3. Provos
• A revolta Provo, segundo Guarnaccia,
foi o primeiro episódio em que jovens
tentaram influenciar a política.
• Suas ações ocorreram em Amsterdam
entre junho de 1965 e maio de 1967.
• “Sem os Provos, Amsterdam não teria
sido o que se tornou: a lendária Meca
da contracultura”.
4. Provos
• Provo não foi um partido político nem
um movimento estudantil.
• Contava com um pouco mais de vinte
“agitados/agitadores”.
• Em junho de 1965 lançam seu
Manifesto – publicado no primeiro
número do jornal Provo.
5. Provos
• “PROVO incita a resistência onde
quer que seja possível.
• PROVO tem consciência de que no
final perderá, mas não pode deixar
escapar a ocasião de cumprir ao
menos uma qüinquagésima e sincera
tentativa de provocar a sociedade.
• PROVO É UMA IMAGEM”.
6. Happenings
• O termo foi utilizado pela primeira vez no
final dos anos 50 pelo americano Allan
Kaprow (1927) para designar uma forma de
arte sem texto nem representação.
• Os eventos possuem estrutura flexível,
sem começo, meio e fim.
• As improvisações ocorrem em lugares
variados: ruas, lojas, antigos lofts etc.
7. Happenings
• Os happenings são eventos em tempo real.
• Não há enredo, apenas palavras sem
sentido literal, assim como não há
separação entre a audiência e o espetáculo.
• Os 'atores' não são profissionais, mas
pessoas comuns.
• Os happenings são espontâneos, logo não
podem ser reproduzidos.
8. Happenings - Provos
• Willem De Ridder recobre com folhas
de papel amassadas seu quarto, carros
e calçadas – Paper Konstellation (PK).
• Fred Wessel, em pleno inverno, abre
todas as janelas e torneiras da sua
casa. Cria assim uma camada de gelo e
uma pista de patinação.
• Bart Huges, estudante de medicina,
cria a teoria Homo Sapiens
Correctus.
9. • O happening de
Bart Huges: a
trepanação da
caixa craniana, com
uma broca de
dentista.
• Huges retira as
ataduras (ao som
do rufar dos
tambores) e revela
seu terceiro olho.
10. • O happening de Robert
Jasper Grootveld.
• Grootveld decide criar
uma campanha contra o
fumo.
• Escreve com tinta
preta a letra K (Kanker
- câncer) em todo
cartaz publicitário de
cigarros.
• Ao lado o artista na K-
igreja (um templo
antifumo).
11. Provos
• Os membros se reúnem aos sábados a noite
na praça Spui ao redor da escultura
“Lieverdje” (moleque de rua). Essa
escultura é um presente da Hunter
Tobacco Company para a cidade.
• “De junho de 1964 ao inverno de 1966,
todo sábado à noite o Lieverdje torna-se o
fulcro energético de Amsterdam, um imã
místico do qual ninguém consegue escapar”.
12. • Plano das Bicicletas Brancas:
• Provo lança a Bicicleta Branca
de propriedade comum.
• “Propomos que a prefeitura
adquira 20 mil bicicletas
brancas ao ano, como
integração do transporte
público”.
• “Não ao trânsito motorizado.
Sim às bicicletas brancas”.
• Ao lado a capa da revista
Provo número 6, destacando o
efeito nocivo da fumaça dos
automóveis.
15. • Surgem outros planos:
• Chaminés Brancas
(elaborado por
Schimmelpenninck):
• Contra a poluição
atmosférica; construção
obrigatória de
incineradores; multas para
quem polui.
• “O despejo de substâncias
estranhas na atmosfera
pode se dar apenas mediante
tubulações específicas,
especialmente construídas e
registradas”.
16. Outras idéias
• Moradias Brancas (elaborado por Hans
Niemeyer):
• A carência de habitações será limitada
mediante a publicação semanal de uma lista de
edifícios vazios.
• “Pôr um fim à especulação imobiliária por parte
do Estado, das prefeituras, dos industriais,
investidores e privados”.
• Escolas Brancas:
• A possibilidade de estudos e debates
democráticos organizados.
17. Outras idéias
• Em 2 de novembro de 1966, Van Duijin, publica Isto
É em Memória da Civilização Ocidental:
• “Recapitulando, acredito que nossas provocações no
imediato futuro têm de focalizar dois objetivos:
• 1 - A criação do consumidor consciente.
• 2 - A resistência contra a catástrofe
planejada mediante ações contra carros,
contra o aumento da população e contra a
poluição.
• Esta deve ser a base do Provomundo!”
18.
19. No Brasil
• Flávio Resende de
Carvalho: pintor,
desenhista, arquiteto,
cenógrafo, decorador,
escritor, teatrólogo e
engenheiro.
Flávio de Carvalho no lançamento
de seu Traje de Verão, em 1956.
Fonte MATTAR, D. Flávio de
Carvalho, 100 anos de um
revolucionário romântico.
21. Referências
Guarnaccia, M. Provos. Amsterdam e o
nascimento da contracultura. Editora
Conrad. 2001.
Enciclopédia Itaú Cultural e Artes
Visuais – www.itaucultural.org.br
Museu de Arte Contenporânea da USP -
www.mac.usp.br