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1
O Patinho Feio
Adaptação dramática a partir do conto de
Hans Christian Andersen
2
Personagens:
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- 3 patinhos - (p2 e 3) (3)
- Patinho Feio -(todo)(1)
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- 2 cisnes - (p6) (2)
- 3 crianças - (p7) (3)
Narrador: Estava muito agradável no campo. O ar rescendia a Verão; o milho
estava amarelo; a aveia estava pronta a ser ceifada; as medas de feno nos
prados pareciam pequenas colinas de erva e a cegonha passeava por cima delas
com as suas longas pernas vermelhas. A toda a volta dos campos havia
bosques e florestas com fundos lagos de água fresca. Sim, estava mesmo muito
agradável no campo. E, brilhando ao sol, podia ver-se uma velha mansão
rodeada por um fosso. Grandes folhas de azedas cresciam nas paredes até à
água; algumas eram tão grandes que uma criança podia ficar de pé debaixo
delas. À sombra podia-se até pensar que se estava numa florestazinha secreta e
primitiva.
Era aí que uma pata chocava os seus ovos no ninho.
Mãe Pata: Quac! Quac! Estes meus patinhos nunca mais nascem! Que
paciência!
(Começam a nascer)
Patinhos: Pip! Pip! Pip! Pip!
(Os patinhos começam a andar.)
3
Mãe Pata: Estão todos?
Patinho 1: Falta o grande!
Velha Pata: Aquele não é seu Dona Pata, aquele ovo logo se vê que é de peru.
Mãe Pata: Por via das dúvidas também o vou chocar.
Patinho 2: Esse é nosso irmão?
Patinho 3: Como é tão grande o seu ovo?
Mãe Pata: Parece que está a nascer, o que vem lá?!
(O patinho feio sai da casca.)
Patinho Feio: Quac! Mamã!
Mãe Pata:Que grande patinho! Será mesmo um peru? Bem, já vamos ver;
há-de ir para a água, nem que eu tenha de o empurrar.
Patinhos: Não é como nós! Não te queremos aqui!
Patinho Feio: Quac! Olá irmãos!
Patinhos: Irmãos? Como?
Mãe Pata: Vá! Todos para o lago, vão aprender a nadar.
Narrador: E, um atrás do outro, os patinhos saltaram para a água. Ficaram
com as cabeças debaixo de água, mas vieram logo à tona, e em breve nadavam
afanosamente. As suas patinhas mexiam-se naturalmente, e lá estavam todos,
até o feio cinzento nadava com os outros.
Mãe Pata: Não, isto não é um peru! Que bem que ele usa as patas e que
direito que nada. É meu filho, isso não há dúvida. Realmente, é bem bonito, se
virmos bem. Quac, quac!
4
Narrador: A família de patinho saiu da água e foram para a quinta onde
estavam outros patos. Estes olharam-nos e disseram:
Pato 1 da quinta: Quac, quac, quac!Lá vamos ter de aturar estes, como se já
não fôssemos bastantes!
Pato 2 da quinta: E, meu Deus!, que patinho tão esquisito aquele! Não o
queremos com certeza por aqui.
Pato 3 da quinta: Que pato feio! (deu-lhe uma bicada)
Mãe Pata: Deixa-o em paz. Ele não está a incomodar ninguém.
Patos da quinta: Pois não, mas é muito grande e tem um ar esquisito.
Pato 3 da quinta: Tem de ser metido na ordem.
Narrador: Isto foi o primeiro dia; depois, a sina do patinho cinzento piorou.
Que infeliz se sentia por ser tão feio! Era perseguido por todos. Os patos
tentavam dar-lhe bicadas; as galinhas também; e a rapariga que dava de comer
aos animais empurrava-o com o pé. Até os irmãos e as irmãs estavam contra
ele e diziam:
Patinho 1: Feio! Era bem feito que o gato te apanhasse!
Patinho 2: Como podes ser tão feio?
Patinho 3: Não te queremos aqui a brincar connosco!
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Narrador: E então ele foi-se embora. Primeiro, voou por cima da sebe — e os
passarinhos nos arbustos voaram alarmados.
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5
Narrador: Mas continuou o seu caminho. Por fim, chegou aos charcos onde
vivem os patos bravos e ficou lá deitado toda a noite, porque estava muito
cansado e triste.
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Patos bravos: Que espécie de criatura és tu?
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Pato bravo 1: És mesmo feio, lá isso és!
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nossas filhas.
Narrador: Pobrezinho do patinho. A ideia de casar nem sequer lhe tinha
vindo à cabeça. Tudo o que queria era deitar-se e descansar nos juncos e beber
um pouco da água do charco.
