Este retrato descreve uma mulher bela que se destaca no salão de baile enquanto espera pelo seu amado. Ela tem uma aparência serena e olhos escuros que hipnotizam, além de ter pele clara, cabelos longos e ondulados e mãos delicadas. Embora seja amável com todos, diz-se que não tem sorte no amor e procura alguém que a faça sentir arrepios até perder as forças. Ela também é descrita como uma pessoa silenciosa que às vezes prefere ficar sozinha.
1. Retrato
Impossível atravessar a sala de baile sem
reparar nela, de pé esperando pelo seu
amado. Há nela um sereno e doce olhar.
As suas belas formas lunares enchem o
abraço de qualquer homem, escondidas
por um magnífico vestido que nos faz
lembrar um céu coberto por nuvens.
Os seus lábios, com um tom rosado, são
carnudos e tentam qualquer um a beijá-la.
O nariz estreito e esguio representa a sua
seriedade. Mas nada se compara aos seus
olhos
castanhos-escuros
que
nos
hipnotizam apenas com um só olhar. A
proteger esta bela vista uma penugem
castanha aparece.
Algo lhe dá mais brilho… Será o brinco de
pérola que possui? Sem dúvida.
Tem a pele clara que parece transparecer
o brilho do Sol de Inverno. O seu cabelo
duradouro percorre o seu corpo como
uma mão que desliza por todos os seus
cantos mais misteriosos. É longo, da cor do chocolate, ondulado e não tira da vista a sua
bela face.
Mãos tão delicadas como estas nunca vi, uma agarra com firmeza a extensa cabeleira, a
outra cai suavemente sobre um tecido meio cor de rosa.
Ouvi dizer que é das pessoas mais meigas do Mundo, mas que sorte no amor não tem.
Querida com todos, nenhum discrimina. Será eternamente amante, procurará aquele que a
fará ter arrepios de frio e de quentura até perder todas as suas forças. Dizem também que é
uma pessoa silenciosa, e que por vezes só quer estar sozinha. Compreendo. Todos
precisamos do nosso tempo apenas connosco.
Ao escutá-la, apaixonamo-nos logo pela sua voz e pelas maravilhosas palavras que dela
ouvimos. Não por ser convencida, mas sim por ser sábia da vida pois a palavra sofrimento
está inscrita nela. Já pensei em ganhar coragem e perguntar-lhe o seu nome, todavia por
agora limito-me a mirá-la do fundo do salão de baile e a descrevê-la o melhor que sei.
Ana Rita nº2 9ºC
15/02/2012