O documento discute como a formação do autoconceito é influenciada por fatores como a reação dos pais, professores e líderes, e como situações de pobreza podem levar a um autoconceito negativo devido a problemas como falta de condições econômicas, de higiene e alimentação. Também enfatiza a importância do reforço positivo para desenvolver uma imagem positiva de si mesmo.
O Autoconceito e o Comportamento do ConsumidorAlexandre Conte
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera avançada, bateria de longa duração e processador rápido para competir no mercado. O aparelho custará menos do que os principais concorrentes e estará disponível em várias cores. A expectativa é que o lançamento ajude a empresa a aumentar sua participação no setor.
O documento discute como a formação do autoconceito é influenciada por fatores como a reação dos pais, professores e líderes, assim como a necessidade de aceitação e aprovação. Crianças que vivem em situações de pobreza tendem a desenvolver autoconceitos mais negativos, devido a problemas como falta de recursos, higiene e alimentação. No entanto, elogios e reforços positivos podem ajudar a estimular autoconceitos mais positivos.
O documento discute autoimagem e autoestima de uma perspectiva bíblica. Ele define esses termos, explora como eles influenciam nosso comportamento e atitudes, e oferece passos para melhorar a autoestima, como reconhecer nossa identidade como criados à imagem de Deus e aceitar Sua modelagem em nossas vidas.
O documento discute o conceito de autoestima, fatores que influenciam seu desenvolvimento e maneiras de promovê-la. A autoestima é a avaliação que fazemos de nós mesmos e está relacionada a sentimentos de valor, capacidade e significado. Ela é influenciada principalmente pelas experiências na infância e nas relações familiares.
O documento discute a importância da autoestima e seus principais aspectos positivos e negativos. Ele define autoestima como afeição e valorização de si mesmo, e não como egocentrismo. Também lista diversos fatores que podem influenciar a autoestima tanto positivamente quanto negativamente.
2013 en anpad_mkt2137 auto conceito e preferência por famílias olfativas um e...Ricardo Vernieri Alencar
Este estudo investigou a relação entre autoconceito e preferência por famílias olfativas de perfumes masculinos. Foram entrevistados 199 homens da classe AB por meio de questionário online. Os resultados mostraram a emergência de quatro agrupamentos baseados nas famílias olfativas preferidas, com cada agrupamento apresentando características de autoconceito diferentes, sugerindo que existe relação entre autoconceito e escolha da fragrância.
1. O documento discute o marketing olfativo como uma ferramenta de marketing e proposta de carreira para tecnólogos em cosmetologia e estética.
2. Ele fornece um resumo sobre aromaterapia e como os aromas podem afetar as emoções e memória das pessoas.
3. O autor argumenta que o marketing olfativo é um campo promissor para tecnólogos em cosmetologia se capacitarem em aromaterapia.
O documento discute como a formação do autoconceito é influenciada por fatores como a reação dos pais, professores e líderes, e como situações de pobreza podem levar a um autoconceito negativo devido a problemas como falta de condições econômicas, de higiene e alimentação. Também enfatiza a importância do reforço positivo para desenvolver uma imagem positiva de si mesmo.
O Autoconceito e o Comportamento do ConsumidorAlexandre Conte
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera avançada, bateria de longa duração e processador rápido para competir no mercado. O aparelho custará menos do que os principais concorrentes e estará disponível em várias cores. A expectativa é que o lançamento ajude a empresa a aumentar sua participação no setor.
O documento discute como a formação do autoconceito é influenciada por fatores como a reação dos pais, professores e líderes, assim como a necessidade de aceitação e aprovação. Crianças que vivem em situações de pobreza tendem a desenvolver autoconceitos mais negativos, devido a problemas como falta de recursos, higiene e alimentação. No entanto, elogios e reforços positivos podem ajudar a estimular autoconceitos mais positivos.
O documento discute autoimagem e autoestima de uma perspectiva bíblica. Ele define esses termos, explora como eles influenciam nosso comportamento e atitudes, e oferece passos para melhorar a autoestima, como reconhecer nossa identidade como criados à imagem de Deus e aceitar Sua modelagem em nossas vidas.
O documento discute o conceito de autoestima, fatores que influenciam seu desenvolvimento e maneiras de promovê-la. A autoestima é a avaliação que fazemos de nós mesmos e está relacionada a sentimentos de valor, capacidade e significado. Ela é influenciada principalmente pelas experiências na infância e nas relações familiares.
O documento discute a importância da autoestima e seus principais aspectos positivos e negativos. Ele define autoestima como afeição e valorização de si mesmo, e não como egocentrismo. Também lista diversos fatores que podem influenciar a autoestima tanto positivamente quanto negativamente.
2013 en anpad_mkt2137 auto conceito e preferência por famílias olfativas um e...Ricardo Vernieri Alencar
Este estudo investigou a relação entre autoconceito e preferência por famílias olfativas de perfumes masculinos. Foram entrevistados 199 homens da classe AB por meio de questionário online. Os resultados mostraram a emergência de quatro agrupamentos baseados nas famílias olfativas preferidas, com cada agrupamento apresentando características de autoconceito diferentes, sugerindo que existe relação entre autoconceito e escolha da fragrância.
1. O documento discute o marketing olfativo como uma ferramenta de marketing e proposta de carreira para tecnólogos em cosmetologia e estética.
2. Ele fornece um resumo sobre aromaterapia e como os aromas podem afetar as emoções e memória das pessoas.
3. O autor argumenta que o marketing olfativo é um campo promissor para tecnólogos em cosmetologia se capacitarem em aromaterapia.
