Morsas
Conceito
São acessórios, geralmente de ferro fundido, compostos de duas mandíbulas, uma fixa e outra móvel, que se desloca em uma guia, por meio de um parafuso e uma porca, acionados por um manípulo. Os mordentes são de aço carbono, estriados, temperados e fixados nas mandíbulas.
Existem vários tipos de morsas:
Emprego
São utilizadas para fixação de peças nas operações em bancadas, furadeiras, plainas, fresadoras e outras máquinas-ferramentas.
Características
As morsas de máquinas-ferramentas caracterizam-se pelas suas formas e aplicações.
As de base fixa e giratória são encontradas, no comércio, pela sua capacidade de abertura, largura do mordente e altura.
As inclináveis se caracterizam pela largura dos mordentes, capacidade máxima, inclinação em graus, bases graduadas em graus e altura da morsa.
Conservação
Mantenha os parafusos de fixação dos mordentes bem apertados;
Ajuste as réguas da mandíbula móvel nas guias;
Limpe, lubrifique e guarde a morsa em lugar adequado
Condições de uso
A morsa deve estar bem presa na bancada e na altura conveniente.
Mordentes de Proteção
São feitos de material mais macio que o da peça a fixar (chumbo, alumínio, cobre, latão ou madeira).
LIMAS
Conceito
É uma ferramenta de aço carbono temperado e cujas faces apresentam dentes cortantes chamados de picado.
Emprego
Usa-se a lima para reparação de máquinas, ajustes diversos e trabalhos de usinagem na ferramentaria para a confecção de gabaritos, lâminas, matrizes, guias, chavetas.
Na operação de um corte qualquer sempre surge o aparecimento de rebarbas que precisam ser retiradas. A limagem é a operação que retira essa camada extra e indesejável de material.
Classificação
A lima pode ser classificada por meio de várias características. Essas informações estão resumidas no quadro a seguir:
CLASSIFICAÇÃO TIPO APLICAÇÕES
Quanto ao formato
Lima chata Superfícies planas
Superfícies planas internas
Em ângulo reto ou obtuso
Lima quadrada Superfícies planas em ângulo reto, rasgos internos e externos.
Lima redonda Superfícies côncavas e pequenos raios
Lima meia-cana Superfícies côncavas e planas
Lima triangular Superfícies em ângulo agudo maior que 60º
Lima faca Superfícies em ângulo agudo menor que 60º
Quanto à inclinação do picado Simples
Materiais metálicos não-ferrosos (alumínio, chumbo)
Duplo (cruzado)
Materiais metálicos ferrosos (aços, ferro fundido)
Quanto à quantidade ou espaçamento dos dentes Bastarda (6 a 8 dentes p/ cm) longitudinal
Desbaste (mais que 0,2 mm)
murça (12 a 16 dentes p/ cm) longitudinal
Acabamento (menos que 0,2 mm)
Quanto ao comprimento Entre 4 e 12 polegadas (100 a 300 mm) Variável, dependendo do tamanho da superfície a ser limada
Condições de Uso
Para serem usadas com segurança e bom rendimento,as limas devem estar:
Bem encabadas;
Limpas;
Com o picado em bom estado de corte.
Limpeza
Para a limpeza das limas usa-se: uma escova de fios metálicos; uma vareta de metal macio (cobre, latão
2. Objetivo:
Conhecer os processos de fabricação mecânica,
máquinas e ferramentas, calcular parâmetros de
corte, de acordo com normas técnicas, de saúde,
segurança e ambientais vigentes.
3. Conteúdo:
• Classificação e propriedades dos materiais metálicos e não
metálicos;
• Processos de obtenção do aço e ferro fundido;
• Tratamentos térmicos;
• Processos de corte;
• Introdução ao cálculo técnico;
• Ajustagem;
• Práticas de Ajustagem.
Carga Horária: 80 aulas
4. Cada material é estudado...
... para ser corretamente aplicado.
6. Noções gerais de materiais
A matéria é constituída de pequenas partes,
chamadas átomos.
Camadas
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 2
7. Nem todo átomo possui a mesma quantidade de
camadas.
Átomo de cobre
Átomo de sódio
Átomo de alumínio
Átomo de oxigênio Átomo de fluor
Átomo de neon
Noções gerais de materiais
9. Na natureza, as substâncias buscam um estado
energético mais estável, ou seja, de menor energia.
