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Baixar para ler offline
Acorreria do dia-a-dia não permite que
muitas pessoas parem para se alimen-
tar de forma correta. E morar sozinho aumen-
ta os motivos para uma má alimentação, já
que não podemos descartar alguns fatores
como: preguiça de cozinhar, alimentação
com os amigos fora de casa, a escolha por
lanches rápidos, o gosto pelas frituras e con-
gelados. Mas, mesmo morando sozinho é
necessário fazer uma alimentação balanceada
com todos os nutrientes que o organismo
precisa.
Uma alimentação equilibrada deve fornecer
vitaminas, minerais, proteínas, carboidratos,
fibras e gorduras na quantidade adequada.
Para uma alimentação balanceada é preciso
considerar algumas peculiaridades como o
sexo da pessoa, idade, atividade de rotina,
atividade física e doenças associadas.
Como base de orientação para uma alimenta-
ção saudável existe a pirâmide alimentar, já
que o ideal é que alimentos dos diferentes
grupos da pirâmide sejam consumidos regu-
larmente. Óleos, gorduras, açúcares e doces
não precisam ser eliminados do cardápio, o
segredo está na moderação.
Com os novos hábitos da população, percebe-
se um desequilíbrio na alimentação, já que o
consumo de alguns alimentos da pirâmide
está caindo enquanto outros estão crescendo.
O leite, que está caindo, passa ser um bom
exemplo, pois pessoas estão deixando de
consumir uma fonte riquíssima de cálcio. Por
outro lado houve um aumento no consumo de
refrigerantes, bebidas açucaradas e com
vários aditivos que não trazem benefícios à
saúde.
Outro exemplo é a gordura saturada presente
em alimentos industrializados e fast foods. O
LDL (conhecido colesterol ruim) aumenta com
esse tipo de gordura, e pode trazer prejuízos
para os vasos sanguíneos e, conseqüentemen-
te, problemas de coração.
Pessoas que moram sozinhas é comum comer
fora de casa, prefira refeições com menos
quantidade de gordura e sal. Nos restauran-
tes por quilo é possível colocar opções saudá-
veis no prato, como hortaliças cruas, cozidas
e refogadas, porção de carboidrato
(macarrão, arroz branco ou integral, baratas,
mandioca, farrinhas, pães), porção de carne
(preferencialmente as com menos gorduras)
uma porção de leguminosas (feijão, grão de
bico, lentilha, soja) e claro, escolher uma
fruta como sobremesa.
Escolha locais que ofereçam mais alimentos
assados ao invés de fritos, carnes magras,
com maior oferta de hortaliças, com menor
quantidade de queijos gordurosos, evitar
adicionar sal e temperos com sódio nos ali-
mentos. Ao invés de refrigerantes, opte pelo
suco que, mesmo com calorias a mais em
relação à versão light, tem as vitaminas e
minerais que o refrigerante não tem.
Planejamos várias coisas ao longo do dia, da
semana e do mês, menos para comer. Inicial-
mente é preciso habituar a comer bem. Pro-
cure sempre ter em sua geladeira leite, io-
gurte, queijos e frutas para o café da manhã.
As Artimanhas Para Uma Alimentação Saudável
Dia-a-dia
O dia para Edson Vasconcelos começa cedo. Acorda as 7 e dividi
seu café da manhã em duas partes: toma um achocolatado a
caminho do trabalho e prepara uma sopa em sache no microon-
das após se organizar na agencia.
O jovem estudante de publicidade e propaganda, conta que já
se acostumou a fazer as refeições sozinho. Mesmo almoçando
em restaurantes por
quilo, não se esquece da importância de uma refeição balan-
ceada. Em seu prato sempre tem arroz, feijão, carne, batata
ou salada.
A janta na maioria das vezes acontece na faculdade. A esco-
lha sempre é um salgado com refrigerante ou uma pizza
quando chega em casa. Quando pergunto o que não pode
faltar na geladeira à resposta é rápida, “água e cachaça”.
Por Diego al Rodrigues
Teatro José de Alencar se Prepara Para o Ano 100
Entre reformas
e reformula-
ções, o Teatro Jose
de Alencar vem na
contagem regressiva
para seu centenário.
Hoje com 99 anos, o
espetáculo para o ano
100 já vem sendo organizado. “Estamos traba-
lhando na perspectiva de um ano de atividade.
É como se diz no Ceará, quando alguém com-
pleta 99 anos, já vai dizendo: „tô nos 100‟‟‟,
conta a gestora, quando fala nas ações para as
comemorações do teatro mais famoso do Cea-
rá.
Aparentemente, o TJA é um pedaço do passa-
do, encravado no centro de Fortaleza. Para o
projeto foram realizados dois concursos públi-
cos, no entanto a obra construída pouco tem
das linhas apresentadas no ano de 1896. A
idéia de construir um teatro jardim foi conce-
bida através do projeto do capitão Bernardo
Jose de Melo. A autorização para a construção
só foi em 1904, ainda na administração de
Nogueira Acioli. Porém, só no dia 06 de junho
de 1908, quando as peças metálicas já se en-
contravam em Fortaleza, é que as obras come-
çaram.
Mesmo se tratando de um marco, a idéia do
centenário continua sendo a mesma do inicio,
multiplicar ações mais do que festejar a data
em específica. Para os gestores a grande vede-
te é o público. Neste sentido, o que vem sendo
trabalhado com o Estado é uma espécie de
ampliação da forma como o TJA vem sendo
vivenciado.
A festa que começou no dia 17 de junho deste
ano, vem remetendo à sede de celebração da
vida do espaço. Da gestão passada ficou a pro-
gramação especial. Já que nos dias 17, todo
mês, a casa abre suas portas para ações que
duram o dia todo e envolve o maior número
possível de espaços da entidade.
A gestão atual acredita que é preciso demarcar
um espaço de atuação do TJA na vida publica e
cultural do Ceará. A prioridade na aplicação de
recursos é investir na formação. Para a direto-
ra do TJA, Izabel Gurgel, o investimento em
formação não implica em menor atenção para
o público. Já que podem ver espetáculos apre-
sentados pelos partici-
pantes que são mes-
tre naquilo que fa-
zem.
Dentre as melhorias e
reformas para 2010
existe a promessa por
parte do Estado de integrar ao teatro à Casa
De Juvenal Galeno, espaço de memórias do
escritor cearense e ponto de concentração de
cordelistas, separado do TJA por cinco imóveis.