O documento discute o comportamento do consumidor e o processo de decisão de compra. Explica porque é importante estudar o comportamento do consumidor para entender melhor o mercado-alvo e suas necessidades. Também descreve as 5 etapas do processo de decisão de compra e como variáveis demográficas e biológicas influenciam a escolha de produtos. Por fim, explica a hierarquia de necessidades de Maslow e sua relevância para o estudo do comportamento do consumidor.
Para ajudar os anunciantes e profissionais de marketing a vender mais seus produtos, melhorar o ambiente empresarial ou em casa.
Dos sentidos, o olfato é o mais poderoso motivador emocional e o que produz a memória mais longa.
- Que é a verdadeira essência do marketing
O documento traça o perfil do consumidor de balas My Toffee, identificando características como mulheres grávidas com desejo por doces, consumidores que valorizam marcas conceituadas e estilo de vida saudável, e a influência de fatores como grupo social, estágio familiar e preferências pessoais no comportamento de compra.
Materia sobre o Azimute 720 n0 Jornal do ComercioGustavo Campos
Um relatório sobre o comportamento de compra feminino apontou que as mulheres pagam mais por produtos na moda e compram muitos sapatos, sendo que 85% se dizem viciadas em comprar sapatos. As mulheres gostam de lojas multimarcas e compram marcas de calçados de acordo com preço, conforto e estilo, não necessariamente marcas de luxo. O relatório também indicou que as mulheres consomem de forma "enlouquecida", escolhendo sapatos primeiro e roupas em seguida.
Este documento fornece um resumo sobre o livro "Marketing sensorial: como utilizar os cinco sentidos para atrair clientes", de autoria de Tatiana Benites. O livro discute como as empresas podem usar estratégias de marketing sensorial, utilizando os cinco sentidos humanos, para melhorar a experiência dos clientes em lojas e atraí-los para as marcas. O livro aborda cada um dos sentidos separadamente e fornece exemplos de como eles podem ser usados no varejo. O documento também resume brevemente os tópicos e
Campanha Lançamento Coloração Natura Seiva ColorCarla Viola
O documento apresenta a nova linha de coloração da Natura chamada Natura Seiva Color. A linha foi desenvolvida com ingredientes naturais brasileiros como açaí, cacau, jabuticaba e castanha do pará. Pesquisas qualitativas foram realizadas com consumidoras para garantir que a linha atenda às suas necessidades e preferências. A Natura busca oferecer uma coloração natural e sustentável que respeite a natureza dos cabelos.
Comportamento do consumidor _personalidade_estilos_vidaConceição Moraes
O documento discute conceitos de personalidade e comportamento do consumidor. Aborda temas como traços de personalidade, estilos de vida, necessidades e pressões dos consumidores. Também apresenta diferentes teorias e instrumentos para medir a personalidade, como o modelo dos Big Five e a Escala Myers-Briggs. Por fim, discute tendências no comportamento do consumidor e a segmentação psicográfica de mercados.
Aula 2 - Beauty standards (Part 1) ula de inglêsAldoBlfia1
O documento discute padrões de beleza na mídia e sociedade. Ele explora como a mídia estabelece padrões irreais e como isso pode afetar a autoestima das pessoas. O documento também analisa os padrões locais e defende a diversidade e aceitação de diferentes tipos de beleza.
Este documento acadêmico busca estudar como as marcas do setor de beleza abordam a questão transgênero em seus discursos midiáticos diante do crescimento do tema nos últimos anos. O autor realiza uma pesquisa bibliográfica, mapeamento de campanhas publicitárias e análise do discurso de três campanhas para entender a estratégia e responsabilidade social das marcas. Os resultados indicam que as campanhas seguem padrões de beleza convencionais e raramente aprofundam o diálogo
1) O documento analisa os valores apresentados no código de conduta da Ambev e em propagandas das cervejas Skol e Antarctica para verificar sua convergência.
2) Foi identificada uma abordagem masculina tanto no código quanto nas campanhas, e valores como "malandragem" refutados no código foram valorizados nas propagandas.
3) Concluiu-se que a abordagem de marketing ética proposta não esteve presente nas amostras de propaganda analisadas.
Uso e produção de perfumes, o que a química tem a ver com issoRomulo Coco
Este documento descreve um projeto didático desenvolvido com alunos do ensino médio sobre o tema de perfumes. O projeto teve como objetivo consolidar conceitos químicos associados a misturas, soluções e funções orgânicas. Foi realizado um questionário inicial, discussões sobre química de perfumes e experimentos de extração e produção de soluções perfumadas. Os alunos ampliaram seu conhecimento sobre o tema e como a química está relacionada à produção e propriedades de perfumes.
Book Criativo - Trabalho Conclusão de Curso - Natura- HigeiaAline Nascimento
O documento apresenta a linha de produtos Higeia da Natura, que inclui sabonetes líquidos e lenços umedecidos para higiene íntima feminina. Ele descreve a história da Natura, o perfil do público-alvo, pesquisas de opinião realizadas, análises situacional e SWOT, objetivos de mercado e comunicação, conteúdo básico a ser comunicado e detalhes do planejamento de marketing e comunicação.
Apresentação realizada na Universidade Metodista - Programa de Comunicação Social - Mestrado. Dia 15/05/2017 - Disciplina Comunicação e Consumo uma Abordagem Multidisciplinar - Prof. Daniel Galindo
Este documento discute o mercado de embalagens como o 5o "P" do mix de marketing. Primeiro, aborda os problemas enfrentados por pequenas empresas e a importância de entender as necessidades e desejos dos consumidores. Em seguida, descreve os diferentes tipos de demanda no mercado e fatores que influenciam a decisão de compra do consumidor, como a embalagem e modelos de persuasão. Por fim, discute conceitos e profissionais importantes no marketing.
