O Cinema Novo Brasil e a expressão da realidade do país nos anos 50 e 60
1. nº01/2010
A revista que
coleciona
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ideias
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Glauber Rocha eque
A revista o
coleciona
Cinema Novo Brasil eiro
ideias
Anos 50 e 60:
Expressão da
realidade do
Brasil
“ Uma câmera
na mão e uma
idéia na cabeça”
2. “O CINE
Na
virada
dos anos 50 para
os anos 60, uma série
de jovens, vindo dos mais distin-
tos lugares, com as mais distintas forma-
ções, propunha uma nova maneira de fazer cinema
no Brasil. Não mais o cinema artificial e empolado dos
estúdios como a Vera Cruz, mas um cinema que
tomasse as ruas e fosse ao encontro da sociedade brasileira,
incorporando novas formas de linguagem e renovan-
do as questões estéticas e culturais do Brasil. Em 1960,
depois das primeiras exibições dos curtas-metragens
Arraial do Cabo, de Paulo Cezar Saraceni e Mário Carneiro, e
Aruanda, de Linduarte Noronha e Rucker Vie-
ira, o então jornalista Glauber Rocha escreveu
para o Suplemento Literário do Jornal do Brasil
saudando o nascimento de uma nova geração de cineastas.
Nasce aí a idéia do cinema novo, que
rápido incorpora jovens jornalistas e
1
3. EMA NOVO
intelectuais
com sensibilidades
semelhantes. Grupos vão
se formando, essencialmente na
Bahia, num ambiente de efervescência
cultural capitaneado por Guido Araújo e Walter da
Silveira. Os primeiros longas-metragens surgem na
Bahia: A Grande Feira, de Roberto Pires, Bahia de Todos
os Santos, de Trigueirinho Neto e Barravento, de Glauber
Rocha, começam a trabalhar no sentido da inovação e do
despojamento de linguagem, com ênfase na temática social.
Mas é o Festival de Cannes de 1964 que vai garantir uma
projeção maior ao movimento. Deus e o Diabo na Terra do
Sol, de Glauber Rocha, e Vidas Secas ganham uma enorme
acolhida por parte da imprensa européia e, mesmo sem
ganhar prêmios oficiais, se transformam na
2
4. sensação do Festival.
Os jornais brasileiros relatam
com efusividade a repercussão
dos filmes e saúdam Deus e o
Diabo na Terra do Sol como
o ápice do cinema brasileiro.
A sociedade brasileira
agora discute o Cinema Novo.
“Não temos por isto
maiores pontos de conta-
to com o cinema mundi-
al. O Cinema Novo é um
projeto que se realiza na
política da fome, e sofre,
por isto mesmo, todas as
fraquezas conseqüentes
da sua existência.”
Glauber Rocha
3
5. MANIFESTO DO CATARRO
O “Manisfesto do Catarro” foi literalmente, o último texto escrito por
Glauber Rocha. Escrito na cama do hospital em Lisboa, em intervalos
de consciência; a transcrição a seguir é parte deste manifesto, que fora
editado, em 28 de Agosto do ano de sua morte, na revista “Careta”,
ano LIII -2740 e enviado nominalmente ao editor Tarso de Castro.
“ Glauber, Manisfesto -------------> CATARRO
“ Kareta” libertação” Cahieur du Cinema” e etcs ------->
Acabaram o velho jornalismo
---> o foto jornalismo----> Novela Jornalística --->
Tudo que começou em 1900 desaparece em 1981.
Ai vai, caro Tarzo, uma reportagem NOVA sôbre minha
Pneumonia,TuberKuloze e Kanzer. Mas Kanzer não
MATA.
Kareta, com Raul Cortez na capa é genial, e devemos
seguir por aí....Publique ao mundo meu diagnóstico
FELIZ!!
GLAUBER ----------------------------------------------------------------”
[...]
www.tempoglauber.com.br
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