Durante as interações químicas ocorrem a
formação de íons.
Noções gerais de materiais (ligações químicas)
10. Para se tornarem estáveis, os átomos desejam manter oito
elétrons na última camada.
Assim, irão processar as ligações químicas, sendo as mais
importantes:
• Ligações iônicas;
• Ligações covalentes;
• Ligações metálicas.
Noções gerais de materiais (ligações químicas)
11. Íon é um elemento químico, eletricamente
carregado, que perdeu ou ganhou elétrons.
Cloreto de sódio (sal de cozinha)
Noções gerais de materiais (Ligação Íonica)
12. Cátion é um íon que perde elétrons, portanto, tem carga
positiva.
O sódio (Na) perde um elétron na ligação acima, portanto
ele é um cátion.
Noções gerais de materiais (Cátion)
13. Ânion é um íon que recebe elétrons, portanto, tem carga
negativa.
O cloro (Cl) ganha um elétron na ligação acima, portanto
ele é um ânion.
Noções gerais de materiais (Ânion)
14. A ligação covalente comum baseia-se no
compartilhamento de um ou mais pares de elétrons.
Cl
Cl O cloro possui 7
elétrons na camada
de valência
Noções gerais de materiais (Ligações Covalentes)
17. Os metais possuem no máximo 4 elétrons na
última camada. Estes elétrons podem ser
facilmente arrancados dos átomos.
Átomo de cobre
Átomo de sódio
Átomo de alumínio
Noções gerais de materiais (Ligações Metálicas)
18. São os elétrons que mantém os átomos de metais unidos,
mas eles conseguem se mover por toda a estrutura do
metal, formando uma nuvem eletrônica.
Noções gerais de materiais (Ligações metálicas)
19. A nuvem de elétrons é a responsável por manter
cada cátion na sua posição.
Noções gerais de materiais (Ligações metálicas)
20. Graças a esta maneira com a qual os átomos
dos metais se combinam, eles conseguem
manter uma com forma bem definida.
Noções gerais de materiais (Ligações metálicas)
21. Os átomos se organizam de maneira diferente de
acordo com o material.
Noções gerais de materiais
22. São três as estruturas cristalinas mais comuns em
metais:
Noções gerais de materiais
Cúbica de Corpo Centrado
Ex.: Ferro(Fe), Cromo(Cr), Tungstênio(W),
Molibdênio(Mo)
23. São três as estruturas cristalinas mais comuns em
metais:
Noções gerais de materiais
Cúbica de Faces Centradas
Ex.: Alumínio(Al), Níque(Ni), Cobre(Cu),
Prata(Ag), Ouro(Au), Platina, Chumbo(Pb).
24. São três as estruturas cristalinas mais comuns em
metais:
Noções gerais de materiais
Hexagonal Compacta
Ex.: Berílio(Be) , Zinco(Zi) e Cádmio(Cd).
25. As estruturas podem apresentar defeitos que podem
fragilizar os materiais e alterar suas propriedades.
Noções gerais de materiais
(defeitos na estrutura cristalina)
26. Metálicos Não Metálicos
De maneira geral os materiais são divididos da
seguinte maneira:
Aço
Ferro Fundido
Alumínio
Cobre
Zinco
Magnésio
Chumbo
Estanho
Titânio
Madeira
Asbesto
Couro
Borracha
Vidro
Cerâmica
Plástico
Ferrosos Não ferrosos Naturais Sintéticos
Noções gerais de materiais
(classificação dos materiais)
27. Os metais são substâncias cristalinas com propriedades físicas
e químicas que tornam interessante seu uso na indústria.
Noções gerais de materiais
(Materiais metálicos)
28. Metais básicos
São aqueles que têm maior aplicação na industria. Estes
são os principais componentes das ligas metálicas.
Alumínio (Bauxita)
Minério de Ferro
Cobre
Noções gerais de materiais
(Classificação dos metais)
29. Metais auxiliares
Melhoram as propriedades dos metais básicos.
Antimônio Cromo Manganês
Mercúrio
Níquel
Noções gerais de materiais
(Classificação dos metais)
30. Metais Nobres
São metais quimicamente puros e de custo elevado.
