores portáteis, smartphones e tablets sem precisar se preocupar com a segurança dos
arquivos nem com a divulgação de dados confidenciais. Isso é possível porque a estrutura de
programação na cloud e sua criptografia é a mesma em todos os dispositivos, garantindo a
segurança nos aparelhos móveis.
A estrutura de programação na Cloud Computing e sua criptografia proporcionam a
segurança de acesso tanto nos dispositivos móveis quanto nos desktops.
Por essas e outras vantagens os sistemas em nuvens têm se tornado uma tendência
cada vez maior, facilitando seu acesso a serviços de TI de última geração
2.6.1.5. Conclusão
A Cloud Computing é uma tendência no mundo inteiro e cada vez se torna mais
utilizada, qualquer que seja o tamanho ou segmento da empresa.
Os benefícios dos serviços de Cloud Computing são muitos, tanto em produtividade,
quanto em relação a custos. Dessa forma, se cria uma vantagem competitiva para a
54
Instituição. Toda a energia, que seria usada para manter uma estrutura, é usada para
actividades e processos relacionados ao core business da empresa.
Cloud Computing é um conceito e um modelo de utilização de recursos e serviços, que
tem tido um enorme impacto na indústria das Tecnologias de Informação (TI). A Cloud vai
muito além das diversas tecnologias que a tornam possível, como a virtualização e a banda
larga. A Cloud está a transformar a indústria das TI da mesma forma que a Internet o fez há
20 anos. Desde os profissionais às empresas, até ao utilizador final, a Cloud veio revolucionar
a forma como consumimos recursos de computação, armazenamento de dados e aplicações,
aproximando-os das reais necessidades de cada um e criando condições únicas para a
inovação e para a aceleração do desenvolvimento das economias.
2.7. Trabalhos Relacionados
Esta secção apresenta alguns trabalhos relacionados, onde foram realizados estudos de
caso sobre a adopção da Cloud Computing. Algumas publicações encontradas na literatura
tratam de gerenciamento de dados na Cloud, sua adopção por parte das Instituições (privadas
ou públicas), bem como suas limitações, desafios e as oportunidades que surgem como
agentes impulsionadores para a solução desses desafios.
Para Abadi (2009), embora não seja uma nova tecnologia, o Cloud Computing
continua impactando as empresas a cada ano. Novos recursos agregados permitem que essa
ferramenta seja empregada de modo estratégico nas organizações, aprimorando os processos e
elevando o potencial competitivo das companhias. Nisto, a demanda não para de crescer e um
dos principais motivos para essa procura é que a tecnologia traz um custo-benefício
interessante para as empresas.
ParaMICROSOFT-AZURE (2010), existem três tipos de usuários potenciais de
serviços de computação em cloud: consumidores, organizações pequenas e organizações de
médio e grande porte. Os consumidores e as pequenas organizações têm requisitos
55
relativamente mais simples para a adopção de uma nova tecnologia do que as organizações de
médio e grande porte, e têm muito menos a perder se a adopção for errada.
Existem pelo menos sete tipos de problemas de adopção para a computação em cloud,
e eles são:
 Interrupção (disponibilidade)
 Segurança
 Desempenho
 Conformidade
 Nuvens privadas
 Integração
 Custo
Destes, a interrupção, a segurança e o desempenho são questões de qualidade de
serviço (QoS). Somente algumas questões de adopção interessam a consumidores e pequenas
organizações. No entanto, todos eles são preocupantes para organizações de médio e grande
porte.
Santos e Machado, (2010) publicaram o artigo Cloud Computing impasses legais e
normativo na revista Intr@ciência, onde nele foram abordadas as dificuldades referentes a
normas regulatórias encontradas pelas empresas para contratação da cloud. De lá para cá,
muita coisa mudou e a ideia deste artigo é actualizar o leitor sobre as mudanças que
ocorreram no Brasil nestes últimos anos referente a cloud.
O artigo escrito por Da Silva, (2014) A Necessidade De Regulação Legislativa Para
Utilização Do Serviço De Computação Em Cloud (Cloud Computing), publicado pela Revista
Electrónica do Curso de Direito da PUC no primeiro semestre de 2014, aborda a necessidade
de regulamentação, leis que existiam até o momento e aspectos de segurança relacionados a
cloud. Ela realizou um comparativo entre o Brasil e o mundo abordando a forma como cada
um estava lidando com o assunto. Já neste artigo o Brasil é o foco, o que permite um
aprofundamento maior em suas orientações e leis.
56
O estudo de caso realizado por Medeiros e Sousa Neto (2016), o uso da Computação
em Cloud no Sector Público: um Estudo de Caso com Gestores de TI do Estado do Rio
Grande do Norte e do Governo Federal, propôs identificar os factores que influem na
utilização da cloud pela esfera pública no Brasil. É um estudo bastante actual e que mostra a
visão dos gestores públicos sobre o assunto. Apesar de ter sido lançado este ano, este artigo
não prevê o cenário brasileiro actual, pois após sua publicação o governo brasileiro emitiu
uma nova portaria (MP/STI nº 20) informando boas práticas, vedações e orientações dos
serviços em cloud a serem adoptadas pelos órgãos.
57
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA
Para esta abordagem, a metodologia utilizada foi um estudo qualitativo exploratório, por meio
de entrevistas em profundidade e questões estruturadas em um questionário submetido aos
especialistas em TI.
Para Silva (2001) a metodologia científica é o conjunto de processos e operações mentais que
se deve empregar nas investigações. É a linha de raciocínio adoptado no processo da pesquisa.
Ou seja, para que uma pesquisa seja efectuada é necessário um conjunto de procedimentos
intelectuais e técnicos. Uma pesquisa pode ser classificada por diversas características, que
podem ser, por exemplo, quantos aos fins e quanto aos meios.
A escolha de uma abordagem metodológica adequada para um trabalho de pesquisa
envolve diferentes níveis de abrangência e profundidade (Miguel, 2012).
Para Mirian Goldenberg (1998), o método da pesquisa científica é o conjunto das
normas básicas que devem ser seguidas para a produção de conhecimentos que têm o rigor da
ciência, ou seja, é um método usado para a pesquisa e comprovação de um determinado
conteúdo.
A metodologia científica surgiu a partir dos pensamentos de Descartes (filósofo, físico
e matemático francês). Ele propôs que só era possível encontrar a verdade por meio da
existência de uma dúvida e da divisão da questão em partes menores, para assim ir
incorporando diversas variáveis gradualmente até que se chegue a descrição do todo. São
essas características que estabeleceram o ponto de partida da pesquisa científica.
3.1. Tipo de Pesquisa
Este capítulo tem por objectivo descrever detalhadamente o tipo de pesquisa, usado,
bem como o método aplicado para realizar esta abordagem.
58
A pesquisa realizada classifica-se como qualitativo e exploratório, com a finalidade de
justificar a forma como foi elaborado este estudo com objectivo de mensurar e qualificar as
respostas dos entrevistados e obter dados que vão confirmar ou contestar as hipóteses iniciais.
Nesse contexto, Gil (2010) explica que a pesquisa qualitativa e exploratório visa
proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a
construir hipóteses, possibilitando o pesquisador maior liberdade no planeamento dos
aspectos a serem estudados.
O estudo exploratório se caracteriza pela necessidade de se familiarizar melhor com o
problema, objectivando a sua compreensão, de realçar que estamos perante uma amostra não
aleatória.
As variáveis são vistas como um conjunto total de elementos, sobre os quais se vai
debruçar a investigação. Desta forma, as variáveis a abordar neste estudo é constituída pelas
Instituições Privadas de Ensino Superior em Angola (Universidades e Institutos Superiores).
Nas pesquisas é muito frequente trabalhar com amostra de elementos, isto é, com uma
pequena parte dos elementos que compõem o universo. Gil (2014) descreve o termo universo
ou população como um conjunto definido de elementos que possuem pelo menos uma
característica em comum, para o meu estudo é a Universidade Metodista de Angola é um
estabelecimento de ensino superior universitário privado, tutelado pelo Ministério do Ensino
Superior e Ciência e Tecnologia e instituído pelo Decreto nº 30/07, de 7 de Maio, e de que é
titular a Sociedade Universidade Metodista de Angola, S.A. (entidade instituidora).
A responsabilidade educacional e a responsabilidade social são ênfases que a UMA
confere ao seu processo de formação de estudantes, tal que estes se envolvam e as
desenvolvam em suas actividades quotidianas.
Na abordagem qualitativa de natureza exploratória usada, a revisão teórica apresentada
ao longo do capítulo 2, permite dar conta de alguma diversidade em termos de procedimentos
metodológicos seguidos na investigação em torno da aprendizagem, da excelência e do
desempenho.
59
Para se alcançar os objectivos desta pesquisa, este trabalho ocorreu de forma
exploratória, com abordagem qualitativa de carácter exploratório, com estudo de caso, e com
pesquisas bibliográficas. Buscou-se através da pesquisa identificar os principais riscos e
benefícios da Cloud Computing para as Universidades Privadas de Angola, através de dados
colectados junto as Instituições.
3.2. Pesquisa Bibliográfica
Para Oliveira e Gil (2007), a pesquisa bibliográfica é o estudo e análise de documentos de
domínio científico tais como livros, periódicos, enciclopédias, ensaios críticos, dicionários e
artigos científicos, sendo a principal finalidade proporcionar aos pesquisadores o contacto
directo com obras, artigos ou documentos que tratem do tema em estudo.
Primeiramente, foi efectuada a revisão de literatura especializada, com o objectivo de
contextualizar o tema. Buscou-se à metodologia exploratória, através de pesquisa documental,
a fim de se obterem opiniões de especialistas e informação relativamente ao uso da Cloud
Computing nas Instituições de Ensino Superior (IES) bem como algumas conversais formais
com especialistas na área.
Depois para a análise bibliográfica foram usadas como referências os livros de Andrew S.
Tanembaum, artigos e revistas científicas nacionais e internacionais como a RAEU (Revista
Angola de Extensão Universitária) e em bibliotecas científicas digital como a Scientific
Electronic Library Online, o Google Académico e a BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de
Teses e Dissertações).As teses e dissertações foram consideradas por serem importantes
recursos de informação científica e tecnológica que podem auxiliar no desenvolvimento de
novas pesquisas. Esta análise esta mais referenciada na revisão da literatura e na colecta de
dados. Foi ainda usado para esta pesquisa artigos que abordam como criar um questionário e
sobre a sua utilização em cloud computing ea utilizadores de computadores em organizações.
Feita esta análise bibliográfica os resultados da entrevista e das respostas obtidas através dos
questionários temos os resultados descritos nas tabelas (APÊNDICE 3).
60
3.3. Colecta dos Dados
Neste capítulo foram apresentados os principais aspectos a ter em conta
relativamente ao método utilizado na colecta de dados.Na colecta de dados utilizaram-se
como instrumentos: levantamento documental, entrevistas informais (só para se ter uma
percepção) e um questionário submetido aos técnicos da área de TIC, observação directa de
informação em diferentes sistemas de informação das Instituições de Ensino Superior
Para Marconi e Lakatos (2005), os questionários apresentam vantagens e
desvantagens, a ver: a escolha do questionário como instrumento de inquisição a um
determinado número de pessoas apresenta vantagens e desvantagens relativas à sua aplicação.
A aplicação de um inquérito por questionário possibilitou uma maior sistematização
dos resultados fornecidos, permitiu uma maior facilidade de análise bem como reduziu o
tempo que seria necessário despender para colecta e analisar os dados. Este método de
inquirir apresenta ainda vantagens relacionadas com o custo, sendo este menor.
Se por um lado a aplicação de questionários é vantajosa, esta aplicação apresenta
também desvantagens ao nível da dificuldade de concepção, pois é necessário ter em conta
vários parâmetros tais como: a quem se vai aplicar, o tipo de questões a incluir, o tipo de
respostas que se pretende e o tema abordado.
O questionário elaborado incluiu cinco grupos de perguntas:
 Informações gerais.
 Grau de satisfação do sistema.
 Níveis de adopção da Cloud Computing.
 Nível de conhecimento da Cloud Computing.
 Sobre a adopção da Cloud Computing.
61
Os elementos de amostra foram feitos recorrendo ao critério de acessibilidade dos
respondentes e a dimensão final de nove (22% do sexo feminino e 78% do sexo masculino)
questionários, resulta da aplicação da escala de Likert (Amaro, Póvoa & Macedo 2005), em
conjugação com a percepção de saturação dos tipos de resposta. Os questionários foram
enviados via correio electrónico e a análise estatística das questões fechadas foi feita através
do Microsoft Office Excel2010 como suporte para análise estatístico dos dados.
O estudo empírico foi realizado através da aplicação de um questionário a uma
amostra retirado do universo de avaliações efectuado nas diversas IES em Angola.
3.4. Análise dos Dados
A primeira etapa do processo constituiu na construção de um questionário. Segundo
Aaker (2001), é considerada uma “arte imperfeita”, pois não existem procedimentos exactos
que garantam que seus objectivos de medição sejam alcançados com boa qualidade.
Um dos instrumentos de colecta de dados desta tese são as entrevistas exploratórias
mediante o preenchimento do questionário de colecta de dados. Este foi dividido em cinco
partes principais: a primeira incidiu nas Informações Gerais, segunda contemplou questões
relativas ao Grau de Satisfação do Sistema de Gestão da Instituição, terceiro, sobre os níveis
de adopção, quarto Níveis de Conhecimento dos serviços da Cloud Computing e quinto Sobre
a Adopção da Cloud Computing.
Quanto a lei, normas e documentos, a Universidade Metodista ainda não possui um
instrumento próprio, visto que a adopção da Cloud Computing em Angola ainda está num
período embrionário, muito embora o país possuir já uma legislação sobre o uso da mesma
(PUBLICADO NO DIÁRIO DA REPÚBLICA, I SÉRIE, N.º 41, DE 2 DE ABRIL), (ver
ANEXO).
Os resultados obtidos com cada artigo, documento ou livro como planejar o processo
de implantação da Cloud Computing em fases e etapas bem definidas, avaliar o nível de
62
maturidade da instituição para a adopção da cloud, definir modelo de implantação (privada,
publica, híbrida ou comunitária), seleccionar os modelos de serviço a serem apresentados
(IaaS, PaaS, SaaS) entre outros assunto, foi brevemente avaliado com objectivo de definir
quais resultados seriam utilizados nas próximas fases, além de excluir artigos duplicados ou
conteúdos muito fraco. Ao final, foi criado planilhas e gráficos com as informações extraídas,
como por exemplo, números de artigos relevantes por ano, entre outros. Os resultados foram
filtrados com o intuito de extrair apenas artigos que realmente estão relacionados ao uso de
Cloud Computing nas Instituições, com assuntos como vantagens, tolerância a falhas,
flexibilidade em cloud entre outros.
