Informação sobre alguns dos assuntos que serão debatidos e alvo de votação, na reunião do executivo da Câmara Municipal de Coimbra de segunda-feira, 25 de Janeiro. Nomeadamente: - CMC contrata serviços especializados para o Convento de S. Francisco - Município transfere quase 2 milhões de euros para os SMTUC - Cidadão centenário doa acervo cinematográfico à autarquia

1. CMC contrata serviços especializados para o Convento de S. Francisco
O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) irá analisar e votar, na sua reunião de
segunda-feira, dia 25 de Janeiro, três pareceres prévios que visam a contratação de
serviços profissionais indispensáveis ao funcionamento do Convento de São Francisco. Os
serviços em causa serão contratados através de concursos públicos, com a duração de
meio ano. Dizem respeito a funções a desempenhar por profissionais especializados e com
experiência de que a CMC não dispõe no seu quadro de pessoal, nomeadamente em áreas
tão distintas como o turismo de negócios, o segmento MICE (Meeting, Incentives,
Conferencing, Exhibition), as artes performativas e a mediação de públicos.
Os serviços a contratar compreendem atividades como a atração e realização de
congressos e convenções, comunicação e marketing específicos para este espaço
multifacetado, assim como o manuseamento de todo o equipamento cénico e maquinaria
de cena, incluindo a concha acústica, que engloba as especialidades de luz, som e
audiovisuais associados à realização de espetáculos/eventos. Apenas deste modo será
possível garantir a devida segurança e performance dos diferentes intervenientes nos
espetáculos.
Após a fase de obras, foi constituída uma equipa de projeto interna composta por recursos
humanos da CMC: um coordenador, seis técnicos superiores, quatro assistentes técnicos e
quatro assistentes operacionais. Estes funcionários municipais darão apoio em áreas como
a programação e comunicação, administrativa, receção, infraestruturas e funcionamento
geral. Trata-se, agora, de contratar serviços com um grau de especialização elevado,
necessário para desempenhar funções que a complexidade de um equipamento como o
Convento de S. Francisco exige e que obriga o Município a recorrer a serviços externos.

2. Um dos contratos alvo de parecer prévio, no valor de 110.000 euros (+IVA), diz respeito à
área técnica: luz, som, vídeo-áudio e maquinaria de cena. O segundo, no valor de 116.000
euros (+IVA) destina-se à produção executiva, mediação de formação e acolhimento de
públicos e gestão de equipamento na ótica da segurança das instalações e do bom
funcionamento dos equipamentos. Por último, um contrato, no valor de 99.000 euros
(+IVA), refere-se à aquisição de serviços para as áreas de turismo de negócios, de MICE,
comunicação e marketing (tendo em conta as especificidades de um equipamento desta
natureza).
Município transfere quase 2 milhões de euros para os SMTUC
O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) irá analisar e votar, na reunião da
próxima segunda-feira, a atribuição de um subsídio de quase dois milhões de euros aos
Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC). O montante
destina-se a cobrir o custo social dos transportes no primeiro trimestre do presente ano.
Em concreto, a comparticipação é de 1.938.824,25 euros (646.274,75 euros mensais,
referentes a janeiro, fevereiro e março).
Em Coimbra, o custo social dos transportes é inteiramente suportado pela CMC, ao
contrário de cidades como Lisboa e Porto, que recebem “indemnizações compensatórias”
do Estado central para esse fim. O custo social dos transportes é a diferença entre o que
custa realmente o transporte e o valor - inferior a esse custo efetivo - que é pago pelos
utentes quando adquirem senhas ou passes mensais, sendo que o tarifário dos SMTUC não
tem sofrido alterações nos últimos anos.

3. Além dos subsídios à exploração, cuja previsão para a totalidade de 2016 ronda os 7,7
milhões de euros, a CMC financia o custo social dos transportes através da receita dos
estacionamentos que, em 2015, registou 914.037,36 euros.
Cidadão centenário doa acervo cinematográfico à autarquia
David d´Oliveira Filipe pretende doar à Câmara Municipal de Coimbra o acervo
cinematográfico que reuniu durante 80 dos seus 100 anos de vida. A doação, que será
apreciada e votada na próxima reunião do executivo municipal, compreende duas
máquinas antigas de projetar filmes, uma máquina de filmar, acessórios relacionados com
projeção e dois filmes que tem Coimbra como pano de fundo. Um sobre o
desmantelamento da ponte velha (metálica) sobre o Rio Mondego e outro sobre o 1º de
Maio na cidade, após o 25 de Abril de 1974.
David d’Oliveira Filipe nasceu em Ovar, distrito de Aveiro, em 1915. Veio para Coimbra com
sete anos de idade e, aos 10, começou a trabalhar como marceneiro. Mas foi como
profissional de projeção cinematográfica que criou o gosto pela fotografia e pelo cinema.
Foi projetista de várias salas de cinema, com destaque para os antigos e emblemáticos
teatros Sousa Bastos e Avenida. A ideia de doar este acervo à CMC foi-lhe sugerida pelo
fotógrafo Varela Pècurto. Depois de alguma resistência pessoal, David explica, numa
missiva enviada à autarquia, que se deixou convencer, pela filha e pelo genro, de que este
é o melhor, mais seguro e mais digno destino a dar ao seu acervo.