Ali ficou durante dois dias, até que apareceram três gansos selvagens, três
jovens machos. Também tinham nascido há pouco, mas eram muito vivos e
descarados.
Ganso 1: Olá, amigo. És tão feio que gostamos de ti. Que tal vires connosco
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Ganso 2: Num charco perto daqui há umas lindas gansas, belas raparigas, com
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Ganso 3: Com o teu aspeto esquisito pode ser que tenhas sorte com elas.
Caçador: Estão mesmo na mira.
Narrador: Nesse momento ouviu-se «bang!, bang! Bang!» e os três alegres
gansos caíram mortos nos juncos.
Era uma grande caçada. Os desportistas estavam a toda a volta do charco;
alguns estavam mesmo empoleirados nas árvores. Fumo azul subia como
nuvens dentro e fora dos ramos escuros e ficava a pairar sobre a água. Os cães
6
faziam tchac!, tchac!, pela lama, esmagando os juncos. O pobre patinho estava
aterrorizado; quando tentava precisamente esconder a cabeça debaixo da asa
um cão enorme e assustador parou em frente dele com a língua de fora e os
olhos a brilharem de uma maneira horrível. Encostou o focinho ao patinho,
arreganhou os dentes aguçados e depois — tchac!, foi-se embora sem lhe
tocar.
Patinho feio: Oh, graças a Deus! Sou tão feio que até o cão pensa duas vezes
antes de me caçar. Acho que o melhor é ir por esse mundo fora.
Narrador: E o patinho lá foi. Boiou na água e mergulhou; mas parecia-lhe que
os outros patos não faziam caso dele por ele ser feio.
Até que chegou o Outono: as folhas do bosque ficaram castanhas e amarelas; o
vento apanhava-as e fazia-as rodopiar como loucas; até o céu parecia gelado;
as nuvens pairavam, pesadas com granizo e neve, e o corvo, empoleirado
numa sebe, gritava «crá, crá» por causa do frio. Só de olhar para aquilo
ficava-se logo a tremer. Foi um tempo difícil também para o patinho.
Uma tarde, com o céu avermelhado pelo pôr do Sol, um bando de grandes aves
maravilhosas ergueu-se dos juncos. O patinho nunca tinha visto aves tão belas.
Eram de um branco brilhante, com longos pescoços graciosos — na verdade,
eram cisnes. Emitindo um estranho som, abriram as esplêndidas asas e voaram
para longe, para terras mais quentes e lagos que não gelavam. Voaram até bem
alto e o patinho feio ficou muito excitado; andava à roda, à roda, na água, e
chamou-os com uma voz tão alta e estranha que até ele próprio se assustou.
Patinho Feio: Ei! Vocês! Não me veem! Venham cá, levem-me convosco!
Narrador: Oh, nunca esqueceria aquelas aves maravilhosas, aquelas aves
felizes! Assim que a última desapareceu, mergulhou mesmo até ao fundo e,
quando voltou de novo à superfície, estava excitadíssimo. Não sabia como se
chamavam as aves; não sabia de onde tinham vindo nem para onde voavam —
mas sentia-se mais atraído por elas do que por qualquer outra coisa.
No Inverno ficou ainda mais frio. O patinho tinha de nadar às voltas na água
para esta não gelar, mas cada noite a parte sem gelo se tornava mais pequena.
Depois, tinha de bater com os pés a toda a hora, para quebrar a superfície.
7
Narrador: Mas seria demasiado triste contar-vos todas as dificuldades e
infelicidades por que ele teve de passar durante aquele Inverno cruel. Um dia,
estava a tentar aconchegar-se entre os juncos do charco quando o Sol começou
a enviar novamente raios quentes; as cotovias cantavam; que maravilha! Tinha
chegado a Primavera. O patinho ergueu as asas. Pareciam mais fortes do que
antes, e levaram-no velozmente para longe; antes de perceber o que estava a
acontecer, encontrou-se num lindo jardim cheio de macieiras em flor, com
lilases perfumados que pendiam dos seus longos ramos mesmo até um riacho
sinuoso. E então, mesmo em frente dele, saindo das sombras das folhas,
apareceram três magníficos cisnes brancos, agitando as penas enquanto
deslizavam pela água. O patinho reconheceu as maravilhosas aves e sentiu
uma estranha tristeza.
Patinho Feio: Vou voar até àquelas nobres aves, mesmo que me matem à
bicada por me atrever a aproximar-me, feio como sou.
Narrador: Voou para a água e nadou em direção aos magníficos cisnes. Estes
viram-no e vieram ter com ele a toda a velocidade, agitando a plumagem.