1) O documento discute tendências de consumo para 2009, incluindo produtos anti-envelhecimento, simplicidade, melhorias de humor e ficar em casa.
2) Ele também discute tendências como especificidade extrema, transparência e contextualização através de mapas.
3) A recessão econômica levará os consumidores a buscarem formas de economizar dinheiro e valorizarem mais as marcas.
O documento discute fatores de influência no comportamento do consumidor, incluindo:
1) Análise cross-cultural entre Brasil e EUA com base nas dimensões culturais de Hofstede;
2) Papéis de gênero na decisão de compra, com homens cada vez mais envolvidos no processo;
3) Diferenças no processo decisório entre homens e mulheres são mais sociais do que biológicas.
Homens Vão Às Compras no Supermercado: Atitudes, Opiniões e HábitosDaniel Negrini
1) O documento analisa o comportamento masculino em relação às compras de supermercado, identificando como os homens se relacionam com esta tarefa doméstica. 2) Foi realizada uma pesquisa qualitativa com entrevistas e uma pesquisa quantitativa com questionários, que concluiu que os homens têm assumido mais esta função. 3) Alguns homens gostam da tarefa, enquanto outros dizem que não é a pior tarefa doméstica.
Este documento apresenta um plano de produto da empresa Natura. Resume as principais linhas de produtos da Natura, como Chronos, Natura Ekos, Mamãe e Bebê. Também analisa os pontos fortes e fracos da Natura e compara com suas principais concorrentes: Unilever, P&G e O Boticário.
As mulheres que mesmo tendo características sócio-econômicas iguais, vivem momentos diferentes e percebem o cotidiano de forma diferente.
Como isso pode influenciar seu consumo?
O documento resume seis tendências para 2009 de acordo com a Mintel: 1) Novos produtos anti-envelhecimento; 2) Simplicidade nos ingredientes e comunicação; 3) Produtos que melhoram o humor como aromaterapia; 4) As pessoas ficam mais em casa e procuram recriar experiências fora de casa; 5) Economia de luxo com marcas valorizadas e produtos de gama alta ou baixa; 6) Novos sabores, ingredientes e fragrâncias como o quiabo e ervas chinesas.
O mangá e a Turma da Mônica Jovem: processos de interculturalidadeI SEMIC ESPM - 2012
1. O documento discute os processos de interculturalidade entre o mangá japonês e a série de quadrinhos brasileira Turma da Mônica Jovem, analisando aspectos como a estética corporal dos personagens.
2. Analisa como o mangá se tornou um conceito cultural apropriado por outras nações através de negociações interculturais e como a Turma da Mônica Jovem, embora em estilo mangá, opera diálogos com a cultura japonesa nestas negociações.
O documento discute o comportamento do consumidor e o processo de decisão de compra. Explica porque é importante estudar o comportamento do consumidor para entender melhor o mercado-alvo e suas necessidades. Também descreve as 5 etapas do processo de decisão de compra e como variáveis demográficas e biológicas influenciam a escolha de produtos. Por fim, explica a hierarquia de necessidades de Maslow e sua relevância para o estudo do comportamento do consumidor.
Para ajudar os anunciantes e profissionais de marketing a vender mais seus produtos, melhorar o ambiente empresarial ou em casa.
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O documento apresenta a nova linha de coloração da Natura chamada Natura Seiva Color. A linha foi desenvolvida com ingredientes naturais brasileiros como açaí, cacau, jabuticaba e castanha do pará. Pesquisas qualitativas foram realizadas com consumidoras para garantir que a linha atenda às suas necessidades e preferências. A Natura busca oferecer uma coloração natural e sustentável que respeite a natureza dos cabelos.
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1) O documento analisa os valores apresentados no código de conduta da Ambev e em propagandas das cervejas Skol e Antarctica para verificar sua convergência.
2) Foi identificada uma abordagem masculina tanto no código quanto nas campanhas, e valores como "malandragem" refutados no código foram valorizados nas propagandas.
3) Concluiu-se que a abordagem de marketing ética proposta não esteve presente nas amostras de propaganda analisadas.
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O documento apresenta a linha de produtos Higeia da Natura, que inclui sabonetes líquidos e lenços umedecidos para higiene íntima feminina. Ele descreve a história da Natura, o perfil do público-alvo, pesquisas de opinião realizadas, análises situacional e SWOT, objetivos de mercado e comunicação, conteúdo básico a ser comunicado e detalhes do planejamento de marketing e comunicação.
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1) O documento discute tendências de consumo para 2009, incluindo produtos anti-envelhecimento, simplicidade, melhorias de humor e ficar em casa.
2) Ele também discute tendências como especificidade extrema, transparência e contextualização através de mapas.
3) A recessão econômica levará os consumidores a buscarem formas de economizar dinheiro e valorizarem mais as marcas.
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1) Análise cross-cultural entre Brasil e EUA com base nas dimensões culturais de Hofstede;
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Semelhante a Homens, perfume e autoconceito: qual a relação entre eles? (20)
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Política de hidrocarbonetos russa: dependência europeia do gás natural russo ...
Homens, perfume e autoconceito: qual a relação entre eles?