O projeto está orçado em R$ 2,15 milhões,
referente às indenizações que serão pagas aos
proprietários. O processo de desapropriação
está em andamento na Procuradoria Geral do
Estado desde fevereiro de 2008, mas sem pre-
visão de conclusão.
Serviço:
Festival do Teatro Brasileiro – Cena Baiana
Direção Teatral com Fernando Guerreiro
15 a 20 de setembro
Terça à sexta 9h às 12h – sábado e domingo
14h às 17h
Por Diego al Rodrigues
A Arte Por Trás do Pó
Envolto numa aura de mistério
que inspira mais medo que
respeito, os cemitérios são verdadei-
ros oásis de tranqüilidade nas turbu-
lentas e barulhentas cidades. Tor-
nam-se espaços físicos esquecidos ou
abandonados, geralmente, freqüen-
tados quando da morte de algum
ente querido, ou mesmo no dia de
finados.
Em outras ocasiões, seria impensá-
vel um cemitério para outros fins. No entanto, a
imagem construída do local dos mortos tem sido
desde a antiguidade a de um local intocável.
Os cemitérios em várias partes do mundo são
vistos de uma forma racional e sóbria, longe da
religiosidade popular carregada de preconceitos,
existindo uma nova mentalidade dominante em
muitas sociedades. Abertos à visitação turística,
alguns cemitérios exibem aos visitantes um acer-
vo de obras de arte que museus em muitos países
se orgulhariam de possuir.
Além da beleza gótica da arquitetura, muitos das
necrópoles abrigam grandes nomes da história,
famosos por seus feitos em benefício da socieda-
de, das artes, enfim, figuras que entraram para a
galeria dos ilustres de uma época, marcada por
lutas e heroísmo.
A Revista Menu mostra que Fortaleza possui um
dos mais belos cemitérios do Brasil, onde jazem
personagens que marcaram a história cearense
por seus feitos. Nas lápides há inscrições que
denotam não apenas a data de nascimento e fale-
cimento, mas descreve o epitáfio do que foram
em vida, na morte.
O Cemitério São João Batista, o maior cemitério
particular de Fortaleza foi inaugurado no dia 5 de
abril de 1866 e possui uma área de
95 mil m2. Mas não é apenas o ta-
manho ou os muitos anos que o
torna o mais proeminente cemitério
da cidade. São os personagens his-
tóricos de nosso passado que jazem
nos mausoléus, imponentes pela
beleza da arquitetura.
Alguns dos nomes gravados nas
lápides está o de Carlos Jereissati,
Barão de Studart, Rogaciano Leite,
Padre Mororó, Pessoa Anta entre outros que serão
vistos ao fazer uma visita ao local.
O São João Batista conta com uma impressionante
coleção estatuária, muitas obras foram importa-
das de Portugal e outros países europeus e reve-
lam o apreço que a elite da cidade tinha por uma
"europeização" do seu estilo de vida, e de morte.
Visitar cemitérios em busca de entretenimento
pode parecer um programa de índio, mas quem já
fez passeio turístico garante que não viu fantas-
mas, e sim muita beleza e história moldada e
contada nas frias pedras das lápides.
Pessoas famosas enterradas no São João Batista
Guilherme Chambly Studart, o Barão de
Studart, (05 de janeiro de 1856 à 25 de setem-
bro de 1938) foi um e vice-cônsul do Reino
Unido no Ceará. Filho de John William Partici-
pou ativamente do movimento abolicionista no
Reino Ceará, como um dos membros da Socie-
dade Cearense Libertadora. Discordando dos
meios defendidos por esta, desliga-se para fun-
dar, ao lado de Meton de Alencar, o Centro
Abolicionista 25 de Dezembro, em 1883.
Carlos Jereissati (02 de dezembro de 1917 -
09 de maio de 1963) foi um industrial, empresário,
banqueiro e político brasileiro.
Como político, foi deputado federal e senador pelo
Ceará. É o pai do empresário Carlos Francisco Ri-
beiro Jereissati e do Senador Tasso Jereissati.
Por Gleydiane Freitas
Rogaciano Bezerra Leite (01 de julho de
1920 - 07 de outubro de 1969) Jornalista, advo-
gado, formado em Letras e grande poeta brasi-
leiro. Filho de agricultores. Casou-se com Maria
José Ramos Cavalcante, com quem teve os fi-
lhos Rogaciano Filho, Anita Garibaldi, Roberto
Lincoln, Helena Roraima, Rosana Cristina e Ri-
cardo Wagner.
Gonçalo Inácio de Loiola Albuquer-
que e Melo (24 de julho de 1774- 30 de abril
de 1825), mais conhecido como Padre Mororó,
um sacerdote, jornalista e revolucionário brasi-
leiro. Ordenou-se sacerdote em 1802 no Semi-
nário de Olinda.Pregou contra a Revolução de
1817, e participou do movimento conhecido
como Confederação do Equador. Era redator e
diretor do primeiro jornal publicado no estado,
cuja redação e direção coube ao Padre Moro-
ró.Padre Mororó foi executado no antigo Campo
dos Mártires, hoje chamado Praça dos Mártires
ou Passeio Público.
Cara ou Coroa
Oito contra um. O suficiente de votos para
derrubar a obrigatoriedade do diploma de
jornalismo para o exercício da profissão. A deci-
são do Supremo Tribunal Federal, na metade do
ano, deixou estudantes, jornalistas e sociedade
com opiniões divididas. De um lado, a qualidade
das informações desse novo jornalismo proposto
pelo Supremo põe em xeque a credibilidade dos
profissionais e veículos. Enquanto que do outro,
escutamos quase que diariamente, que a decisão
abre as portas do jornalismo, inserindo cada vez
mais a sociedade no mercado da informação.
Alegando que apenas jornalistas seriam os únicos
a terem acesso. Mas bem no meio, a indignação
de uma parcela destes profissionais, por entende
ser esta uma ação que enfraquece a categoria
diante do patronato.
Na opinião do ministro Gilmar Mendes, relator da
decisão, durante o julgamento no dia 17 de ju-
nho, uma série de escritores que exerceram a
profissão sem terem diploma e, citando o julga-
mento que revogou a Lei de Imprensa, disse que o
melhor caminho para os veículos de comunicação
é a autorregulamentação.
