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PROFA. MUNIQUE BITTENCOURT LOPES MOREIRA CURSO DE PSICOLOGIA
2º Semestre
NEUROANATOMOFISIOLOGIA
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
o Critérios diagnósticos
o Aspectos neuropsicológicos
o Avaliação neuropsicológica
o Intervenção neuropsicológica
DEFINIÇÃO
“Se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na
comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas
de forma repetitiva.
O TEA começa na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, as condições são
aparentes durante os primeiros cinco anos de vida.
Indivíduos com transtorno do espectro autista frequentemente apresentam outras condições concomitantes, incluindo epilepsia,
depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O nível de funcionamento intelectual em
indivíduos com TEA é extremamente variável, estendendo-se de comprometimento profundo até níveis superiores.”
Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS Brasil
CAUSAS
o Idiopática.
Fatores de risco:
o Genéticos;
o Ambientais.
FATORES GENÉTICOS DE RISCO
o O autismo tende a funcionar em famílias.
o Alterações em determinados genes aumentam o risco de uma criança desenvolver autismo.
o Se um pai carrega uma ou mais dessas alterações genéticas, elas podem ser passadas para uma
criança (mesmo que o pai não tenha autismo).
o Outras vezes, essas mudanças genéticas surgem espontaneamente em um embrião inicial ou no
espermatozoide e / ou óvulo que se combinam para criar o embrião. Mais uma vez, a maioria dessas
alterações genéticas não causam autismo por si mesmas. Eles simplesmente aumentam o risco para o
distúrbio
Centro de Neurociências da Carolina do Norte
FATORES AMBIENTAIS DE RISCO
o Idade dos pais avançada (pai ou mãe),
o Gravidez e complicações no parto (por exemplo, prematuridade extrema [antes de
26 semanas], baixo peso ao nascer, gravidez múltipla [gêmeo, trigêmeo, etc.]),
o Gravidezes com menos de um ano de intervalo.
VACINA CAUSA AUTISMO
INCIDÊNCIA
o 1 em 59 crianças é diagnosticada com um transtorno do espectro do autismo.
o 1 em 37 meninos
o 1 em 151 meninas
o A maioria das crianças ainda estava sendo diagnosticada após os 4 anos de idade, embora o autismo possa
ser diagnosticado com confiança já aos 2 anos de idade.
o 31% das crianças com TEA têm deficiência intelectual (QI<70), 25% estão na faixa limítrofe (QI 71–85) e
44% têm escores de QI na média acima da média (QI> 85).
o O autismo afeta todos os grupos étnicos e socioeconômicos.
o A intervenção precoce oferece a melhor oportunidade para apoiar o desenvolvimento saudável e fornecer
benefícios ao longo da vida.
o Não há detecção médica para o autismo.
DIAGNÓSTICO
o Clínico (Classificação Internacional de Doenças - CID 10/11 e Manual de
Diagnóstico e Estatística – DSM 5)
CID - 10/11 E DSM - 5
Inclui as mesmas duas categorias que o DSM-5: dificuldades de interação e comunicação social, de um lado, e interesses restritos e comportamentos
repetitivos, de outro. Assim, remove uma terceira característica listada na edição anterior da CID, relacionada a problemas de linguagem. Ambas as
classificações também apontam para a importância de se examinar sensibilidades sensoriais incomuns, o que é comum entre pessoas no espectro do
autismo.
CID-11 fornece diretrizes detalhadas para distinguir entre autismo com e sem deficiência intelectual, DSM-5 apenas afirma que o autismo e a deficiência
intelectual podem ocorrer simultaneamente. A CID-11 também inclui a perda de competências previamente adquiridas como uma característica a ser
levada em conta ao se fazer um diagnóstico.