1. HOMENS, PERFUME E AUTOCONCEITO: qual a relação entre eles?
Jessica Martinez1
Vivian Iara Strehlau2
Resumo
O comportamento de compra do consumidor masculino tem apresentado
importante mudança nos últimos anos, sobretudo, no que se refere ao consumo de
cosméticos e perfumaria. A maneira que esse novo homem se enxerga na sociedade
e como o perfume, em especial, se relaciona nessa construção da autoimagem
contemplam o propósito central desse estudo. Para tanto, a técnica de pesquisa
empregada foi qualitativa, seguida por quantitativa. Foram entrevistados jovens da
classe econômica A e B, usuários de perfumes importados. A coleta dos dados foi
realizada por meio de um questionário auto administrado disponibilizado na
internet. A partir da análise das pesquisas realizadas, verificou-se a existência de
relação entre o autoconceito dos entrevistados e suas famílias olfativas preferidas.
Palavras-chave: Auto conceito; perfume, homem.
1. Introdução
Com o advento de novas tecnologias e mudanças na cultura brasileira, os
homens passaram a adquirir produtos que antes eram considerados femininos. Os
homens estão em busca de produtos eficazes e práticos, mas que garantam bem-
estar durante todo o dia (IBOPE, 2009) e um dos produtos mais visados por esses
“novos homens” é o perfume. Antes do surgimento desse novo mercado, os
perfumes (assim como a maioria dos cosméticos) eram produtos sexualmente
1
Estudante do curso de graduação em Administração da ESPM-SP. E-mail:
jessicamartinez@acad.espm.br.
2
Professora do curso de graduação em Administração da ESPM-SP. E-mail: vstrehlau@espm.br
I Seminário de Iniciação Científica da ESPM – São Paulo – 29 e 30 de outubro de 2012
2. 2
tipificados, isto é, muitos consumidores associavam o produto ao sexo feminino
(SOLOMON, 2011).
A categoria de produtos cosméticos masculinos vem apresentando, nos
últimos anos, um importante crescimento, em média 7% ao ano (EUROMONITOR,
2011). De acordo com os dados do Euromonitor (2011), a categoria de perfumes
cresceu cerca de 17% em termos reais, chegando a R$ 10,6 bilhões em vendas das
fragrâncias. O volume de vendas de perfumes masculinos – incluindo a categoria
Premium – foi de R$ 4,54 bilhões, o que demonstra o crescente interesse pela
compreensão do comportamento masculino e consequente desenvolvimento de
linhas de produtos especialmente desenvolvida para esse novo homem.
É bastante comum encontrar apresentações de perfume descrevendo
características desejáveis ou mesmo projetivas para o homem que o utiliza, como
por exemplo “Para homens que transmitem beleza, paixão, inovação, estilo,
qualidade e exclusividade (Perfume Ferrari Uomo), dentre vários outros, insinuando
uma relação entre o uso de um perfume e um estado almejado por um homem
Portanto, este trabalho tem por objetivo verificar se existe uma relação
entre o autoconceito masculino e a compra e consumo dos perfumes.
2. Referencial teórico
Desde a antiguidade até os dias atuais o perfume é considerado uma
especiaria que provoca as mais distintas sensações nos indivíduos. Inicialmente
utilizado em rituais religiosos, o perfume exalado pelos incensos egípicios era
considerado uma substância sagrada utilizada para agradar aos deuses.
Com o tempo as fragrâncias foram adquirindo novos significados, e,
atualmente são desejadas por muitos homens e mullheres por diferentes razões.
Seja para se tornarem mais atraentes ou “sexy”, é fato de que esse produto é
utilizado diariamente pela maioria das pessoas. Por fazer parte do dia-a-dia das
pessoas, as indústrias de perfumes enfrentam um grande desafio: criar fragrâncias
agradáveis, frascos arrojados e, ainda, uma marca forte capaz de fazer com que o
consumidor com ela se identifique.
O perfume não é apenas uma simples mistura de diversas substâncias;
mas uma composição que é reflexo de um conjunto de valores culturais específicos.
I Seminário de Iniciação Científica da ESPM – São Paulo – 29 e 30 de outubro de 2012
3. 3
O olfato percebe um complexo de mensagens olfativas que estão dentro de uma
retaguarda formada pelo contexto cultural do consumidor (ELLENA, 1996).
Homens e mulheres possuem comportamentos de consumo diferenciados
uma vez que suas necessidades são diferentes, e, por isso devem ser estudados de
maneira distinta. Segundo o Caderno de Tendências do SEBRAE, as mulheres
preferem perfumes com fragrâncias florais e frescas. Em contrapartida, os homens
tendem a apreciar os amadeirados ou com especiarias.
O olfato é talvez o mais difícil dos sentidos de ser descrito, pois cada
indivíduo descreve o cheiro com diferentes denominações. Essa dificuldade se dá,
sobretudo, porque os aromas ficam armazenados na memória dos indivíduos
(SOLOMON, 2011). Segundo Gregory e Coleman (1995) o olfato é o sentido mais
sensível dos sentidos químicos (no tocante à concentração de moléculas): sendo
dez mil vezes mais sensível do que o paladar. Os mesmos autores indicam a
existência de diferenças entre gêneros e com relação a idade. Mulheres são, em
geral, mais sensíveis aos odores do que os homens (apesar de os homens serem
maioria como “narizes” nas fábricas de perfumes e a idade tende a diminuir a
percepção olfativa em ambos sexos.
Diferentemente do que ocorre com o paladar, não se conhece a
existência de tipos primários de cheiro, o que existe são tentativas de se
estabelecer classificações de aromas (SHIFFMAN, 2005).
A classificação de perfumes é igualmente controversa e as classificações
também são consideradas insatisfatórias. A classificação oficial, editada pelo
Comitê Francês de Perfume é estabelecida por uma comissão técnica da SFP
(Societé Francaise des Parfumeurs). Essa sociedade classifica os perfumes, tanto
masculinos como femininos em sete grandes famílias: cítrico, floral, fougère,
chipre, amadeirado, âmbar e couro. Cada uma dessas famílias possui de três a sete
subfamílias.