De acordo com a Elisabeth Rebouças, jornalista há
33 anos, este “foi um ataque vergonhoso. A Justi-
ça escancarou uma situação que era esdrúxula em
normal”. Para ela que é técnica em comunicação
no Governo do Estado, desde 1982, os mais preju-
dicados foram os jornalistas, pois “na medida em
que qualquer pessoa poderá ocupar o espaço que
antes era de um profissional, pelo menos nas
capitais,” resssalta. Rebouças que fez parte da
história de grandes veículos como Jornal Unitário,
Ceará Rádio Clube, Tribuna do Ceará, O Povo,
entre outros e, agora no jornal O Estado como
editora geral e também do caderno Municípios.
O único voto contrário no julgamento foi dado
pelo ministro Marco Aurélio. Ele alegou que a
exigência do diploma existe há 40 anos e acredita
que as técnicas para entrevistar, editar ou repor-
tar são necessárias para a formação do profissio-
nal. "Penso que o jornalista deve ter uma forma-
ção básica que viabilize a atividade profissional
que repercute na vida dos cidadãos em geral",
afirmou.
A jornalista Fátima Medina, membro do Sindjorce
– Sindicato dos Jornalistas no Ceará concorda com
o ministro Marco Aurélio. “A partir do momento
em que a sociedade começa a evoluir as pessoas
tem a necessidade de serem informadas. O jorna-
lismo nasce dessa necessidade social de querer
informar,” pontua. Além disso, “o aspirante a
jornalista encontra na Faculdade o „tripé‟ da
humanização do jornalismo é moldada pela socio-
logia, psicologia e filosofia.”
“Como é que uma pessoa que vem lá de fora [sem
ter passado por uma Faculdade] vai repassar uma
informação sem nenhuma reflexão neste sentido,”
indaga.
Nesta conjuntura do jornalismo brasileiro, agu-
çando o debate sobre a exigência do diploma para
o exercício da profissão que a Revista Menu Onli-
ne, traz os dois lados de uma mesma moeda. Nes-
ta primeira edição, conversamos com o jornalista
Alberto Perdigão, editor-chefe do Bom Dia Ceará,
e fomos buscar o ponto de vista de um estudante
de jornalismo, Amarildo Luciano, que está cursan-
do o 4º semestre pela Faculdade Integrada da
Por Jailson Silva
José Amarildo Luciano da Silva, 26 anos. Missio-
nário Redentorista, ordenado diácono no dia 28
de agosto de 2009. Formado em Filosofia em
2004 pelo antigo Centro de Estudos do Compor-
tamento Humano – CENESCH – de Manaus, atual
ITEPS. Concludente do Bacharelado em Teologi-
a pela Faculdade Católica de Fortaleza, antigo
Seminário da Prainha e estudante do 4º semes-
tre de Comunicação Social com habilitação em
Jornalismo da FGF.
Revista Menu Online. Em sua opinião a decisão
do Supremo Tribunal Federal contribui para
uma sociedade bem informada?
Amarildo Luciano. Por princípio, a sociedade tem direito de informar e de
ser informada. Para tanto, a mesma sociedade capacita profissionais para
exercer essa função indispensável à democracia. O argumento, segundo o
qual o que está em jogo é a liberdade de expressão, não nos persuade e
nem justifica a desigualdade entre as profissões. Uma pessoa com informa-
ção é sempre uma fonte de notícias. E ela pode socializá-las através dos
meios de comunicação, mas não como jornalista. Ter informação não trans-
forma uma pessoa em jornalista. Transforma-a em fonte ou colunista.
Uma sociedade bem informada depende de profissionais bem qualificados e
comprometidos com a sua vocação.
R.M.O. Qual a sua previsão de mercado com a ausência da obrigatoriedade
do diploma para o exercício da profissão?
A. L. A não obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de
jornalismo favorece algumas empresas de comunicação cujos interesses
estão voltados para si mesmas e não para a sociedade. A sociedade, neste
caso, é apenas o meio que justifica seus fins.
O mercado pode reagir a essa decisão do STF mostrando compromisso social
ou simplesmente se servindo dela. Algumas empresas terão a oportunidade
de “fazer a diferença” valorizando a qualificação profissional e oferecendo
um serviço que contribua para uma sociedade bem informada e exigente.
Quando a sociedade experimentar os primeiros resultados dessa decisão,
então, abrir-se-á um caminho novo para as empresas que prezarem pela
qualificação profissional. Acredito que o mercado ainda não acabou. Ainda
se pode tirar proveito.
Por Jailson Silva
R.M.O. Você analisa esta medida como um benefício para os profissio-
nais da imprensa?
A. L. Não podemos olhar para uma decisão desse tamanho e ver ape-
nas um lado da questão. Estamos todos diante de uma situação peri-
gosa. A primeira tentação é desistir do compromisso, abdicar da refle-
xão e do comportamento éticos e embarcar na onda “de qualquer
jeito”. Outra postura é se perguntar como se pode reverter a falta de
esperança profissional que toma conta do mundo jornalístico. É aqui
que a profissionalização entra. O profissional não pode ceder às ten-
tações do mercado e esquecer-se de si mesmo e da sua vocação ao
serviço. Quem souber resistir a essas nuances, encontrar-se-á diante
de um mercado promissor. Isto é se beneficiar de uma situação des-
confortável.
R.M.O. Como você vai conciliar o dia-a-dia de padre e jornalista?
A. L. Nunca olhei para a minha primeira vocação sacerdotal e a voca-
ção jornalística como irreconciliáveis. Sempre as vejo como comple-
mentares. O meu ministério sagrado está a serviço do Deus que se
revela em um povo. É servindo ao povo que eu servirei a Deus. A
transcendência se revela na imanência.
Quando tomei a decisão de buscar os conhecimentos jornalísticos, eu
pensei em como enriquecer a comunicação do Evangelho. Jesus disse
que “aquilo que ouvis ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telha-
dos” (Mt 10,27b). Hoje o Evangelho (Boa Notícia) corre o risco de não
ser nem notícia e nem nova. É claro que eu espero me servir das téc-
nicas jornalísticas para melhor comunicar o que eu acredito. Como
fazer isso? Por meio da oratória, mas também por meio dos meios
modernos de comunicação. O púlpito já não é mais o meio mais eficaz
de comunicação de massa. A Igreja precisa de assessores de comuni-
cação e a comunicação precisa de princípios para iluminar uma práti-
ca tantas vezes questionada.
R.M.O. Como o curso vai ajudar nesta sua trajetória?
