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Ano IV      ::    Número 42     ::      Março de 2011

                                                                             Fevereiro de              Consumo na Rede          Mercado Livre
                                          Consumo de Energia Elétrica             2011                      TWh     Var.%         TWh      Var.%
                                                                             No mês                ▲         35,4    4,0    ▲       8,9     7,8
                                                      Brasil
                                                                             Em 12 meses           ▲        422,6    7,1    ▲     111,3     16,1



 CONSUMO DE ELETRICIDADE ACUMULA CRESCIMENTO DE 5,1% NO ANO

O consumo de energia elétrica na rede das                                  é bem diversificada e, em grande medida, fun-
concessionárias totalizou 35.357 gigawatts-                                ciona como termômetro da performance setorial,
hora (GWh) em fevereiro de 2011, um acrésci-                               o que significa que o consumo de energia elétri-
mo de 4% em relação ao mesmo mês de 2010.                                  ca não indica clara alteração do panorama da
No ano, a taxa acumula alta de 5,1%, e, em 12                              indústria, ainda que se possam perceber sinais
meses, de 7,1%, sempre sobre igual período                                 de acomodação em relação ao desempenho do
do ano anterior.                                                           ano passado.
                                                                           Em fevereiro, o consumo comercial e de servi-
Brasil. Contribuição das classes na composição do consumo                  ços somou 6.335 GWh, indicando expansão de
total em 12 meses (GWh)                                                    7,9% sobre igual mês de 2010. Houve crescimen-
                                                                           to acima da média nacional no Sudeste (8,4%),
                                                                           no Sul (8,3%) e no Centro-Oeste (9,4%). Desta-
                                        3.794      2.639
                          15.448                                           cam-se os resultados apurados em São Paulo
              6.059                                                        (10%), em boa medida em razão do efeito calen-
                                                                           dário (maior número de dias faturados e maior
                                                                           número de dias úteis), em Santa Catarina (10,5%)
                                                                           e em Goiás e no Distrito Federal, onde se con-
                                                               422.563
                                                                           centram 2/3 do consumo do Centro-Oeste e o
 394.621                                                                   crescimento foi de 13%.
                                                                           O consumo residencial brasileiro de eletricidade
                                                                           em fevereiro somou 9.427 GWh, ficando 5,5% a-
                                                                           cima de fevereiro de 2010. Em 12 meses findos
 12 meses   Residencial   Industrial   Comercial   Outros      12 meses
                                                                           nesse mês, a classe acumula expansão de 5,9%,
   2010                                                          2011      índice que pode ser considerado elevado. Foram
                                                                           registrados 58,4 milhões de consumidores, signi-
                                                                           ficando 2,2 milhões de novas ligações no interva-
                                                                           lo de um ano (média mensal superior a 180 mil),
O consumo industrial na rede elétrica totalizou                            ou um crescimento de 3,9%. Em cada unidade de
14.628 GWh em fevereiro de 2011 (1,8%). Esse                               consumo, o gasto médio mensal com energia es-
baixo crescimento, o menor desde dezembro de                               teve em torno de 155 kWh, um incremento de 2%
2009, deve ser relativizado na medida em que                               em relação ao mesmo período de 2010.
está condicionado pela queda do consumo obser-
vada no Nordeste. E há duas razões principais                              O consumo residencial foi liderado pelas regiões
para isso: fechamento de uma fábrica de alumí-                             Sul e Centro-Oeste, onde o crescimento esteve
nio na Bahia, que representava 8% do consumo                               entre 7,5 e 8%, destacando-se os resultados apu-
industrial no estado, e a repercussão da interrup-                         rados em Santa Catarina (12,4%) e em Goiás
ção do fornecimento de eletricidade, que em                                (14%). Efeito calendário (maior número de dias
muito afetou as atividades industriais no Polo de                          faturados nas principais concessionárias) e a o-
Camaçari, na Bahia. Excluídos das estatísticas os                          corrência do carnaval em março influenciaram
dados da Bahia e de Alagoas, o consumo industri-                           essas estatísticas.