Barbet et al (1999) indica que a perfumaria masculina teve seu início nos
anos 1950-1960 com criações como Pour Monsieur (de Chanel em 1955), Vetiver (de
Carven em 1957), Habit Rouge (de Guerlain em 1965) e Eau Sauvage (Dior em
1966).
A comunicação de um perfume é algo bastante delicado e complexo de
se realizar uma vez que o olfato é um sentido difícil de ser expressado
I Seminário de Iniciação Científica da ESPM – São Paulo – 29 e 30 de outubro de 2012
4. 4
verbalmente. Por este motivo, grande parte dos anúncios veiculados encontrados
são compostos majoritariamente por imagens.
Segundo Garcillán (2011) o processo de compra dos perfumes é bastante
intrigante. Devido a timidez masculina, os perfumes, em geral, são comprados
pelas mulheres e são escolhidos com base nos fatores de duração, preferência pela
fragrância e pelo status que a marca representa. Em geral, a compra é influenciada
por recomendações familiares, a possibilidade de testá-lo, a marca, a moda, a
publicidade e também pela própria personalidade do consumidor. Para o público
masculino, a experiência pessoal e a confiabilidade das marcas são fatores
determinantes para a escolha de determinada marca em detrimento de outra.
No Brasil, em um levantamento preliminar, foram identificados apenas
dois trabalhos relacionando o marketing com o perfume, são dois trabalhos
apresentados em congressos da Anpad: Alonso e Marchetti (2008) e Vieira (2001),
mas ambos tratam do consumo de perfumes femininos.
O estudo de Vieira (2001) procura analisar o comportamento de consumo
de perfumes das mulheres com viés antropológico. Neste trabalho mostrou-se que
as mulheres não compram perfumes pelos benefícios básicos que o produto
apresenta, ao contrário, a compra é estimulada pelos benefícios periféricos do
produto, e, além disso, não o compram por impulso, ou seja, a compra de
perfumes é um hábito na vida feminina. Em geral, a compra das fragrâncias é feita
pela própria usuária (salvo em situações de presentes), uma vez que as
preferências podem variar. Enquanto as jovens procuram utilizar as fragrâncias da
moda, as mulheres da terceira idade procuram o perfume independente da marca
ou moda (por este motivo as campanhas publicitárias de perfumes para a terceira
idade são incomuns).
Esse estudo enfatiza a importância da memória na compra dos perfumes.
As mulheres optam por produtos que remetem a alguma experiência anterior que
tenha sido agradável. Esse hábito é recorrente também na compra dos perfumes,
ou seja, quando percebida, uma fragrância pode ser capaz de tornar uma
lembrança de uma experiência anterior “mais real” mesmo que tenha ocorrido há
muito tempo.
I Seminário de Iniciação Científica da ESPM – São Paulo – 29 e 30 de outubro de 2012
5. 5
Alonso e Marchetti (2008) analisam os benefícios e valores percebidos
pelas consumidoras de perfumes de luxo. O perfume, segundo o texto, pode ser
considerado um produto de luxo uma vez que é diferenciado do consumo comum.
Os resultados desse trabalho mostraram que o valor do respeito próprio
está associado ao benefício da sensação de bem-estar e ao atributo aroma cítrico.
Assim sendo, as consumidoras desse tipo de fragrância sentem-se respeitando e
cuidando de si próprias ao utilizarem o aroma cítrico.
A lém disso, em relação ao valor de segurança, esse aroma está associado
ao benefício da duração da fragrância na pele e ao atributo de aroma marcante. O
valor da auto realização, por sua vez, foi associado aos benefícios de despertar os
seus sentidos, e, oferecer beleza e sofisticação. Os atributos relacionados a estes
benefícios são: aroma marcante tem o poder de despertar os sentidos enquanto
que o aroma floral pode lhe oferecer beleza e sofisticação, tornando-as mais
realizadas.
Moraes (2011) trata do assunto quando estuda o comportamento
feminino em relação ao uso de perfumes. Nesse trabalho a autora afirma que
diferentemente do que ocorre com outros bens, a mulher adquire perfumes
porquanto este estimula sua imaginação. E assim, incita a manifestação de um
desejo misterioso ainda desconhecido pela ciência.
Em suma, pode-se inferir que as consumidoras de perfumes de luxo
utilizam esse tipo de fragrância para sentirem-se bem consigo mesmas. O uso para
“impressionar” os outros somente se relaciona com o valor da segurança, ou seja, o
fato de o perfume de luxo marcar presença positiva perante aos outros, deixa a
consumidora mais segura. Os atributos que causam a motivação de consumo de
perfume de luxo estão mais associados a aspectos funcionais (diversos aromas, à
caixa rebuscada e à fixação do perfume) que a aspectos simbólicos.
Define-se o autoconceito como o conjunto de todas as informações que
uma pessoa possui sobre si mesma seja qualidades ou defeitos (MOWEN; MINOR,
2005). É por meio do consumo dos mais variados produtos que uma pessoa constrói
o seu “eu” e o demonstra para as outras pessoas. O “eu real” se refere a maneira
como a pessoa se percebe. Já o “eu ideal” denota como a pessoa gostaria de
perceber a si mesma. O “eu social” exibe a maneira a qual a pessoa se apresenta
para os outros (SIRGY, 1982).
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6. 6
Para Mowen e Minor (2005), as pessoas vivem em um ambiente
simbólico, onde produtos consumidos possuem uma representação dos “eus” do
indivíduo, a chamada hipótese da congruência da imagem. Um mesmo indivíduo
pode compartilhar de diversas versões de “eus” de acordo com cada situação, ou
seja, o comportamento de consumo pode variar de acordo com o ambiente
(SOLOMON, 2011; SIRGY, 1982).