A. L. Eu estou concluindo pela manhã a graduação em Teologia na
Faculdade Católica de Fortaleza, no antigo prédio do Seminário da
Prainha, aqui em Fortaleza, e à noite, na FGF, estou cursando Jorna-
lismo. Os dois cursos estão me levando a viajar em dois mundos dis-
tintos, mas não opostos.
O curso de comunicação está me aproximando de um mundo que é
competitivo, que prima pela corrida da resistência em que alguns
vencem e outros perdem.
É bom que eu tenha consciência dessa realidade na qual os jovens
estão inseridos para que o meu discurso não se distancie por demais
das suas vidas reais.
Se no meu ministério, no acompanhamento espiritual, eu conseguir
ajudar as pessoas a ler de forma crítica as informações que nos che-
gam, e, com isso, contar com o apoio do Evangelho, creio que minha
trajetória valeu a pena.
R.M.O. Para ser um bom jornalista e necessário ter diploma de Jorna-
lismo?
A. L. Não necessariamente. Antes, precisa-se de paixão e de princí-
pios. Mas é interessante notar que alguns princípios só se aprende
enquanto se busca um diploma de graduação. E, como mesmo depois
de graduado, muitos ainda não têm bons princípios, é de se convir
que fora das reflexões que orientam para um fim específico, no caso o
Jornalismo, todos ficamos mais vulneráveis e, portanto, mais propen-
sos a não ser um bom jornalista.
Se para o exercício das demais profissões exige-se a obrigatoriedade
do diploma de graduação, a não obrigatoriedade para o Jornalismo
não seria uma maneira de sustentarmos a desigualdade entre as pro-
fissões? Se, perante a constituição, todos os cidadãos são iguais em
direitos e deveres, por que não aplicar essa máxima também às pro-
fissões? Por que todas não são iguais em direitos e deveres?
O jornalista Alberto Perdigão, que tem a res-
ponsabilidade matinal de preparar e apresen-
tar o programa Bom Dia Ceará, é formado
pela Universidade Federal do Ceará.
Revista Menu Online. Como o senhor avalia a
suspensão do diploma de jornalismo para o
exercício da profissão?
Alberto Perdigão. Lamento, acho um equívo-
co do STF analisar a questão e uma lástima a
decisão que tomou, segundo o relator e presi-
dente daquela corte, ministro Gilmar Mendes.
Não estou muito preocupado com isso, na
medida que os patrões já contratavam profis-
sionais não formados, num leque que vai de estagiários a publicitários.
Estou mais preocupado é na falta de controle do Estado, da sociedade e dos
Governos em relação á concessões de rádio e TV e nas autorizações para a ex-
ploração comerciais de outros meios como jornais portais na internet.
Você já imaginou quantos empresários da comunicação não tem formação supe-
rior, não tem a ficha limpa no Serasa, não tem uma certidão negativa de débito
na Receita, no INSS, não pode tirar uma folha corrida na polícia?
Não são incomuns os casos em que respondem processos trabalhistas, comerci-
al, tributário, previdenciário, na vara de família, até penal.
Estou mais preocupado, também, é com o descontrole em relação à quantidade
e à qualidade dos cursos de jornalismo.
Essas duas questões é que deveriam estar motivando questionamentos no supre-
mo.
R.M.O. Na sua avaliação, os jornalistas foram prejudicados ou beneficiados com
esta decisão?
A. P. Acho que sim, para os poucos que aproveitam a faculdade para se formar,
não para obter um diploma. E que encaram a profissão com sacerdócio.
R.M.O. E o Jornalismo?
A. P. Que jornalismo? Já havia bons jornalistas, e maus jornalistas, meios de
comunicação mais ou menos compromissados, antes dos cursos de jornalismo.
R.M.O. Houve algum benefício para a sociedade a partir desta decisão do Su-
premo?
A. P. Absolutamente nenhum, não era disso que a sociedade estava precisando.
R.M.O. Como os jornalistas recém-formados irão entrar neste mercado?
A. P. Abra o olho. É o mercado que pega os focas. E os usa. Só os que têm ta-
lento e se prepararam, e se atualizam permanente, vão ficando nas posições
que o mercado oferece. O resto, desculpe o termo, vai sendo descartado, com
ou sem diploma.
E você aluno, o que acha desse fato? É a favor ou contra a obrigatoriedade do
diploma para o curso de jornalismo?
Interaja com a Revista Menu Online. Mande um e-mail para revistame-
nu@gmail.com
Já pensou em ter sua opinião publicada aqui? Faça a diferença!
Tome uma atitude.
Prefeitura de Fortaleza Entrega o Primeiro CUCA
OCuca da Barra do Ceará - Centro Urbano
de Cultura, Arte, Ciência e Esporte –
recebeu visitantes exigentes na tarde desta quar-
ta-feira. Com olhos admirados e atentos, os dele-
gados do OPCA – Orçamento Participativo Criança
e Adolescente – da Secretaria Executiva Regional
I (SER I) conheceram as dependências do prédio
que atenderá cerca de quatro mil jovens, diaria-
mente, a partir do próximo dia 21, data em que
será inaugurado.
“É enorme”, disse Gabriela de Lima Rocha, de
apenas 10 anos, e que já prepara uma lista dos
cursos que pretende fazer, tão grande quanto o
empreendimento. “Vôlei, natação, teatro, tem
tantos”, afirmou. Mas, apesar de satisfeitos com
o que viram, os delegados do OPCA não esquece-
ram seu papel de fiscalizadores, tendo em vista
que o Cuca se trata de uma demanda do OP,
segmento juventude.
“Que plantas vão ser postas?”, “Qual critério
para seleção dos profissionais?”, “Como será a
segurança?”, “E o tempo de cada curso?”. Estes
foram apenas alguns dos questionamentos feitos
pelas crianças durante a visita que, com papel e
caneta nas mãos, não deixavam passar nada. As
perguntas eram tantas que demandou da guia
que os acompanhava um tempo exclusivamente
para responder todas as dúvidas.
O Cuca da Barra do Ceará, nomeado Cuca Che
Guevara, teve custo de aproximadamente R$ 10
milhões. É equipado com sala da dança, estúdios
de rádio, fotografia e TV, campo para futebol de
areia, teatro para 300 lugares, sala de cine clube
para 75 pessoas, duas ilhas de informática, bibli-
oteca, um laboratório de tecnologias avançadas e
muitas salas para atividades diversas, como aulas
de artes plásticas, educação ambiental e recicla-
gem.
Na praça externa, piscina semiolímpica, anfitea-
tro, pista de esportes radicais e quadra coberta.