al no país cresceu 3,8%, taxa compatível com o                             Na região Norte, o aumento do consumo foi de
crescimento setorial no longo prazo.                                       apenas 2,9%, o menor nos últimos 20 meses. Esse
Nas demais regiões, houve crescimento no consu-                            resultado refletiu, em larga medida, o comporta-
mo das indústrias. Na região Norte, o aumento                              mento do consumo no Pará (queda de 2,4%). Aí,
foi de 8,2%, com destaque para o comportamen-                              o efeito calendário foi inverso (menor número
to do Polo Industrial de Manaus e das indústrias                           dias de faturamento). Além disso, comparativa-
eletrointensivas no Pará. Em São Paulo, as unida-                          mente ao ano anterior, as temperaturas foram
des consumiram 4,2% a mais. A indústria paulista                           mais amenas.
LUZ PARA TODOS LEVA ENERGIA ELÉTRICA A QUASE 13 MILHÕES DE PESSOAS
 No crescimento do consumo residencial de energia elétrica                                                    Atendimento do Luz para Todos.
 observado nos últimos anos está subjacente a expansão da                                                     Regiões Norte e Nordeste e estados selecionados
 base de consumidores, com a incorporação de novas unidades                                                                                  Ligações              Ligações
 em ritmo muito superior à média histórica, apesar das taxas                                                  UF                                                                          Part. %
                                                                                                                                                totais                  LpT
 decrescentes de crescimento demográfico. Para tanto, contri-
                                                                                                              Pará                            499.069              292.892                    58,7
 buiu o programa Luz para Todos – LpT, lançado em novembro                                                    Bahia                         1.264.425              426.987                    33,8
 de 2003 pelo governo federal com o objetivo inicial de garan-                                                Maranhão                        661.025              279.070                    42,2
 tir o acesso e o uso de energia elétrica para 10 milhões de                                                  Ceará                           626.190              121.879                    19,5
 brasileiros, meta que, depois, foi ampliada para aproximada-                                                 Pernambuco                      728.792                99.639                   13,7
 mente 15 milhões. O LpT se inseriu, assim, na política gover-                                                Alagoas                         220.615                84.545                   38,3
 namental de redução da pobreza e da fome no Brasil.                                                          Sergipe                         158.955                60.151                   37,8
                                                                                                              Paraiba                         267.521                58.581                   21,9
 Considerando o período entre 2005 e 2010 (o programa ainda
                                                                                                              R G Norte                       295.237                50.432                   17,1
 estava incipiente em 2004), cerca de 2,5 milhões de famílias                                                 Fonte: Distribuidoras
 passaram a contar com o serviço de energia elétrica por meio
 do LpT, sendo beneficiadas mais de 12 milhões de pessoas,                                                    Distribuição do total de ligações do Luz para Todos
                                                                                                              por região (de 2005 a 2010)
 contingente maior do que a população de Portugal. Essas liga-
 ções representaram 18% do total de novos consumidores in-
 corporados ao sistema elétrico brasileiro no período.

 Praticamente 70% das ligações do LpT foram realizadas no
 Norte e no Nordeste (ver gráfico). Entre 2005 e 2010 ocorre-
 ram 5,5 milhões ligações nas duas regiões, das quais 1,7 mi-
 lhão (30%) foi realizado no âmbito do LpT. No Nordeste, a
 Bahia e o Maranhão, juntos, foram responsáveis por um total
 de 706 mil ligações realizadas por meio do LpT até 2010, o
 que correspondeu a 37% do total de ligações dos dois estados
 e a 16% do total da região Nordeste. No Pará, foram realiza-
 das, no âmbito do programa, 293 mil ligações, quase 60% do
 total estadual e 28% da região Norte.