As escalas propostas para o questionário resultaram de uma revisão da literatura
abrangente nas áreas de TI. Para medir, os constructores do modelo de investigação, foram
utilizadas escalas de Likert de 5 pontos (1 – discordo totalmente a 5 – concordo totalmente).
A segunda etapa da análise dos dados foi realizada pela colecta de informações do
questionário elaborado com a distribuição e envio aos especialistas nas áreas de TI, onde
foram importados e colocados na plataforma escolhida (planilha do EXCEL), as respostas
obtidas da planilha ofereceram o resumo das informações em formato de gráfico. No entanto,
a maioria dos gráficos, tabelas e quadros que serão apresentados nas próximas secções, são de
elaboração própria, e são desenvolvidos através de um sistema de tabulação informatizado,
nesse caso, utilizando uma planilha electrónica, o software Microsoft Excel, que forneceu os
recursos necessários à confecção dos instrumentos de análise e interpretação.
Neste trabalho usou-se a folha de cálculo do Excel, ou arquivos de texto Word para
organização e tratamento dos dados colectados, mas pode-se adaptar a outras soluções de
software.
Na etapa final foi avaliado as causas e consequências do não uso dos recursos da Cloud
Computing em ambientes de TI. Para tanto, a ferramenta foi elaborada utilizando o software
Microsoft Excel pela facilidade no registo de informações em planilhas e para os cálculos
necessários durante o processo bem como para o processamento dos dados estatísticos.
63
3.4.1. Conceção e aplicação do questionário
Em Julho de 2019, foi colocado de forma definitiva o questionário. Para o
preenchimento do questionário foram feitas através do correio electrónico e contacto verbal.
A mensagem enviada através do correio electrónico criada para o efeito, deixava claro o que
era pretendido com este inquérito, onde estava inserido e qual a motivação.
Foi enviado questionários com as abordagens nas IES em Angola, que estão usando a
Cloud Computing, bem como as que não estão ainda usando e elas foram capazes de dar
respostas dos benefícios que que se pode obter ao adoptar a Cloud Computing.
O objectivo desta abordagem foi ter o ponto de vista das Universidades Privadas em
Angola saber o também o grau de conhecimento e aplicabilidade dos recursos oferecidos pela
Cloud Computing e sobre o que é essa tecnologia, tão dinâmica e actuante pode oferece, quais
benefícios eles oferecem às Instituições e quais são as desvantagens de acordo com eles,
falando sobre requisitos de custo e segurança, mediante uma carta de compromisso.
(APÊNDICE 2).
A pesquisa realizada classifica-se como exploratória, tem como objetivo colectar
informações sobre a utilização da Cloud Computing por parte das IES em Angola.
O objectivo aqui é descrever detalhadamente o procedimento realizado nesta pesquisa,
com a finalidade de justificar a forma como foi elaborado este estudo. Contudo para esta
pesquisa foi usado os seguintes itens para avaliação:
 Avaliar o nível de conhecimento do Cloud Computing por parte das IES em Angola.
 Avaliar quais os principais serviços de Cloud Computing que são utilizados nas IES
em Angola.
 Avaliar qual o tipo de Cloud mais utilizada nas IES em Angola.
 Avaliar os principais benefícios que as IES em Angola podem tirar com a adopção da
Cloud Computing.
64
 Avaliar qual a camada de serviços Cloud Computing é mais utilizada nas IES em
Angola.
 Avaliar quais as principais barreiras para as organizações aderirem ao Cloud
Computing.
65
4. COLECTA E ANÁLISE DOS DADOS
4.1. Apresentação dos Dados Coletados
O resultado e a análise dos dados constituem uma etapa de grande relevância neste
trabalho. É durante esta fase que as respostas das Instituições serão analisadas, quantificadas e
interpretadas, logo serão apresentados os resultados obtidos a partir da análise cuidada das
respostas ao questionário submetido. Indicar-se-á, especificamente, quais as questões cujos
resultados estarão a ser expostos através de uma representação gráfica.
É de referir que para a apresentação dos resultados optou-se pela representação gráfica
dos mesmos, utilizando para o efeito os gráficos de barras e circulares.
Neste capítulo são apresentados os resultados da análise e a interpretação dos dados
colectados, através do instrumento de colecta de dados aplicado a (nove) 9 IES em Luanda.
Para a colecta de dados foram utilizadas fontes primárias, contendo os dados
resultantes das entrevistas em profundidade e fontes secundárias, compostas por documentos
das empresas, obtidos directamente com os entrevistados ou através dos sites das
organizações.
Em relação a montagem dos instrumentos de colecta de dados, decidiu-se inicialmente
considerar os quesitos de satisfação utilizados na pesquisa de avaliação da satisfação dos
inquiridos pelo questionário.
O questionário elaborado previamente, cujo modelo será apresentado (APÊNDICE 3),
onde os responsáveis dos serviços de TI deveriam preencher os itens de satisfação
considerados mais importantes para análise. Utilizou-se a escala de cinco pontos (discordo,
discordo parcialmente, não concordo nem discordo, concordo parcialmente e concordo
totalmente para alguns casos).
66
Feita a colectados dos dados que foram por meio de um questionário elaborado usou-
se a ferramenta Excel do Microsoft Word, que é uma parte dum conjunto de aplicativos que a
compõem. Esta ferramenta, apesar de simples, permite a elaboração de gráficos comparativos
com diversos tipos de questões. Os resultados são armazenados em uma planilha do Excel que
pode ser exportada para o formato do Word.
Para Carlos Gil (Gil, 1987) destaca as seguintes vantagens dum questionário.
 Possibilita atingir um grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas numa
área geográfica muito extensa, já que o questionário pode ser enviado pelo correio.
 Implica menores gastos com pessoal, posto que o questionário não exige o
treinamento dos pesquisadores;
 Garante o anonimato das respostas.
 Permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem mais conveniente;
 Não expõem os pesquisados à influência das opiniões e do aspecto pessoal do
entrevistado.
Já as desvantagens podem ser:
 Exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas circunstâncias,
conduz a graves deformações nos resultados da investigação.
 Impede o auxílio ao informante quando este não entende correctamente as instruções
ou perguntas;
 Impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido, o que pode ser
importante na avaliação da qualidade das respostas.
 Não oferece a garantia de que as maiorias das pessoas o devolvam devidamente
preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da representatividade da
amostra.
67
 Envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é sabido
que questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não serem
respondidos.
 Proporciona resultados bastante críticos em relação à objectividade, pois os itens
podem ter significado diferente para cada sujeito pesquisado.
4.2. Análise dos Dados Coletados
Critério 01 – Informações Gerais
Nas informações gerais e nesta tabela foram apresentadas as variáveis (Idade, natureza
jurídica da Instituição e a satisfação tecnológica) para depois ter uma apreciação dos técnicos
e que utilizam as TI.
No processo de aplicação de um inquérito sobre Cloud Computing por meio de um
questionário possibilitou uma maior sistematização dos resultados fornecidos, permitiu uma
maior facilidade de análise bem como reduziu o tempo que era necessário despender para
recolher e analisar os dados. Este método de inquirir apresentou ainda vantagens relacionadas
com o custo, sendo este menor.
Os processadores de texto, planilhas e apresentações são soluções que, sob a
abordagem de Cloud Computing me possibilitaram o compartilhamento em um mesmo
documento e o trabalho distribuído em documentos que foram enviados aos inquiridos num
total de quinze IES das quais nove responderam o questionário satisfatoriamente. Os
questionários fornecem respostas escritas a questões previamente fornecidas.
Na primeira questão buscou-se fazer um quadro resumido do primeiro critério de
avaliação. A análise da variável Idades mostrou maior percentagem na faixa dos 20 a 30 anos
com 56%, dando a entender que muitos jovens começam a assumir a gestão de TI nas
Instituições, os de 31 a 40 com 22% e 41 a 50 com 22% respectivamente.
Na variável Sexo tem-se 78% masculino contra 22% feminino.
68
Quanto a variável Natureza jurídica da Sua Instituição, 64% das IES questionadas são
de Sociedade Anónima.
Na variável Tecnologia satisfaz as necessidades da Instituição, todos responderam que
as mesmas satisfazem as necessidades pelo que foi de 100%.
Quadro 3: Informações gerais (Fonte: Dados da Pesquisa).
Variável
Idades
De 20 a 30 anos 5 (56%)
De 31 a 40 anos 2 (22%)
De 41 a mais de 50
anos
2 (22%)
Sexo Masculino 7 (78%)
Feminino 2 (22%)
Natureza jurídica da
Sua Instituição
Sociedade Anônima 4 (64%)
Demais Empresas 1 (17%)
Fundação/ Instituto 0 (0%)
Outro 1 (16%)
Tecnologia satisfaz as
necessidades da
Instituição
Sim 9 (100%)
Não 0 (0%)
69
Responderam a este questionário 9 pessoas especialistas em TI. As respostas deste
questionário foram partilhadas num documento do Microsoft Office Word para público-alvo.
Os gráficos apresentados resultam do tratamento numa folha de cálculo Excel também do
Microsoft Office obtida por exportação.
Este gráfico permite observar que a população Masculina está em relativa maioria,
com 78% da população que responderam o questionário. A população feminina representa
22% dos indivíduos questionados, estando representados em minoria.
Gráfico - 2 Distribuição quanto ao sexo dos questionados (Fonte: Dados da Pesquisa).
O potencial da Cloud Computing para a geração de empregos e desenvolvimento
económico tem sido objecto de muitos estudos ao longo dos últimos anos, e as expectativas
quanto à sua capacidade mostram-se cada vez mais promissoras para as Instituições que
deseja dinamizar seu serviço, diminuir recurso e gastos económicos.
Para o caso em estudo se apresenta 67% das Instituições do Ensino Superior em
Angola são de Sociedade Anónima o que espelha um avanço no uso dos recursos que a Cloud
pode oferecer. Outros como Fundação/Instituto com 0%, Demais Empresas com 16% e outros
com 17%.
70
Gráfico - 3 Natureza Jurídica das Instituições (Fonte: Dados da Pesquisa).
A tecnologia tem dominado muitos jovens. Pelo gráfico 5 é possível verificar que o
intervalo de idades dos inquiridos situa-se na sua grande maioria entre os 20 – 30 anos, 22%
no intervalo 31-40 e a mesma percentagem no intervalo 41-50, o que mostra que há um
número grande de jovens a liderarem as TI em muitas Instituições.
Gráfico - 4 Tipo de Natureza Jurídica das Instituições (Fonte: Dados da Pesquisa).
71
Todos os questionados responderam que sim, concordam com os equipamentos postos
a disposição pelas Instituições onde funcionam.
Gráfico - 5 Grau de Satisfação tecnológica (Fonte: Dados da Pesquisa).
Critério 02 – Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição
Para DeLone e McLean, (2003), a dimensão Satisfação do Utilizador, considera-se
como a convicção que os utilizadores têm acerca de aplicação específica responder ou não às
suas necessidades, ela é sobretudo provavelmente a variável mais importante utilizada para
medir o sucesso do sistema de informação.
No gráfico 6 relativos ao grau de satisfação da Instituição podem-se constatar que a
satisfação em usar os serviços Cloud é grande, não obstante ainda muitas Instituições estão
insatisfeitas pelo facto de não, terem o conhecimento de Cloud e alguma dificuldade no
processo de adopção, em alguns casos os questionados alegaram o fraco investimento em
novas tecnologias por parte de algumas instituições tem dificultado uma boa prestação de
serviço.
72
Quadro 4: Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição (Fonte: Dados da
Pesquisa).
Nº Indicador
Grau de Satisfação O que
falta
para
que o
seu
grau de
satisfaç
ão seja
5?
Muit
o
insat
isfeit
o
Insatis
feito
Pouco
satisfe
ito
Satisfe
ito
Muit
o
satisf
eito
1. Modo de prestação do serviço 1 1 5 2
2. Tempo de resposta às solicitações 1 3 4 1
3. Cortesia no atendimento 1 3 4 1
4. Acessibilidade à informação 2 2 3 2
5. Qualidade da Informação disponibilizada 3 1 2 3
6. Meios expeditos na prestação do serviço 1 2 3 3
7. O tempo de carga da página é aceitável. 1 1 4 3
8.
O tempo de resposta as dúvidas
sãoaceitáveis
2 4 3
9. A página é atraente 1 3 3 2
10.
A resolução da página e os textos são
2 3 4
73
bons
11. Todos os conteúdos são organizados 5 1 3
12.
Acesso à Internet via Rede sem fio (Wi-
Fi)
1 3 2 3
13.
Se sente capaz de utilizar as ferramentas
disponibilizadas pelos serviços informáti-
cos.
1 2 6
14 Dominas o navegador padronizado. 1 8
15
O sistema está disponível quando tentas
utilizá-lo.
1 2 6
16 Estou seguro ao utilizar o sistema. 1 2 6
17 Acesso a informação sem muitos clicks. 1 2 2 4
18 Soma Total dos Indicadores (%)
2
(1%)
17
(11%)
25
(16%)
48
(32%)
61
(40
%)
74
Gráfico -6 Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição (Fonte: Dados da
Pesquisa)
Critério 03 – Sobre os níveis de adopção da Cloud Computing
No Critério 03 Sobre os níveis de adopção dos serviços Cloud Computing o número de
questionados em Concordo parcialmente e Concordo totalmente representam um maioritário
das respostas, o indicador Discordo não obteve qualquer resposta, que se torna discutível são
os motivos que levam a não adopção da Cloud na maior parte dos indicadores anteriores com
percentagens muito abaixo de utilização.
Quadro 5: Sobre os níveis de adopção da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa).
Nº Indicador
Níveis de Adopção
O que
falta
para
atingi
r 5?
