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1º Passeio-Encontro Forum BMW F800 GS – Campos Jordão - Brasil
Relato do passeio/encontro vivido por mim, Afonso Cerejo, Português a residir actualmente no
Brasil e em Joinville, Santa Catarina, piltotando uma Honda Africa Twin de 1996 com placa
Portuguesa.




                                                      A caminho do Sul da America do Sul....

Tudo começou numa visita a uma oficina local com a minha Honda Africa Twin, modelo muito raro no
Brasil, e que logo despertou a curiosidade de alguns, inclusivamente, do local Fernando membro
fundador deste Fórum que se juntou em Campos de Jordão para o seu 1º Encontro.

A primeira abordagem à minha pessoa, foi para que lhe vendesse a moto, dizia ele, “uma moto
dessas é para estar na garagem de coleção”, e eu respondi, “por isso mesmo não a vendo, faz parte
da minha história e da minha coleção”. A conversa rapidamente nos levou ao evento e dai a
estarmos juntos para sair de Joinville ás 6h da manhã da passada sexta-feira foi um ápice.

1º Dia, Deslocamento de Joinville a Poços de Caldas

Saimos de Joinville, o Fernando, o Rafael de Jaraguá e eu, seguindo até Curitiba onde iriamos
encontrar mais 5 motos de mais desconhecidos, 2 deles já tinham saido de Florianópolis no dia
anterior pernoitando em Curitiba.
A viagem seguiu a bom ritmo até Registro, primeira paragem para reabastecimento de combustivel
e de liquidos, estava muito calor e o corpo suava por todos os poros, era necessário repôr os niveis.




Desviamos para Sorocaba alguns kms adiante e fizemos uma serra bem sinuosa, mas muito fresca,
sempre dentro de uma mata muito fechada com abertas aqui e ali a proporcionarem belas
paisagens. Nova paragem na fonte conhecida como a Fonte da Cabeça de Anta.

Local muito aprazivel e fresco correndo uma água pura e limpida muito fresca que convidava a uma
paragem mais demorada, mas tinhamos de prosseguir, o objectivo do dia ainda estava longe.
Poucos kms adiante, dá-se um incidente algo desagradável e que por muita sorte não teve
consequências de maior quando o simpático casal Paulo e Esposa derrapam numa mancha de óleo na
estrada numa curva algo apertada para a Esquerda e vão ao contacto com o asfalto. Moto para um
lado e passageiros para outro, uma mão (da Esposa) esfolada, alguns arranhões na pintura, as
roupas algo maltratadas, mas a funcionarem como protecção de contacto directo com o asfalto.

Refeitos do susto e primeiros socorros prestados com o material existente, continuamos caminho
até chegarmos a Sorocaba onde almoçámos.

Paragem relativamente rápida e depois disso só parámos em mais um posto de combustivel até
chegarmos perto das 18h a Poços de Caldas.




Novo incidente, logo depois de termos passado o pórtico da cidade e a alguns poucos kms do centro
da cidade, desta vez um problema mecânico com a moto do Luis, uma XT 660, a ficar sem corrente
e a ter de ser rebocada até ao centro da cidade onde milagrosamente o Zapelini, que tinha seguido
na frente, encontrou um mecânico que conseguiu um elo de ligação para o Luiz poder circular até ao
Hotel e no dia seguinte poder encontrar uma corrente nova para trocar a torcida corrente.

Aqui, e durante a tentativa de verificar o que se passava, deu-se um acontecimento algo hilariante
para o grupo presente, provocado por mim ao ver a cordinha que o Luiz pretendia fazer-se rebocar
por algum voluntário.

De imediato apelidei a cordinha de “cadarso de bota” e não de uma cordinha como ele chamava, e
ainda por cima, curtinha....a moto iria com a roda da frente em cima da garupa da moto da frente
de certo. Então, recorri-me da minha habitual, e já com longas histórias para contar, corda de
reboque que sempre me acompanha junto com a ferramenta de socorro, e assim o Luis foi rebocado
em segurança até ao mecânico.
Com sorte, consegui fotografar uma estrela cadente, reparem na foto, só vi depois....fantástico.

