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ECONOMIA – Micro e Macro
1
Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
ANÁLISE MICROECONÔMICA
PROFº. WIRSON BENTO DE SANTANA
ECONOMIA – Micro e Macro
2
ECONOMIA – Micro e Macro
3
Conceito de Economia
Problemas Econômicos Fundamentais
Sistemas Econômicos
Curva (Fronteira de Possibilidades de Produção.
• Conceito de Custos de Oportunidade
Análise Positiva e Análise Normativa
Inter-relação da Economia com as demais ciências
Divisão do Estudo Econômico
Capítulo 1: Introdução à Economia
ECONOMIA – Micro e Macro
4
Sua concepção:
A economia repousa sobre os atos humanos e é por
excelência uma ciência social. Apesar da tendência atual
ser a de se obter resultados cada vez mais precisos para os
fenômenos econômicos é quase que impossível se fazer
análises puramente frias e numéricas, isolando as
complexas reações do homem no contexto das atividades
econômicas.
ECONOMIA – Micro e Macro
5
Conceito de Economia
Deriva do grego: “aquele que administra o lar”.
Economia é uma ciência social que estuda como os
indivíduos e a sociedade decidem utilizar recursos
produtivos escassos na produção de bens e serviços, de
modo a distribuí-los entre os grupos da sociedade, com a
finalidade de satisfazer as necessidades humanas.
• A ciência que estuda a escassez.
• A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na
produção de bens alternativos.
• O Estudo da forma pela qual a sociedade administra
seus recursos escassos.
ECONOMIA – Micro e Macro
6
Problemas econômicos fundamentais
Necessidades Humanas: Ilimitadas / Infinitas.
Recursos Produtivos (Fatores de Produção)
(Recursos naturais, Mão de Obra, Capital)
Limitados e Finitos
Problema
Escassez: natureza limitada dos recursos da sociedade.
(restrição física dos recursos)
Versus
ECONOMIA – Micro e Macro
7
O QUE e QUANTO produzir ?
A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de
capital, e quanto ?
COMO produzir ?
Questão de eficiência produtiva. Capital ou mão-de-obra
intensiva.
PARA QUEM produzir ?
Como será a distribuição de renda gerada pela atividade
econômica. Quais os setores beneficiados.
Problemas econômicos fundamentais
ECONOMIA – Micro e Macro
8
Sistema Econômico / Organização Econômica
É a forma como a sociedade está organizada para
desenvolver as atividades econômicas.
Atividades de produção, circulação,
distribuição e consumo de bens e serviços.
ECONOMIA – Micro e Macro
9
Sistema Econômico / Organização Econômica
Principais formas:
Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista)
Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista)
ECONOMIA – Micro e Macro
10
Economias de Mercado
- Sistema de concorrência pura
(sem interferências do governo)
- Sistema de concorrência mista
(com interferência governamental)
ECONOMIA – Micro e Macro
11
Sistema de concorrência pura
Laissez-faire: O mercado resolve os problemas
econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para
quem produzir), como guiados por uma mão invisível,
sem a intervenção do governo.
Mão invisível: mecanismo de preço que promove o
equilíbrio dos mercados.
ECONOMIA – Micro e Macro
12
Sistema de concorrência pura
Excesso de oferta (escassez de demanda)
Formam-se estoques
Redução de preços
Existirá concorrência entre empresas para vender os
bens aos escassos consumidores.
Até o equilíbrio
ECONOMIA – Micro e Macro
13
Sistema de concorrência pura
Excesso de demanda (escassez de oferta)
Formam-se filas
Tendência ao aumento de preços
Existirá concorrência entre consumidores para compra.
Até o equilíbrio
ECONOMIA – Micro e Macro
14
Sistema de concorrência pura
O QUE e QUANTO produzir ?
(o que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor).
(quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de
mercado.
COMO produzir ?
Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das
empresas.
PARA QUEM produzir ?
Decidido no mercado de fatores de produção (demanda e oferta
de fatores de produção). Questão distributiva.
ECONOMIA – Micro e Macro
15
Sistema de concorrência pura
Base da filosofia do liberalismo econômico.
Advoga a soberania do mercado, sem interferência do
Estado. Este deve responsabilizar mais com justiça, paz,
segurança, e deixar o mercado resolver as questões
econômicas fundamentais.
ECONOMIA – Micro e Macro
16
Empresas Famílias
Mercado de
Bens e Serviços
Mercado de
Fatores de
Produção
Demanda de bens
e serviços
Sistema de concorrência pura
Oferta de bens
e serviços
O que e quanto
produzir
Para quem
produzir
Como
produzir
Oferta de
serviços dos
fatores de
produção
Demanda de
serviços dos
fatores de
produção.
(mão-de-obra, terra,
capital)
ECONOMIA – Micro e Macro
17
Sistema de concorrência pura
Críticas:
 Grande simplificação da realidade;
 Os preços podem variar não devido ao mercado mas,
em função de:
• força de sindicatos ( através dos salários que remuneram
os serviços de mão-de-obra);
• poder de monopólios e oligopólios na formação de preços
no mercado;
• intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas,
política salarial, fixação de preços mínimos, política
cambial);
ECONOMIA – Micro e Macro
18
Sistema de concorrência pura
Críticas:
• o mercado sozinho não promove perfeita alocação de
recursos. A produção ou consumo de um
determinados bens ou serviços pode produzir efeitos
colaterais externalidades); além disso, existem bens
públicos, disponibilizados pelo Governo.
• o mercado sozinho não promove perfeita distribuição
de renda, pois as empresas estão procurando a
obtenção do máximo lucro, e não com questões
distributivas.
ECONOMIA – Micro e Macro
19
Sistema de concorrência pura
Essas críticas justificam a atuação governamental para
complementar a iniciativa privada e regular alguns
mercados.
Há muitos mercados, entretanto, que comportam-se como
um sistema de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro.
ECONOMIA – Micro e Macro
20
Sistema de mercado misto
O papel econômico do governo
Séc. XVIII - XIX Predominância : Sistema de mercado,
próximo ao da concorrência pura.
Início do Séc. XX O mercado sozinho não garante que
a economia opere sempre com pleno
emprego dos seus recursos.
Necessitando de maior atuação do
Setor Público na economia.
De que forma ?
ECONOMIA – Micro e Macro
21
Sistema de mercado misto
Atuação do setor público com o objetivo de evitar
distorções alocativas e distributivas:
• sobre a formação de preços, (via impostos, etc.);
• complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.);
• fornecimento de serviços públicos;
• fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado)
Exemplo: educação, segurança, justiça, etc.);
• compra de bens e serviços do setor privado.
ECONOMIA – Micro e Macro
22
Economia Centralizada
Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a
forma como resolver os problemas econômicos
fundamentais.
Meios de produção Estado
Matéria-prima, imóveis
capital.
Meios de sobrevivência Indivíduos
Carros, roupas, televisores, etc.
ECONOMIA – Micro e Macro
23
Economia Centralizada
Processo Produtivo: os preços representam apenas
recursos contábeis que permitem o controle da
eficiência das empresas (não há desembolso onerário);
Distribuição do Produto: os preços dos bens de
consumo são determinados pelo governo;
Repartição do lucro: Governo, investimento da empresa
e o restante dividido entre os administradores e os
trabalhadores.
ECONOMIA – Micro e Macro
24
Sistemas Econômicos - Síntese
Propriedade Privada
Problemas econômicos fundamentais resolvidos
pelo mercado pelo orgão central
Mercado Centralizada
Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva
X Propriedade Pública
ECONOMIA – Micro e Macro
25
Gráfico que mostra as várias combinações de produto
que a economia pode produzir potencialmente, dados
os fatores de produção e a tecnologia disponíveis.
É a fronteira máxima que a economia pode produzir,
dados os recursos produtivos limitados. Mostra as
alternativas de produção da sociedade, supondo os
recursos plenamente empregados.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
ECONOMIA – Micro e Macro
26
Modelo: 2 bens utilizando em conjunto todos os Fatores de Produção
Quantidade
Produzida (bem )
x
Quantidade
Produzida (bem )
y
max
0
x
y 
max
0
y
x 
A CPP mostra o tradeoff da sociedade, ou seja, a obtenção de alguma coisa, está
sujeita a abrir mão de outra. “Nada é de graça”!
Razão da Concavidade: lei dos custos de oportunidade crescentes, devido à
inflexibilidade dos custos de produção.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
ECONOMIA – Micro e Macro
27
Lei dos custos de oportunidade crescentes:
Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de
produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis
de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais de
determinada classe de produto implica necessariamente a redução
das quantidades de outra classe.
Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará
sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez
menos expressivas da classe cuja produção estará sendo
aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos
recursos de produção disponíveis e em uso.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
ECONOMIA – Micro e Macro
28
Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na
obtenção dos bens x e y.
A: capacidade ociosa (ineficiência). Neste
ponto o custo de oportunidade é zero,
pois não é necessário sacrifício de recursos
produtivos para aumentar a produção de
um bem, ou mesmo, dois bens.
B e C: Não há como produzir mais, sem
reduzir a produção do outro. Combinações
de produto; (Nível de produto Eficiente
/Pleno Emprego).
D: Nível impossível de produção. Posição
inalcançável no período imediato. Depende
de fatores como inovação tecnológica.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
Quantidade
Produzida (bem )
x
Quantidade
Produzida (bem )
y
max
0
x
y 
max
0
y
x 
A

D

B

C

ECONOMIA – Micro e Macro
29
Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na
obtenção dos bens x e y.
Deslocamentos positivos: decorrem da
expansão ou melhoria dos fatores de
produção disponíveis (Crescimento
Econômico). Inovações tecnológicas: com
a mesma quantidade de insumos obtém-se
maior quantidade de produtos
Deslocamentos negativos: decorrem da
redução, sucateamento ou progressiva
desqualificação do fatores de produção
disponíveis.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
Quantidade
Produzida (bem )
x
Quantidade
Produzida (bem )
y
max
0
x
y 
max
0
y
x 
A

D

B

C
 Deslocamentos
Positivos
Deslocamentos
Negativos
ECONOMIA – Micro e Macro
30
É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da
produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para
obtê-la.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção:
Custo de Oportunidade / Custo alternativo / Custo implícito
Trade off
B  C 
+ Produto x
- Produto y
Custo de Oportunidade
C  B  custo de oportunidade de
200 unidades de y é 50 de x. Quantidade
Produzida (bem )
x
Quantidade
Produzida (bem )
y
max
0
x
y 
max
0
y
x 
A

D

 
B 150;450

 
C 200;250

150
450
200
250
ECONOMIA – Micro e Macro
31
Análise Positiva – Análise Normativa
Declarações Positivas: os economistas tentam descrever
(Descritivas) o mundo como ele é.
Ex.: Uma redução na taxa de crescimento da quantidade de moeda
reduziria a Taxa de Inflação. (Cientistas econômicos)
Declarações Normativas: os economistas prescrevem
(Prescritivas) como o mundo deveria ser.
Ex.: O Banco Central deveria reduzir a quantidade de moeda emitida.
(Envolve: Valores, ética, religião, política,etc.) (Formuladores de
políticas)
ECONOMIA – Micro e Macro
32
Aspecto Econômico
Realidade
Aspecto Material do
Objeto
Aspecto Social
Aspecto Político
Aspecto Histórico
Aspecto Geográfico
Aspecto Demográfico
ECONOMIA – Micro e Macro
33
Divisão do Estudo Econômico
Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o
funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de
produtos, ou seja, o comportamento dos compradores
(consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens.
Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado
no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e
quantidades em mercados específicos.
Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro. O nível
de vendas no varejo, numa capital.
ECONOMIA – Micro e Macro
34
Macroeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que
estuda o funcionamento como um todo, procurando
identificar e medir as variáveis (agregadas) que
determinam o volume da produção total (crescimento
econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços
(Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção
do mesmo na economia mundial.
Divisão do Estudo Econômico
ECONOMIA – Micro e Macro
35
Divisão do Estudo Econômico
Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de
desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida
(bem estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo
prazo (crescimento da renda per capita, distribuição de
renda, evolução tecnológica).
Economia Internacional: estuda as relações de troca
entre países (transações de bens e serviços e transações
monetárias). Trata-se da determinação da taxa de câmbio,
do comércio exterior e das relações financeiras
internacionais.
ECONOMIA – Micro e Macro
36
ECONOMIA – Micro e Macro
37
Fundamentos de Microeconomia
Análise da Demanda de Mercado
Análise da Oferta de Mercado
O Equilíbrio de Mercado
Capítulo 2: Demanda, Oferta e
Equilíbrio de Mercado.
ECONOMIA – Micro e Macro
38
Fundamentos de Microeconomia
Microeconomia (Teoria de Preços) – estuda o
comportamento das
famílias e (Consumidores)
das empresas e (Firmas)
os mercados (Mercados específicos)
nos quais operam.
ECONOMIA – Micro e Macro
39
Fundamentos de Microeconomia
Microeconomia analisa a formação de preços no mercado.
Os preços formam-se com base em dois mercados:
mercado de
bens e serviços
Mercado dos
serviços dos fatores
de produção
preços dos bens e serviços
salários, juros, aluguéis e lucros
Remuneração
Remuneração
ECONOMIA – Micro e Macro
40
Fundamentos de Microeconomia
coeteris Paribus
Expressão latina traduzida como “ outras coisas
sendo iguais ”, é usada para lembrar que todas as
variáveis, que não aquela que está sendo estudada,
são mantidas constantes.
- “tudo o mais constante”.
ECONOMIA – Micro e Macro
41
Fundamentos de Microeconomia
coeteris Paribus
Analisar um mercado
isoladamente
Supor todos os demais
mercados constantes
- O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos
demais.
Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos
efeitos de outras variáveis.
Ex.:  Preço sobre a procura de determinado bem
Independente
Outras variáveis: renda do consumidor, gostos, preferências, etc.
ECONOMIA – Micro e Macro
42
Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado
bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir,
num dado período.
A Demanda não representa a compra efetiva, mas a
intenção de comprar, a dados preços.
A escala de demanda indica quanto (quantidade) o
consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de
preços de um bem ou serviço.
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
43
Fundamentos da Teoria da Demanda
Baseia-se na teoria
do Valor Utilidade.
Dada uma Renda
Dados os preços de mercado
Consumidor
Ao demandar um
bem ou serviço
Maximizando a utilidade (satisfação)
que atribui ao bem ou serviço.
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
44
Utilidade Total e Utilidade Marginal
Aumenta quanto maior a
quantidade consumida do bem
Satisfação adicional (na margem)
obtida pelo consumo de mais uma
unidade do bem
É decrescente porque o consumidor vai
saturando-se desse bem, quanto mais o consome.
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
45
Quantidade que o consumidor
deseja consumir.
Utilidade Total e Utilidade Marginal
Utilidade
Total
Quantidade
Consumida
Utilidade
Marginal
Quantidade
Consumida
t
mag
U
U
q



Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
46
Paradoxo da Água e do Diamante
Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata,
e o diamante supérfluo, tem preço tão elevado ?
Ex: Utilidade
Marginal
Água
Grande Utilidade Total
Baixa Utilidade Marginal
(encontrada em abundância)
Diamante Grande Utilidade Marginal
(escasso)
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
47
Variáveis que afetam a Demanda:
• Riqueza (e sua distribuição)
• Renda (e sua distribuição)
• Preço do bem
• Preço dos outros bens
• Fatores climáticos e sazonais
• Propaganda
• Hábitos, gostos, preferências dos consumidores
• Expectativas sobre o futuro
• Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos)
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
48
Variáveis que afetam a Demanda
qd
i = f( pi , ps , pc , R, G): Função Geral da Demanda
qd
i = quantidade procurada (demandada) do bem i
pi = preço do bem i
ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes
pc = preço dos bens complementares
R = renda do consumidor
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor
Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à
hipótese coeteris paribus.
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
49
Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem
Supondo ps , pc , R e G constantes
Função Convencional
Lei Geral da Demanda
Tudo o mais constante (coeteris paribus), a quantidade demandada
de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço.
0
d
i
i
q
p



 
d
i i
q f p

Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
50
Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem.
Efeito preço total:
Efeito substituição
Efeito renda
O bem fica mais barato relativamente aos
concorrentes, fazendo com que a qtd.
demandada aumente.
Com a queda do preço, o poder
aquisitivo do consumidor aumenta, e a
qtd. demandada do bem deve aumentar.
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
51
Representa o efeito do preço
de um bem sobre a quantidade
do bem que os consumidores
estão dispostos a comprar e não
a compra efetiva (coeteris
paribus).
Como o preço e a quantidade
demandada têm relação
negativa, a curva de demanda se
inclina para baixo.
Ex: Gráfico- Curva de Demanda – Função Linear
0 5 10 15 20
Preço do
Livro(R$)
Qtd adquirida
de livros
Ex.Renda de
R$ 2 mil
qd
i = 25 – 0,25pi
qd
i = a – b.pi
80
60
40
20
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
52
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e
serviços
Bem substituto: o consumo de um bem substitui o consumo ou
concorrente do outro.
Dois bens para os quais, tudo o mais
mantido constante (coeteris paribus), um
aumento no preço de um deles aumenta a
demanda pelo outro. Ex.: Manteiga e
margarina.
Supondo pi , pc , R e G constantes
 
d
i s
q f p

0
d
i
s
q
p



Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
53
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros
bens e serviços
Ex.: 1. Carne de vaca,
frango e peixe.
2. Cerveja Antarctica
e Brahma.
3. Coca-cola e Pepsi.
Bem substituto
ou concorrente
0 5000 10000 15000 20000
Preço da
Coca-cola(R$)
80
60
40
20
Qtd. consumida de Coca-cola
(Supondo um aumento
no preço do guaraná)
D0
D1
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
54
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros
bens e serviços
Bens complementares = são bens consumidos em conjunto.
qd
i = f( pc ) Supondo pi , ps , R e G constantes
qd
i
pc
< 0
Bens para os quais o aumento no preço de
um dos bens leva a uma redução na demanda
pelo outro bem. Ex.: Computador e software.
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
55
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros
bens e serviços
1. Camisa social e
gravata;
2. Pneu e câmara;
3. Pão e manteiga;
4. Sapato e meia;
5. Litro de gasolina e
automóvel.
Bens
complementares:
0 10000 20000 30000 40000
Preço do litro
de gasolina (R$)
8
6
4
2
Qtd. de litros de gasolina
(Supondo um aumento
no preço dos automóveis)
D0
D1
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
56
Relação entre a demanda de um bem e renda do
consumidor (R)
qd
i = f( R ) Supondo pi , ps , pc e G constantes
Em relação à renda dos consumidores, há três situações
distintas:
qd
i
R
> 0
Bem Normal: tudo o mais constante, um
aumento na renda provoca um aumento
na quantidade demandada do bem.
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
57
qd
i
R
< 0
Bem Inferior: tudo o mais constante, um
aumento na renda provoca uma diminuição
na quantidade demandada do bem.
Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda.
qd
i
R
= 0
Bem de consumo saciado: se aumentar a
renda do consumidor, não aumentará a
demanda do bem.
Ex: demanda de alimentos básicos, como o
açúcar, sal, arroz.
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
58
Relação entre a demanda de um bem e renda do
consumidor (R)
Essa classificação depende da classe de renda dos
consumidores.
Para consumidores de baixa renda não existem muitos
bens inferiores. Com a renda mais elevada, maior nº de
produtos passa a ser classificado como bem inferior.
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
59
Bem normal
Preço da carne
de 1ª (R$)
Qtd. de carne de 1ª
(Supondo um aumento
na renda do consumidor)
D0
D1
Relação entre a demanda de um bem e renda do
consumidor (R)
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
60
Bem inferior
Preço da carne
de 2ª (R$)
Qtd. de carne de 2ª
(Supondo um aumento
na renda do consumidor)
D1
D0
Relação entre a demanda de um bem e renda do
consumidor (R)
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
61
Preço do arroz (R$)
Qtd. de arroz
(Supondo um aumento na
renda do consumidor)
Bem saciado
Relação entre a demanda de um bem e renda do
consumidor (R)
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
62
Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos
consumidores (G).
qd
i = f(G ) Supondo pi , ps , pc e R constantes
Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados,
“manipulados” por propaganda e campanhas promocionais,
incentivando ou reduzindo o consumo de bens.
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
63
Campanha do
tipo “beba mais
leite”
0 5 10 15 20
Preço do
Bem (R$)
Quantidade adquirida do bem
80
60
40
20
Redução
Aumento
D1-Cigarro
D0 D1-Leite
Campanha do
tipo “o fumo
é prejudicial
à saúde”
Desloca p/
direita
Desloca p/
esquerda
Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos
consumidores (G).
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
64
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço
A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais.
A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas
dos consumidores individuais.
mercado consumidores individuais
1
para i 1,2,3,...
n
i
D d
n




Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
65
0 50 100 150 200
Preço do
Bem (R$)
80
60
40
20
Qtd - Consumidor A
Preço do
Bem R$)
0 100 200 300 400
Qtd - Consumidor B
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
66
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço
0 150 300 450 600
Preço do
Bem R$)
Total do Mercado
80
60
40
20
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
67
Importante:
variações na demanda  variações na quantidade demandada
Variações na demanda: dizem respeito ao deslocamento
da curva da demanda, em virtude de alterações em ps, pc,
R, G (ou seja, mudança na condição coeteris paribus).
Variações na quantidade demandada: refere-se ao
movimento ao longo da própria curva de demanda, em
virtude da variação do preço do próprio bem pi,
mantendo as demais variáveis constantes (coeteris
paribus).
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
68
Renda
Preços de bens relacionados
Gostos
Expectativas
Número de compradores
Desloca a curva de demanda
Variações na Quantidade Demandada
Preço do próprio bem Movimento ao longo da curva de demanda
Variações na Demanda
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
69
Movimento ao longo da curva Deslocamento da curva
Variação na quantidade demandada
0 5 10 15 20
Preço do
Cigarro (R$)
80
60
40
20
No. Cigarros fumados/dia.
Ex.: Imposto que
aumenta o preço
do cigarro.
D
0 5 10 15 20
Preço do
Cigarro (R$)
80
60
40
20
No. Cigarros fumados/dia.
Ex.: Política de
combate ao fumo.
D
D’
Análise da Demanda de Mercado
Variação na Demanda
ECONOMIA – Micro e Macro
70
Excedente do consumidor: bem-estar gerado pela diferença entre
a disposição máxima a pagar (preço de reserva) e o preço
efetivamente efetivamente pago por um bem ou serviço.
Preço
Análise da Demanda de Mercado
D
P
E
quantidade
q
E. C.
ECONOMIA – Micro e Macro
71
Paradoxo (Bem) de Giffen: é uma exceção à “Lei Geral da
Demanda”, em que a curva é positivamente inclinada (relação
direta) entre a quantidade demandada e o preço do bem.
Análise da Demanda de Mercado
Preço da batata
(R$)
Quantidade demandada de batata
ECONOMIA – Micro e Macro
72
Paradoxo (Bem) de Giffen
Comunidade Inglesa muito pobre.
Ocorreu uma queda no preço da Batata.
Como a população gastava a maior parte da renda
com esse produto, o seu poder aquisitivo aumentou
e como estavam saturados de batata, passaram a gas-
tar com outros produtos.
O preço da Batata caiu, bem como a quantidade
demandada (curva positivamente inclinada).
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
73
Formato da Curva de Demanda
Calculada estatisticamente e empiricamente, através de
modelos econométricos.
Funções: Tipo linear, potência, hiperbólica, etc.
qd
i = 3 – 0,5.pi + 0,2.ps – 0,1.pc + 0,9.R
Coeficientes
em relação a qd
i
<0 >0 <0 >0
Obs: a variável “Gosto” não é observável empiricamente.
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
74
Exercícios sobre a demanda de mercado
qd
x = 3 – 0,5.px – 0,2.py + 5.R
1- Dados:
Pede-se:
1. O Bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ?
2. O bem x é normal ou inferior? Por que?
3. Supondo (px = 1, py = 2, R = 100) qual a quantidade procurada
de x ?
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
75
Exercícios sobre a demanda de mercado
qd
x = 500 – 1,5.px + 0,2.py – 5.R
2- Dados:
Pede-se:
1. O bem x é normal ou inferior? Por que?
2. O bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ?
3. O bem x seria um bem de Giffen ? Por que ?
4. Supondo ( px = 1 , py = 2 , R = 40 ) qual a quantidade demandada
de x ?
5. Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a quantidade
demandada de x ?
Análise da Demanda de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
76
Análise da Oferta de Mercado
Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que
os produtores desejam vender, em função dos preços, em
um determinado período.
Considera-se que os produtores são racionais, já que estão
produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de
custos de produção.
ECONOMIA – Micro e Macro
77
Análise da Oferta de Mercado
Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço
 
0
, , , ,
i i fp n
q f p p p T M

0
quantidade ofertada do bem i
preço do bem i
preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, etc.)
preço de outros n bens, substitutos na produção
tecnologia
metas e
i
i
fp
n
q
p
p
p
T
M





 objetivos do empresário
ECONOMIA – Micro e Macro
78
Análise da Oferta de Mercado
Tudo o mais constante (coeteris paribus),
se o preço do bem aumenta, estimula as
empresas a produzirem mais. Para
produzir mais, os custos serão maiores, e o
preço do bem deve ser aumentado.
Função Geral da Oferta
Como os empresários reagem, quando se altera o preço do
bem ou serviço, coeteris paribus.
Aumentando a quantidade ofertada
0
0
i
i
q
p



ECONOMIA – Micro e Macro
79
Análise da Oferta de Mercado
0 5 10 15 20
Preço do
Livro(R$)
80
60
40
20
Quantidade oferecida de livros
O
Função Geral da Oferta
ECONOMIA – Micro e Macro
80
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e preço do fator
(Insumo) de produção (Pfp)
Supondo pi , pn , T, M constantes
Preço do Fator de produção (pfp). Se o preço
do fator mão-de-obra aumenta, diminui a
oferta do bem, coeteris paribus, (haverá um
deslocamento). O mesmo vale para os
demais fatores de produção, como terra,
matérias-primas, etc.
0
0
i
fp
q
p



 
0
i fp
q f p

ECONOMIA – Micro e Macro
81
Análise da Oferta de Mercado
Deslocamentos da curva
0 5 10 15 20
Preço do
Livro(R$)
80
60
40
20
Quantidade oferecida de livros
Redução
Aumento da oferta.
O O’
O”
a)
b)
a) Aumento do preço do
fator de produção,
coeteris paribus, há
uma redução na oferta
do bem.
b) Redução do preço do
fator de produção,
coeteris paribus, há um
aumento na oferta do
bem.
ECONOMIA – Micro e Macro
82
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens,
substitutos na produção (pn)
Supondo pi , pfp , T, M constantes
Preço de outro bem substituto na produção
(pn). Ex.: Se o preço do bem substituto
aumenta, e dado o preço do bem (coeteris
paribus), os produtores diminuirão a
produção do bem, para produzir mais do
bem substituto.
 
0
i n
q f p

0
0
i
n
q
p



ECONOMIA – Micro e Macro
83
Análise da Oferta de Mercado
Deslocamentos da curva
0 5 10 15 20
Preço do
Livro(R$)
80
60
40
20
0
Quantidade oferecida de livros
Redução
Aumento da oferta.
O O’
O”
a)
b)
a) Aumento do preço do
bem substituto,
coeteris paribus, há
uma redução na
oferta do bem.
b) Redução do preço do
bem substituto,
coeteris paribus, há
um aumento na oferta
do bem.
ECONOMIA – Micro e Macro
84
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T)
Supondo pi , pfp , pn , M constantes
Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia,
coeteris paribus, aumenta a oferta do bem.
0
0
i
q
T



 
0
i
q f T

ECONOMIA – Micro e Macro
85
Análise da Oferta de Mercado
Deslocamentos da curva
0 5 10 15 20
Preço do
Livro(R$)
80
60
40
20
0
Quantidade oferecida de livros
Redução
Aumento da oferta.
O O’
O”
b)
a)
a) Aumento da
tecnologia, coeteris
paribus, há um
aumento na oferta do
bem.
b) Redução da
tecnologia, coeteris
paribus, há uma
redução na oferta do
bem.
ECONOMIA – Micro e Macro
86
Análise da Oferta de Mercado
Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas
do empresário (M)
Supondo pi , pfp , pn , T constantes
Objetivos e Metas dos empresários.
Poderá haver interesse do empresário de
aumentar ou reduzir a produção.
 
0
i
q f M

0
0
i
q
M



ECONOMIA – Micro e Macro
87
Análise da Oferta de Mercado
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço
A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas
individuais, que produzem um dado bem ou serviço.
Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas
das firmas individuais.
mercado firmas individuais
1
para j 1,2,3,...
n
j
O q
n