Cisne 1: Olá! Não te conheço, quem és?
Patinho feio: Sou eu, o patinho feio!
Cisne 2: Não és nada, és muito bonito!
Patinho Feio: Vá, matem-me!
Cisne 1: Olha para o lago, verás que és igual a nós.
Narrador: Mas o que é que viu ele refletido em baixo? Observou-se bem — já
não era uma desajeitada ave feia e cinzenta. Era igual às orgulhosas aves
brancas ali ao pé: era um cisne!
Não interessa nascer num terreiro de patos quando se sai de um ovo de cisne.
Sentiu-se feliz por ter sofrido tantas dificuldades, porque agora dava valor à
sua boa sorte e ao lar que finalmente tinha encontrado. Os majestosos cisnes
nadaram à sua volta e acariciaram-no com admiração com os bicos. Umas
8
criancinhas apareceram no jardim e atiraram pão para a água e a mais
pequenina gritou alegremente:
Criança 1: Há mais um!
Criança 2: E verdade, apareceu mais um cisne!
Narrador: Bateram palmas e dançaram de contentamento; depois foram a
correr contar aos pais. Deitaram mais pão e bolo para a água e todos disseram:
Criança 3: O novo é o mais bonito de todos. Olhem que belo que é, aquele
novo!
Narrador: E os cisnes mais velhos curvaram as cabeças diante dele.
Ele sentia-se muito envergonhado e escondeu a cabeça debaixo de uma asa;
não sabia o que fazer. Estava quase feliz de mais, porque um bom coração
nunca é orgulhoso nem vaidoso. Lembrava-se dos tempos em que tinha sido
perseguido e desprezado, e agora ouvia toda a gente dizer que era a mais bela
de todas aquelas maravilhosas aves brancas. Os lilases curvaram os ramos até
à água para o saudarem; o Sol enviou o seu calor amigo, e a jovem ave, com o
coração cheio de alegria, agitou as penas, ergueu o pescoço esguio e exclamou:
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FIM

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O Patinho Feio se transforma em Cisne

  • 1. 1 O Patinho Feio Adaptação dramática a partir do conto de Hans Christian Andersen
  • 2. 2 Personagens: - Narradores - (2) - Mãe Pata - (p1,2 e 3) (1) - 3 patinhos - (p2 e 3) (3) - Patinho Feio -(todo)(1) - Velha Pata -(p2)(1) - Patos da quinta - (p2 e 3) (3) - Patos bravos - (p4) (2) - 3 Gansos - (p4) (3) - Caçador - (p4) (1) - 2 cisnes - (p6) (2) - 3 crianças - (p7) (3) Narrador: Estava muito agradável no campo. O ar rescendia a Verão; o milho estava amarelo; a aveia estava pronta a ser ceifada; as medas de feno nos prados pareciam pequenas colinas de erva e a cegonha passeava por cima delas com as suas longas pernas vermelhas. A toda a volta dos campos havia bosques e florestas com fundos lagos de água fresca. Sim, estava mesmo muito agradável no campo. E, brilhando ao sol, podia ver-se uma velha mansão rodeada por um fosso. Grandes folhas de azedas cresciam nas paredes até à água; algumas eram tão grandes que uma criança podia ficar de pé debaixo delas. À sombra podia-se até pensar que se estava numa florestazinha secreta e primitiva. Era aí que uma pata chocava os seus ovos no ninho. Mãe Pata: Quac! Quac! Estes meus patinhos nunca mais nascem! Que paciência! (Começam a nascer) Patinhos: Pip! Pip! Pip! Pip! (Os patinhos começam a andar.)
  • 3. 3 Mãe Pata: Estão todos? Patinho 1: Falta o grande! Velha Pata: Aquele não é seu Dona Pata, aquele ovo logo se vê que é de peru. Mãe Pata: Por via das dúvidas também o vou chocar. Patinho 2: Esse é nosso irmão? Patinho 3: Como é tão grande o seu ovo? Mãe Pata: Parece que está a nascer, o que vem lá?! (O patinho feio sai da casca.) Patinho Feio: Quac! Mamã! Mãe Pata:Que grande patinho! Será mesmo um peru? Bem, já vamos ver; há-de ir para a água, nem que eu tenha de o empurrar. Patinhos: Não é como nós! Não te queremos aqui! Patinho Feio: Quac! Olá irmãos! Patinhos: Irmãos? Como? Mãe Pata: Vá! Todos para o lago, vão aprender a nadar. Narrador: E, um atrás do outro, os patinhos saltaram para a água. Ficaram com as cabeças debaixo de água, mas vieram logo à tona, e em breve nadavam afanosamente. As suas patinhas mexiam-se naturalmente, e lá estavam todos, até o feio cinzento nadava com os outros. Mãe Pata: Não, isto não é um peru! Que bem que ele usa as patas e que direito que nada. É meu filho, isso não há dúvida. Realmente, é bem bonito, se virmos bem. Quac, quac!