Agora, era hora de achar o Hotel, jantar e ir dormir na movimentada e simpática cidade de Poços
de Caldas, o dia tinha sido longo e cansativo.

MAPA do 1º Dia de viagem




2º Dia

Saimos de Poços de Caldas ás 8.30h para nos reunirmos uns kms depois em Águas de Prata para
então, todo o grupo se fazer aos 287km que nos esperavam, sendo muitos deles em estrada de
terra.

Dado o Brefieng, apercebo-me de que muitos dos participantes para além de não terem muita
experiência de andar em grupo grande, nunca tinham sequer colocado as suas bonitas e vaidosas
motos em estrada de Terra o que me deixou apreensivo, levando-me a abordar o organizador do dia
para que tomasse cuidado com os cruzamentos e mudanças de direcção para não haver quebra na
coluna de deslocamento aconselhando-o e explicando, a usar a regra da rotatividade. Acautelei-me
e ofereci-me para ser o ultimo porque já pressentia algo. Mas, depressa constatei que os meus
avisos e conselhos não tinham sido escutados, poucos kms adiante já havia pelo menos 2 grupos, e
um deles, o meu, com os ultimos da coluna sem saber que direcção tomar. Valeu o GPS “Telefone”
que nos indicou o caminho a seguir até onde nos esperava o primeiro grupo.

O caminho em Terra, depois de termos passado a vau uma refrescante, divertida e considerável
ribeira, começou a apresentar pequenas subidas e descidas e logo aconteceram as primeiras quedas
para o lado, tipicas da falta de experiência e da falta de equilibrio de alguns participantes.




O problema era levantar as motos naquelas inclinações e continuar, mas, com a ajuda dos
voluntários presentes, tudo acabou em bem e apenas restaram pequenos arranhões nas pinturas. O
circuito estava a ser percorrido pelo famoso Caminho da Fé, semelhante ao Caminho de Santiago na
Europa e que é percorrido anualmente por muitos peregrinos até Aparecida. Caminho de terra com
paisagens verdes de encher o olho. Muito bonito percurso.




Numa das subidas, o Rafael tomba para o lado e acaba com o fecho da sua mala traseira não
conseguindo que a mesma a partir dai se fixasse por muito tempo naquele tipo de percurso, valeu
de novo a famosa corda para amarrar com segurança o Bau à mota.

Quando olhei para trás, e antes de o socorrer com a corda, ao olhar para o visual por momentos
pensei, será que vai a pé com a mala na mão até ao final do destino??
Tenho de dar um jeito, pensei eu, e a corda lá solucionou o problema vindo a mala sã e salva até sua
casa em Jaraguá do Sul.

Num outro momento e numa das subidas passou por nós um local que nos mostrou como se anda por
ali.

Qualquer semelhança com as nossas roupas, equipamentos e motos, é mera coincidência ☺. E lá ia
ele todo descontraido e sem pressas.




Na passagem pela famosa cidade do Menino da Porteira, Ouro Fino, deu-se mais um reagrupamento
dos grupos que andavam separados e dai seguimos para o almoço.

Nota curiosa, o grupo perdido, (mais uma vez) conseguiu chegar primeiro ao monumento e
supostamente pelo caminho certo...que “desorientação completa” eheheh
O almoço seriam em Borda da Mata, lugar pitoresco e tipico da região de Minas Gerais, e donde
partiriamos para nova etapa com mais um trecho de terra que nos levaria para Paraisópolis.




Mas não antes, sem sermos presenteados pela mãe Natureza com uma chuvada muito intensa, fria
com queda de granizo inclusivé, e vento muito forte antes da chegada à cidade e já quando
rolavamos no asfalto depois do trecho de Terra, que seria o ultimo do dia.