A construção, iniciada em junho de 2008, segue
todos os padrões de acessibilidade, inclusive com
um elevador exclusivo para deficientes. Uma das
preocupações do projeto foi não tirar nada do
que fazia parte da vegetação do local, como
coqueiros, palmeiras e pés de jambo.
Por Jailson Silva
A Revista MENU Online, conta com a participação dos alunos do curso de Comunicação Social - Jornalismo, da Faculdade
Integrada da Grande Fortaleza (FGF).
Antônio Fabio - Elaboração de Pautas
Diego al Rodrigues - Criação e Diagramação
Gleydiane Freitas - Colaborador
Hudson Carneiro - Diagramação
Jailson Silva - Colaborador

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Alimentação Equilibrada Sozinho

  • 1. Acorreria do dia-a-dia não permite que muitas pessoas parem para se alimen- tar de forma correta. E morar sozinho aumen- ta os motivos para uma má alimentação, já que não podemos descartar alguns fatores como: preguiça de cozinhar, alimentação com os amigos fora de casa, a escolha por lanches rápidos, o gosto pelas frituras e con- gelados. Mas, mesmo morando sozinho é necessário fazer uma alimentação balanceada com todos os nutrientes que o organismo precisa. Uma alimentação equilibrada deve fornecer vitaminas, minerais, proteínas, carboidratos, fibras e gorduras na quantidade adequada. Para uma alimentação balanceada é preciso considerar algumas peculiaridades como o sexo da pessoa, idade, atividade de rotina, atividade física e doenças associadas. Como base de orientação para uma alimenta- ção saudável existe a pirâmide alimentar, já que o ideal é que alimentos dos diferentes grupos da pirâmide sejam consumidos regu- larmente. Óleos, gorduras, açúcares e doces não precisam ser eliminados do cardápio, o segredo está na moderação. Com os novos hábitos da população, percebe- se um desequilíbrio na alimentação, já que o consumo de alguns alimentos da pirâmide está caindo enquanto outros estão crescendo. O leite, que está caindo, passa ser um bom exemplo, pois pessoas estão deixando de consumir uma fonte riquíssima de cálcio. Por outro lado houve um aumento no consumo de refrigerantes, bebidas açucaradas e com vários aditivos que não trazem benefícios à saúde. Outro exemplo é a gordura saturada presente em alimentos industrializados e fast foods. O LDL (conhecido colesterol ruim) aumenta com esse tipo de gordura, e pode trazer prejuízos para os vasos sanguíneos e, conseqüentemen- te, problemas de coração. Pessoas que moram sozinhas é comum comer fora de casa, prefira refeições com menos quantidade de gordura e sal. Nos restauran- tes por quilo é possível colocar opções saudá- veis no prato, como hortaliças cruas, cozidas e refogadas, porção de carboidrato (macarrão, arroz branco ou integral, baratas, mandioca, farrinhas, pães), porção de carne (preferencialmente as com menos gorduras) uma porção de leguminosas (feijão, grão de bico, lentilha, soja) e claro, escolher uma fruta como sobremesa. Escolha locais que ofereçam mais alimentos assados ao invés de fritos, carnes magras, com maior oferta de hortaliças, com menor quantidade de queijos gordurosos, evitar adicionar sal e temperos com sódio nos ali- mentos. Ao invés de refrigerantes, opte pelo suco que, mesmo com calorias a mais em relação à versão light, tem as vitaminas e minerais que o refrigerante não tem. Planejamos várias coisas ao longo do dia, da semana e do mês, menos para comer. Inicial- mente é preciso habituar a comer bem. Pro- cure sempre ter em sua geladeira leite, io- gurte, queijos e frutas para o café da manhã. As Artimanhas Para Uma Alimentação Saudável Dia-a-dia O dia para Edson Vasconcelos começa cedo. Acorda as 7 e dividi seu café da manhã em duas partes: toma um achocolatado a caminho do trabalho e prepara uma sopa em sache no microon- das após se organizar na agencia. O jovem estudante de publicidade e propaganda, conta que já se acostumou a fazer as refeições sozinho. Mesmo almoçando em restaurantes por quilo, não se esquece da importância de uma refeição balan- ceada. Em seu prato sempre tem arroz, feijão, carne, batata ou salada. A janta na maioria das vezes acontece na faculdade. A esco- lha sempre é um salgado com refrigerante ou uma pizza quando chega em casa. Quando pergunto o que não pode faltar na geladeira à resposta é rápida, “água e cachaça”. Por Diego al Rodrigues
  • 2. Teatro José de Alencar se Prepara Para o Ano 100 Entre reformas e reformula- ções, o Teatro Jose de Alencar vem na contagem regressiva para seu centenário. Hoje com 99 anos, o espetáculo para o ano 100 já vem sendo organizado. “Estamos traba- lhando na perspectiva de um ano de atividade. É como se diz no Ceará, quando alguém com- pleta 99 anos, já vai dizendo: „tô nos 100‟‟‟, conta a gestora, quando fala nas ações para as comemorações do teatro mais famoso do Cea- rá. Aparentemente, o TJA é um pedaço do passa- do, encravado no centro de Fortaleza. Para o projeto foram realizados dois concursos públi- cos, no entanto a obra construída pouco tem das linhas apresentadas no ano de 1896. A idéia de construir um teatro jardim foi conce- bida através do projeto do capitão Bernardo Jose de Melo. A autorização para a construção só foi em 1904, ainda na administração de Nogueira Acioli. Porém, só no dia 06 de junho de 1908, quando as peças metálicas já se en- contravam em Fortaleza, é que as obras come- çaram. Mesmo se tratando de um marco, a idéia do centenário continua sendo a mesma do inicio, multiplicar ações mais do que festejar a data em específica. Para os gestores a grande vede- te é o público. Neste sentido, o que vem sendo