Para Belk (1988), a teoria do “eu estendido” esclarece que os indivíduos
podem ser compreendidos a partir da análise das suas posses, ou seja, as pessoas
tendem a definir si mesmas por meio dos objetos que possui. Isso significa que de
alguma forma os perfumes podem expressar o eu estendido dos homens.
3. Procedimentos metodológicos
Neste estudo foi realizada uma survey, sendo que a amostra foi obtida
por conveniência: homens de classe socioeconômica A e B, usuários de perfumes.
A técnica de coleta de dados escolhida é o questionário auto
administrado, que vem a ser o questionário preenchido pelo próprio entrevistado
sem a presença de um entrevistador (McDANIEL; GATES, 2002). Para o
preenchimento do questionário era necessário entre 15 e 20 minutos.
Esse questionário contempla três grupos de perguntas, sendo que o
primeiro grupo de perguntas do questionário apresenta quatro questões relativas à
descrição da amostra. Já o segundo grupo de nove perguntas foi elaborado de modo
a identificar as características do comportamento de compra dos consumidores de
perfume, como marca favorita, habitos de compra e de uso. A escala referente ao
processo de escolha de perfume foi baseada no trabalho de Markham e Cangelosi
(1999). O terceiro bloco de perguntas se refere ao autoconceito. Em relação ao
autoconceito utilizou-se a escala SDQIII (Self Description Questionnaire III)
desenvolvida pelo grupo SELF da Universidade de Oxford. A SDQIII mede o
autoconceito em adolescentes mais velhos e adultos. Trata-se de uma escala com
136 assertivas que mede o autoconceito em quatro áreas de autoconceito
acadêmico e oito áreas de autoconceito não acadêmico. As áreas acadêmicas são:
matemática; verbal; resolução de problemas; acadêmica em geral. As áreas não
acadêmicas são: relacionamento com os pais; relacionamento com pessoas do
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7. 7
mesmo sexo; relacionamento com pessoas do sexo oposto; aparência física;
habilidade física; estabilidade emocional; religião; autoestima geral.
O questionário foi disponibilizado na internet. Algum tempo após a
disponibilização, verificou-se que o número de questionários respondidos até o fim
ainda era insatisfatório e a razão revelada era em função a grande quantidade de
perguntas nele contida. Assim, reduziu-se o número original de dimensões do
autoconceito eliminando-se todas as variáveis relativas ao autoconceito acadêmico
e duas dimensões não acadêmicas que geraram desconforto no preenchimento e
que foram consideradas de interesse marginal ao estudo em realização
(honestidade e religiosidade).
Os dados obtidos com a aplicação dos questionários foram transferidos
do site Surveymonkey tabulados em planilha Excel e posteriormente transferidos
para o software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) , mais indicado
para as análises desejadas. Para a análise dos dados foram empregadas as técnicas
de análise fatorial e de agrupamentos.
4. A pesquisa
4.1 Descrição da amostra:
Dos 199 respondentes, 56% são ou foram estudantes da ESPM, 5% do
Mackenzie, 4% da USP, 3% da UNIP, 16% de outras faculdades e 16% não
responderam a esta pergunta.
Em relação a renda, 49% declararam possuir uma renda superior a R$ 12.000, 17%
entre R$5.000 a R$ 9.000, 12.5.% entre R$ 9.000 a R$ 12.000 e 20% declararam
receber menos de R$ 5.000.
4.2 A compra de perfume e famílias olfativas:
A pesquisa revelou que 95% dos homens respondentes utilizam perfumes
e desses, 68% disseram fazer uso diariamente, 21% ocasionalmente, 5% apenas em
ocasiões como finais de semana e baladas. Além disso, a maioria deles disseram
que usam perfumes diferentes para cada situação, sendo que a maioria disse
diferenciar as fragrâncias usadas de acordo com a situação que vão passar. Por
exemplo, disseram usar um perfume diferente para trabalhar, para baladas ,etc.
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A maioria disse ser o comprador de seus perfumes (83%), aqueles que
disseram que não compravam disseram que a mãe ou namorada o fazia.
Os principais locais de compra do produto foram Free Shop (57%), Lojas
no exterior (44%), Lojas especializadas (43,5%), Lojas online (13%) e Lojas de
departamento (5,5%).
Os cinco atributos mais relevantes na hora da compra são: aroma, marca
(tanto para si como para presente), preço e estado de espírito na compra. Esses
atributos foram analisados por meio do método de rotação ortogonal de fatores
VARIMAX, que permite agrupar um conjunto amplo de variáveis em um número
menor de componentes que podem ser caracterizados como as dimensões de
atributo do objeto avaliado (HAIR et al, 2005).
A seguir, tem-se um gráfico dos principais atributos do perfume na
compra:
Figura 1: Importância dos atributos
O perfume preferido mais citado foi Hugo Boss, com 14 menções
representando 7% das respostas seguido pelo 212 de Carolina Herrera e Polo, com
12 e 10 menções respectivamente.
Uma das hipóteses deste trabalho era verificar a existência de uma
relação entre o autoconceito e a preferência por determinada família olfativa.
Para isso, todos os perfumes mencionados como preferidos foram classificados de
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acordo com suas respectivas famílias olfativas. O gráfico abaixo demonstra a
preferência sobre as famílias olfativas.