Disc
ordo
Disc
ordo
parci
alme
nte
Não
conco
rdo
nem
discor
Conco
rdo
parcia
lment
e
Conco
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totalm
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Trabalho final d3

  • 1. ÁREA DE MESTRADO EM DIREÇÃO ESTRATÉGICA EM ENGENHARIA DE SOFTWARE AVALIAÇÃO DO USO DE CLOUD COMPUTING NAS UNIVERSIDADES PRIVADAS EM ANGOLA: CASO DE USO UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA Trabalho de tese para obtenção do grau de Mestre em Direcção Estratégica em Tecnologias da Informação, Especialista em Engenharia de Software Apresentado por: António Domingos da Silva Agostinho AOMDEISW2864553 Orientador: Prof. Dr. Roberto Fabiano Fernandes Barcelona, Espanha 2021
  • 2. i AGRADECIMENTOS A Deus, por me dar forças para continuar e me mostrando que devo esquecer-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que estão adiante de mim. Aos meus pais, Domingos Adão Agostinho e Domingas Agostinho da Silva (in memória), pelo amor, carinho, dedicação e apoio, por me incentivarem aos estudos, e por não se cansarem em orar por mim. As minhas filhas Ruth, Gemima, Noemi, Mirian, pela animação, incentivo e suportes constantes, apoio incondicional, transformado em amor, compreensão, paciência, afeto, enfim, nada deste projeto e momento da minha vida teriam sido possível. Aos meus filhos Balala, Miriãn, Noemi, Gemima e Ruth com amor. A minha esposa Ana Osório Agostinho pela dedicação e pela ajuda, força e apoio sempre que pensei desistir. Ao meu amigo e companheiro o Doutor Inácio Luís Neto. Aos funcionários da Universidade Metodista de Angola, ao Euclides Mereles, Francisco João Cangundo (in memória). Ao professor e orientador Roberto Fabiano Fernandes, por todo o conhecimento compartilhado, quero acreditar que fui digno da sua confiança. Por último, gostava de agradecer a todos aqueles que não foram aqui mencionados, mas que de alguma forma também contribuíram para a elaboração deste trabalho. A todos, os meus sinceros agradecimentos.
  • 3. ii COMPROMISSO DO AUTOR Eu, António Domingos da Silva Agostinho, com identidade número AOMDEISW2864553, aluno do programa académico de Mestre em Direção Estratégica em Tecnologias da Informação, Especialista em Engenharia de Software da Universidad Europea del Atlántico declaro que o conteúdo do trabalho intitulado: Avaliação Do Uso De Cloud Computing Nas Universidades Privadas Em Angola: Caso De Uso Universidade Metodista De Angola, é reflexo de meu trabalho pessoal e manifesto que perante qualquer notificação de plágio, cópia ou falta em relação à fonte original, sou directamente o responsável legal, económico e administrativamente, isentando o Orientador, a Universidade e as instituições que colaboraram com o desenvolvimento deste trabalho, assumindo as consequências derivadas de tais práticas. Assinatura:
  • 4. iii A Fundação Universitária Iberoamericana – FUNIBER Att: Direcção Académica Venho por meio desta, autorizar a publicação electrónica da versão aprovada de meu Projecto Final com título Avaliação do uso de Cloud Computing nas Universidades Privadas em Angola: Caso de uso Universidade Metodista de Angola no Campus Virtual e em outras mídias de divulgação electrónica desta Instituição. Informo abaixo os dados para descrição do trabalho: Título: Avaliação do uso de Cloud Computing nas Universidades Privadas em Angola: Caso de uso Universidade Metodista de Angola Autor: António Domingos da Silva Agostinho, orientador Prof. Dr. Roberto Fabiano Fernandes Resumo Máximo de 60 palavras Programa Especificar se é programa de mestrado ou especialização. Ex: Especialização em Gestão e Auditoria Ambiental Palavras- chave Cloud Computing, Virtualização, Internet. Contato antoniobalala@gmail.com / antonio.agostinho@uma.co.ao . Atenciosamente,
  • 5. iv RESUMO O tema sobre Cloud Computing, expressa uma forma de armazenamento e disponibilização de informações e tem despertado muito interesse por parte das instituições pelo seu potencial em alterar significativamente os investimentos em infra-estrutura de Tecnologia da Informação (TI). A Cloud Computing surge como um novo paradigma na implantação de aplicações em que os recursos computacionais são fornecidos como um serviço através de uma conexão de rede, onde a tecnologia de virtualização para a optimização dos recursos tem tomado lugar de destaque, e onde as novas possibilidades de serviços baseados em Cloud estão apoiadas fortemente na sólida base que consiste a tecnologia de virtualização. O objetivo geral desta pesquisa é avaliar o uso da Cloud Computingpor parte das Universidades Públicas de Angola através de duas perspectivas: por parte da adopção nas Instituições de ensino superior, bem como o seu conhecimento. Como principais enfoques teóricos abordou-se num aspecto quantitativo que sustentam a abordagem do problema pesquisado e a necessidade da adopção da Cloud Computing por parte das Instituições. Eu diria que, o Cloud Computing é a capacidade de executarmos processos por meio da internet, sem a necessidade de instalação de programas ou de download de arquivos para o computador. Assim todas as tarefas e arquivos compartilhados ficam alocados e trabalham a partir de servidores online geridos por uma companhia, como por exemplo o Google e Microsoft, e ainda. Como metodologia utilizada, foi um estudo qualitativo e realizado da forma exploratória, tendo-se recorrido os dados mediante um questionário como instrumento adequado para se fazer uma avaliação do uso da Cloud Computing, onde foram recolhidas nove intervenções que serviu de amostra. Realizou-se uma análise descritiva dos resultados mediante gráfico numa planilha do Excel. Os resultados mostram, que podem não resolver o problema, mas trazer benefícios as Instituições. Este trabalho procura os benéficos, explora uma maneira de ajuda a dinamizar os serviços bem como otimizar recursos. Palavras-chave:Cloud Computing, Adopção, Virtualização, Internet
  • 6. v ABSTRACT The theme of Cloud Computing expresses a way of storing and making available information and has attracted a lot of interest from institutions for its potential to significantly change investments in Information Technology (IT) infrastructure. Cloud computing emerges as a new paradigm in deploying applications where computing resources are delivered as a service over a network connection, where virtualization technology for resource optimization has taken a prominent place, and where new possibilities Cloud-based services are heavily supported by the solid foundation of virtualization technology. The general objective of this research is to evaluate the use of Cloud Computing by the Public Universities of Angola through two perspectives: by the adoption in the Higher Education Institutions, as well as their knowledge. As main theoretical approaches, the Institutions approached it in a quantitative aspect that support the approach of the researched problem and the necessity of the adoption of Cloud Computing. I would say that Cloud Computing is the ability to execute processes over the internet without the need to install programs or download files to the computer.Thus all shared tasks and files are allocated and work from online servers managed by a company, such as Google and Microsoft, and yet.As an applied methodology, an empirical study was conducted in an exploratory way, using the data through a questionnaire as an appropriate instrument to make an assessment of the use of Cloud Computing, where nine interventions were collected as a sample. A descriptive analysis of the results was performed by graphing in an Excel spreadsheet.The results show that they may not solve the problem, but bring benefits to the institutions. This paper looks for the benefits, explores a way to help streamline services as well as optimize resources. Keywords:Cloud Computing, Adoption, Virtualization, Internet.
  • 7. vi ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1: Exemplos de segmentos e provedores de cloud pública (Fonte: elaboração própria). 29 Quadro 2: Comparativo entre algumas plataformas da Cloud Computing 40 Quadro 3: Informações gerais (Fonte: Dados da Pesquisa). 68 Quadro 4: Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição (Fonte: Dados da Pesquisa) 72 Quadro 5: Sobre os níveis de adopção da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa) 74 Quadro 6: Nível de conhecimento dos serviços da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa) 76 Quadro 7: Sobre adopção da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa) 78
  • 8. vii LISTA DE GRÁFICOS Gráfico - 1 Usuários mundiais de internet por regiões 26 Gráfico - 3 Distribuição quanto ao sexo dos questionados (Fonte: Dados da Pesquisa). 69 Gráfico - 4 Natureza Jurídica das Instituições (Fonte: Dados da Pesquisa). 70 Gráfico - 5 Tipo de Natureza Jurídica das Instituições (Fonte: Dados da Pesquisa). 70 Gráfico - 6 Grau de Satisfação tecnológica (Fonte: Dados da Pesquisa). 71 Gráfico - 7 Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição (Fonte: Dados da Pesquisa) 74 Gráfico - 8 Sobre os níveis de adopção da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa). 76 Gráfico - 9 Nível de conhecimento dos serviços da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa) 78 Gráfico - 10 Sobre adopção da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa) 80
  • 9. viii LISTA DE FIGURAS Figura 1: Modelo de serviço em Cloud Computing 21 Figura 2: Modelo de serviço em Cloud Computing 22 Figura 3: Uma solução para o Modelo em PaaS 23 Figura 4: Principais Tipos de Serviços da Cloud Computing 24 Figura 6: Divisão de responsabilidades entre cliente e fornecedor de cloud 31 Figura 7: Interface da Amazon Web Services 33 Figura 8: Regiões da Amazon Web Services 34 Figura 9: Interface da Google App Engine 35 Figura 10: Arquitetura Google App Engine 36 Figura 11: Arquitetura do Eucalipto 38 Figura 12: Plataforma de Serviço com Azure 39 Figura 13: Infraestrutura de Virtualização de Desktops 44 Figura 14:Arquitetura do datacenter baseado em Cluster 45 Figura 15: Computadores em Clusters 47 Figura 16: Algumas Vantagens dos Serviços em Cloud 48 Figura 17: Aplicação multi-tenant (base única) 51 Figura 18: Aplicação single-tenant 52
  • 10. ix LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Neste documento será apresentado uma lista de abreviaturas e siglas de cada um dos capítulos. As siglas, enquanto abreviaturas de designações comuns, apresentadas na sua primeira utilização e empregues ao longo de todo o documento são: AWS Amazon Web Services BDTD Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações GAE Google App Engine GPS Global Positioning System IaaS Infrastructure as a Service IES Instituição de Ensino Superior PaaS Platform as a Service RAEU Revista Angola de Extensão Universitária SaaS Software as a Service SciELO Scientific Electronic Library Online SO Sistemas Operacionais TIC Tecnologia de Informação Comunicação UMA Universidade Metodista de Angola VDI Virtual Desktop Infrastructure VMM Monitor de Máquina Virtual
  • 11. x VMs Virtual Machines (Máquinas Virtuais) WL Web Logic
  • 12. xi SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................15 1.1. Área de pesquisa e contextualização....................................................................................................16 1.2. Problema de pesquisa...........................................................................................................................17 1.3. Justificativa ..........................................................................................................................................17 1.4. Objetivo geral.......................................................................................................................................18 1.5. Objetivos específicos............................................................................................................................18 1.6. Resultados esperados............................................................................................................................18 1.7. Estrutura da Dissertação.......................................................................................................................19 2. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................................20 2.1. Modelos de serviços da Cloud Computing...........................................................................................20 2.1.1. Software como um serviço (SaaS)........................................................................................21 2.1.2. Plataforma como um serviço (PaaS)....................................................................................22 2.1.3. Infraestrutura como um serviço (IaaS) ................................................................................23 2.2. Internet e seu Enquadramento..............................................................................................................25 2.3. Arquitetura da Cloud Computing .........................................................................................................27 2.4. Modelos de implantação da Cloud Computing ....................................................................................28 2.4.1. Cloud Pública e Privada......................................................................................................28 2.4.2. Cloud Comunitária...............................................................................................................30 2.4.3. Cloud Híbrida ......................................................................................................................30 2.4.4. Vantagens do Uso de um dos Modelo de Cloud Computing................................................32 2.4.5. Amazon Elastic Compute Cloud (Amazon EC2) ..................................................................33 2.4.6. Google App Engine ..............................................................................................................35 2.4.7. Microsoft Live Mesh.............................................................................................................36
  • 13. xii 2.4.8. Eucalyptus............................................................................................................................37 2.4.9. Microsoft Azure....................................................................................................................38 2.4.10. OneDrive..............................................................................................................................40 2.4.11. Dropbox................................................................................................................................40 2.5. Virtualização ........................................................................................................................................41 2.5.1. Virtualização de Desktops em Datacenter ...........................................................................43 2.5.2. Tipos mais comuns de virtualização ....................................................................................44 2.5.3. Clusterização........................................................................................................................46 2.6. Benefíciose Impulsionadores na Adopção da Cloud Computing.........................................................47 2.6.1. Introdução............................................................................................................................47 2.7. Trabalhos Relacionados .......................................................................................................................54 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA ..............................................................57 3.1. Tipo de Pesquisa...................................................................................................................................57 3.2. Pesquisa Bibliográfica..........................................................................................................................59 3.3. Colecta dos Dados................................................................................................................................60 3.4. Análise dos Dados................................................................................................................................61 3.4.1. Conceção e aplicação do questionário ................................................................................63 4. COLECTA E ANÁLISE DOS DADOS ..............................................................................................65 4.1. Apresentação dos Dados Coletados .....................................................................................................65 4.2. Análise dos Dados Coletados...............................................................................................................67 Critério 01 – Informações Gerais.................................................................................................................67 Critério 02 – Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição..............................................71 Critério 03 – Sobre os níveis de adopção da Cloud Computing...................................................................74 Critério 04 – Nível de conhecimento dos serviços daCloud Computing......................................................76 Critério 05 – Sobre adopção da Cloud Computing.......................................................................................78 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................................81
  • 14. xiii 5.1. Conclusão.............................................................................................................................................81 5.2. Limitações............................................................................................................................................83 5.3. Sugestões de Pesquisas Futuras............................................................................................................83 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................85 ANEXO........................................................................................................................................................90 APÊNDICE 1...............................................................................................................................................93 APÊNDICE 2...............................................................................................................................................94 APÊNDICE 3...............................................................................................................................................96
  • 15. xiv “A mente que se abre para uma nova ideia, nunca retorna ao seu tamanho original”. Albert Einstein
  • 16. 15 1. INTRODUÇÃO A Cloud Computing tem sido uma das mais influentes tecnologias na área de TIC, ela começou a ganhar força em 2008, mas, conceptualmente, as idéias por trás da denominação existem há muito mais tempo. A Cloud Computing, muitas vezes referida simplesmente como "Cloud", é a entrega de recursos de computação sob demanda tudo, de aplicativos a centros de dados pela Internet, muitas vezes com base em pagamento por uso (IBM, 2005). Cloud Computing está sendo responsável por uma das maiores revoluções ocorridas nos últimos anos na área de Tecnologia da Informação. Os impactos dessa transformação têm crescido e se acelerado, na medida em que a Cloud oferece mais serviços com mais segurança, com maiores recursos e com custos cada vez mais atraentes e competitivos. É uma indústria que definitivamente muda o modo de fazer e ver as coisas na área de TI, e que embora nova já apresenta resultados consolidados, fazendo com que essa opção seja uma decisão segura. Para a realidade Angolana poucas são as organizações que fazem o uso de algumas aplicações ou serviços das Tecnologias de Informação, sendo que a tecnologia em Cloud pode ajudar o crescimento das organizações, que devem sempre optar pela optimização dos seus processos, para que o custo dos mesmos não sejam superiores ao lucro do negócio, por este facto deve-se incentivar a sua aplicação. As principais justificativas para adopção da Cloud Computing são: escalabilidade, custo, agilidade e flexibilidade. Os outros benefícios da Cloud como a redução de investimento, elasticidade, maior rapidez e a agilidade vêm acrescentar vantagens que justificam o seu uso, mas certamente as estaremos utilizando com o fim de rentabilizar o processo de negócio. A complexidade e o volume de dados com os quais o sector de TI tem que lidar em um mercado competitivo caso aplique os recursos da Cloud ajudaram o seu processo de negócio. Esta pesquisa se caracteriza por ser exploratória que se fará ligação entre
  • 17. 16 as organizações e os serviços da Cloud. No entanto, com este projecto de tese tende a incentivar as universidades privadas em Angola a adoptarem as tecnologias oferecidas pela Cloud para facilitarem os seus processos de negócios. 1.1. Área de pesquisa e contextualização De modo a definir o uso da Cloud, para a pesquisa o campo usado foi a Universidade Metodista de Angola (UMA) e as Universidades Privadas de Angola bem como os Institutos Superiores de Angola visto que a necessidade do uso da Cloud justifica o contexto devido o uso das novas TI. O propósito deste trabalho é apresentar uma visão sobre o uso da Cloud Computing por parte das Universidades Privadas de Angola. Abordar-se-á também as diferentes modelos de serviços da Cloud, tipos de nuvens bem como algumas aplicações da Cloud e os protocolos que a estruturam. A pesquisa se delimitara na Universidade Metodista de Angola no pólo de Kinaxixe, localizada na Baixa de Luanda, Rua Nossa Senhora da Muxima, n.º10, com extensão ao pólo de Cacuaco no Campus de Saúde e dos Desportos, e com base na entrevista aos técnicos de informática, bem como aos utilizadores. Inicialmente com o surgimento da Cloud Computing por volta dos anos 90 as informações ganharam mais espaços no seu armazenamento e as questões de segurança foram poucos exigidos porque os ataques reduzidos. Já nos últimos anos as aplicações em Cloud Computing evoluíram para um paradigma de operação mais descentralizado, o que tem facilitado o acesso a múltiplos utilizadores. Paralelamente a isso há o aparecimento de novas tecnologias que tem despertado especial atenção, visto que podem ser encaradas como uma solução para fazer face aos aumentos de consumo, bem como pelos serviços auxiliares de sistema que podem oferecer. Neste contexto, o paradigma de acesso da Cloud Computing atingiu um desenvolvimento tal que vai exigindo
  • 18. 17 assim maior segurança. Nesse contexto, visto que na Cloud Computing o tráfego não é confinado, porque não é necessáriauma infraestrutura física local deve-se garantir a integridade, autenticidade das informações com grande preocupação. 1.2. Problema de pesquisa A presente pesquisa tem como objectivo avaliar nas Universidades privadas em Angola sobre o uso dos recursos oferecido pela Cloud Computing onde a questão para facilitar o processo de avaliação será: que serviços de Cloud Computing podem oferecer as Universidades em Angola e que impacto terão no mercado? 1.3. Justificativa Sendo a Cloud Computing um novo e grande desafio para as TIC, surge a necessidade de dar um novo paradigma as Universidades Privadas em Angola quanto a sua forma de acesso e segurança da informação, por isso a motivação na elaboração deste projecto associa- se a uma mudança no modelo de fornecimento de serviços de TI, levando em consideração que o processo de investigação em muitas Universidades estar numa fase embrionária, este estudo tem também como alvo, fornecer as Universidades as ferramentas para muitos estudos e pesquisas, dando novas oportunidades e únicas de progredir e ajudar a quebrar alguns dos actuais paradigmas da computação, impacto no modo de desenvolver softwares e gerir recursos computacionais. Como ela, envolve temas como gerenciamento de recursos em larga escala, optimizações do consumo de energia eléctrica, ganhos de qualidade de serviço, segurança, privacidade e novos modelos de negócios. Surge então a necessidades de fazer uma avaliação de como está a utilização desta ferramenta nas Universidades Privadas em Angola.