trabalhado com o Estado é uma espécie de ampliação da forma como o TJA vem sendo vivenciado. A festa que começou no dia 17 de junho deste ano, vem remetendo à sede de celebração da vida do espaço. Da gestão passada ficou a pro- gramação especial. Já que nos dias 17, todo mês, a casa abre suas portas para ações que duram o dia todo e envolve o maior número possível de espaços da entidade. A gestão atual acredita que é preciso demarcar um espaço de atuação do TJA na vida publica e cultural do Ceará. A prioridade na aplicação de recursos é investir na formação. Para a direto- ra do TJA, Izabel Gurgel, o investimento em formação não implica em menor atenção para o público. Já que podem ver espetáculos apre- sentados pelos partici- pantes que são mes- tre naquilo que fa- zem. Dentre as melhorias e reformas para 2010 existe a promessa por parte do Estado de integrar ao teatro à Casa De Juvenal Galeno, espaço de memórias do escritor cearense e ponto de concentração de cordelistas, separado do TJA por cinco imóveis. O projeto está orçado em R$ 2,15 milhões, referente às indenizações que serão pagas aos proprietários. O processo de desapropriação está em andamento na Procuradoria Geral do Estado desde fevereiro de 2008, mas sem pre- visão de conclusão. Serviço: Festival do Teatro Brasileiro – Cena Baiana Direção Teatral com Fernando Guerreiro 15 a 20 de setembro Terça à sexta 9h às 12h – sábado e domingo 14h às 17h Por Diego al Rodrigues
  • 3. A Arte Por Trás do Pó Envolto numa aura de mistério que inspira mais medo que respeito, os cemitérios são verdadei- ros oásis de tranqüilidade nas turbu- lentas e barulhentas cidades. Tor- nam-se espaços físicos esquecidos ou abandonados, geralmente, freqüen- tados quando da morte de algum ente querido, ou mesmo no dia de finados. Em outras ocasiões, seria impensá- vel um cemitério para outros fins. No entanto, a imagem construída do local dos mortos tem sido desde a antiguidade a de um local intocável. Os cemitérios em várias partes do mundo são vistos de uma forma racional e sóbria, longe da religiosidade popular carregada de preconceitos, existindo uma nova mentalidade dominante em muitas sociedades. Abertos à visitação turística, alguns cemitérios exibem aos visitantes um acer- vo de obras de arte que museus em muitos países se orgulhariam de possuir. Além da beleza gótica da arquitetura, muitos das necrópoles abrigam grandes nomes da história, famosos por seus feitos em benefício da socieda- de, das artes, enfim, figuras que entraram para a galeria dos ilustres de uma época, marcada por lutas e heroísmo. A Revista Menu mostra que Fortaleza possui um dos mais belos cemitérios do Brasil, onde jazem personagens que marcaram a história cearense por seus feitos. Nas lápides há inscrições que denotam não apenas a data de nascimento e fale- cimento, mas descreve o epitáfio do que foram em vida, na morte. O Cemitério São João Batista, o maior cemitério particular de Fortaleza foi inaugurado no dia 5 de abril de 1866 e possui uma área de 95 mil m2. Mas não é apenas o ta- manho ou os muitos anos que o torna o mais proeminente cemitério da cidade. São os personagens his- tóricos de nosso passado que jazem nos mausoléus, imponentes pela beleza da arquitetura. Alguns dos nomes gravados nas lápides está o de Carlos Jereissati, Barão de Studart, Rogaciano Leite, Padre Mororó, Pessoa Anta entre outros que serão vistos ao fazer uma visita ao local. O São João Batista conta com uma impressionante coleção estatuária, muitas obras foram importa- das de Portugal e outros países europeus e reve- lam o apreço que a elite da cidade tinha por uma "europeização" do seu estilo de vida, e de morte. Visitar cemitérios em busca de entretenimento pode parecer um programa de índio, mas quem já fez passeio turístico garante que não viu fantas- mas, e sim muita beleza e história moldada e contada nas frias pedras das lápides. Pessoas famosas enterradas no São João Batista Guilherme Chambly Studart, o Barão de Studart, (05 de janeiro de 1856 à 25 de setem- bro de 1938) foi um e vice-cônsul do Reino Unido no Ceará. Filho de John William Partici- pou ativamente do movimento abolicionista no Reino Ceará, como um dos membros da Socie- dade Cearense Libertadora. Discordando dos meios defendidos por esta, desliga-se para fun- dar, ao lado de Meton de Alencar, o Centro Abolicionista 25 de Dezembro, em 1883. Carlos Jereissati (02 de dezembro de 1917 - 09 de maio de 1963) foi um industrial, empresário, banqueiro e político brasileiro. Como político, foi deputado federal e senador pelo Ceará. É o pai do empresário Carlos Francisco Ri- beiro Jereissati e do Senador Tasso Jereissati. Por Gleydiane Freitas Rogaciano Bezerra Leite (01 de julho de 1920 - 07 de outubro de 1969) Jornalista, advo- gado, formado em Letras e grande poeta brasi- leiro. Filho de agricultores. Casou-se com Maria José Ramos Cavalcante, com quem teve os fi- lhos Rogaciano Filho, Anita Garibaldi, Roberto Lincoln, Helena Roraima, Rosana Cristina e Ri- cardo Wagner. Gonçalo Inácio de Loiola Albuquer- que e Melo (24 de julho de 1774- 30 de abril de 1825), mais conhecido como Padre Mororó, um sacerdote, jornalista e revolucionário brasi- leiro. Ordenou-se sacerdote em 1802 no Semi- nário de Olinda.Pregou contra a Revolução de 1817, e participou do movimento conhecido como Confederação do Equador. Era redator e diretor do primeiro jornal publicado no estado, cuja redação e direção coube ao Padre Moro- ró.Padre Mororó foi executado no antigo Campo dos Mártires, hoje chamado Praça dos Mártires ou Passeio Público.
