1. 1
Como as gerações se comportam em um
mundo cada vez mais conectado
HIPERCONECTIVIDADE
$
$
$
PREVIEW
2. ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................... 3
INFORMAÇÕES TÉCNICAS ............................................................................ 4
DISPOSITIVOS E INTENSIDADE DE USO ....................................................... 8
HÁBITOS DE USO DE SMARTPHONES ......................................................... 13
ANSIEDADE, DEPRESSÃO E DEPENDÊNCIA ................................................ 20
CONECTADOS X DESCONECTADOS ............................................................ 32
CONCLUSÃO ............................................................................................... 38
SOBRE O OPINION BOX ............................................................................ 41
3. 3
INTRODUÇÃO
Você consegue se lembrar como era o mundo antes dos
smartphones? A resposta a essa pergunta vai depender de
vários fatores. O primeiro deles, claro, é a sua idade.
Quem tem 25 anos ou menos viveu muito pouco tempo em
um mundo sem os celulares inteligentes. O primeiro iPhone,
por exemplo, foi lançado em 2007. Quem nasceu em 1992,
portanto, tinha apenas 15 anos quando a novidade de Steve
Jobs chegou às lojas.
Quanto mais velho você for, no entanto, vai se lembrar com
mais facilidade de quando precisávamos ir ao banco para
fazer qualquer movimentação bancária ou até mesmo de
quando precisávamos recorrer aos orelhões, de cartão ou
de ficha, para fazer uma ligação fora de casa.
Para tirar fotos em viagens, precisávamos levar uma câmera,
e antes das câmeras digitais era preciso revelar as fotos para
ver se as imagens ficaram boas. Para ouvir música de forma
portátil, tínhamos que carregar um walkman, um discman
ou um MP3 Player, dependendo da época.
É inquestionável que os smartphones mudaram muito as
nossas vidas. Tornaram a comunicação, o trabalho, a forma
das pessoas se relacionar e as tarefas do cotidiano muito
mais simples, ágeis e eficientes.
Mas será que estamos usando os dispositivos móveis com
responsabilidade? Você já se pegou alguma vez se questio-
nando se usa demais o seu aparelho? O tema da hiperconec-
tividade é cada vez mais recorrente e não é à toa. Transtor-
nos psicológicos e problemas de saúde causados pelo uso
excessivo de internet não são raros.
Já existem aplicativos, como o Moment, disponível por en-
quanto apenas para iOS, que mede o tempo que você passa
conectado e indica se você está passando mais tempo online
do que deveria.
Se você é pai ou mãe de uma criança com mais de um ano
5. 6
A pesquisa sobre hiperconectividade foi realizada durante o mês de
setembro de 2017 com 2.050 internautas que possuem smartphone. Para
a realização da pesquisa, consideramos o smartphone um celular com
tela sensível ao toque e que permite ao usuário instalar e desinstalar
aplicativos livremente.
A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais. Homens Mulheres
50,5% 49,5%
Idade
16 a 24 anos
34,2%
55 anos ou mais
5%
25 a 34 anos
33,3%
35 a 54 anos
27,5%
16+
6,5%
21,3%
49,1%
15,9%
7,2%
ClasseSocial$
AB CDE
77,7%
22,3%
7. 9
Não há dúvidas de que a internet e os dispositivos móveis facilitam
a nossa vida. Mas será que nós passamos mais tempo conectados
do que deveríamos? Alguns dados podem nos ajudar a responder
a esta questão.
68,0% dos entrevistados estão o tempo todo ou a maior parte do
tempo conectados. 22,5% ficam praticamente o tempo todo me-
xendo no smartphone, e 40,1% verificam a tela do seu aparelho vá-
rias vezes por hora. Entre os mais jovens, da geração Z, 3 em cada
10 ficam praticamente o tempo todo mexendo no smartphone.
Se esses números ainda não te surpreendem, talvez esse aqui cha-
me a sua atenção: 35,1% dos entrevistados afirmam que preferem
ficar 24 horas sem água ou sem energia elétrica em sua residência
do que ficar sem 24 horas sem acesso ao seu smartphone.
Ou seja, para muitos, os smartphones já são comparados a itens de
necessidade básica, como luz e água.
O que você prefere ficar
24 horas sem ter acesso?
Ao seu smartphone
Energia na sua casa
Água na sua casa
64,9%
23,5%
Metade do tempo conectado
O tempo todo desconectado Só pego meu smartphone quando preciso ou
quando recebo chamadas e notificações.
A maior parte do tempo conectado
37,7%
22,6%
Fico praticamente o tempo todo
mexendo no smartphone
Verifico a tela várias vezes por hora
Em média, verifico uma vez a cada hora
Verifico poucas vezes por dia
22,5%
40,1%
16,2%
11,6%
O tempo todo conectado
30,3%
A maior parte do tempo desconectado
7,8% 10,1%
11,1%1,6%
Nas últimas 24 horas:
(com exceção do tempo em
que estava dormindo)
Quantas vezes costuma
verificar a tela do smartphone?
8. 10
33,5% dos entrevistados utilizam a internet apenas ou predo-
minantemente por dispositivos móveis, e 61,3% acessam tan-
to por dispositivos móveis quanto por computadores e note-
books.