No que diz respeito ao autismo durante a infância, CID-11 coloca menos ênfase no tipo de brincadeira em que as crianças participam, pois isso pode
variar dependendo do país ou da cultura. Em vez disso, ele se concentra mais em saber se as crianças seguem ou impõem regras rígidas quando
jogam, um comportamento que pode ser percebido em qualquer cultura e é uma característica comum entre as pessoas autistas.
LISTA DE VERIFICAÇÃO MODIFICADA PARA
AUTISMO EM CRIANÇAS, REVISADA (M-CHAT-R)
18 à 24 meses de vida,
instrumentos de rastreio
A resposta aos itens da escala leva em conta as observações dos pais com relação ao
comportamento da criança.
Essa escala é uma extensão da CHAT, consistindo em 23 questões do tipo sim/não, que deve
ser autopreenchida por pais de crianças de 18 a 24 meses de idade, que sejam ao menos
alfabetizados,
O formato e os primeiros nove itens do CHAT foram mantidos. As outras 14 questões foram
desenvolvidas com base em lista de sintomas frequentemente presentes em crianças com
autismo.
Resultados superiores a “3” (falha em 3 itens no total) ou em “2” dos itens considerados
críticos (2,7,9,13,14,15), após confirmação, justificam uma avaliação aprofundada.
LISTA DE VERIFICAÇÃO MODIFICADA PARA
AUTISMO EM CRIANÇAS, REVISADA (M-CHAT-R)
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comportamento da criança.
Essa escala é uma extensão da CHAT, consistindo em 23 questões do tipo sim/não, que deve
ser autopreenchida por pais de crianças de 18 a 24 meses de idade, que sejam ao menos
alfabetizados,
O formato e os primeiros nove itens do CHAT foram mantidos. As outras 14 questões foram
desenvolvidas com base em lista de sintomas frequentemente presentes em crianças com
autismo.
Resultados superiores a “3” (falha em 3 itens no total) ou em “2” dos itens considerados
críticos (2,7,9,13,14,15), após confirmação, justificam uma avaliação aprofundada.
ESCALA DE TRAÇOS AUTÍSTICOS
Seu ponto de corte é de 15. Pontua-se zero se não houver a presença de nenhum
sintoma, 1 se houver apenas um sintoma e 2 se houver mais de um sintoma em cada
um dos 36 itens, realizando-se uma soma simples dos pontos obtidos.
ESCALA (CARS)- CHILDHOOD AUTISM
RATING SCALE
Escala para avaliação complementar ao diagnóstico de Autismo e gravidade
(Leve, moderado e Grave)
15 itens
Cada um pode ser pontuado de 0 à 4
Os meios pontos são para serem usados quando o comportamento situar-se
entre os dois itens
Normal: 15 – 29,5,
Autismo leve/moderado: 30 – 36,5,
Autismo grave: acima 37.
ASPECTOS NEUROPSICOLÓGICOS
Os profissionais de saúde especializados diagnosticam o autismo usando uma lista de critérios nas
duas categorias abaixo. Eles também avaliam a gravidade dos sintomas . A escala de
gravidade do autismo reflete quanto apoio uma pessoa precisa para a função diária.
Muitas pessoas com autismo têm problemas sensoriais . Estes geralmente envolvem sobre ou sub-
sensibilidades para sons, luzes, toques, sabores, cheiros, dor e outros estímulos.
o Desafios de comunicação social e
o Comportamentos restritos e repetitivos.
DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Crianças e adultos com autismo podem não entender ou não usar adequadamente:
o Linguagem falada (cerca de um terço das pessoas com autismo não é verbal)
o Gestos
o Contato visual
o Expressões faciais
o Tom de voz
o Expressões não deveriam ser tomadas literalmente
DESAFIOS SOCIAIS ADICIONAIS
Podem incluir dificuldades com:
o Reconhecendo emoções e intenções em outros,
o Reconhecendo as próprias emoções,
o Expressando emoções,
o Buscando conforto emocional dos outros,
o Sentindo-se oprimido em situações sociais,
o Revezando-se na conversa,
o Aferição do espaço pessoal (distância apropriada entre as pessoas).