ECONOMIA – Micro e Macro
88
Análise da Oferta de Mercado
80
60
40
20
0
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço
0 5 10 15 20
Preço do
Bem (R$)
80
60
40
20
Quantidade oferecida pela Firma A
O
0 10 20 30 40
Preço do
Bem (R$)
Quantidade oferecida pela Firma B
O
ECONOMIA – Micro e Macro
89
Análise da Oferta de Mercado
0 15 30 45 60
Preço do
Bem (R$)
80
60
40
20
Quantidade oferecida pelo mercado
O
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço
ECONOMIA – Micro e Macro
90
Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço
Variação da oferta: deslocamento da curva de oferta, em
virtude de alterações em pfp, pn, T, M (ou seja, mudança na
condição coeteris paribus).
Variações na quantidade ofertada: refere-se ao
movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude
da variação do preço do próprio bem pi , mantendo-se as
demais variáveis constantes (coeteris paribus).
Análise da Oferta de Mercado
Importante:
variações da oferta  variações da quantidade ofertada
ECONOMIA – Micro e Macro
91
Análise da Oferta de Mercado
Variações na quantidade ofertada
Preços dos Insumos
Preços dos Bens Substitutos
Tecnologia
Objetivo do empresário
Número de Vendedores
Desloca a curva de oferta
Preço
Movimento ao longo da
curva de oferta
Variações na oferta
ECONOMIA – Micro e Macro
92
Excedente do produtor: ganho em bem-estar pelo fato do
produtor receber no mercado um preço maior que aquele mínimo
que viabilizaria sua produção.
0 15 30 45 60
Preço do
Bem (R$)
80
60
40
20
Quantidade oferecida
O
E. P.
ECONOMIA – Micro e Macro
93
O Equilíbrio de Mercado
O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço
O preço em uma economia de
mercado é determinado tanto
pela oferta como pela demanda.
O equilíbrio se encontra onde as
curvas de oferta e de demanda se
cruzam. Ao preço de equilíbrio, a
quantidade oferecida é igual a
quantidade demandada
(quantidade de equilíbrio). 0 5 10 15 20
Preço do
Bem
80
60
40
20
Quantidade do Bem.
Oferta
Demanda
Equilíbrio
ECONOMIA – Micro e Macro
94
O Equilíbrio de Mercado
Lei da Oferta e da Demanda
O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a
oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço).
Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda:
quantidade que os consumidores querem comprar = quantidade que os produtores desejam vender
O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço
ECONOMIA – Micro e Macro
95
O Excesso de Oferta
Situação em que a quantidade
oferecida (Ex.: 15 unidades)
é maior que a quantidade
demandada (Ex.: 5 unidades).
Excesso do Bem
Fornecedores reduzem preços
Mercado atinge o Equilíbrio
0 5 10 15 20
Preço do
Bem
80
60
40
20
Quantidade do Bem.
O
D
Excesso de
Oferta
O Equilíbrio de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
96
O Excesso de Demanda
Situação em que a quantidade
demandada (Ex.: 15 unidades)
é maior que a quantidade
oferecida (Ex.: 5 unidades).
Escassez do Bem
Fornecedores aumentam preços
Mercado atinge o Equilíbrio
0 5 10 15 20
Preço do
Bem
80
60
40
20
Quantidade do Bem
O
D
Excesso de
Demanda
O Equilíbrio de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
97
O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio
Excesso de
Demanda
O Equilíbrio de Mercado
Equilíbrio
0 5 10 15 20
Preço do
Bem
80
60
40
20
Quantidade do Bem
O
D
Excesso de
Oferta
ECONOMIA – Micro e Macro
98
Como um aumento na demanda afeta o equilíbrio.
Ex: as pessoas passam a cultivar
o hábito de leitura (coeteris paribus).
1. O “hábito” aumenta a demanda.
A oferta permanece inalterada,
pois este determinante não afeta
diretamente as livrarias.
2. A curva de demanda se desloca
para a direita.
3. O preço e a quantidade são
aumentados (novo ponto de
equilíbrio).
0 5 10 15 20
Preço do
Livro
80
60
40
20
Quantidade de livros
O
D2
D1
O Equilíbrio de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
99
Como um redução na oferta afeta o equilíbrio.
Ex: Um terremoto destrói várias editoras.
1. O terremoto afeta a curva de
oferta. A curva de demanda
permanece inalterada, pois o
terremoto não muda diretamente a
quantidade demandada pelos
compradores.
2. A curva de oferta se desloca para a
esquerda (a qualquer preço a
quantidade ofertada é menor).
3. O preço aumenta e a quantidade
diminui (novo ponto de
equilíbrio).
0 5 10 15 20
Preço do
Livro
80
60
40
20
Quantidade de livros
O’
D
O
O Equilíbrio de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
100
Uma Mudança simultânea na Oferta e na Demanda
Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito
de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto
destruindo várias editoras.
1. Ambas as curvas se deslocam.
2. A curva de Demanda se desloca para
direita e a de Oferta para a esquerda.
3. Há dois resultados possíveis
dependendo da extensão dos
deslocamentos das curvas. (a) A
quantidade o preço aumentam. 0 5 7 10 15 20
Preço do
Livro
80
65
40
20
Quantidade de livros
O1
D2
D1
65
O2
1o
1o Caso
O Equilíbrio de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
101
Uma Mudança simultânea na oferta e na demanda
Ex: As pessoas passam a cultivar o
hábito de leitura e ao mesmo tempo, um
terremoto destruindo várias editoras.
1. Ambas as curvas se deslocam.
2. A curva de Demanda se desloca
para direita e a de Oferta para a
esquerda.
3. Há dois resultados possíveis
dependendo da extensão dos
deslocamentos das curvas. (b) A
quantidade diminui e o preço
aumenta.
0 5 7 10 15 20
Preço do
Livro
80
65
40
20
Quantidade de livros
O1
D2
D1
65
O2
1o
2o Caso
O Equilíbrio de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
102
O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado
1. Dados D = 22 – 3p (função demanda)
S = 10 + 1p (função oferta)
a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade.
b) Se o preço for R$ 4,00, existe excesso de oferta ou de
demanda ? Qual é a magnitude desse excesso ?
ECONOMIA – Micro e Macro
103
O Equilíbrio de Mercado
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado
2. Dados: qd
x = 2 – 0,2.px + 0,03.R
qo
x = 2 + 0,1.px
e supondo a renda R = 100, pede-se:
a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x.
b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o
novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x.
ECONOMIA – Micro e Macro
104
O Equilíbrio de Mercado
3. Num dado mercado, a oferta e a procura de um
produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes
equações:
Qo = 48 + 10.p
Qd = 300 – 8.p
Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade
ofertada, quantidade demandada e o preço do produto.
Qual será a quantidade transacionada nesse mercado,
quando ele estiver em equilíbrio ?
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado
ECONOMIA – Micro e Macro
105
Conceito
Elasticidade-Preço da Demanda
Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda
Elasticidade-Renda da Demanda
Elasticidade-Preço da Oferta
Exercícios
Capítulo 3: Elasticidades
ECONOMIA – Micro e Macro
106
Elasticidades
Conceito:
É a alteração percentual em uma variável, dada uma
variação percentual em outra, coeteris paribus.
Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma
variável, em face de mudanças em outras variáveis.
ECONOMIA – Micro e Macro
107
Elasticidades
Exemplos na Microeconomia
Elasticidade-preço da demanda : variação percentual na quantidade
demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
Elasticidade-renda da demanda : variação percentual na quantidade
demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus.
Elasticidade-preço cruzada da demanda: variação percentual na quantidade
demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris
paribus.
Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade ofertada,
dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
ECONOMIA – Micro e Macro
108
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda:
É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma
variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a
sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma
variação no preço de um bem ou serviço.
A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é
expresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a Epd =
-1,5 ).
1 0
1 0
0
%
%
d
i
d d d
i o i i i
pd d
i
i i
i
q q q
q q q p q
E
p p p
p q p
p p
 
 
   
 
 
ECONOMIA – Micro e Macro
109
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Exemplo: Calcule a Elasticidade-
preço da demanda em um ponto
específico.
P0 = preço inicial = R$ 20,00
P1 = preço final = R$ 16,00
Q0 = quantidade demandada,
ao preço p0 = 30
Q1 = quantidade demandada,
ao preço p1 = 39
0 15 30 39 50
Preço do
Bem (R$)
30
20
16
8
Quantidade demandada
D
p1
p0
ECONOMIA – Micro e Macro
110
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Solução:
Variação
Percentual (%)
Interpretação: para uma queda de 20% no preço,a quantidade
demandada aumenta em 1,5 vezes os 20%, ou seja, 30%, coeteris
paribus.
1 0
0
1 0
0
16 20
0,2 20%
20
39 30
0,3 30%
30
0,3
1,5 1,5
0,2
pd pd
p p
p
p p
q q
q
q q
E E

 
     

 
   
    

ECONOMIA – Micro e Macro
111
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Classificação: demanda elástica, inelástica e de
elasticidade unitária.
Demanda elástica (|Epd|>1): significa que uma variação
percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade
demandada em sentido contrário.
Por exemplo: |Epd |=1,5
Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10%
no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em
15%, ou seja, 50% a mais, coeteris paribus. Isso revela que a
quantidade é bastante sensível à variação de seu preço.
ECONOMIA – Micro e Macro
112
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Demanda Inelástica (|Epd|<1): significa que uma variação
percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade
demandada em sentido contrário, porém muito pequana.
Por exemplo: |Epd|=0,4
Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de
preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma
variação na demanda desse bem de apenas 4% (em sentido
contrário) coeteris paribus.
ECONOMIA – Micro e Macro
113
Elasticidades
Demanda de elasticidade unitária (|Epd|=1 ou Epd=-1): neste
caso uma variação percentual no preço, implica na mesma
varição percentual na quantidade demandada em sentido
contrário.
Por exemplo: |Epd|=0,4
Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%,
coeteris paribus.
Elasticidade-preço da demanda
ECONOMIA – Micro e Macro
114
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Fatores que afetam:
• Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais
elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem
mais opções para “fugir” do consumo desse bem;
• Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais
inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como
por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus;
• Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto maior
o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda.
• Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a
demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de
determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu
preço aumenta.
ECONOMIA – Micro e Macro
115
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
Interpretação geométrica
A elasticidade-preço
da demanda varia, ao
longo de uma mesma
curva de demanda.
Quanto maior o
preço do bem, maior
a elasticidade.
Preço do
Bem (R$)
Quantidade demandada
a
b
c
|Epd|ponto b > 1 (elástica)
|Epd|ponto a = 1 (unitária)
|Epd|ponto c < 1 (inelástica)
ECONOMIA – Micro e Macro
116
Preço
do
Sal
(R$)
Qtd adquirida de sal
Preço
do
CD´s
(R$)
Qtd adquirida de CD´s
Inclinação acentuada: as
compras variam pouco com o
aumento dos preços. (Insensível
aos preços: inelástica)
Inclinação pequena: as compras
variam muito com o aumento dos
preços. (Sensível aos preços:
elástica)
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda
ECONOMIA – Micro e Macro
117
Preço
do
Bem
(R$)
Qtd adquirida do Bem
Inclinação infinita: as compras
não variam com o aumento dos preços.
Perfeitamente Inelástica: Epd=0
(Ex.: Bens Essenciais)
Inclinação zero: as compras variam
muito com o aumento dos preços.
Sensível aos preços.
Perfeitamente Elástica: Epd=
(Ex.: Mercados perfeitamente competitivos)
Elasticidades
Elasticidade-preço da demanda:
casos extremos
Preço
do
Bem
(R$)
Qtd adquirida do Bem
ECONOMIA – Micro e Macro
118
Elasticidades
Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio
total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda
Receita Total RT = preço unitário x quantidade comprada do bem
O que pode acontecer com a receita total (RT),
quando varia o preço de um bem?
Resposta: vai depender da elasticidade-preço da demanda
*
RT p q

ECONOMIA – Micro e Macro
119
a) Se a Epd for elástica: % qd > % p
• se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá;
• se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará.
b) Se Epd for inelástica: % qd < % p
• se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará.
• se p cair, qd aumentará, e a RT cairá.
c) Se Epd for unitária: % qd = % p
• Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT)
permanece constante.
Elasticidades
ECONOMIA – Micro e Macro
120
Elasticidades
Conclusão:
Demanda
inelástica
É vantajoso aumentar o preço
(ou diminuir a produção)
Até onde
Epd = -1
Pois, embora a quantidade caia, o aumento de preço mais
que compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta.
Ex.: Produtos agrícolas (principalmente os essenciais). Se, o aumento
do preço for muito elevado pode acabar caindo no ramo elástico da
demanda e assim, gerando a queda na receita total (RT).
ECONOMIA – Micro e Macro
121
Elasticidades
Elasticidade-preço cruzada da Demanda
Variação percentual na quantidade demandada, dada a
variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus.
Epd
AB > 0  A e B são substitutos (o aumento do preço
de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus).
Epd
AB < 0  A e B são complementares (o aumento do
preço de y diminui o consumo de x, coeteris paribus).
AB B A
pd
A B
p q
E
q p

0
AB
pd
E 
ECONOMIA – Micro e Macro
122
Elasticidades
Elasticidade-renda da Demanda
Variação percentual na quantidade demandada,
dada uma variação percentual na renda do
consumidor, coeteris paribus.
ERd>1 Bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da renda,
o consumo varia mais que proporcionalmente.
Erd >0 Bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta.
ERd<0 Bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta.
ERd=0 Bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o
consumo do bem.
Rd
R q
E
q r

Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é
superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos.
ECONOMIA – Micro e Macro
123
Elasticidades
Elasticidade-preço da oferta
Epo>1 Bem de oferta elástica.
Epo<1  Bem de oferta inelástica.
Epo=1  Elasticidade-preço de oferta unitária.
Variação percentual na quantidade
ofertada, dada uma variação
percentual no preço do bem,
coeteris paribus.
0
0
pd
q
p
E
q p

Preço
do
Bem
Quantidade do Bem.
Epo > 1 Epo = 1
Epo < 1
ECONOMIA – Micro e Macro
124
Introdução
Incidência de um Imposto sobre Vendas
Fixação de Preços Mínimos na Agricultura
Externalidades
Bens públicos
Exercícios
Capítulo 4: Aplicação da Análise
Econômica em Políticas Públicas
ECONOMIA – Micro e Macro
Oferta, Demanda e Políticas do Governo
• Em um mercado competitivo livre de
regulamentos governamentais, as forças de
mercado estabelecem os preços e as quantidades
de equilíbrio.
• Mesmo que as condições de equilíbrio sejam
eficientes, pode ser que nem todos fiquem
satisfeitos.
• Um dos papéis do economista é utilizar suas
teorias para auxiliar no desenvolvimento de
políticas.
ECONOMIA – Micro e Macro
Controle de Preços
São aplicados, em geral, quando os formuladores de
políticas acreditam que o preço de mercado de um bem
ou serviço é injusto para o comprador ou para o
vendedor. Resultam em preços fixados pelo governo:
Preço Máximo
• Teto legal máximo para o preço de venda de um bem.
Preço Mínimo
• Piso legal mínimo para o preço de venda de um bem.
ECONOMIA – Micro e Macro
Preço Máximo
Quando o governo fixa um preço máximo,
aparecem duas possíveis consequências:
• O preço máximo não é compulsório se for fixado
acima do preço de equilíbrio.
• O preço máximo é compulsório se for fixado
abaixo do preço de equilíbrio, provocando uma
escassez.
ECONOMIA – Micro e Macro
Preço Máximo Não Compulsório
$4
$3
q
0
p
Demanda
Oferta
Preço
Máximo
100
Quantidade de
equilíbrio
Preço de
equilíbrio
ECONOMIA – Micro e Macro
Preço Máximo Compulsório
$3
q
0
p
2
Demanda
Oferta
Preço
máximo
Escassez
125
Quantidade
demandada
75
Quantidade
ofertada
Preço de
equilíbrio
ECONOMIA – Micro e Macro
$4
P1
Quantidade
de gasolina
0
Preço da
gasolina
Q1
Demanda
Oferta
Preço
máximo
1. Inicialmente o
preço máximo
não é
compulsório…
Preço Máximo Compulsório
ECONOMIA – Micro e Macro
P1
Quantidade de
gasolina
0
Preço da
gasolina
Q1
Demanda
S1
Preço
máximo
S2
2. …mas
quando a oferta
cai...
P2
3. …o preço máximo
torna-se
compulsório...
4. …provocando a
escassez.
Preço Máximo Compulsório
ECONOMIA – Micro e Macro
Quando o governo impõe um preço
mínimo, aparecem duas possíveis
consequências.
i. O preço mínimo não é compulsório se fixado abaixo
do preço de equilíbrio.
ii. O preço mínimo é compulsório se fixado acima do
preço de equilíbrio, provocando um excedente.
Preço mínimo
ECONOMIA – Micro e Macro
$3
q
0
p
100
Quantidade de
equilíbrio
Preço de
equilíbrio
Demanda
Oferta
Preço
mínimo
2
Preço mínimo não compulsório
ECONOMIA – Micro e Macro
$3
q
0
p
Preço de
equilíbrio
Demanda
Oferta
Preço mínimo
$4
120
Quantidade
ofertada
80
Quantidade
demandada
Excedente
Preço mínimo compulsório
ECONOMIA – Micro e Macro
Um preço mínimo impede a oferta e a demanda de moverem-se na
direção do preço e quantidade de equilíbrio. Quando o preço de
mercado atinge o piso, não pode prosseguir na queda, e o preço de
mercado se torna igual ao mínimo.
Um preço mínimo compulsório provoca um excedente porque
QS>QD. Somente uma parte da produção é vendida ao preço
mínimo, ou então somente alguns vendedores conseguem vender
sua produção ao preço mínimo.
Exemplos: um exemplo importante de preço mínimo é o salário
mínimo. A legislação trabalhista determina piso para o salário que
o empresário pode pagar; garantia de preços mínimos para produtos
agrícolas.
Efeitos de um preço mínimo
ECONOMIA – Micro e Macro
136
Quantidade de
mão-de-obra
0
Salário
Salário de
equilíbrio
Demanda de
mão-de-obra
Oferta de
mão-de-obra
Mercado de trabalho livre
Emprego de
equilíbrio
Salário mínimo
ECONOMIA – Micro e Macro
137
Salário
mínimo
Quantidade de
mão-de-obra
0
Salário
Demanda de
mão-de-obra
Oferta de
mão-de-obra
Quantidade
ofertada
Quantidade
demandada
Excedente de mão-de-obra
(desemprego)
Mercado de trabalho com
salário mínimo compulsório
Salário mínimo
ECONOMIA – Micro e Macro
Os governos utilizam impostos para arrecadar receita para
objetivos públicos, porém apresentam impactos como:
desestímulo a atividade do mercado;
 queda na quantidade vendida;
 compradores e vendedores compartilham o ônus do imposto.
Incidência tributária é o estudo da distribuição do ônus de um
imposto.
 Como se divide o ônus de um imposto?
Como os efeitos dos impostos sobre os vendedores se comparam com os
efeitos sobre os compradores?
Impostos e Incidência Tributária
As respostas para esta questões dependem da elasticidade da demanda e da elasticidade
da oferta.
ECONOMIA – Micro e Macro
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores
3.00
Quantidade
0
Preço
100
D1
Oferta, S1
Um imposto sobre
os compradores
desloca a curva de
demanda para baixo
em montante igual
ao imposto ($ 0,50)
D2
ECONOMIA – Micro e Macro
3.00
0 100
90
$3.30
Preço
pago pelos
compradores
D1
D2
Equilíbrio
com
imposto
Oferta, S1
Equilíbrio sem imposto
2.80
Preço
recebido pelos
vendedores
Preço
sem
imposto
Imposto ($0,50)
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores
Preço
Quantidade
ECONOMIA – Micro e Macro
3.00
0 100
90
S1
S2
Demanda, D1
Preço
sem
imposto
2.80
Preço
recebido
pelos
vendedores
$3.30
Preço pago
pelos
compradores
Equilíbrio sem imposto
Um imposto sobre
os vendedores
desloca a curva de
oferta para cima
em montante igual
ao imposto
($0,50).
Imposto ($0,50)
Equilíbrio
com imposto
Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Vendedores
Preço
Quantidade
ECONOMIA – Micro e Macro
142
Quantidade de
mão de obra
0
Salários
Salário sem
imposto
Demanda de
mão de obra
Oferta de
mão-de-obra
Cunha
tributária
Salário pago
pelas
empresas
Salário
recebido pelos
trabalhadores
Imposto Sobre a Folha de Pagamento
ECONOMIA – Micro e Macro
Oferta Elástica, Demanda Inelástica
Quantidade
0
Preço
Demanda
Oferta
Imposto
1. Quando a oferta
é mais elástica que
a demanda...
2. ...a incidência do
imposto recai mais
pesadamente
sobre os
consumidores...
3. ...do que
sobre os produtores.
Preço sem imposto
Preço pago pelos
compradores
Preço recebido pelos
vendedores
ECONOMIA – Micro e Macro
Oferta Inelástica, Demanda Elástica
0
Demanda
Oferta
Preço sem imposto
Imposto
1. Quando a demanda é mais
elástica que a oferta...
2. ...a incidência
do imposto recai
mais pesadamente
sobre os produtores...
3. ...do que sobre
os consumidores.
Preço pago pelos
compradores
Preço recebido pelos
vendedores
Quantidade
Preço
ECONOMIA – Micro e Macro
145
Introdução
Conceitos Básicos
Produção com um Fator Variável e um Fixo
(uma análise de curto prazo)
Produção a Longo Prazo
Exercícios
Capítulo 5: Produção
ECONOMIA – Micro e Macro
146
Introdução
Teoria da Firma
Curva de Oferta
Teoria da Produção
(relações entre a quantidade produzida e as
quantidades de insumos utilizados)
Teoria dos Custos de produção
(inclui os preços dos insumos)
ECONOMIA – Micro e Macro
147
Produção – Conceitos Básicos
Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de
produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado.
Insumos
• Mão-de-obra
• Capital Físico
• Área, Terra
• Matérias-primas
Processo de Produção
Produtos
• Bens & Serviços
Finais
•Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que
produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de
insumo;
•Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que
permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de
produção.
ECONOMIA – Micro e Macro
148
Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física
de fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física do
produto (q) em determinado período de tempo.
Produção – Conceitos Básicos
 