Ouro
Platina
Prata
Irídio
Noções gerais de materiais
(Classificação dos metais)
31. Ligas metálicas
É a associação de vários metais para que suas
propriedades físicas e/ou químicas sejam melhoradas.
Liga Ferrosa de: Ferro (Fe),
alumínio (Al), zinco (Zn), estanho
(Sn), chumbo (Pb), cobre (**),
prata (Ag) e ouro (Au).
Liga não-ferrosa Bronze
(cobre e estanho)
Liga não-ferrosa Latão
(cobre e zinco)
Noções gerais de materiais
(Classificação dos metais)
32. Irídio, o material mais denso do mundo
=22650kg/m³
AeroGel, o sólido menos denso que existe
=3kg/m³
Densidade
É a medida do grau de compactação da matéria.
Propriedades dos Materiais
O alumínio apresenta
densidade de cerca de
1/3 do cobre e do aço,
2,7g/cm3.
33. Ponto de fusão
É a temperatura que determinado material passa do estado
sólido para o estado líquido.
Propriedades dos Materiais
35. Dilatação Térmica
Com o aumento da temperatura
as moléculas se movimentam
com mais rapidez, aumento o
volume do material.
Propriedades dos Materiais
36. Propriedades Mecânicas
As propriedades mecânicas de um determinado material
indicam o quanto resiste a forças externas que atuam sobre ele.
Propriedades dos Materiais
37. Resistência à tração
É a capacidade que um material tem de suportar à forças
de direções contrárias.
Propriedades dos Materiais
39. Fragilidade
Os materiais muito duros tendem a se quebrar com
facilidade, dizemos que eles são frágeis.
Propriedades dos Materiais
40. Resistência à compressão
Os materiais que apresentam esta propriedade devem
suportar cargas que tendem a se encontrar.
Propriedades dos Materiais
41. Resistência ao cisalhamento
Cisalhamento é a força cortante que muitos materiais devem
suportar quando estão desempenhando suas funções.
Propriedades dos Materiais
42. Resistência à torção
É a resistência que um material apresenta em relação a um
movimento de giro em torno de si mesmo.
Propriedades dos Materiais
43. Plasticidade
É a capacidade que um material de se deformar sem se
quebrar, e permanecer deformado.
Propriedades dos Materiais
44. Elasticidade
É a propriedade que um material tem de voltar ao seu
formato inicial após cessada uma força externa.
Propriedades dos Materiais
45. Tenacidade
A tenacidade é a capacidade que alguns materiais possuem
de resistência a esforços externos.
Propriedades dos Materiais
46. Dureza
A dureza de um material é definida como a resistência que
ele oferece à deformação plástica em sua superfície e se
faz necessária quando a peça está sujeita a desgaste.
Propriedades dos Materiais
47. Existem várias escalas de dureza, dentre elas a Brinell.
Propriedades dos Materiais
A dureza Brinell é determinada pela divisão da força
aplicada pela área da calota esférica impressa.
48. Na escala Rockwell a dureza é obtida com a medição de
quanto o penetrador foi inserido no material, mediante
aplicação de uma força normatizada.
Propriedades dos Materiais
49. Propriedades elétricas
Estas propriedades estão diretamente associadas à distribuição
dos elétrons da última camada dos átomos constituintes.
Propriedades dos Materiais
Átomo de cobre
51. Resistividade Elétrica
É a capacidade de resistir à circulção da corrente elétrica.
Propriedades dos Materiais
52.
53. O aço é uma liga metálica composta principalmente por
ferro e carbono, este último em uma porcentagem que
varia entre 0,008% e 2,11% da mistura.
54. O aço, assim como os demais metais são encontrados na
natureza misturados com impurezas.
55. Quando o mineral contém uma quantidade de metal que
compensa sua exploração recebe o nome de minério.
O local onde eles aparecem em maiores quantidades
recebe o nome de jazida..