COMPORTAMENTOS RESTRITOS E REPETITIVOS
oMovimentos repetitivos do corpo (por exemplo, balançando, batendo, girando, correndo para frente e para trás)
oMovimentos repetitivos com objetos (p.ex. rodas giratórias, bastões agitados, alavancas giratórias)
oEncarando as luzes ou girando objetos
oComportamentos ritualísticos (por exemplo, alinhando objetos, tocando repetidamente objetos em uma ordem
definida)
oInteresses estreitos ou extremos em tópicos específicos
oNecessidade de mudança / resistência invariável à mudança (por exemplo, mesmo horário diário, menu de refeições,
roupas, rota para a escola)
DESAFIOS ASSOCIADOS
Estima-se que um terço das pessoas com autismo seja não verbal,
Quase metade das pessoas com autismo vagam ou saem da área de segurança,
Quase dois terços das crianças com autismo entre as idades de 6 e 15 foram vítimas
de bullying,
Quase 28% das crianças de 8 anos com TEA apresentam comportamentos
autolesivos (bater a cabeça, morder o braço e coçar a pele estão entre os mais
comuns),
O afogamento continua a ser uma das principais causas de morte de crianças com
autismo e é responsável por aproximadamente 90% das mortes associadas a vagar
ou fugir aos 14 anos de idade.
INTERVENÇÃO E SUPORTES
o Intervenção precoce (aprendizagem, comunicação e habilidades sociais)
o Intervenções comportamentais mais pesquisadas e comumente usadas são a Análise comportamental aplicada
(ABA) e terapias baseadas em seus princípios
o Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Fisioterapia
o A regressão do desenvolvimento, ou perda de habilidades, como linguagem e interesses sociais, afeta cerca de
1 em cada 5 crianças que serão diagnosticadas com autismo e tipicamente ocorre entre os 1 e 3 anos de idade.
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TEA

  • 1. PROFA. MUNIQUE BITTENCOURT LOPES MOREIRA CURSO DE PSICOLOGIA 2º Semestre NEUROANATOMOFISIOLOGIA
  • 2. TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA o Critérios diagnósticos o Aspectos neuropsicológicos o Avaliação neuropsicológica o Intervenção neuropsicológica
  • 3. DEFINIÇÃO “Se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva. O TEA começa na infância e tende a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, as condições são aparentes durante os primeiros cinco anos de vida. Indivíduos com transtorno do espectro autista frequentemente apresentam outras condições concomitantes, incluindo epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O nível de funcionamento intelectual em indivíduos com TEA é extremamente variável, estendendo-se de comprometimento profundo até níveis superiores.” Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS Brasil
  • 4. CAUSAS o Idiopática. Fatores de risco: o Genéticos; o Ambientais.
  • 5. FATORES GENÉTICOS DE RISCO o O autismo tende a funcionar em famílias. o Alterações em determinados genes aumentam o risco de uma criança desenvolver autismo. o Se um pai carrega uma ou mais dessas alterações genéticas, elas podem ser passadas para uma criança (mesmo que o pai não tenha autismo). o Outras vezes, essas mudanças genéticas surgem espontaneamente em um embrião inicial ou no espermatozoide e / ou óvulo que se combinam para criar o embrião. Mais uma vez, a maioria dessas alterações genéticas não causam autismo por si mesmas. Eles simplesmente aumentam o risco para o distúrbio
  • 6. Centro de Neurociências da Carolina do Norte
  • 7. FATORES AMBIENTAIS DE RISCO o Idade dos pais avançada (pai ou mãe), o Gravidez e complicações no parto (por exemplo, prematuridade extrema [antes de 26 semanas], baixo peso ao nascer, gravidez múltipla [gêmeo, trigêmeo, etc.]), o Gravidezes com menos de um ano de intervalo.