  • 4. 4 Narrador: A família de patinho saiu da água e foram para a quinta onde estavam outros patos. Estes olharam-nos e disseram: Pato 1 da quinta: Quac, quac, quac!Lá vamos ter de aturar estes, como se já não fôssemos bastantes! Pato 2 da quinta: E, meu Deus!, que patinho tão esquisito aquele! Não o queremos com certeza por aqui. Pato 3 da quinta: Que pato feio! (deu-lhe uma bicada) Mãe Pata: Deixa-o em paz. Ele não está a incomodar ninguém. Patos da quinta: Pois não, mas é muito grande e tem um ar esquisito. Pato 3 da quinta: Tem de ser metido na ordem. Narrador: Isto foi o primeiro dia; depois, a sina do patinho cinzento piorou. Que infeliz se sentia por ser tão feio! Era perseguido por todos. Os patos tentavam dar-lhe bicadas; as galinhas também; e a rapariga que dava de comer aos animais empurrava-o com o pé. Até os irmãos e as irmãs estavam contra ele e diziam: Patinho 1: Feio! Era bem feito que o gato te apanhasse! Patinho 2: Como podes ser tão feio? Patinho 3: Não te queremos aqui a brincar connosco! Mãe Pata: Quem me dera que estivesses longe... Narrador: E então ele foi-se embora. Primeiro, voou por cima da sebe — e os passarinhos nos arbustos voaram alarmados. Patinho feio: «É por eu ser tão feio»,
  • 5. 5 Narrador: Mas continuou o seu caminho. Por fim, chegou aos charcos onde vivem os patos bravos e ficou lá deitado toda a noite, porque estava muito cansado e triste. De manhã, os patos bravos apareceram e observaram o seu novo companheiro. Patos bravos: Que espécie de criatura és tu? Patinho feio(com simpatia): Olá! Pato bravo 1: És mesmo feio, lá isso és! Pato bravo 2: Mas isso pouco importa, desde que não cases com nenhuma das nossas filhas. Narrador: Pobrezinho do patinho. A ideia de casar nem sequer lhe tinha vindo à cabeça. Tudo o que queria era deitar-se e descansar nos juncos e beber um pouco da água do charco. Ali ficou durante dois dias, até que apareceram três gansos selvagens, três jovens machos. Também tinham nascido há pouco, mas eram muito vivos e descarados. Ganso 1: Olá, amigo. És tão feio que gostamos de ti. Que tal vires connosco quando voarmos para mais longe? Ganso 2: Num charco perto daqui há umas lindas gansas, belas raparigas, com um «quac!» que vale a pena ouvir. Ganso 3: Com o teu aspeto esquisito pode ser que tenhas sorte com elas. Caçador: Estão mesmo na mira. Narrador: Nesse momento ouviu-se «bang!, bang! Bang!» e os três alegres gansos caíram mortos nos juncos. Era uma grande caçada. Os desportistas estavam a toda a volta do charco; alguns estavam mesmo empoleirados nas árvores. Fumo azul subia como nuvens dentro e fora dos ramos escuros e ficava a pairar sobre a água. Os cães
  • 6. 6 faziam tchac!, tchac!, pela lama, esmagando os juncos. O pobre patinho estava aterrorizado; quando tentava precisamente esconder a cabeça debaixo da asa um cão enorme e assustador parou em frente dele com a língua de fora e os olhos a brilharem de uma maneira horrível. Encostou o focinho ao patinho, arreganhou os dentes aguçados e depois — tchac!, foi-se embora sem lhe tocar. Patinho feio: Oh, graças a Deus! Sou tão feio que até o cão pensa duas vezes antes de me caçar. Acho que o melhor é ir por esse mundo fora. Narrador: E o patinho lá foi. Boiou na água e mergulhou; mas parecia-lhe que os outros patos não faziam caso dele por ele ser feio. Até que chegou o Outono: as folhas do bosque ficaram castanhas e amarelas; o vento apanhava-as e fazia-as rodopiar como loucas; até o céu parecia gelado; as nuvens pairavam, pesadas com granizo e neve, e o corvo, empoleirado numa sebe, gritava «crá, crá» por causa do frio. Só de olhar para aquilo ficava-se logo a tremer. Foi um tempo difícil também para o patinho. Uma tarde, com o céu avermelhado pelo pôr do Sol, um bando de grandes aves maravilhosas ergueu-se dos juncos. O patinho nunca tinha visto aves tão belas. Eram de um branco brilhante, com longos pescoços graciosos — na verdade, eram cisnes. Emitindo um estranho som, abriram as esplêndidas asas e voaram para longe, para terras mais quentes e lagos que não gelavam. Voaram até bem alto e o patinho feio ficou muito excitado; andava à roda, à roda, na água, e chamou-os com uma voz tão alta e estranha que até ele próprio se assustou. Patinho Feio: Ei! Vocês! Não me veem! Venham cá, levem-me convosco! Narrador: Oh, nunca esqueceria aquelas aves maravilhosas, aquelas aves felizes! Assim que a última desapareceu, mergulhou mesmo até ao fundo e, quando voltou de novo à superfície, estava excitadíssimo. Não sabia como se chamavam as aves; não sabia de onde tinham vindo nem para onde voavam — mas sentia-se mais atraído por elas do que por qualquer outra coisa. No Inverno ficou ainda mais frio. O patinho tinha de nadar às voltas na água para esta não gelar, mas cada noite a parte sem gelo se tornava mais pequena. Depois, tinha de bater com os pés a toda a hora, para quebrar a superfície.
