1) O poema descreve um grupo de meninas tagarelas que costumam se reunir no intervalo em uma escola; 2) As meninas chegam e sentam-se como se aquilo fosse seu, ficam coscuvilhando e comentando sobre os outros grupos; 3) O poema então caracteriza cada uma das meninas do grupo, descrevendo suas personalidades e hábitos.

1. Já lá diz o ditado
“Não há uma sem duas”
E depois de pressionado
Toma lá, senão amuas!
Foi uma certa senhora
Que insistiu comigo
Nunca mais é a hora
De outro poema, amigo…
Já estás a falhar
Vê lá se te despachas
Poe a caneta a rabiscar
E mete aí algumas achas
Numa escola sempre há
“Meninas” muito atrevidas
Que quando juntas lá

2. Coscuvilham muito unidas
Chegam e logo se sentam
Com se aquilo fosse seu
Fazem roda e comentam
Qual grupo do Gineceu
Olham logo à sua volta
Para o ambiente controlar
Pra cortar, estão sempre prontas
E risadas vão soltar
Aquela está reservada
Para o grupo do português
Há lá sempre, língua afiada
Para intervir, à vez
Acham que è sua propriedade
Aquele seleto lugar
Talvez algumas… fruto da idade
Se começarmos a reparar

3. Vou agora caracterizar
Cada um dos elementos
Preparem-se, que vou cortar
Mas sem ferir sentimentos…
Uma, sempre que aparece
Tem um livro novo na mão
Portuguesa não é, mas parece
Tem o Brasil no coração
Há outra, com um vozeirão
Metida sempre nas “redes”
Acompanha, com prontidão
A outra que vem de Mercedes
Outra ainda, muito discreta
Fala sempre baixinho
Chega, senta-se, é esperta
Aproveita o intervalinho

4. Outra ainda, mais mexida
Chega como um furacão
Ataca, logo de seguida
Não querem lá ver o c…ão !!!
Há também uma de ciências
Que às vezes é aceite
Embora com reticências
Fica, pois anima o ambiente