Entre as classes mais baixas, o acesso por dispositivos móveis
é muito maior do que entre as classes mais altas. Isso ocorre
porque tanto a penetração de smartphones quanto a de inter-
net móvel é muito maior na classe CDE do que a penetração de
computadores, notebooks e internet fixa. 5,7% dos entrevista-
dos da classe AB se conectam apenas por dispositivos móveis,
enquanto na CDE esse número aumenta para 19,1%.
Além dos smartphones, que foram utilizados por 96,1% dos
entrevistados nas últimas 24 horas, e dos computadores e no-
tebooks, usados por 73,4%, outros dispositivos e gadgets tam-
bém já estão sendo bastante usados para se conectar. 28,3%
usaram uma SmarTV, 19,4% utilizaram tablets, 3,4% se conec-
taram através de um smartwatch e 3,6% usaram outros dispo-
sitivos.
Nos próximos anos, essa lista de dispositivos deve aumentar
consideravelmente, com a intensificação da chamada Internet
das Coisas. Ou seja, como se já não bastasse ficarmos conec-
tados o tempo todo ao nosso smartphone, também estaremos
conectados ao nosso carro, à nossa casa e até mesmo à nossa
geladeira.
Por falar nisso, quantos dispositivos diferentes as pessoas cos-
tumam utilizar para se conectar à internet durante 24 horas?
Apenas 13,4% dos entrevistados disseram que usaram apenas
1 dispositivo nas últimas 24 horas. 36,0% utilizaram 2, 29,5% uti-
lizaram 3 e 21,1% usaram 4 dispositivos ou mais.
É evidente que, entre os entrevistados das classes AB, o número
de dispositivos aumenta em relação aos das classes CDE. Se nas
classes AB, 31,9% utilizaram de 1 a 2 dispositivos nas últimas 24
horas, nas classes CDE esse número aumenta para 54,3%.
Da mesma forma, nas classes AB 33,7% utilizaram 4 ou mais dis-
positivos, enquanto nas classes CDE foram 17,6%. Essas diferen-
ças, no entanto, estão muito mais relacionadas ao poder aquisi-
tivo de cada classe do que ao seu comportamento em relação à
hiperconectividade, é claro.
9. 14
Você tem o costume de usar o seu smartphone enquanto está:
Na cama, ao acordar:
No banheiro:
GERAL
GERAL
GERAÇÃO Z
GERAÇÃO Z
GERAÇÃO Y
GERAÇÃO Y
GERAÇÃO X
GERAÇÃO X
Nunca/RaramenteDe vez em quandoFrequentemente/Sempre
24,5%
39%
17,1%
30,6%
19,9%
34%
34,8%
51%
49,8%
35,7%
58,4%
41,3%
54,4%
40,9%
38%
25,6%
25,7%
25,3%
24,5%
28,1%
25,7%
25,1%
27,2%
23,4%
10. Onde seu smartphone dorme?
GERAL
GERAÇÃO Z
GERAÇÃO Y
GERAÇÃO X
Fora do quarto Dentro do quarto, longe da cama Do lado da cama Em cima da cama
17,5%
15,2%
17,4%
20,1%
18,2%
27,6%
16,3%
11,5%
56%
52,6%
59,1%
57%
8,3%
4,6%
7,2%
11,4%
18% dormem com seu
smartphone em cima da cama.
Entre a geração Z,
esse número
aumenta para 28%.
19
11. 21
Se as três palavras do título deste capítulo parecem muito
fortes para você, saiba que elas podem ser consequências do
uso excessivo dos smartphones. Quer alguns exemplos?
25,3% dos entrevistados acreditam que os smartphones, em
geral, atrapalham a qualidade do sono, e 31,8% se esforçam
para passar menos tempo conectado à internet.
Mais do que isso, 26,3% acreditam que utilizam os dispositivos
móveis de forma abusiva e 21,9%. Mais do que isso, mais de um
quinto dos respondentes acham que a forma como eles utilizam
os dispositivos digitais compromete a qualidade de vida, os
relacionamentos pessoais ou a sua saúde. Os dois indicadores
aumentam consideravelmente entre os entrevistados da
geração Z.
22% dos entrevistados
acham que a forma como eles
utilizam os dispositivos móveis está
comprometendo sua qualidade
de vida, seus relacionamentos
pessoais ou sua saúde.
12. 31
É interessante notar que, em geral, a geração Z apresenta um
comportamento mais conectado. É claro que isso tem a ver
com o fato de que, para eles, estar conectado é mais natural, já
que são nativos digitais.
A geração Y, de uma forma geral, apresenta um comportamento
muito mais semelhante ao da geração Z do que ao da
geração X, com algumas exceções. É fácil compreender este
comportamento. As pessoas desse grupo viveram a maior parte
da sua vida conectados. E também estão mais acostumados
com um mundo com rápidas transformações, em que novas
tecnologias surgem a todo momento e é preciso se adaptar.
Para algumas pessoas da geração X, essa adaptação às
novidades são mais simples, para outras, nem tanto. Ainda
assim, mesmo que haja essas diferenças, é simples perceber
que nenhum grupo ficou de fora. Todos estão conectados, mas
cada um à sua maneira.