56. Os principais minérios explorados para a fabricação do aço
estão sendo mostrados na tabela abaixo:
TIPO DESIGNAÇÃO
MINERALÓGICA
DESIGNAÇÃO
QUÍMICA
FÓRMULA TEOR
METÁLICO
Carbonato Siderita Carbonato férrico FeCO3 25 a 45%
Óxidos
Magnetita Óxido ferroso
férrico
Fe3O4 45 a 70%
Limonita Óxido férrico Fe2O3
3H2O
40 a 60%
Hematita Óxido férrico Fe2O3 45 a 70%
57. O Brasil tem cerca de 23% das reservas de minério de ferro
no mundo.
58. Minas Gerais possui 70% das reservas de minério de ferro do
Brasil, prevalecendo a hematita que possui alto teor de ferro.
62. Antes da fusão para obtenção do “ferro gusa” o minério é
britado e separado de algumas inpurezas.
63. Sinter e pelota;
Coque ou carvão vegetal (combustível);
Fundentes (calcário e quartzo).
Carvão
Calcário
Quartzo
64. A matéria prima requer de 6 a
8 horas para alcançar o
fundo do forno (cadinho)
na forma do produto final
de metal fundido (gusa) e
escória líquida. Estes
produtos líquidos são
vazados em intervalos
regulares de tempo.
65. Contém elevado teor de carbono (4,5%).
Contém “impurezas” (como fósforo e enxofre).
É duro e quebradiço (não pode ser conformado).
É a matéria-prima para obtenção de ferro fundido e
aço.
66. Para se obter o aço à partir do ferro gusa é necessário:
1. Tirar o carbono do gusa;
2. Tirar as “impurezas” do gusa (enxofre e fóforo);
3. Aumentar a temperatura do metal líquido
C
P
S
67. O ferro gusa é transformado em aço através de novas fusões,
em fornos redutores, com as seguinte etapas em comum:
• Fusão da matéria-prima;
• Oxidação da fusão e redução do carbono;
• Formação de escórias onde se acumulam as impurezas;
• Adição de elementos especiais como ligas, corretivos e
desoxidantes;
• Saída da fusão.
68.
69. É uma liga composta principalmente por ferro e carbono.
Observe a sua nomenclatura:
Aço ABNT 1010
0,10% de carbono
0% de elementos de liga
Classe de aço ao carbono
70. DIN (Deutsches Institut für Normung) é um conjunto de
normas alemãs que traz outra maneira de especificar:
Para o aço ao carbono, utiliza-se o símbolo St (de stahl,
que significa aço em alemão), seguido da resistência
mínima à tração.
Ex: St 42 (resistência à tração = 42 kgf/mm²).
71. Existe uma classificação dos aços em função da sua
resistência à ruptura:
Exemplo: Aço 60 Kgf/mm²
72. Aço 1006 a 1010 - (Extra-macio)
Resistência à ruptura - 35 a 45 Kgf/mm2;
Teor de carbono - 0,05% a 0,15%;
Não adquire têmpera;
Grande maleabilidade, fácil de soldar-se;
Usos: chapas, fios, parafusos, tubos estirados, produtos
de caldeiraria, etc.
73. Aço 1020 a 1030 - (Macio)
Resistência à ruptura - 45 a 55 Kgf/mm²;
Teor de carbono - 0,15% a 0,30%;
Não adquire têmpera;
Maleável e soldável;
Usos: barras laminadas e perfiladas, peças comuns de
mecânica,etc.
74. Aço 1030 a 1040 - ( Meio macio)
Resistência à ruptura - 55 a 65 Kgf/mm²;
Teor de carbono - 0,30% a 0,40%;
Apresenta início de têmpera;
Difícil para soldar;
Usos: peças especiais de máquinas e motores,
ferramentas para a agricultura, etc.
75. Aço 1040 a 1060 - ( Meio duro)
Resistência à ruptura - 65 a 75 Kgf/mm²;
Teor de carbono - 0,40% a 0,60%;
Adquire boa têmpera;
Muito difícil para soldar-se;
Usos: peças de grande dureza, ferramentas de corte,
molas, trilhos, etc.
76. Aço acima de 1060 - (Duro a extra-duro)
Resistência à ruptura - 75 a 100 Kgf/mm²;
Teor de carbono - 0,60% a 1,50%;
Tempera-se facilmente;
Não solda;
Usos: peças de grande dureza e resistência, molas,
cabos, cutelaria, etc
77. Para que algumas características como resistência a
corrosão ou a tração, por exemplo, sejam melhoradas, são
combinados vários elementos formando uma liga metálica.