                                                                                                              Fonte: MME; elaboração: EPE


 ESTATÍSTICA DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA (GWh)
                           EM FEVEREIRO                    ATÉ FEVEREIRO                         12 MESES
 REGIÃO/CLASSE
                       2011      2010       %           2011      2010       %            2011       2010       %
BRASIL                35.357 33.999         4,0        71.121 67.640         5,1        422.563 394.621          7,1
RESIDENCIAL             9.427     8.934      5,5        19.263 18.170         6,0        108.252 102.193          5,9
INDUSTRIAL             14.628 14.371         1,8        29.208 28.097         4,0        184.920 169.472          9,1   Publicação da Diretoria de Estudos
COMERCIAL               6.335     5.871      7,9        12.590 11.718         7,4         69.957     66.163      5,7    Econômico-Energéticos e
OUTROS                  4.968     4.823      3,0        10.059     9.654      4,2         59.433     56.794      4,6
                                                                                                                        Ambientais da EPE
NORTE                   2.061    1.953      5,5          4.261    4.003      6,5          26.202    24.299       7,8
RESIDENCIAL               455       442      2,9           951       903      5,4          5.967      5.322     12,1
INDUSTRIAL              1.072       991      8,2         2.210     2.044      8,1         13.264     12.463      6,4
COMERCIAL                 271       259      4,6           558       526      6,1          3.521      3.183     10,6    Coordenação Geral
OUTROS                    263       261      0,6           543       530      2,3          3.450      3.332       3,6   Mauricio Tiomno Tolmasquim
                                                                                                                        Amílcar Gonçalves Guerreiro
NORDESTE                5.498    5.577      -1,4       11.485 11.311         1,5          71.197    66.116       7,7
RESIDENCIAL             1.599     1.521      5,1         3.354     3.098      8,3         19.536     17.502     11,6
                                                                                                                        Coordenação Executiva
INDUSTRIAL              2.103     2.308     -8,9         4.403     4.696     -6,2         29.160     27.896      4,5
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COMERCIAL                 864       817      5,7         1.765     1.651      6,9         10.399      9.562       8,8
OUTROS                    933       931      0,2         1.963     1.866      5,2         12.102     11.157       8,5
                                                                                                                        Equipe Técnica
SUDESTE               19.192 18.357         4,5        38.374 36.233         5,9        227.245 211.258          7,6    Carla da C. Lopes Achão (coordenação de Economia e Estatísticas)
RESIDENCIAL             5.085     4.844      5,0        10.340     9.785      5,7         57.336     55.127      4,0    Gustavo Naciff de Andrade
INDUSTRIAL              8.332     8.092      3,0        16.570 15.642         5,9        104.655     93.781     11,6    Inah Rosa Borges de Holanda
                                                                                                                        Luiz Claudio Orleans
COMERCIAL               3.569     3.293      8,4         7.052     6.556      7,6         38.614     36.898      4,6
OUTROS                  2.206     2.129      3,6         4.411     4.251      3,8         26.639     25.452       4,7
                                                                                                                        Assessoria de Comunicação e Imprensa
SUL                     6.431    6.071      5,9        12.653 11.982         5,6          71.474    67.818       5,4
                                                                                                                        Oldon Machado
RESIDENCIAL             1.599     1.486      7,6         3.202     3.059      4,7         17.222     16.596      3,8
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CENTRO-OESTE            2.175    2.041      6,6          4.347    4.111      5,8          26.445    25.130       5,2
RESIDENCIAL               689       640      7,7         1.416     1.325      6,8          8.192      7.646       7,1   Sede: SAUN—Quadra 1—Bloco B   Escritório Central: Av.Rio Branco, 1 11º andar
                                                                                                                        Sala 100-A                    CEP 20090 003—Rio de Janeiro—RJ Brasil
INDUSTRIAL                540       517      4,5         1.063     1.030      3,2          6.680      6.533       2,2   CEP 70041 903                 www.epe.gov.br
COMERCIAL                 482       441      9,4           955       877      8,9          5.549      5.231       6,1   Brasilia—DF Brasil
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Fonte: Comissão Permanente de Análise e Acompanhamento do Mercado de Energia Elétrica—Copam/EPE. Dados preliminares.      Esta Resenha pode ser obtida em www.epe.gov.br/mercado

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Resenha Mensal do mercado de energia elétrica EPE março 2011.