  • 19. 18 1.4. Objetivo geral Avaliar o uso da tecnologia Cloud Computingpor parte das Universidades Públicas angolanas. 1.5. Objetivos específicos  Identificar a aplicação dos ambientes disponíveis em Cloud Computing nas Universidades.  Analisar as potencialidades que os aplicativos da Cloud Computing podem contribuir para o desenvolvimento tecnológico das Universidades em Angola.  Analisar o processo de uso da Cloud no meio académico.  Demonstrar os resultados obtidos na adopção da Cloud Computing.  Utilizar ferramentas de Cloud Computing já existentes para virtualização capacidade dos servidores físicos e de sistemas operacionais. 1.6. Resultados esperados Com a elaboração deste trabalho de tese espera-se uma investigação sobre a utilização da Cloud em Universidades Privadas em Angola num conceito sobre o acesso à informação, tomando como pontos de referência o estudo e revisão bibliográfica e estudo de investigações já realizadas, bem com entrevistas aos técnicos nas áreas de TI. Para além disso, a investigação tem também por objectivo, dar a contribuição para outros terem um ponto de partida para a realização de investigações futuras visando o estudo da eficácia da utilização desta tecnologia em Universidades Privadas em Angola.
  • 20. 19 Pretende-se também mostrar com esse trabalho de dissertação, resultados que possam estimular as instituições à adopção da Cloud para gestão dos seus processos de negócios. 1.7. Estrutura da Dissertação O presente documento está estruturado em seis capítulos. No capítulo 1, em que se faz uma Introdução ao tema em análise, o problema da pesquisa, motivação para resolver os objectivos, passando pelos resultados esperados, e por último a estrutura da dissertação. No capítulo 2 abrange os assuntos referentes ao Marco Teórico onde serão abordados temas sobre a Cloud Computing como definição, é demonstrada também a revisão da literatura com os assuntos basilares da dissertação. No capítulo 3 está estruturado com objectivo de explicar os procedimentos metodológicos, os objectivos traçados, bem como a investigação do problema apresentado na tese, as pesquisas adoptadas neste estudo, assim como o método usado. Uma abordagem também dos instrumentos de colecta de dados, de análise e interpretação dos resultados. No capítulo 4 está presente as pesquisas de colecta de dados realizados, desde como foram concebidas até os seus resultados apurados. Nos capítulos 5 e 6 serão apresentados as discussões e conclusões gerais da tese e recomendações para futuros trabalhos.
  • 21. 20 2. REVISÃO DA LITERATURA Simplificadamente, Cloud Computing, se refere à ideia de utilizar, em qualquer lugar e independente de plataforma, as mais variadas aplicações por meio da internet com a mesma facilidade de tê-las instalado em nossos próprios computadores (Alecrim, 2015). A Cloud Computing ou computação em cloud é a entrega da computação como um serviço ao invés de um produto, onde recursos compartilhados, software e informações são fornecidos, permitindo o acesso através de qualquer computador, tablete ou celular conectado à Internet. Uma de suas vantagens é o melhor aproveitamento dos investimentos em hardware. Como a parte mais pesada do processamento fica na “cloud”, o usuário precisa apenas de um navegador e uma boa conexão à internet para utilizar o serviço. Outra vantagem é a elasticidade. Se for necessário mais ou menos espaço para armazenamento, basta solicitar um upgrade, sem precisar da troca dos equipamentos. De modo geral, trata-se de um novo paradigma de computação, cujo objectivo é fornecer disponibilidade, escalabilidade, redução de custos, optimização de recursos e versatilidade na implementação de serviços, abstraindo a localização dos recursos computacionais utilizados para prover esses serviços. 2.1. Modelos de serviços da Cloud Computing A Cloud Computing já é uma realidade em muitas empresas como a melhor opção para servidores e até para a compra de serviços. Apesar de ser uma tecnologia que teve origem em 2006, ainda existem muitas dúvidas com relação ao funcionamento da Cloud Computing. Actualmente, existem três modelos de serviços diferentes: SaaS (Software as a Service), PaaS (Platform as a Service) e IaaS (Infrastructure as a Service). Cada um tem uma função diferente dentro das aplicações de Cloud Computing.
  • 22. 21 Figura 1: Modelo de serviço em Cloud Computing Fonte: Microsoft (2010) 2.1.1. Software como um serviço (SaaS) Os serviços SaaS é a disponibilização de um software como um serviço, em oposição ao modelo tradicional de venda de licenças e unidades. Investir em ferramentas que estejam em consonância com o Cloud Computing pode ser uma solução para empresas que querem deixar a concorrência para trás e destacar-se no mercado, oferecendo entregas ágeis e eficientes para seus clientes (Mather, 2009). Muitos provedores de soluções SaaS, além de oferecerem a opção de personalização, também disponibilizam APIs (interfaces de programação de aplicativo) para possibilitar a integração com outros softwares localizados na cloud ou na rede local. O usuário paga uma assinatura apenas enquanto utiliza o produto. Google Drive e Office 365, São exemplos de aplicações SaaS, Office 365, Creative Cloud, Google Apps, Salesforce, Netflix, Dropbox e a Spotify.
  • 23. 22 Figura 2: Modelo de serviço em Cloud Computing Fonte: Microsoft (2010) 2.1.2. Plataforma como um serviço (PaaS) Neste caso, isso permite ao cliente implantar seu próprio software na cloud e, em seguida, executá-lo na cloud. Isso elimina a necessidade de disponibilizar seus próprios sistemas operacionais e de hardware, economizando assim os custos e despesas gerais administrativas associadas à implantação de software. Os serviços disponibilizados permitem executar numa infra-estrutura em cloud aplicações desenvolvidas ou adquiridas pelos clientes cloud, usando linguagens de programação, ferramentas, livrarias e serviços suportadas pelo fornecedor. O cliente cloud não gere ou controla a infra-estrutura subjacente, incluindo redes, servidores, sistemas operativos ou áreas de armazenamento, mas controla as aplicações desenvolvidas e eventualmente configurações do ambiente de trabalho do sistema de desenvolvimento (Mell, Peter; Grance, Timothy & NIST, 2011). No PaaS, o usuário tem a possibilidade de desenvolver e testar suas próprias aplicações baseadas em diferentes tecnologias e linguagens, além de ter à disposição toda a
  • 24. 23 infra-estrutura necessária e adequada a aplicação desenvolvida — o que elimina uma boa parte dos custos. Essa infra-estrutura inclui servidores, armazenamento e rede, além de ferramentas de desenvolvimento como:  Google AppEngine;  Windows Azure;  Amazon Elastic Compute Cloud (Amazon EC2);  Bungee Connect;  Force.com da Salesforce.  Dropbox Figura 3: Uma solução para o Modelo em PaaS Fonte: Microsoft (2010) 2.1.3. Infraestrutura como um serviço (IaaS) O modelo de infra-estrutura como serviço é a terceirização de servidores e data centers tradicionais para um fornecedor externo que, usualmente, disponibiliza tudo de forma
  • 25. 24 escalável pela cloud. A Amazon Web Services (AWS) e a Microsoft Azure são exemplos disso (Carstensen, 2012). Em contraste com o SaaS e o PaaS, por exemplo, os usuários de IaaS são responsáveis por administrar aplicações, dados, tempo de execução, middleware e sistemas operacionais. Muitos fornecedores de IaaS agora oferecem bancos de dados, filas de mensagens e outros serviços acima da camada de virtualização também (NIST, 2011). Figura 4: Principais Tipos de Serviços da Cloud Computing Fonte: Sosinsky (2011) Em comum com as outras duas formas de cloud de hospedagem (SaaS e PaaS), a IaaS pode ser utilizado por clientes empresariais para criar soluções de TI facilmente escaláveis, nas quais as complexidades e despesas de gestão do hardware subjacente são terceirizadas para o provedor de cloud (Mirashe, 2019). Os custos de manutenção dependem do número de servidores existentes na organização.
  • 26. 25 2.2. Internet e seu Enquadramento A Internet é uma rede de computadores de cobertura mundial que utiliza um protocolo de comunicações denominado TCP/IP-Transmission Control Protocol/Internet Protocol. Este TCP/IP fornece uma linguagem comum que possibilita a interconexão entre redes de computadores, e permite que seja utilizada a tecnologia de comutação de pacotes (vista mais à frente), cuja finalidade é facilitar o transporte de informações. Desde o primeiro momento em que o homem passou a viver em sociedade surgiu à necessidade de se comunicar uns com os outros, para expressarem seus sentimentos e até mesmo sua cultura, por muitas vezes também se comunicavam no intuito de alertarem para algum perigo próximo. Actualmente a tecnologia está presente em todos os sectores da sociedade, é um componente social importante na vida moderna. Segundo Levy (1999), a difusão das aplicações da tecnologia da informação e comunicação, e sua popularização, a partir da última década, foi amplamente acelerada com a grande redução dos preços dos computadores e também de sua associação com os meios de comunicação. Por volta de 1860 surge um aparelho de comunicação de grande importância também para os dias actuais, o telefone, que foi inventado pelo italiano António Meucci. Chegamos então ao que agora chamamos de Era da Tecnologia e da Informação, pois é, no ano de 1943 que se inicia a era do computador, a princípio era uma máquina gigantesca em que o seu principal papel era o de realizar cálculos. Segundo Mackie-Mason e Varian (1994), no período que vai de 1985 até Abril de 1994 a Internet cresceu de 200 redes para além de 30 000, e de 1000 hosts para além de 2 milhões de hosts. Deste último total, 640.000 hosts são nós educacionais, 520 000 são nós comerciais, e 220 000 são nós governamentais/militares, enquanto a maior parte dos cerca de 700 000 outros nós está localizada fora dos Estados Unidos. Ao final de 1994 a Internet
  • 27. 26 conectava 41 520 redes com aproximadamente 3 864 000 computadores (982000 em instituições educacionais americanas) em 90 países. Actualmente a internet, que antes era usado somente para a comunicação oral, já é usado para enviar mensagens electrônicas, enviar fotos, filmar, gravar lembretes, jogar, ouvir músicas e nos últimos anos, tem ganhado recursos surpreendentes até então não disponíveis para aparelhos portáteis, como GPS, videoconferências e instalação de programas variados, que vão desde ler e-book (livro electrônico) a usar remotamente um computador qualquer, quando devidamente configurado (Kalinke, 1999). Gráfico -1Usuários mundiais de internet por regiões Logo navegar na internet como ferramenta de ensino pode ser um processo de busca de informações que dependendo da situação pode transformar-se em conhecimento, gerando um ambiente interactivo de aprendizagem ou pode ser um inútil colector de dados sem a menor relevância que não proporciona nenhuma contribuição ao aluno.