Nova paragem num posto na esperança que a chuva abrandasse ou passasse e quando ela deu uma
pequena trégua voltamos à estrada e já não paramos até chegar a Campos de Jordão para fazer
uns extenuantes e sinuosos 60km de subida de serra até à cidade, com chuva e muita rama de
árvore caida no asfalto, a pista estava muito perigosa e o grupo seguiu cautelosamente e sem
problemas.

Retemperador banho de água quente tomado e roupa trocada, o grupo reuniu-se todo num famoso
restaurante bem no centro movimentado da cidade, onde seriamos presenteados com um repasto
que a BMW Brasil gentilmente nos ofereceu como cortesia, o jantar do evento.

Aos responsáveis da Marca presente, desde já e aqui, publicamente, quero agradecer em meu nome
pessoal tal gesto de cortesia, ainda para mais com um possuidor de uma moto de outra marca.
Mas, como eu costumo dizer, o que faz o motociclista é a sua personalidade e convivência em grupo
e não a sua moto, que seja pela marca ou modelo, e ali estiveram reunidos muitos motociclistas
todos amantes do prazer proporcionado pela moto e que, ainda a juntar a isso, têm afinição pela
marca e modelo, a F800 GS da BMW. Uma bela moto, diga-se em abono da verdade.

Algumas palavras alusivas ao evento foram proferidas por parte dos responsáveis pelo evento,
videos com o tema do evento, muitas histórias e “mentiras” foram contadas pelas mesas dispostas
para o jantar. Assim decorreu parte da noite em convivio.

Após a entrega de uma lembrança de presença da BMW o grupo dividiu-se entre os que foram
dormir e os que ficaram um pouco mais a trocar ideias e a degustar a bebida mais loira do planeta.




3º Dia

Era o dia de voltar a casa, o sol estava radiante e o céu azul a incitar os que tinham de voltar a
pegar a estrada, mas, não antes sem darmos uma visita ao Morro do Elefante de onde se obtem
uma panorâmica da cidade de Campos de Jordão muito bonita. Ali nos despedimos do parceiro de
Belo Horizonte, comprámos água e seguimos viagem até passarmos São Paulo para efectuarmos a
primeira paragem e que serviu para o retemperador almoço. Ainda fomos presenteados com um
valente susto quando circulavamos ordeiramente na Dutra na entrada de São Paulo com a passagem
de 3 “foguetes” em altissima velocidade que fizeram o Rodrigo pular em cima da moto tal o susto
que pegou, uns anormais..... enfim.

Panorâmica do Morro do Elefante sobre a cidade de Campos de Jordão.
Depois de almoço, foi apenas um cumprir de kms até chegarmos a Curitiba onde eu e o Rafael
deixamos os 3 Curitibanos e excelentes companheiros de viagem, para descermos a ultima e
perigosa Serra até baixarmos de novo ao nivel do mar e regressarmos a nossas casa sãos e salvos
cheios de histórias e “mentiras” para contar.




Através deste relato, este é o meu pequeno contributo para o grandioso momento que foi o 1º
Encontro Nacional dos motociclistas amantes das BMW e em particular das F800 GS ao qual eu
muito orgulhosamente me juntei e tive o prazer de partilhar durante 3 dias tamanha festa da
familia Brasileira da “BMW F800 GS”.

Queria ainda dizer que foi muito bom, realmente muito bom e como se não bastasse diria que foi
mesmo muito BOM poder estar convosco.

Os meus sinceros agradecimentos aos organizadores, à sorte de ter conhecido o Fernando, à BMW
Brasil e a todos os participantes que, apesar de possuir uma Honda Africa Twin não me fizeram em
nenhum momento sentir de forma nenhuma “rejeitado” pelo grupo, um grupo de pessoas integras e
que dá mais importância ás pessoas que ás motos que pilotam.