  • 9. INCIDÊNCIA o 1 em 59 crianças é diagnosticada com um transtorno do espectro do autismo. o 1 em 37 meninos o 1 em 151 meninas o A maioria das crianças ainda estava sendo diagnosticada após os 4 anos de idade, embora o autismo possa ser diagnosticado com confiança já aos 2 anos de idade. o 31% das crianças com TEA têm deficiência intelectual (QI<70), 25% estão na faixa limítrofe (QI 71–85) e 44% têm escores de QI na média acima da média (QI> 85). o O autismo afeta todos os grupos étnicos e socioeconômicos. o A intervenção precoce oferece a melhor oportunidade para apoiar o desenvolvimento saudável e fornecer benefícios ao longo da vida. o Não há detecção médica para o autismo.
  • 10. DIAGNÓSTICO o Clínico (Classificação Internacional de Doenças - CID 10/11 e Manual de Diagnóstico e Estatística – DSM 5)
  • 11. CID - 10/11 E DSM - 5 Inclui as mesmas duas categorias que o DSM-5: dificuldades de interação e comunicação social, de um lado, e interesses restritos e comportamentos repetitivos, de outro. Assim, remove uma terceira característica listada na edição anterior da CID, relacionada a problemas de linguagem. Ambas as classificações também apontam para a importância de se examinar sensibilidades sensoriais incomuns, o que é comum entre pessoas no espectro do autismo. CID-11 fornece diretrizes detalhadas para distinguir entre autismo com e sem deficiência intelectual, DSM-5 apenas afirma que o autismo e a deficiência intelectual podem ocorrer simultaneamente. A CID-11 também inclui a perda de competências previamente adquiridas como uma característica a ser levada em conta ao se fazer um diagnóstico. No que diz respeito ao autismo durante a infância, CID-11 coloca menos ênfase no tipo de brincadeira em que as crianças participam, pois isso pode variar dependendo do país ou da cultura. Em vez disso, ele se concentra mais em saber se as crianças seguem ou impõem regras rígidas quando jogam, um comportamento que pode ser percebido em qualquer cultura e é uma característica comum entre as pessoas autistas.
  • 12. LISTA DE VERIFICAÇÃO MODIFICADA PARA AUTISMO EM CRIANÇAS, REVISADA (M-CHAT-R) 18 à 24 meses de vida, instrumentos de rastreio A resposta aos itens da escala leva em conta as observações dos pais com relação ao comportamento da criança. Essa escala é uma extensão da CHAT, consistindo em 23 questões do tipo sim/não, que deve ser autopreenchida por pais de crianças de 18 a 24 meses de idade, que sejam ao menos alfabetizados, O formato e os primeiros nove itens do CHAT foram mantidos. As outras 14 questões foram desenvolvidas com base em lista de sintomas frequentemente presentes em crianças com autismo. Resultados superiores a “3” (falha em 3 itens no total) ou em “2” dos itens considerados críticos (2,7,9,13,14,15), após confirmação, justificam uma avaliação aprofundada.
  • 13. LISTA DE VERIFICAÇÃO MODIFICADA PARA AUTISMO EM CRIANÇAS, REVISADA (M-CHAT-R) 18 à 24 meses de vida, instrumentos de rastreio A resposta aos itens da escala leva em conta as observações dos pais com relação ao comportamento da criança. Essa escala é uma extensão da CHAT, consistindo em 23 questões do tipo sim/não, que deve ser autopreenchida por pais de crianças de 18 a 24 meses de idade, que sejam ao menos alfabetizados, O formato e os primeiros nove itens do CHAT foram mantidos. As outras 14 questões foram desenvolvidas com base em lista de sintomas frequentemente presentes em crianças com autismo. Resultados superiores a “3” (falha em 3 itens no total) ou em “2” dos itens considerados críticos (2,7,9,13,14,15), após confirmação, justificam uma avaliação aprofundada.