  • 4. Cara ou Coroa Oito contra um. O suficiente de votos para derrubar a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. A deci- são do Supremo Tribunal Federal, na metade do ano, deixou estudantes, jornalistas e sociedade com opiniões divididas. De um lado, a qualidade das informações desse novo jornalismo proposto pelo Supremo põe em xeque a credibilidade dos profissionais e veículos. Enquanto que do outro, escutamos quase que diariamente, que a decisão abre as portas do jornalismo, inserindo cada vez mais a sociedade no mercado da informação. Alegando que apenas jornalistas seriam os únicos a terem acesso. Mas bem no meio, a indignação de uma parcela destes profissionais, por entende ser esta uma ação que enfraquece a categoria diante do patronato. Na opinião do ministro Gilmar Mendes, relator da decisão, durante o julgamento no dia 17 de ju- nho, uma série de escritores que exerceram a profissão sem terem diploma e, citando o julga- mento que revogou a Lei de Imprensa, disse que o melhor caminho para os veículos de comunicação é a autorregulamentação. De acordo com a Elisabeth Rebouças, jornalista há 33 anos, este “foi um ataque vergonhoso. A Justi- ça escancarou uma situação que era esdrúxula em normal”. Para ela que é técnica em comunicação no Governo do Estado, desde 1982, os mais preju- dicados foram os jornalistas, pois “na medida em que qualquer pessoa poderá ocupar o espaço que antes era de um profissional, pelo menos nas capitais,” resssalta. Rebouças que fez parte da história de grandes veículos como Jornal Unitário, Ceará Rádio Clube, Tribuna do Ceará, O Povo, entre outros e, agora no jornal O Estado como editora geral e também do caderno Municípios. O único voto contrário no julgamento foi dado pelo ministro Marco Aurélio. Ele alegou que a exigência do diploma existe há 40 anos e acredita que as técnicas para entrevistar, editar ou repor- tar são necessárias para a formação do profissio- nal. "Penso que o jornalista deve ter uma forma- ção básica que viabilize a atividade profissional que repercute na vida dos cidadãos em geral", afirmou. A jornalista Fátima Medina, membro do Sindjorce – Sindicato dos Jornalistas no Ceará concorda com o ministro Marco Aurélio. “A partir do momento em que a sociedade começa a evoluir as pessoas tem a necessidade de serem informadas. O jorna- lismo nasce dessa necessidade social de querer informar,” pontua. Além disso, “o aspirante a jornalista encontra na Faculdade o „tripé‟ da humanização do jornalismo é moldada pela socio- logia, psicologia e filosofia.” “Como é que uma pessoa que vem lá de fora [sem ter passado por uma Faculdade] vai repassar uma informação sem nenhuma reflexão neste sentido,” indaga. Nesta conjuntura do jornalismo brasileiro, agu- çando o debate sobre a exigência do diploma para o exercício da profissão que a Revista Menu Onli- ne, traz os dois lados de uma mesma moeda. Nes- ta primeira edição, conversamos com o jornalista Alberto Perdigão, editor-chefe do Bom Dia Ceará, e fomos buscar o ponto de vista de um estudante de jornalismo, Amarildo Luciano, que está cursan- do o 4º semestre pela Faculdade Integrada da Por Jailson Silva José Amarildo Luciano da Silva, 26 anos. Missio- nário Redentorista, ordenado diácono no dia 28 de agosto de 2009. Formado em Filosofia em 2004 pelo antigo Centro de Estudos do Compor- tamento Humano – CENESCH – de Manaus, atual ITEPS. Concludente do Bacharelado em Teologi- a pela Faculdade Católica de Fortaleza, antigo Seminário da Prainha e estudante do 4º semes- tre de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da FGF. Revista Menu Online. Em sua opinião a decisão do Supremo Tribunal Federal contribui para uma sociedade bem informada? Amarildo Luciano. Por princípio, a sociedade tem direito de informar e de ser informada. Para tanto, a mesma sociedade capacita profissionais para exercer essa função indispensável à democracia. O argumento, segundo o qual o que está em jogo é a liberdade de expressão, não nos persuade e nem justifica a desigualdade entre as profissões. Uma pessoa com informa- ção é sempre uma fonte de notícias. E ela pode socializá-las através dos meios de comunicação, mas não como jornalista. Ter informação não trans- forma uma pessoa em jornalista. Transforma-a em fonte ou colunista. Uma sociedade bem informada depende de profissionais bem qualificados e comprometidos com a sua vocação. R.M.O. Qual a sua previsão de mercado com a ausência da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão? A. L. A não obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalismo favorece algumas empresas de comunicação cujos interesses estão voltados para si mesmas e não para a sociedade. A sociedade, neste caso, é apenas o meio que justifica seus fins. O mercado pode reagir a essa decisão do STF mostrando compromisso social ou simplesmente se servindo dela. Algumas empresas terão a oportunidade de “fazer a diferença” valorizando a qualificação profissional e oferecendo um serviço que contribua para uma sociedade bem informada e exigente. Quando a sociedade experimentar os primeiros resultados dessa decisão, então, abrir-se-á um caminho novo para as empresas que prezarem pela qualificação profissional. Acredito que o mercado ainda não acabou. Ainda se pode tirar proveito.
  • 5. Por Jailson Silva R.M.O. Você analisa esta medida como um benefício para os profissio- nais da imprensa? A. L. Não podemos olhar para uma decisão desse tamanho e ver ape- nas um lado da questão. Estamos todos diante de uma situação peri- gosa. A primeira tentação é desistir do compromisso, abdicar da refle- xão e do comportamento éticos e embarcar na onda “de qualquer jeito”. Outra postura é se perguntar como se pode reverter a falta de esperança profissional que toma conta do mundo jornalístico. É aqui que a profissionalização entra. O profissional não pode ceder às ten- tações do mercado e esquecer-se de si mesmo e da sua vocação ao serviço. Quem souber resistir a essas nuances, encontrar-se-á diante de um mercado promissor. Isto é se beneficiar de uma situação des- confortável. R.M.O. Como você vai conciliar o dia-a-dia de padre e jornalista? A. L. Nunca olhei para a minha primeira vocação sacerdotal e a voca- ção jornalística como irreconciliáveis. Sempre as vejo como comple- mentares. O meu ministério sagrado está a serviço do Deus que se revela em um povo. É servindo ao povo que eu servirei a Deus. A transcendência se revela na imanência. Quando tomei a decisão de buscar os conhecimentos jornalísticos, eu pensei em como enriquecer a comunicação do Evangelho. Jesus disse que “aquilo que ouvis ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telha- dos” (Mt 10,27b). Hoje o Evangelho (Boa Notícia) corre o risco de não ser nem notícia e nem nova. É claro que eu espero me servir das téc- nicas jornalísticas para melhor comunicar o que eu acredito. Como fazer isso? Por meio da oratória, mas também por meio dos meios modernos de comunicação. O púlpito já