Um forte abraço a todos e um até breve.

Afonso Cerejo

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Relato passeio bmw brasil campos jordão

  • 1. 1º Passeio-Encontro Forum BMW F800 GS – Campos Jordão - Brasil Relato do passeio/encontro vivido por mim, Afonso Cerejo, Português a residir actualmente no Brasil e em Joinville, Santa Catarina, piltotando uma Honda Africa Twin de 1996 com placa Portuguesa. A caminho do Sul da America do Sul.... Tudo começou numa visita a uma oficina local com a minha Honda Africa Twin, modelo muito raro no Brasil, e que logo despertou a curiosidade de alguns, inclusivamente, do local Fernando membro fundador deste Fórum que se juntou em Campos de Jordão para o seu 1º Encontro. A primeira abordagem à minha pessoa, foi para que lhe vendesse a moto, dizia ele, “uma moto dessas é para estar na garagem de coleção”, e eu respondi, “por isso mesmo não a vendo, faz parte da minha história e da minha coleção”. A conversa rapidamente nos levou ao evento e dai a estarmos juntos para sair de Joinville ás 6h da manhã da passada sexta-feira foi um ápice. 1º Dia, Deslocamento de Joinville a Poços de Caldas Saimos de Joinville, o Fernando, o Rafael de Jaraguá e eu, seguindo até Curitiba onde iriamos encontrar mais 5 motos de mais desconhecidos, 2 deles já tinham saido de Florianópolis no dia anterior pernoitando em Curitiba.
  • 2. A viagem seguiu a bom ritmo até Registro, primeira paragem para reabastecimento de combustivel e de liquidos, estava muito calor e o corpo suava por todos os poros, era necessário repôr os niveis. Desviamos para Sorocaba alguns kms adiante e fizemos uma serra bem sinuosa, mas muito fresca, sempre dentro de uma mata muito fechada com abertas aqui e ali a proporcionarem belas paisagens. Nova paragem na fonte conhecida como a Fonte da Cabeça de Anta. Local muito aprazivel e fresco correndo uma água pura e limpida muito fresca que convidava a uma paragem mais demorada, mas tinhamos de prosseguir, o objectivo do dia ainda estava longe.
  • 3. Poucos kms adiante, dá-se um incidente algo desagradável e que por muita sorte não teve consequências de maior quando o simpático casal Paulo e Esposa derrapam numa mancha de óleo na estrada numa curva algo apertada para a Esquerda e vão ao contacto com o asfalto. Moto para um lado e passageiros para outro, uma mão (da Esposa) esfolada, alguns arranhões na pintura, as roupas algo maltratadas, mas a funcionarem como protecção de contacto directo com o asfalto. Refeitos do susto e primeiros socorros prestados com o material existente, continuamos caminho até chegarmos a Sorocaba onde almoçámos. Paragem relativamente rápida e depois disso só parámos em mais um posto de combustivel até chegarmos perto das 18h a Poços de Caldas. Novo incidente, logo depois de termos passado o pórtico da cidade e a alguns poucos kms do centro da cidade, desta vez um problema mecânico com a moto do Luis, uma XT 660, a ficar sem corrente e a ter de ser rebocada até ao centro da cidade onde milagrosamente o Zapelini, que tinha seguido na frente, encontrou um mecânico que conseguiu um elo de ligação para o Luiz poder circular até ao Hotel e no dia seguinte poder encontrar uma corrente nova para trocar a torcida corrente. Aqui, e durante a tentativa de verificar o que se passava, deu-se um acontecimento algo hilariante para o grupo presente, provocado por mim ao ver a cordinha que o Luiz pretendia fazer-se rebocar por algum voluntário. De imediato apelidei a cordinha de “cadarso de bota” e não de uma cordinha como ele chamava, e ainda por cima, curtinha....a moto iria com a roda da frente em cima da garupa da moto da frente de certo. Então, recorri-me da minha habitual, e já com longas histórias para contar, corda de reboque que sempre me acompanha junto com a ferramenta de socorro, e assim o Luis foi rebocado em segurança até ao mecânico.