78. 1 a 10% de Níquel
Resistem bem à ruptura e ao choque, quando temperados e
revenidos.
Usos - peças de automóveis, máquinas, ferramentas, etc.
10 a 20% de Níquel
Resistem bem à tração, muito duros - temperáveis em jato de ar.
20 a 50% de Níquel
Resistentes aos choques, boa resistência elétrica, etc.
Usos - válvulas de motores térmicos, resistências elétricas,
cutelaria, instrumentos de medida, etc.
79. até 6% Cromo
Resistem bem à ruptura, são duros, não resistem aos choques.
Usos - esferas e rolos de rolamentos, ferramentas, projéteis,
blindagens, etc.
11 a 17% de Cromo
Inoxidáveis.
Usos - aparelhos e instrumentos de medida, cutelaria, etc.
20 a 30% de Cromo
Resistem à oxidação, mesmo a altas temperaturas..
Usos - válvulas de motores a explosão, fieiras, matrizes, etc.
80. 8 a 25% Cromo, 18 a 15% de Níquel
Inoxidáveis, resistentes à ação do calor, resistentes à corrosão de
elementos químicos.
Usos - portas de fornos, retortas, tubulações de águas salinas e
gases, eixos de bombas, válvulas e turbinas, etc.
81. 7 a 20% de Manganês
Extrema dureza, grande resistência aos choques e ao desgaste.
Usos - mandíbulas de britadores, eixos de carros e vagões,
agulhas, cruzamentos e curvas de trilhos, peças de dragas, etc.
Detalhe da Mandíbula do Britador
82. 1 a 3% de Silício
Resistências à ruptura, elevado limite de elasticidade e propriedades
de anular o magnetísmo.
Usos - molas, chapas de induzidos de máquinas elétricas, núcleos de
bobinas elétricas, etc.
83. 1% silício, 1% de Manganês
Grande resistências à ruptura e elevado limite de elasticidade.
Usos - molas diversas, molas de automóveis, de carros e vagões, etc.
84. 1 a 9% de tungstênio
Dureza, resistência à ruptura, resistência ao calor da abrasão (fricção)
e propriedades magnéticas.
Usos - ferramentas de corte para altas velocidades, matrizes,
fabricação de ímãs.
85. Propriedades magnéticas, dureza, resistência à ruptura e alta
resistência à abrasão, (fricção).
Usos - ímãs, chapas de induzidos, etc.
86. 8 a 20% de tungstênio, 1 a 5% de vanádio, até 8% de molibdênio, 3 a
4% de cromo
Excepcional dureza, resistência de corte, mesmo com a ferramenta
aquecida ao rubro pela alta velocidade.
A ferramenta de aço rápido que inclui cobalto, consegue usinar até o
aço-manganês de grande dureza.
Usos - ferramentas de corte de todos os tipos para altas velocidades,
cilindros de laminadores, matrizes, fieiras, punções, etc.
Fieira
87. 0,85 a 1,20% de alumínio, 0,9 a 1,80% de cromo
Possibilita grande dureza superficial por tratamento de nitretação -
(termo-químico).
Usos - camisas de cilindro removíveis de motores a explosão e de
combustão interna, virabrequins, eixos, calibres de medidas de
dimensões fixas, etc.
88. Aços inoxidáveis são aqueles que proporcionam uma
certa resistência ao ataque de agentes agressivos.
89. O elemento que proporciona esta resistência a estes aços é o
cromo, que deve estar em uma concentração mínima de 12%.
90. Em contato com o oxigênio o cromo permite a formação de uma
película finíssima de óxido de cromo (Cr²O³) sobre a superfície do
aço, que é impermeável e insolúvel em meios corrosivos usuais.
91. Contém teor de carbono entre 2% a 4,5%;
Ponto de fusão mais baixo que o aço;
Mais fácil de ser usinado e moldado;
É um metal de segunda fusão.
93. Ferro fundido nodular
O carbono está concentrado sob a forma de glóbulos
(bolinhas). Ele é um pouco mais resistente à tração, flexão e
alongamento. Resiste bem a agentes químicos e calor.
94. Ferro fundido branco ou duro
O carbono está bem combinado com o ferro, não há
formação de bolinhas ou veios de grafite. Este ferro fundio é
duro e bem resistente ao atrito.
