Sondagem Especial da entidade revela que a maior parte das empresas incluídas no novo regime de recolhimento da contribuição patronal ao INSS considera a medida positiva ou muito positiva
A indústria está dividida sobre qual a melhor base tributária para recolher a contribuição previdenciária, mas mais de dois terços das empresas do setor - exatamente 68% - consideram que a desoneração da folha de pessoal decidida pelo governo, com a troca da incidência direta na folha por um percentual do faturamento, contribuirá para a retomada da atividade econômica. A informação é da Sondagem Especial Desoneração da Folha de Pagamentos, divulgada nesta quinta-feira, 22 de novembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Apresentação | Propostas da Indústria para as Eleições 2014
Sondagem Especial - Indústria da Construção - Desoneração Folha de Pagament…
1. SONDAGEM ESPECIAL INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
Ano 2 Número 3 novembro de 2012 www.cni.org.br
DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS
Maioria das empresas apoia a extensão da medida
ao setor
das empresas veem a mu- das empresas preferem o fa-
68% dança da base de cálculo da 29% turamento como base tribu-
contribuição patronal como tária da contribuição patronal,
positiva para a retomada do mas 27% elegeram a folha de
crescimento pagamento
das empresas gostariam de dos empresários favoráveis
55% ter sido incluídas na medida 39% a inclusão de suas empresas
que altera a base de tributa- na medida justificam seu po-
ção da contribuição patronal sicionamento pela redução do
valor pago de contribuição à
Previdência
Melhor base tributária para contribuição patronal ao INSS
Em percentual de respostas (%)
2. Sondagem Especial Indústria da Construção
Ano 2, n.3, novembro de 2012
MEDIDA É CONHECIDA PELA MAIOR PARTE DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
Quase dois terços dos empresários consultados da indústria da construção (64%) já ouviram falar na mudança
da base de cálculo da contribuição patronal à Previdência Social. O conhecimento é maior entre as grandes
empresas, para as quais o percentual alcança 72%, e menor entre as pequenas empresas: 56%.
Conhecimento da mudança, por porte
Em percentual de respostas (%)
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3. Sondagem Especial Indústria da Construção
Ano 2, n.3, novembro de 2012
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO MOSTRA-SE DIVIDIDA AO JULGAR A MELHOR
BASE TRIBUTÁRIA PARA CONTRIBUIÇÃO AO INSS
A indústria da construção encontra-se dividida quando questionada sobre qual seria a melhor base tributária
para a contribuição patronal ao INSS. Para 29% dos empresários, a melhor base tributária seria o faturamento.
Logo em seguida, para 27%, a melhor base seria a folha de pagamento. Outros 19% indicaram o lucro como
melhor base tributária. Movimentação financeira e valor agregado foram assinalados por apenas 1% e 2%,
respectivamente. Outros 22% dos empresários consultados não se manifestaram.
O faturamento foi apontado por todos os portes como a melhor base tributária para a contribuição patronal
ao INSS. Nas grandes empresas a preferência pelo faturamento é mais clara: 29% de assinalações, ante
23% para folha de pagamento. O faturamento também foi apontado como a melhor base para pequenas e
médias empresas, mas a diferença de percentual de respostas para folha de pagamento é de apenas 2%.
O faturamento foi apontado como melhor base por 27% das pequenas, ante 25% de assinalações para
folha de pagamento. Entre as médias, os percentuais são 31% e 29%, respectivamente.
Entre os setores da indústria da construção, percebe-se uma preferência do setor Construção de edifícios pela
tributação sobre a folha de pagamento, indicada por 29% dos empresários do setor, ante 27% de assinalações
em faturamento. Nos setores Obras de infraestrutura e, sobretudo, Serviços especializados da construção, a
preferência é pela tributação sobre o faturamento: 29% e 34% de assinalações, respectivamente.