  • 4. Com sorte, consegui fotografar uma estrela cadente, reparem na foto, só vi depois....fantástico. Agora, era hora de achar o Hotel, jantar e ir dormir na movimentada e simpática cidade de Poços de Caldas, o dia tinha sido longo e cansativo. MAPA do 1º Dia de viagem 2º Dia Saimos de Poços de Caldas ás 8.30h para nos reunirmos uns kms depois em Águas de Prata para então, todo o grupo se fazer aos 287km que nos esperavam, sendo muitos deles em estrada de terra. Dado o Brefieng, apercebo-me de que muitos dos participantes para além de não terem muita experiência de andar em grupo grande, nunca tinham sequer colocado as suas bonitas e vaidosas motos em estrada de Terra o que me deixou apreensivo, levando-me a abordar o organizador do dia
  • 5. para que tomasse cuidado com os cruzamentos e mudanças de direcção para não haver quebra na coluna de deslocamento aconselhando-o e explicando, a usar a regra da rotatividade. Acautelei-me e ofereci-me para ser o ultimo porque já pressentia algo. Mas, depressa constatei que os meus avisos e conselhos não tinham sido escutados, poucos kms adiante já havia pelo menos 2 grupos, e um deles, o meu, com os ultimos da coluna sem saber que direcção tomar. Valeu o GPS “Telefone” que nos indicou o caminho a seguir até onde nos esperava o primeiro grupo. O caminho em Terra, depois de termos passado a vau uma refrescante, divertida e considerável ribeira, começou a apresentar pequenas subidas e descidas e logo aconteceram as primeiras quedas para o lado, tipicas da falta de experiência e da falta de equilibrio de alguns participantes. O problema era levantar as motos naquelas inclinações e continuar, mas, com a ajuda dos voluntários presentes, tudo acabou em bem e apenas restaram pequenos arranhões nas pinturas. O circuito estava a ser percorrido pelo famoso Caminho da Fé, semelhante ao Caminho de Santiago na Europa e que é percorrido anualmente por muitos peregrinos até Aparecida. Caminho de terra com paisagens verdes de encher o olho. Muito bonito percurso. Numa das subidas, o Rafael tomba para o lado e acaba com o fecho da sua mala traseira não conseguindo que a mesma a partir dai se fixasse por muito tempo naquele tipo de percurso, valeu de novo a famosa corda para amarrar com segurança o Bau à mota. Quando olhei para trás, e antes de o socorrer com a corda, ao olhar para o visual por momentos pensei, será que vai a pé com a mala na mão até ao final do destino??
  • 6. Tenho de dar um jeito, pensei eu, e a corda lá solucionou o problema vindo a mala sã e salva até sua casa em Jaraguá do Sul. Num outro momento e numa das subidas passou por nós um local que nos mostrou como se anda por ali. Qualquer semelhança com as nossas roupas, equipamentos e motos, é mera coincidência ☺. E lá ia ele todo descontraido e sem pressas. Na passagem pela famosa cidade do Menino da Porteira, Ouro Fino, deu-se mais um reagrupamento dos grupos que andavam separados e dai seguimos para o almoço. Nota curiosa, o grupo perdido, (mais uma vez) conseguiu chegar primeiro ao monumento e supostamente pelo caminho certo...que “desorientação completa” eheheh