Figura 2: Famílias olfativas preferidas
Famílias Olfativas Preferidas
Aromático Fresco
Cítrico Aromático
Aromático Fougère
Amadeirado Especiado
Amadeirado Floral
Sem preferência
Oriental Fougére
Amadeirado Chipre
Aromático Tônico
Oriental Amadeirado
Amadeirado Vetiver
Oriental Especiado
Amadeirado Frutal
0 10 20 30 40
Na pesquisa verificou-se uma maior presença pela família dos
Aromáticos Frescos. Nessa família está presente uma das marcas mais escolhidas
pelos entrevistados que é a Hugo Boss. Segundo a revista Guia de Perfumes (2011),
em geral, os Aromáticos Frescos compõe o grupo dos homens CLÁSSICOS, isto é,
homens elegantes, humorados e com atitude. A segunda família olfativa mais
preferida foi a dos Cítricos Aromáticos, composta também pelas marcas mais
preferidas como Armani, Chanel e Ferrari. Nessa família olfativa há a presença dos
ESPORTIVOS, ou seja, homens bem dispostos com espírito livre. A terceira família
foi a de Aromático Fougère que também é preferida por homens CLÁSSICOS assim
como a primeira. A quarta e quinta família olfativa mostraram preferências bem
próximas e ambas pertencem ao grupo dos homens SOFISTICADOS, que são homens
que possuem charme e cuidado com a aparência.
4.3 Autoconceito e a preferência por famílias olfativas
A primeira análise realizada foi a análise fatorial, técnica multivariada
que tem por objetivo identificar um número pequeno de fatores para representar
relações entre muitas variáveis que estão inter-relacionadas, permitindo identificar
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10. 10
e nomear fatores não observáveis diretamente, com base em variáveis conhecidas.
O método utilizado para a rotação dos fatores foi o Varimax, que minimiza o
número de variáveis que tem altas cargas em um fator e também simplifica a
interpretação dos fatores (HAIR Jr. et al., 2006).
A escala utilizada para medir o autoconceito foi analisada através de
análise fatorial com o objetivo de verificar se as assertivas relativas a cada
dimensão carregariam juntas nos mesmos fatores e se permaneceriam como no
instrumento original. O método empregado foi o de componentes principais com
rotação varimax. A consistência interna da escala empregada foi determinada por
meio do alfa de Cronbach, que foi de 0,943 para a escala completa. O alfa de
Cronbach de cada dimensão foi calculado e todos estão acima de 0,750. A amostra
foi considerada adequada, pois o índice KMO foi de 0,762.
Para identificar grupos dentro da população, uma técnica bastante
utilizada é a análise de agrupamentos, (HAIR et al, 2006). Para juntar os indivíduos
com perfis parecidos de resposta no autoconceito foi realizada uma análise de
conglomerados (Cluster), através do método hierárquico de aglomeração – Two
step procedure, que é o mais adequado para amostras pequenas, como nesse caso.
Neste procedimento, o número de agrupamentos é definido automaticamente pelo
SPSS (MAZZOCCHI, 2008). A variável driver utilizada foi a preferência olfativa e as
variáveis empregadas para a caracterização dos agrupamentos foram os escores das
dimensões relativas ao auto conceito (Habilidade Física, Aparência Física,
Relacionamento com pessoas do Sexo Oposto, Autoestima, Equilíbrio Emocional,
Relacionamento com os pais e Relacionamento com pessoas do mesmo sexo), e os
escores oriundos da análise fatorial referente aos atributos de perfume (Marca,
Preço, Aroma e Outros elementos) bem como Renda.
Identificou-se quatro agrupamentos, como se pode observar na tabela e
no gráfico a seguir:
Tabela 1: Distribuição dos casos segundo preferência olfativa
Sem preferência amadeirado aromático cítrico oriental
Cluster n % n % n % n % n %
1 0 ,0% 47 83,9% 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0%
2 5 100,0% 0 ,0% 47 73,4% 0 ,0% 0 ,0%
3 0 ,0% 9 16,1% 17 26,6% 0 ,0% 4 19,0%
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4 0 ,0% 0 ,0% 0 ,0% 20 100,0% 17 81,0%
Total 5 100,0% 56 100,0% 64 100,0% 20 100,0% 21 100,0%
Tabela 2: Agrupamento com as características relativas aos atributos de
perfume
Outros elementos Marca Preço Aroma
Desvio Desvio Desvio Desvio
média padrão média padrão média padrão média padrão
Amadeirado -,0027114 ,84005625 ,1053588 1,01794982 -,2013406 1,18149064 ,0552115 ,84019255
Aromático ,1236782 ,97269878 ,1933466 ,84738547 ,1923943 ,92889255 ,1594489 ,61895930
Indiferente -,4361332 ,74918767 -,6017620 1,00214294 ,1849321 ,92190365 -,6804681 1,74049504
Cítrico/oriental ,0793948 1,23561938 ,0525310 1,04553722 -,2009746 ,86545220 ,2283549 ,53869722
Tabela 3: Agrupamentos com base nas dimensões de auto conceito
Relacionamento com
Habilidade Física pessoas do Sexo
(HF) Aparência Física (AP) Oposto (SO) Autoestima (AE)
Desvio Desvio Desvio Desvio
média padrão média padrão média padrão média padrão
Amadeirado ,0918752 ,84002715 ,1662349 ,76154245 ,0055953 ,89934363 ,0801684 ,74420994
Aromático ,0588278 ,85641587 ,1572619 ,89254607 -,1045537 ,67059146 ,1726790 ,78462960
Indiferente ,2293692 ,89154708 -,3435915 1,39691435 ,2073034 1,55275560 -,5749422 1,39727331
Cítrico/oriental -,1851853 1,11189654 -,1641623 ,69297086 -,0769204 ,84955904 ,1709789 ,89268814
Tabela 4: Agrupamentos com base nas dimensões de auto conceito (continuação)
Relacionamento com
Equilíbrio Emocional Relacionamento com pessoas do mesmo
(EE) os pais (RP) sexo (MS) Renda
Desvio Desvio Desvio Desvio
média padrão média padrão média padrão média padrão
Amadeirado ,2519292 ,71927194 -,0205687 ,79124675 ,2576391 ,67193217 4,4894 ,90583
Aromático -,2370724 ,93002106 ,2101759 ,78431843 ,1982111 ,69668232 4,1346 1,10309
Indiferente ,0945906 1,39429123 -,8445557 1,24305648 -,5974643 1,23871310 3,1000 1,70900
Cítrico/oriental ,0563708 ,77349513 ,2486073 ,87309153 -,1456300 1,16605252 3,5135 1,48364
O primeiro cluster é o que possui o maior número de usuários de
fragrâncias amadeiradas e também constitui os que possuem a maior renda. Com
relação à escolha do perfume, caracteriza-se por não considerar o preço como uma
variável relevante na escolha do perfume. Além disso, nesse agrupamento há a
presença dos usuários com altas médias com relação a aparência física, equilíbrio
emocional e no relacionamento com o sexo oposto.