, ,
q f N K M

onde:
N = mão-de-obra utilizada / tempo
K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo
M = matéria-prima utilizada / tempo
Observação: função de produção  função de oferta
•Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção.
•Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos
fatores de produção.
ECONOMIA – Micro e Macro
149
Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a
produção varia.
Ex: o capital físico e as instalações da empresa
Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade
produzida varia.
Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas
Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de
produção fixo;
Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis.
Produção – Conceitos Básicos
ECONOMIA – Micro e Macro
150
Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado
período de tempo.
Produção: Produto Total, Produtividade Média e
Produtividade Marginal
PT q

Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto e
a quantidade do fator de produção, em determinado período de
tempo.
(produtividade média da mdo)
(produtividade média do capital)
N
K
PT
PMe
N
PT
PMe
K


ECONOMIA – Micro e Macro
151
Produção: Produto Total, Produtividade Média e
Produtividade Marginal
Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma
variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em
determinado período de tempo.
= ou (produtividade marginal da mdo)
= ou (produtividade marginal do capital)
N
K
PT q dq
PMg
N N dN
PT q dq
PMe
K K dK
 

 
 

 
ECONOMIA – Micro e Macro
152
Produção: Produto Total, Produtividade Média e
Produtividade Marginal
PT
PT
N
N
PMe
N
PMg
N
N
PMe
PMg
N
6
0
6
K N PT Pme N PMg N
10 0 0
10 1 3 3.0 3
10 2 8 4.0 5
10 3 12 4.0 4
10 4 15 3.8 3
10 5 17 3.4 2
10 6 17 2.8 0
10 7 16 2.3 -1
10 8 13 1.6 -3
OBS:
O formato das curvas PMgN e
PMeN dá-se em virtude da Lei dos
Rendimentos Decrescentes.
ECONOMIA – Micro e Macro
153
Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator variável (N),
sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável
cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se
negativa.”
Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada).
Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só
vale a curto prazo).
Produção: Lei dos Rendimentos Decrescentes
ECONOMIA – Micro e Macro
154
Isoquanta: significa de igual
quantidade. Pode ser definida
como sendo uma linha na qual
todos os pontos representam
infinitas combinações de fatores,
que indicam a mesma quantidade
produzida. Uma firma pode
apresentar várias isoquantas de
produção (mapa de produção).
A escolha de uma isoquanta,
corresponde à escolha que o
fornecedor deseja produzir,
dependendo dos custos de
produção e da demanda pelo
produto.
Produção: Isoquanta de produção
K
N
1 1.000
q 
50 80 150
2
4
6
2 2.000
q 
3 3.000
q 
ECONOMIA – Micro e Macro
155
Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem,
a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho,
demandando mais fatores de produção.
• Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na
quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um
aumento de mais de 10% na produção;
• Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de
produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa
proporção menor;
• Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção
crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção,
neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são constantes.
Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala
ECONOMIA – Micro e Macro
156
Capítulo 5: Custos de Produção
Introdução
Custo de oportunidade X Custos Contábeis
Conceito de Externalidade
Custos de Curto Prazo
Custos de Longo Prazo
Maximização do Lucro Total
Exercícios
ECONOMIA – Micro e Macro
157
Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa.
Por exemplo, o aumento da produção de um determinado bem
(automóvel);
Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade,
derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição
advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa).
Externalidades: alterações de custos e benefícios para a sociedade,
derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos
e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa.
•Externalidades positivas
•Externalidades negativas
Custos de Produção: Avaliação privada e avaliação social
ECONOMIA – Micro e Macro
158
Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia.
Ex.: Aluguéis, depreciação, etc.
Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja,
depende da quantidade produzida.
Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc.
Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo
total.
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
CT CVT CFT
 
 
CVT f q

ECONOMIA – Micro e Macro
159
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
Custos Totais ($)
q
CFT
CVT
CT CVT CFT
 
OBS:
Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes
ECONOMIA – Micro e Macro
160
Custo Fixo Médio (CFMe):
Custo Variável Médio (CVMe):
Custo Médio (CMe ou CTMe):
CTMe = CVMe + CFMe
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
CFT
CFMe
q

CVT
CVMe
q

CT
CTMe
q

ECONOMIA – Micro e Macro
161
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
Custos Médios ($)
q
CFMe
CVMe
CTMe
O formato de U das curvas
CTMe e CVMe “a curto
prazo” também se deve à lei
dos rendimentos decrescentes,
ou lei dos custos crescentes.
Custos médios declinantes:
Pouca mão-de-obra
p/ grande capital.
Vantajoso absorver mão-de-
obra e aumentar a produção,
pois o custo médio cai.
Em certo ponto, satura-se a utilização
do capital (que é fixo) e a admissão de
mais mão-de-obra não trará aumentos
proporcionais de produção (custos
médios ou unitários começam a
elevar-se).
ECONOMIA – Micro e Macro
162
Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos
marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a
produção, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra de
produto.
Custos de Produção: Custos a Curto Prazo
ou
CT dCT
CMg CMg
q dq

 

Custos Mg ($)
q
CMg OBS:
Os custos marginais
não são influenciados
pelos custos fixos
(invariáveis a curto
prazo).
ECONOMIA – Micro e Macro
163
Custos de Produção: Relação entre Custo Marginal e os
Custos Médios Total e Variável (Custos a Curto Prazo)
Custos Médios e
Marginais ($)
q
CMg
CTMe
CVMe
Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo
médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio,
o médio só poderá cair.
Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o
marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio.
ECONOMIA – Micro e Macro
164
No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos
são variáveis, sendo assim, um agente econômico:
1. Opera no curto prazo e;
2. Planeja no longo prazo.
Os empresários têm um elenco de possibilidades de
produção de curto prazo, com diferentes escalas de
produção (tamanho), que podem escolher.
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
ECONOMIA – Micro e Macro
165
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
Supondo 3 escalas de produção: I) 10, II) 15 e III) 30 máquinas. Neste caso, as
curvas de custo médio de longo prazo serão:
I. Produção de q1  CMeC1 < CMeC2 e CMeC3
II. Produção de q3  CMeC2 < CMeC1 e CMeC3
III. Se planeja produzir em:
- q2  CMeC2 = CMeC1
- q4  CMeC2 = CMeC3
- são as opções normalmente escolhidas.
Custos ($)
q
1
10
CMeC
K 
2
15
CMeC
K  3
20
CMeC
K 
1
q 2
q 3
q 4
q
ECONOMIA – Micro e Macro
166
A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP) (Curva de
Envoltória ou curva de planejamento de longo prazo). Esta curva mostra o
menor custo unitário.
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
Custos ($)
q
CMeLP
ótimo
q
Lei dos rendimentos decrescentes
(Curto Prazo)
Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas
diferem no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentos decrescentes
(ou custos crescentes), a uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo
prazo deve-se aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa.
ECONOMIA – Micro e Macro
167
Isocusto: conjunto de todas
as combinações possíveis de
fatores de produção (K, L)
que mantém constante o custo
ou orçamento total da
empresa.
Dados os preços dos fatores,
se a empresa aumenta a
contratação de um fator,
deverá reduzir a aquisição de
outro fator, se deseja manter
constante o orçamento gasto
 Inclinação negativa.
K
L
Isocusto
Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
ECONOMIA – Micro e Macro
168
Capítulo 7: Estruturas de Mercado
Introdução
Mercado em Concorrência Perfeita
Monopólio
Oligopólio
Concorrência Monopolística
Estruturas do Mercado de Fatores
ECONOMIA – Micro e Macro
169
As várias formas ou estruturas de mercado dependem
fundamentalmente de 3 características:
a) número de empresas que compõem esse mercado;
b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos;
idênticos ou diferenciados);
c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas
empresas nesse mercado.
Estruturas de Mercado: Introdução
ECONOMIA – Micro e Macro
170
As principais características são:
Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como
átomos”), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de
mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e
consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado);
Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante,
homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado;
Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado.
Racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores
maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os
agentes agem racionalmente.
Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda
informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, os custos,
as receitas e os lucros dos concorrentes.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
ECONOMIA – Micro e Macro
171
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
OBS:
Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a
longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as
receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais,
que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de
oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra
atividade.
ECONOMIA – Micro e Macro
172
Teoria Microeconômica
( Teoria Neoclássica ou
Teoria Marginalista)
Empresas têm como objetivo
maior a maximização dos lucros
(a curto ou a longo prazo)
LT = RT – CT
LT = Lucro total;
RT = Receita total de vendas;
CT = Custo total de produção.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
ECONOMIA – Micro e Macro
173
Deverá escolher o nível de produção para qual a diferença positiva
entre RT e CT seja a maior possível (máxima).
Definição:
• Receita Marginal (RMg): é o acréscimo da receita total pela
venda de uma unidade adicional do produto.
• Custo Marginal (CMg): é o acréscimo do custo total pela
produção de uma unidade adicional do produto.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
ECONOMIA – Micro e Macro
174
A maximização do lucro ocorre, em um nível de produção tal que a
receita marginal da última unidade produzida seja igual ao custo
marginal desta última unidade produzida.
RMg = CMg
Se:
• RMg > CMg  há interesse de aumentar a produção, pois cada
unidade adicional fabricada aumenta o lucro;
• RMg < CMg  há interesse de diminuir a produção, pois cada
unidade adicional que deixa de ser fabricada aumenta o lucro;
• RMg = CMg  há a maximização do lucro, sendo CMg
crescente.
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
ECONOMIA – Micro e Macro
175
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
Custos ($)
q
CMg CTMe
0
RMg p RMe
 
0
q
0
p
ECONOMIA – Micro e Macro
176
A firma estará maximizando o
lucro no ponto onde a taxa de
intercâmbio dos fatores
permitida pela tecnologia
(T.M.S.T.) é igual à taxa de
intercâmbio permitida pelo
mercado (preços dos fatores);
Essa combinação ótima de
fatores é, ao mesmo tempo a que
minimiza o custo e maximiza a
receita  Dualidade
Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
(Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
K
L
Equilíbrio do produtor
K*
L*
ECONOMIA – Micro e Macro
177
Características básicas:
• uma única empresa produtora do bem ou serviço;
• não há produtos substitutos próximos;
• existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas:
• Monopólio puro ou natural: devido à alta escala de produção requerida,
exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolística já
está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com
baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a
um preço equivalente à firma monopolista;
• Patentes: direito único de produzir o bem;
• Controle de matérias-primas chaves: como por exemplo, o controle das
minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio;
• Monopólio estatal ou institucional: protegido pela legislação,
normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura;
Estruturas de Mercado: Monopólio
ECONOMIA – Micro e Macro
178
Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas
empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em
mercados monopolizados. Porém, como em concorrência perfeita, o ponto de
equilíbrio do monopolista (ponto de maximização do lucro), ocorre onde:
RMg = CMg
Estruturas de Mercado: Monopólio
($)
q
CMg
CMe
D RMe

0
q RMg
0
CMe
0
RMe
RMg CMg

B
A
0 0
. 0. . .
RT RMe q área RMe Aq
 
0 0 0 0
. 0. . .
CT CMe q área CMe B q
 
 
0 0 0
0 0
. . .
LT RT CT RMe CMe q
áreaCMe RMe A B
   

0
ECONOMIA – Micro e Macro
179
Características básicas:
• muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço;
• cada empresa produz um produto diferenciado, mas com
substitutos próximos;
• cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os
produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de
escolha, de acordo com sua preferência.
OBS:
Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há
tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência
perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas
para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em
que persistirão lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes.
Estruturas de Mercado: Concorrência Monopolística
ECONOMIA – Micro e Macro
180
Definido de duas formas:
• oligopólio conecentrado: pequeno nº de empresas no setor.
Ex. Indústria automobilística ou;
• oligopólio competitivo: um pequeno nº de empresas domina
um setor com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica.
Características básicas:
• devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder
de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se
normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que
os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de
preços;
• no oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a
entrada de novas empresas no setor.
Estruturas de Mercado: Oligopólio
ECONOMIA – Micro e Macro
181
Tipos de oligopólio:
• com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento);
• com produto diferenciado (por exemplo, automóveis).
OBS:
A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à
entrada de novas firmas persistirão.
Formas de atuação das empresas:
• concorrem entre si: via guerra de preços ou de promoções (forma de
atuação pouco freqüente);
• formam cartéis (conluios, trustes): cartel é uma organização (formal
ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política
para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição
(cota) do mercado entre as empresas.
Estruturas de Mercado: Oligopólio
ECONOMIA – Micro e Macro
182
Estruturas de Mercado: Oligopólio
Não existe um modelo geral de oligopólio, pois eles são muito
diferentes entre si. O modelo mais tradional parte da maximização
dos lucros pelo empresário, e neste caso a RMg = CMg.
Modelo de mark-up:
Mark-up = Receitas de Vendas – Custos Diretos de Produção
e neste caso o preço é calculado:
onde:
p = preço do produto
c = custo unitário direto ou variável
m = taxa (%) de mark-up
 