  • 1. Ano IV :: Número 42 :: Março de 2011 Fevereiro de Consumo na Rede Mercado Livre Consumo de Energia Elétrica 2011 TWh Var.% TWh Var.% No mês ▲ 35,4 4,0 ▲ 8,9 7,8 Brasil Em 12 meses ▲ 422,6 7,1 ▲ 111,3 16,1 CONSUMO DE ELETRICIDADE ACUMULA CRESCIMENTO DE 5,1% NO ANO O consumo de energia elétrica na rede das é bem diversificada e, em grande medida, fun- concessionárias totalizou 35.357 gigawatts- ciona como termômetro da performance setorial, hora (GWh) em fevereiro de 2011, um acrésci- o que significa que o consumo de energia elétri- mo de 4% em relação ao mesmo mês de 2010. ca não indica clara alteração do panorama da No ano, a taxa acumula alta de 5,1%, e, em 12 indústria, ainda que se possam perceber sinais meses, de 7,1%, sempre sobre igual período de acomodação em relação ao desempenho do do ano anterior. ano passado. Em fevereiro, o consumo comercial e de servi- Brasil. Contribuição das classes na composição do consumo ços somou 6.335 GWh, indicando expansão de total em 12 meses (GWh) 7,9% sobre igual mês de 2010. Houve crescimen- to acima da média nacional no Sudeste (8,4%), no Sul (8,3%) e no Centro-Oeste (9,4%). Desta- 3.794 2.639 15.448 cam-se os resultados apurados em São Paulo 6.059 (10%), em boa medida em razão do efeito calen- dário (maior número de dias faturados e maior número de dias úteis), em Santa Catarina (10,5%) e em Goiás e no Distrito Federal, onde se con- 422.563 centram 2/3 do consumo do Centro-Oeste e o 394.621 crescimento foi de 13%. O consumo residencial brasileiro de eletricidade em fevereiro somou 9.427 GWh, ficando 5,5% a- cima de fevereiro de 2010. Em 12 meses findos 12 meses Residencial Industrial Comercial Outros 12 meses nesse mês, a classe acumula expansão de 5,9%, 2010 2011 índice que pode ser considerado elevado. Foram registrados 58,4 milhões de consumidores, signi- ficando 2,2 milhões de novas ligações no interva- lo de um ano (média mensal superior a 180 mil), O consumo industrial na rede elétrica totalizou ou um crescimento de 3,9%. Em cada unidade de 14.628 GWh em fevereiro de 2011 (1,8%). Esse consumo, o gasto médio mensal com energia es- baixo crescimento, o menor desde dezembro de teve em torno de 155 kWh, um incremento de 2% 2009, deve ser relativizado na medida em que em relação ao mesmo período de 2010. está condicionado pela queda do consumo obser- vada no Nordeste. E há duas razões principais O consumo residencial foi liderado pelas regiões para isso: fechamento de uma fábrica de alumí- Sul e Centro-Oeste, onde o crescimento esteve nio na Bahia, que representava 8% do consumo entre 7,5 e 8%, destacando-se os resultados apu- industrial no estado, e a repercussão da interrup- rados em Santa Catarina (12,4%) e em Goiás ção do fornecimento de eletricidade, que em (14%). Efeito calendário (maior número de dias muito afetou as atividades industriais no Polo de faturados nas principais concessionárias) e a o- Camaçari, na Bahia. Excluídos das estatísticas os corrência do carnaval em março influenciaram dados da Bahia e de Alagoas, o consumo industri- essas estatísticas. al no país cresceu 3,8%, taxa compatível com o Na região Norte, o aumento do consumo foi de crescimento setorial no longo prazo. apenas 2,9%, o menor nos últimos 20 meses. Esse Nas demais regiões, houve crescimento no consu- resultado refletiu, em larga medida, o comporta- mo das indústrias. Na região Norte, o aumento mento do consumo no Pará (queda de 2,4%). Aí, foi de 8,2%, com destaque para o comportamen- o efeito calendário foi inverso (menor número to do Polo Industrial de Manaus e das indústrias dias de faturamento). Além disso, comparativa- eletrointensivas no Pará. Em São Paulo, as unida- mente ao ano anterior, as temperaturas foram des consumiram 4,2% a mais. A indústria paulista mais amenas.
