Este estudo avaliou os efeitos de diferentes fontes de gordura (óleo de soja, grãos de soja inteiros e sais de cálcio de ácidos graxos) nas rações de vacas leiteiras sobre parâmetros de fermentação ruminal. A adição de gordura não alterou o pH ruminal, as concentrações de amônia ou de ácidos graxos de cadeia curta. Apenas os níveis pré-alimentares de amônia foram maiores para a ração com grãos de soja.
Pubvet utilização de uréia como fonte de nitrogênio não protéico (nnp) par...
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1. Fermentação ruminal de vacas em lactação suplementadas com
diferentes fontes de gordura nas rações
Trimboli, R.T
1
. Mingoti, R.D.
1
, Rosa, P.S
1
, Freitas Júnior, J.E.
1
, Barletta, R.V.
1
, Rennó, F. P.
1
1
Departamento de Nutrição e Produção Animal – VNP/FMVZ/ USP
Objetivo
A adição de gordura em rações para vacas
em lactação, além de promover aumento da
ingestão de energia e da produção de leite
(Grummer, 2004), pode provocar variáveis
respostas em sua produção e composição,
sendo dependentes da dieta basal fornecida
(especialmente o volumoso), estágio de
lactação, balanço energético, composição e
quantidade da fonte de gordura utilizada
(NRC, 2001). Uma das razões para as
variadas respostas à suplementação de
gordura nas rações de vacas em lactação,
consiste em alterações no consumo de
alimentos e no padrão de fermentação
ruminal, especialmente na avaliação dos
parâmetros de fermentação ruminal pH,
concentrações de nitrogênio amoniacal (N-
NH3) e produção de ácidos graxos de cadeia
curta. O objetivo desse estudo foi avaliar a
utilização de diferentes fontes de gordura nas
rações de vacas em lactação e seus efeitos
sobre os parâmetros de fermentacão ruminal.
Material e Métodos
Foram utilizadas 12 vacas da raça Holandesa.
Os animais foram agrupados em três
quadrados latinos 4x4 balanceados. As
seguintes rações foram utilizadas: 1) Controle
(C), com 2,5% de extrato etéreo na matéria
seca (EE); 2) Óleo de soja refinado (OS), com
5,5% de EE; 3) Grão de soja “in natura” (GS),
com 5,5% de EE; e 4) Sais de cálcio de
ácidos graxos (SC) (MEGALAC-E), com 5,5%
de EE. A silagem de milho foi utilizada como
volumoso durante todo o período
experimental. As amostras de líquido ruminal
foram coletadas utilizando sonda esofágica
em dois tempos, antes (tempo zero) e três
horas (tempo três) após a alimentação da
manhã. Foram determinados no líquido
ruminal o pH, as concentrações de nitrogênio
amoniacal e de ácidos graxos de cadeia curta
(acético, propiônico e butírico).
.
Resultados
Não houve efeito (P>0,05) das fontes de
gordura sobre os valores de pH ruminal nos
dois tempos de coleta avaliados, bem como
sobre as concentrações de N-NH3 três horas
após a alimentação matinal (P>0.05). A
concentração de N-NH3 foi maior (P<0,05)
para os animais que receberam a ração GS
somente antes da alimentação da manhã
(tempo zero). As vacas que consumiram as
rações contendo sais de cálcio de ácidos
graxos apresentaram menor consumo
(P<0,05) em relação às vacas recebendo a
ração controle, não diferindo, no entanto, das
vacas que consumiram as demais fontes de
gordura. Não houve efeito (P>0,05) das fontes
de gordura nas rações sobre as
concentrações de ácidos graxos de cadeia
curta, nos tempos zero e três de coleta
quando comparados com à ração controle.
Conclusão
A utilização de fontes de gordura nas rações
de vacas em lactação não alterou os
parâmetros de fermentação ruminal.
Referências Bibliográficas
GRUMMER, R. R. Gordura da dieta: Fonte
energética e/ou regulador metabólico? In:
NOVOS ENFOQUES NA PRODUÇÃO E
REPRODUÇÃO DE BOVINOS, 8, 2004,
Uberlândia. Anais...Uberlândia:CONAPEC Jr-
UNESP-BOTUCATU, p.83-108, 2004.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL – NRC
2001. Nutrient requirements of dairy cattle. 7
ed. Washinton, D.C.: National Academic
Press. 381p.