1
p m c
 
ECONOMIA – Micro e Macro
183
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos
Descrição de um jogo:
Jogadores: quem está envolvido;
Regras: quem joga e quando? O que ele sabe, quando joga? O que ele pode
fazer?
Resultados: para cada conjunto de ações possível, qual é o resultado do jogo.
Payoffs: quais são as preferências dos jogadores sobre os possíveis resultados
do jogo?
Estratégia dominante: é uma estratégia que é ótima para um jogador
independentemente da(s) estratégia(s) escolhida(s) pelo(s) outro(s)
jogador(es). Quando cada jogador possui uma estratégia dominante, dizemos
que a combinação dessas estratégias é um equilíbrio com estratégias
dominantes.
ECONOMIA – Micro e Macro
184
Dois parceiros em um crime são presos por um policial. Para cada
ladrão, o policial propõe que ele confesse o crime e sirva de
testemunha de acusação. Se um dos ladrões confessa o crime e o
outro não, aquele que confessou será posto em liberdade e o outro
cumprirá pena de 10 anos. Caso os dois confessem, ambos ficarão
presos por 3 anos. Se nenhum dos dois confessarem, a penalidade
será de apenas um ano.
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o
dilema dos prisioneiros)
ECONOMIA – Micro e Macro
185
Prisioneiro A
Prisioneiro B
confessa (-3,-3) (0,-10)
(-10,0) (-1,-1)
confessa não confessa
não confessa
Uma estratégia é dita estritamente dominada quando há uma outra estratégia
que gera sempre um melhor resultado independentemente da estratégia
escolhida pelo outro jogador.
Uma estratégia é dita fracamente dominada quando há uma outra estratégia
que gera sempre um resultado melhor ou igual independentemente da
estratégia escolhida pelo outro jogador.
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o
dilema dos prisioneiros)
ECONOMIA – Micro e Macro
186
O conjunto das estratégias escolhidas pelos jogadores de um jogo
constitui um equilíbrio de Nash se, para cada jogador, a sua
estratégia é ótima dadas as estratégias adotadas pelos outros
jogadores.
• Todo equilíbrio com estratégias dominantes é um equilíbrio de Nash mas
nem todo equilíbrio de Nash é um equilíbrio com estratégias dominantes.
Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Equilíbrio de Nash)
ECONOMIA – Micro e Macro
187
Estruturas de Mercado: Resumo
Estrutura Objetivo da Empresa Número de Firmas
Tipo de
Produto
Entrada de
Novas
Empresas
Lucros a LP
Concorrência Perfeita
Maximização de Lucros
(RMg=CMg )
Infinitas Homogêneo
Não existem
barreiras
Lucros Normais
Monopólio
Maximização de Lucros
(RMg=CMg )
Uma Único Barreiras
Lucros
Extraordinários
Concorrência Monopolística
Maximização de Lucros
(RMg=CMg )
Muitas Diferenciado
Não existem
barreiras
Lucros Normais
Modelo Clássico
Maximização de Lucros
(RMg=CMg )
Oligopólio Concentrado:
poucas empresas
Modelo de Mark-up
Maximização Mark-up =
Rec. Vendas - Custos Dir.
Oligopólio Competitivo:
poucas dominam o
setor
Oligopópilo
Homogêneo
ou
diferenciado
Barreiras
Lucros
Extraordinários
ECONOMIA – Micro e Macro
188
Concorrência perfeita: existe uma oferta abundante do fator de
produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna o preço
desse fator constante.
Monopsônio: há somente um comprador para muitos vendedores
dos serviços dos insumos.
Oligopsônio: existem poucos compradores que dominam o
mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios.
Monopólio bilateral: ocorre quando um monopsonista, na compra
do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda
desse fator.
Estruturas de Mercado: fatores de produção
ECONOMIA – Micro e Macro
189