95. Ferro fundido maleável
Além de resistente ao desgaste este ferro fundido, devido a
um tratamento térmico, se torna um pouco mais ductil e fácil
de usinar.
Sapatas de freio
Cubos de roda
Bielas
96. São metais ou ligas metálicas que não contém ferro ou
contém ferro em pequenas quantidades.
Os mais usados
são o alumínio e
cobre, e
respectivas ligas.
97. O alumínio é o metal não ferroso mais utilizado no mundo
por causa das seguintes características:
• Baixo peso específico;
• Resistência à corrosão;
• Alta condutividade térmica e elétrica;
• Possibilidade de reciclagem.
98. O alumínio necessita de muita energia para ser
produzido, mas a reciclagem é fácil e barata.
100. 10
0
• Humphrey Davy (1808-1812) – liga ferro-alumínio
• Hans Christian (1825) – Pequena quantidade de Al
• Em 1869 o Al foi produzido em maior quantidade (2 ton)
fazendo seu custo cair de U$ 545,00 para U$ 17,00
• Em 1880 ainda era um metal semi-precioso
• Charles Hall produziu alumínio a partir de um processo
eletrolítico
101. 10
1
O minério industrial mais importante é a “bauxita”,
com um teor de óxido de alumínio entre 35% a 45%.
102. 10
2
A obtenção do alumínio a partir da bauxita efetua-se
em três etapas: Mineração, Refinaria e Redução.
103. • Fase química: extração do óxido (Al2O3) do
minério (bauxita).
• Fase eletrolítica: eletrólise da alumina
dissolvida em um sal fundido.
Podemos dividir a obtenção do alumínio em duas
fases:
104. O processo químico denominado Bayer é o mais utilizado na indústria
do alumínio. Neste processo, a alumina é dissolvida em soda cáustica e
depois filtrada para a cristalização da alumina.
105. O processo químico denominado Bayer é o mais utilizado na indústria
do alumínio. Neste processo, a alumina é dissolvida em soda cáustica e
depois filtrada para a cristalização da alumina.
106. A alumina pura enviado à redução para obtenção de alumínio,
através de eletrólise, processo conhecido como Hall-Héroult.
107.
108. As ligas de alumínio são especificadas de acordo com a
tabela abaixo:
109. XXXX
1ºX: elemento de liga
2ºX: zero se é liga normal (controle de impurezas)
1, 2 e 3 indica uma variante específica da liga
normal (como teor mínimo e máximo de um
determinado elemento)
3ºX e 4ºX: são usados para diferenciar as várias ligas
do grupo (são arbitrários)
Onde:
Para alumínio puro indicam o
teor de alumínio acima de 99%.
110. Liga 1035
1 – alumínio comercialmente puro
0 – sem controle de impurezas
35 – 99,35% de alumínio
Exemplo:
111. Liga 5470
5 – Liga Al-Mg
4 – com controle especial de impurezas
70 – é a liga número 70 da série
Exemplo:
112. O cobre foi o primeiro metal usado pelo homem,
usado inicialmente como substituto da pedra.
113. Este metal apresenta as seguintes características:
• não magnético
• temperatura de fusão = 1083 ºC
• elevada resistência a corrosão e oxidação
• excelente condutividade térmica e elétrica
• excelente soldabilidade
• elevada dutilidade
• ampla aplicação das ligas de Cu (bronze, latão)
• produzido a partir do minério e de sucata
• % de Cobre na crosta terrestre = 0,007%
114. As reservas de cobre em todo mundo somam
aproximadamente 400 milhões de ton.
115. O Brasil não possui lugar de destaque na
produção de cobre no mundo:
116. Os principais minérios dos quais o cobre é produzido são
“calcopirita” que é uma mistura de cobre, ferro e enxofre
e a “calcosita”, composta de cobre e enxofre.
117. Assim como nos outros processos estudados o cobre após ser
extraído é britado moído e colocado no moinho de bolas.
118. As impurezas são separadas do cobre através de flotação,
que consiste na introdução de bolhas de ar no material.
Com este processo obtém-se um produto intermediário
chamado mate, que tem 60% de cobre.