  • 14. ESCALA DE TRAÇOS AUTÍSTICOS Seu ponto de corte é de 15. Pontua-se zero se não houver a presença de nenhum sintoma, 1 se houver apenas um sintoma e 2 se houver mais de um sintoma em cada um dos 36 itens, realizando-se uma soma simples dos pontos obtidos.
  • 15. ESCALA (CARS)- CHILDHOOD AUTISM RATING SCALE Escala para avaliação complementar ao diagnóstico de Autismo e gravidade (Leve, moderado e Grave) 15 itens Cada um pode ser pontuado de 0 à 4 Os meios pontos são para serem usados quando o comportamento situar-se entre os dois itens Normal: 15 – 29,5, Autismo leve/moderado: 30 – 36,5, Autismo grave: acima 37.
  • 16. ASPECTOS NEUROPSICOLÓGICOS Os profissionais de saúde especializados diagnosticam o autismo usando uma lista de critérios nas duas categorias abaixo. Eles também avaliam a gravidade dos sintomas . A escala de gravidade do autismo reflete quanto apoio uma pessoa precisa para a função diária. Muitas pessoas com autismo têm problemas sensoriais . Estes geralmente envolvem sobre ou sub- sensibilidades para sons, luzes, toques, sabores, cheiros, dor e outros estímulos. o Desafios de comunicação social e o Comportamentos restritos e repetitivos.
  • 17. DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL Crianças e adultos com autismo podem não entender ou não usar adequadamente: o Linguagem falada (cerca de um terço das pessoas com autismo não é verbal) o Gestos o Contato visual o Expressões faciais o Tom de voz o Expressões não deveriam ser tomadas literalmente
  • 18. DESAFIOS SOCIAIS ADICIONAIS Podem incluir dificuldades com: o Reconhecendo emoções e intenções em outros, o Reconhecendo as próprias emoções, o Expressando emoções, o Buscando conforto emocional dos outros, o Sentindo-se oprimido em situações sociais, o Revezando-se na conversa, o Aferição do espaço pessoal (distância apropriada entre as pessoas).
  • 19. COMPORTAMENTOS RESTRITOS E REPETITIVOS oMovimentos repetitivos do corpo (por exemplo, balançando, batendo, girando, correndo para frente e para trás) oMovimentos repetitivos com objetos (p.ex. rodas giratórias, bastões agitados, alavancas giratórias) oEncarando as luzes ou girando objetos oComportamentos ritualísticos (por exemplo, alinhando objetos, tocando repetidamente objetos em uma ordem definida) oInteresses estreitos ou extremos em tópicos específicos oNecessidade de mudança / resistência invariável à mudança (por exemplo, mesmo horário diário, menu de refeições, roupas, rota para a escola)
  • 20. DESAFIOS ASSOCIADOS Estima-se que um terço das pessoas com autismo seja não verbal, Quase metade das pessoas com autismo vagam ou saem da área de segurança, Quase dois terços das crianças com autismo entre as idades de 6 e 15 foram vítimas de bullying, Quase 28% das crianças de 8 anos com TEA apresentam comportamentos autolesivos (bater a cabeça, morder o braço e coçar a pele estão entre os mais comuns), O afogamento continua a ser uma das principais causas de morte de crianças com autismo e é responsável por aproximadamente 90% das mortes associadas a vagar ou fugir aos 14 anos de idade.
  • 21. INTERVENÇÃO E SUPORTES o Intervenção precoce (aprendizagem, comunicação e habilidades sociais) o Intervenções comportamentais mais pesquisadas e comumente usadas são a Análise comportamental aplicada (ABA) e terapias baseadas em seus princípios o Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Fisioterapia o A regressão do desenvolvimento, ou perda de habilidades, como linguagem e interesses sociais, afeta cerca de 1 em cada 5 crianças que serão diagnosticadas com autismo e tipicamente ocorre entre os 1 e 3 anos de idade.