O documento discute a importância da integração de dados clínicos e a necessidade de padronização da informação em saúde. Apresenta os desafios de heterogeneidade entre sistemas e a solução da interoperabilidade por meio de padrões. Destaca organizações como HL7, SNOMED CT e IHTSDO na criação de padrões, assim como a OMS e entidades normalizadoras na consolidação dos mesmos. Fornece exemplos de países que adotaram padrões com êxito, como Estônia, Reino Unido e Canadá
O Projeto Evid@SP - Disseminação de evidências a profissionais da saúde
Padrões para integração de dados em saúde
1. Ivan L. M. Ricarte
Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
24 de agosto de 2012
Ricarte
2. Pensar sobre a informação clínica no contexto
local para garantir sua integração e sua utilização,
com qualidade, em contextos regionais e globais
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3. Por que integrar?
• Assistência
– Integração dos três níveis de assistência
– Atendimento ao paciente fora de seu território
– Intercâmbio de informações entre serviços de
saúde pública e saúde suplementar
• Gestão
– Integralidade e qualidade da informação para
tomada de decisões
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4. A demanda pela integração
de dados em saúde no Brasil
http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Perfil_
setor/Foco/20120816_web_foco_junho_2012.pdf
http://www.ans.gov.br/index.php/a-ans/sala-de-noticias-
ans/a-ans/1375-cartao-nacional-de-saude
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reufsm/article/viewArticle/2337 (2011)
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5. O desejo pela integração de dados de modo uniforme é um desejo de
longa data na área da saúde
A padronização da informação em
saúde, do século XIX ao século XXI
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6. Os primeiros passos
http://johnsnow.matrix.msu.edu/images/online_companion/
Each disease has, in many
instances, been denoted by three
or four terms, and each term has
been applied to as many different
diseases: vague, inconvenient
chapter_images/fig7-5.jpg
names have been employed, or
complications have been registered
instead of primary diseases.
William Farr (1807-1883), em relatório anual para o General Register Office of England and Wales, sobre
a necessidade urgente de se adotar uma classificação uniforme para doenças e causas de morte.
http://www.who.int/classifications/icd/en/HistoryOfICD.pdf
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7. “Mas a situação atual é
diferente!”
• Classificação Estatística Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
(CID), na versão 10 e indo para a 11
• Sistemas de Informação em Saúde integram
dados de diversos estados e países
• Prontuários eletrônicos estão sendo
gradativamente implantados por todo o
mundo
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8. É mesmo diferente?
Health information systems Data are often collected
have evolved in a haphazard and presented in crude
and fragmented way as a formats, without any
result of administrative, attempt at the synthesis or
economic, legal or donor analysis required for proper
pressures. day-to-day management or
longer-term planning.
Negative attitudes among Much of the material
clinicians and health workers – remains unprocessed, or,
such as data collection is a if processed, unanalysed,
useless activity or a waste of or, if analysed, not read,
care-provider time – are or, if read, not used or
detrimental to data quality. http://www.who.int/healthmetrics/documents/
hmn_framework200803.pdf
acted upon.
Entering medical records into an electronic database can greatly facilitate
the storage, retrieval, transfer and analysis of essential client information.
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9. O prontuário eletrônico pode resolver os problemas de uniformização e
integração dos dados em saúde
O prontuário eletrônico é a solução!
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10. O prontuário eletrônico é
mesmo a solução?
• O simples fato de a informação estar em formato
digital não garante uniformização dos dados
– Processadores e sistemas operacionais são diferentes
– Representação digital da informação não é única
• A integração de sistemas computacionais em rede
expõe ainda mais essas diferenças
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12. Níveis de heterogeneidade
Heterogeneidade na representação da informação
pode ocorrer em diversos níveis
– Sistema
• incompatibilidade de hardware e sistemas
operacionais
– Sintática
• diferenças na representação e codificação da
informação
– Estrutural
• variações nos modelos de dados e esquemas
– Semântica
• inconsistências na terminologia e significados
http://www.governoeletronico.gov.br/interoperabilidade
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13. Como resolver esse problema
de heterogeneidade?