  • 28. 27 2.3. Arquitetura da Cloud Computing A Cloud Computing ganhou popularidade nos últimos anos por trazer benefícios reais e quase que imediatos para negócios de diversas áreas. Além da grande economia causada pela redução de infra-estrutura local, a segurança física e lógica de dados, informações e sistemas tornam a solução um passo quase que obrigatório actualmente. Cloud Computing define-se como a utilização de recursos computacionais (memória, armazenamento de dados, processamento) baseada em servidores compartilhados que são interligados por meio da rede. Trata-se do armazenamento e compartilhamento de arquivos utilizando a internet. Para esse fim, são disponibilizadas plataformas que permitem ao usuário acessar os seus dados remotamente. Nós já a utilizamos o tempo todo, mesmo sem percebermos. Serviços como Google, Gmail e Facebook são baseados em arquitecturas de Cloud Computing (VERAS, 2011). No caso das empresas, a Cloud pode ser uma boa solução. É necessário estar atento à variedade de serviços oferecidos e ver qual é o ideal para o negócio. Os mais conhecidos são IaaS (grandes datas centers que têm servidores com alta capacidade de armazenamento, em que, por meio da utilização compartilhada, possibilitam que empresas possam usufruir dos seus recursos) e SaaS (substitui o uso de softwares comprados e instalados em computadores locais). A empresa contrata o seu serviço e por meio de uma assinatura e usufrui das vantagens do software no formato online.
  • 29. 28 Figura 5:Arquitetura de referência da Cloud Computing NIST Fonte: NILT (2011) 2.4. Modelos de implantação da Cloud Computing Os modelos de implantação em computação em cloud podem ser classificados em cloud privada, cloud pública, cloud comunidade e ainda cloud híbrida. 2.4.1. Cloud Pública e Privada Segundo Sousa, Moreira e Machado (2009), o conceito é bem intuitivo, nuvens as públicas são acessíveis em toda a internet, e as nuvens privadas ficam em um ambiente protegido (firewall) como o de uma empresa, com acesso restrito aos seus funcionários ou parceiros de negócios.É um tipo de cloud totalmente proprietária de uma empresa que tem controlototal das aplicações rodadas na sua infra-estrutura. Para Chirigati (2014), a grande questão de se ter uma cloud privatizada é a segurança, quando existe a necessidade de níveis mais rigorosos de privacidade ou de garantia de
  • 30. 29 disponibilidade de aplicação, sem os atrasos da internet. Corporações que exigem segurança e privacidade de informações devem ter muita cautela ao utilizar nuvens públicas. Com a dependência e inserção dos Sistemas de Informação nos negócios, o surgimento de novas tecnologias, as redes virtuais privadas, as organizações despertaram para a necessidade de segurança, uma vez que se tornaram vulneráveis a um número maior de ameaças. Quadro 1: Exemplos de segmentos e provedores de cloud pública (Fonte: elaboração própria). Cloud pública Segmentos Exemplos Software como Serviço (SaaS) Comunicação e colaboração Cisco Webex, Microsoft Lync, IBM Lotusphere Produtividade de escritório Google Apps, Microsoft Office 365 Gestão de relacionamento com o cliente (CRM) Salesforce.com, PerfectView CRM Online, AccountView CRM Online Sistema integrado de gestão empresarial (ERP) NetSuite, Exact Online, Twinfield, SAP Business ByDesing, Infor Supply chain management (SCM) Descartes, Ariba, Ketera, JDA Software Plataforma como Serviço (PaaS) Desenvolvimento de Salesforce Force.com,
  • 31. 30 aplicações específicas SaaSPlaza, SAP Business ByDesign 2.4.2. Cloud Comunitária Conforme o National Institute of Standards and Tecnology (2011), cloud comunitária é um modelo criado para atender as necessidades de um determinado grupo com interesses em comum, podendo ser de propriedade, ou gerenciado e operado pelas organizações desta comunidade, ou através de uma combinação delas, podendo existir no interior ou exterior da organização. Para Rountree e Castrillo (2014), cloud comunitária é uma tecnologia pouco difundida se comparado a cloud privada ou cloud pública, sendo para ele, um modelo menos utilizado. Ainda segundo ele, a cloud comunitária pode ser definida como um modelo de cloud compartilhada por um conjunto de organizações com interesse em comum, que se unem e constroem o ambiente, a fim de alcançarem determinada meta. Neste modelo, a administração da estrutura pode ser feita pelas próprias organizações ou ainda por terceiros. A infra-estrutura de uma cloud comunitária é compartilhada por várias organizações que partilham interesses como a missão, requisitos de segurança, políticas, entre outros. Pode ser administrada pelas próprias organizações ou por um terceiro e pode existir no ambiente da empresa, ou fora dele. 2.4.3. Cloud Híbrida A OPUS Software (2015), descreve-a como uma composição de duas ou mais nuvens, sejam elas privadas, públicas ou comunitárias. Essas permanecem como entidades únicas, mas
  • 32. 31 estão unidas pela tecnologia padronizada ou proprietária que permite a portabilidade de dados e aplicativos. O uso de uma cloud híbrida não apenas permite que as empresas dimensionem recursos de computação, mas também elimina a necessidade de realizar grandes investimentos para lidar com picos de demanda a curto prazo, bem como quando a empresa precisa liberar recursos locais para aplicativos ou dados mais confidenciais. As empresas pagarão apenas pelos recursos que usam temporariamente, em vez de precisarem comprar, programar e manter recursos e equipamentos adicionais que podem permanecer inactivos por longos períodos de tempo. A computação em cloud híbrida é a plataforma melhor de todos os mundos possíveis, oferecendo todos os benefícios da computação em cloud; flexibilidade, escalabilidade e eficiência de custos com o menor risco possível de exposição de dados (Microsoft Azure, 2018). Figura 5: Divisão de responsabilidades entre cliente e fornecedor de cloud Fonte:Matt Hester´s WebLog (2012)
  • 33. 32 2.4.4. Vantagens do Uso de um dos Modelo de Cloud Computing Para Veras (2009, p.7), Cloud Computing, é a disponibilidade sob demanda de recursos do sistema de computador, especialmente armazenamento de dados e capacidade de computação, sem o gerenciamento activo directo do usuário. Conforme Veras (2012), os possíveis benefícios do uso de um modelo de Cloud Computing para as organizações são:  Menores custos de infra-estrutura: elimina custos com capital e passa a pagar somente pelo uso;  Aumento da utilização da infra-estrutura: a infra-estrutura compartilhada e sob demanda passam a ser mais utilizadas e permite a redução do custo por parte do provedor;  Aumento da segurança: uma infra-estrutura centralizada pode melhorar a segurança incluindo rotinas de backup optimizadas e testadas;  Acesso a aplicações sofisticadas: aplicações consideradas caras podem ser utilizadas no modelo sob demanda;  Economia de energia: é possível, em uma estrutura centralizada, uma redução de custos de energia e refrigeração; Aumento da produtividade por usuário: usuários podem utilizar as aplicações de qualquer lugar e isso impacta positivamente na produção;  Aumento da confiabilidade: exigência de estrutura de contingência quase obrigatória em computação em cloud;  Escalabilidade sob demanda: permite alocar recursos sob demanda, tornando a escalabilidade uma realidade.
  • 34. 33 2.4.5. Amazon Elastic Compute Cloud (Amazon EC2) A Amazon Elastic Compute Cloud (Amazon EC2) é uma web service que disponibiliza capacidade computacional segura e redimensionável na cloud. Ele foi projetado para facilitar a computação em cloud na escala da web para os desenvolvedores (Amazon, 2009), já a Amazon S3 (Simple Storage Service), (Amazon, 2012) é o sistema de armazenamento por trás de muitos dos serviços da Amazon.com como o Dynamo, que recentemente teve seu banco de dados No-SQL lançado com o nome de DynamoDB36. O DynamoDB possui uma política de backup onde são feitas no mínimo três cópias do mesmo dado, onde duas são feitas na mesma zona e uma terceira em uma zona externa, de modo a aumentar a disponibilidade da informação. Segundo dados de 2009, o sistema armazenava cerca de 40 bilhões de arquivos de 400 000 clientes. Seus desafios incluíam garantia de disponibilidade e o gerenciamento de falhas (DeCandia, 2007). Figura 6: Interface da Amazon Web Services Fonte: AWS (2012)
  • 35. 34 A interface de web service simples da Amazon EC2 permite que se obtenha e configure a capacidade com o mínimo de esforço. Oferece um controle completo de seus recursos computacionais e permite que se trabalhe no ambiente computacional comprovado da Amazon. A Amazon EC2reduz a apenas alguns minutos o tempo necessário para obter e inicializar novas instâncias de servidor, permitindo que se dimensione a capacidade rapidamente para mais e para menos, à medida que seus requisitos de computação mudarem. Amazon EC2 muda os factores económicos da computação, permitindo que se pague somente pela capacidade que realmente se usa. A Amazon EC2 fornece aos desenvolvedores as ferramentas para criar aplicativos resistentes a falhas e isolá-los de cenários comuns de falhas (Amazon, 2012). Figura 7: Regiões da Amazon Web Services Fonte: AWS (2012)
  • 36. 35 2.4.6. Google App Engine O Google App Engine (GAE), é uma plataforma de desenvolvimento de aplicações em cloud criada e disponibilizada pelo Google. É uma PaaS completa, que oferece não apenas uma, mas três linguagens de programação para criação dos aplicativos: Java, Python e Go. No caso do desenvolvimento em Java, a plataforma possui suporte completo a JSP e Servlets. Dados podem ser armazenados na própria plataforma (seu serviço datastore) facilmente utilizando a JPA (Java Persistence API). Além destes recursos, o desenvolvedor conta com toda a infra-estrutura de datacenters e links redundantes do Google para dar suporte ao funcionamento do aplicativo. De acordo com o próprio Google, a estrutura destinada ao App Engine possui escalabilidade automática e cresce dinamicamente, à medida que for necessário à aplicação. Se o aplicativo precisa ter capacidade para mais usuários, ou necessita de mais armazenamento, o Google App Engine será escalonado proporcionalmente à demanda (Google, 2016). Figura 8: Interface do Google App Engine Fonte: Google.com (2016)
  • 37. 36 Apesar de tantos pontos positivos, existem algumas restrições no uso do App Engine, por exemplo: aplicações não podem utilizar Threads, componentes Swing e AWT não são suportados e a aplicações hospedadas no plano gratuito padrão têm um limite de 5 milhões de visualizações. Pacote de produtos oferecidos pelo Google, que inclui ferramentas de edição de texto, criação de planilhas, apresentações, ferramenta de agenda, integração com e-mail próprio, entre outras funcionalidades. Figura 9: Arquitetura Google App Engine Fonte: Google App Engine (2014) 2.4.7. Microsoft Live Mesh A Microsoft Live Mesh, é um serviço da Microsoft ainda em estágio inicial. Sua proposta principal é a de permitir que o usuário acesse o seu desktop de qualquer computador, com a diferença de que todos os seus arquivos ficam na cloud, isto é, nos servidores da Microsoft.
  • 38. 37 A Microsoft lhedá essa possibilidade, mas ainda lhe dá uns bónus: permite a sincronização de pastas de documentos entre computadores, e ainda fornece 5 Gb de espaço online para poder aceder aos ficheiros sincronizados mesmo quando os computadores da sua rede estiver desligados. Afinal numa rede em nós um ponto pode falhar, mas nada se perde. A ferramenta foi apresentada na Professional Developers Conference 2008, onde a Microsoft demonstrou as capacidades de sincronização do Live Mesh, disponibilizando-o aos programadores mediante uma technology preview do Live Framework (TAURION, 2012). 2.4.8. Eucalyptus A Elastic Utility Computing Architecture for Linking Your Programs To Useful Systems (Eucalyptus) é uma infra-estrutura de software livre para implementar computação em cloud, de utilitário e elástica com o uso de clusters em cloud ou de forma de estações de trabalho. Foi iniciado como um projecto de pesquisa do Departamento de Ciência da Computação de University of California Santa Barbara e comercializado recentemente como Eucalyptus Systems Inc. Eucalyptus ainda é mantido e desenvolvido como um projecto de software livre. Eucalyptus Systems está criando produtos adicionais com base no Eucalyptus de software livre; oferece também serviços de suporte (DRIVE, 2010). A computação tem passado por mudanças fundamentais. Algumas mudanças são facilmente visíveis, como os dispositivos de armazenamento que são do tamanho de um cartão de crédito e tem uma capacidade muito maior do que os mainframes de 30 anos atrás, ou ainda celulares capazes de realizar mais tarefas do que esses mesmos mainframes, o crescimento do software livre, entre outras coisas. Assim, os usuários do eucalyptusinteragem com o sistema utilizando as mesmas ferramentas que necessitam para interagir com a Amazon EC2 (MARKS et. al, 2010).
  • 39. 38 Figura 10: Arquitetura do Eucalipto Fonte: Amazon EC2(2010) 2.4.9. Microsoft Azure A Microsoft Azure é uma plataforma destinada à execução de aplicativos e serviços, baseada nos conceitos da computação em cloud. A plataforma Azure consiste numa infra-estrutura de hardware, software, rede e armazenamento que se gere automaticamente, garantindo elevada disponibilidade e performance às aplicações que suporta. Através da virtualização de recursos computacionais, o Windows Azure baseia-se no conceito de instâncias de computação que isoladamente tratam dos pedidos originários do front-end da aplicação (através dos Web Roles) e das tarefas a realizar em background (através dos Worker Roles), (Microsoft, 2012).
  • 40. 39 Figura 11: Plataforma de Serviço com Azure Fonte: Microsoft Azure(2012) Segundo a Microsoft (2012), esta plataforma dá uma segurança a vários serviços que fornecem e ajudam na computação, garantidamente e esses serviços são divididos em domínios. Aqui estão alguns domínios notáveis:  Calcular: Ele é usado para processar dados na cloud, fazendo uso de poderosos processadores que atendem a várias instâncias por vez.  Serviços de Armazenamento: O armazenamento, como o nome sugere, é usado para armazenar dados na cloud com a capacidade de dimensionar como e quando necessário. Esses dados podem ser armazenados em qualquer lugar.  Base de dados: O domínio do banco de dados é usado para fornecer instâncias de banco de dados relacionais e não relacionais confiáveis gerenciadas pelo Azure.  Networking: Ele permite que você se conecte à infra-estrutura e aos serviços na cloud e no local para obter uma excelente experiência do usuário.