  • 7. 7 Narrador: Mas seria demasiado triste contar-vos todas as dificuldades e infelicidades por que ele teve de passar durante aquele Inverno cruel. Um dia, estava a tentar aconchegar-se entre os juncos do charco quando o Sol começou a enviar novamente raios quentes; as cotovias cantavam; que maravilha! Tinha chegado a Primavera. O patinho ergueu as asas. Pareciam mais fortes do que antes, e levaram-no velozmente para longe; antes de perceber o que estava a acontecer, encontrou-se num lindo jardim cheio de macieiras em flor, com lilases perfumados que pendiam dos seus longos ramos mesmo até um riacho sinuoso. E então, mesmo em frente dele, saindo das sombras das folhas, apareceram três magníficos cisnes brancos, agitando as penas enquanto deslizavam pela água. O patinho reconheceu as maravilhosas aves e sentiu uma estranha tristeza. Patinho Feio: Vou voar até àquelas nobres aves, mesmo que me matem à bicada por me atrever a aproximar-me, feio como sou. Narrador: Voou para a água e nadou em direção aos magníficos cisnes. Estes viram-no e vieram ter com ele a toda a velocidade, agitando a plumagem. Cisne 1: Olá! Não te conheço, quem és? Patinho feio: Sou eu, o patinho feio! Cisne 2: Não és nada, és muito bonito! Patinho Feio: Vá, matem-me! Cisne 1: Olha para o lago, verás que és igual a nós. Narrador: Mas o que é que viu ele refletido em baixo? Observou-se bem — já não era uma desajeitada ave feia e cinzenta. Era igual às orgulhosas aves brancas ali ao pé: era um cisne! Não interessa nascer num terreiro de patos quando se sai de um ovo de cisne. Sentiu-se feliz por ter sofrido tantas dificuldades, porque agora dava valor à sua boa sorte e ao lar que finalmente tinha encontrado. Os majestosos cisnes nadaram à sua volta e acariciaram-no com admiração com os bicos. Umas
  • 8. 8 criancinhas apareceram no jardim e atiraram pão para a água e a mais pequenina gritou alegremente: Criança 1: Há mais um! Criança 2: E verdade, apareceu mais um cisne! Narrador: Bateram palmas e dançaram de contentamento; depois foram a correr contar aos pais. Deitaram mais pão e bolo para a água e todos disseram: Criança 3: O novo é o mais bonito de todos. Olhem que belo que é, aquele novo! Narrador: E os cisnes mais velhos curvaram as cabeças diante dele. Ele sentia-se muito envergonhado e escondeu a cabeça debaixo de uma asa; não sabia o que fazer. Estava quase feliz de mais, porque um bom coração nunca é orgulhoso nem vaidoso. Lembrava-se dos tempos em que tinha sido perseguido e desprezado, e agora ouvia toda a gente dizer que era a mais bela de todas aquelas maravilhosas aves brancas. Os lilases curvaram os ramos até à água para o saudarem; o Sol enviou o seu calor amigo, e a jovem ave, com o coração cheio de alegria, agitou as penas, ergueu o pescoço esguio e exclamou: Patinho Feio: Nunca pensei que alguma vez pudesse sentir tamanha felicidade quando era o patinho feio! Afinal sou um belo cisne, não acham? FIM