não é mais o meio mais eficaz de comunicação de massa. A Igreja precisa de assessores de comuni- cação e a comunicação precisa de princípios para iluminar uma práti- ca tantas vezes questionada. R.M.O. Como o curso vai ajudar nesta sua trajetória? A. L. Eu estou concluindo pela manhã a graduação em Teologia na Faculdade Católica de Fortaleza, no antigo prédio do Seminário da Prainha, aqui em Fortaleza, e à noite, na FGF, estou cursando Jorna- lismo. Os dois cursos estão me levando a viajar em dois mundos dis- tintos, mas não opostos. O curso de comunicação está me aproximando de um mundo que é competitivo, que prima pela corrida da resistência em que alguns vencem e outros perdem. É bom que eu tenha consciência dessa realidade na qual os jovens estão inseridos para que o meu discurso não se distancie por demais das suas vidas reais. Se no meu ministério, no acompanhamento espiritual, eu conseguir ajudar as pessoas a ler de forma crítica as informações que nos che- gam, e, com isso, contar com o apoio do Evangelho, creio que minha trajetória valeu a pena. R.M.O. Para ser um bom jornalista e necessário ter diploma de Jorna- lismo? A. L. Não necessariamente. Antes, precisa-se de paixão e de princí- pios. Mas é interessante notar que alguns princípios só se aprende enquanto se busca um diploma de graduação. E, como mesmo depois de graduado, muitos ainda não têm bons princípios, é de se convir que fora das reflexões que orientam para um fim específico, no caso o Jornalismo, todos ficamos mais vulneráveis e, portanto, mais propen- sos a não ser um bom jornalista. Se para o exercício das demais profissões exige-se a obrigatoriedade do diploma de graduação, a não obrigatoriedade para o Jornalismo não seria uma maneira de sustentarmos a desigualdade entre as pro- fissões? Se, perante a constituição, todos os cidadãos são iguais em direitos e deveres, por que não aplicar essa máxima também às pro- fissões? Por que todas não são iguais em direitos e deveres? O jornalista Alberto Perdigão, que tem a res- ponsabilidade matinal de preparar e apresen- tar o programa Bom Dia Ceará, é formado pela Universidade Federal do Ceará. Revista Menu Online. Como o senhor avalia a suspensão do diploma de jornalismo para o exercício da profissão? Alberto Perdigão. Lamento, acho um equívo- co do STF analisar a questão e uma lástima a decisão que tomou, segundo o relator e presi- dente daquela corte, ministro Gilmar Mendes. Não estou muito preocupado com isso, na medida que os patrões já contratavam profis- sionais não formados, num leque que vai de estagiários a publicitários. Estou mais preocupado é na falta de controle do Estado, da sociedade e dos Governos em relação á concessões de rádio e TV e nas autorizações para a ex- ploração comerciais de outros meios como jornais portais na internet. Você já imaginou quantos empresários da comunicação não tem formação supe- rior, não tem a ficha limpa no Serasa, não tem uma certidão negativa de débito na Receita, no INSS, não pode tirar uma folha corrida na polícia? Não são incomuns os casos em que respondem processos trabalhistas, comerci- al, tributário, previdenciário, na vara de família, até penal. Estou mais preocupado, também, é com o descontrole em relação à quantidade e à qualidade dos cursos de jornalismo. Essas duas questões é que deveriam estar motivando questionamentos no supre- mo. R.M.O. Na sua avaliação, os jornalistas foram prejudicados ou beneficiados com esta decisão? A. P. Acho que sim, para os poucos que aproveitam a faculdade para se formar, não para obter um diploma. E que encaram a profissão com sacerdócio. R.M.O. E o Jornalismo? A. P. Que jornalismo? Já havia bons jornalistas, e maus jornalistas, meios de comunicação mais ou menos compromissados, antes dos cursos de jornalismo. R.M.O. Houve algum benefício para a sociedade a partir desta decisão do Su- premo? A. P. Absolutamente nenhum, não era disso que a sociedade estava precisando. R.M.O. Como os jornalistas recém-formados irão entrar neste mercado? A. P. Abra o olho. É o mercado que pega os focas. E os usa. Só os que têm ta- lento e se prepararam, e se atualizam permanente, vão ficando nas posições que o mercado oferece. O resto, desculpe o termo, vai sendo descartado, com ou sem diploma. E você aluno, o que acha desse fato? É a favor ou contra a obrigatoriedade do diploma para o curso de jornalismo? Interaja com a Revista Menu Online. Mande um e-mail para revistame- nu@gmail.com Já pensou em ter sua opinião publicada aqui? Faça a diferença! Tome uma atitude.
  • 6. Prefeitura de Fortaleza Entrega o Primeiro CUCA OCuca da Barra do Ceará - Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte – recebeu visitantes exigentes na tarde desta quar- ta-feira. Com olhos admirados e atentos, os dele- gados do OPCA – Orçamento Participativo Criança e Adolescente – da Secretaria Executiva Regional I (SER I) conheceram as dependências do prédio que atenderá cerca de quatro mil jovens, diaria- mente, a partir do próximo dia 21, data em que será inaugurado. “É enorme”, disse Gabriela de Lima Rocha, de apenas 10 anos, e que já prepara uma lista dos cursos que pretende fazer, tão grande quanto o empreendimento. “Vôlei, natação, teatro, tem tantos”, afirmou. Mas, apesar de satisfeitos com o que viram, os delegados do OPCA não esquece- ram seu papel de fiscalizadores, tendo em vista que o Cuca se trata de uma demanda do OP, segmento juventude. “Que plantas vão ser postas?”, “Qual critério para seleção dos profissionais?”, “Como será a segurança?”, “E o tempo de cada curso?”. Estes foram apenas alguns dos questionamentos feitos pelas crianças durante a visita que, com papel e caneta nas mãos, não deixavam passar nada. As perguntas eram tantas que demandou da guia que os acompanhava um tempo exclusivamente para responder todas as dúvidas. O Cuca da Barra do Ceará, nomeado Cuca Che Guevara, teve custo de aproximadamente R$ 10 milhões. É equipado com sala da dança, estúdios de rádio, fotografia e TV, campo para futebol de areia, teatro para 300 lugares, sala de cine clube para 75 pessoas, duas ilhas de informática, bibli- oteca, um laboratório de tecnologias avançadas e muitas salas para atividades diversas, como aulas de artes plásticas, educação ambiental e recicla- gem. Na praça externa, piscina semiolímpica, anfitea- tro, pista de esportes radicais e quadra coberta. A construção, iniciada em junho de 2008, segue todos os padrões de acessibilidade, inclusive com um elevador exclusivo para deficientes. Uma das preocupações do projeto foi não tirar nada do que fazia parte da vegetação do local, como coqueiros, palmeiras e pés de jambo. Por Jailson Silva
  • 7. A Revista MENU Online, conta com a participação dos alunos do curso de Comunicação Social - Jornalismo, da Faculdade Integrada da Grande Fortaleza (FGF). Antônio Fabio - Elaboração de Pautas Diego al Rodrigues - Criação e Diagramação Gleydiane Freitas - Colaborador Hudson Carneiro - Diagramação Jailson Silva - Colaborador