  • 2. LUZ PARA TODOS LEVA ENERGIA ELÉTRICA A QUASE 13 MILHÕES DE PESSOAS No crescimento do consumo residencial de energia elétrica Atendimento do Luz para Todos. observado nos últimos anos está subjacente a expansão da Regiões Norte e Nordeste e estados selecionados base de consumidores, com a incorporação de novas unidades Ligações Ligações em ritmo muito superior à média histórica, apesar das taxas UF Part. % totais LpT decrescentes de crescimento demográfico. Para tanto, contri- Pará 499.069 292.892 58,7 buiu o programa Luz para Todos – LpT, lançado em novembro Bahia 1.264.425 426.987 33,8 de 2003 pelo governo federal com o objetivo inicial de garan- Maranhão 661.025 279.070 42,2 tir o acesso e o uso de energia elétrica para 10 milhões de Ceará 626.190 121.879 19,5 brasileiros, meta que, depois, foi ampliada para aproximada- Pernambuco 728.792 99.639 13,7 mente 15 milhões. O LpT se inseriu, assim, na política gover- Alagoas 220.615 84.545 38,3 namental de redução da pobreza e da fome no Brasil. Sergipe 158.955 60.151 37,8 Paraiba 267.521 58.581 21,9 Considerando o período entre 2005 e 2010 (o programa ainda R G Norte 295.237 50.432 17,1 estava incipiente em 2004), cerca de 2,5 milhões de famílias Fonte: Distribuidoras passaram a contar com o serviço de energia elétrica por meio do LpT, sendo beneficiadas mais de 12 milhões de pessoas, Distribuição do total de ligações do Luz para Todos por região (de 2005 a 2010) contingente maior do que a população de Portugal. Essas liga- ções representaram 18% do total de novos consumidores in- corporados ao sistema elétrico brasileiro no período. Praticamente 70% das ligações do LpT foram realizadas no Norte e no Nordeste (ver gráfico). Entre 2005 e 2010 ocorre- ram 5,5 milhões ligações nas duas regiões, das quais 1,7 mi- lhão (30%) foi realizado no âmbito do LpT. No Nordeste, a Bahia e o Maranhão, juntos, foram responsáveis por um total de 706 mil ligações realizadas por meio do LpT até 2010, o que correspondeu a 37% do total de ligações dos dois estados e a 16% do total da região Nordeste. No Pará, foram realiza- das, no âmbito do programa, 293 mil ligações, quase 60% do total estadual e 28% da região Norte. Fonte: MME; elaboração: EPE ESTATÍSTICA DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA (GWh) EM FEVEREIRO ATÉ FEVEREIRO 12 MESES REGIÃO/CLASSE 2011 2010 % 2011 2010 % 2011 2010 % BRASIL 35.357 33.999 4,0 71.121 67.640 5,1 422.563 394.621 7,1 