Impor uma representação única para todos não é viável
nem desejável
– Único fabricante de processadores?
– Único fornecedor de sistema operacional?
– Única forma de representar o conteúdo do prontuário,
sem levar em conta realidades locais, demandas de cada
especialidade ou evolução científica na área?
• Desejável: integrar
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14. Caminho: interoperabilidade
Interoperabilidade
– Habilidade que dois ou mais sistemas
possuem de trocar informação e usar essa
informação de modo a obter os resultados
esperados
http://www.governoeletronico.gov.br/interoperabilidade
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2073_31_08_2011.html
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15. E como podemos ter essa tal de interoperabilidade para integrar
informação clínica?
Interoperabilidade e padrões para o
prontuário eletrônico do paciente
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16. Soluções de
interoperabilidade
• Interoperabilidade de sistema e
interoperabilidade sintática têm soluções bem
conhecidas
– XDR, Unicode, XML
• Soluções para interoperabilidade estrutural e
interoperabilidade semântica demandam
adoção de modelos de referência e outros
padrões, específicos para cada área do
conhecimento
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17. Quem cria os padrões para a
informação clínica?
Organizações independentes e governamentais
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18. Health Level 7 International
Founded in 1987, Health Level Seven International (HL7) is a not-for-profit, ANSI-
accredited standards developing organization dedicated to providing a
comprehensive framework and related standards for the exchange, integration,
sharing, and retrieval of electronic health information that supports clinical
practice and the management, delivery and evaluation of health services. HL7's
2,300+ members include approximately 500 corporate members who represent
more than 90% of the information systems vendors serving healthcare.
http://www.hl7.org/
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19. openEHR is an international not-for-profit Foundation, working towards:
•Making the interoperable, life-long electronic health record a reality
•Improving health care in the information society.
http://www.openehr.org/
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20. The International Health Terminology Standards Development Organisation is an
international not-for-profit organization based in Denmark. IHTSDO owns and administers
the rights to SNOMED CT and related terminology standards.
The purpose of IHTSDO is to develop, maintain, promote and enable the uptake and
correct use of its terminology products in health systems, services and products around
the world, and undertake any or all activities incidental and conducive to achieving the
purpose of the Association for the benefits of the members.
http://www.ihtsdo.org/
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21. Regenstrief Institute
The Regenstrief
Institute's informatics
group developed
the Logical Observation
Identifiers Names and
Codes (LOINC®) system, a
standard nomenclature
that enables the
electronic transmission of
clinical data from
laboratories that produce
the data to hospitals,
physician's offices and
payers who use the data
(now over 50,000
observation terms) for
clinical care and http://www.regenstrief.org/
management purposes. http://loinc.org/
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22. Quem consolida esses
padrões?
Entidades normalizadoras nacionais e internacionais
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23. ISO TC215 – Health
Informatics
Number of published
ISO standards under the
direct responsibility of
TC 215 (number
includes updates): 100
http://www.iso.org/iso/iso_technical_committee?commid=54960
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24. Organização Mundial da Saúde
http://www.who.int/ehealth/en/
http://www.who.int/classifications/icd/en/
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27. Reino Unido
Connecting for Health
– Interoperabilidade: alinhado com HL7 e IHE
– Terminologia: mantém SNOMED CT e Read Codes
– Classificação: CID-10 e OPCS-4
http://www.connectingforhealth.nhs.uk
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28. Canadá
Canada Health Infoway – Standards Collaborative
– HL7 https://www.infoway-inforoute.ca/
– SNOMED CT
– IHE
– LOINC
– DICOM
– ISO TC215
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30. No Brasil
Certificação CFM-SBIS
COPISS
http://www.ans.gov.br/index.php/participacao-da-sociedade/copiss
http://www.sbis.org.br/
Catálogo de Padrões de
Interoperabilidade de Informações
de Sistemas de Saúde (CPIISS)
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2073_31_08_2011.html
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31. Vai dar certo?
Investimento em saúde (per capita, Int$)
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
Estônia Reino Unido Canadá Estados Unidos Brasil
Fonte: OMS (dados de 2009)
http://who.int/
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