A shantala é uma antiga técnica de massagem indiana que traz muitos benefícios para bebês, como melhorar a digestão, o sono e a imunidade. O médico Frédérick Leboyer popularizou a shantala na França depois de aprendê-la na Índia. A shantala envolve movimentos lentos e alongamentos para relaxar e equilibrar o corpo e a mente da criança.
1. Shantala - Arte de dar amor
O ato de massagear o local onde se sofreu uma pancada é a primeira (e imediata) atitude
que se adota em qualquer ferimento. Isto nos mostra que a massagem é um procedimento
antiqüíssimo, podemos considerá-lo um dos procedimentos terapêuticos mais antigos da
humanidade.
Cada povo desenvolveu alguns tipos de massagens, cada uma com suas vantagens
específicas, cada qual com uma finalidade própria.
O toque, o mais antigo dos sentidos, ainda é um tabu em nossa civilização. O médico francês
Frédérick Leboyer foi o responsável por introduzir no dia-a-dia de muitas mães, a arte hindu
de massagear as crianças aprendida com Shantala.
Leboyer, mais poeta que médico, descobriu a magia de Shantala durante uma viagem à
Índia. Encontrou-a em meio a uma enorme favela, em Calcutá, onde trabalhavam dois
amigos seus. Por dias, fotografou a moça (paralítica) que massageava seu bebê todas as
manhãs, aproveitando o sol.
Que benefícios a shantala pode trazer?
Mas não seria um mero capricho, pura perda de tempo e de dinheiro?
Que tensão pode ter um bebê?
O método terapêutico tem a finalidade de trabalhar na criança o Aparelho Respiratório (peito
e costas), o Aparelho Digestório, os M.M. S.S., os M.M. I.I. e vias aéreas (face).
A shantala protege contra infecções porque acalma o bebê, diminuindo o nível de estresse e,
conseqüentemente, reduzindo também a quantidade de cortisol circulando no corpo -
hormônio que em grande quantidade baixa a imunidade. Raramente o bebê que recebe a
massagem diariamente adoece.
A massagem também ajuda na absorção alimentar, fazendo com que o ainda incipiente
sistema digestivo dos bebês funcione melhor, acabando com a dificuldade de evacuar,
elimina e evita a formação de gases (aliviando as cólicas).
Como a massagem é feita diariamente é importante manter um ritmo. Atua sobre todo o
sistema neurológico equilibrando-o. Desenvolve a coordenação motora e atua ainda sobre a
musculatura e articulações. Alonga e promove eliminações de tensões, bloqueios. Facilita o
sono tranqüilo e profundo.
Aos poucos a massagem faz com que toda a tensão muscular desapareça, atuando sobre os
ligamentos e atingindo o ponto principal da shantala que é a liberação total das tensões e o
fluxo de energia, a ponto de no início a criança estar chorando e no final estar dormindo
relaxada. Enfim, transforma o bebê num bebê saudável em todos os aspectos, e ele não
precisa estar doente para que seja ministrada a massagem pela primeira vez. A idéia é que
logo após o primeiro mês de nascimento, já se inicie a prática.
É fundamental desenvolver esse outro diálogo e fazer a massagem em silêncio. O ambiente
deve estar aquecido e agradável. Pode ter uma música suave de fundo, que facilitará a
interação.
A massagem é realizada com óleo de amêndoas ou camomila, de efeito tranqüilizante e
relaxante. O ambiente é pré-aquecido no inverno, ao sol pela manhã no verão, e de
preferência no colo da mãe, pai, ou terapeuta.
É realizada em ritmo lento do começo ao fim, usando manipulações como: deslizamento,
forma de bracelete e rosca, movimento de vai e vem.
2. Após a massagem aplicam-se exercícios de alongamento de braços e pernas, no sentido de
liberar as tensões nas costas (caixa torácica e respiração), liberar as tensões da coluna
vertebral e propiciar relaxamento das articulações da bacia (sacro e base da coluna
vertebral).
Tudo isso sem ter qualquer contra-indicação se aplicada corretamente por um terapeuta
especializado ou por uma pessoa que tenha tido acesso a cursos ou boas literaturas sobre
ao assunto.
Um aviso importante: a shantala deve ser evitada se o bebê estiver com febre, resfriado,
disenteria, infecções, doenças de pele que impeçam o toque, nas crises, com frio, fome ou
dormindo. Entre o segundo e o terceiro mês, a criança só está acordada enquanto estiver
com fome, então deve-se alimentá-la apenas o suficiente, caso contrário, irá adormecer logo
em seguida e não será possível acarinhá-la com técnica.
Shantágua
Uma novidade recém chegada ao Rio de Janeiro, trazida pela professora de Ioga Maria de
Lourdes da Silva Teixeira, apelidada de Fadinha.
A água morninha ajuda a relaxar o bebê (um dos objetivos da massagem) porque faz com
que ele experimente sensações semelhantes às da época em que estava no útero materno.
Os movimentos da shantágua são muito aparecidos com o da massagem feita fora da
piscina, mas foi preciso fazer algumas adaptações para a técnica dar certo, como a dispensa
do óleo (a própria água facilita o deslizar da mãos) e o uso de bóias. O ritual é simples e não
dura mais que meia hora. Trás os mesmos benefícios que a shantala e deve ser evitada nas
mesmas situações.
A Shantágua deve ser feita na piscina rasa,
com água morna e sem cloro.
A Shantala atua, assim, em um nível bem mais amplo e profundo do que se possa imaginar.
Afinal de contas, pessoas saudáveis obviamente custam a adoecer e, com isso diminui
sensivelmente a mortalidade.
O profissional que deseja trabalhar com ambas as técnicas deve desenvolver a sensibilidade
e o respeito por esse serzinho que está esperando por essa prática, e ter a consciência de
que é um privilégio, uma oportunidade de ser um canal e de passar para o bebê o que ele
merece, muita paz!
Atualmente, pouca atenção nesse sentido tem se dado às crianças do nosso Brasil e no
mundo em geral. Com isso esquecemos que elas é que serão nossos futuros políticos,
administradores, médicos, professores, etc, e quanto mais atenciosa e cuidadosamente
forem tratadas, tão mais harmoniosamente e moralmente corretas serão suas atitudes para
com o mundo.
3. Peito: Facilita a ampliação da respiração
e traz equilíbrio e harmonia.
Mãos: Estimula a coordenação motora ampla e fina.
Pernas: Fortalece os músculos e articulações, ativa a circulação,
estimula o sistema nevoso preparando para engatinhar e andar,
libera a tensão das vértebras, em especial as lombares.
4. Pernas em lótus: Relaxa as articulações da pélvis
e dos ligamentos com a base da coluna.
Braços: Fortalece os músculos e articulações, ativa a circulação,
estimula o sistema nevoso preparando para engatinhar e andar, libera
a tensão das regiões cervical e dorsal, libra também a caixa torácica
e a respiração superior.
Mãos: Estimula a coordenação motora ampla e fina.
5. Barriga: Facilita o funcionamento dos intestinos
e a eliminação dos gases, trazendo a alívio das cólicas,
além de tonificar os músculos abdominais.
6. Barriga: Facilita o funcionamento dos intestinos
e a eliminação dos gases, trazendo a alívio das cólicas,
além de tonificar os músculos abdominais.