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  • 1. ECONOMIA – Micro e Macro 1 Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos DEPARTAMENTO DE ECONOMIA ANÁLISE MICROECONÔMICA PROFº. WIRSON BENTO DE SANTANA
  • 2. ECONOMIA – Micro e Macro 2
  • 3. ECONOMIA – Micro e Macro 3 Conceito de Economia Problemas Econômicos Fundamentais Sistemas Econômicos Curva (Fronteira de Possibilidades de Produção. • Conceito de Custos de Oportunidade Análise Positiva e Análise Normativa Inter-relação da Economia com as demais ciências Divisão do Estudo Econômico Capítulo 1: Introdução à Economia
  • 4. ECONOMIA – Micro e Macro 4 Sua concepção: A economia repousa sobre os atos humanos e é por excelência uma ciência social. Apesar da tendência atual ser a de se obter resultados cada vez mais precisos para os fenômenos econômicos é quase que impossível se fazer análises puramente frias e numéricas, isolando as complexas reações do homem no contexto das atividades econômicas.
  • 5. ECONOMIA – Micro e Macro 5 Conceito de Economia Deriva do grego: “aquele que administra o lar”. Economia é uma ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre os grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas. • A ciência que estuda a escassez. • A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na produção de bens alternativos. • O Estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos.
  • 6. ECONOMIA – Micro e Macro 6 Problemas econômicos fundamentais Necessidades Humanas: Ilimitadas / Infinitas. Recursos Produtivos (Fatores de Produção) (Recursos naturais, Mão de Obra, Capital) Limitados e Finitos Problema Escassez: natureza limitada dos recursos da sociedade. (restrição física dos recursos) Versus
  • 7. ECONOMIA – Micro e Macro 7 O QUE e QUANTO produzir ? A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de capital, e quanto ? COMO produzir ? Questão de eficiência produtiva. Capital ou mão-de-obra intensiva. PARA QUEM produzir ? Como será a distribuição de renda gerada pela atividade econômica. Quais os setores beneficiados. Problemas econômicos fundamentais
  • 8. ECONOMIA – Micro e Macro 8 Sistema Econômico / Organização Econômica É a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas. Atividades de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços.
  • 9. ECONOMIA – Micro e Macro 9 Sistema Econômico / Organização Econômica Principais formas: Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista) Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista)
  • 10. ECONOMIA – Micro e Macro 10 Economias de Mercado - Sistema de concorrência pura (sem interferências do governo) - Sistema de concorrência mista (com interferência governamental)
  • 11. ECONOMIA – Micro e Macro 11 Sistema de concorrência pura Laissez-faire: O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a intervenção do governo. Mão invisível: mecanismo de preço que promove o equilíbrio dos mercados.
  • 12. ECONOMIA – Micro e Macro 12 Sistema de concorrência pura Excesso de oferta (escassez de demanda) Formam-se estoques Redução de preços Existirá concorrência entre empresas para vender os bens aos escassos consumidores. Até o equilíbrio
  • 13. ECONOMIA – Micro e Macro 13 Sistema de concorrência pura Excesso de demanda (escassez de oferta) Formam-se filas Tendência ao aumento de preços Existirá concorrência entre consumidores para compra. Até o equilíbrio
  • 14. ECONOMIA – Micro e Macro 14 Sistema de concorrência pura O QUE e QUANTO produzir ? (o que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor). (quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de mercado. COMO produzir ? Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das empresas. PARA QUEM produzir ? Decidido no mercado de fatores de produção (demanda e oferta de fatores de produção). Questão distributiva.
  • 15. ECONOMIA – Micro e Macro 15 Sistema de concorrência pura Base da filosofia do liberalismo econômico. Advoga a soberania do mercado, sem interferência do Estado. Este deve responsabilizar mais com justiça, paz, segurança, e deixar o mercado resolver as questões econômicas fundamentais.
  • 16. ECONOMIA – Micro e Macro 16 Empresas Famílias Mercado de Bens e Serviços Mercado de Fatores de Produção Demanda de bens e serviços Sistema de concorrência pura Oferta de bens e serviços O que e quanto produzir Para quem produzir Como produzir Oferta de serviços dos fatores de produção Demanda de serviços dos fatores de produção. (mão-de-obra, terra, capital)
  • 17. ECONOMIA – Micro e Macro 17 Sistema de concorrência pura Críticas:  Grande simplificação da realidade;  Os preços podem variar não devido ao mercado mas, em função de: • força de sindicatos ( através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra); • poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado; • intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mínimos, política cambial);
  • 18. ECONOMIA – Micro e Macro 18 Sistema de concorrência pura Críticas: • o mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. A produção ou consumo de um determinados bens ou serviços pode produzir efeitos colaterais externalidades); além disso, existem bens públicos, disponibilizados pelo Governo. • o mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas.
  • 19. ECONOMIA – Micro e Macro 19 Sistema de concorrência pura Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada e regular alguns mercados. Há muitos mercados, entretanto, que comportam-se como um sistema de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro.
  • 20. ECONOMIA – Micro e Macro 20 Sistema de mercado misto O papel econômico do governo Séc. XVIII - XIX Predominância : Sistema de mercado, próximo ao da concorrência pura. Início do Séc. XX O mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com pleno emprego dos seus recursos. Necessitando de maior atuação do Setor Público na economia. De que forma ?
  • 21. ECONOMIA – Micro e Macro 21 Sistema de mercado misto Atuação do setor público com o objetivo de evitar distorções alocativas e distributivas: • sobre a formação de preços, (via impostos, etc.); • complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.); • fornecimento de serviços públicos; • fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado) Exemplo: educação, segurança, justiça, etc.); • compra de bens e serviços do setor privado.
  • 22. ECONOMIA – Micro e Macro 22 Economia Centralizada Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a forma como resolver os problemas econômicos fundamentais. Meios de produção Estado Matéria-prima, imóveis capital. Meios de sobrevivência Indivíduos Carros, roupas, televisores, etc.
  • 23. ECONOMIA – Micro e Macro 23 Economia Centralizada Processo Produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das empresas (não há desembolso onerário); Distribuição do Produto: os preços dos bens de consumo são determinados pelo governo; Repartição do lucro: Governo, investimento da empresa e o restante dividido entre os administradores e os trabalhadores.
  • 24. ECONOMIA – Micro e Macro 24 Sistemas Econômicos - Síntese Propriedade Privada Problemas econômicos fundamentais resolvidos pelo mercado pelo orgão central Mercado Centralizada Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva X Propriedade Pública
  • 25. ECONOMIA – Micro e Macro 25 Gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis. É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
  • 26. ECONOMIA – Micro e Macro 26 Modelo: 2 bens utilizando em conjunto todos os Fatores de Produção Quantidade Produzida (bem ) x Quantidade Produzida (bem ) y max 0 x y  max 0 y x  A CPP mostra o tradeoff da sociedade, ou seja, a obtenção de alguma coisa, está sujeita a abrir mão de outra. “Nada é de graça”! Razão da Concavidade: lei dos custos de oportunidade crescentes, devido à inflexibilidade dos custos de produção. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
  • 27. ECONOMIA – Micro e Macro 27 Lei dos custos de oportunidade crescentes: Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais de determinada classe de produto implica necessariamente a redução das quantidades de outra classe. Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
  • 28. ECONOMIA – Micro e Macro 28 Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y. A: capacidade ociosa (ineficiência). Neste ponto o custo de oportunidade é zero, pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um bem, ou mesmo, dois bens. B e C: Não há como produzir mais, sem reduzir a produção do outro. Combinações de produto; (Nível de produto Eficiente /Pleno Emprego). D: Nível impossível de produção. Posição inalcançável no período imediato. Depende de fatores como inovação tecnológica. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção Quantidade Produzida (bem ) x Quantidade Produzida (bem ) y max 0 x y  max 0 y x  A  D  B  C 
  • 29. ECONOMIA – Micro e Macro 29 Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y. Deslocamentos positivos: decorrem da expansão ou melhoria dos fatores de produção disponíveis (Crescimento Econômico). Inovações tecnológicas: com a mesma quantidade de insumos obtém-se maior quantidade de produtos Deslocamentos negativos: decorrem da redução, sucateamento ou progressiva desqualificação do fatores de produção disponíveis. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção Quantidade Produzida (bem ) x Quantidade Produzida (bem ) y max 0 x y  max 0 y x  A  D  B  C  Deslocamentos Positivos Deslocamentos Negativos
  • 30. ECONOMIA – Micro e Macro 30 É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção: Custo de Oportunidade / Custo alternativo / Custo implícito Trade off B  C  + Produto x - Produto y Custo de Oportunidade C  B  custo de oportunidade de 200 unidades de y é 50 de x. Quantidade Produzida (bem ) x Quantidade Produzida (bem ) y max 0 x y  max 0 y x  A  D    B 150;450    C 200;250  150 450 200 250
  • 31. ECONOMIA – Micro e Macro 31 Análise Positiva – Análise Normativa Declarações Positivas: os economistas tentam descrever (Descritivas) o mundo como ele é. Ex.: Uma redução na taxa de crescimento da quantidade de moeda reduziria a Taxa de Inflação. (Cientistas econômicos) Declarações Normativas: os economistas prescrevem (Prescritivas) como o mundo deveria ser. Ex.: O Banco Central deveria reduzir a quantidade de moeda emitida. (Envolve: Valores, ética, religião, política,etc.) (Formuladores de políticas)
  • 32. ECONOMIA – Micro e Macro 32 Aspecto Econômico Realidade Aspecto Material do Objeto Aspecto Social Aspecto Político Aspecto Histórico Aspecto Geográfico Aspecto Demográfico
  • 33. ECONOMIA – Micro e Macro 33 Divisão do Estudo Econômico Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens. Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos. Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro. O nível de vendas no varejo, numa capital.
  • 34. ECONOMIA – Micro e Macro 34 Macroeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento como um todo, procurando identificar e medir as variáveis (agregadas) que determinam o volume da produção total (crescimento econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços (Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia mundial. Divisão do Estudo Econômico
  • 35. ECONOMIA – Micro e Macro 35 Divisão do Estudo Econômico Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo prazo (crescimento da renda per capita, distribuição de renda, evolução tecnológica). Economia Internacional: estuda as relações de troca entre países (transações de bens e serviços e transações monetárias). Trata-se da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior e das relações financeiras internacionais.
  • 36. ECONOMIA – Micro e Macro 36
  • 37. ECONOMIA – Micro e Macro 37 Fundamentos de Microeconomia Análise da Demanda de Mercado Análise da Oferta de Mercado O Equilíbrio de Mercado Capítulo 2: Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado.
  • 38. ECONOMIA – Micro e Macro 38 Fundamentos de Microeconomia Microeconomia (Teoria de Preços) – estuda o comportamento das famílias e (Consumidores) das empresas e (Firmas) os mercados (Mercados específicos) nos quais operam.
  • 39. ECONOMIA – Micro e Macro 39 Fundamentos de Microeconomia Microeconomia analisa a formação de preços no mercado. Os preços formam-se com base em dois mercados: mercado de bens e serviços Mercado dos serviços dos fatores de produção preços dos bens e serviços salários, juros, aluguéis e lucros Remuneração Remuneração
  • 40. ECONOMIA – Micro e Macro 40 Fundamentos de Microeconomia coeteris Paribus Expressão latina traduzida como “ outras coisas sendo iguais ”, é usada para lembrar que todas as variáveis, que não aquela que está sendo estudada, são mantidas constantes. - “tudo o mais constante”.
  • 41. ECONOMIA – Micro e Macro 41 Fundamentos de Microeconomia coeteris Paribus Analisar um mercado isoladamente Supor todos os demais mercados constantes - O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos demais. Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos efeitos de outras variáveis. Ex.:  Preço sobre a procura de determinado bem Independente Outras variáveis: renda do consumidor, gostos, preferências, etc.
  • 42. ECONOMIA – Micro e Macro 42 Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período. A Demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar, a dados preços. A escala de demanda indica quanto (quantidade) o consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço. Análise da Demanda de Mercado
  • 43. ECONOMIA – Micro e Macro 43 Fundamentos da Teoria da Demanda Baseia-se na teoria do Valor Utilidade. Dada uma Renda Dados os preços de mercado Consumidor Ao demandar um bem ou serviço Maximizando a utilidade (satisfação) que atribui ao bem ou serviço. Análise da Demanda de Mercado
  • 44. ECONOMIA – Micro e Macro 44 Utilidade Total e Utilidade Marginal Aumenta quanto maior a quantidade consumida do bem Satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem É decrescente porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome. Análise da Demanda de Mercado
  • 45. ECONOMIA – Micro e Macro 45 Quantidade que o consumidor deseja consumir. Utilidade Total e Utilidade Marginal Utilidade Total Quantidade Consumida Utilidade Marginal Quantidade Consumida t mag U U q    Análise da Demanda de Mercado
  • 46. ECONOMIA – Micro e Macro 46 Paradoxo da Água e do Diamante Por que a água, sendo mais necessária, é tão barata, e o diamante supérfluo, tem preço tão elevado ? Ex: Utilidade Marginal Água Grande Utilidade Total Baixa Utilidade Marginal (encontrada em abundância) Diamante Grande Utilidade Marginal (escasso) Análise da Demanda de Mercado
  • 47. ECONOMIA – Micro e Macro 47 Variáveis que afetam a Demanda: • Riqueza (e sua distribuição) • Renda (e sua distribuição) • Preço do bem • Preço dos outros bens • Fatores climáticos e sazonais • Propaganda • Hábitos, gostos, preferências dos consumidores • Expectativas sobre o futuro • Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos) Análise da Demanda de Mercado
  • 48. ECONOMIA – Micro e Macro 48 Variáveis que afetam a Demanda qd i = f( pi , ps , pc , R, G): Função Geral da Demanda qd i = quantidade procurada (demandada) do bem i pi = preço do bem i ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes pc = preço dos bens complementares R = renda do consumidor G = gostos, hábitos e preferências do consumidor Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese coeteris paribus. Análise da Demanda de Mercado
  • 49. ECONOMIA – Micro e Macro 49 Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem Supondo ps , pc , R e G constantes Função Convencional Lei Geral da Demanda Tudo o mais constante (coeteris paribus), a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço. 0 d i i q p      d i i q f p  Análise da Demanda de Mercado
  • 50. ECONOMIA – Micro e Macro 50 Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem. Efeito preço total: Efeito substituição Efeito renda O bem fica mais barato relativamente aos concorrentes, fazendo com que a qtd. demandada aumente. Com a queda do preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a qtd. demandada do bem deve aumentar. Análise da Demanda de Mercado
  • 51. ECONOMIA – Micro e Macro 51 Representa o efeito do preço de um bem sobre a quantidade do bem que os consumidores estão dispostos a comprar e não a compra efetiva (coeteris paribus). Como o preço e a quantidade demandada têm relação negativa, a curva de demanda se inclina para baixo. Ex: Gráfico- Curva de Demanda – Função Linear 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) Qtd adquirida de livros Ex.Renda de R$ 2 mil qd i = 25 – 0,25pi qd i = a – b.pi 80 60 40 20 Análise da Demanda de Mercado
  • 52. ECONOMIA – Micro e Macro 52 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Bem substituto: o consumo de um bem substitui o consumo ou concorrente do outro. Dois bens para os quais, tudo o mais mantido constante (coeteris paribus), um aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro. Ex.: Manteiga e margarina. Supondo pi , pc , R e G constantes   d i s q f p  0 d i s q p    Análise da Demanda de Mercado
  • 53. ECONOMIA – Micro e Macro 53 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Ex.: 1. Carne de vaca, frango e peixe. 2. Cerveja Antarctica e Brahma. 3. Coca-cola e Pepsi. Bem substituto ou concorrente 0 5000 10000 15000 20000 Preço da Coca-cola(R$) 80 60 40 20 Qtd. consumida de Coca-cola (Supondo um aumento no preço do guaraná) D0 D1 Análise da Demanda de Mercado
  • 54. ECONOMIA – Micro e Macro 54 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços Bens complementares = são bens consumidos em conjunto. qd i = f( pc ) Supondo pi , ps , R e G constantes qd i pc < 0 Bens para os quais o aumento no preço de um dos bens leva a uma redução na demanda pelo outro bem. Ex.: Computador e software. Análise da Demanda de Mercado
  • 55. ECONOMIA – Micro e Macro 55 Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e serviços 1. Camisa social e gravata; 2. Pneu e câmara; 3. Pão e manteiga; 4. Sapato e meia; 5. Litro de gasolina e automóvel. Bens complementares: 0 10000 20000 30000 40000 Preço do litro de gasolina (R$) 8 6 4 2 Qtd. de litros de gasolina (Supondo um aumento no preço dos automóveis) D0 D1 Análise da Demanda de Mercado
  • 56. ECONOMIA – Micro e Macro 56 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) qd i = f( R ) Supondo pi , ps , pc e G constantes Em relação à renda dos consumidores, há três situações distintas: qd i R > 0 Bem Normal: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca um aumento na quantidade demandada do bem. Análise da Demanda de Mercado
  • 57. ECONOMIA – Micro e Macro 57 qd i R < 0 Bem Inferior: tudo o mais constante, um aumento na renda provoca uma diminuição na quantidade demandada do bem. Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda. qd i R = 0 Bem de consumo saciado: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem. Ex: demanda de alimentos básicos, como o açúcar, sal, arroz. Análise da Demanda de Mercado
  • 58. ECONOMIA – Micro e Macro 58 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Essa classificação depende da classe de renda dos consumidores. Para consumidores de baixa renda não existem muitos bens inferiores. Com a renda mais elevada, maior nº de produtos passa a ser classificado como bem inferior. Análise da Demanda de Mercado
  • 59. ECONOMIA – Micro e Macro 59 Bem normal Preço da carne de 1ª (R$) Qtd. de carne de 1ª (Supondo um aumento na renda do consumidor) D0 D1 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Análise da Demanda de Mercado
  • 60. ECONOMIA – Micro e Macro 60 Bem inferior Preço da carne de 2ª (R$) Qtd. de carne de 2ª (Supondo um aumento na renda do consumidor) D1 D0 Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Análise da Demanda de Mercado
  • 61. ECONOMIA – Micro e Macro 61 Preço do arroz (R$) Qtd. de arroz (Supondo um aumento na renda do consumidor) Bem saciado Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R) Análise da Demanda de Mercado
  • 62. ECONOMIA – Micro e Macro 62 Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G). qd i = f(G ) Supondo pi , ps , pc e R constantes Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados, “manipulados” por propaganda e campanhas promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de bens. Análise da Demanda de Mercado
  • 63. ECONOMIA – Micro e Macro 63 Campanha do tipo “beba mais leite” 0 5 10 15 20 Preço do Bem (R$) Quantidade adquirida do bem 80 60 40 20 Redução Aumento D1-Cigarro D0 D1-Leite Campanha do tipo “o fumo é prejudicial à saúde” Desloca p/ direita Desloca p/ esquerda Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G). Análise da Demanda de Mercado
  • 64. ECONOMIA – Micro e Macro 64 Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço A demanda de Mercado é igual ao somatório das demandas individuais. A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas dos consumidores individuais. mercado consumidores individuais 1 para i 1,2,3,... n i D d n     Análise da Demanda de Mercado
  • 65. ECONOMIA – Micro e Macro 65 0 50 100 150 200 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 Qtd - Consumidor A Preço do Bem R$) 0 100 200 300 400 Qtd - Consumidor B Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço Análise da Demanda de Mercado
  • 66. ECONOMIA – Micro e Macro 66 Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço 0 150 300 450 600 Preço do Bem R$) Total do Mercado 80 60 40 20 Análise da Demanda de Mercado
  • 67. ECONOMIA – Micro e Macro 67 Importante: variações na demanda  variações na quantidade demandada Variações na demanda: dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, em virtude de alterações em ps, pc, R, G (ou seja, mudança na condição coeteris paribus). Variações na quantidade demandada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem pi, mantendo as demais variáveis constantes (coeteris paribus). Análise da Demanda de Mercado
  • 68. ECONOMIA – Micro e Macro 68 Renda Preços de bens relacionados Gostos Expectativas Número de compradores Desloca a curva de demanda Variações na Quantidade Demandada Preço do próprio bem Movimento ao longo da curva de demanda Variações na Demanda Análise da Demanda de Mercado