  • 41. 40 2.4.10. OneDrive Aplicativo de armazenamento em cloud, o OneDriveé um produto da Microsoft. Por isso, outros produtos da empresa possuí integração com ele como, por exemplo, contas Outlook.com. A empresa disponibiliza um plano gratuito de 5G e planos pagos com mais espaço de armazenamento. É uma óptima opção para empresas que usam o pacote Office, o gerenciador de e-mailsOutlook e outros produtos da Microsoft. 2.4.11. Dropbox É outra opção de armazenamento em cloud. ODropbox possui vários recursos de compartilhamento de arquivos entre equipas e uma interface fácil e intuitiva. O plano gratuito oferece espaço em cloud de 2G. A empresa também oferece planos pagos com mais opções de armazenamento. O Dropbox não tem uma ferramenta de busca, mas permite, por exemplo, disponibilizar arquivos para download, através de um link específico. Este programa está disponível para download em computadores com Windows, Mac, Linux (Ubuntu e Fedora) eChrome, além de ser possível acessar em apps para Android, Windows Phone, iOS e Blackberry. Há, ainda, a possibilidade de gerenciar todos os seus arquivos através de um website seguro (Dropbox, 2013). Quadro 2:Comparativo entre algumas plataformas da Cloud Computing Sistema Característic a Amazon Elastic Cloud Computer Google App Engine Microsoft Live Mesh Eucalyptus Dropbox
  • 42. 41 Foco Infra-estrutura Plataforma Infra- estrutura Infra- estrutura Plataforma Tipo de serviço Armazenament o- Computação Aplicação Web Armazenam ento Computaçã o Computação Negociação dinâmica de parâmetros de QoS Nenhuma Nenhuma Nenhuma Nenhuma Baseado em SLA Reserva de recursos Interface de acesso para usuário Linha de comando Controle via portal Web Qualquer dispositivo com Live Mesh Execução de scripts e portal Web Controle via portal Web API Web Sim Sim Desconheci do Sim Sim Valor agregado de provedores de serviço Sim Não Não Sim Sim Framework de programação Baseado em imagens de máquinas Python Não aplicável Solaris OS, Java, C, C++,FORT RAN API de suporte em C# e. Net Fonte: Elaboração própria 2.5. Virtualização A virtualização é uma tecnologia que permite criar vários ambientes simulados ou recursos dedicados a partir de um único sistema de hardware físico. O software chamado hípervisor conecta-se directamente ao hardware e possibilita a divisão de um único sistema
  • 43. 42 em ambientes distintos, separados e seguros, conhecidos como máquinas virtuais. Essas máquinas virtuais dependem da habilidade do hipervisor de criar uma separação entre os recursos da máquina e o hardware e distribuí-los de forma adequada (Gandolpho, 2008). Actualmente, a tecnologia mais utilizada para a virtualização são as VMs (Virtual Machines). As VMs são basicamente instâncias de hardware recriadas via software. É como se um novo computador fosse criado no ambiente virtual e disponibilizado para processar dados e tarefas. A tecnologia é boa, mas devido ao enorme crescimento do tráfego e das aplicações web (Web Logic), novas tecnologias mais adaptáveis estão sendo criadas (Veras, 2011). Ou seja, a virtualização permite que em um único servidor sejam executados simultaneamente vários ambientes virtuais distintos e isolados. Ou seja, ele faz isso usando o software de virtualização, conhecidocomo Monitor de Máquina Virtual (VMM), que separa os ambientes de computação do hardware físico, possibilitando a execução de vários sistemas operacionais em um computador ao mesmo tempo. Resumindo, a Virtualização é o processo de criação de vários ambientes virtuais em um único servidor, enquanto que a Cloud Computing se propõe a entregar soluções de TI pelo modelo de serviços por redes compartilhadas ou privadas. Os principais softwares do mercado, como o VMware, VSphere e a Microsoft WS08 Hyper-V, demandam uma infra-estrutura que deve permitir obter os níveis de serviço adequados para as aplicações em termos de desempenho, disponibilidade e segurança. Como regra geral, o software de virtualização deve otimizar a demanda de processamento, de armazenamento e de I/O, distribuindo a carga de trabalho visando otimizar o uso dos recursos (VERAS, 2011).
  • 44. 43 2.5.1. Virtualização de Desktops em Datacenter Os computadores tipo Desktop encontram-se em maior número, numa proporção próxima de 3 desktops para 1 laptop e são adequadosa funções que não necessitam de mobilidade. Para a Consultora Forrester (2011) a designação de Virtual Desktop Infrastructure (VDI) é referida pela indústria em qualquer das seguintes formas de virtualização:  Hosted desktop virtualization: é a forma mais conhecida de VDI, na qual o ambiente de desktop é executado directamente em servidores virtuais em datacenter e não directamente no desktop ou laptop.  Local desktop virtualization: as implementações de virtualização de desktop local executam o ambiente de desktop no dispositivo cliente usando virtualização de hardware ou emulação. A virtualização de desktops locais é adequada para ambientes em que a conectividade de rede contínua não pode ser assumida e onde os requisitos de recursos de aplicativos podem ser mais bem atendidos usando recursos do sistema local.  Application virtualization melhora a entrega e a compatibilidade de aplicativos, encapsulando-os a partir do sistema operacional subjacente no qual são executados. Um aplicativo totalmente virtualizado não está instalado no hardware. Em vez disso, uma camada de hipervisor intercepta o aplicativo que, em tempo de execução, age como se estivesse interagindo com o sistema operacional original e com todos os recursos gerenciados por ele, quando na realidade não é (VMWare, 2013).  Desktop layeringé um método de virtualização de desktop que divide uma imagem de disco em partes lógicas para serem gerenciadas individualmente. Por exemplo, se todos os membros de um grupo de usuários usarem o mesmo sistema operacional, o sistema operacional central precisará apenas de backup para todos que compartilharem essa camada. Camadas podem ser aplicadas a imagens de disco físico local, máquinas virtuais baseadas em cliente ou áreas de trabalho baseadas em host. Os sistemas operacionais (Windows) por exemplo, não são projectados para camadas; portanto,
  • 45. 44 cada fornecedor deve projectar sua própria solução proprietária (RAWLINSON, 2010). Para combater esta necessidade, os grandes fornecedores de serviços na Cloud (Google, Microsoft, Apple, Amazon, Yahoo, HP, Intel...) estão a desenvolver estratégias que permitam reduzir o consumo de energia nos seus datacenters de forma a reduzir custos e reduzir a sua pegada de carbono, apesar de que para outros a redução de custos seja o único objectivo, não sendo clara a diferença entre eficiência e sustentabilidade. Figura 12: Infraestrutura de Virtualização de Desktops Fonte: VMWare(2010) 2.5.2. Tipos mais comuns de virtualização Para Chirigati (2009), a virtualização é um dos componentes chaves da computação em cloud. Diz respeito à criação de ambientes virtuais, também conhecidos como máquinas virtuais (MV), a fim de abstrair as características de hardware. As MVs têm a capacidade de emular diversos sistemas operacionais em uma única plataforma computacional.
  • 46. 45 Segundo Silva (2013), em uma definição simplificada, a virtualização é um processo que, através do compartilhamento de hardware, permite a execução de inúmeros sistemas operacionais em um único equipamento, por este facto é apresentado alguns tipos de virtualização a saber:  Virtualização de hardware: através de programas próprios, que geram máquinas virtuais emuladoras dos componentes físicos de um computador, faz rodar diversos sistemas operacionais em uma só máquina. Isso permite que cada uma delas receba um sistema operacional diferente.  Virtualização dos aplicativos: um aplicativo virtual é gerado à parte, baixando directamente para o computador do usuário as características específicas de cada aplicativo.  Virtualização da apresentação: permite acessos a um determinado computador sem a necessidade de sua presença física. Assim é possível conectar-se a todos os seus recursos e sistema operacional de qualquer parte do mundo.  Virtualização de servidores é o processo no qual os sistemas operacionais e as aplicações normalmente utilizadas em servidores físicos, passam a utilizar máquinas virtuais, fazendo um uso mais eficiente do hardware, permitindo maior agilidade e redução dos custos. Figura 13:Arquitetura do datacenter baseado em Cluster Fonte:IBM(2013)
  • 47. 46 2.5.3. Clusterização Segundo a Techtudo (2010), os clusters são parte importante na nova arquitectura de datacenters. A virtualização resolve o problema da sobra de recursos em servidores físicos. A clusterização resolve o problema da falta de recursos em servidores físicos. Idealmente o cluster deve permitir que uma aplicação rode em mais de uma máquina física, incrementando a performance ao mesmo tempo, em que aumenta a disponibilidade. Os clusters podem ser classificados em:  Clusters de alta disponibilidade (High Availability – HA): os clusters de alta disponibilidade endereçam redundância com capacidade de failover automático.  Clusters de balanceamento de carga (Load Balancing – LB): os clusters do tipo load balancing endereçam a melhoria da capacidade para a execução da carga de trabalho (workload).  Clusters de alta performance (HPC e HTC): os clusters do tipo alta performance endereçam o aumento da performance da aplicação.  Clusters em Grid: os clusters em grid endereçam o melhor dos mundos com alta disponibilidade e alto desempenho. Podem ser globais, empresariais ou simplesmente grid clusters.
  • 48. 47 Figura 14: Computadores em Clusters Fonte:Techtudo(2010) A Figura 15 ilustra o funcionamento de um cluster para balanceamento de carga. Neste exemplo, existe um nó controlador, denominado de balanceador de carga, que é responsável pelo recebimento das requisições e pela distribuição delas entre os todos os nós que compõe o cluster. 2.6. Benefíciose Impulsionadores na Adopção da Cloud Computing 2.6.1. Introdução Até meados da década de 1970, os computadores existentes eram apenas de grande porte (Mainframes) mantidos em ambientes controlados e acessados à distância. Ao final dos anos 70 e início dos anos 80 surgiram os microcomputadores, cuja adopção foi impulsionada pelo advento das redes ethernet e da transição da internet para uso civil. Ao final da década de 80, estavam colocados os elementos para o desenvolvimento de sistemas cliente/servidor.
  • 49. 48 Embora não seja uma nova tecnologia, a Cloud Computing continua impactando as empresas a cada ano. Novos recursos agregados permitem que essa ferramenta seja empregada de modo estratégico nas organizações, aprimorando os processos e elevando o potencial competitivo das companhias. Geralmente, quando se fala em Cloud Computing, lembra-se da equipe de TI. E realmente a ideia de trabalhar com a Cloud sempre começa na área desses profissionais, afinal, esse são um sector mais técnico dentro da empresa e directamente afectado por essa mudança (Herbst, Kounev & Reussner, 2013). A Cloud Computing oferece nos seus serviços muitas vantagens entre as quais são ilustradas a seguir: Figura 15: Algumas Vantagens dos Serviços em Cloud Fonte: Techtudo (2010) 2.6.1.1. Elasticidade, Escalabilidade, Agilidade Elasticidade: as funcionalidades computacionais devem ser rápida e elasticamente providas, assim como, rapidamente liberadas. O usuário dos recursos deve ter a impressão de
  • 50. 49 que ele possui recursos ilimitados, que podem ser adquiridos (comprados) em qualquer quantidade e a qualquer momento (Herbst, 2013). Princípios importantes que podemos encontrar quando queremos caracterizar a elasticidade são:  Loose coupling: é o conceito onde um recurso não pode depender unicamente de um outro, por exemplo a sua aplicação não pode apontar directamente para o IP do servidor de Banco de Dados ou uma aplicação que depende de outra aplicação não pode apontar directamente para o IP desse servidor, tem que apontar para o IP de um elastic load balancer que fará o controlo de qual servidor utilizar.  Staying Stateless: não podemos controlar o estado das sessões nos próprios servidores de aplicação, pois podemos responder as requisições de servidores diferentes. Temos que manter o estado em um recurso externo, DynamoDB por exemplo. Escalabilidade em Cloud Computing pode ser definida como a possibilidade de expansão dos recursos tecnológicos ou na capacidade de aumentar a quantidade de usuários em um determinado sistema de gestão. Devido à escalabilidade, o usuário só paga por aquilo que consome. Dessa forma, não há gastos excessivos nem consumo desnecessário de recursos, além dos riscos de infra- estrutura serem reduzidos. A escalabilidade evidência uma série de ganhos na infra-estrutura de TI, principalmente no que tange ao custo e à forma dinâmica de se expandir e retrair o uso de recursos computacionais associados às necessidades do cliente e com o máximo de precisão e transparência possíveis (ZISSIS; LEKKAS, 2012). O motivo mais importante pelo qual a organização deve investir em computação em cloud escalável é a flexibilidade. As actualizações de softwares com licenças perpétuas podem custar às empresas valores altíssimos. No entanto, com um software como serviço ou licenciamento em Cloud, essas actualizações já estão inclusas no valor do serviço. Aumentar o tamanho do datacenter quando a Instituição está em processo de expansão pode ser demorado e custoso. Com o Cloud Computing em poucos minutos é possível
  • 51. 50 adequar a capacidade do plano ao tamanho do negócio. E isso vale para mais ou para menos, quantas vezes for preciso. A vantagem da computação em Cloud escalável é que a capacidade de crescer e expandir é constante. Também, não há necessidade de pagamento pela capacidade não utilizada. Agilidade.No serviço da Cloud, os dados ficam disponíveis e acessíveis por meio da internet. Isso facilita muito o trabalho de todas as áreas da empresa e ainda traz mais flexibilidade para o dia-a-dia dos colaboradores, que podem trabalhar no modo remoto, em home office ou durante viagens, sem prejuízo para a qualidade da interacção e da realização dos serviços. Com a disponibilização dos sistemas e das informações na Cloud, é possível uma integração imediata de dados entre as diferentes áreas da empresa, o que garante mais colaboração entre todos e agilidade na tomada de decisões. 2.6.1.2. Multi—Tenancy Multi-tenancy é uma abordagem organizacional para aplicações SaaS (Bezemer e Zaidman, 2010), define multi-tenancy como aplicações que permitem o compartilhamento dos mesmos recursos de hardware, através do compartilhamento da aplicação e da instância do banco de dados, enquanto permite configurar a aplicação para atender às necessidades do cliente como se estivesse executando em um ambiente dedicado. Tenant(inquilino) é uma entidade organizacional que aluga uma aplicação multi-tenancy. Normalmente, um tenant agrupa um número de usuários que são os stakeholders da organização.
  • 52. 51 Figura 16: Aplicação multi-tenant (base única) Fonte: Bezemer e Zaidman (2010) As possibilidades abaixo focam o que se considera aspectos em aplicações multi- tenancy:  Possibilidade de compartilhamento de recursos de hardware, permitindo a redução de custos (Hu Wang, Jie Guo, 2008).  Alto grau de configurabilidade, permitindo que cada consumidor customize sua própria interface e seu workflow na aplicação (Jansen, Houben e Brinkkemper, 2010).  Uma abordagem arquitetural na qual os tenants fazem uso de uma única aplicação e banco de dados (Kwok, Nguyen e Lam, 2008). Como multi-tenancy é um conceito relativamente novo, é muito comum as pessoas confundirem multi-tenancy com outros conceitos já existentes. Multi-tenancy não é multi- usuários.
