Policiais civis e delegados de Santa Catarina iniciaram uma manifestação pacífica para reivindicar melhores salários e condições de trabalho, alegando que seus salários atuais dependem de "penduricalhos" que representam 30% do vencimento e que não recebem aumento real há 13 anos. Eles também reivindicam a contratação de aprovados em concurso realizado em 2010 e maior efetivo, uma vez que a polícia civil catarinense tem taxa alta de resolução de casos, de 85%, comparável a países europeus.
1. Page 1 of 2
20/10/2011 15:34
Policiais civis e delegados iniciam
manifestação
Alegando estar há 13 anos sem reposição salarial
e sem aumento no efetivo desde 1984, policiais
civis e delegados de polícia de Santa Catarina
iniciaram hoje uma manifestação pacífica em
busca de melhores salários e condições de
trabalho. “Nosso salário de hoje é cheio de
penduricalhos, bônus e auxílios. Isso representa
cerca de 30% de todo o vencimento”, destacou o
delegado Ulisses Gabriel.
De acordo com os policiais e delegados, uma
reunião para discutir a situação com o governador
Fotos: Nícola Martins
Raimundo Colombo já foi solicitada algumas
vezes. “No fim do mês passado, em Braço do Norte, conversamos com o governador para que a reunião fosse
feita e ela não aconteceu. Dessa forma, a Associação de Delegados de Polícia (Adepol) de Santa Catarina e o
Sindicato dos Trabalhadores em Segurança Pública (Sintrasp) de Santa Catarina estão juntos nessa
mobilização”, explicou Gabriel.
Neste primeiro momento, folders serão distribuídos e outdoors colocados em municípios de todo o estado.
Ações sociais com doação de sangue e de cestas básicas também estão previstas. “Se a mobilização não
surtir efeito faremos uma operação padrão que ainda está sendo planejada, mas que pode abranger a
paralisação”, pontuou o delegado.
Um concurso para agentes de polícia e escrivães de polícia foi realizado em 2010. De acordo com os policiais
e delegados, nenhum dos aprovados no concurso foi contratado.
Nível de Europa – O delegado André Luiz Mendes da Silveira, ex-secretário de Segurança Pública de Santa
Catarina, disse que a Polícia Civil catarinense é eficiente e merece respaldo. “Temos um saldo de resolução
de casos de homicídio de 85%. Isso é nível de países de primeiro mundo e da Europa”, ressaltou ele. “Por
esse e tantos outros motivos reivindicamos mais que salários, reivindicamos dignidade”, completou.
Pedido de desculpas – Em meio à entrevista coletiva, o policial civil Arilson Nazário pediu desculpas. “É
importante que peçamos desculpas à população quando demoramos para resolver algum caso, mas é porque
http://www.engeplus.com.br/print_37519.html 20/10/2011