  • 69. ECONOMIA – Micro e Macro 69 Movimento ao longo da curva Deslocamento da curva Variação na quantidade demandada 0 5 10 15 20 Preço do Cigarro (R$) 80 60 40 20 No. Cigarros fumados/dia. Ex.: Imposto que aumenta o preço do cigarro. D 0 5 10 15 20 Preço do Cigarro (R$) 80 60 40 20 No. Cigarros fumados/dia. Ex.: Política de combate ao fumo. D D’ Análise da Demanda de Mercado Variação na Demanda
  • 70. ECONOMIA – Micro e Macro 70 Excedente do consumidor: bem-estar gerado pela diferença entre a disposição máxima a pagar (preço de reserva) e o preço efetivamente efetivamente pago por um bem ou serviço. Preço Análise da Demanda de Mercado D P E quantidade q E. C.
  • 71. ECONOMIA – Micro e Macro 71 Paradoxo (Bem) de Giffen: é uma exceção à “Lei Geral da Demanda”, em que a curva é positivamente inclinada (relação direta) entre a quantidade demandada e o preço do bem. Análise da Demanda de Mercado Preço da batata (R$) Quantidade demandada de batata
  • 72. ECONOMIA – Micro e Macro 72 Paradoxo (Bem) de Giffen Comunidade Inglesa muito pobre. Ocorreu uma queda no preço da Batata. Como a população gastava a maior parte da renda com esse produto, o seu poder aquisitivo aumentou e como estavam saturados de batata, passaram a gas- tar com outros produtos. O preço da Batata caiu, bem como a quantidade demandada (curva positivamente inclinada). Análise da Demanda de Mercado
  • 73. ECONOMIA – Micro e Macro 73 Formato da Curva de Demanda Calculada estatisticamente e empiricamente, através de modelos econométricos. Funções: Tipo linear, potência, hiperbólica, etc. qd i = 3 – 0,5.pi + 0,2.ps – 0,1.pc + 0,9.R Coeficientes em relação a qd i <0 >0 <0 >0 Obs: a variável “Gosto” não é observável empiricamente. Análise da Demanda de Mercado
  • 74. ECONOMIA – Micro e Macro 74 Exercícios sobre a demanda de mercado qd x = 3 – 0,5.px – 0,2.py + 5.R 1- Dados: Pede-se: 1. O Bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ? 2. O bem x é normal ou inferior? Por que? 3. Supondo (px = 1, py = 2, R = 100) qual a quantidade procurada de x ? Análise da Demanda de Mercado
  • 75. ECONOMIA – Micro e Macro 75 Exercícios sobre a demanda de mercado qd x = 500 – 1,5.px + 0,2.py – 5.R 2- Dados: Pede-se: 1. O bem x é normal ou inferior? Por que? 2. O bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ? 3. O bem x seria um bem de Giffen ? Por que ? 4. Supondo ( px = 1 , py = 2 , R = 40 ) qual a quantidade demandada de x ? 5. Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a quantidade demandada de x ? Análise da Demanda de Mercado
  • 76. ECONOMIA – Micro e Macro 76 Análise da Oferta de Mercado Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender, em função dos preços, em um determinado período. Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de produção.
  • 77. ECONOMIA – Micro e Macro 77 Análise da Oferta de Mercado Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço   0 , , , , i i fp n q f p p p T M  0 quantidade ofertada do bem i preço do bem i preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, etc.) preço de outros n bens, substitutos na produção tecnologia metas e i i fp n q p p p T M       objetivos do empresário
  • 78. ECONOMIA – Micro e Macro 78 Análise da Oferta de Mercado Tudo o mais constante (coeteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais. Para produzir mais, os custos serão maiores, e o preço do bem deve ser aumentado. Função Geral da Oferta Como os empresários reagem, quando se altera o preço do bem ou serviço, coeteris paribus. Aumentando a quantidade ofertada 0 0 i i q p   
  • 79. ECONOMIA – Micro e Macro 79 Análise da Oferta de Mercado 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida de livros O Função Geral da Oferta
  • 80. ECONOMIA – Micro e Macro 80 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e preço do fator (Insumo) de produção (Pfp) Supondo pi , pn , T, M constantes Preço do Fator de produção (pfp). Se o preço do fator mão-de-obra aumenta, diminui a oferta do bem, coeteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, etc. 0 0 i fp q p      0 i fp q f p 
  • 81. ECONOMIA – Micro e Macro 81 Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’ O” a) b) a) Aumento do preço do fator de produção, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do fator de produção, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem.
  • 82. ECONOMIA – Micro e Macro 82 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e preço de outros bens, substitutos na produção (pn) Supondo pi , pfp , T, M constantes Preço de outro bem substituto na produção (pn). Ex.: Se o preço do bem substituto aumenta, e dado o preço do bem (coeteris paribus), os produtores diminuirão a produção do bem, para produzir mais do bem substituto.   0 i n q f p  0 0 i n q p   
  • 83. ECONOMIA – Micro e Macro 83 Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’ O” a) b) a) Aumento do preço do bem substituto, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem. b) Redução do preço do bem substituto, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem.
  • 84. ECONOMIA – Micro e Macro 84 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T) Supondo pi , pfp , pn , M constantes Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia, coeteris paribus, aumenta a oferta do bem. 0 0 i q T      0 i q f T 
  • 85. ECONOMIA – Micro e Macro 85 Análise da Oferta de Mercado Deslocamentos da curva 0 5 10 15 20 Preço do Livro(R$) 80 60 40 20 0 Quantidade oferecida de livros Redução Aumento da oferta. O O’ O” b) a) a) Aumento da tecnologia, coeteris paribus, há um aumento na oferta do bem. b) Redução da tecnologia, coeteris paribus, há uma redução na oferta do bem.
  • 86. ECONOMIA – Micro e Macro 86 Análise da Oferta de Mercado Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas do empresário (M) Supondo pi , pfp , pn , T constantes Objetivos e Metas dos empresários. Poderá haver interesse do empresário de aumentar ou reduzir a produção.   0 i q f M  0 0 i q M   
  • 87. ECONOMIA – Micro e Macro 87 Análise da Oferta de Mercado Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas individuais, que produzem um dado bem ou serviço. Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas das firmas individuais. mercado firmas individuais 1 para j 1,2,3,... n j O q n    
  • 88. ECONOMIA – Micro e Macro 88 Análise da Oferta de Mercado 80 60 40 20 0 Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço 0 5 10 15 20 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida pela Firma A O 0 10 20 30 40 Preço do Bem (R$) Quantidade oferecida pela Firma B O
  • 89. ECONOMIA – Micro e Macro 89 Análise da Oferta de Mercado 0 15 30 45 60 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida pelo mercado O Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço
  • 90. ECONOMIA – Micro e Macro 90 Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço Variação da oferta: deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações em pfp, pn, T, M (ou seja, mudança na condição coeteris paribus). Variações na quantidade ofertada: refere-se ao movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude da variação do preço do próprio bem pi , mantendo-se as demais variáveis constantes (coeteris paribus). Análise da Oferta de Mercado Importante: variações da oferta  variações da quantidade ofertada
  • 91. ECONOMIA – Micro e Macro 91 Análise da Oferta de Mercado Variações na quantidade ofertada Preços dos Insumos Preços dos Bens Substitutos Tecnologia Objetivo do empresário Número de Vendedores Desloca a curva de oferta Preço Movimento ao longo da curva de oferta Variações na oferta
  • 92. ECONOMIA – Micro e Macro 92 Excedente do produtor: ganho em bem-estar pelo fato do produtor receber no mercado um preço maior que aquele mínimo que viabilizaria sua produção. 0 15 30 45 60 Preço do Bem (R$) 80 60 40 20 Quantidade oferecida O E. P.
  • 93. ECONOMIA – Micro e Macro 93 O Equilíbrio de Mercado O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda. O equilíbrio se encontra onde as curvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual a quantidade demandada (quantidade de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem. Oferta Demanda Equilíbrio
  • 94. ECONOMIA – Micro e Macro 94 O Equilíbrio de Mercado Lei da Oferta e da Demanda O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço). Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda: quantidade que os consumidores querem comprar = quantidade que os produtores desejam vender O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço
  • 95. ECONOMIA – Micro e Macro 95 O Excesso de Oferta Situação em que a quantidade oferecida (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade demandada (Ex.: 5 unidades). Excesso do Bem Fornecedores reduzem preços Mercado atinge o Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem. O D Excesso de Oferta O Equilíbrio de Mercado
  • 96. ECONOMIA – Micro e Macro 96 O Excesso de Demanda Situação em que a quantidade demandada (Ex.: 15 unidades) é maior que a quantidade oferecida (Ex.: 5 unidades). Escassez do Bem Fornecedores aumentam preços Mercado atinge o Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem O D Excesso de Demanda O Equilíbrio de Mercado
  • 97. ECONOMIA – Micro e Macro 97 O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio Excesso de Demanda O Equilíbrio de Mercado Equilíbrio 0 5 10 15 20 Preço do Bem 80 60 40 20 Quantidade do Bem O D Excesso de Oferta
  • 98. ECONOMIA – Micro e Macro 98 Como um aumento na demanda afeta o equilíbrio. Ex: as pessoas passam a cultivar o hábito de leitura (coeteris paribus). 1. O “hábito” aumenta a demanda. A oferta permanece inalterada, pois este determinante não afeta diretamente as livrarias. 2. A curva de demanda se desloca para a direita. 3. O preço e a quantidade são aumentados (novo ponto de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Livro 80 60 40 20 Quantidade de livros O D2 D1 O Equilíbrio de Mercado
  • 99. ECONOMIA – Micro e Macro 99 Como um redução na oferta afeta o equilíbrio. Ex: Um terremoto destrói várias editoras. 1. O terremoto afeta a curva de oferta. A curva de demanda permanece inalterada, pois o terremoto não muda diretamente a quantidade demandada pelos compradores. 2. A curva de oferta se desloca para a esquerda (a qualquer preço a quantidade ofertada é menor). 3. O preço aumenta e a quantidade diminui (novo ponto de equilíbrio). 0 5 10 15 20 Preço do Livro 80 60 40 20 Quantidade de livros O’ D O O Equilíbrio de Mercado
  • 100. ECONOMIA – Micro e Macro 100 Uma Mudança simultânea na Oferta e na Demanda Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras. 1. Ambas as curvas se deslocam. 2. A curva de Demanda se desloca para direita e a de Oferta para a esquerda. 3. Há dois resultados possíveis dependendo da extensão dos deslocamentos das curvas. (a) A quantidade o preço aumentam. 0 5 7 10 15 20 Preço do Livro 80 65 40 20 Quantidade de livros O1 D2 D1 65 O2 1o 1o Caso O Equilíbrio de Mercado
  • 101. ECONOMIA – Micro e Macro 101 Uma Mudança simultânea na oferta e na demanda Ex: As pessoas passam a cultivar o hábito de leitura e ao mesmo tempo, um terremoto destruindo várias editoras. 1. Ambas as curvas se deslocam. 2. A curva de Demanda se desloca para direita e a de Oferta para a esquerda. 3. Há dois resultados possíveis dependendo da extensão dos deslocamentos das curvas. (b) A quantidade diminui e o preço aumenta. 0 5 7 10 15 20 Preço do Livro 80 65 40 20 Quantidade de livros O1 D2 D1 65 O2 1o 2o Caso O Equilíbrio de Mercado
  • 102. ECONOMIA – Micro e Macro 102 O Equilíbrio de Mercado Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 1. Dados D = 22 – 3p (função demanda) S = 10 + 1p (função oferta) a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade. b) Se o preço for R$ 4,00, existe excesso de oferta ou de demanda ? Qual é a magnitude desse excesso ?
  • 103. ECONOMIA – Micro e Macro 103 O Equilíbrio de Mercado Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 2. Dados: qd x = 2 – 0,2.px + 0,03.R qo x = 2 + 0,1.px e supondo a renda R = 100, pede-se: a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x. b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x.
  • 104. ECONOMIA – Micro e Macro 104 O Equilíbrio de Mercado 3. Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações: Qo = 48 + 10.p Qd = 300 – 8.p Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade ofertada, quantidade demandada e o preço do produto. Qual será a quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio ? Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado
  • 105. ECONOMIA – Micro e Macro 105 Conceito Elasticidade-Preço da Demanda Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda Elasticidade-Renda da Demanda Elasticidade-Preço da Oferta Exercícios Capítulo 3: Elasticidades
  • 106. ECONOMIA – Micro e Macro 106 Elasticidades Conceito: É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, coeteris paribus. Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis.
  • 107. ECONOMIA – Micro e Macro 107 Elasticidades Exemplos na Microeconomia Elasticidade-preço da demanda : variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Elasticidade-renda da demanda : variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus. Elasticidade-preço cruzada da demanda: variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus. Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus.
  • 108. ECONOMIA – Micro e Macro 108 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda: É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço. A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é expresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a Epd = -1,5 ). 1 0 1 0 0 % % d i d d d i o i i i pd d i i i i q q q q q q p q E p p p p q p p p            
  • 109. ECONOMIA – Micro e Macro 109 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Exemplo: Calcule a Elasticidade- preço da demanda em um ponto específico. P0 = preço inicial = R$ 20,00 P1 = preço final = R$ 16,00 Q0 = quantidade demandada, ao preço p0 = 30 Q1 = quantidade demandada, ao preço p1 = 39 0 15 30 39 50 Preço do Bem (R$) 30 20 16 8 Quantidade demandada D p1 p0
  • 110. ECONOMIA – Micro e Macro 110 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Solução: Variação Percentual (%) Interpretação: para uma queda de 20% no preço,a quantidade demandada aumenta em 1,5 vezes os 20%, ou seja, 30%, coeteris paribus. 1 0 0 1 0 0 16 20 0,2 20% 20 39 30 0,3 30% 30 0,3 1,5 1,5 0,2 pd pd p p p p p q q q q q E E                      
  • 111. ECONOMIA – Micro e Macro 111 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Classificação: demanda elástica, inelástica e de elasticidade unitária. Demanda elástica (|Epd|>1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário. Por exemplo: |Epd |=1,5 Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em 15%, ou seja, 50% a mais, coeteris paribus. Isso revela que a quantidade é bastante sensível à variação de seu preço.
  • 112. ECONOMIA – Micro e Macro 112 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Demanda Inelástica (|Epd|<1): significa que uma variação percentual no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada em sentido contrário, porém muito pequana. Por exemplo: |Epd|=0,4 Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma variação na demanda desse bem de apenas 4% (em sentido contrário) coeteris paribus.
  • 113. ECONOMIA – Micro e Macro 113 Elasticidades Demanda de elasticidade unitária (|Epd|=1 ou Epd=-1): neste caso uma variação percentual no preço, implica na mesma varição percentual na quantidade demandada em sentido contrário. Por exemplo: |Epd|=0,4 Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%, coeteris paribus. Elasticidade-preço da demanda
  • 114. ECONOMIA – Micro e Macro 114 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Fatores que afetam: • Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse bem; • Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus; • Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto maior o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda. • Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta.
  • 115. ECONOMIA – Micro e Macro 115 Elasticidades Elasticidade-preço da demanda Interpretação geométrica A elasticidade-preço da demanda varia, ao longo de uma mesma curva de demanda. Quanto maior o preço do bem, maior a elasticidade. Preço do Bem (R$) Quantidade demandada a b c |Epd|ponto b > 1 (elástica) |Epd|ponto a = 1 (unitária) |Epd|ponto c < 1 (inelástica)
  • 116. ECONOMIA – Micro e Macro 116 Preço do Sal (R$) Qtd adquirida de sal Preço do CD´s (R$) Qtd adquirida de CD´s Inclinação acentuada: as compras variam pouco com o aumento dos preços. (Insensível aos preços: inelástica) Inclinação pequena: as compras variam muito com o aumento dos preços. (Sensível aos preços: elástica) Elasticidades Elasticidade-preço da demanda
  • 117. ECONOMIA – Micro e Macro 117 Preço do Bem (R$) Qtd adquirida do Bem Inclinação infinita: as compras não variam com o aumento dos preços. Perfeitamente Inelástica: Epd=0 (Ex.: Bens Essenciais) Inclinação zero: as compras variam muito com o aumento dos preços. Sensível aos preços. Perfeitamente Elástica: Epd= (Ex.: Mercados perfeitamente competitivos) Elasticidades Elasticidade-preço da demanda: casos extremos Preço do Bem (R$) Qtd adquirida do Bem
  • 118. ECONOMIA – Micro e Macro 118 Elasticidades Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda Receita Total RT = preço unitário x quantidade comprada do bem O que pode acontecer com a receita total (RT), quando varia o preço de um bem? Resposta: vai depender da elasticidade-preço da demanda * RT p q 
  • 119. ECONOMIA – Micro e Macro 119 a) Se a Epd for elástica: % qd > % p • se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá; • se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará. b) Se Epd for inelástica: % qd < % p • se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará. • se p cair, qd aumentará, e a RT cairá. c) Se Epd for unitária: % qd = % p • Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT) permanece constante. Elasticidades
  • 120. ECONOMIA – Micro e Macro 120 Elasticidades Conclusão: Demanda inelástica É vantajoso aumentar o preço (ou diminuir a produção) Até onde Epd = -1 Pois, embora a quantidade caia, o aumento de preço mais que compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta. Ex.: Produtos agrícolas (principalmente os essenciais). Se, o aumento do preço for muito elevado pode acabar caindo no ramo elástico da demanda e assim, gerando a queda na receita total (RT).
  • 121. ECONOMIA – Micro e Macro 121 Elasticidades Elasticidade-preço cruzada da Demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus. Epd AB > 0  A e B são substitutos (o aumento do preço de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus). Epd AB < 0  A e B são complementares (o aumento do preço de y diminui o consumo de x, coeteris paribus). AB B A pd A B p q E q p  0 AB pd E 
  • 122. ECONOMIA – Micro e Macro 122 Elasticidades Elasticidade-renda da Demanda Variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda do consumidor, coeteris paribus. ERd>1 Bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da renda, o consumo varia mais que proporcionalmente. Erd >0 Bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta. ERd<0 Bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta. ERd=0 Bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o consumo do bem. Rd R q E q r  Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos.
  • 123. ECONOMIA – Micro e Macro 123 Elasticidades Elasticidade-preço da oferta Epo>1 Bem de oferta elástica. Epo<1  Bem de oferta inelástica. Epo=1  Elasticidade-preço de oferta unitária. Variação percentual na quantidade ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. 0 0 pd q p E q p  Preço do Bem Quantidade do Bem. Epo > 1 Epo = 1 Epo < 1
  • 124. ECONOMIA – Micro e Macro 124 Introdução Incidência de um Imposto sobre Vendas Fixação de Preços Mínimos na Agricultura Externalidades Bens públicos Exercícios Capítulo 4: Aplicação da Análise Econômica em Políticas Públicas
  • 125. ECONOMIA – Micro e Macro Oferta, Demanda e Políticas do Governo • Em um mercado competitivo livre de regulamentos governamentais, as forças de mercado estabelecem os preços e as quantidades de equilíbrio. • Mesmo que as condições de equilíbrio sejam eficientes, pode ser que nem todos fiquem satisfeitos. • Um dos papéis do economista é utilizar suas teorias para auxiliar no desenvolvimento de políticas.
  • 126. ECONOMIA – Micro e Macro Controle de Preços São aplicados, em geral, quando os formuladores de políticas acreditam que o preço de mercado de um bem ou serviço é injusto para o comprador ou para o vendedor. Resultam em preços fixados pelo governo: Preço Máximo • Teto legal máximo para o preço de venda de um bem. Preço Mínimo • Piso legal mínimo para o preço de venda de um bem.
  • 127. ECONOMIA – Micro e Macro Preço Máximo Quando o governo fixa um preço máximo, aparecem duas possíveis consequências: • O preço máximo não é compulsório se for fixado acima do preço de equilíbrio. • O preço máximo é compulsório se for fixado abaixo do preço de equilíbrio, provocando uma escassez.
  • 128. ECONOMIA – Micro e Macro Preço Máximo Não Compulsório $4 $3 q 0 p Demanda Oferta Preço Máximo 100 Quantidade de equilíbrio Preço de equilíbrio
  • 129. ECONOMIA – Micro e Macro Preço Máximo Compulsório $3 q 0 p 2 Demanda Oferta Preço máximo Escassez 125 Quantidade demandada 75 Quantidade ofertada Preço de equilíbrio
  • 130. ECONOMIA – Micro e Macro $4 P1 Quantidade de gasolina 0 Preço da gasolina Q1 Demanda Oferta Preço máximo 1. Inicialmente o preço máximo não é compulsório… Preço Máximo Compulsório
  • 131. ECONOMIA – Micro e Macro P1 Quantidade de gasolina 0 Preço da gasolina Q1 Demanda S1 Preço máximo S2 2. …mas quando a oferta cai... P2 3. …o preço máximo torna-se compulsório... 4. …provocando a escassez. Preço Máximo Compulsório
  • 132. ECONOMIA – Micro e Macro Quando o governo impõe um preço mínimo, aparecem duas possíveis consequências. i. O preço mínimo não é compulsório se fixado abaixo do preço de equilíbrio. ii. O preço mínimo é compulsório se fixado acima do preço de equilíbrio, provocando um excedente. Preço mínimo
  • 133. ECONOMIA – Micro e Macro $3 q 0 p 100 Quantidade de equilíbrio Preço de equilíbrio Demanda Oferta Preço mínimo 2 Preço mínimo não compulsório