  • 7. O almoço seriam em Borda da Mata, lugar pitoresco e tipico da região de Minas Gerais, e donde partiriamos para nova etapa com mais um trecho de terra que nos levaria para Paraisópolis. Mas não antes, sem sermos presenteados pela mãe Natureza com uma chuvada muito intensa, fria com queda de granizo inclusivé, e vento muito forte antes da chegada à cidade e já quando rolavamos no asfalto depois do trecho de Terra, que seria o ultimo do dia. Nova paragem num posto na esperança que a chuva abrandasse ou passasse e quando ela deu uma pequena trégua voltamos à estrada e já não paramos até chegar a Campos de Jordão para fazer uns extenuantes e sinuosos 60km de subida de serra até à cidade, com chuva e muita rama de árvore caida no asfalto, a pista estava muito perigosa e o grupo seguiu cautelosamente e sem problemas. Retemperador banho de água quente tomado e roupa trocada, o grupo reuniu-se todo num famoso restaurante bem no centro movimentado da cidade, onde seriamos presenteados com um repasto que a BMW Brasil gentilmente nos ofereceu como cortesia, o jantar do evento. Aos responsáveis da Marca presente, desde já e aqui, publicamente, quero agradecer em meu nome pessoal tal gesto de cortesia, ainda para mais com um possuidor de uma moto de outra marca.
  • 8. Mas, como eu costumo dizer, o que faz o motociclista é a sua personalidade e convivência em grupo e não a sua moto, que seja pela marca ou modelo, e ali estiveram reunidos muitos motociclistas todos amantes do prazer proporcionado pela moto e que, ainda a juntar a isso, têm afinição pela marca e modelo, a F800 GS da BMW. Uma bela moto, diga-se em abono da verdade. Algumas palavras alusivas ao evento foram proferidas por parte dos responsáveis pelo evento, videos com o tema do evento, muitas histórias e “mentiras” foram contadas pelas mesas dispostas para o jantar. Assim decorreu parte da noite em convivio. Após a entrega de uma lembrança de presença da BMW o grupo dividiu-se entre os que foram dormir e os que ficaram um pouco mais a trocar ideias e a degustar a bebida mais loira do planeta. 3º Dia Era o dia de voltar a casa, o sol estava radiante e o céu azul a incitar os que tinham de voltar a pegar a estrada, mas, não antes sem darmos uma visita ao Morro do Elefante de onde se obtem uma panorâmica da cidade de Campos de Jordão muito bonita. Ali nos despedimos do parceiro de Belo Horizonte, comprámos água e seguimos viagem até passarmos São Paulo para efectuarmos a primeira paragem e que serviu para o retemperador almoço. Ainda fomos presenteados com um valente susto quando circulavamos ordeiramente na Dutra na entrada de São Paulo com a passagem de 3 “foguetes” em altissima velocidade que fizeram o Rodrigo pular em cima da moto tal o susto que pegou, uns anormais..... enfim. Panorâmica do Morro do Elefante sobre a cidade de Campos de Jordão.
  • 9. Depois de almoço, foi apenas um cumprir de kms até chegarmos a Curitiba onde eu e o Rafael deixamos os 3 Curitibanos e excelentes companheiros de viagem, para descermos a ultima e perigosa Serra até baixarmos de novo ao nivel do mar e regressarmos a nossas casa sãos e salvos cheios de histórias e “mentiras” para contar. Através deste relato, este é o meu pequeno contributo para o grandioso momento que foi o 1º Encontro Nacional dos motociclistas amantes das BMW e em particular das F800 GS ao qual eu muito orgulhosamente me juntei e tive o prazer de partilhar durante 3 dias tamanha festa da familia Brasileira da “BMW F800 GS”. Queria ainda dizer que foi muito bom, realmente muito bom e como se não bastasse diria que foi mesmo muito BOM poder estar convosco. Os meus sinceros agradecimentos aos organizadores, à sorte de ter conhecido o Fernando, à BMW Brasil e a todos os participantes que, apesar de possuir uma Honda Africa Twin não me fizeram em
  • 10. nenhum momento sentir de forma nenhuma “rejeitado” pelo grupo, um grupo de pessoas integras e que dá mais importância ás pessoas que ás motos que pilotam. Um forte abraço a todos e um até breve. Afonso Cerejo