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No segundo cluster estão a maior parte dos apreciadores de fragrâncias
aromáticas (quase 74%) bem como todos os respondentes que não indicaram
preferência por algum perfume. Esses são os que mais valorizam aspectos relativos
a preço, marca e outros elementos como frasco, brindes e cor do perfume. No
tocante ao autoconceito apresentam as menores médias no relacionamento com
pessoas do sexo oposto e equilíbrio emocional, (indicando pessoas com maiores
graus de tensão, nervosismo e depressão), no entanto possuem as mais altas
médias com relação a autoestima.
O terceiro cluster não apresenta uma preferência nítida por alguma
família olfativa, incluindo apreciadores de fragrâncias amadeiradas, aromáticas
e/ou orientais. São homens que dão a maior importância ao preço, sendo nas
demais variáveis possuem as menores médias. O que de fato combina com a ideia
de indiferença, o que for mais barato é a marca escolhida. No tocante ao
autoconceito possuem as mais altas médias em habilidades físicas (que inclui
esportistas e intensa atividade física) e relacionamento com o sexo oposto. No
entanto possuem as mais baixas médias com relação a aparência física, autoestima,
relacionamento com os país e com pessoas do mesmo sexo.
Por fim, o quarto e último agrupamento inclui os apreciadores de
fragrâncias cítricas e orientais, o atributo mais valorizado na compra é o aroma e o
preço, assim como para os integrantes do primeiro agrupamento possui uma média
baixa. Com relação ao autoconceito possuem as mais altas médias em autoestima e
em relacionamento com os pais, e a menor média em habilidade física.
5. Considerações finais
Neste trabalho procurou-se verificar a existência de uma relação entre o
autoconceito masculino e a compra e uso de perfumes. Além desse propósito
central, tentou-se também estudar o comportamento do consumidor na compra de
perfumes bem como as principais marcas que estes utilizam. Para tanto, foram
feitas diversas pesquisas que pudessem responder a estas questões.
Nesse estudo pode-se perceber uma relação entre o perfume que o
indivíduo utiliza com a maneira com que seu autoconceito é constituído. A partir
das análises realizadas, obteve-se quatro agrupamentos distintos. Cada um deles
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possui um comportamento de compra diferente. Nesse estudo, o tipo de fragrância
escolhida pelos indivíduos pode, de certa forma, representar o “eu” do indivíduo.
O primeiro agrupamento apresenta preferência por fragrâncias
amadeiradas e possuem a maior renda, agrupando os usuários com altas médias
com relação a aparência física, equilíbrio emocional e no relacionamento com o
sexo oposto, nesse último elemento pode indicar alguma relação com o senso
habitual no mercado de serem perfumes sensuais, pois mostra um indivíduo
preocupado com o sexo oposto e possivelmente com a sedução.
O agrupamento 2 (aromático) demonstra que o tipo de fragrância
consumida de forma geral é a Aromática e se importam com o preço. Curiosamente
incluem todos os respondentes que não declararam uma fragrância preferida. O
autoconceito desse grupo indica que são pessoas com maiores graus de tensão,
nervosismo e depressão, mas que possuem as mais altas médias com relação a
autoestima. Por terem dificuldades de relacionamento com o sexo oposto, pode
indicar também uma certa discrepância entre o “eu real” e o “eu ideal” desses
indivíduos.
O terceiro agrupamento não apresenta uma preferência nítida por uma
família olfativa, o que faz sentido quando se observa que são os mais preocupados
com preço, ou seja, compram o perfume que estiver mais em conta.
Já o quarto agrupamento inclui os apreciadores de fragrâncias cítricas e
orientais, o atributo mais valorizado na compra é o aroma o que convém observar
são fragrâncias mais marcantes e originais exigindo homens com uma personalidade
mais peculiar, talvez mais seletivos em suas preferências. Podem ser mais seguros
de suas preferências em função de uma autoestima.
Assim, neste trabalho há evidências de que o perfume é capaz de
reforçar a identidade desses consumidores. As hipóteses não puderam ser
confirmadas, havendo apenas indícios de que essa relação existe.
Este trabalho apresentou algumas limitações, destaca-se a amostragem
por conveniência que não permite generalizações para o universo. Outra limitação
foi o percurso complicado da coleta dos dados (com mudança nas escolhas
metodológicas) e o preenchimento muitas vezes incompleto do questionário o que
dificultou as análises realizadas.
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14. 14
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