  • 134. ECONOMIA – Micro e Macro $3 q 0 p Preço de equilíbrio Demanda Oferta Preço mínimo $4 120 Quantidade ofertada 80 Quantidade demandada Excedente Preço mínimo compulsório
  • 135. ECONOMIA – Micro e Macro Um preço mínimo impede a oferta e a demanda de moverem-se na direção do preço e quantidade de equilíbrio. Quando o preço de mercado atinge o piso, não pode prosseguir na queda, e o preço de mercado se torna igual ao mínimo. Um preço mínimo compulsório provoca um excedente porque QS>QD. Somente uma parte da produção é vendida ao preço mínimo, ou então somente alguns vendedores conseguem vender sua produção ao preço mínimo. Exemplos: um exemplo importante de preço mínimo é o salário mínimo. A legislação trabalhista determina piso para o salário que o empresário pode pagar; garantia de preços mínimos para produtos agrícolas. Efeitos de um preço mínimo
  • 136. ECONOMIA – Micro e Macro 136 Quantidade de mão-de-obra 0 Salário Salário de equilíbrio Demanda de mão-de-obra Oferta de mão-de-obra Mercado de trabalho livre Emprego de equilíbrio Salário mínimo
  • 137. ECONOMIA – Micro e Macro 137 Salário mínimo Quantidade de mão-de-obra 0 Salário Demanda de mão-de-obra Oferta de mão-de-obra Quantidade ofertada Quantidade demandada Excedente de mão-de-obra (desemprego) Mercado de trabalho com salário mínimo compulsório Salário mínimo
  • 138. ECONOMIA – Micro e Macro Os governos utilizam impostos para arrecadar receita para objetivos públicos, porém apresentam impactos como: desestímulo a atividade do mercado;  queda na quantidade vendida;  compradores e vendedores compartilham o ônus do imposto. Incidência tributária é o estudo da distribuição do ônus de um imposto.  Como se divide o ônus de um imposto? Como os efeitos dos impostos sobre os vendedores se comparam com os efeitos sobre os compradores? Impostos e Incidência Tributária As respostas para esta questões dependem da elasticidade da demanda e da elasticidade da oferta.
  • 139. ECONOMIA – Micro e Macro Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores 3.00 Quantidade 0 Preço 100 D1 Oferta, S1 Um imposto sobre os compradores desloca a curva de demanda para baixo em montante igual ao imposto ($ 0,50) D2
  • 140. ECONOMIA – Micro e Macro 3.00 0 100 90 $3.30 Preço pago pelos compradores D1 D2 Equilíbrio com imposto Oferta, S1 Equilíbrio sem imposto 2.80 Preço recebido pelos vendedores Preço sem imposto Imposto ($0,50) Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Compradores Preço Quantidade
  • 141. ECONOMIA – Micro e Macro 3.00 0 100 90 S1 S2 Demanda, D1 Preço sem imposto 2.80 Preço recebido pelos vendedores $3.30 Preço pago pelos compradores Equilíbrio sem imposto Um imposto sobre os vendedores desloca a curva de oferta para cima em montante igual ao imposto ($0,50). Imposto ($0,50) Equilíbrio com imposto Impacto de um Imposto de $ 0,50 sobre os Vendedores Preço Quantidade
  • 142. ECONOMIA – Micro e Macro 142 Quantidade de mão de obra 0 Salários Salário sem imposto Demanda de mão de obra Oferta de mão-de-obra Cunha tributária Salário pago pelas empresas Salário recebido pelos trabalhadores Imposto Sobre a Folha de Pagamento
  • 143. ECONOMIA – Micro e Macro Oferta Elástica, Demanda Inelástica Quantidade 0 Preço Demanda Oferta Imposto 1. Quando a oferta é mais elástica que a demanda... 2. ...a incidência do imposto recai mais pesadamente sobre os consumidores... 3. ...do que sobre os produtores. Preço sem imposto Preço pago pelos compradores Preço recebido pelos vendedores
  • 144. ECONOMIA – Micro e Macro Oferta Inelástica, Demanda Elástica 0 Demanda Oferta Preço sem imposto Imposto 1. Quando a demanda é mais elástica que a oferta... 2. ...a incidência do imposto recai mais pesadamente sobre os produtores... 3. ...do que sobre os consumidores. Preço pago pelos compradores Preço recebido pelos vendedores Quantidade Preço
  • 145. ECONOMIA – Micro e Macro 145 Introdução Conceitos Básicos Produção com um Fator Variável e um Fixo (uma análise de curto prazo) Produção a Longo Prazo Exercícios Capítulo 5: Produção
  • 146. ECONOMIA – Micro e Macro 146 Introdução Teoria da Firma Curva de Oferta Teoria da Produção (relações entre a quantidade produzida e as quantidades de insumos utilizados) Teoria dos Custos de produção (inclui os preços dos insumos)
  • 147. ECONOMIA – Micro e Macro 147 Produção – Conceitos Básicos Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. Insumos • Mão-de-obra • Capital Físico • Área, Terra • Matérias-primas Processo de Produção Produtos • Bens & Serviços Finais •Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de insumo; •Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de produção.
  • 148. ECONOMIA – Micro e Macro 148 Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física do produto (q) em determinado período de tempo. Produção – Conceitos Básicos   , , q f N K M  onde: N = mão-de-obra utilizada / tempo K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo M = matéria-prima utilizada / tempo Observação: função de produção  função de oferta •Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção. •Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos fatores de produção.
  • 149. ECONOMIA – Micro e Macro 149 Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a produção varia. Ex: o capital físico e as instalações da empresa Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade produzida varia. Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de produção fixo; Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis. Produção – Conceitos Básicos
  • 150. ECONOMIA – Micro e Macro 150 Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado período de tempo. Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal PT q  Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo. (produtividade média da mdo) (produtividade média do capital) N K PT PMe N PT PMe K  
  • 151. ECONOMIA – Micro e Macro 151 Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo. = ou (produtividade marginal da mdo) = ou (produtividade marginal do capital) N K PT q dq PMg N N dN PT q dq PMe K K dK          
  • 152. ECONOMIA – Micro e Macro 152 Produção: Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal PT PT N N PMe N PMg N N PMe PMg N 6 0 6 K N PT Pme N PMg N 10 0 0 10 1 3 3.0 3 10 2 8 4.0 5 10 3 12 4.0 4 10 4 15 3.8 3 10 5 17 3.4 2 10 6 17 2.8 0 10 7 16 2.3 -1 10 8 13 1.6 -3 OBS: O formato das curvas PMgN e PMeN dá-se em virtude da Lei dos Rendimentos Decrescentes.
  • 153. ECONOMIA – Micro e Macro 153 Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se negativa.” Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada). Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo). Produção: Lei dos Rendimentos Decrescentes
  • 154. ECONOMIA – Micro e Macro 154 Isoquanta: significa de igual quantidade. Pode ser definida como sendo uma linha na qual todos os pontos representam infinitas combinações de fatores, que indicam a mesma quantidade produzida. Uma firma pode apresentar várias isoquantas de produção (mapa de produção). A escolha de uma isoquanta, corresponde à escolha que o fornecedor deseja produzir, dependendo dos custos de produção e da demanda pelo produto. Produção: Isoquanta de produção K N 1 1.000 q  50 80 150 2 4 6 2 2.000 q  3 3.000 q 
  • 155. ECONOMIA – Micro e Macro 155 Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem, a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho, demandando mais fatores de produção. • Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em um aumento de mais de 10% na produção; • Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor; • Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção, neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são constantes. Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala
  • 156. ECONOMIA – Micro e Macro 156 Capítulo 5: Custos de Produção Introdução Custo de oportunidade X Custos Contábeis Conceito de Externalidade Custos de Curto Prazo Custos de Longo Prazo Maximização do Lucro Total Exercícios
  • 157. ECONOMIA – Micro e Macro 157 Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa. Por exemplo, o aumento da produção de um determinado bem (automóvel); Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade, derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa). Externalidades: alterações de custos e benefícios para a sociedade, derivadas da produção da empresa, ou então as alterações de custos e receitas da empresa, devidas a fatores externos à empresa. •Externalidades positivas •Externalidades negativas Custos de Produção: Avaliação privada e avaliação social
  • 158. ECONOMIA – Micro e Macro 158 Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia. Ex.: Aluguéis, depreciação, etc. Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja, depende da quantidade produzida. Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc. Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo total. Custos de Produção: Custos a Curto Prazo CT CVT CFT     CVT f q 
  • 159. ECONOMIA – Micro e Macro 159 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo Custos Totais ($) q CFT CVT CT CVT CFT   OBS: Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes
  • 160. ECONOMIA – Micro e Macro 160 Custo Fixo Médio (CFMe): Custo Variável Médio (CVMe): Custo Médio (CMe ou CTMe): CTMe = CVMe + CFMe Custos de Produção: Custos a Curto Prazo CFT CFMe q  CVT CVMe q  CT CTMe q 
  • 161. ECONOMIA – Micro e Macro 161 Custos de Produção: Custos a Curto Prazo Custos Médios ($) q CFMe CVMe CTMe O formato de U das curvas CTMe e CVMe “a curto prazo” também se deve à lei dos rendimentos decrescentes, ou lei dos custos crescentes. Custos médios declinantes: Pouca mão-de-obra p/ grande capital. Vantajoso absorver mão-de- obra e aumentar a produção, pois o custo médio cai. Em certo ponto, satura-se a utilização do capital (que é fixo) e a admissão de mais mão-de-obra não trará aumentos proporcionais de produção (custos médios ou unitários começam a elevar-se).
  • 162. ECONOMIA – Micro e Macro 162 Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a produção, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra de produto. Custos de Produção: Custos a Curto Prazo ou CT dCT CMg CMg q dq     Custos Mg ($) q CMg OBS: Os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos (invariáveis a curto prazo).
  • 163. ECONOMIA – Micro e Macro 163 Custos de Produção: Relação entre Custo Marginal e os Custos Médios Total e Variável (Custos a Curto Prazo) Custos Médios e Marginais ($) q CMg CTMe CVMe Quando o custo marginal supera o custo médio (total ou variável), significa que o custo médio estará crescendo. Ao mesmo tempo, se o custo marginal for inferior ao médio, o médio só poderá cair. Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo do custo médio.
  • 164. ECONOMIA – Micro e Macro 164 No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos são variáveis, sendo assim, um agente econômico: 1. Opera no curto prazo e; 2. Planeja no longo prazo. Os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes escalas de produção (tamanho), que podem escolher. Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
  • 165. ECONOMIA – Micro e Macro 165 Custos de Produção: Custos a Longo Prazo Supondo 3 escalas de produção: I) 10, II) 15 e III) 30 máquinas. Neste caso, as curvas de custo médio de longo prazo serão: I. Produção de q1  CMeC1 < CMeC2 e CMeC3 II. Produção de q3  CMeC2 < CMeC1 e CMeC3 III. Se planeja produzir em: - q2  CMeC2 = CMeC1 - q4  CMeC2 = CMeC3 - são as opções normalmente escolhidas. Custos ($) q 1 10 CMeC K  2 15 CMeC K  3 20 CMeC K  1 q 2 q 3 q 4 q
  • 166. ECONOMIA – Micro e Macro 166 A curva “cheia” é a curva de custo médio de longo prazo CMeLP) (Curva de Envoltória ou curva de planejamento de longo prazo). Esta curva mostra o menor custo unitário. Custos de Produção: Custos a Longo Prazo Custos ($) q CMeLP ótimo q Lei dos rendimentos decrescentes (Curto Prazo) Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas diferem no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentos decrescentes (ou custos crescentes), a uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo prazo deve-se aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa.
  • 167. ECONOMIA – Micro e Macro 167 Isocusto: conjunto de todas as combinações possíveis de fatores de produção (K, L) que mantém constante o custo ou orçamento total da empresa. Dados os preços dos fatores, se a empresa aumenta a contratação de um fator, deverá reduzir a aquisição de outro fator, se deseja manter constante o orçamento gasto  Inclinação negativa. K L Isocusto Custos de Produção: Custos a Longo Prazo
  • 168. ECONOMIA – Micro e Macro 168 Capítulo 7: Estruturas de Mercado Introdução Mercado em Concorrência Perfeita Monopólio Oligopólio Concorrência Monopolística Estruturas do Mercado de Fatores
  • 169. ECONOMIA – Micro e Macro 169 As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de 3 características: a) número de empresas que compõem esse mercado; b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos; idênticos ou diferenciados); c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. Estruturas de Mercado: Introdução
  • 170. ECONOMIA – Micro e Macro 170 As principais características são: Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como átomos”), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado); Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado; Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado. Racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente. Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes. Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita
  • 171. ECONOMIA – Micro e Macro 171 Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita OBS: Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade.
  • 172. ECONOMIA – Micro e Macro 172 Teoria Microeconômica ( Teoria Neoclássica ou Teoria Marginalista) Empresas têm como objetivo maior a maximização dos lucros (a curto ou a longo prazo) LT = RT – CT LT = Lucro total; RT = Receita total de vendas; CT = Custo total de produção. Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
  • 173. ECONOMIA – Micro e Macro 173 Deverá escolher o nível de produção para qual a diferença positiva entre RT e CT seja a maior possível (máxima). Definição: • Receita Marginal (RMg): é o acréscimo da receita total pela venda de uma unidade adicional do produto. • Custo Marginal (CMg): é o acréscimo do custo total pela produção de uma unidade adicional do produto. Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
  • 174. ECONOMIA – Micro e Macro 174 A maximização do lucro ocorre, em um nível de produção tal que a receita marginal da última unidade produzida seja igual ao custo marginal desta última unidade produzida. RMg = CMg Se: • RMg > CMg  há interesse de aumentar a produção, pois cada unidade adicional fabricada aumenta o lucro; • RMg < CMg  há interesse de diminuir a produção, pois cada unidade adicional que deixa de ser fabricada aumenta o lucro; • RMg = CMg  há a maximização do lucro, sendo CMg crescente. Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo)
  • 175. ECONOMIA – Micro e Macro 175 Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo) Custos ($) q CMg CTMe 0 RMg p RMe   0 q 0 p
  • 176. ECONOMIA – Micro e Macro 176 A firma estará maximizando o lucro no ponto onde a taxa de intercâmbio dos fatores permitida pela tecnologia (T.M.S.T.) é igual à taxa de intercâmbio permitida pelo mercado (preços dos fatores); Essa combinação ótima de fatores é, ao mesmo tempo a que minimiza o custo e maximiza a receita  Dualidade Estruturas de Mercado: Concorrência Pura ou Perfeita (Maximização dos Lucros no Curto Prazo) K L Equilíbrio do produtor K* L*
  • 177. ECONOMIA – Micro e Macro 177 Características básicas: • uma única empresa produtora do bem ou serviço; • não há produtos substitutos próximos; • existem barreiras à entrada de firmas concorrentes. As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas: • Monopólio puro ou natural: devido à alta escala de produção requerida, exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolística já está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a um preço equivalente à firma monopolista; • Patentes: direito único de produzir o bem; • Controle de matérias-primas chaves: como por exemplo, o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio; • Monopólio estatal ou institucional: protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura; Estruturas de Mercado: Monopólio
  • 178. ECONOMIA – Micro e Macro 178 Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em mercados monopolizados. Porém, como em concorrência perfeita, o ponto de equilíbrio do monopolista (ponto de maximização do lucro), ocorre onde: RMg = CMg Estruturas de Mercado: Monopólio ($) q CMg CMe D RMe  0 q RMg 0 CMe 0 RMe RMg CMg  B A 0 0 . 0. . . RT RMe q área RMe Aq   0 0 0 0 . 0. . . CT CMe q área CMe B q     0 0 0 0 0 . . . LT RT CT RMe CMe q áreaCMe RMe A B      0
  • 179. ECONOMIA – Micro e Macro 179 Características básicas: • muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço; • cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos; • cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de escolha, de acordo com sua preferência. OBS: Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes. Estruturas de Mercado: Concorrência Monopolística
  • 180. ECONOMIA – Micro e Macro 180 Definido de duas formas: • oligopólio conecentrado: pequeno nº de empresas no setor. Ex. Indústria automobilística ou; • oligopólio competitivo: um pequeno nº de empresas domina um setor com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica. Características básicas: • devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços; • no oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a entrada de novas empresas no setor. Estruturas de Mercado: Oligopólio
  • 181. ECONOMIA – Micro e Macro 181 Tipos de oligopólio: • com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento); • com produto diferenciado (por exemplo, automóveis). OBS: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão. Formas de atuação das empresas: • concorrem entre si: via guerra de preços ou de promoções (forma de atuação pouco freqüente); • formam cartéis (conluios, trustes): cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as empresas. Estruturas de Mercado: Oligopólio
  • 182. ECONOMIA – Micro e Macro 182 Estruturas de Mercado: Oligopólio Não existe um modelo geral de oligopólio, pois eles são muito diferentes entre si. O modelo mais tradional parte da maximização dos lucros pelo empresário, e neste caso a RMg = CMg. Modelo de mark-up: Mark-up = Receitas de Vendas – Custos Diretos de Produção e neste caso o preço é calculado: onde: p = preço do produto c = custo unitário direto ou variável m = taxa (%) de mark-up   1 p m c  
  • 183. ECONOMIA – Micro e Macro 183 Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos Descrição de um jogo: Jogadores: quem está envolvido; Regras: quem joga e quando? O que ele sabe, quando joga? O que ele pode fazer? Resultados: para cada conjunto de ações possível, qual é o resultado do jogo. Payoffs: quais são as preferências dos jogadores sobre os possíveis resultados do jogo? Estratégia dominante: é uma estratégia que é ótima para um jogador independentemente da(s) estratégia(s) escolhida(s) pelo(s) outro(s) jogador(es). Quando cada jogador possui uma estratégia dominante, dizemos que a combinação dessas estratégias é um equilíbrio com estratégias dominantes.
  • 184. ECONOMIA – Micro e Macro 184 Dois parceiros em um crime são presos por um policial. Para cada ladrão, o policial propõe que ele confesse o crime e sirva de testemunha de acusação. Se um dos ladrões confessa o crime e o outro não, aquele que confessou será posto em liberdade e o outro cumprirá pena de 10 anos. Caso os dois confessem, ambos ficarão presos por 3 anos. Se nenhum dos dois confessarem, a penalidade será de apenas um ano. Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o dilema dos prisioneiros)
  • 185. ECONOMIA – Micro e Macro 185 Prisioneiro A Prisioneiro B confessa (-3,-3) (0,-10) (-10,0) (-1,-1) confessa não confessa não confessa Uma estratégia é dita estritamente dominada quando há uma outra estratégia que gera sempre um melhor resultado independentemente da estratégia escolhida pelo outro jogador. Uma estratégia é dita fracamente dominada quando há uma outra estratégia que gera sempre um resultado melhor ou igual independentemente da estratégia escolhida pelo outro jogador. Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Exemplo: o dilema dos prisioneiros)
  • 186. ECONOMIA – Micro e Macro 186 O conjunto das estratégias escolhidas pelos jogadores de um jogo constitui um equilíbrio de Nash se, para cada jogador, a sua estratégia é ótima dadas as estratégias adotadas pelos outros jogadores. • Todo equilíbrio com estratégias dominantes é um equilíbrio de Nash mas nem todo equilíbrio de Nash é um equilíbrio com estratégias dominantes. Estruturas de Mercado: Teoria dos Jogos (Equilíbrio de Nash)
  • 187. ECONOMIA – Micro e Macro 187 Estruturas de Mercado: Resumo Estrutura Objetivo da Empresa Número de Firmas Tipo de Produto Entrada de Novas Empresas Lucros a LP Concorrência Perfeita Maximização de Lucros (RMg=CMg ) Infinitas Homogêneo Não existem barreiras Lucros Normais Monopólio Maximização de Lucros (RMg=CMg ) Uma Único Barreiras Lucros Extraordinários Concorrência Monopolística Maximização de Lucros (RMg=CMg ) Muitas Diferenciado Não existem barreiras Lucros Normais Modelo Clássico Maximização de Lucros (RMg=CMg ) Oligopólio Concentrado: poucas empresas Modelo de Mark-up Maximização Mark-up = Rec. Vendas - Custos Dir. Oligopólio Competitivo: poucas dominam o setor Oligopópilo Homogêneo ou diferenciado Barreiras Lucros Extraordinários
  • 188. ECONOMIA – Micro e Macro 188 Concorrência perfeita: existe uma oferta abundante do fator de produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante. Monopsônio: há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos. Oligopsônio: existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios. Monopólio bilateral: ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. Estruturas de Mercado: fatores de produção
  • 189. ECONOMIA – Micro e Macro 189