RESIDENCIAL 9.427 8.934 5,5 19.263 18.170 6,0 108.252 102.193 5,9 INDUSTRIAL 14.628 14.371 1,8 29.208 28.097 4,0 184.920 169.472 9,1 Publicação da Diretoria de Estudos COMERCIAL 6.335 5.871 7,9 12.590 11.718 7,4 69.957 66.163 5,7 Econômico-Energéticos e OUTROS 4.968 4.823 3,0 10.059 9.654 4,2 59.433 56.794 4,6 Ambientais da EPE NORTE 2.061 1.953 5,5 4.261 4.003 6,5 26.202 24.299 7,8 RESIDENCIAL 455 442 2,9 951 903 5,4 5.967 5.322 12,1 INDUSTRIAL 1.072 991 8,2 2.210 2.044 8,1 13.264 12.463 6,4 COMERCIAL 271 259 4,6 558 526 6,1 3.521 3.183 10,6 Coordenação Geral OUTROS 263 261 0,6 543 530 2,3 3.450 3.332 3,6 Mauricio Tiomno Tolmasquim Amílcar Gonçalves Guerreiro NORDESTE 5.498 5.577 -1,4 11.485 11.311 1,5 71.197 66.116 7,7 RESIDENCIAL 1.599 1.521 5,1 3.354 3.098 8,3 19.536 17.502 11,6 Coordenação Executiva INDUSTRIAL 2.103 2.308 -8,9 4.403 4.696 -6,2 29.160 27.896 4,5 Ricardo Gorini de Oliveira COMERCIAL 864 817 5,7 1.765 1.651 6,9 10.399 9.562 8,8 OUTROS 933 931 0,2 1.963 1.866 5,2 12.102 11.157 8,5 Equipe Técnica SUDESTE 19.192 18.357 4,5 38.374 36.233 5,9 227.245 211.258 7,6 Carla da C. Lopes Achão (coordenação de Economia e Estatísticas) RESIDENCIAL 5.085 4.844 5,0 10.340 9.785 5,7 57.336 55.127 4,0 Gustavo Naciff de Andrade INDUSTRIAL 8.332 8.092 3,0 16.570 15.642 5,9 104.655 93.781 11,6 Inah Rosa Borges de Holanda Luiz Claudio Orleans COMERCIAL 3.569 3.293 8,4 7.052 6.556 7,6 38.614 36.898 4,6 OUTROS 2.206 2.129 3,6 4.411 4.251 3,8 26.639 25.452 4,7 Assessoria de Comunicação e Imprensa SUL 6.431 6.071 5,9 12.653 11.982 5,6 71.474 67.818 5,4 Oldon Machado RESIDENCIAL 1.599 1.486 7,6 3.202 3.059 4,7 17.222 16.596 3,8 INDUSTRIAL 2.580 2.464 4,7 4.962 4.686 5,9 31.160 28.799 8,2 COMERCIAL 1.149 1.061 8,3 2.261 2.109 7,2 11.874 11.288 5,2 OUTROS 1.103 1.060 4,1 2.229 2.128 4,7 11.218 11.135 0,7 CENTRO-OESTE 2.175 2.041 6,6 4.347 4.111 5,8 26.445 25.130 5,2 RESIDENCIAL 689 640 7,7 1.416 1.325 6,8 8.192 7.646 7,1 Sede: SAUN—Quadra 1—Bloco B Escritório Central: Av.Rio Branco, 1 11º andar Sala 100-A CEP 20090 003—Rio de Janeiro—RJ Brasil INDUSTRIAL 540 517 4,5 1.063 1.030 3,2 6.680 6.533 2,2 CEP 70041 903 www.epe.gov.br COMERCIAL 482 441 9,4 955 877 8,9 5.549 5.231 6,1 Brasilia—DF Brasil OUTROS 463 443 4,6 914 879 4,0 6.025 5.719 5,3 Fonte: Comissão Permanente de Análise e Acompanhamento do Mercado de Energia Elétrica—Copam/EPE. Dados preliminares. Esta Resenha pode ser obtida em www.epe.gov.br/mercado