119. O mate líquido passa por um conversor e, através de um
processo de oxidação (insufla oxigênio para a purificação
do metal), é transformado em blister, com 98,5% de cobre.
120. O cobre Blister ainda será beneficiado em um processo de
eletrólise parecido com o do alumínio para chegar a uma
pureza de até 99,99%.
121. Normalmente ao final deste processo o cobre está sob a
forma de placas e vergalhões, ele ainda será transformado
principalmente em fio para transmissão de energia elétrica.
122.
123. O cobre pode ser usado na forma pura, mas também pode ser
combinado com outros materiais formando diversas ligas.
124. Latão (cobre e zinco):
nesta liga o conteúdo de zinco varia de 5% a 45%. Esta liga é
utilizada em moedas, medalhas, bijuterias, radiadores de
automóvel, ferragens, cartuchos, diversos componentes
estampados e conformados etc.
125. Cuproníquel (cobre e níquel):
O conteúdo de níquel pode variar de 10% a 30%. É utilizada
em cultivos marinhos, moedas, bijuterias, armações de
lentes etc.
126. Alpacas (cobre, zinco e níquel):
contém entre 45% a 70% de cobre, e de 10% a 18% de níquel,
sendo o restante constituído por zinco.
127. Cobre e ouro:
mistura de 75% de ouro e 25% de cobre (a quantidade de ouro na
liga é indicada em quilates, o ouro puro é o ouro 24 quilates.
128. É uma liga de cobre na qual o principal elemento de liga não é
zinco ou níquel.
129. Os bronzes cobre-estanho, são as ligas metálicas utilizadas há
mais tempo pela humanidade, pois a chamada Idade do
Bronze antecede a Idade do Ferro.
130. O teor de estanho pode chegar a 10%. A adição de fósforo
melhora características como resistência ao atrito,
originando uma liga chamada de bronze fosforoso.
131. Bronze C 505 (98 % de cobre e 2 % de estanho):
• condutividade elétrica relativamente alta
• resistência mecânica ligeiramente superior à do cobre
• porém mantém uma boa trabalhabilidade a frio
• boa resistência à corrosão
132. Bronze C 511 (96 % de cobre e 4 % de estanho):
• boa trabalhabilidade a frio
• boa resistência mecânica
• boa dureza
• boa resistência á corrosão
• diversas aplicações como elementos de decoração e
finalidades elétricas
133. Bronze C 510 (95 % de cobre e 5 % de estanho):
Possui microestrutura e propriedades bem semelhantes às
das duas ligas anteriores, apresentando, porém, uma
resistência mecânica ligeiramente superior à do bronze C
511. É produzido sob a forma de barras, chapas e fios.
134. Bronze C 519 (94 % de cobre e 6 % de estanho):
Possui maior resistência à fadiga e ao desgaste do que os
bronzes mencionados anteriormente e propriedades
mecânicas, trabalhabilidade e resistência à corrosão muito
elevadas.
135. Bronze C 521 (92 % de cobre e 8 % de estanho):
como possui elevados teores de estanho e de fósforo,
apresenta elevadas resistência á fadiga e ao desgaste e
propriedades antifricção, além de boa resistência á corrosão.
136. O sistema utiliza a letra “C” para designar que se trata de
uma liga de cobre e um código com três números:
137. A forma mais precisa de identificar os materiais é
através de um exame laboratorial.
138. Diferenciação entre aço
A porcentagem aproximada de carbono de um aço pode ser
reconhecida na prática pelas fagulhas que desprendem
ao ser esmerilhado.
139. Diferenciação entre aço
Outra característica que pode ajudar a diferenciar o teor de
carbono de uma liga é o ruído quando recebe uma
pequena pancada.
140. Diferenciação entre aço
O fabricantes costumam usar um padrão próprio para
identificar diferentes tipos de aço ao carbono.
141. Diferenciação entre aços e ferros fundidos
Porém, a maneira mais fácil de diferenciar uma aço de uma
ferro fundido é observando uma região quebrada, se possível.
142. Diferenciação aço inoxidável de metais cromados
Os metais cromados apresentam uma cobertura que costuma
se soltar, sobretudo quando recebe alguma pancada,
evidenciando ser um metal que recebeu tal banho.