  • 53. 52 Figura 17: Aplicação single-tenant Fonte:Bezemer e Zaidman (2010) 2.6.1.3. Vantagem econômica Quanto a vantagem económica que a Cloud Computing pode trazer a uma Instituição no seu processo de negócio é notável, quando se tem um ambiente em Cloud Computing, os custos em hardware e manutenção do mesmo são muito reduzidos, e o tempo gasto com horas de suporte é bem menor comparado a uma estrutura física. Consequentemente, a produtividade também aumenta, pois, seus colaboradores nem mesmo precisarão estar na empresa para estarem sendo produtivos. Quando uma empresa doa um serviço de Cloud Computing, ela usufrui de toda uma infra-estrutura física (hardwares, servidores, sistemas, etc.) e paga somente pelo que utilizou. Caso contrário, teria que adquirir os elementos computacionais responsáveis por melhorar o desempenho das máquinas, sem que os utilizasse todo o tempo. A gestão dos serviços computacionais e da informação ficam por conta do provedor de Cloud Computing, o que também reduz os custos com membros especializados.
  • 54. 53 2.6.1.4. Portabilidade Cloud Bursting O Cloud Bursting é uma estratégia para lidar com picos de demanda de TI em uma infra-estrutura de cloud híbrida. Uma vez que essa configuração seja pré-definida, quando o tráfego ou utilização de uma cloud privada chegar ao seu limite, o excedente é transportado para a cloud pública imediatamente.Uma vez que as informações são armazenadas na Cloud, acessá-las é bastante simples, independentemente de onde estão localizados. Desde que haja conexão com a Internet, a Cloud Computingoferece acessibilidade, sem limitação de tempo, a dados e aplicativos, e os usuários não precisam carregar documentos ou dispositivos de armazenamento onde quer que estejam. Ainda assim, com o Cloud Computing se poderá acessar os arquivos através de computadores portáteis, smartphones e tablets sem precisar se preocupar com a segurança dos arquivos nem com a divulgação de dados confidenciais. Isso é possível porque a estrutura de programação na cloud e sua criptografia é a mesma em todos os dispositivos, garantindo a segurança nos aparelhos móveis. A estrutura de programação na Cloud Computing e sua criptografia proporcionam a segurança de acesso tanto nos dispositivos móveis quanto nos desktops. Por essas e outras vantagens os sistemas em nuvens têm se tornado uma tendência cada vez maior, facilitando seu acesso a serviços de TI de última geração 2.6.1.5. Conclusão A Cloud Computing é uma tendência no mundo inteiro e cada vez se torna mais utilizada, qualquer que seja o tamanho ou segmento da empresa. Os benefícios dos serviços de Cloud Computing são muitos, tanto em produtividade, quanto em relação a custos. Dessa forma, se cria uma vantagem competitiva para a
  • 55. 54 Instituição. Toda a energia, que seria usada para manter uma estrutura, é usada para actividades e processos relacionados ao core business da empresa. Cloud Computing é um conceito e um modelo de utilização de recursos e serviços, que tem tido um enorme impacto na indústria das Tecnologias de Informação (TI). A Cloud vai muito além das diversas tecnologias que a tornam possível, como a virtualização e a banda larga. A Cloud está a transformar a indústria das TI da mesma forma que a Internet o fez há 20 anos. Desde os profissionais às empresas, até ao utilizador final, a Cloud veio revolucionar a forma como consumimos recursos de computação, armazenamento de dados e aplicações, aproximando-os das reais necessidades de cada um e criando condições únicas para a inovação e para a aceleração do desenvolvimento das economias. 2.7. Trabalhos Relacionados Esta secção apresenta alguns trabalhos relacionados, onde foram realizados estudos de caso sobre a adopção da Cloud Computing. Algumas publicações encontradas na literatura tratam de gerenciamento de dados na Cloud, sua adopção por parte das Instituições (privadas ou públicas), bem como suas limitações, desafios e as oportunidades que surgem como agentes impulsionadores para a solução desses desafios. Para Abadi (2009), embora não seja uma nova tecnologia, o Cloud Computing continua impactando as empresas a cada ano. Novos recursos agregados permitem que essa ferramenta seja empregada de modo estratégico nas organizações, aprimorando os processos e elevando o potencial competitivo das companhias. Nisto, a demanda não para de crescer e um dos principais motivos para essa procura é que a tecnologia traz um custo-benefício interessante para as empresas. ParaMICROSOFT-AZURE (2010), existem três tipos de usuários potenciais de serviços de computação em cloud: consumidores, organizações pequenas e organizações de médio e grande porte. Os consumidores e as pequenas organizações têm requisitos
  • 56. 55 relativamente mais simples para a adopção de uma nova tecnologia do que as organizações de médio e grande porte, e têm muito menos a perder se a adopção for errada. Existem pelo menos sete tipos de problemas de adopção para a computação em cloud, e eles são:  Interrupção (disponibilidade)  Segurança  Desempenho  Conformidade  Nuvens privadas  Integração  Custo Destes, a interrupção, a segurança e o desempenho são questões de qualidade de serviço (QoS). Somente algumas questões de adopção interessam a consumidores e pequenas organizações. No entanto, todos eles são preocupantes para organizações de médio e grande porte. Santos e Machado, (2010) publicaram o artigo Cloud Computing impasses legais e normativo na revista Intr@ciência, onde nele foram abordadas as dificuldades referentes a normas regulatórias encontradas pelas empresas para contratação da cloud. De lá para cá, muita coisa mudou e a ideia deste artigo é actualizar o leitor sobre as mudanças que ocorreram no Brasil nestes últimos anos referente a cloud. O artigo escrito por Da Silva, (2014) A Necessidade De Regulação Legislativa Para Utilização Do Serviço De Computação Em Cloud (Cloud Computing), publicado pela Revista Electrónica do Curso de Direito da PUC no primeiro semestre de 2014, aborda a necessidade de regulamentação, leis que existiam até o momento e aspectos de segurança relacionados a cloud. Ela realizou um comparativo entre o Brasil e o mundo abordando a forma como cada um estava lidando com o assunto. Já neste artigo o Brasil é o foco, o que permite um aprofundamento maior em suas orientações e leis.
  • 57. 56 O estudo de caso realizado por Medeiros e Sousa Neto (2016), o uso da Computação em Cloud no Sector Público: um Estudo de Caso com Gestores de TI do Estado do Rio Grande do Norte e do Governo Federal, propôs identificar os factores que influem na utilização da cloud pela esfera pública no Brasil. É um estudo bastante actual e que mostra a visão dos gestores públicos sobre o assunto. Apesar de ter sido lançado este ano, este artigo não prevê o cenário brasileiro actual, pois após sua publicação o governo brasileiro emitiu uma nova portaria (MP/STI nº 20) informando boas práticas, vedações e orientações dos serviços em cloud a serem adoptadas pelos órgãos.
  • 58. 57 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA Para esta abordagem, a metodologia utilizada foi um estudo qualitativo exploratório, por meio de entrevistas em profundidade e questões estruturadas em um questionário submetido aos especialistas em TI. Para Silva (2001) a metodologia científica é o conjunto de processos e operações mentais que se deve empregar nas investigações. É a linha de raciocínio adoptado no processo da pesquisa. Ou seja, para que uma pesquisa seja efectuada é necessário um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos. Uma pesquisa pode ser classificada por diversas características, que podem ser, por exemplo, quantos aos fins e quanto aos meios. A escolha de uma abordagem metodológica adequada para um trabalho de pesquisa envolve diferentes níveis de abrangência e profundidade (Miguel, 2012). Para Mirian Goldenberg (1998), o método da pesquisa científica é o conjunto das normas básicas que devem ser seguidas para a produção de conhecimentos que têm o rigor da ciência, ou seja, é um método usado para a pesquisa e comprovação de um determinado conteúdo. A metodologia científica surgiu a partir dos pensamentos de Descartes (filósofo, físico e matemático francês). Ele propôs que só era possível encontrar a verdade por meio da existência de uma dúvida e da divisão da questão em partes menores, para assim ir incorporando diversas variáveis gradualmente até que se chegue a descrição do todo. São essas características que estabeleceram o ponto de partida da pesquisa científica. 3.1. Tipo de Pesquisa Este capítulo tem por objectivo descrever detalhadamente o tipo de pesquisa, usado, bem como o método aplicado para realizar esta abordagem.
  • 59. 58 A pesquisa realizada classifica-se como qualitativo e exploratório, com a finalidade de justificar a forma como foi elaborado este estudo com objectivo de mensurar e qualificar as respostas dos entrevistados e obter dados que vão confirmar ou contestar as hipóteses iniciais. Nesse contexto, Gil (2010) explica que a pesquisa qualitativa e exploratório visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses, possibilitando o pesquisador maior liberdade no planeamento dos aspectos a serem estudados. O estudo exploratório se caracteriza pela necessidade de se familiarizar melhor com o problema, objectivando a sua compreensão, de realçar que estamos perante uma amostra não aleatória. As variáveis são vistas como um conjunto total de elementos, sobre os quais se vai debruçar a investigação. Desta forma, as variáveis a abordar neste estudo é constituída pelas Instituições Privadas de Ensino Superior em Angola (Universidades e Institutos Superiores). Nas pesquisas é muito frequente trabalhar com amostra de elementos, isto é, com uma pequena parte dos elementos que compõem o universo. Gil (2014) descreve o termo universo ou população como um conjunto definido de elementos que possuem pelo menos uma característica em comum, para o meu estudo é a Universidade Metodista de Angola é um estabelecimento de ensino superior universitário privado, tutelado pelo Ministério do Ensino Superior e Ciência e Tecnologia e instituído pelo Decreto nº 30/07, de 7 de Maio, e de que é titular a Sociedade Universidade Metodista de Angola, S.A. (entidade instituidora). A responsabilidade educacional e a responsabilidade social são ênfases que a UMA confere ao seu processo de formação de estudantes, tal que estes se envolvam e as desenvolvam em suas actividades quotidianas. Na abordagem qualitativa de natureza exploratória usada, a revisão teórica apresentada ao longo do capítulo 2, permite dar conta de alguma diversidade em termos de procedimentos metodológicos seguidos na investigação em torno da aprendizagem, da excelência e do desempenho.
  • 60. 59 Para se alcançar os objectivos desta pesquisa, este trabalho ocorreu de forma exploratória, com abordagem qualitativa de carácter exploratório, com estudo de caso, e com pesquisas bibliográficas. Buscou-se através da pesquisa identificar os principais riscos e benefícios da Cloud Computing para as Universidades Privadas de Angola, através de dados colectados junto as Instituições. 3.2. Pesquisa Bibliográfica Para Oliveira e Gil (2007), a pesquisa bibliográfica é o estudo e análise de documentos de domínio científico tais como livros, periódicos, enciclopédias, ensaios críticos, dicionários e artigos científicos, sendo a principal finalidade proporcionar aos pesquisadores o contacto directo com obras, artigos ou documentos que tratem do tema em estudo. Primeiramente, foi efectuada a revisão de literatura especializada, com o objectivo de contextualizar o tema. Buscou-se à metodologia exploratória, através de pesquisa documental, a fim de se obterem opiniões de especialistas e informação relativamente ao uso da Cloud Computing nas Instituições de Ensino Superior (IES) bem como algumas conversais formais com especialistas na área. Depois para a análise bibliográfica foram usadas como referências os livros de Andrew S. Tanembaum, artigos e revistas científicas nacionais e internacionais como a RAEU (Revista Angola de Extensão Universitária) e em bibliotecas científicas digital como a Scientific Electronic Library Online, o Google Académico e a BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações).As teses e dissertações foram consideradas por serem importantes recursos de informação científica e tecnológica que podem auxiliar no desenvolvimento de novas pesquisas. Esta análise esta mais referenciada na revisão da literatura e na colecta de dados. Foi ainda usado para esta pesquisa artigos que abordam como criar um questionário e sobre a sua utilização em cloud computing ea utilizadores de computadores em organizações. Feita esta análise bibliográfica os resultados da entrevista e das respostas obtidas através dos questionários temos os resultados descritos nas tabelas (APÊNDICE 3).
  • 61. 60 3.3. Colecta dos Dados Neste capítulo foram apresentados os principais aspectos a ter em conta relativamente ao método utilizado na colecta de dados.Na colecta de dados utilizaram-se como instrumentos: levantamento documental, entrevistas informais (só para se ter uma percepção) e um questionário submetido aos técnicos da área de TIC, observação directa de informação em diferentes sistemas de informação das Instituições de Ensino Superior Para Marconi e Lakatos (2005), os questionários apresentam vantagens e desvantagens, a ver: a escolha do questionário como instrumento de inquisição a um determinado número de pessoas apresenta vantagens e desvantagens relativas à sua aplicação. A aplicação de um inquérito por questionário possibilitou uma maior sistematização dos resultados fornecidos, permitiu uma maior facilidade de análise bem como reduziu o tempo que seria necessário despender para colecta e analisar os dados. Este método de inquirir apresenta ainda vantagens relacionadas com o custo, sendo este menor. Se por um lado a aplicação de questionários é vantajosa, esta aplicação apresenta também desvantagens ao nível da dificuldade de concepção, pois é necessário ter em conta vários parâmetros tais como: a quem se vai aplicar, o tipo de questões a incluir, o tipo de respostas que se pretende e o tema abordado. O questionário elaborado incluiu cinco grupos de perguntas:  Informações gerais.  Grau de satisfação do sistema.  Níveis de adopção da Cloud Computing.  Nível de conhecimento da Cloud Computing.  Sobre a adopção da Cloud Computing.