Melhor base tributária para contribuição patronal ao INSS, por porte
Em percentual de respostas (%)
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4. Sondagem Especial Indústria da Construção
Ano 2, n.3, novembro de 2012
MEDIDA É RECONHECIDA COMO POSITIVA PARA A RETOMADA DO
CRESCIMENTO
A modificação da base de cálculo da contribuição patronal é vista como positiva para a retomada do crescimento
por grande número das empresas consultadas. Para 40%, a medida contribuirá parcialmente, enquanto para
28% a medida é fundamental para a retomada. Outros 12% afirmam que a medida não contribui nem prejudica
a retomada do crescimento, enquanto 3% afirmam que haverá prejuízo. Ainda houve 17% de empresários que
não se manifestaram.
A avaliação positiva da medida cresce de acordo com o porte da empresa. O percentual de empresários que
afirmam que o impacto é positivo sobre a retomada alcança 73% entre as grandes empresas, enquanto entre
as pequenas esse percentual é de 65%. Entre os setores, a avaliação também é positiva, sobretudo entre os
empresários do setor Obras de infraestrutura, com 77% de respostas positivas, sendo 46% avaliando que
a medida contribuirá parcialmente para o crescimento e 31% assinalando que a medida será fundamental.
Para os setores Construção de edifícios e Serviços especializados da construção, o percentual de avaliações
positivas cai para 64%.
Contribuição da medida para a retomada do crescimento, por porte
Em percentual de respostas (%)
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5. Sondagem Especial Indústria da Construção
Ano 2, n.3, novembro de 2012
Contribuição da medida para a retomada do crescimento, por setor
Em percentual de respostas (%)
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6. Sondagem Especial Indústria da Construção
Ano 2, n.3, novembro de 2012
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO APÓIA EXTENSÃO DA MEDIDA
Mais da metade da indústria da construção (55%) gostaria de ter sido incluída na medida que altera a base
de tributação da contribuição patronal para a Previdência Social, que passa da folha de pagamento para
o faturamento. Pouco menos de um quarto (24%) assinalou que não gostaria de ser incluído; e 21% dos
empresários consultados não responderam.
O percentual de empresários favoráveis à inclusão da indústria da construção aumenta de acordo com
o porte, passando de 51% entre as pequenas empresas para 59% entre as grandes. O percentual de
empresários contrários é maior entre as médias empresas, para as quais o percentual alcança 26% das
respostas.
Em cada um dos setores da indústria da construção considerados, mais da metade dos empresários gostariam
que se mudasse a base de contribuição, percentual que alcança 57% no setor Serviços especializados da
construção – não por acaso, o setor é o mais favorável à tributação sobre o faturamento. O setor com o
maior percentual de assinalações contrárias é Obras de infraestrutura, com 28% de assinalações.
Posicionamento frente a medida, por porte
Em percentual de respostas (%)
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7. Sondagem Especial Indústria da Construção
Ano 2, n.3, novembro de 2012
Posicionamento frente a medida, por setor
Em percentual de respostas (%)
Considerando os empresários que gostariam que a indústria de construção fosse incluída na medida
que altera a base tributária para a contribuição patronal, a principal justificativa para o posicionamento
favorável é a redução no valor pago a título de contribuição para a Previdência Social. Essa alternativa
foi assinalada por 39% das empresas favoráveis. A melhora do fluxo de caixa da empresa foi a segunda
justificativa mais assinalada, com 28%.
Justificativa do apoio à medida, por setor
Em percentual de empresas favoráveis à medida (%)
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8. Sondagem Especial Indústria da Construção
Ano 2, n.3, novembro de 2012
A grande maioria dos empresários contrários a medida justificou sua resposta pelo aumento no valor pago
a título de contribuição para a Previdência Social (48%). Outros 36% indicaram a complexidade / incerteza
no cálculo do valor devido da contribuição para a Previdência Social.
Justificativa da desaprovação à medida, por porte
Em percentual de empresas contrárias à medida (%)
Resultados gerais, por porte e por setor, disponíveis em: www.cni.org.br
Perfil da amostra: 456 empresas, sendo 158 pequenas, 200 médias e 98 grandes.
Período de coleta: De 1 a 11 de outubro de 2012.
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