143. Diferenciação do alumínio para o aço ao carbono e aço
inoxidável
O alumínio é mais leve do que o aço inoxidável, além disso ele
não é magnético.
144. Diferenciação do alumínio e antimônio
O Zamak (liga que substituiu o antimônio) é mais pesado que
o alumínio e a fratura do Zamak tem aparência porosa.
145. Diferenciação cobre, latão e bronze
O latão, apesar de ter zinco em pequena quantidade, tem sua
coloração influenciada por esse elemento sendo mais
amarelada.
147. Antes de poder ser utilizado pela indústria, o aço passa por
várias etapas de preparação antes de poder ser empregado
em um carro, por exemplo.
Processos de Fabricação
148. Processos de fabricação
Na mecânica, a matéria-prima é transformada
várias vezes...
...antes de se conseguir o produto final.
160. Tratamentos térmicos
Há muitos séculos atrás o homem descobriu que aquecendo
e resfriando um metal ele poderia mudar suas
propriedades mecânicas.
161. Tratamentos térmicos
Logo ele descobriu que a rapidez de resfriamento e a
quantidade de carbono eram muito importantes na
realização de um tratamento térmico.
As três fases de um tratamento térmico são:
Aquecimento;
Manutenção da têmpera;
Resfriamento.
162. Tipos de tratamentos térmicos
Têmpera
Aumenta a dureza de aço com teor de carbono igual ou
superior a 0,40%.
163. Efeitos da têmpera
Como efeitos da têmpera temos:
Aumento da dureza;
Aumento da fragilidade.
164. Fases da têmpera
1º fase: Aquecimento
A peça é aquecida em forno ou forja até 800ºC (para aços
ao carbono).
165. Fases da têmpera
2º fase: Manutenção da têmpera
Serve para uniformizar o aquecimento.
166. Fases da têmpera
3º fase: Resfriamento
A peça é resfriada em água, óleo ou jato de ar.
174. Fases do revenimento
3º fase: Resfriamento
Pode ser lento ou rápido (mergulhando a peça em água ou
óleo).
175. Tipos de tratamentos térmicos
Recozimento
Tem por finalidade diminuir a dureza ou normalizar materiais
com tensões internas.
Estrutura de um
metal trefilado
Estrutura de um
metal recozido
178. Fases do recozimento
3º fase: Resfriamento
Deve ser feito lentamente. Pode ser realizado ao ar livre,
colocando a peça na cal, em cinzas, na areia ou no
próprio forno.
179. Efeitos do recozimento
Como efeitos do recozimento temos:
Eliminação a dureza;
O aço torna-se mais homogêneo e melhora sua
ductilidade tornando facilmente usinável.
180. Tipos de tratamentos térmicos
Cementação
Promove dureza apenas na camada mais externa das
peças.
181. Cementação
A cementação é realizada em peças com baixo
teor de carbono.
A peça a ser cementada é aquecida junto com
um material rico em carbono.
182. Fases da cementação
1º fase: Aquecimento
As peças são colocadas em contato com o carburante e
aquecidas até a temperatura recomendada.
183. Fases da cementação
2º fase: Manutenção da temperatura
O tempo de aquecimento depende da espessura da camada
dura que se deseja.
184. Fases da cementação
3º fase: Resfriamento
As peças são refriadas lentamente junto com o carburante.
Depois de cementadas as peças são temperadas.
185. .blogspot.com.br
Apesar do uso cada vez maior de máquinas,
existem operações que as máquinas não
conseguem realizar. A ajustagem trata destas
operações.
196. .blogspot.com.br
Cuidados com a lima:
• Evitar choques;
• Proteger a lima contra a umidade;
• Nunca colocar a lima em contato lubrificante;
• Evitar o contato entre as limas;
• Usar a lima em todo o seu comprimento.
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Como empunhar a lima
Montagem de cabo
Devem ser adotados alguns procedimentos para que
o processo de limagem seja bem executado.
Posição correta do corpo
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As substâncias de traçagem servem para tornar os traço
mais nítidos.
As soluções podem ser:
verniz, alvaiade, gesso
diluído, gesso seco,
tinta.
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No momento da traçagem a peça precisa estar bem
apoiada na mesa e nos apoios.
Além disso as linha
devem ser finas e feitas
de uma só vez.