  • 62. 61 Os elementos de amostra foram feitos recorrendo ao critério de acessibilidade dos respondentes e a dimensão final de nove (22% do sexo feminino e 78% do sexo masculino) questionários, resulta da aplicação da escala de Likert (Amaro, Póvoa & Macedo 2005), em conjugação com a percepção de saturação dos tipos de resposta. Os questionários foram enviados via correio electrónico e a análise estatística das questões fechadas foi feita através do Microsoft Office Excel2010 como suporte para análise estatístico dos dados. O estudo empírico foi realizado através da aplicação de um questionário a uma amostra retirado do universo de avaliações efectuado nas diversas IES em Angola. 3.4. Análise dos Dados A primeira etapa do processo constituiu na construção de um questionário. Segundo Aaker (2001), é considerada uma “arte imperfeita”, pois não existem procedimentos exactos que garantam que seus objectivos de medição sejam alcançados com boa qualidade. Um dos instrumentos de colecta de dados desta tese são as entrevistas exploratórias mediante o preenchimento do questionário de colecta de dados. Este foi dividido em cinco partes principais: a primeira incidiu nas Informações Gerais, segunda contemplou questões relativas ao Grau de Satisfação do Sistema de Gestão da Instituição, terceiro, sobre os níveis de adopção, quarto Níveis de Conhecimento dos serviços da Cloud Computing e quinto Sobre a Adopção da Cloud Computing. Quanto a lei, normas e documentos, a Universidade Metodista ainda não possui um instrumento próprio, visto que a adopção da Cloud Computing em Angola ainda está num período embrionário, muito embora o país possuir já uma legislação sobre o uso da mesma (PUBLICADO NO DIÁRIO DA REPÚBLICA, I SÉRIE, N.º 41, DE 2 DE ABRIL), (ver ANEXO). Os resultados obtidos com cada artigo, documento ou livro como planejar o processo de implantação da Cloud Computing em fases e etapas bem definidas, avaliar o nível de
  • 63. 62 maturidade da instituição para a adopção da cloud, definir modelo de implantação (privada, publica, híbrida ou comunitária), seleccionar os modelos de serviço a serem apresentados (IaaS, PaaS, SaaS) entre outros assunto, foi brevemente avaliado com objectivo de definir quais resultados seriam utilizados nas próximas fases, além de excluir artigos duplicados ou conteúdos muito fraco. Ao final, foi criado planilhas e gráficos com as informações extraídas, como por exemplo, números de artigos relevantes por ano, entre outros. Os resultados foram filtrados com o intuito de extrair apenas artigos que realmente estão relacionados ao uso de Cloud Computing nas Instituições, com assuntos como vantagens, tolerância a falhas, flexibilidade em cloud entre outros. As escalas propostas para o questionário resultaram de uma revisão da literatura abrangente nas áreas de TI. Para medir, os constructores do modelo de investigação, foram utilizadas escalas de Likert de 5 pontos (1 – discordo totalmente a 5 – concordo totalmente). A segunda etapa da análise dos dados foi realizada pela colecta de informações do questionário elaborado com a distribuição e envio aos especialistas nas áreas de TI, onde foram importados e colocados na plataforma escolhida (planilha do EXCEL), as respostas obtidas da planilha ofereceram o resumo das informações em formato de gráfico. No entanto, a maioria dos gráficos, tabelas e quadros que serão apresentados nas próximas secções, são de elaboração própria, e são desenvolvidos através de um sistema de tabulação informatizado, nesse caso, utilizando uma planilha electrónica, o software Microsoft Excel, que forneceu os recursos necessários à confecção dos instrumentos de análise e interpretação. Neste trabalho usou-se a folha de cálculo do Excel, ou arquivos de texto Word para organização e tratamento dos dados colectados, mas pode-se adaptar a outras soluções de software. Na etapa final foi avaliado as causas e consequências do não uso dos recursos da Cloud Computing em ambientes de TI. Para tanto, a ferramenta foi elaborada utilizando o software Microsoft Excel pela facilidade no registo de informações em planilhas e para os cálculos necessários durante o processo bem como para o processamento dos dados estatísticos.
  • 64. 63 3.4.1. Conceção e aplicação do questionário Em Julho de 2019, foi colocado de forma definitiva o questionário. Para o preenchimento do questionário foram feitas através do correio electrónico e contacto verbal. A mensagem enviada através do correio electrónico criada para o efeito, deixava claro o que era pretendido com este inquérito, onde estava inserido e qual a motivação. Foi enviado questionários com as abordagens nas IES em Angola, que estão usando a Cloud Computing, bem como as que não estão ainda usando e elas foram capazes de dar respostas dos benefícios que que se pode obter ao adoptar a Cloud Computing. O objectivo desta abordagem foi ter o ponto de vista das Universidades Privadas em Angola saber o também o grau de conhecimento e aplicabilidade dos recursos oferecidos pela Cloud Computing e sobre o que é essa tecnologia, tão dinâmica e actuante pode oferece, quais benefícios eles oferecem às Instituições e quais são as desvantagens de acordo com eles, falando sobre requisitos de custo e segurança, mediante uma carta de compromisso. (APÊNDICE 2). A pesquisa realizada classifica-se como exploratória, tem como objetivo colectar informações sobre a utilização da Cloud Computing por parte das IES em Angola. O objectivo aqui é descrever detalhadamente o procedimento realizado nesta pesquisa, com a finalidade de justificar a forma como foi elaborado este estudo. Contudo para esta pesquisa foi usado os seguintes itens para avaliação:  Avaliar o nível de conhecimento do Cloud Computing por parte das IES em Angola.  Avaliar quais os principais serviços de Cloud Computing que são utilizados nas IES em Angola.  Avaliar qual o tipo de Cloud mais utilizada nas IES em Angola.  Avaliar os principais benefícios que as IES em Angola podem tirar com a adopção da Cloud Computing.
  • 65. 64  Avaliar qual a camada de serviços Cloud Computing é mais utilizada nas IES em Angola.  Avaliar quais as principais barreiras para as organizações aderirem ao Cloud Computing.
  • 66. 65 4. COLECTA E ANÁLISE DOS DADOS 4.1. Apresentação dos Dados Coletados O resultado e a análise dos dados constituem uma etapa de grande relevância neste trabalho. É durante esta fase que as respostas das Instituições serão analisadas, quantificadas e interpretadas, logo serão apresentados os resultados obtidos a partir da análise cuidada das respostas ao questionário submetido. Indicar-se-á, especificamente, quais as questões cujos resultados estarão a ser expostos através de uma representação gráfica. É de referir que para a apresentação dos resultados optou-se pela representação gráfica dos mesmos, utilizando para o efeito os gráficos de barras e circulares. Neste capítulo são apresentados os resultados da análise e a interpretação dos dados colectados, através do instrumento de colecta de dados aplicado a (nove) 9 IES em Luanda. Para a colecta de dados foram utilizadas fontes primárias, contendo os dados resultantes das entrevistas em profundidade e fontes secundárias, compostas por documentos das empresas, obtidos directamente com os entrevistados ou através dos sites das organizações. Em relação a montagem dos instrumentos de colecta de dados, decidiu-se inicialmente considerar os quesitos de satisfação utilizados na pesquisa de avaliação da satisfação dos inquiridos pelo questionário. O questionário elaborado previamente, cujo modelo será apresentado (APÊNDICE 3), onde os responsáveis dos serviços de TI deveriam preencher os itens de satisfação considerados mais importantes para análise. Utilizou-se a escala de cinco pontos (discordo, discordo parcialmente, não concordo nem discordo, concordo parcialmente e concordo totalmente para alguns casos).
  • 67. 66 Feita a colectados dos dados que foram por meio de um questionário elaborado usou- se a ferramenta Excel do Microsoft Word, que é uma parte dum conjunto de aplicativos que a compõem. Esta ferramenta, apesar de simples, permite a elaboração de gráficos comparativos com diversos tipos de questões. Os resultados são armazenados em uma planilha do Excel que pode ser exportada para o formato do Word. Para Carlos Gil (Gil, 1987) destaca as seguintes vantagens dum questionário.  Possibilita atingir um grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas numa área geográfica muito extensa, já que o questionário pode ser enviado pelo correio.  Implica menores gastos com pessoal, posto que o questionário não exige o treinamento dos pesquisadores;  Garante o anonimato das respostas.  Permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem mais conveniente;  Não expõem os pesquisados à influência das opiniões e do aspecto pessoal do entrevistado. Já as desvantagens podem ser:  Exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da investigação.  Impede o auxílio ao informante quando este não entende correctamente as instruções ou perguntas;  Impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido, o que pode ser importante na avaliação da qualidade das respostas.  Não oferece a garantia de que as maiorias das pessoas o devolvam devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da representatividade da amostra.
  • 68. 67  Envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é sabido que questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não serem respondidos.  Proporciona resultados bastante críticos em relação à objectividade, pois os itens podem ter significado diferente para cada sujeito pesquisado. 4.2. Análise dos Dados Coletados Critério 01 – Informações Gerais Nas informações gerais e nesta tabela foram apresentadas as variáveis (Idade, natureza jurídica da Instituição e a satisfação tecnológica) para depois ter uma apreciação dos técnicos e que utilizam as TI. No processo de aplicação de um inquérito sobre Cloud Computing por meio de um questionário possibilitou uma maior sistematização dos resultados fornecidos, permitiu uma maior facilidade de análise bem como reduziu o tempo que era necessário despender para recolher e analisar os dados. Este método de inquirir apresentou ainda vantagens relacionadas com o custo, sendo este menor. Os processadores de texto, planilhas e apresentações são soluções que, sob a abordagem de Cloud Computing me possibilitaram o compartilhamento em um mesmo documento e o trabalho distribuído em documentos que foram enviados aos inquiridos num total de quinze IES das quais nove responderam o questionário satisfatoriamente. Os questionários fornecem respostas escritas a questões previamente fornecidas. Na primeira questão buscou-se fazer um quadro resumido do primeiro critério de avaliação. A análise da variável Idades mostrou maior percentagem na faixa dos 20 a 30 anos com 56%, dando a entender que muitos jovens começam a assumir a gestão de TI nas Instituições, os de 31 a 40 com 22% e 41 a 50 com 22% respectivamente. Na variável Sexo tem-se 78% masculino contra 22% feminino.
  • 69. 68 Quanto a variável Natureza jurídica da Sua Instituição, 64% das IES questionadas são de Sociedade Anónima. Na variável Tecnologia satisfaz as necessidades da Instituição, todos responderam que as mesmas satisfazem as necessidades pelo que foi de 100%. Quadro 3: Informações gerais (Fonte: Dados da Pesquisa). Variável Idades De 20 a 30 anos 5 (56%) De 31 a 40 anos 2 (22%) De 41 a mais de 50 anos 2 (22%) Sexo Masculino 7 (78%) Feminino 2 (22%) Natureza jurídica da Sua Instituição Sociedade Anônima 4 (64%) Demais Empresas 1 (17%) Fundação/ Instituto 0 (0%) Outro 1 (16%) Tecnologia satisfaz as necessidades da Instituição Sim 9 (100%) Não 0 (0%)
  • 70. 69 Responderam a este questionário 9 pessoas especialistas em TI. As respostas deste questionário foram partilhadas num documento do Microsoft Office Word para público-alvo. Os gráficos apresentados resultam do tratamento numa folha de cálculo Excel também do Microsoft Office obtida por exportação. Este gráfico permite observar que a população Masculina está em relativa maioria, com 78% da população que responderam o questionário. A população feminina representa 22% dos indivíduos questionados, estando representados em minoria. Gráfico - 2 Distribuição quanto ao sexo dos questionados (Fonte: Dados da Pesquisa). O potencial da Cloud Computing para a geração de empregos e desenvolvimento económico tem sido objecto de muitos estudos ao longo dos últimos anos, e as expectativas quanto à sua capacidade mostram-se cada vez mais promissoras para as Instituições que deseja dinamizar seu serviço, diminuir recurso e gastos económicos. Para o caso em estudo se apresenta 67% das Instituições do Ensino Superior em Angola são de Sociedade Anónima o que espelha um avanço no uso dos recursos que a Cloud pode oferecer. Outros como Fundação/Instituto com 0%, Demais Empresas com 16% e outros com 17%.
  • 71. 70 Gráfico - 3 Natureza Jurídica das Instituições (Fonte: Dados da Pesquisa). A tecnologia tem dominado muitos jovens. Pelo gráfico 5 é possível verificar que o intervalo de idades dos inquiridos situa-se na sua grande maioria entre os 20 – 30 anos, 22% no intervalo 31-40 e a mesma percentagem no intervalo 41-50, o que mostra que há um número grande de jovens a liderarem as TI em muitas Instituições. Gráfico - 4 Tipo de Natureza Jurídica das Instituições (Fonte: Dados da Pesquisa).
  • 72. 71 Todos os questionados responderam que sim, concordam com os equipamentos postos a disposição pelas Instituições onde funcionam. Gráfico - 5 Grau de Satisfação tecnológica (Fonte: Dados da Pesquisa). Critério 02 – Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição Para DeLone e McLean, (2003), a dimensão Satisfação do Utilizador, considera-se como a convicção que os utilizadores têm acerca de aplicação específica responder ou não às suas necessidades, ela é sobretudo provavelmente a variável mais importante utilizada para medir o sucesso do sistema de informação. No gráfico 6 relativos ao grau de satisfação da Instituição podem-se constatar que a satisfação em usar os serviços Cloud é grande, não obstante ainda muitas Instituições estão insatisfeitas pelo facto de não, terem o conhecimento de Cloud e alguma dificuldade no processo de adopção, em alguns casos os questionados alegaram o fraco investimento em novas tecnologias por parte de algumas instituições tem dificultado uma boa prestação de serviço.
  • 73. 72 Quadro 4: Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição (Fonte: Dados da Pesquisa). Nº Indicador Grau de Satisfação O que falta para que o seu grau de satisfaç ão seja 5? Muit o insat isfeit o Insatis feito Pouco satisfe ito Satisfe ito Muit o satisf eito 1. Modo de prestação do serviço 1 1 5 2 2. Tempo de resposta às solicitações 1 3 4 1 3. Cortesia no atendimento 1 3 4 1 4. Acessibilidade à informação 2 2 3 2 5. Qualidade da Informação disponibilizada 3 1 2 3 6. Meios expeditos na prestação do serviço 1 2 3 3 7. O tempo de carga da página é aceitável. 1 1 4 3 8. O tempo de resposta as dúvidas sãoaceitáveis 2 4 3 9. A página é atraente 1 3 3 2 10. A resolução da página e os textos são 2 3 4
  • 74. 73 bons 11. Todos os conteúdos são organizados 5 1 3 12. Acesso à Internet via Rede sem fio (Wi- Fi) 1 3 2 3 13. Se sente capaz de utilizar as ferramentas disponibilizadas pelos serviços informáti- cos. 1 2 6 14 Dominas o navegador padronizado. 1 8 15 O sistema está disponível quando tentas utilizá-lo. 1 2 6 16 Estou seguro ao utilizar o sistema. 1 2 6 17 Acesso a informação sem muitos clicks. 1 2 2 4 18 Soma Total dos Indicadores (%) 2 (1%) 17 (11%) 25 (16%) 48 (32%) 61 (40 %)
  • 75. 74 Gráfico -6 Sobre o grau de satisfação do sistema de gestão da Instituição (Fonte: Dados da Pesquisa) Critério 03 – Sobre os níveis de adopção da Cloud Computing No Critério 03 Sobre os níveis de adopção dos serviços Cloud Computing o número de questionados em Concordo parcialmente e Concordo totalmente representam um maioritário das respostas, o indicador Discordo não obteve qualquer resposta, que se torna discutível são os motivos que levam a não adopção da Cloud na maior parte dos indicadores anteriores com percentagens muito abaixo de utilização. Quadro 5: Sobre os níveis de adopção da Cloud Computing (Fonte: Dados da Pesquisa). Nº Indicador Níveis de Adopção O que falta para atingi r 5? Disc ordo Disc ordo parci alme nte Não conco rdo nem discor Conco rdo parcia lment e Conco rdo totalm ente